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V a lor da M a r ca *

An a Côr t e - Re a l

Faculdade de Econom ia da Univer sidade do Port o

Resumo

A autora apresenta neste artigo uma revisão crítica de algumas perspectivas sobre o valor da marca, sublinhando o contributo de Keller que interliga o valor da marca com o conhecimento e as associações dos consumidores.

Palavras- chave:

Valor da marca; Consumidores

Abstract

The author presents in this article a critical review of perspectives on the brand equity, underlying Keller’s’ opinion who envisages brand equity as connected with the consumers knowledge and brand associations.

Key- w ords:

Brand equity; Consumers

O valor da m ar ca, que na linguagem anglo- saxónica é

designado por br and equit y, por ser um conceit o sobr e o qual nos

últ im os anos m uit o se t em escr it o e falado, est á envolt o em algum a

confusão. For am e são pr opost as m uit as definições, um as m er am ent e

qualit at ivas, out r as m er am ent e financeir as, out r as na per spect iva de

valor apenas par a a or ganização, out r as na per spect iva do

consum idor , o que r esult ou num a cer t a am biguidade. Por out r o lado,

est a sit uação t eve do pont o de vist a da gest ão da m ar ca um im pact o

posit ivo, na m edida em que dem onst r ou a necessidade das

or ganizações se focalizar em nas est rat égias de m ar ca e analisar em os

m odelos m ais adequados par a avaliar em um dos seus act ivos m ais

valiosos.

Nest e pequeno art igo pr et ende- se de um a for m a sint et izada

apr esent ar algum as visões de aut or es de r efer ência nest e dom ínio,

com um único obj ect ivo de suscit ar o int er esse par a leit ur as m ais

apr ofundadas.

Quando se analisa o valor da m ar ca, ver ifica- se que

det er m inados aut or es focam o valor da m ar ca m ais num a per spect iva

(2)

conceit o m ais num a ópt ica do valor difer encial que a m ar ca per m it e à

em pr esa ofer ecer aos seus consum idores ( Aaker , Kapfer er e Keller ) .

Num a per spect iv a financeir a ( St obar t ) a avaliação da m ar ca

deve par t ir da análise da for ça da m ar ca, na m edida em que é est e

indicador que vai est abelecer a t axa de descont o e de capit alização a

ut ilizar sobr e os cash flow s ger ados pela m ar ca. Um a m ar ca for t e

for nece um a m aior gar ant ia ao nível da est abilidade dos r endim ent os

fut ur os da m ar ca. Mas um a cor r ect a avaliação da for ça da m ar ca

r equer um a análise det alhada de cada m ar ca, do seu posicionam ent o,

do m er cado em que oper a, da concor r ência, da per for m ance, das

est r at égias fut ur as e dos r iscos da m ar ca. A for ça da m ar ca deve ser

vist a com o um a ponder ação de diver sos fact or es: lider ança, idade da

m ar ca, m er cado, dist r ibuição, t endências, invest im ent os e pr ot ecção

da m ar ca.

O cont r ibut o de Kapfer er ( 1997) ao nível do valor da m ar ca

est á r elacionado com dois fact ores: com o conceit o de quot a da

m ent e do consum idor e com a dist inção ent r e act ivos da m ar ca e

valor financeir o da m ar ca. Nest a per spect iva a quest ão fundam ent al

na análise do valor da m ar ca é a “ quot a da m ent e” dos consum idor es

que a m ar ca adquir e. O valor da m ar ca decor r e da sua capacidade de

se t or nar algo com significado e único j unt o dos consum idor es. Est e

valor pode est ar baseado em at r ibut os t angíveis e int angíveis. Assim ,

o valor da m ar ca ant es de m ais exige t em po. Um a m ar ca quando é

cr iada pouco m ais vale do que o seu cust o de r egist o. Ao longo do

t em po, é que a m ar ca vai adquir indo significado j unt o dos

consum idor es. Ao longo do t em po é que os elem ent os da m ar ca vão

passando a ser r econhecidos e a ser em alvo de associações que os

difer encia da concor r ência. Nest e processo a m ar ca passa a ser r et ida

na m em ór ia do consum idor com t odas as associações que est e lhe

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or ganização na m edida em que passou a det er um a det er m inada

quot a da m ent e dos consum idor es.

A visão de Aaker ( 2000) no que r espeit a ao conceit o de valor

da m ar ca não se opõe à visão de Kapferer acim a car act er izada, m as é

um pouco m ais com plexa. Segundo est e aut or , o valor da m ar ca é

um conj unt o de act ivos e passivos ligados à m ar ca, ao seu nom e e

sím bolo, que adicionam ou subt r aem valor ao pr odut o ou ser viço.

Est es act ivos podem ser agr upados em quat r o dim ensões:

not or iedade da m ar ca, qualidade per cebida, associações e lealdade à

m ar ca. Na sua per spect iva analisar o valor da m ar ca im plica r eflect ir

sobr e as seguint es quest ões:

• O valor da m ar ca é um conj unt o de act ivos: lealdade,

not or iedade, qualidade per cebida e associações. Assim a gest ão do

valor da m ar ca t em que cont em plar est r at égias de invest im ent o que

cr iem e m ant enham esses act ivos.

• Cada act ivo da m ar ca ger a valor de difer ent es for mas.

Uns r eduzem os cust os de invest im ent o em m ar ket ing, out r os

fom ent am o est abelecim ent o de novas associações, out r os ainda

for necem o m ot ivo de com pr a e por últ im o, os r est ant es facilit am a

int er pr et ação e o pr ocessam ent o de infor m ação. Cada um dest es

aspect os pode ainda ser analisado de for m a m ais específica. Assim ,

t or na- se ext r em am ent e r elevant e par a a em pr esa ident ificar as

difer ent es for m as at r avés das quais a m ar ca pode enr iquecer o seu

valor , adapt ando as decisões de m ar ket ing e analisando o seu

r espect ivo im pact o.

• A m ar ca cr ia valor quer par a os consum idor es quer par a

as or ganizações. O valor da m ar ca assent e nest as quat r o font es de

valor da m ar ca, for nece valor par a as em pr esas e par a os

consum idor es. Ao nível dos consum idor es o valor da m ar ca est á

int im am ent e ligado ao fact o de per m it ir m aior facilidade de

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consum idor es r ecebem sobre os difer ent es pr odut os e m ar cas. A

m ar ca facilit a ent ão t odo o pr ocesso de decisão do consum idor . No

que r espeit a às or ganizações, a m ar ca per m it e o aum ent o dos cash

flow s ger ados. Est e aum ent o, com o j á r efer im os, decor r e da lealdade

dos consum idor es, da eficiência dos pr ogr am as pr om ocionais, da

possibilidade de pr at icar pr eços pr em ium , do aum ent o do pot encial

de ext ensão de m ar ca, da facilidade de acesso aos canais de

dist r ibuição, et c. A m ar ca pode ainda conver t er - se num a for t e

bar r eir a à ent r ada de concor r ent es.

• A for ça da m ar ca vai depender da gest ão int egr ada de

t odos os elem ent os da m ar ca. Est es elem ent os devem est ar

associados ao nom e e ao sím bolo da m ar ca. Um a alt er ação num deles

pode afect ar t odos os r est ant es act ivos da m ar ca.

Nest a per spect iva a m ar ca per m it e a explor ação de siner gias, a

r edução de acont ecim ent os nefast os sobr e a im agem da m ar ca,

clar ifica a ofer t a, fom ent a a flexibilidade da gest ão per m it indo um a

const ant e adapt ação ao m er cado e r ealiza um a gest ão eficient e dos

r ecur sos.

De acor do com Keller ( 1998) um a m ar ca t em valor quando os

consum idor es r eagem m ais favor avelm ent e ao pr odut o a par t ir do

m om ent o que conhecem e ident ificam a m ar ca. Est e efeit o difer encial

no consum idor ocor r e a nível cognit ivo, afect ivo e com por t am ent al. A

análise do valor da m ar ca na per spect iva do consum idor baseia- se no

conhecim ent o do im pact o da m ar ca no pr ocesso de decisão de

com pr a. A m ar ca influencia o pr ocesso de decisão? A m ar ca r eduz a

pr ocur a de infor m ação? A m ar ca per m it e que os consum idor es não

r ealizem avaliação de alt ernat ivas, ou se r ealizam o façam com um

núm er o de m ar cas m ais r eduzido? A sat isfação com a com pr a é

m aior ? E, quant o à avaliação pós- com pr a, a m ar ca é de t al for m a

font e de gar ant ia que os consum idores j á nem per cor r em est a et apa,

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Nest a per spect iva do valor da m ar ca apesar de est ar

int im am ent e ligado às act ividades de m ar ket ing que a em pr esa

adopt a, em últ im a inst ância r esult a do que r eside na m ent e dos

consum idor es. Conhecer o valor da m ar ca deve par t ir da análise do

conhecim ent o da m ar ca, que Keller avalia a par t ir da not or iedade e

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Referências

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