USO DA MAQUIAGEM COSMÉTICA, PARA CAMUFLAR LESÕES NA FACE, CAUSADAS POR: MELASMA; ROSÁCEA E ACNE1.
Norma Nelson Gonçalves Freitas2 Fabiana Durante de Medeiros3
Resumo: A uniformidade da pele é importante para construção da imagem pessoal de um indivíduo, qualquer lesão inestética acaba provocando consequências para autoestima, através da maquiagem cosmética é possível reconstruir a imagem e a autoconfiança, camuflando estas lesões. O objetivo da pesquisa foi avaliar o uso da maquiagem cosmética para camuflar lesões na face, causadas pelo melasma, rosácea e acne, e seus benefícios psicológicos. Trata-se de um estudo do tipo qualitativo, pois buscava entender um fenômeno específico em profundidade, apresentando os resultados através de percepções e análises das respostas fornecidas pelas participantes. O procedimento para realização da pesquisa se deu através de estudo de caso, com seis mulheres selecionadas por conveniência na cidade de Içara Santa Catarina. A coleta de dados ocorreu por meio de aplicação da técnica de camuflagem cosmética e aplicação de dois questionários. Foi realizado o registro fotográfico antes e após aplicação da técnica, para identificar se a maquiagem cosmética seria capaz de camuflar as lesões. Nos casos apresentados com melasma e rosácea, por se tratarem de problemas que interferem principalmente na coloração da pele, o resultado foi mais satisfatório, do que o resultado obtido com a camuflagem no grupo acne, pois uma das participantes do grupo acne apresentava algumas lesões abertas e relevos que interferiram na textura da pele. Contudo os resultados demonstram que o uso da camuflagem cosmética pode melhorar a autoestima e trazer benefícios psicológicos e emocionais, nos casos em que o cliente precisa conviver com as lesões faciais. Todas as participantes relataram se sentir satisfeitas e ter uma melhora na autoestima após aplicação da camuflagem cosmética. A camuflagem cosmética se mostra uma boa alternativa para amenizar o desconforto dos indivíduos em relação aparência da pele, porém não dispensa a necessidade do tratamento clínico das lesões.
Palavras-chave: maquiagem cosmética; camuflagem; autoestima.
¹ Artigo apresentado na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL – como requisito parcial à obtenção do título de Tecnólogo em Cosmetologia e Estética.
² Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL – 5º semestre de 2018A.
³ Professora orientadora do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL – 5º semestre de 2018A
1 INTODUÇÃO
A maquiagem como forma de tratamento terapêutico para indivíduos com algum tipo de insatisfação estética, pode ser vista como uma alternativa para casos onde os distúrbios cutâneos não apresentam uma resposta positiva aos métodos de tratamentos convencionais e o paciente deseja uma camuflagem imediata da lesão, segundo Baumann (2004), os distúrbios causados por lesões na pele são considerados problemas cosméticos, estes distúrbios causam estresse e constrangimento a quem possui, sendo assim as formas de camuflagem precisam ser compreendidas por todo dermatologista e profissionais da área estética.
Segundo Jesus, dos Santos e Brandão (2015) a pele é considerada nosso cartão de visitas, quando saudável promove a relação entre as pessoas e facilita o seu desenvolvimento nos aspectos social, emocional, financeiro e sexual, porém, quando acometida por afecções cutâneas, pode trazer sérias consequências psicológicas e emocionais.
Através da maquiagem é possível alcançar uma harmonização fácil e satisfação com a imagem. Maquiar-se é a arte de embelezar, e tem como objetivo harmonizar o rosto, compondo um visual atraente e agradável. Uma maquiagem bem-feita tem o poder de
modificar até o estado de espirito da pessoa, dando-lhe maior segurança, (ESPELHO, 2012). As lesões cutâneas, principalmente na região da face, como a acne, rosácea e
melasma, podem causar transtornos emocionais e psicológicos, estudos mostram que indivíduos com acne acabam enfrentando depressão, ansiedade, e baixa autoestima (LEVY; EMER, 2012). Com os fatores expostos acima, teve-se o seguinte questionamento: O uso da maquiagem cosmética é capaz de camuflar lesões cutâneas localizadas na face e quais seus benefícios psicológicos?
O estudo teve como objetivo geral avaliar o uso da maquiagem cosmética para camuflar lesões na pele causadas por melasma, rosácea e acne e seus benefícios psicológicos, em 6 participantes selecionadas por conveniência na cidade de Içara- SC entre 18 a 65 anos. Como objetivos específicos, identificar as lesões cutâneas: melasma; rosácea e acne, identificar os produtos indicados para camuflagem cosmética, assim como suas texturas e cores para neutralizar as lesões causadas por: melasma, rosácea e acne, verificar quais os produtos cosméticos devem ser usados na camuflagem das lesões, aplicar a maquiagem cosmética, comparar antes e depois da aplicação da maquiagem cosmética, levando em conta o grau de satisfação dos participantes com a aparência.
A análise de dados foi realizada de forma qualitativa, conforme Minayo (2004) e envolveu um processo de ordenação, classificação e análise final dos dados. A ordenação
consistiu no mapeamento de todos os dados que foram obtidos através dos questionários, o qual envolveu a transcrição, a releitura do material e a organização dos dados. A classificação dos dados envolveu a leitura das informações, com o intuito de identificar temas relevantes com significados comuns.
2 IDENTIFICANDO QUAIS LESÕES SERÃO CAMUFLADAS ATRAVÉS DA MAQUIAGEM COSMÉTICA
2.1 MELASMA
O melasma é uma ocorrência fisiológica bastante típica que é vista mais frequentemente durante a gravidez ou o uso de anticoncepcional oral, (BAUMANN, 2004), ainda conforme a autora pode ocorrer a qualquer tempo durante os anos reprodutivos de uma mulher, sendo mais comum em mulheres com fototipos intermediários.
De acordo com Wolf e Johnson (2004) o nome melasma deriva do grego melas, significando negro. Cloasma é um termo que é usado com o mesmo sentido, sendo também derivado do grego cloazein, de: estar esverdeado. A denominação melasma constitui uma designação mais adequada para a desordem cutânea.
Embora possa acometer ambos os sexos e todas as raças, favorece fototipos intermediários e indivíduos de origem oriental ou hispânica que habitam áreas tropicais. É mais comum em mulheres adultas em idade fértil, podendo, porém, iniciar-se pós-menopausa. A idade de aparecimento situa-se entre 30-55 anos e o situa-sexo masculino represitua-senta apenas 10% dos casos, (BAUMANN, 2004, p.63).
Conforme Baumann (2004) há inúmeros fatores envolvidos, na etiologia do distúrbio, porém nenhum deles pode ser responsabilizado isoladamente pelo seu desenvolvimento. Dentre estes: influências genéticas, exposição à RUV, gravidez, terapias hormonais, cosméticos, drogas fototóxicas, endocrinopatias, fatores emocionais, medicações anticonvulsivantes e outros com valor histórico. Porém, parece que predisposição genética e exposição às radiações solares desempenham um papel importante, tendo em vista que as lesões de melasma são mais evidentes, durante ou logo após períodos de exposição solar.
O tratamento do melasma é geralmente insatisfatório, pela grande recorrência das lesões e pela ausência de uma alternativa de clareamento definitivo. Trata-se de uma desordem dermatológica facilmente diagnosticada ao exame clinico, porém, apresenta uma
cronicidade característica, com recidivas frequentes, grande refratariedade aos tratamentos existentes e ainda muitos aspectos fisiopatológicos desconhecidos, afirma Kang et al (2002).
Por ser uma dermatose causada pela atividade dos melanócitos, ocorrem muitos casos de tornar-se recidiva, com ciclos que apresentam uma melhora e outros com altos picos de atividade dos melanócitos, onde as manchas na pele ficam mais evidentes. “É um distúrbio crônico que pode ser frustrante para pacientes e médicos igualmente, porque é muito difícil de tratar, (BAUMANN, 2004) ”.
2.2. ROSÁCEA
Segundo Wolf e Jonhson (2011) a rosácea é uma dermatose inflamatória crônica observada principalmente na pele do rosto, com períodos de exacerbação e de melhora, que está associada a hiper-reatividade dos capilares, que causa ruborização e telangiectasia, que afeta cerca de 10% da população com pele clara, fototipos I e II.
A rosácea se caracteriza pela vermelhidão causada na pele, gerando grande desconforto para aqueles que possuem. Ocorre devido a um processo inflamatório, que envolve vasos da pele e unidade pilossebácea, dando origem ao eritema, que pode causar dor, queimação, prurido e flushing, o componente inflamatório aumenta a sensibilidade da pele e diminui a tolerância a muitos agentes de uso tópico (MONTEIRO, 2010).
De acordo com Monteiro (2010) o tratamento da rosácea não é curativo, é mensurado através da diminuição do eritema e das lesões inflamatórias. Diminuindo intensidade dos flushings e, dos sintomas de coceira, queimação e sensibilidade.
Segundo Wolf e Jonhson (2011) as principais manifestações clinicas da rosácea são: a pele do rosto avermelhada, podendo apresentar pápulas, pústulas, telangiectasia e placas eritematosas. A erupção pode variar em função do grupo étnico, sendo que as pápulas e pústulas são menos comuns em fototipos mais altos, as lesões podem durar dias, semanas ou meses. A distribuição simétrica da face é caracterizada, em alguns casos raros pode afetar a região do pescoço, colo e couro cabeludo pode ocorrer.
Os indivíduos com rosácea possuem uma grande preocupação com o aspecto estético da face; a vermelhidão causada pela desordem deixa os pacientes com aparência de alcoólicos o que gera grande desconforto (WOLF; JONHSON, 2011). Além do quadro clinico, a rosácea acaba afetando também o estado emocional e psicológico pela aparência inestética provocada pela lesão.
Subtipo I ou a rosácea eritemato-telangiectásica (ETR) considerado o subtipo de rosácea mais comum, caracteriza uma pele de textura fina, com episódios de flushing, com eritema central facial persistente, normalmente acompanhados de sensação de picadas ou ardor. Observar-se eritema na zona periférica da face, orelhas, pescoço e parte superior do peito. As telangiectasias são comuns. Não afeta região dos olhos.
Subtipo II ou a rosácea papulopustulosa (PPR) é a apresentação clássica da rosácea e ocorre normalmente em mulheres de meia-idade. Caracteriza-se por pápulas ou pústulas distribuídas pela zona central da face. Em casos mais graves podem evoluir para edema facial crónico. Distingue-se da acne pela ausência de comedões. As telangiectasias são menos comuns do que o subtipo I, assim como o rubor menos frequente e menos grave.
Subtipo III ou a rosácea fimatosa (PhR) é a forma predominante nos homens. Caracteriza-se por uma pele grossa com um aumento dos orifícios nódulos superficiais irregulares, que podem ocorrer em qualquer região facial sebácea (orelhas, pálpebras, queixo, bochechas), sendo o nariz o mais afetado.
Subtipo IV rosácea ocular, caracteriza-se por problemas oculares e perioculares que incluem blefarite e conjuntivite, que eventualmente evoluem para ceratite, esclerite ou irite. Os pacientes com rosácea ocular podem sentir queimação, prurido, aumento da sensibilidade a luz, sensação de corpo estranho ou xeroftalmia. As manifestações da rosácea ocular podem preceder um quadro generalizado. As manifestações oculares normalmente precedem os sinais das manifestações cutâneas, mas também podem ocorrer simultaneamente. Afeta igualmente os dois sexos ao contrário da rosácea facial. Além da classificação dos subtipos ainda existem, a rosácea granulomatosa caracterizada por pápulas ou nódulos duros de cor avermelhada, que podem transformar-se em cicatrizes nos casos mais graves, situadas na parte superior da face à volta dos olhos e nariz. A rosácea fulminante surge de forma repentina em mulheres jovens sob a forma de pápulas, nódulos e pústulas graves com formação cística.
Segundo Monteiro (2010) alguns fatores externos podem desencadear a rosácea: uso de retinóides, corticosteroides, sabonetes com alta detergência; consumo de álcool, tabaco, ingestão de alguns alimentos como pimenta, chocolate, cafeína, alimentos quentes; alterações ambientais como frio excessivo ou calor excessivo, exposição ao sol e ao vento. E ainda de fatores emocionais, exercícios físicos, alterações hormonais também podem ser pontos de gatilho para a rosácea. Identificar quais pontos desencadeiam a desordem cutânea facilita para indicação do tratamento e sua prevenção.
2.2 ACNE
Segundo Wolf e Jonhson (2011), a acne se define como uma enfermidade inflamatória da unidade pilossebácea da pele, mais comum em peles lipídicas, afeta determinadas áreas no corpo atingindo principalmente a face, caracterizada por comedões, pápulas, pústulas, nódulos e cistos, podendo causar cicatrizes. Muito comum em adolescentes, afetando 85% dos indivíduos jovens. Descreve alteração do padrão de ceratinização da unidade pilossebácea como um dos fatores causadores da acne, onde a secreção do sebo produzido pela pele é bloqueada, formando tampões de queratina conhecidos como comedões, que representam o ponto inicial da acne. As glândulas sebáceas obstruídas por esses tampões passam a produzir mais cedo fazendo com que a proliferação do Propionibacterium acnes, bactéria anaeróbia, que usa os lipídeos presentes na secreção sebácea como nutrientes se proliferam e causam a inflamação. A resposta imunológica com produção de numerosos mediadores de inflamação liberados dentro da derme, desencadeiam uma reposta inflamatória ao corpo estranho, pápula, pústula e nódulo. A ruptura e a inflamação causam a cicatriz da acne.
Baumann (2004) cita também a acnegênese junto a comedogênese como um fator desencadeante, trata-se de uma reação folicular não inflamatória que se manifesta por uma hiperceratose densa do folículo, dando origem a pústulas e pápulas, e geralmente precede a acne. “Os fatores causais principais da acne operam independente e são mediados por influencias tão importantes como a hereditariedade e a atividade hormonal. ” (BAUMANN, 2004, p.55).
Segundo Gomes (2006, apud SUDO; FILHO, 2014, p.4) os graus da acne podem ser classificados em:
Acne grau I: (Acne comedogênica - não inflamatória) apresenta pele oleosa, comedões abertos e comendões fechados.
Acne grau II: (Acne papulopustulosa inflamatória) apresenta pele oleosa, comendões abertos, comendões fechados, pápulas, pústulas, nódulos e cistos.
Acne grau III: (Acne nódulo-cística inflamatória) apresenta pele oleosa, comendões abertos e comendões fechados.
Acne grau IV: (Acne fulminante) forma infecciosa e sistêmica da acne, de causa desconhecida e início abrupto, que acomete predominantemente o sexo masculino. Apesar de rara é devastadora e grave. A etiologia da acne fulminante não é a mesma da acne vulgar, ou
seja, não ocorre com o mesmo processo de obstrução do folículo pilossebácea, hipersecreção e fatores hormonais. Em alguns casos o indivíduo acometido possui pápulas, pústulas e nódulos que evoluem para úlceras. Pode também haver dores nas articulações e febre. O tratamento é exclusivo por médicos
Embora seja uma doença caracterizada pelas mudanças hormonais que ocorrem na adolescência, também pode ocorrer na idade adulta, nesta fase causa maior desconforto a quem desenvolve. “A acne pode exercer um impacto psicológico profundo sobre os pacientes, especialmente as pacientes que se percebem “velhas demais para ter acne”“. (BAUMANN, 2004, p. 55).
De acordo com Baumann (2004) há diversos tratamentos terapêuticos para acne, a maioria dos tratamentos leva cerca de oito semanas para darem resultado, durante este período o indivíduo precisa conviver com o desconforto emocional e psicológico causado pela acne, devido a aparência.
3 CAMUFLAGEM COSMÉTICA ATRAVÉS DA MAQUIAGEM
De acordo com os estudos realizados por Parada e Teixeira (2010) a maquiagem cosmética foi introduzida como um procedimento médico após a Segunda Guerra Mundial, para a reabilitação de pilotos com queimaduras severas, atualmente todos os dermatologistas e esteticistas deveriam familiarizar-se com produtos de maquiagem cosmética para melhor auxiliar seus pacientes, pois o efeito da camuflagem de lesões, através da maquiagem proporciona uma melhora significativa na qualidade de vida social de pessoas com lesões inestéticas.
Para Levy e Emer (2012) pessoas com lesões visíveis, na pele sofrem com problemas de ansiedade, depressão e baixa autoestima, a maquiagem cosmética usada como terapia pode trazer resultados rápidos e significantes, amenizando estes danos psicológicos causados.
Para Ngan e Writer (2005) a camuflagem cosmética é uma forma alternativa ao tratamento clinico que ajuda a aliviar o incômodo causado por alguma disfunção estética de pele, em casos onde o indivíduo não obteve sucesso no tratamento clinico, porém precisa conviver com a aparência inestética do problema.
As lesões irregulares na pele, quando afetam principalmente a face causam grande insatisfação principalmente para mulheres, porém pode ser corrigida através da maquiagem corretiva. Segundo Parada e Teixeira (2010) as lesões da pele podem ter uma alteração muito
discreta na textura e apenas se deve mudar a coloração ou pode ser mais complexa. Alterações medias podem ser cobertas com uma simples base, com ou sem correção da cor. Lesões desfigurante mais severas requerem total apagamento, com cremes mais opacos e espessos.
O objetivo da maquiagem corretiva é fornecer uma solução estética rápida para aqueles que possuem alguma insatisfação com aparência, que não pode ser corrigida com o tratamento clinico imediato. Segundo Ngan e Writer (2005) os produtos cosméticos para camuflagem vêm mostrando grande evolução e se tornando cada vez mais eficazes no processo de camuflagem de imperfeições na pele, melhorando a qualidade de vida e a satisfação pessoal dos indivíduos que possuem alguma desordem.
A técnica de maquiagem corretiva deve ser aplicada por um profissional que além das habilidades artísticas de um maquiador, tenha o conhecimento de um profissional formando em Cosmetologia, pois além de técnicas de maquiagem são necessários conhecimentos sobre a fisiologia da pele, visagismo e conhecimento sobre os produtos cosméticos usados. A escolha de um cosmético para camuflagem depende da lesão da pele a ser ocultada. A avaliação da lesão desfigurante deve ser analisada de acordo com a forma, tamanho, cor e localização. A característica da pele também deve ser determinada de acordo com a textura, hidratação, cor e oleosidade (PARADA, TEIXEIRA,2010).
Os estudos realizados por Oliveira e Maluf (2010) mostram que os cosméticos desenvolvidos especialmente com a finalidade de camuflar lesões de pele, podem ter ou não os mesmos princípios ativos da maquiagem regular, porém, com concentrações diferentes. Ainda de acordo com Oliveira e Maluf (2010) os cosméticos para camuflagem são mais consistentes do que os de uso normal, devido as altas concentrações de dióxido de titânio em suas formulações.
3.1.1 Produtos cosméticos usados para camuflagem
Conforme Fabricant e Gould (1993, apud ABDALA, 2008) o uso da maquiagem está diretamente ligado a construção e o reflexo da identidade de uma pessoa, podendo ser a forma como elas apresentam sua autoimagem ou a forma pela qual elas querem ser vistas.
A maquiagem pode ser usada além de embelezar como uma forma de terapia alternativa em casos onde os tratamentos clínicos não atingem um resultado satisfatório. O dermatologista tem como objetivo principal à prevenção ou a cura das doenças da pele, porém, este objetivo nem sempre é alcançado, o que leva o paciente, muitas vezes, a ter de
conviver com lesões inestéticas, importante destacar que a maquiagem cosmética não irá alterar a textura da pele, ou promover a cura das lesões, porem seus benefícios psicológicos são inúmeros, (PARADA; TEIXEIRA, 2010).
Os cosméticos usados para camuflagem precisam ter uma alta cobertura, sendo mais consistentes do que os cosméticos para uso habitual. Os produtos para a camuflagem são preparações especiais, que se diferenciam dos produtos normais de maquiagem desde de seus princípios ativos e não estão destinados apenas ao embelezamento. São indicados para cobrir imperfeições de pessoas de qualquer idade, sexo ou grupo étnico, (PARADA; TEIXEIRA, 2010).
Observamos através da pesquisa realizada por Ngan e Writer (2005) que a maquiagem cosmética consiste na aplicação de cremes, líquidos e pós, para corrigir coloração ou irregularidades indesejadas da face e do corpo. Hoje em dia os cosméticos de camuflagem podem der usados por todas as pessoas para corrigir: sinais de nascença, rosácea, vitiligo, melasma, dermatites, queimaduras, cicatrizes provenientes de cirurgias plásticas, tatuagens e várias outras condições dermatológicas.
Segundo Draelos (1991, apud RECH et al, 2010) o uso da maquiagem pode ser comparado a arte da ilusão, pois o propósito principal de sua aplicação é destacar a beleza, porém quando existem imperfeições estéticas que precisam ser corrigidas, cria-se a ilusão de perfeição através da maquiagem, a maquiagem cosmética está cada vez mais associada área da estética e não somente ao simples embelezamento.
Parada e Teixeira (2010) consideram que para uma total camuflagem das imperfeições é de extrema importância conhecer a fisiologia da pele, pois cada produto cosmético deve ser utilizado de acordo com as características fisiológicas da pele. Formulações oleosas são usadas em peles alípicas, devolvendo a hidratação a esta pele, possuem em sua formulação, óleos minerais, óleos vegetais, ou estéreis sintéticos. Formulações em base aquosa são usadas em peles normais a seca, elas contêm grande quantidade de água e pequena quantidade de óleo com pigmentos suspensos em emulsão. Contem emulsificantes, como trietanolamina, ou surfactantes não iônicos ou emulsificantes como glicerilestearato. Preparados livres de óleos são usados em pele lipídica, contem derivados do silicone, como dimeticone ou ciclometicione, no lugar do óleo.
Para uma camuflagem perfeita, a maquiagem consiste de vários passos básicos que garantem uma total cobertura das imperfeições e a durabilidade, são usados: primer para receber a maquiagem, corretivo, base, pó facial e um fixador de maquiagem. Todos os produtos têm uma ação importante e específica na cobertura dos defeitos da pele. Para
Draelos (1991, apud RECH et al, 2010) a capacidade da base de esconder ou de encobrir a pele subjacente é conhecida como cobertura.
As bases agem na cobertura e na uniformização da pele, possuindo diferentes acabamentos, Parada e Teixeira (2010) que as bases faciais estão disponíveis para diferentes finalidades, ou seja, com efeito "matte" (sem brilho), semi-"matte", semi-"matte" hidratante e brilhante. As bases, com efeito, "matte" são apropriadas para a maquiagem com finalidade de camuflagem. As bases podem ser líquidas, em forma de mousse, cremosas, em bastão, compactas ou em loção.
Na preparação da maquiagem corretiva o uso do pó compacto serve para matizar a base e conter a oleosidade da pele. Conforme Draelos (1991, apud RECH et al, 2010) os pós-faciais para cobertura completa contêm, predominantemente, talco (silicato de magnésio hidratado) e altas quantidades de pigmentos de cobertura. Estes, quando usados em pó facial, podem ser assim relacionados em ordem crescente de opacificação: dióxido de titânio, caulim, carbonato de magnésio, estearato de magnésio, estearato de zinco, giz preparado, óxido de zinco, amido de arroz, giz precipitado e talco. Em geral, se aceita que a opacidade seja obtida com um tamanho de partícula de 0,25 micra. O carbonato de magnésio também pode ser usado para melhorar a retirada de óleo, manter o pó sem compactação e absorver qualquer perfume acrescentado. O caulim, presente no pó facial (silicato de alumínio hidratado) também pode funcionar absorvendo o óleo e a perspiração.
O corretivo tem a finalidade de neutralizar as manchas na pele causadas pelas lesões, para Ngan e Writer (2005), os corretivos geralmente possuem uma cobertura maior que as bases, cobrindo facilmente cicatrizes pós-cirúrgicas, hematomas e manchas, tanto no rosto quanto no corpo. Geralmente são produtos cremosos e possui uma variedade de cores, o que possibilita deixar a cor o mais próximo possível do tom da pele, para que a camuflagem se torne praticamente invisível.
De acordo com Parada e Teixeira (2010) as principais funções dos corretivos e suas finalidades são: Promover uma aparência natural camuflando as lesões. Opacidade, a maquiagem corretiva precisa ser capaz de cobrir todos os tipos de alteração de coloração. Não ser gordurosa, não manchar as roupas. Ser à prova d'água, ser resistente a água para poder ser utilizada na chuva, piscina e outras atividades esportivas. Fácil de aplicar, dificuldade na aplicação desestimula o uso. Longa duração para dar segurança pessoal em caso de uso prolongado e fácil de ser retocada, quando necessário. Poder ser usada em todos os tipos de pele. Não conter perfumes, não ser irritante, não ser sensibilizante, não ser fotossensibilizante e não ser comedogênica. A maquiagem corretiva deve também combinar com todos os tons de
pele de diferentes grupos étnicos e para isso deve ser disponível em diferentes cores e nuances.
Quadro 1 - Cores de corretivos para camuflagem de acordo com a cor da lesão.
Patologia
Cor Para Neutralizar
Cor do Corretivo
Melasma
Marrom
Amarelo
Rosácea
Vermelho
Verde
Acne
Vermelho
Verde
Vitiligo
Branco/Rosa
Laranja
Fonte: Elaboração da autora, 2018.
A maquiagem cosmética pode ser indicada por esteticistas e dermatologistas durante o tratamento clinica, para camuflar as lesões de forma imediata, em casos onde causam desconforto psicológico e emocional aos pacientes, porém é necessário oferecer um treinamento de como usar os produtos para camuflagem. Pacientes com vitiligo, rosácea, precisam de produtos que possuam maior cobertura, paciente com melasma e hiperpigmentação precisam de mais tempo para encontrar o balanço das cores para camuflagem, pacientes com acne podem precisar de produtos que além da cobertura não irritem as lesões e possam ser usados junto com tratamento clínico (LEVY; EMER, 2012).
3.1.2 Maquiagem com airbrush (aerógrafo)
Segundo Gerson et al (2012) o airbrush (aerógrafo) é um meio de aplicação da maquiagem, através de uma pistola ligada a um compressor de ar, a qual dispara jatos de tinta, tanto no rosto quanto no corpo, sua alta cobertura proporciona cobrir qualquer tipo de lesão cutânea. Seu benefício é obter uma maquiagem higiênica, duradoura, resistente à água e ao atrito. Mais eficiente e rápida de aplicar do que a maquiagem convencional, aparência leve, natural e com camuflagem total de lesões na pele.
A técnica da aplicação com airbrush é utilizada para arte facial e corporal, tatuagens laváveis e bronzeamento tópico. Sua aplicação na maquiagem é principalmente na parte de correção da pele, para aplicação da base. Os principais produtos para aplicação dessa técnica são primers, bases, corretivos, com a tecnologia HD (high Definition) que ficam invisíveis na leitura digital. A maquiagem para uso no airbrush pode ser a base, de álcool,
sendo usadas para efeitos especiais, principalmente tatuagens, de água e base de silicone, é o que existe de mais moderno hoje para a tecnologia HD de alta definição. (GERSON et al 2012).
Segundo Piva et al (2011) a pele precisa ser cuidadosamente preparada para receber o Airbrush, o processo se inicia com aplicação do primer, que irá uniformizar a textura da pele além de ajudar na correção de discromias, o passo seguinte é a escolha do corretivo com tonalidade que irá camuflar irregularidades, o corretivo precisa ser esfumado e integrado a pele junto com o primer, para atingir um resultado natural, após aplicação usa-se um pó fixador e prossegue com a uniformização de todo rosto com Airbrush, ao aplicar o
Airbrush é necessário deixar a base secar por completo antes de tocar a pele.
A aplicação do Airbrush deve ser feita em camadas, para que o produto possa secar após cada aplicação, permitindo também que as partes que precisam de maior uniformização recebam uma cobertura maior, caso seja necessário espalhar ou remover o excesso de produto pode ser usado um pincel de cerdas sintéticas. Após aplicação da base com o Airbrush é necessária aplicação de um pó translucido com a finalidade de fixar e neutralizar o excesso de brilho da pele (PIVA et al, 2011).
4 DELINEAMENTO METODOLÓGICO
4.1 TIPO DE PESQUISA
O tipo de pesquisa selecionada para realização do estudo foi o estudo de caso que segundo Yin (2001) é uma estratégia de pesquisa que compreende um método de abordagem especifico para coleta e análise de dados sobre um determinado assunto, dando ao pesquisador respostas a questionamentos que não possui total controle e compreensão. O estudo de caso é um método qualitativo que consiste, geralmente, em uma forma de aprofundar uma unidade individual (YIN, 2001).
Quanto aos objetivos, trata-se de uma pesquisa do tipo qualitativa, pois seu objetivo básico foi identificar os fatores que determinam ou contribuem para ocorrência de um fenômeno, sendo um tipo de pesquisa que tenta explicar a razão e as relações de causa e efeito dos fenômenos. (GIL, 2008).
4.2 POPULAÇÃO/AMOSTRA
Para pesquisa foram selecionadas seis mulheres por conveniência, através da divulgação da pesquisa em redes sociais, disponibilizando contato do pesquisador. Critérios de inclusão, mulheres adultas entre 18 a 65 anos, que apresentem melasma, rosácea subtipo I e II e acne grau I e grau II, todas as lesões localizadas na região da face. As participantes foram selecionadas na cidade de Içara, Santa Catarina.
Critério de exclusão, homens, mulheres com lesões não localizadas na face e não citadas na pesquisa, pessoas que apresentaram algum tipo de reação alérgica aos produtos cosméticos usados para camuflagem ou que se sentiram desconfortáveis ao responder as perguntas apresentadas nos questionários que foram aplicados antes e depois do procedimento.
4.3 INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA COLETA DE DADOS
A coleta de dados foi iniciada através da entrega e assinatura do TCLE (Apêndice A) as 6 participantes. Os dados foram coletados a partir das respostas fornecidas pelas participantes no questionário (Apêndice C) aplicando antes da realização da camuflagem cosmética, buscando identificar o grau de satisfação das participantes em relação a aparência de suas peles, e no questionário (Apêndice D), aplicado após a realização da camuflagem cosmética, buscando identificar o grau de conhecimento das participantes em relação a técnica aplicada. Foi feito o fotográfico do antes e depois da aplicação da maquiagem cosmética, para poder identificar se a técnica aplicada foi capaz de camuflar as lesões na pele das participantes.
4.4 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PARA COLETA DE DADOS
A coleta de dados foi iniciada através da entrega e assinatura do TCLE (Apêndice A) as 6 participantes. Foi realizado o registro fotográfico antes da aplicação da maquiagem cosmética, através de foto frontal e lateral, buscando o melhor ângulo para visualizar a lesão, e aplicação do questionário (Apêndice C), para investigar o grau de satisfação das participantes em relação ao aspecto da pele. Após a aplicação da maquiagem cosmética foi aplicado o questionário (Apêndice D) para investigar o conhecimento e acesso que as participantes tinham em relação a técnica aplicada, e o registro fotográfico da pele com as
lesões camufladas. A fotografia foi feita com 80cm de distância entre a câmera e o (a) participante, com fundo branco e iluminação artificial, através de uma câmera Sony Alpha. Os produtos usados para camuflagem foram primer da marca Laura Mercier produto que possui a finalidade de uniformizar a pele, e corrigir pequenas imperfeições; corretivo Kryolan linha
Dermacolor, com alta cobertura de acordo com a coloração da lesão que precisa ser
camuflada; a base usada foi da marca Mac linha Pro Performance HD Aibrush Makeup de acordo com o tom da pele da participante, através do uso do Airbrush, manter uma distância entre o rosto e o aparelho, numa posição de 90º graus; usar pó translúcido da marca Kryolan linha Dermacolor, para matizar os produtos cremosos que foram usados anteriormente e dar uma maior fixação a maquiagem; finalizar com produto para fixação da maquiagem da marca
Neez.
4.5 PROCEDIMENTOS ULTILIZADOS NA ANÁLISE DOS DADOS
A análise de dados foi realizada de forma qualitativa, conforme Minayo (2004) e envolveu um processo de ordenação, classificação e análise final dos dados. A ordenação consistiu no mapeamento de todos os dados que foram obtidos através dos questionários, o qual envolveu a transcrição, a releitura do material e a organização dos dados. A classificação dos dados envolveu a leitura das informações, com o intuito de identificar temas relevantes com significados comuns. A análise final compreendeu a articulação dos dados a luz da leitura. A análise de dados da pesquisa foi realizada a partir das respostas fornecidas pelas participantes nos questionários e os resultados obtidos através do registro fotográfico, antes e depois aplicação da técnica de camuflagem cosmética.
Os dados foram analisados e interpretados a fim de evidenciar as relações existentes entre o fenômeno estudado e outros fatores, procurando dar um significado mais amplo às respostas, vinculando-se a outros conhecimentos. (MARCONI; LAKATOS, 2003).
4.6 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA
Do ponto de vista ético o estudo foi orientado pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2012). Com base nesta resolução foram repetidos os seguintes aspectos: assinatura pelos participantes, do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo A); direito de participar ou não do estudo; preservação do anonimato; sigilo das informações que não autorizam ou não desejam a divulgação; agendamento da coleta de
dados de forma não interferir nas atividades das participantes. Esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UNISUL da Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL sob o código 2.615.336. Para a realização deste estudo, os seguintes documentos foram utilizados: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A); Solicitação para realização da pesquisa na instituição co-participante (Apêndice B).
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 GRUPO MELASMA
A participante A 28 anos, do grupo melasma, atingiu no primeiro questionário (Apêndice C) pontuação 42, no qual buscava identificar o grau de satisfação da participante em relação a aparência de sua pele causada pelo melasma. Segundo Baumann (2004) o melasma é uma ocorrência fisiológica bastante típica que acomete principalmente mulheres, durante a idade reprodutiva, sendo mais comum em mulheres com fototipos intermediários.
De acordo com as respostas obtidas no primeiro questionário (Apêndice C) foi possível observar que a aparência da pele da participante A – Melasma, causa incomodo na maioria das vezes, em relação a frustração causa incomodo algumas vezes, em relação, a frustração, depressão, relacionamentos íntimos e demonstração de afeto se sente não incomodada ou neutra, em relação a ser atraente para os outros se sente incomodado algumas e a aparência da sua pele afeta seu senso de liberdade na maioria das vezes interferindo na sua qualidade de vida e convivência com outras pessoas.
A imagem pessoal está relacionada a autoestima, sabe-se que entre as pessoas, a uniformidade da pele, compõem um fator importante, para construção de sua imagem.
Entre as discromias que afetam a uniformidade no tom da pele, o melasma é um dos que mais atinge mulheres brasileiras, e que causam desconforto quanto a aparência, por ser tratar de uma discromia que acomete principalmente a região da face. Embora seja um problema basicamente estético, o melasma é muito incomodo para homens e mulheres, principalmente indivíduos de pele parda e boa capacidade de bronzeamento, (WOLF, JOHNSON, 2011, p.344).
Figura 1: Participante A – melasma, antes da Figura 2: Participante A – melasma, após a camuflagem das lesões. camuflagem das lesões.
Através das respostas obtidas pelo segundo questionário (Apêndice D) o qual tinha como objetivo identificar o grau de conhecimento da participante em relação a camuflagem cosmética, foi possível observar que a participante A – melasma, já tinha conhecimento sobre a técnica aplicada, porém nunca recebeu nenhuma orientação vinda de um profissional para o uso dos produtos. A participante A relatou que já realizou tratamentos clínicos para o melasma, porém não obteve resultados positivos, fazendo com que ela precisasse se adaptar e conviver com as manchas. Segundo Baumann (2004) o melasma por ser uma dermatose causada pela atividade dos melanócitos, ocorrem muitos casos de tornar-se recidiva, com ciclos que apresentam uma melhora e outros com altos picos de atividade dos melanócitos, onde as manchas na pele ficam mais evidentes e alguns casos os tratamentos acabam não tendo resultados satisfatórios. As lesões na face segundo a participante A já causaram incomodo psicológico e emocional, porém nunca se sentiu descriminada pela aparência de sua pele. Em sua rotina costuma usar durante o dia protetor solar junto com base para amenizar o aspecto das manchas e durante a noite creme clareador. Após aplicação da camuflagem cosmética ela relatou se sentir mais confiante, com autoestima elevada e com menos vergonha e constrangimento de ir a lugares públicos.
A participante B 35 anos, do grupo melasma, atingiu no primeiro questionário (Apêndice C) pontuação 44, no qual buscava identificar o grau de satisfação da participante em relação a aparência de sua pele causada pelo melasma. De acordo com as respostas obtidas no primeiro questionário (Apêndice C) foi possível observar que a aparência da pele da participante B – melasma causa incomodo na maioria das vezes, em relação a frustração e constrangimento se sente incomodada a maioria das vezes, em relação a depressão não se sente incomodado na maioria das vezes, em relação aos relacionamentos íntimos se sente incomodada a maioria das vezes, em relação ao desejo de estar com outras pessoa e demonstração de afeto não incomodada na maioria das vezes, algumas vezes não se sente atraente e também menos importante pela condição de sua pele, a aparência afeta seu senso de liberdade algumas vezes.
Figura 3: Participante B – melasma, antes Figura 4: Participante B – melasma, após a da camuflagem das lesões. camuflagem das lesões.
Através das respostas obtidas pelo segundo questionário (Apêndice D) o qual tinha como objetivo identificar o grau de conhecimento da participante em relação a camuflagem cosmética, foi possível observar que a participante B – melasma, relatou não ter conhecimento sobre a técnica aplicada durante o estudo, nunca buscou orientação para o uso dos produtos para camuflagem. A participante relatou que já realizou tratamentos clínicos
para o melasma, porém não obteve resultados positivos. As lesões na face segundo a participante B já causaram incomodo psicológico e emocional, e se sentiu descriminada pela aparência de sua pele. Em sua rotina para camuflar as machas costuma usar base e pó compacto. Após aplicação da camuflagem cosmética ela relatou se sentir ótima.
Com a finalidade de camuflar as hiperpigmentações causadas pelo melasma, foi utilizado o primer da marca Laura Mercier para uniformizar a pele em ambas as participantes, em seguida foi usado o corretivo da Kryolan linda Dermacolor cor D4 para corrigir pequenas imperfeições, a aplicação da base foi realizada através do uso do aparelho de Airbrush da marca Dinair, a base usada foi da marca Mac linha Pro Perfomance HD Airbrush Makeup , na participante A foi usado a cor NC 15 o que corresponde a tonalidade para pessoas do fototipo 2 a 3, e na participante B foi usado a cor NC20 o que corresponde a tonalidade para pessoas do fototipo 3 a 4, após aplicação da base foi feita uma pausa de 10 minutos para que o produto pudesse secar por completo, e seguir com a aplicação da maquiagem. Em seguida foi aplicado o pó translúcido da marca Kryolan linha Demacolor cor D06 em ambas as participantes, para matizar os produtos cremosos e neutralizar a zona T onde surge uma maior oleosidade e excesso de brilho. Para definir os contornos da face e proporcionar uma harmonização dos traços, foi usada a paleta Contour da marca NYX, uma tonalidade mais escura que o tom da pele da participante, na lateral da face entre o zigomático e mandibular, região lateral e frontal da testa e lateral do nariz. Nos pontos altos da face, queixo, centro do nariz, região do zigomático foi usado um iluminador da marca Urban Decay. Na região dos olhos foi realizado apenas a correção das sobrancelhas e aplicação de uma máscara de cílios. O batom aplicado foi de acordo com o gosto de cada participante. Para finalizar a aplicação da maquiagem foi usado o fixador da marca Neez, proporcionando durabilidade. A maquiagem é capaz de transformar a imagem pessoal de uma forma positiva, amenizando algumas características físicas indesejadas, elevando assim a autoestima, sobretudo para as mulheres que possuem uma grande preocupação com a imagem.
Fisher, Phillipi e Macedo (2010) afirmam que o uso da maquiagem requer cuidado e deve ser analisado o perfil, personalidade e características de cada indivíduo, o uso dos produtos corretos e do visagismo pode auxiliar no processo de construção da imagem.
Com aplicação da técnica de camuflagem foi possível observar que o uso do primer melhorou consideravelmente a aparência da pele das participantes A e B, o que facilitou aplicação dos demais produtos, o corretivo escolhido da marca Kryolan foi capaz de camuflar a hiperpigmentação e a aplicação da base através do airbrush foi eficiente pois uma única camada foi capaz de camuflar todas as machas.
As participantes demostraram reação positiva e satisfatória após aplicação da camuflagem e melhora da autoestima.
5.2 GRUPO ROSÁCEA
A participante A 19 anos, do grupo rosácea subtipo I, atingiu no primeiro questionário (Apêndice C) pontuação 47, no qual buscava identificar o grau de satisfação da participante em relação a aparência de sua pele. De acordo com as respostas obtidas foi possível observar que a aparência da pele da participante A – rosácea causa incomodo na maioria das vezes, em relação a frustração causa incomodo algumas vezes, em relação ao constrangimento pela condição da sua pele se sente incomodado o tempo todo, quanto a depressão não se sente afetada, em relação aos relacionamentos íntimos e demonstração de afeto se sente incomodada algumas vezes, em relação a ser atraente para os outros não se sente incomodado na maioria das vezes e a aparência da sua pele afeta seu senso de liberdade algumas vezes.
Figura 5: Participante A – rosácea, antes da Figura 6: Participante A – rosácea, após a camuflagem das lesões. camuflagem das lesões.
Monteiro (2010) caracteriza a rosácea pela vermelhidão causada na pele, gerando grande desconforto para aqueles que possuem, ocorre devido a um processo inflamatório, que envolve vasos da pele e unidade pilossebácea, dando origem ao eritema, que pode causar dor, queimação, prurido e flushing, o componente inflamatório aumenta a sensibilidade da pele e diminui a tolerância a muitos agentes de uso tópico.
Através das respostas obtidas pelo segundo questionário (Apêndice D) o qual tinha como objetivo identificar o grau de conhecimento da participante em relação a camuflagem cosmética, foi possível observar que a participante não tinha conhecimento sobre a técnica de camuflagem cosmética usada. A participante também relatou nunca ter feito tratamento clínico para rosácea. As lesões na face segundo ela já causaram incomodo psicológico e emocional, e já se sentiu descriminada pela aparência de sua pele. Em sua rotina costuma usar somente base para amenizar a vermelhidão. Após aplicação da camuflagem cosmética ela relatou se sentir bem com sua aparência e mais bonita.
A participante B 19 anos, do grupo rosácea, atingiu no primeiro questionário (Apêndice C) pontuação 35, no qual buscava identificar o grau de insatisfação da participante em relação a aparência de sua pele. De acordo com as respostas obtidas foi possível observar que a aparência da pele da participante B – rosácea causa incomodo algumas vezes, em relação a frustração em relação a aparecia da pele se sente neutra, em relação ao constrangimento pela condição da sua pele se sente incomodada algumas vezes, quanto a depressão não se sente afetada, em relação aos relacionamentos íntimos e desejo de estar com outras pessoas se sente incomodada algumas vezes, em relação a ser atraente para os outros se sente neutra, quanto ao se sentir menos importante ou produtivo não se sente nenhum pouco incomodado, e a aparência da sua pele não interfere no seu senso de liberdade.
Figura 7: Participante B – rosácea, antes da Figura 8: Participante B – rosácea, após a camuflagem das lesões. camuflagem das lesões.
Através das respostas obtidas pelo segundo questionário (Apêndice D) o qual tinha como objetivo identificar o grau de conhecimento da participante em relação a camuflagem cosmética, foi possível observar que a participante B – rosácea não tinha conhecimento sobre a técnica de camuflagem cosmética usada. A participante também relatou nunca ter feito tratamento clínico para rosácea por falta de orientação. As lesões na face segundo ela já causaram incomodo psicológico e emocional, porem nunca deixou de realizar nenhuma atividade devido a aparência da pele, já se sentiu descriminada pela aparência de sua pele. Em sua rotina não costuma usar nenhum produto para camuflar as lesões causadas pela rosácea. Após aplicação da camuflagem cosmética ela relatou se sentir mais bonita e satisfeita com o resultado.
Com a finalidade de camuflar a vermelhidão causada pela rosácea, foi utilizado o em ambas as participantes o primer da marca Laura Mercier para uniformizar a pele, em seguindo foi usado o corretivo da Kryolan linda Dermacolor, na participante A- rosácea foi usado na cor D2, para a participante B – rosácea foi usado o corretivo D4, para corrigir pequenas imperfeições, a aplicação da base foi realizada através do uso do aparelho de Airbrush da marca Dinair, a base usada foi da marca Mac linha Pro Perfomance HD Airbrush Makeup , na participante A – rosácea foi usada a base cor NC 10 o que corresponde a
tonalidade para pessoas do fototipo 1 e 2, na participante B – rosácea foi usada a base cor NC 25 o que corresponde a tonalidade para pessoas do fototipo 4. Após aplicação da base foi feita uma pausa de 10 minutos para que o produto pudesse secar por completo e seguir com a aplicação da maquiagem. Em seguida foi aplicado em ambas as participantes o pó translúcido da marca Kryolan linha Demacolor cor D06, para matizar os produtos cremosos e neutralizar a zona T onde surge uma maior oleosidade e excesso de brilho. Para definir os contornos da face e proporcionar uma harmonização dos traços, foi usada a paleta Contour da marca NYX, uma tonalidade mais escura que o tom da pele das participantes, na lateral da face entre o zigomático e mandibular, região lateral e frontal da testa e lateral do nariz. Nos pontos altos da face, queixo, centro do nariz, região do zigomático foi usado um iluminador da marca
Urban Decay. Na região dos olhos foi realizada apenas a correção das sobrancelhas e
aplicação de uma máscara de cílios. O batom aplicado foi de acordo com o gosto de cada participante. Para finalizar a aplicação da maquiagem foi usado o fixador da marca Neez, proporcionando durabilidade.
A aplicação do primer melhorou consideravelmente a aparência da pele das duas participantes, o que facilitou aplicação dos demais produtos, o corretivo escolhido da marca
Kryolan foi capaz de camuflar a vermelhidão ocasionada pela rosácea, e a aplicação da base
através do airbrush foi eficiente pois uma única camada foi capaz de camuflar todas as áreas com lesão. As participantes demostraram reação positiva e satisfatória após aplicação da camuflagem, sentindo-se mais bonitas.
5.3 GRUPO ACNE
A participante A 19 anos, do grupo acne, atingiu no primeiro questionário (Apêndice C) pontuação 52, no qual buscava identificar o grau de satisfação da participante em relação a aparência de sua pele causada pela acne. De acordo com as respostas obtidas foi possível observar que a aparência da pele da participante C causa incomodo todo o tempo, frustração, constrangimento, em algumas situações depressão, interferindo significantemente na sua qualidade de vida e convivência com outras pessoas. De acordo com Baumann (2004) a acne pode exercer um impacto psicológico profundo sobre os pacientes.
Indivíduos com acne buscam opções para cobrir as lesões faciais que causam frustração visual, na maioria dos casos, fazem escolhas por produtos que não são eficazes ou acabam prejudicando sua situação. Para oferecer melhores opções, profissionais da área
estética devem saber orientar sobre as opções de produtos para o uso da camuflagem (IREDALE; LINDER, 2009).
Figura 9: Participante A – acne, antes da Figura 10: Participante A – acne, após a camuflagem das lesões. camuflagem das lesões.
Através das respostas obtidas pelo segundo questionario (Apêndice D) o qual tinha como objetivo identificar o grau de conhecimento da participante em relação a camuflagem cosmética, foi possível observar que a participante A – acne já tinha conhecimento sobre a técnica aplicada, porém nunca recebeu nenhuma orientação vinda de um profissional para o uso dos produtos. A participante relatou que já realizou tratamentos clínicos para a acne, porém não obteve resultado positivo. As lesões na face segundo ela já causaram incomodo psicológico e emocional, porém nunca se sentiu descriminada pela aparência de sua pele. Em sua rotina costuma usar durante o dia, sabonete, gel de limpeza e pomada para secar as lesões abertas. Após aplicação da camuflagem cosmética ela relatou se sentir mais bonita.
Desordens cutâneas, principalmente na região da face, como melasma, rosácea e acne, podem causar transtornos emocionais e psicológicos, estudos mostram que indivíduos
com acne acabam enfrentando depressão, ansiedade, e baixa autoestima (LEVY; EMER, 2012).
A participante B 18 anos, do grupo acne, atingiu no primeiro questionário (Apêndice C) pontuação 25, no qual buscava identificar o grau de insatisfação da participante em relação a aparência de sua pele causada pela acne. De acordo com as respostas obtidas foi possível observar que a aparência da pele da participante B – acne causa incomodo algumas vezes, frustração incomodada algumas vezes, neutra em relação a sentir-se constrangida pela aparência de sua pele, nenhum pouco afetada por depressão, em relação ao relacionamento com outras pessoas, demonstração de afeto, menos importante ou produtiva e desejo de estar com outras pessoas não se sente incomodada na maioria das vezes, a aparência de sua pele não interfere nem um pouco no seu senso de liberdade.
Figura 11: Participante B – acne, antes da Figura 12: Participante B– acne, após a camuflagem das lesões. camuflagem das lesões.
Através das respostas obtidas pelo segundo questionário (Apêndice D) o qual tinha como objetivo identificar o grau de conhecimento da participante em relação a camuflagem cosmética, foi possível observar que a participante B – acne já tinha conhecimento sobre a técnica aplicada, porém nunca recebeu nenhuma orientação vinda de um profissional para o uso dos produtos. A participante relatou nunca ter feito tratamentos clínicos para a acne, por falta de orientação. As lesões na face segundo ela já causaram
incomodo psicológico e emocional, porém nunca se sentiu descriminada ou deixou de realizar alguma atividade devido aparência de sua pele. Em sua rotina não costuma usar nada para camuflar as lesões. Após aplicação da camuflagem cosmética ela relatou se sentir mais bonita, pois as marcas ocasionadas pela acne incomodam um pouco.
Com a finalidade de camuflar as lesões causadas pela acne, foi utilizado o primer da marca Laura Mercier para uniformizar a pele, em seguindo foi usado o corretivo da
Kryolan linda Dermacolor, na participante A na cor D4, na participante B na cor D2, para
corrigir pequenas imperfeições, a aplicação da base foi realizada através do uso do aparelho de Airbrush da marca Dinair, a base usada foi da marca Mac linha Pro Perfomance HD Airbrush Makeup , na participante A foi usada a cor NC 20 o que corresponde a tonalidade para pessoas do fototipo 3 , na participante B foi usada a cor NC15 o que corresponde a tonalidade para pessoas fototipo 2, após aplicação da base foi dado uma pausa de 10 minutos para que o produto pudesse secar por completo e seguir com a aplicação da maquiagem. Em seguida foi aplicado em ambas as participantes o pó translúcido da marca Kryolan linha
Demacolor cor D06 para matizar os produtos cremosos e neutralizar a zona T onde surge uma
maior oleosidade e excesso de brilho. Para definir os contornos da face e proporcionar uma harmonização dos traços, foi usada a paleta Contour da marca NYX, uma tonalidade mais escura que o tom da pele da participante, na lateral da face entre o zigomático e mandibular, região lateral e frontal da testa e lateral do nariz. Nos pontos altos da face, queixo, centro do nariz, região do zigomático foi usado um iluminador da marca Urban Decay. Na região dos olhos foi realizada apenas a correção das sobrancelhas e aplicação de uma máscara de cílios. O batom aplicado foi de acordo com o gosto de cada participante. Para finalizar a aplicação da maquiagem foi usado o fixador da marca Neez, proporcionando durabilidade.
A aplicação do primer melhorou consideravelmente a aparência da pele das duas participantes, o que facilitou aplicação dos demais produtos, o corretivo escolhido da marca Kryolan foi capaz de camuflar as lesões, e a aplicação da base com Airbrush foi satisfatório do ponto de vista que substituiu o uso de pinceis, principalmente para participante A evitando atrito com a pele que poderia vir a ser lesionada por já estar sensibilizada. Nas áreas onde as lesões estavam expostas na participante A, foi necessário reaplicar a base para conseguir cobrir as lesões, o que deixou o aspecto da pele mais carregada. Foi possível observar que no caso da acne onde as lesões possuem elevações na pele, é possível alcançar a camuflagem no que diz respeito à vermelhidão, porém ainda se tornam evidentes já que as elevações permanecem.
De acordo com Parada e Teixeira (2010) as bases para camuflagem podem acentuar irregularidades da superfície da pele, como cicatrizes, poros, rugas, relevos, uma depressão na estrutura da pele mesmo com aplicação da base ira parecer mais escura que o restante da pele, dessa forma um produto mais claro irá causar um efeito de preenchimento da mesma forma que uma cicatriz elevada pode ser minimizada quando aplicada um produto mais escuro.
6 CONCLUSÃO
O uso da maquiagem para o embelezamento já vem sendo usado há séculos, porém, além de embelezar ela também pode ser aliada na camuflagem de lesões estéticas faciais que causam desconforto com aparência.
Neste estudo avaliou-se o uso da maquiagem cosmética para camuflar lesões na face causadas por melasma, rosácea e acne. Por meio do questionário (Apêndice C), foi possível observar o grau de satisfação das participantes em relação a aparecia de suas peles, do registro fotográfico foi possível observar se os produtos usados foram capazes de camuflar as lesões faciais e através da aplicação do questionário (Apêndice D) avaliou-se o conhecimento sobre a técnica e produtos usados.
Foi possível observar através a aplicação dos questionários que as participantes se sentiam incomodadas à maioria das vezes em relação aparência de suas peles, as lesões sejam ocasionadas por melasma, rosácea ou acne, causam constrangimento, frustação, o que acaba refletindo no convívio em sociedade e relacionamentos pessoais.
Através da aplicação da camuflagem cosmética foi possível observar que a técnica se mostrou eficaz quando realizada no melasma e na rosácea por se tratarem de problemas cutâneos que atingem principalmente a coloração, sendo assim podem ser totalmente corrigidas. No entanto em uma das participantes do grupo acne, a pele estava sensibilizada e com lesões expostas, fazendo que fosse necessário o uso de uma quantidade maior de produto impedindo um resultado natural.
As seis participantes se mostraram satisfeitas em relação aos resultados após aplicação da camuflagem cosmética, relatando sentirem-se mais bonitas e confiantes, sendo assim o uso da maquiagem para camuflar essas lesões diariamente pode trazer uma melhora da autoestima e maior aceitação em relação aparência.
A camuflagem cosmética se mostra uma boa alternativa para amenizar o desconforto dos indivíduos em relação aparência da pele, porém não dispensa a necessidade do tratamento clinico das lesões.
USE OF COSMETIC MAKE UP TO CAMOUFLAGE INJURIES IN THE FACE CAUSED BY: MELASMA; ROSACEA AND ACNE.
Abstract: The uniformity of the skin is important for the construction of the personal image of an individual, any unsightly injury ends up causing consequences for self-esteem, through cosmetic makeup, and it is possible to rebuild the image and self-confidence, camouflaging these lesions. The objective of the research was to evaluate the use of cosmetic makeup to camouflage facial lesions caused by melasma, rosacea and acne, and its psychological benefits. It is a qualitative study, as it sought to understand a specific phenomenon in depth, presenting the results through perceptions and analysis of the answers provided by the participants. The procedure for carrying out the research was done through a case study, with six women selected for convenience in the city of Içara Santa Catarina. Data were collected through the application of the cosmetic camouflage technique and the application of two questionnaires. Photographic registration was performed before and after the application of the technique, to identify if the cosmetic makeup would be able to camouflage the lesions. In the cases presented with melasma and rosacea, because they were problems that mainly interfere with the color of the skin, the result was more satisfactory, than the result obtained with the camouflage in the acne group, because one of the participants of the acne group had some open lesions and reliefs that interfered with skin texture. However, the results demonstrate that the use of cosmetic camouflage can improve self-esteem and bring psychological and emotional benefits in cases where the client has to cope with facial injuries. All participants reported feeling satisfied and having an improvement in self-esteem after applying cosmetic camouflage. Cosmetic camouflage is a good alternative to ease the discomfort of individuals regarding skin appearance, but does not dispense the need for clinical treatment of the lesions.
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APÊNDICE A
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA - CEP UNISUL Cep.contato@unisul.br, (48) 3279.1036
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Você está sendo convidado (a) para participar, como vo1untário (a), em uma pesquisa que tem como título “Uso da maquiagem cosmética para camuflar lesões na face causadas por: melasma, rosácea e acne”. A pesquisa tem como objetivo avaliar o uso da maquiagem cosmética para camuflar lesões na face, causadas pelo melasma, rosácea, acne e seus benefícios psicológicos.
É importante pesquisar a respeito desse assunto, pois se tem notado o crescente aumento de pessoas que possuem lesões na face que não alcançam um resultado satisfatório e definitivo através de tratamentos clínicos. Devido a este fator é importante os profissionais da área de Cosmetologia e Estética estar aptos a oferecer a seus clientes uma alternativa para conviverem com essas lesões sem terem a autoestima afetada.
Esta pesquisa será realizada com 6 voluntários de faixa etária de 18 a 65 anos. A pesquisa será realizada com participantes, localizados nos municípios de Içara – SC. As participantes serão entrevistadas através de um questionário com perguntas semiestruturadas, e será realizada a técnica de aplicação da camuflagem cosmética.
Você não é obrigado (a) a responder todas as perguntas e poderá desistir de participar da pesquisa a qualquer momento (antes, durante ou depois de já ter aceitado participar dela ou de já ter feito a entrevista), sem ser prejudicado (a) por isso. A partir dessa pesquisa, como benefício, você aprendera sobre a camuflagem cosmética.
Você poderá quando quiser pedir informações sobre a pesquisa à pesquisadora. Esse pedido pode ser feito pessoalmente, antes ou durante a entrevista, ou depois dela, por telefone, a partir dos contatos do pesquisador que constam no final deste documento, ou durante a entrevista.
Todos os seus dados de identificação serão mantidos em sigilo e a sua identidade não será revelada em momento algum. Em caso de necessidade, serão adotados códigos de identificação ou nomes fictícios. Dessa forma, os dados que você fornecer serão mantidos em
