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INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA: uma forma de economia processual para o Poder Judiciário

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Academic year: 2022

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Jun. 2019 – Dez. 2019 v. 14, n. 2, 21-30 ISSN: 2237-8588

http://www.ienomat.com.br/revista/index.php/judicare

INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA: uma forma de economia processual para o Poder Judiciário

VIDEO CONFERENCE INTERROGATORY: a process economy for the judiciary Bruna Ramos Vieira1

Recebido em 07 ago. 2019; Aceito em 15 dez. 2019; Disponível on line em 20 dez. 2019

Resumo: Com o advento da lei n. 11.900/2009, ocorreram algumas modificações no Código de Processo Penal acerca do interrogatório do réu, nessa perspectiva, o presente trabalho tem como objetivo demostrar a aplicabilidade do interrogatório do réu por meio de videoconferência, especialmente voltado a finalidade da economia processual para o Poder Judiciário. Destaca-se que para elaboração do presente trabalho, utilizou-se do método dedutivo por intermédio de pesquisas bibliográficas, sítios eletrônicos, artigos acadêmicos e jurisprudências. Denota-se que é uma prática ainda nova no cotidiano jurisdicional, mas que vem se adequando as necessidades do judiciário, porquanto existem diversos princípios relacionados a máxima da economia e celeridade do processo.

Assim, o magistrado poderá se comunicar em tempo real com o réu por intermédio de vídeos com qualidades de imagens e sons, podendo interrogá-lo nessa nova modalidade de ferramenta tecnológica. Nesta toada, o principal objetivo do interrogatório por meio da videoconferência, repousa na economia, celeridade processual e segurança pública; contudo, há uma discussão jurisprudencial e doutrinária acerca dos direitos individuais do preso.

Palavras-chave: Interrogatório por videoconferência; Economia Processual; Celeridade Processual.

Abstract: With the advent of law no. 11.900 / 2009, there were some changes in the Code of Criminal Procedure regarding the defendant's interrogation, in this sense, this paper aims to demonstrate the applicability of the defendant's interrogation through videoconferencing, especially aimed at the purpose of the procedural economy for the Judiciary . It is noteworthy that for the elaboration of the present work, the deductive method was used through bibliographical research, electronic websites, academic articles and jurisprudence. It is noted that it is a practice still new in the daily jurisdiction, but that has been adapting to the needs of the judiciary, as there are several principles related to the maximum economy and speed of the process. Thus, the magistrate will be able to communicate with the defendant in real time through videos with great image and sound qualities, and can interrogate him in this newest technological tool. In this tune, the main purpose of interrogation through videoconferencing lies in the economy, procedural speed and public safety. However, there is a large jurisprudential and doctrinal discussion about the individual rights of the prisoner.

Keywords: Interrogation by videoconference; Process economy; Related searches.

____________________________

1 Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito de Alta Floresta (FADAF); Advogada, Mediadora Judicial, Supervisora/Instrutora de Prática de Mediação, Professora universitária do Curso de Direito da Faculdade de Direito de Alta Floresta (FADAF), Especialista em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Anhanguera-UNIDERP em Parceria com a Rede de Ensino LFG, Especialista em EAD- Metodologia, Didática e Procedimentos Tecnológicos pelo Centro de Pós Graduação de Alta Floresta (CPAF), Pós-Graduando em Direito Penal e Processo Penal pela Universidade Anhanguera-UNIDERP em Parceria com a Rede de Ensino LFG, Contato:

<brunaramosvieiraadv@gmail.com>.

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1 INTRODUÇÃO

Hodiernamente, pode ser ressaltada a importância que a tecnologia tem alcançado nos meios sociais. Ela tem avançado constantemente conforme as evoluções da sociedade, e no Direito não poderia ser diferente, pois a sociedade cresce e evolui, e o direito deve caminhar e acompanhar a evolução e crescimento social do “povo”.

Nesta perspectiva, o Direito vem evoluindo e agregando as tecnologias no seu cotidiano. Nessa acepção, pode ser citado diversas ações, como, o peticionamento eletrônico que se faz atual em diversas comarcas e no futuro próximo será uniformizado em todos os Estados. Também a digitalização de processo que acelerou o trâmite dos serviços processuais forenses. Além dessas benesses se encontra o interrogatório do réu por meio da videoconferência, que por ser uma prática ainda considerada jovem, como mencionado na Lei n. 11.900/2009, trouxe modificações ao Código de Processo Penal (CPP).

Cumpre destacar que os defensores do interrogatório do réu por intermédio de videoconferência fundamentam que referido mecanismo auxiliaria na economia e celeridade processuais. Por sua vez, para os opositores dessa nova ferramenta, esta violaria alguns princípios que regem o Direito Processual Penal, tais como, a ampla defesa e o contraditório.

Nesta esteira, o presente trabalho abordará o interrogatório on-line, se é realmente benéfico para o Poder Judiciário, também uma breve passagem no próprio corpo do texto referente aos princípios da Ampla Defesa e Contraditório, Devido Processo Legal e a Razoável Duração do Processo, que possuem uma espécie de suporte constitucional de equilíbrio na observação e resguardo constitucional dos direitos individuais do preso

em sopesamento da segurança da sociedade e economia.

Assim, ao fazer uma breve análise do atual contexto social, grandes são os benefícios do interrogatório por meio de videoconferência, uma vez que, além de atingir a máxima do princípio da economia e celeridade processual, também encontra amparo na segurança da sociedade e dos agentes prisionais que conduzem os transportes desses réus até os fóruns para a realização do interrogatório pessoal.

Visivelmente pode ser observado a grande efetividade que essa medida tem causado, uma vez que esse interrogatório pode ocorrer na penitenciária/cadeia em tempo real entre o réu, Magistrado, Advogado e Ministério Público, garantindo assim os direitos individuais do preso, como acompanhamento de seu advogado ou defensor, permanecer em silêncio, dentre outros direitos garantidos pela Constituição.

Posto isso, pode se dizer que o Poder Judiciário visa a redução dos riscos para a segurança pública em transporte com os detentos, bem como, a duração mínima dessa atuação jurisdicional, tendo como finalidade que o desenrolar dessa ação seja a mais breve possível.

Para a construção do presente trabalho foram utilizadas pesquisas doutrinárias, jurisprudenciais, sites confiáveis de estudos, artigos, Revistas, dentre outros meios de desenvolvimento da pesquisa.

2 O INTERROGATÓRIO DO RÉU E SUAS RAIZES JURÍDICAS

Conforme exposição suscitada por Nunes (2018) é sabido que o processo penal passou por transformações ao longo da história e que os sistemas foram amadurecidos em modelos, que são eles: o acusatório, inquisitivo e misto.

Destarte, sempre se buscou a melhor forma de justiça, contudo, o modelo antigo era

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devastador às garantias do preso, que, portanto, se conquistou na atualidade.

É de suma importância a história da evolução do interrogatório no processo penal, posto que, antigamente se obtinham as confissões do réu por meio de torturas que, data vênia, nem sempre eram condizentes com a verdade, mas diante das torturas e do sofrimento a pessoa confessava a suposta prática do crime, para que com isso cessassem as torturas e os sofrimentos. Assim, no dizer de Tourinho Filho (2012, p. 103):

O Processo Penal Público atravessou, em Roma, fases interessantes. No começo da Monarquia não havia nenhuma limitação ao poder de julgar.

Bastava a criminis para que o próprio Magistrado se pusesse em campo, a fim de proceder às necessárias investigações. Essa fase preliminar chamava-se inquisitio. Após as investigações o Magistrado impunha a pena. Prescindia-se da acusação. Nenhuma garantia era dada ao acusado.

Nesta toada, extrai-se desse entendimento que o réu não tinha qualquer segurança jurídica, pelo contrário, ficava completamente a mercê do magistrado e dos demais agentes prisionais.

Com o passar dos tempos, conforme expõe Rodrigues (2013), com a evolução dos sistemas prisionais, o réu foi ganhando amparo jurídico, e o sistema acusatório surgiu no século XIII, que foi tratado como substituto do sistema inquisitivo, e ganhou força, que mais adiante, se consolidou em toda a Europa continental no século XVI. Ainda sobre o caso preleciona Tourinho Filho (2012, p. 105):

Com o novo procedimento, procurou-se evitar aquela degeneração. Procedia-se a uma inquisição preliminar, e havia, à semelhança da nossa Polícia Judiciária, funcionários encarregados de fazer tais investigações preliminares. Eram os Curiosi, os Irenarchae, os nutiatores, os stationari, os digiti duri. Importa notar, especialmente, que depois o Magistrado atuava ex officio, “sem atender nem à acusação nem à denúncia”, procedimento esse que se tornou regra geral.

Contudo, diante desse contexto, pode ser entendido que tanto na antiguidade como na atualidade, uma coisa é certa, que ninguém

poderá partir sem “pagar” as contas com a justiça. Seguindo entendimento, conforme um artigo do Direitonet (2011, on-line) assim elencou acerca das características do sistema acusatório:

a) as partes são as gestoras das provas; b) há separação das funções de acusar, julgar e defender; c) o processo é público, salvo exceções determinadas por lei; d) o réu é sujeito de direitos e não mais objeto da investigação; e) consequentemente, ao acusado é garantido o contraditório, a ampla defesa, o devido processo legal, e demais princípios limitadores do poder punitivo; f) presume-se a não culpabilidade (ou a inocência do réu); g) as provas não são taxativas e não possuem valores preestabelecidos.

Conforme ressaltado as características do sistema acusatório, cumpre trazer a lume que esses movimentos contribuíram de forma eficaz aos direitos e trouxeram garantias ao apenado.

O interrogatório do réu é o momento onde o Estado exerce seu poder de dizer o direito, e o réu de expor sua versão dos fatos sobre o que lhe for indagado, podendo se manifestar acerca do que lhe for questionados ou até mesmo de se manter no direito constitucional de permanecer em silêncio, conforme disposição do artigo 5º, inciso, LXIII, da Constituição Federal de 1988, que assim preconiza: “o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e do advogado”, sem que isso seja usado em seu desfavor.

Bonfim (2009, p. 341) define o interrogatório como:

Chama-se interrogatório o ato processual conduzido pelo juiz no qual o acusado é perguntado acerca dos fatos que lhe são imputados, abrindo-lhe oportunidade para que, querendo, deles se defenda (incidindo, nesse caso, o direito constitucional ao silêncio, que não pode ser tomado como prova contra o réu).

Nesse diapasão, cabe ressaltar a importância do interrogatório na defesa do réu, visto se tratar de um meio de defesa do qual o réu terá à sua disposição o momento de se defender dos argumentos a ele imputado. Não

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menos importante, vale ainda uma breve explanação ao sistema misto, que pode ser classificado como uma mescla dos sistemas inquisitivo e acusatório. Existe uma corrente defensiva desse sistema misto, do doutrinador Tornaghi (1997), que estabelece ser esse o sistema brasileiro. Porém, essa corrente é minoritária.

Tornaghi (1967 p.812) preleciona:

O interrogatório é a grande oportunidade que tem o juiz para, num contato direto com o acusado, formar juízo a respeito de sua personalidade, da sinceridade de suas desculpas ou de sua confissão, do estado d'alma em que se encontra, da malícia ou da negligência com que agiu, da sua frieza e perversidade ou de sua elevação e nobreza; é o ensejo para estudar-lhe as reações, para ver, numa primeira observação, se ele entende o caráter criminoso do fato e para verificar tudo mais que lhe esú ligado ao psiquismo e à formação moral.

Nessa oportunidade, cumpre ressaltar o entendimento de Lopes Jr. (2010 p.640):

O direito de defesa e do contraditório (incluindo o direito a audiência) são direitos fundamentais, cujo nível de observância reflete o avanço de um povo. Isso se mede não pelo arsenal tecnológico utilizado, mas sim pelo nível de respeito ao valor dignidade humana. E o nível de civilidade alcançado exige que o processo penal seja um instrumento legitimante do poder, dotado de garantias mínimas, necessário para chegar-se à pena. Nessa linha, é absurdo suprimir-se o direito de ser ouvido por um juiz, que não pode ser substituído por um monitor de computador.

O Código de Processo Penal, em seu artigo 400, abordou o interrogatório do réu, que nesse propósito definiu:

Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.

Insta salientar que, em regra, os procedimentos de interrogatório sempre foram realizados com o réu pessoalmente em audiência com o magistrado. Contudo, diante da evolução da sociedade e os meios de tecnologia, destaca-se a nova ferramenta do interrogatório por videoconferência, pois essa modalidade vem ganhando cada vez mais seguidores no meio jurisdicional devido a economia e celeridade processual, bem como, a segurança pública da sociedade e dos agentes prisionais.

Nesse passo, define-se interrogatório como ato personalíssimo do réu, sem que qualquer outra pessoa possa ser interrogada em seu lugar, e como disse, somente ele poderá responder ao interrogatório e fazer alegações de sua defesa. Quando o réu for pessoa com certas incapacidades, como por exemplo, ser mudo, surdo ou do surdo-mudo, o ato de interrogatório deverá obedecer às condições do réu. Conforme é cediço, o artigo 192 do Código de Processo Penal:

O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo- mudo será feito pela forma seguinte: I - Ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que ele responderá oralmente. II - Ao mudo as perguntas serão feitas oralmente, respondendo-as por escrito. III - Ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por escrito e do mesmo modo dará as respostas. Parágrafo único. Caso o interrogando não saiba ler ou escrever, intervirá no ato, como intérprete e sob compromisso, pessoa habilitada a entendê-lo.

Nesse ínterim, trata-se de direitos resguardados aos réus que necessitarem desse atendimento especial. Portanto, com as inovações tecnológicas e o interrogatório por meio de videoconferência, viu-se a necessidade de utilização e adaptação e que essa ferramenta auxiliaria em muito o Poder Judiciário. Não obstante, deve obedecer aos requisitos elencados no rol do artigo 564 do Código de Processo Penal para que não venha ocorrer qualquer nulidade na futura Ação Penal. Dentre elas podem ser destacados suspeição, suborno do Juiz ou incompetência.

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3 INTERROGATÓRIO ON-LINE E IMPOSIÇÕES LEGAIS DA LEI 11.900/2009

Há muito tempo se falavam sobre a constitucionalidade do interrogatório por meio de videoconferência, alguns entendimentos eram no sentido de que seria nulo essa modalidade, pois se entendia que não garantiam os direitos constitucionais do preso e consequentemente influenciavam no contraditório e na ampla defesa do réu.

Até então não havia uma lei que regulamentasse essa modalidade de interrogatório, e muitas divergências ocorriam entre o Superior Tribunal de Justiça e, posterior, com o Supremo Tribunal Federal. Nessa perspectiva, interrogatórios foram considerados nulos, entenderam que feriam os direitos e garantias do réu. Alegação que pode ser compreendido do seguinte julgado:

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA CRIMINAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

INTEMPESTIVIDADE. INTERROGATÓRIO REALIZADO POR VÍDEOCONFERÊNCIA.

LEI PAULISTA 11.819/2005.

INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL JÁ

RECONHECIDA POR ESTA CORTE.

HABEAS CORPUS CONCEDIDO DE OFÍCIO.

PRECEDENTES. (...) No julgamento do HC 90.900, rel. para o acórdão min. Menezes Direito, o Plenário do Supremo Tribunal Federal assentou, por maioria, a inconstitucionalidade formal da Lei 11.819/2005, do Estado de São Paulo, por entender que tal diploma legal ofende o art. 22, I, da Constituição federal, na medida em que disciplina matéria eminentemente processual.

Ordem concedida, de ofício, para decretar a nulidade do interrogatório realizado por meio de sistema de videoconferência, com base na Lei paulista 11.819/2005, e dos atos a ele subsequentes, à exceção das oitivas das testemunhas. Agravo regimental a que se nega provimento. Concessão de habeas corpus de ofício.

(...) Esta Corte de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, antes da edição da Lei 11.900/2009, não admitiam o interrogatório virtual à míngua de previsão legal que garantisse os direitos constitucionais referentes ao devido processo

legal e à ampla defesa e ao fundamento de que todo denunciado tem o direito de ser ouvido na presença do juiz, sob pena de macular a autodefesa e a defesa técnica albergadas pela Carta Política Federal. (...)

Contudo, com o advento da Lei n.

11.900/2009, passou-se a aceitar o interrogatório on-line de forma excepcional e motivada, obedecendo alguns requisitos. Veja- se o que preceitua o artigo 185 do Código de Processo Penal:

O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. § 1º O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares b em como a presença do defensor e a publicidade do ato. §2º Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento; II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal;

III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste Código; IV - responder à gravíssima questão de ordem pública.

É altamente imperioso consignar que o primeiro requisito para que o interrogatório seja realizado por meio da videoconferência, será excepcional e motivado pelo magistrado sendo analisado os incisos do parágrafo segundo, de forma que seja garantida a reserva legal dos direitos do preso. Ainda, em seu parágrafo terceiro, aduz que “Da decisão que determinar

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a realização de interrogatório por videoconferência, as partes serão intimadas com 10 (dez) dias de antecedência”. As partes possuem o direito de se manifestarem acerca do interrogatório on-line.

O parágrafo quinto aduz que o réu precisa ter seus direitos e garantias resguardados.

Vasconcelos (2012, p.35) assim dispôs acerca do momento do interrogatório: “impõe a presença de dois defensores ao ato processual, devendo um deles permanecer no fórum com o magistrado e o membro do Parquet e outro, na unidade prisional, na companhia do acusado”.

Para debutar, os exímios doutrinadores Adams e Schaedler (2012, p. 120):

A referida lei instituiu a utilização excepcional da videoconferência, quando, no art. 185, § 2º, do Código de Processo Penal, restringiu que o juiz, excepcionalmente, e de forma fundamentada, utilizasse a videoconferência no interrogatório do réu. Isto deverá ser feitos através de ofício ou a requerimento das partes, quando o réu estiver preso e deste que atendidas às finalidades citadas nos incisos do parágrafo 2º da Lei, condizentes com a preservação da segurança pública, risco de fuga do preso quando há sua participação em organização criminosa, em casos de dificuldade de comparecimento do réu em sede judiciária ou em casos de doença, para que não haja qualquer influência para a vítima e testemunhas do processo, ou, como mesmo refere o inciso IV, fatos que devem responder à gravíssima questão de ordem pública.

Há quem entenda que essa modalidade é inconstitucional porque feriria os direitos e garantias do preso. Em contrapartida, há doutrinadores que entendem que o réu será bem acompanhado e que não terá seus direitos violados. Portanto, para que a futura ação penal não venha sofrer qualquer nulidade em se seus procedimentos são de máxima importância que sejam resguardos todos os direitos constitucionais do preso.

Desse modo, inexorável a sedimentação do entendimento de Fioreze (2009, p.125):

Quem defende a medida fala em segurança, rapidez, modernidade, economia, lembra de casos

de resgate de detentos no caminho ao fórum. Diz que, levando em conta o custo do deslocamento das viaturas e das horas de trabalho policial empenhado nas escoltas, é até mais barato.

Preceitua que com o sistema on-line evita-se o envio de ofícios, requisições, precatórias, rogatórias, economizando, assim, tempo e dinheiro. Afirma que representaria uma economia incalculável para o erário público, e mais policiais nas ruas, mais policiamento ostensivo, mais segurança pública. Quem defende a medida não encontra qualquer obstáculo à sua implantação no sistema de garantias processuais.

Conforme o exposto se extrai o entendimento favorável do exímio doutrinador.

Contudo, vale ressaltar o entendimento contrário do renomado D’Urso (2009, p. 89):

Durante a videoconferência, o exercício pleno do direito de defesa sofre comprometimento. As formalidades legais deixam de ser cumpridas com a realização do interrogatório em dois lugares distintos. O advogado não conseguirá, ao mesmo tempo, prestar assistência ao réu preso e estar com o juiz, no local da audiência, para verificar se os ritos processuais legais estão sendo cumpridos.

Para os réus com maior poder aquisitivo, essa questão pode ser mitigada com a contratação de equipe de advogados. No entanto, 90% dos réus presos não possuem recursos e são atendidos por advogados da assistência judiciária. A comunicação do advogado-cliente, em que o profissional permanecer na sala de audiências, também fica prejudicada, mesmo havendo um canal de áudio reservado, pela insegurança natural que sempre haverá em saber-se realmente é totalmente imune a escutas e gravações.

Diante do exposto, conclui-se que a resistência na aceitação da modalidade on-line, encontra-se na possibilidade de infringir as garantias constitucionais do preso. Nesta perspectiva, muito se terá de demonstrar a sociedade o quão benéfico poderá ser para o Poder Judiciário.

4 CELERIDADE, ECONOMIA

PROCESSUAL E SEGURANÇA PÚBLICA Preliminarmente, insta salientar que a modernidade da tecnologia inovou no campo

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processual e auxiliou de forma drástica a economia e celeridade no trâmite do processo.

São diversos os casos em que se pode citar acerca das vantagens do interrogatório por meio da videoconferência, dentre elas, a economia processual, tendo em vista que o Poder Judiciário desembolsa uma quantia vultuosa com despesas em transportes, policiais e segurança no translado dos réus dos presídios até os fóruns, onde deverá ocorrer a audiência para interrogatório.

Situação que se faz complexa e acarreta perigo a segurança pública, ainda quando são réus integrantes de facções criminosas, como, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho, que geralmente, os próprios parceiros oferecem cobertura para que os réus consigam fugir. É pertinente e ilustrativo enaltecer, toda a segurança pública é exposta a perigos, inclusive a integridade física dos agentes condutores. Assim Fioreze (2012, p. 125):

Quem defende a medida fala em segurança, rapidez, modernidade, economia, lembra de casos de resgate de detentos no caminho ao fórum. Diz que, levando em conta o custo do deslocamento das viaturas e das horas de trabalho policial empenhado nas escoltas, é até mais barato.

Preceitua que com o sistema on-line evita-se o envio de ofícios, requisições, precatórias, rogatórias, economizando, assim, tempo e dinheiro. Afirma que representaria uma economia incalculável para o erário público, e mais policiais nas ruas, mais policiamento ostensivo, mais segurança pública. Quem defende a medida não encontra qualquer obstáculo à sua implantação no sistema de garantias processuais.

Destarte, as benesses são incalculáveis diante da economia, celeridade e segurança pública. A demora no andamento do processo, desrespeita a Razoável Duração do Processo e acarreta muitas prescrições de forma desenfreada, pois devido as condições financeiras do Estado em oferecer suporte traslado desses réus com segurança, e que muitas vezes, fere categoricamente o direito do Estado em punir o infrator, em outras, ocorrem

redesignações de audiências muitas vezes com réus presos, o que acarreta evidente violação aos direitos e garantias do preso, não resguardando o devido processo legal.

Observa-se a gama de benefícios que o interrogatório on-line propicia a celeridade do processo, sem esbarrar em qualquer garantia constitucional do preso. Para esse propósito, imprescindível descrever os argumentos perfilados por Mendonça (2009 p. 307):

Verifica-se que o legislador adotou posição intermediária, ou seja, somente é possível o interrogatório por videoconferência em situações excepcionais, em que haja demonstração da necessidade da medida. Busca-se um equilíbrio entre os direitos do acusado e o interesse da sociedade.

Ainda no dizer de Cremasco e Januário (2009, p. 14) prelecionam que:

Trata-se de interrogatório à distância, onde o juiz, de seu gabinete, através de equipamentos de vídeo conferência profissional, formulará questões ao réu, a carceragem onde se encontra. A experiência visa proporcionar mais rapidez ao processo, economia no transporte dos presos e liberação de mais policiais militares, para vários outros serviços. Além disso, evita o envio de ofícios e precatórias e a fuga de presos durante o transporte.

São explícitos os benefícios da utilização dessa tecnologia, sem qualquer tipo de violação dos direitos e garantias do preso. É necessário trazer a lume para fundamentar com maior concretude, Gois (2010, on-line):

Não há que se falar em violação do devido processo legal, pois tal instrumento tecnológico garante ainda mais o acesso ao juiz natural porque todo o processo é conduzido pelo juiz da causa, sem necessidade de qualquer deslocamento espacial, além disso, como tudo é gravado em DVD favorece o alcance da verdade real pois segundo Vladimir Aras o fenômeno sensorial vivenciado pelo juiz da instrução poderá ser compartilhado pelos juízes da apelação. Dessa forma, a realização de atos processuais mediante videoconferência não ofende o princípio do contraditório e nem o da ampla defesa pois as partes são intimadas com dez dias de

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antecedência, o preso poderá acompanhar todos os atos da audiência una de instrução e julgamento. Outrossim, além de ser assegurado ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor; fica também garantido o acesso a canais telefônicos, reservados para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do fórum, e entre este e o preso.

Diante do entendimento de Gois (2010), pode se extrair que não há qualquer afronta ao princípio do contraditório e nem da ampla defesa, visto que as partes são intimadas dez dias antes do procedimento de interrogatório por videoconferência para que se manifestem acerca de quaisquer eventuais prejuízos que poderão acarretar ao réu.

Com o brilhantismo que lhe é peculiar Barros (2003, p. 426):

Num estágio mais avançado do que as tais providências de comunicação externa de andamento do processo, encontram-se outras iniciativas pioneiras de membros do Judiciário, que pretendem utilizar o avanço da informática para o propósito de oferecer a prestação jurisdicional com maior rapidez e menor custo para o Estado. Trata-se de uma novidade que tem aguçado o debate envolvendo o exame de algumas garantias do processo, sendo que muitos advogados, inclusive líderes da nobre classe, já se posicionaram contrários ao novo método de formalização de ato processual. Tele audiência, interrogatório on-line, videoconferência são algumas das expressões utilizadas para identificar atos processuais praticados à distância, presididos por juiz, na presença de defensor.

Todos os direitos do réu são garantidos, como por exemplo, entrevista com seu procurador de forma reservada, que poderá ocorrer por meios telefônicos com comunicação reservada, ser tratado com respeito, sendo lhe preservado a integridade física e moral, dentre outros direitos reservados que resguarda com toda clareza o contraditório e a ampla defesa do réu.

Portanto, diante desse entendimento, evidente que mesmo que o entendimento repousa em torno da excepcionalidade da

utilização do interrogatório on-line, cabe ressaltar o quão benéfico o é para o poder público, tendo em vista a economia, celeridade do processo, bem como a segurança pública.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, o presente trabalho pretendeu fazer uma análise sobre o benefício que o interrogatório on-line, conhecido por alguns como interrogatório por videoconferência, tem oferecido ao Poder Judiciário. Nesse passo, é oportuno expor a extrema relevância à adaptação desse meio tecnológico no meio jurídico, tendo em vista a gama de benesses que esse procedimento vem auxiliando nos trâmites processuais.

Discorrendo sobre, é sabido que o Estado enfrenta dificuldades nos traslados desses detentos, principalmente quando se tratam de integrantes de facções criminosas, que ficam sempre na margem de fuga.

É de saber comum do povo que o interrogatório é personalíssimo do preso e que na modalidade tradicional o réu deverá se fazer presente frente ao juiz em uma sala de audiência. Em suma, evidente os benefícios que esse método on-line pode propiciar na economia, celeridade e segurança pública de forma eficiente. Entretanto, trata-se de tema divergente, uma vez que diversas foram as discussões no STJ e no STF, determinando em uma escala desenfreada de nulidades devido à falta de regularização do interrogatório on-line.

Embasado na alegação de afronta aos direitos individuais do réu, e para não ficar de fora, a doutrina também divergiu acerca dessa modalidade de interrogatório.

Surgiu a lei n. 11.900/2009, que modificou parte do CPP, inclusive na modalidade do interrogatório de réu e trouxe que essa modalidade deverá ocorrer de forma excepcional e motivada pelo magistrado, obedecendo a diversos requisitos como foi explanado no corpo do texto. A regra geral ainda permanecesse o interrogatório frente ao

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magistrado e, excepcionalmente, o procedimento on-line.

Importante ressaltar que essa modalidade de interrogatório obedece com clareza e veemência os direitos individuais do réu com sua máxima eficiência, como por exemplo, direito de permanecer em silêncio, de se fazer acompanhado por seu advogado/defensor, de assistência da família, dentre outros direitos garantidos constitucionalmente. Em síntese, como é notável a garantia aos direitos constitucionais do preso, bem como o quão benéfico essa modalidade de interrogatório, principalmente quando se trata de economia, celeridade e segurança pública, pensa-se que em um futuro próximo essa modalidade poderá vir a ser uma regra e a audiência pessoal frente ao magistrado será exceção. Por derradeiro, espera-se que os legisladores farão o que for melhor para salvaguardar os direitos dos cidadãos.

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