• Nenhum resultado encontrado

MAIS UMA LACÔNICA VIAGEM NO TEMPO E NO ESPAÇO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "MAIS UMA LACÔNICA VIAGEM NO TEMPO E NO ESPAÇO"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

MAIS UMA LACÔNICA VIAGEM NO TEMPO E NO

ESPAÇO

César Gonçalves Larcen SEGUNDA EDIÇÃO. Ampliada.

EXPLORANDO O CIBERESPAÇO E LIQUEFAZENDO FRONTEIRAS ENTRE O MODERNO E O PÓS-MODERNO ATRAVESSANDO O

CAMPO DOS ESTUDOS CULTURAIS.

(2)

Obra na Capa

Título: Resgate contemporâneo de uma dívida medieval.

Técnica: Óleo sobre tela.

Autor: César Gonçalves Larcen.

(3)

O autor

César Gonçalves Larcen é Mestre em Educação (2010) e Especialista em Docência Universitária (2007) pela ULBRA (Universidade Luterana do Brasil). Analista de Sistemas (PROCERGS), graduado bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade São Judas Tadeu, natural de Porto Alegre – RS, Brasil. (clarcen2009@gmail.com).

(4)

Ficha Catalográfica

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

L319m Larcen, César Gonçalves

Mais uma lacônica viagem no tempo e no espaço: explorando o ciberespaço e liquefazendo fronteiras entre o moderno e o pós-moderno atravessando o campo dos estudos culturais [ebook]. / César Gonçalves Larcen – 2. Ed. - Canoas: César Gonçalves Larcen Editor, 2014.

. ebook. : il.

ISBN 978-85-912136-0-3 (impresso/2011). Primeira Edição.

ISBN 978-85-915192-2-4 (ebook/2014). Segunda Edição.

1. Educação – estudos culturais. 2. Ciberespaço. 3. Metaverso. 4. Cultura. I. Título.

CDU 37.013:316.7

Bibliotecária Responsável: Ana Lígia Trindade CRB/10-1235

(5)

APRESENTAÇÃO

Este livro traz quatro artigos que produzi durante o curso de Mestrado em Educação ao longo dos anos de 2008 e 2009 e que preservam as grafias dos textos originais, antes da vigência oficial do novo acordo ortográfico firmado entre Brasil e Portugal. Traz ainda um quinto texto confeccionado com parágrafos extraídos da dissertação defendida em setembro de 2010 para explicar os termos ciberespaço e metaverso que constam nos textos que o antecedem. Já esta segunda edição do livro traz ainda um artigo escrito em 2013 sobre cultura e notações, ampliando um pouco os horizontes da mesma. Desejo a todos uma ótima leitura.

O autor.

(6)

RESUMO 2008. Julho.

2010. Revisão.

Um pouco sobre tempo e espaço, parte I.

O Encastelamento da Escola Moderna em Tempos Contemporâneos.

2008. Julho.

Um pouco sobre tempo e espaço, parte II.

Do Xadrez Moderno aos Jogos Líquidos.

2009. Janeiro.

Um pouco sobre tempo e espaço, parte III.

Um tanto a ver com Pedagogias e Currículos Culturais, Espaço e Tempo afora/adentro.

2013. Janeiro.

Um pouco sobre música e dança em determinados recortes de espaço e tempo.

Cultura e notações.

2009. Janeiro.

Anexo I.

Segunda Vida para Consumo.

2010. Setembro.

Anexo II.

Ciberespaço e Metaversos.

(7)

O ENCASTELAMENTO DA ESCOLA MODERNA EM TEMPOS CONTEMPORÂNEOS.

Este artigo foi inicialmente produzido durante o curso de Especialização em Docência Universitária em 2007. A versão que consta neste livro incorpora elementos inerentes ao moderno e ao pós-moderno por conta da bibliografia a que tive acesso durante o primeiro semestre cursando o Mestrado em Educação no ano de 2008. Essa versão começa por alinhar minha produção textual com o campo dos Estudos Culturais, embora ainda apresente um caráter bastante prescritivo. Uma produção textual menos prescritiva derivada deste texto foi produzida com 12 páginas no final do primeiro semestre de 2008 e publicada no 3o SBECE. (3o Seminário Brasileiro de Estudos Culturais e Educação., 2008, Canoas, RS. 3o. SBECE.

Pedagogias sem fronteiras. Canoas, RS, Brasil: ULBRA, 2008).

Introdução

Já não é raro ouvirmos falar de tempos modernos e do pós-modernismo, da ruptura do moderno com o pós-moderno ou do precedente movimento de ruptura do moderno com o pré- moderno. Os estudos culturais nos sugerem que o moderno convive com o pós-moderno e que ambos se entrelaçam em diversos aspectos num característico borramento de fronteiras tal que não é possível saber exatamente o que esperar de um iminente porvir de nossas sociedades contemporâneas, se é que já foi possível um dia, senão analisar suas configurações líquidas atuais e tentar compreender as teias de relações que nos cercam ora com profundo pessimismo quanto aos rumos de nossa sociedade, ora com um certo ufanismo à era da informação e do ciberespaço.

Neste sentido Zygmunt Bauman (2001, p.10) pode nos antecipar que “os tempos modernos encontraram os sólidos pré-modernos em estado avançado de desintegração; e um dos motivos mais fortes por trás da urgência em derrete-los era o desejo de, por uma vez, descobrir ou inventar sólidos de solidez duradoura, solidez em que se pudesse confiar e que tornaria o mundo previsível e, portanto, administrável” onde:

Para poder construir seriamente uma nova ordem (verdadeiramente sólida!) era necessário primeiro livrar-se do entulho com que a velha ordem sobrecarregava os construtores. “Derreter sólidos” significava, antes e acima de tudo, eliminar as obrigações “irrelevantes” que impediam a via do cálculo

(8)

racional dos efeitos; como dizia Max Weber, libertar a empresa de negócios dos grilhões dos deveres para com a família e o lar e da densa trama das obrigações éticas (...) O derretimento dos sólidos levou à progressiva libertação da economia de seus tradicionais embaraços políticos, éticos e culturais.

Sedimentou uma nova ordem, definida principalmente em termos econômicos.

Essa nova ordem deveria ser mais “sólida” que as ordens que substituía, porque, diferentemente delas, era imune a desafios por qualquer ação que não fosse econômica.

Uma nova ordem forjada no calor da conquista do tempo e do espaço se apresentava aparentemente duradoura enquanto que as distâncias globais iam sendo pouco a pouco galgadas e vencidas conforme a evolução tecnológica foi permitindo ao homem a “conquistar”

e “civilizar” novos continentes e a dominar e percorrer maiores espaços em menor intervalo de tempo. Esta nova ordem talvez estivesse fadada, desde sempre e a partir de seus primórdios, a perdurar pelo tempo que as verdades se impunham e eram capazes de serem sobrepujadas conforme a tecnologia disponível permitisse que culturas distintas se difundissem ainda que a partir do mero “intercâmbio interpessoal” seja na velocidade dos pés humanos, das patas de cavalos, de naus movidas à vela que cruzam oceanos ou de barcos e locomotivas a vapor.

Retomando Bauman (2001, p.13), “o que está acontecendo hoje é, por assim dizer, uma redistribuição e realocação dos ‘poderes de derretimento’ da modernidade”. Ele afirma que “nenhum molde foi quebrado sem que fosse substituído por outro; as pessoas foram libertadas de suas velhas gaiolas apenas para ser admoestadas e censuradas caso não conseguissem se realocar” e conclui que “a tarefa dos indivíduos livres era usar sua nova liberdade para encontrar o nicho apropriado e ali se acomodar e adaptar: seguindo fielmente as regras e modos de conduta identificados como corretos e apropriados para aquele lugar”.

Durante um bom tempo, até meados da década de 1970 embora ainda hoje encontremos estudos desta natureza, acreditou-se na influência que a mídia televisiva exercia sobre os telespectadores na mais clássica dicotomia de causa e efeito: indivíduos agem assim por que a televisão veicula determinada “idéia” ou “conceito”. Hoje os estudos culturais nos permitem contemplar uma extensa gama de configurações de relacionamentos entre os mais diversos tipos de mídia e os indivíduos com os quais se relacionam. Ainda que pesem análises e considerações inerentes a endereçamento e recepção, causas e efeitos de ordens diretas e inequívocas tendem a ser descartados em prol de compreendermos mais do que tentarmos explicar o mundo contemporâneo com fórmulas determinísticas. Se o modernismo sistêmico e dicotômico um dia ditou padrões e configurações, hoje eles

(9)

não são mais “dados”, e menos ainda “auto-evidentes”; eles são muitos, chocando-se entre si e contradizendo-se em seus comandos conflitantes, de tal forma que todos e cada um foram desprovidos de boa parte de seus poderes de coercitivamente compelir e restringir. E eles mudaram de natureza e foram reclassificados de acordo: como itens no inventário das tarefas individuais. Em vez de preceder a política-vida e emoldurar seu curso futuro, eles devem segui- la (derivar dela), para serem formados e reformados por suas flexões e torções.

Os poderes que liquefazem passaram do “sistema” para a “sociedade”, da

“política” para as “políticas da vida” – ou desceram do nível “macro” para o nível “micro” do convívio social. (BAUMAN, 2001, p.14-15)

A velocidade que nossa tecnologia atual imprime em nossas conquistas e deslocamento em escala global e com a qual os meios de comunicação permitem emergir e fazer “naufragar” “verdades de curta-duração” via satélite é a mesma velocidade que nos permitimos invadir nas mais diversas instâncias de nossas vidas por essa mesma tecnologia do conforto que buscamos. A velocidade em que nos propúnhamos a viver em tempos antigos e pré-modernos de esperar o sol nascer para podermos trabalhar, foi suplantada pelo advento do domínio do fogo, da iluminação artificial, a luz de tochas e velas não é a mesma velocidade de vida a que nos submetemos hoje. Nossa sociedade está apta a trabalhar e consumir vinte e quatro horas por dia indefinidamente com a tecnologia de que dispõe e muitos de nós estamos à disposição de nossas famílias e empregos por tempo similar ao portar tecnologia celular ou móvel. Já em 1997 Beatriz Sarlo nos dá uma boa idéia desse ritmo de vida que nos torna disponível para o consumo constante, desenfreado e “fútil” quando nos apresenta cidade (p.13- 22) e mercado (p.22-32) discorrendo sobre outros artefatos tecnológicos e, por assim dizer, na auto-imersão dos indivíduos nas tecnologias que constituem os shopping centers. Recorrendo a Bauman (2001, p.14-15), vivemos em

uma versão individualizada e privatizada da modernidade, e o peso da trama dos padrões e a responsabilidade pelo fracasso caem principalmente sobre os ombros dos indivíduos. Chegou a vez da liquefação dos padrões de dependência e interação. Eles são agora maleáveis a um ponto que as gerações passadas não experimentaram e nem poderiam imaginar; mas, como todos os fluidos, eles não mantêm a forma por muito tempo. Dar-lhes forma é mais fácil que mantê-los nela. Os sólidos são moldados para sempre. Manter os fluidos em uma forma requer muita atenção, vigilância constante e esforço perpétuo – e mesmo assim o sucesso do esforço é tudo menos inevitável.

(10)

Este arquivo é apenas uma amostra do livro.

Para obter mais informações:

1. Visitar o site do editor:

http://www.cgled.blogspot.com.br/

2. Visitar a página do livro:

http://www.cgled.blogspot.com.br/2014/03/livro-2014-mais-uma-laconica-viagem.html 3. Visitar a página para compra:

http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/7245978

Referências

Documentos relacionados

EXPERIMENTANDO E DESCOBRINDO: A CONTRIBUIÇÃO DE UMA OFICINA PARA DESPERTAR ALUNOS DE NÍVEL MÉDIO PARA AS DIMENSÕES DA ÓPTICA COMO DISCIPLINA E CAMPO DE PESQUISA..

apresentaremos, de forma, sucinta, as relações dialógicas de Mikhail Bakhtin e a linguagem como um fenômeno social da interação verbal; na segunda, trataremos dos gêneros

1 JUNIOR; ANDRADE; SILVEIRA; BALDISSERA; KORBES; NAVARRO Exercício físico resistido e síndrome metabólica: uma revisão sistemática 2013 2 MENDES; SOUSA; REIS; BARATA

Sebusiani e Bettine (2011, p.3) afirmam que o mapeamento das informações é um recurso muito utilizado para tornar mais evidentes os padrões de uso e ocupação dos espaços. A

Os filmes finos dos óxidos de níquel, cobalto e ferro, foram produzidos por deposição dos respectivos metais sobre a superfície de substratos transparentes no

devidamente assinadas, não sendo aceito, em hipótese alguma, inscrições após o Congresso Técnico; b) os atestados médicos dos alunos participantes; c) uma lista geral

Quer seja para energia em regime contínuo, de emergência (standby), de ponta ou cogeração, também chamada de aplicações de Calor e Energia Combinados (CHP), nossas soluções

The case studies show different levels of problems regarding the conditions of the job profile of trainers in adult education, the academic curriculum for preparing an adult