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DIPLOMA DA CARREIRA DE TÉCNICO SUPERIOR DIAGNÓSTICO E TERAPEUTICA EM RELAÇÃO JURÍDICA DE EMPREGO PÚBLICO

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Contributos do SINDITE – Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica para a Proposta de 21-05-2014 da ACSS Sugestões de Carlos Nujo (Sócio Sindite 4142)

cmnujo@gmail.com / 925800900

DIPLOMA DA CARREIRA DE TÉCNICOSUPERIOR DIAGNÓSTICO E TERAPEUTICA EM RELAÇÃO JURÍDICA DE EMPREGO PÚBLICO

O processo de revisão de carreiras especiais da saúde constitui uma necessidade no amplo quadro da reforma da Administração Pública, impondo-se que seja juridicamente enquadrado pelo disposto na Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro, diploma que estabeleceu os regimes de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas (LVCR), e pela Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro, que aprovou o Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas (RCTFP).

De acordo com disposto no artigo 41.º da LVCR, só podem ser criadas carreiras especiais quando, cumulativamente, os respetivos conteúdos funcionais não sejam suscetíveis de integração em qualquer uma das três carreiras gerais consagradas na lei, os trabalhadores se encontrem sujeitos a deveres funcionais mais diferenciados e se exija, nomeadamente a posse de um título profissional para integração nas carreiras e em qualquer uma das categorias em que se desdobrem.

A carreira de técnico superior de diagnóstico e terapêutica/técnico superior da saúde, cujo estatuto legal consta, atualmente, do Decreto-Lei n.º 564/99, de 21 de dezembro, que, por sua vez, procede do diploma que regulamenta as profissões técnicas de diagnóstico e terapêutica, ou seja, o Decreto-Lei n.º 320/99, de 11 de agosto, foi criada nos termos da lei como um corpo especial (art. 3º DL 64/99), e preenche todas as condições exigidas pelo citado artigo passando de ora avante a designar-secomo carreira de técnico superior de diagnóstico e terapêutica

O actual contexto de exercício profissional da carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica, resultante da evolução científica e tecnológica requerem a atualização de perfis de competências e de conteúdos funcionais por forma a acompanharem a constante evolução científico- tecnológica e a crescente diferenciação e importância destes profissionais.

O presente diploma adota os princípios gerais acolhidos pela LVCR, tais como o estabelecimento de uma estreita relação das tarefas inerentes ao conteúdo funcional com respetivo posto de trabalho, a autonomia das funções de gestão e de exercício profissional, com especial enfoque na sua designação, definição e delimitação funcional/ remuneratória. Pretende assegurar também a correta adequação do regime legal à natureza jurídica dos serviços e estabelecimentos de saúde e às exigências decorrentes da complexidade e especificidade da respetiva profissão.

No desenvolvimento destes princípios, prevê-se a carreira como pluricategorial, integrando as atuais 5 categorias em 3 uma vez que os conteúdos funcionais aconselham a exigência de uma experiência mínima de exercício de funções na categoria inferior, ao mesmo tempo que se fixamas regras de transição para as novas categorias.

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As matérias inerentes à avaliação do desempenho, pela sua importância, dimensão e especificidade, serão reguladas em diploma próprio.

Foi cumprido o disposto na Lei n.º 23/98, de 26 de Maio o qual estabelece o regime de negociação colectiva e participação de trabalhadores da administração pública em regime de direito público.

Assim, no desenvolvimento do regime jurídico estabelecido pela Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro, e em cumprimento do disposto no respetivo artigo 101.º e nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

CAPÍTULO I Objeto e âmbito

Artigo 1.º Objeto

O presente decreto-lei estabelece o regime legal da carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêutica bem como os respetivos requisitos de habilitação profissional.

Artigo 2.º Âmbito

O presente decreto-lei aplica-se aos trabalhadores integrados na carreira especial de técnico de diagnóstico e terapêutica, carreira especial de tecnologias da saúde, cuja relação jurídica de emprego público seja constituída por contrato de trabalho em funções públicas.

CAPÍTULO II Regime da carreira

Artigo 3.º

Grau de complexidade funcional

A carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêuticaé uma carreira de grau 3 de complexidadefuncional, ou seja, possuidores de Licenciatura ou grau académico superior.

Artigo 3º A Exercício profissional

Além do nível habilitacional legalmente exigido, o exercício de funções no âmbito da carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêutica dependeda atribuição de título definitivo pela entidade competente que regula o exercício da profissão.

Artigo 4.º Perfil profissional

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1. No âmbito dos cuidados de saúde ao utente, os técnicos de diagnóstico e terapêutica/ profissionais integrados na carreira especial técnico superior de diagnóstico e terapêutica, atuam em conformidade com aindicação clínica, pré-diagnóstico, diagnóstico e processo de investigação ou identificação, cabendo-lhes conceber, planear, organizar, aplicar e avaliar o processo de trabalho no âmbito da respetiva profissão, com o objetivo da promoção da saúde, da prevenção, do diagnóstico, do tratamento, da reabilitação e da reinserção, com respeito pelacomplementaridade funcional dos demais profissionais com igual nível de dignidade e autonomia de exercício profissional.

2. Os profissionais inseridos desta carreira devem possuir espírito crítico perante as circunstâncias de desenvolvimento do seu trabalho, actuando sempre, tendo como foco os melhores interesses e segurança do utente.

3. No âmbito da sua actuação profissional, devem ser detentores de juízo crítico sobre o resultado do seu trabalho, tendo condições para validar exames ou emitir pareceres críticos no âmbito meramente técnico, não médico, utilizando as competências adquiridas na sua licenciatura e/ou restantes graus superiores.

4. Incumbe, ainda, aos técnico superior de diagnóstico e terapêutica, assumir responsabilidades de gestão, supervisão, governação clínica, de desenvolvimento profissional bem como participar em auditorias clínicas e de investigação para o desenvolvimento da prática profissional e da sua base científica.

5. O conteúdo funcional das profissões que integram a carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêutica constam de portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças, da Administração Pública e da Saúde,a publicar, noprazo de 180 dias.

6. A integração na carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêutica determina o exercício dascorrespondentes funções.

Artigo 5.º Estrutura da carreira

1.A. A carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêutica aplica-se em toda a estrutura e serviços do Serviço Nacional da Saúde e organiza-se por áreas científicas de exercício profissional melhor identificadas no Anexo I deste diploma.

1. A carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêutica é pluricategorial e estrutura-se nasseguintes categorias:

a) Técnico superior de diagnóstico e terapêutica;

b)

Técnico superior de diagnóstico e terapêutica especialista;

c)

Técnico superior de diagnóstico e terapêutica consultor;

2. A previsão nos mapas de pessoal de postos de trabalho que devam ser ocupados por técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica especialista corresponde a um máximo de 30 % do número total de técnicos superiores de diagnóstico eterapêutica de que o órgão ou serviço necessite para o desenvolvimento das respetivas atividades. 3. A previsão nos mapas de pessoal de postos de trabalho que devam ser ocupados por

técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica consultores corresponde a um máximo de 10 % do número total de técnicos superiores de diagnóstico eterapêutica de que o órgão ou serviço necessite para o desenvolvimento das respetivas atividades. 4. A determinação em concreto do número de postos de trabalho referidos no número anterior deve ser feita atendendo ao conteúdo funcional da categoria e à estrutura

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orgânica dos serviços ou estabelecimentos de saúde.

4. Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do presente artigo, a previsão nos mapas de pessoal de postos de trabalho que devam ser ocupados por técnicos de diagnóstico e terapêutica especialistas, a percentagem máxima ali fixada pode ser ultrapassada, mediante despacho de autorização dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças, Administração Pública e saúde, sob proposta fundamentada do serviço ou estabelecimento de saúde interessado.

5. Cada área de exercício profissional encontra-se definida no Anexo I ao presente diploma.

Artigo 6.º

Condições de integração na carreira e progressão

1. A integração na carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêutica faz-se na categoria de técnico superior de diagnóstico e terapêutica, na qual podem ingressar os detentores do título profissional, tal como previsto na legislação que define as condições de exercício das profissões de diagnóstico e terapêutica, atestado pela cédula profissional na área profissional correspondente, de acordo com o atual modelo de ensino de uma profissão por licenciatura.

2. A mudança para a categoria de técnico superior de diagnóstico e terapêutica especialista faz-se por concurso de entre técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica que detenham, no mínimo, cinco anos de experiência efetiva de funções nesta categoria, com avaliação de desempenho mínimo, de Adequado.

3. A mudança para a categoria de técnico superior de diagnóstico e terapêutica consultor faz-se por concurso de entre técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica especialistas que detenham, no mínimo, oito anos de experiência efetiva de funções nesta categoria, com avaliação de desempenho mínimo, de Adequado.

4. Os concursos de habilitação referidos no n.º 2 e 3 serão anuais e de âmbito nacional e serão realizados por meio de provas, segundo regulamento aprovado por portaria do Ministro da Saúde.

5. Aos concursos de habilitação de categoria de especialista e consultor podem ainda candidatar-se técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica a quem tenham sido reconhecida equivalência de formação, nos termos do n.º 3 ou nº4, e cujo currículo profissional seja considerado suficiente por despacho do Ministro da Saúde, precedendo parecer prévio favorável, a emitir por uma comissão técnica designada para o efeito.

Artigo 7.º

Conteúdo funcional da categoria de técnico superior de diagnóstico e terapêutica

1. Ao técnico superior de diagnóstico e terapêutica, incumbe designadamente:

a. Conceber, planear e recolher os meios e prestar os serviços e cuidados de saúde necessários à prevenção da doença, à manutenção, defesa e promoção da saúde e do bem-estar e qualidade de vida e segurança do indivíduo e da comunidade; b. Assegurar, através de métodos e técnicas apropriadas, o diagnóstico, o

tratamento e reabilitação do doente, procurando obter a participação esclarecida deste no seu processo de prevenção, cura, reabilitação;

c. Preparar e esclarecer o doente ou o utente para a execução dos exames ou intervenção, assegurando a sua vigilância durante os mesmos, bem como no

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decurso do respetivo processo diagnóstico, tratamento, reabilitação, por forma a garantir a eficácia e efetividade daqueles;

d. Desenvolver juízo crítico sobre as metodologias que melhor servem os interesses do paciente, bem como sobre a qualidade e apreciação do seu resultado final, sobre o ponto de vista técnico/descritivo e não – clínico.

e. Desenvolver métodos de trabalho com vista à melhor utilização dos meios, promovendo a circulação de informação, bem como a qualidade e a eficiência dos serviços, designadamente, colaborar em atividades de formação e de desenvolvimento profissional contínuo dos profissionais em exercício de funções; f. Conceber, planear e recolher, registar e efetuar o tratamento e análise de informação relativa ao exercício das suas funções, incluindo a que caracteriza o nível de produção, atividade ou qualidade da sua equipa, e a que seja relevante para os sistemas de informação institucionais na área da saúde;

g. Participar e promover ações que visem articular as diferentes redes e níveis de serviços e/ ou cuidados de saúde;

h. Colaborar no processo de desenvolvimento de competências de estudantes do ensino superior das áreas de tecnologias da saúde.

2. Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica terão acesso aos dados clínicos e outros, relativos aos utentes que lhe forem confiados, necessários ao correto exercício do seu conteúdo funcional, estando sujeitos ao dever de sigilo profissional.

Artigo 8.º

Conteúdo funcional da categoria de técnico superior de diagnóstico e terapêutica especialista

Ao técnico superior de diagnóstico e terapêutica especialista especialista, incumbe, para além das funções inerentes à categoria de técnico superior de diagnóstico e terapêutica designadamente:

a. Colaborar na elaboração de pareceres técnico-científicos em matéria da sua profissão, enquadrando-os na organização e planificação do respetivo serviço;

b. Planear, conceber, coordenar, desenvolver projetos de estudo, investigação, inovação e formação no âmbito da respetiva profissão;

c. Colaborar na elaboração dos relatórios e programas de atividades do respetivo serviço;

d. Integrar júris de concursos, dentro da sua área de competência; e. Integrar equipas de formação interna;

Artigo 9.º

Conteúdo funcional da categoria de técnico superior de diagnóstico e terapêutica consultor

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das funções inerentes à categoria de técnico superior de diagnóstico e terapêutica designadamente:

a. Integrar comissões especializadas em matéria da respetiva profissão;

b. Colaborar na elaboração de pareceres técnico-científicos em matéria da sua profissão, enquadrando-os na organização e planificação do respetivo serviço;

c. Validar os relatórios e programas de atividades do respetivo serviço;

d. Proceder à seleção, adaptação e controlo de metodologias de trabalho no âmbito das tecnologias da saúde em fase de experimentação.

Artigo 10.º

Funções de Direção de Organismos do Serviço Nacional de Saúde

1.A. — Os trabalhadores integrados na carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêutica, com a categoria de especialista ou consultor, podem exercer funções de direção e chefia na organização do Serviço Nacional de Saúde, desde que, cumulativamente, reúnam os seguintes requisitos:

a) Competências demonstradas no exercício de funções de coordenação e gestão de equipas;

b) Mínimo de 10 anos de experiência efetiva no exercício da profissão; c) Formação em gestão e administração de serviços de saúde.

1. A função de direção e chefia visa proporcionar a eficiência e a rentabilização da atividade profissional dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêuticana prestação dos cuidados de saúde em interligação com osrestantes profissionais que compõem as equipas de saúde e não prejudica as competências próprias da estrutura hierárquica.

2. A função de direção e chefia é exercida, em regime de comissão de serviço, por um coordenador, designado pelo órgão máximo de gestão, pelo período de três anos, renováveis, por igual período, de entre técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica especialistas ou consultores com, pelo menos, três anos de permanência na categoria e exercício efetivo de funções, desde que habilitados com formação (especificar) em gestão e administração de serviços de saúde.

3. A renovação da comissão de serviço deve ser feita mediante comunicação ao interessado até 60 dias do seu termo, cessando a mesma automaticamente no final do respetivo período se não tiver sido manifestado expressamente a intenção de a renovar, caso em que o coordenador se manterá no exercício de funções de gestão corrente até à nomeação de novo titular do cargo.

6. A cessação da comissão de serviço antes do seu termo por iniciativa da entidade empregadora pública confere o direito a uma indemnização de montante igual à diferença entre a remuneração do cargo cessante e a remuneração da respetiva categoria calculada em função do tempo que faltar para o termo da comissão, a qual não pode ultrapassar a diferença anual das remunerações, nelas se incluindo os subsídios de férias e de Natal, desde que o técnico conte pelo menos 12 meses seguidos de exercício do respetivo cargo.

Artigo 11º

Função de Coordenador de Serviço de Radiologia

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terapêutica, com a categoria de especialista ou consultor, podem exercer funções de coordenador no Serviço de Radiologia.

1. A função de coordenador é designado pelo órgão máximo de gestão, pelo período de três anos, renováveis, por igual período, de entre técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica consultores.

2. Em caso de inexistência de técnico superior de diagnóstico e terapêutica consultor, que reúnamtodos os requisitos definidos no número anterior, podem, ainda, exercer as funções de coordenação, os demais titulares da categoria de técnico superior de diagnóstico e terapêutica especialista.

Ao coordenador do serviço de radiologia compete, nomeadamente, o seguinte:

a. Contribuir para a definição dos objetivos da equipa que coordena, em conjunto com a mesma e em articulação com os objetivos da instituição;

b. Assegurar a coordenação técnica da equipa, de acordo com os objetivos definidos, assegurando a aplicação de padrões de qualidade nos cuidados de saúde prestados;

c. Proceder ao planeamento, controlo e avaliação periódica do exercício e atividades dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêuticada respetiva equipa;

d. Coordenar, promover ou apoiar a concretização de projetos de desenvolvimento técnico-científico, institucional, de qualidade, inovação e sustentabilidade;

e. Integrar os júris de seleção e recrutamento de técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica;

f. Reportar, superiormente, carências ao nível do funcionamento da equipa, propondo as medidas adequados à respetiva resolução;

g. Participar em processos de acreditação e controlo da qualidade;

h. Assegurar a avaliação, o planeamento e o controlo dos recursos materiais necessários ao exercício de funções da equipa.

i. Participar nos processos de contratualização inerentes aos serviços ou unidades funcionais.

j. Identificar as necessidades de recursos humanos, articulando, com a equipa, a sua adequação às necessidades previstas, nomeadamente através da elaboração de horários e de planos de trabalho e férias.

k. Proceder à coordenação e avaliação das atividades do pessoal assistente operacional afeto ao respetivo setor sem prejuízo das competências das respetivas chefias.

l. Integrar as equipas de avaliação do SIADAP relativa à avaliação dos técnico superior de diagnóstico e terapêutica

Artigo12º Recrutamento

1. O recrutamento para os postos de trabalho correspondentes à carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêutica, incluindo a mudança de para a categoria superior, efetua-semediante procedimento concursal, devendo os serviços proceder com diligência

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à sua abertura, logo que estejam reunidos os requisitos legais previstos nos artigos 5.º, n.º 2 e 6.º do presente diploma.

2. Os requisitos e os trâmites de candidatura aos concursos previstos nos números anteriores são aprovados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da Administração Pública e da Saúde.

3. Na sequência de procedimento concursal para recrutamento de trabalhadores necessários à ocupação de postos de trabalho na carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêutica, a determinação do posicionamento remuneratório do candidato realiza-se nos termos do disposto no artigo 55.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro.

Artigo 13.º Período experimental

1. O período experimental para os contratos de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, celebrados por técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica, tem a duração de240 120 dias.

2. A duração do período experimental pode ser reduzida por instrumento de regulamentação coletiva de trabalho.

3. Considera-se cumprido o período experimental a que se refere o número anterior sempre que o contrato por tempo indeterminado tenha sido imediatamente precedido da constituição de uma relação jurídica de emprego público para o exercício nas áreas de diagnóstico e terapêutica, com o mesmo órgão ou serviço, por período igual ou superior ao previsto no nº. 1.

Artigo 14º Formação profissional

1. A formação dos trabalhadores integrados na carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêutica assume carácter de continuidade e prossegue objetivos de desenvolvimento, aperfeiçoamento ou atualização técnica e científico no âmbito das respetivas funções, ou de desenvolvimento de projetos de investigação.

2. A frequência de ações de formação profissional pode ser autorizada mediante licença sem perda de remuneração, por um período não superior a 15 dias úteis por ano, nos termos a definir em instrumento de regulamentação coletiva.

3. O membro do Governo responsável pela área da saúde pode atribuir a licença prevista nos termos do número anterior por um período superior a 15 dias úteis, desde que a proposta se encontre devidamente fundamentada e a formação se revista de interesse para os serviços.

CAPÍTULO III Remunerações

Artigo 15º Remunerações

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categorias da carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêuticaé efetuada por decreto regulamentar.

Artigo 16º

Posições Remuneratórias

A cada categoria da carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêutica correspondeum número variável de posições remuneratórias, a constar de diploma próprio.

CAPÍTULO IV

Da avaliação do desempenho

Artigo 17º

Avaliação do desempenho

A avaliação de desempenho dos trabalhadores integrados na carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêutica rege-se por sistema de avaliação adaptado do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação de Desempenho na Administração Pública (SIADAP), a aprovar por diploma próprio.

CAPÍTULO V

Duração e organização do tempo de trabalho

Artigo 18º

Período normal de trabalho e descanso semanal

1. O período normal de trabalho dos trabalhadores integrados na carreira especial de técnico superior de diagnóstico e terapêuticaé de 8 horas diárias e de 40 horas semanais.

2. Em cada semana de trabalho, entendida de segunda-feira a domingo, os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica têm direito a um dia de descanso semanal, acrescido de um dia de descanso complementar, devendo, em cada período de quatro semanas, pelo menos um dos dias de descanso coincidir com o sábado ou domingo.

3. A aferição da duração do trabalho normal deve reportar-se a um conjunto de quatro semanas.

4. Em função das condições e necessidades dos serviços, poderão ser delimitados períodos de prestação normal de trabalho em serviços de urgência, até ao limite máximo de doze horas semanais

5. Podem ser adotadas as modalidades de horário de trabalho nos termos em que as mesmas venham a ser desenvolvidas em sede de instrumento de regulamentação coletiva de trabalho.

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CAPÍTULO VI

Disposições finais e transitórias

Artigo 19.º Mapas de pessoal

Os mapas de pessoal consideram-se automaticamente alterados, passando os postos de trabalho a corresponder ao das categorias constantes do presente decreto-lei.

Artigo 20.º

Transição para a nova carreira

1. Os atuais titulares das categorias de técnico de 2.º classe transitam, com dispensa de quaisquer formalidades, para a categoria de técnico superior de diagnóstico e terapêutica; 2. Transitam para a categoria de técnico superior de diagnóstico e terapêutica especialista os

atuais trabalhadores que:

a) Se encontrem integrados na categoria de técnico de 1.ª classe; b) Se encontrem integrados na categoria de técnico principal; c) Se encontrem integrados na categoria de técnico especialista;

3. Transitam para a categoria de técnico superior de diagnóstico e terapêutica especialista os atuais trabalhadores que:

a) Se encontrem integrados na categoria de técnico especialista de 1.ª classe.

4.

Na transição para as novas categorias, os trabalhadores são reposicionados na posição remuneratória (…).

Artigo 17.º 19º.

Transição para a nova carreira

(…)

Artigo 21 Norma revogatória

É revogado o Decreto-Lei n.º 564/99, de 21 de dezembro, com exceção do disposto no capítulo IV, artº. 18 ao artº. 31 e capítulo VI artºs. 74 ao artº.79.

Artigo 22

Entrada em vigor e produção de efeitos

1. O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

2. Os diplomas a que se referem os artigos 4.º, n.º 2, 14, 15.º e 16.º devem ser publicados no prazo de 180 dias a contar da entrada em vigor do presente.

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3. Até à publicação dos diplomas acima identificados aplicam-se as disposições correspondentes no Decreto-Lei n.º 564/99, de 21 dezembro e Portaria n.º 721/2000, de 5 de setembro.

Referências

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