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Identificação para Perito Papiloscopista da Pol. Científica/PE. Identificação para Perito Papiloscopista da Polícia Científica de Pernambuco

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Identificação para Perito Papiloscopista da Polícia Científica de Pernambuco

Lei no 12.037/2009 (identificação criminal do civilmente identificado) Professor Julio Ponte

(2)

Aula Conteúdo Programático Data

00 Lei nº 12.037/2009 (identificação criminal do

civilmente identificado). 15/04

01 Lei nº 9.454/1997 (número único de registro de

identidade civil). Lei nº 7.116/1983. 25/04 02

Características morfológicas de identificação: gênero, raça, idade, estatura, malformações, sinais

profissionais, sinais individuais, tatuagens.

5/05

03 Papiloscopia. Impressões datiloscópicas. Sistema

datiloscópico de Vucetich. 15/05

04 Identidade policial e judiciária: Bertiolagem. Retrato

falado. Fotografia sinalética. 25/05

05 Questões comentadas 5/06

(3)

Tópicos da Aula

1. Apresentação ... 3

2. Lei nº 12.037/2009 (identificação criminal do civilmente identificado) ... 4

3. Lista das Questões Apresentadas ... 20

4. Gabarito ... 25

1. Apresentação

Olá, amigos Ponto dos Concursos! Como estão?

Vamos iniciar o curso de Identificação para o cargo de Perito Papiloscopista da Polícia Científica de Pernambuco. Antes de mais nada, permitam-me fazer uma breve apresentação.

Meu nome é Julio Ponte e sou Policial do Senado Federal, aprovado no concurso de 2008, em 3º lugar. Fui Oficial da Marinha do Brasil, formado pela Escola Naval. Após 12 anos na Marinha, fui aprovado em 3º lugar para o cargo de Analista de Gestão e Trânsito do DETRAN/RJ, onde trabalhei por pouco menos de um ano. Em seguida, fui o 1º colocado nas provas objetivas do concurso regional PA/MT da PRF em 2008.

A remuneração inicial é de pouco mais de R$ 3.200,00. O quantitativo inicial de vagas é de 51. Porém, existe um outro ponto que agrada bastante os servidores do órgão: é muito comum o trabalho em regime de escalas. No caso, a possibilidade expressa no edital da escala “24 por 72”: o policial trabalha 24 h e tem 72 h de descanso. Ou seja, trabalha um dia e folga 3! Tudo bem que o seu dia de trabalho pode ser bastante puxado, mas é bem interessante ter 3 dias de folga!

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2. Lei nº 12.037/2009 (identificação criminal do

civilmente identificado)

Pessoal, esta lei dispõe sobre a identificação criminal do civilmente identificado.

A identificação é aquela que a polícia faz, geralmente mediante fotografia e impressões digitais, quando prende um cidadão. Porém, se o preso apresentar uma identificação civil (uma carteira de identidade, por exemplo), será que ele pode sofrer esse processo de identificação pela polícia? Estabelece a Constituição Federal:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;

Ou seja, em regra, aquele que já está civilmente identificado não é sujeito à identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei. E esta lei é a que estudaremos agora.

A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos: ! carteira de identidade;

! carteira de trabalho; ! carteira profissional; ! passaporte;

! carteira de identificação funcional;

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Além disso, equiparam-se aos documentos de identificação civis os documentos de identificação militares. Isto inclusive já foi cobrado em provas.

1) (CESPE – PC/ES – Perito Papiloscópico – 2011) Acerca da identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz da Lei nº 12.037/2009.

Não se equiparam aos documentos de identificação civis os documentos de identificação militares.

ERRADO. Os documentos militares também valem como identificação

civil.

Art. 2º, parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos de identificação civis os documentos de identificação militares.

2) (CESPE – PC/ES – Perito Papiloscópico – 2011) Acerca da identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz da Lei nº 12.037/2009.

O rol de documentos que atestam a identificação civil está taxativamente previsto na referida lei.

ERRADO. A Lei menciona que qualquer outro documento público que

permita a identificação do indiciado é considerado válido.

Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:

(6)

II – carteira de trabalho; III – carteira profissional; IV – passaporte;

V – carteira de identificação funcional;

VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado. (grifo nosso)

Continuando. Apesar de a identificação civil poder ser realizada pelos documentos que vimos, a lei lista casos em que embora apresentado documento de identificação, pode ocorrer identificação criminal. Isto vai acontecer quando:

! o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;

! o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;

! o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;

! a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;

! constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;

! o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.

Nestes casos, as cópias dos documentos apresentados devem ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para identificar o indiciado.

(7)

3) (VUNESP – PC/SP – Papiloscopista Policial – 2013) Citadino Gatuno foi preso em flagrante delito pelo crime de roubo. Ao ser levado à Delegacia de Polícia, no momento da tentativa de sua identificação, Gatuno apresentou o seu documento de identidade (l.G.), o qual, no entanto, por ter sido molhado pela chuva, apresentava rasura que dificultava a identificação do preso. Neste caso, com base no que dispõe a Lei n.º 12.037/2009, é correto afirmar que Gatuno

A) não poderá ser identificado criminalmente, uma vez que não teve culpa na rasura do seu documento de identidade.

B) deverá ser identificado criminalmente, mas limitado à juntada do processo datiloscópico ao auto de prisão em flagrante.

C) não poderá ser identificado criminalmente, em nenhuma hipótese, uma vez que é um direito seu assegurado pela Constituição Federal.

D) não poderá ser identificado criminalmente.

E) poderá ser identificado criminalmente, desde que não seja possível a sua identificação civil.

Gabarito: E. Vimos que existem situações em que ainda que seja

apresentado documento de identificação civil, é permitida a identificação criminal. E foi exatamente o caso apresentado pela questão. O documento “apresentava rasura que dificultava a identificação do preso”. Vamos conferir:

Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:

(8)

4) (CESPE – PC/ES – Perito Papiloscópico – 2011) Acerca da identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz da Lei nº 12.037/2009.

Mesmo que apresente documento de identificação civil, o indiciado poderá ser submetido a identificação criminal quando esta for essencial às investigações, segundo entendimento e despacho da autoridade policial.

ERRADO. Apenas por um pequeno detalhe: o despacho que pode

autorizar a identificação criminal, em situações específicas, ainda que apresentado documento de identificação civil pode ser proferido pela autoridade judicial, e não autoridade policial.

Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:

IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa; (grifo nosso)

5) (CESPE – PC/ES – Perito Papiloscópico – 2011) Acerca da identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz da Lei nº 12.037/2009.

O mau estado de conservação do documento civil de pessoa indiciada, mesmo que não possibilite a completa identificação dos caracteres essenciais, impedirá a autoridade policial de realizar a identificação criminal da referida pessoa.

ERRADO. Este é um dos casos em que pode haver a identificação

(9)

Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:

VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.”

Continuando.

Sempre que houver a necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada deve tomar as providências necessárias para evitar o constrangimento do identificado.

A identificação criminal, em regra, engloba o processo datiloscópico (recolher as impressões digitais do preso) e o fotográfico (tirar fotografias), os quais serão juntados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de investigação.

Porém, quando a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, ela pode incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético. Exemplos: coleta de fios de cabelo, pedaços de pele, sangue, esperma etc.

Estes dados relacionados à coleta do perfil genético dever ser armazenados em banco de dados de perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia criminal.

As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não podem revelar traços somáticos ou comportamentais das pessoas (a lei veda que de acordo com informações colhidas de um cidadão seja criado um “perfil de criminoso”). Estas informações podem apenas ser utilizados pada a determinação genética de gênero, consoante as normas constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e dados genéticos.

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Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos possuem caráter sigiloso, respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos na Lei ou em decisão judicial.

As informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos devem ser consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado.

É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.

No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do inquérito, ou trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da identificação fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente provas de sua identificação civil.

6) (VUNESP – PC/SP – Papiloscopista Policial – 2013) Belo Narciso foi indiciado em inquérito policial por crime contra os costumes, tendo sido identificado criminalmente. No entanto, a respectiva denúncia não foi aceita e o inquérito foi definitivamente arquivado. Narciso, preocupado com sua imagem perante terceiros, requereu, em seguida, a retirada de sua identificação fotográfica do inquérito policial. Neste caso, considerando o disposto na Lei n.º 12.037/09, é correto afirmar que Narciso

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A) não tem direito à retirada de sua identificação civil, uma vez que esta se constitui em prova policial, que não pode ser alterada ou suprimida do inquérito policial.

B) deverá ter seu pedido atendido, desde que apresente provas de sua identificação civil.

C) tem direito à retirada da sua identificação criminal do inquérito, mas terá que obter ordem judicial específica nesse sentido.

D) tem direito à retirada da sua identificação do inquérito, pois a presença desta viola o seu direito à imagem, não sendo legal qualquer exigência para que seu pedido seja atendido.

E) não pode ter seu pedido atendido, tendo em vista que o inquérito já foi arquivado, não havendo, portanto, interesse de Narciso em seu pedido.

Gabarito: B. No caso, como a denúncia não foi aceita, Narciso tem sim o

direito de requerer a retirada de sua identificação fotográfica do inquérito. A Lei apenas exige que ele apresente identificação civil.

Art. 7º No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do inquérito, ou trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da identificação fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente provas de sua identificação civil.

Prosseguindo.

A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados deve ocorrer no término do prazo estabelecido em lei para a prescrição do delito.

Por fim, a Lei estabelece que a identificação do perfil genético deve ser armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo (que ainda não existe).

(12)

Vamos a uma questão bem completa sobre a Lei.

7) (VUNESP – PC/SP – Auxiliar de Papiloscopista Policial – 2013) A Lei n.º 12.037/2009, ao regular a identificação criminal do civilmente identificado, consignou que:

A) a identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico.

B) apresentado documento de identificação, não poderá ocorrer identificação criminal.

C) não é vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes, mesmo após o trânsito em julgado da sentença condenatória.

D) apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal apenas nas hipóteses de rasura ou indícios de falsificação

E) a identificação civil é atestada somente pela carteira de identidade.

Gabarito: A.

Item A: certo. Esta é a regra.

Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de investigação. (grifo

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Item B: errado. Há situações em que ainda que apresentado o documento de identificação, pode ocorrer a identificação criminal.

Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:

I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;

III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;

IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;

V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;

VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.

Item C: errado. A questão diz que não é vedado mencionar a referida identificação mesmo após o trânsito em julgado. Na verdade, a Lei proíbe a referida menção antes do trânsito em julgado, o que faz com que o item fique incorreto.

Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.

Item D: errado. Vimos nos comentários do item B que existem outras situações.

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Item E: errado. Há diversos documentos que podem atestar a identificação civil.

Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:

I – carteira de identidade; II – carteira de trabalho; III – carteira profissional; IV – passaporte;

V – carteira de identificação funcional;

VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado.

Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos de identificação civis os documentos de identificação militares.

Vamos a mais algumas questões recentes sobre o assunto:

8) (VUNESP – PC/CE – Delegado de Polícia Civil de 1a Classe –

2015) Paulo foi abordado pela polícia na via pública por estar em atitude suspeita e, indagado sobre sua identidade, apresentou aos policiais uma cédula de identidade (RG) rasurada, o que levantou suspeitas. Conduzido para a Delegacia de Polícia, com base na Lei de Identificação Criminal (Lei no 12.037/2009), ao Delegado de Polícia compete a(s) seguinte(s) conduta(s):

a) solicitar de Paulo, como condição para não ser identificado criminalmente, algum documento fora daqueles previstos no rol do artigo 2o da Lei de Identificação Criminal.

b) requisitar, por despacho fundamentado, a colheita de impressões digitais de Paulo, a fotografia dele e ainda a coleta de material biológico, considerando a dúvida que recai sobre a identidade dele em razão do RG rasurado que apresentou na sua abordagem.

(15)

c) representar ao juiz pela prisão preventiva de Paulo, considerando que a dúvida sobre sua real identidade põe em risco a garantia da ordem pública e a aplicação da lei penal, levando-se em conta que ele foi preso em atitude suspeita na via pública.

d) dispensar Paulo, considerando que a lei de identificação é expressa no sentido de que o civilmente identificado – como no caso – não será submetido à identificação criminal.

e) registrar a ocorrência, submetendo Paulo, por despacho fundamentado, a processo datiloscópico e fotográfico, considerando a rasura do documento apresentado por ele, com base no artigo 3o, inciso

I, da Lei de Identificação Criminal.

Gabarito: E. Vimos que quando o documento de identificação civil

contiver rasuras, é possível a identificação criminal.

Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:

I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;

9) (FCC – DPE/MA – Defensor Público – 2015) A Constituição Federal em seu artigo 5° , inciso LVIII reza que “o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei". A Lei n° 12.037, de 1° de outubro de 2009, regulamentando o dispositivo constitucional, dentre outras previsões, admite

a) a identificação obrigatória sob o fundamento de ser o agente estrangeiro.

b) a carteira de trabalho como documento de identificação civil, mas não a carteira de identidade funcional.

c) a identificação criminal se o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado.

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d) a identificação criminal se essencial às investigações policiais, se houver despacho fundamentado da autoridade policial.

e) a identificação datiloscópica, a fotográfica, mas não a coleta de material biológico.

Gabarito: C.

Item A: errado. Invenção da banca. Não há previsão legal para tal discriminação.

Item B: errado. A carteira de identidade funcional também é válida:

Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:

V – carteira de identificação funcional;

Item C: certo. Este é um dos casos em que é possível a identificação criminal ainda que apresentada identificação civil.

Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:

II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;

Item D: errado. Já vimos questão parececida: o despacho deve ser da autoridade judicial!

Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:

IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de

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ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa; (grifo nosso)

Item E: errado. Quando a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, é possível sim a coleta de material biológico.

Art. 5º, parágrafo único. Na hipótese do inciso IV do art. 3o, a

identificação criminal poderá incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético.

10) (FUNIVERSA – PC/DF – Papiloscopista Policial – 2015) A Lei n.° 12.037/2009 dispõe acerca da identificação criminal do indivíduo civilmente identificado, estando correto afirmar que

a) basta a juntada do procedimento datiloscópico aos autos da comunicação da prisão em flagrante para o processo de identificação criminal.

b) não é vedado informar a identificação criminal de indivíduo indiciado nos atestados de antecedentes destinados à justiça.

c) o civilmente identificado não será submetido à identificação criminal.

d) a identificação civil só poderá ser atestada pela carteira de identidade, pela carteira de trabalho ou por meio da apresentação de um passaporte.

e) os documentos de identificação civil, no tocante à identificação criminal do civilmente identificado, são equiparados aos documentos de identificação militar.

Gabarito: E.

Item A: errado. A identificação criminal, em regra, inclui o processo datiloscópico e o fotográfico.

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Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de investigação.

Item B: errado. A regra é que é sim vedado mencionar a identificação criminal de indivíduo indiciado em atestados de antecedentes.

Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.

Item C: errado. Vimos que existem várias situações em que o civilmente identificado é submetido à identificação criminal.

Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando: (...)

Item D: errado. Existem outros documentos:

Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:

I – carteira de identidade; II – carteira de trabalho; III – carteira profissional; IV – passaporte;

V – carteira de identificação funcional;

VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado.

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Art. 2º, parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos de identificação civis os documentos de identificação militares.

Prezados alunos, encerramos nossa aula inaugural por aqui. Utilizem o fórum para tirar as dúvidas. Até a próxima aula!

Abraços, Julio Ponte

(20)

3. Lista das Questões Apresentadas

1) (CESPE – PC/ES – Perito Papiloscópico – 2011) Acerca da identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz da Lei nº 12.037/2009.

Não se equiparam aos documentos de identificação civis os documentos de identificação militares.

2) (CESPE – PC/ES – Perito Papiloscópico – 2011) Acerca da identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz da Lei nº 12.037/2009.

O rol de documentos que atestam a identificação civil está taxativamente previsto na referida lei.

3) (VUNESP – PC/SP – Papiloscopista Policial – 2013) Citadino Gatuno foi preso em flagrante delito pelo crime de roubo. Ao ser levado à Delegacia de Polícia, no momento da tentativa de sua identificação, Gatuno apresentou o seu documento de identidade (l.G.), o qual, no entanto, por ter sido molhado pela chuva, apresentava rasura que dificultava a identificação do preso. Neste caso, com base no que dispõe a Lei n.º 12.037/2009, é correto afirmar que Gatuno

A) não poderá ser identificado criminalmente, uma vez que não teve culpa na rasura do seu documento de identidade.

B) deverá ser identificado criminalmente, mas limitado à juntada do processo datiloscópico ao auto de prisão em flagrante.

C) não poderá ser identificado criminalmente, em nenhuma hipótese, uma vez que é um direito seu assegurado pela Constituição Federal.

D) não poderá ser identificado criminalmente.

E) poderá ser identificado criminalmente, desde que não seja possível a sua identificação civil.

(21)

4) (CESPE – PC/ES – Perito Papiloscópico – 2011) Acerca da identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz da Lei nº 12.037/2009.

Mesmo que apresente documento de identificação civil, o indiciado poderá ser submetido a identificação criminal quando esta for essencial às investigações, segundo entendimento e despacho da autoridade policial.

5) (CESPE – PC/ES – Perito Papiloscópico – 2011) Acerca da identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz da Lei nº 12.037/2009.

O mau estado de conservação do documento civil de pessoa indiciada, mesmo que não possibilite a completa identificação dos caracteres essenciais, impedirá a autoridade policial de realizar a identificação criminal da referida pessoa.

6) (VUNESP – PC/SP – Papiloscopista Policial – 2013) Belo Narciso foi indiciado em inquérito policial por crime contra os costumes, tendo sido identificado criminalmente. No entanto, a respectiva denúncia não foi aceita e o inquérito foi definitivamente arquivado. Narciso, preocupado com sua imagem perante terceiros, requereu, em seguida, a retirada de sua identificação fotográfica do inquérito policial. Neste caso, considerando o disposto na Lei n.º 12.037/09, é correto afirmar que Narciso

A) não tem direito à retirada de sua identificação civil, uma vez que esta se constitui em prova policial, que não pode ser alterada ou suprimida do inquérito policial.

B) deverá ter seu pedido atendido, desde que apresente provas de sua identificação civil.

C) tem direito à retirada da sua identificação criminal do inquérito, mas terá que obter ordem judicial específica nesse sentido.

(22)

D) tem direito à retirada da sua identificação do inquérito, pois a presença desta viola o seu direito à imagem, não sendo legal qualquer exigência para que seu pedido seja atendido.

E) não pode ter seu pedido atendido, tendo em vista que o inquérito já foi arquivado, não havendo, portanto, interesse de Narciso em seu pedido.

7) (VUNESP – PC/SP – Auxiliar de Papiloscopista Policial – 2013) A Lei n.º 12.037/2009, ao regular a identificação criminal do civilmente identificado, consignou que:

A) a identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico.

B) apresentado documento de identificação, não poderá ocorrer identificação criminal.

C) não é vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes, mesmo após o trânsito em julgado da sentença condenatória.

D) apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal apenas nas hipóteses de rasura ou indícios de falsificação

E) a identificação civil é atestada somente pela carteira de identidade.

8) (VUNESP – PC/CE – Delegado de Polícia Civil de 1a Classe – 2015) Paulo foi abordado pela polícia na via pública por estar em atitude suspeita e, indagado sobre sua identidade, apresentou aos policiais uma cédula de identidade (RG) rasurada, o que levantou suspeitas. Conduzido para a Delegacia de Polícia, com base na Lei de Identificação Criminal (Lei no 12.037/2009), ao Delegado de Polícia compete a(s) seguinte(s) conduta(s):

(23)

a) solicitar de Paulo, como condição para não ser identificado criminalmente, algum documento fora daqueles previstos no rol do artigo 2o da Lei de Identificação Criminal.

b) requisitar, por despacho fundamentado, a colheita de impressões digitais de Paulo, a fotografia dele e ainda a coleta de material biológico, considerando a dúvida que recai sobre a identidade dele em razão do RG rasurado que apresentou na sua abordagem.

c) representar ao juiz pela prisão preventiva de Paulo, considerando que a dúvida sobre sua real identidade põe em risco a garantia da ordem pública e a aplicação da lei penal, levando-se em conta que ele foi preso em atitude suspeita na via pública.

d) dispensar Paulo, considerando que a lei de identificação é expressa no sentido de que o civilmente identificado – como no caso – não será submetido à identificação criminal.

e) registrar a ocorrência, submetendo Paulo, por despacho fundamentado, a processo datiloscópico e fotográfico, considerando a rasura do documento apresentado por ele, com base no artigo 3o, inciso

I, da Lei de Identificação Criminal.

9) (FCC – DPE/MA – Defensor Público – 2015) A Constituição Federal em seu artigo 5° , inciso LVIII reza que “o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei". A Lei n° 12.037, de 1° de outubro de 2009, regulamentando o dispositivo constitucional, dentre outras previsões, admite

a) a identificação obrigatória sob o fundamento de ser o agente estrangeiro.

b) a carteira de trabalho como documento de identificação civil, mas não a carteira de identidade funcional.

c) a identificação criminal se o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado.

(24)

d) a identificação criminal se essencial às investigações policiais, se houver despacho fundamentado da autoridade policial.

e) a identificação datiloscópica, a fotográfica, mas não a coleta de material biológico.

10) (FUNIVERSA – PC/DF – Papiloscopista Policial – 2015) A Lei n.° 12.037/2009 dispõe acerca da identificação criminal do indivíduo civilmente identificado, estando correto afirmar que

a) basta a juntada do procedimento datiloscópico aos autos da comunicação da prisão em flagrante para o processo de identificação criminal.

b) não é vedado informar a identificação criminal de indivíduo indiciado nos atestados de antecedentes destinados à justiça.

c) o civilmente identificado não será submetido à identificação criminal.

d) a identificação civil só poderá ser atestada pela carteira de identidade, pela carteira de trabalho ou por meio da apresentação de um passaporte.

e) os documentos de identificação civil, no tocante à identificação criminal do civilmente identificado, são equiparados aos documentos de identificação militar.

(25)

4. Gabarito

1 – E 2 – E 3 – E 4 – E 5 – E 6 – B 7 – A 8 – E 9 – C 10 – E

Referências

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