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O USO DE TECNOLOGIAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA: Uma análise de trabalhos do XI Encontro Nacional de Educação Matemática

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O USO DE TECNOLOGIAS NO ENSINO DE

MATEMÁTICA

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Uma análise de trabalhos do XI Encontro Nacional de Educação Matemática

THE USE OF TECHNOLOGIES IN MATHEMATICS TEACHING: An analysis of the works of the XI National Meeting of Mathematical

Education

DJEISON MACHADO

Resumo

O discurso da Educação Matemática aponta que as potencialidades das tecnologias da informação e comunicação (TICs) para o ensino alteram as relações entre alunos, professores e o processo de ensino e aprendizagem, propondo possibilidades de trabalho as quais outras metodologias não permitem. Tais ferramentas cada vez mais adquirem visibilidade no ensino de matemática, pois segundo estudos na área, a matemática não pode ser ensinada somente por meio de aulas tradicionais. Escolhemos os anais do XI Encontro Nacional de Educação Matemática (ENEM) como material de pesquisa para este estudo, considerando a relevância deste evento no que diz respeito à disseminação de discursos de verdade sobre este campo de saber. Pela análise de excertos de trabalhos publicados nos anais deste evento, foi possível identificar justificativas de professores de matemática sobre o uso das TICs em suas aulas.

Dentre elas, foram destacadas quatro: o professor deve diversificar as aulas; motivar e interessar os alunos; facilitar o aprendizado de saberes matemáticos e formar um aluno crítico.

Portanto, este artigo propõem algumas reflexões sobre o uso das TICs nas aulas de matemática com a intenção de contribuir para as discussões no âmbito da formação de professores.

Palavras-chave: Educação Matemática, tecnologias da informação e comunicação, formação de professores.

Abstract

The discourse of Mathematics Education points out that the potential of information and communication technologies (ICTs) for teaching alters relationships between students, teachers and the teaching and learning process, proposing work possibilities that other methodologies do not allow. Such tools are increasingly gaining visibility in mathematics teaching, because according to studies in the field, mathematics can not be taught only through traditional lessons.

We chose the annals of the XI National Meeting of Mathematical Education (ENEM) as research material for this study, considering the relevance of this event with regard to the dissemination of real discourses on this field of knowledge. Through the analysis of excerpts from works published in the annals of this event, it was possible to identify arguments of mathematics teachers about the use of ICTs in their classes. Among them, four were highlighted: the teacher must diversify the classes; Motivate and interest students; Facilitate the learning of mathematical knowledge and educate a critical student. Therefore, this article proposes some reflections on the use of ICTs in mathematics classes with the intention of contributing to the discussions in the field of teacher formation.

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Palavras-chave: Educação Matemática, tecnologias da informação e comunicação, formação de professores.

Introdução

Assim como a chegada do televisor e do aparelho de vídeo na escola há quase 20 anos atrás, a calculadora, o computador, os equipamentos multimídia, os celulares e modernos smartphones causam desconforto e rejeição em muitos professores que não foram preparados para usar estes recursos em suas aulas. Por mais que os educadores reconheçam o impacto da tecnologia na sociedade contemporânea, muitos viram as costas para a realidade e ficam presos a procedimentos ultrapassados que já se mostraram insuficientes para propor uma aprendizagem significativa, como limitar as aulas a palestras e cópias de textos do quadro negro. Estes são alguns dos discursos que adquirem visibilidade no campo educacional, especificamente na Educação Matemática, em nossos tempos.

O uso da tecnologia ainda está longe de ser uma realidade comum nas salas de aulas, seja pela falta de experiência dos professores em ensinar matemática através de diversas metodologias, ou pela falta de conhecimento sobre o uso do computador em si. Mesmo com as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006, p. 87), que destacam: “É importante contemplar uma formação escolar nesses dois sentidos, ou seja, a matemática como ferramenta para entender a tecnologia, e a tecnologia como ferramenta para entender a matemática”, é fácil ver o uso das tecnologias serem ignorados. Assim, o discurso educacional vêm enfatizando que a escola precisa utilizar as Tecnologias da informação e comunicação (TICs) na produção do conhecimento matemático pois, se não o faz, perde uma oportunidade de oferecer uma aprendizagem significativa (SCHNEIDER, 2009).

Através das justificativas apresentadas em trabalhos de professores e pesquisadores relacionadas ao uso das TICs no ensino de matemática apresentadas em um evento da área de Educação Matemática, temos referenciais para compreender porque os professores de matemática realizam diferentes formas de trabalho em sala de aula apoiadas na tecnologia.

Compreender porque os professores utilizam as TICs em suas aulas é de fundamental importância para refletir e repensar nossas práticas educacionais, afinal, na maioria das vezes utilizamos receitas prontas a serem seguidas, verdades que nos servem de modelos e que por vezes, estão tão naturalizadas em nossas práticas, que não as questionamos. Assim, com este artigo temos como objetivo identificar quais são estas “verdades” sobre o uso das TICs que atravessam o discurso da Educação Matemática nos dias de hoje.

Referencial Teórico

O termo tecnologia no dicionário Aurélio é determinado como “o estudo dos instrumentos, processos e métodos empregados nos diversos ramos industriais”. Porém, esta definição não é única, Veraszto et. al (2008) fala que ao longo da história o termo tecnologia não foi estudado através de um consenso norteador por sofrer influências culturais e históricas.

Tendo em vista que em nossa sociedade é comum a confusão quando se fala em tecnologia e sabendo que diversas associações contraditórias são estabelecidas, fica evidente a necessidade de tentar buscar uma definição. Ao invés de tentar obter representações fragmentadas devemos considerar a tecnologia como um corpo sólido de conhecimentos que vai muito além de servir como uma simples aplicação de conceitos e teorias científicas, ou do manejo e reconhecimento de modernos artefatos. (VERASZTO et al, 2008, p.75).

Neste artigo trataremos o termo tecnologia como um conjunto de artefatos, sistemas, processos e ambientes que possam estar presentes na sala de aula como recursos para favorecer situações de ensino e aprendizagem, como Queiroz (2011) trata.

Uma maneira simples de entender a inserção da tecnologia no contexto educacional é o seu uso como um meio de comunicação de

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informações, por meio de aparelhos de comunicação, como por exemplo, projetores, televisores, vídeos, filmes, entre outros.

Entretanto, com o desenvolvimento e disponibilidade de diversas ferramentas computacionais, é possível ampliar o uso delas no contexto educacional, para além de sua função de comunicação.

(QUEIROZ, 2011, p.34-35).

Trataremos como novas tecnologias as tecnologias da informação e comunicação (TICs), por vezes sem a necessidade de especificar quais são essas novas tecnologias (computador, software, televisor, smartphone, etc.), pois o objeto de discussão deste artigo não está sobre a tecnologia utilizada, está sobre a reflexão dos usos didáticos desses tipos de recursos para ensinar matemática.

Estas novas tecnologias geralmente são usadas nas salas de informática, pois estes são os espaços que costumam receber investimentos para oferecerem uma infraestrutura mínima adequada para o desenvolvimento de atividades escolares. Entretanto, Machado (2013) e Bittar (2010) falam que o uso destes espaços acaba sendo restrito para aulas que ensinam sobre o uso do computador e seu funcionamento ou para aplicar conteúdos vistos na sala de aula.

Muitas escolas, públicas e privadas, dos Ensinos Fundamental e Médio, têm sido equipadas com laboratórios de informática e têm feito uso das tecnologias com seus alunos. É possível verificar duas formas de uso da tecnologia na Educação: a) criação de uma disciplina de informática educativa desenvolvida por um professor de laboratório, que trata de variados assuntos com os alunos, mas, em geral, não há ligação entre a aula de informática com as outras aulas, como Ciências, Matemática ou Português; b) aulas realizadas com o professor de uma determinada disciplina, por exemplo, Matemática, que leva seus alunos ao laboratório para realizar tarefas relativas ao conteúdo estudado. (BITTAR, 2010, p. 219).

Machado (2013) e Bittar (2010) alertam para o risco de usar a sala de informática como um

“apêndice” das aulas tracionais e exemplificam isso com a situação em que os alunos realizam atividades computacionais apenas para verificar resultados anunciados em sala de aula. “Ora, nesse caso o computador foi usado de forma artificial e não foi explorado em sua potencialidade máxima como um meio que pode oportunizar mudanças no processo de ensino e aprendizagem que sejam de ordem do conhecimento” (BITTAR, 2010, p. 239 -240).

Lopes (2013) lembra que o foco das aulas deve ser o aprendizado por parte do aluno. Por isso, o uso de uma nova tecnologia deve ser considerado quando o saber a ser ensinado for potencializado pelo recurso. “Se, ao fazer isso, entender que o melhor são as novas tecnologias, utilize-as, mas, lembre-se, faça valer a pena. Não faça da Sala Ambiente de Informática o “parquinho”” (LOPES, 2013, p. 2). A autora ainda apresenta em um quadro uma comparação entre abordagens instrucionistas e construtivistas sobre o uso pedagógico das tecnologias, conforme podemos ver abaixo na Tabela I.

Tabela I – Abordagem do uso do computador em processos de ensino e aprendizagem

Uso pedagógico das tecnologias

Abordagem instrucionista Abordagem construtivista

O professor usa Os alunos usam

Professor transmissor da informação Professor facilitador da aprendizagem

Aluno passivo Aluno ativo

Tecnologia como meio didático ou instrumento de avaliação

Tecnologia como ferramenta de aprendizagem

Computador como máquina de ensinar Computador como máquina a ser ensinada Aprendizagem sobre computador Aprendizagem pelo computador Aprendizagem como memorização e

reprodução do conteúdo de ensino

Aprendizagem como construção do conhecimento pelo aluno

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Educação e Tecnologia em Tempos de Mudança | 4 Aulas expositivas Situações de resolução de problemas

Fonte: LOPES, 2013.

Segundo Lopes (2013), os professores que utilizam as novas tecnologias para ensinar costumam elaborar aulas com abordagens instrucionistas, com as características da primeira coluna do quadro acima. Já aqueles que deixam os alunos aprenderem com a tecnologia, com as características da segunda coluna do quadro, se tornam mediadores do processo de aprendizagem, o que não os diminui, pelo contrário, privilegia o aluno e a aprendizagem com a tecnologia. O professor, ao assumir um papel mediador, pode propor situações para que o aluno encontre novas informações ou faça descobertas para desenvolver novos saberes (MACHADO, 2013). Através da citação abaixo de Queiroz et al (2011), observa-se que

[…] nessa nova organização do trabalho do professor, é interessante observar que o uso das tecnologias por si só não dará conta das mazelas do ensino. Também se pode verificar que nem todos os conteúdos podem ser potencializados com a utilização de recursos tecnológicos, como as calculadoras e os softwares. Muitas vezes, a utilização das tecnologias acima citadas não é indicada para auxiliar o entendimento de determinados conteúdos, devendo o professor, diante desta situação, lançar mão de outras metodologias a fim de que o conteúdo seja melhor compreendido por seus alunos. É importante ressaltar que o uso de uma determinada tecnologia, especialmente a dos softwares matemáticos, deve estar ligado ao fato de que isso pode proporcionar uma melhor compreensão do conceito e possibilitar uma perspectiva diferenciada de conhecimento e aprendizagem, sem a qual não seria possível desenvolver uma determinada ação. Tomemos como exemplo o uso de um editor de texto: ele apresenta uma flexibilidade que no ambiente lápis e papel não temos. Já os softwares de geometria dinâmica, por exemplo, permitem explorar propriedades geométricas, em virtude da facilidade de ampliação, deformação e movimento que, no ambiente lápis e papel, poderiam ser consideradas fatigantes em função da estática deste ambiente. (QUEIROZ et al, 2011, p. 45)

Das novas tecnologias presentes nas escolas, os computadores e seus softwares ocupam lugar de destaque. O domínio sobre o uso destes recursos aliado ao conhecimento matemático são fundamentais para que sejam propostas aulas com reais potenciais de aprendizagem matemática.

O computador torna-se uma ferramenta essencial, se usado de forma criativa. O educador, ao usar um software, além de possibilitar ao aluno uma aula diferenciada, favorece a aprendizagem de conceitos matemáticos. Lembramo-nos da chegada do televisor e do aparelho de vídeo na escola e em sala de aula, ocasião em que muitos educadores pensaram, com pavor, que a substituição do educador estava próxima. Lá se foram mais de 20 anos, e o professor continua na sala de aula, com tecnologias inovadoras, como os quadros digitais. (SCHNEIDER, 2009, p. 31 apud MACHADO, 2013, p. 33).

Nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006, p.

88) podemos encontrar as características de softwares que são potenciais candidatos para trabalharmos conteúdos matemáticos:

✓ Conter um certo domínio de saber matemático – a sua base de conhecimento;

✓ Oferecer diferentes representações para um mesmo objeto matemático – numérica, algébrica, geométrica;

✓ Possibilitar a expansão de sua base de conhecimento por meio de macroconstruções;

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✓ Permitir a manipulação dos objetos que estão na tela.

(MACHADO, 2013, p. 34)

Nas diversas experiências que temos tido com o uso da informática aplicada à Educação, sempre aparecem questões ligadas aos requisitos a serem considerados no momento de escolher o material para uso em sala de aula. Podemos tentar, inicialmente, listar alguns itens ou questões que devem ser observados para orientar o estudo desse material: Qual o conteúdo que o software permite tratar? Que teoria de aprendizagem fundamenta o software? Qual o grau de interatividade possível entre aluno e objeto do conhecimento? Trata- se de um software aberto ou fechado? Que atividades são possíveis de serem realizadas? Trata-se de uma interface “amigável” (ou qual a facilidade de manuseio)? Quais os ganhos obtidos com o uso do software em relação ao ambiente papel e lápis? (BITTAR, 2010, p.

222 – 223).

O uso de computadores e softwares pode, portanto, propor situações em que os alunos pensem matematicamente e validem suas ideias com estes recursos. Além disso, os ambientes criados pela informática permitem aos alunos que testem suas hipóteses e reconstruam suas estratégias para resolver as situações propostas (MACHADO, 2013).

Parece, então, que o discurso das TICs no ensino apontam para uma utilização das tecnologias como ferramenta para ensinar os conteúdos e situações que se tornam difíceis de serem compreendidos em aulas “tradicionais”. Entretanto, não basta só identificarmos a situação e o momento ideal para utilizar tais recursos. Para Schneider (2009) precisamos do conhecimento matemático e domínio sobre as ferramentas de um software para que possamos utilizar planilhas ou outros programas educacionais. Como afirma a autora,

o computador torna-se uma ferramenta essencial, se usado de forma criativa. O educador, ao usar um software, além de possibilitar ao aluno uma aula diferenciada, favorece a aprendizagem de conceitos matemáticos. Lembramo-nos da chegada do televisor e do aparelho de vídeo na escola e em sala de aula, ocasião em que muitos educadores pensaram, com pavor, que a substituição do educador estava próxima. Lá se foram mais de 20 anos, e o professor continua na sala de aula, com tecnologias inovadoras, como os quadros digitais. (SCHNEIDER, 2009, p. 31).

Em geral, o discurso da Educação Matemática aponta para a importância das TICs no atual momento histórico e para práticas de professores que já vivenciam outras formas de ensinar e aprender matemática tão significativas quanto as aulas entendidas como tradicionais, quando exploram as potencialidades das TICs. Tal fato nos faz pensar sobre os motivos que fazem um professor reelaborar suas aulas para incluir as tecnologias, uma vez que o objetivo de ensinar um saber pode ser alcançado através de diferentes abordagens, inclusive das abordagens que ele já conhecia e dominava, enfrentando desconfortos e inseguranças e dispensando um tempo precioso para esse novo planejamento.

Podemos inferir que tais ideais pedagógicos instituídos a partir de certas configurações para uso das TICs nas aulas de matemática, estão entrelaçados às diversas verdades que compõe o discurso educacional. Neste caso, não poderíamos desconsiderar as ressonâncias de documentos oficiais nas concepções destes professores, autores dos trabalhos. Ao realizarmos a leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática (PCNs), tanto para o Ensino Fundamental quanto para o Ensino Médio, observamos a ênfase no uso das TICs e os impactos desta educação a partir da tecnologia, para a sociedade. Além disso, podemos destacar que a ênfase na formação de um sujeito crítico perpassa este documento de forma geral, e afirma que as o uso das tecnologias são essenciais para isso. Vejamos dois excertos que evidenciam a importância das TICs nos PCNs:

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A presença da tecnologia nos permite afirmar que aprender Matemática no Ensino Médio deve ser mais do que memorizar resultados dessa ciência e que a aquisição do conhecimento matemático deve estar vinculada ao domínio de um saber fazer Matemática e de um saber pensar matemático (BRASIL, 1999, p. 41).

Metodologia

Ao pensarmos nos lugares e nas vozes que são autorizadas a afirmar verdades sobre a Educação Matemática, nos meios pelos quais os discursos tornam-se verdadeiros e nos saberes e instituições que se encarregam de classificar estes discursos é que determinamos o material que compõe a análise. No caso da Educação Matemática, um destes espaços de produção de discursos é a Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM). É neste lugar que ocorre a maior produção/circulação de discursos sobre o ensino e aprendizagem da matemática no âmbito nacional.

Os Encontros Nacionais de Educação Matemática (ENEMs), organizados pela SBEM a cada três anos, tem o objetivo de produzir e fazer circular estas “verdades”. Os eventos são constituídos por professores da Educação Básica, professores e estudantes das Licenciaturas em Matemática e em Pedagogia, estudantes da Pós-graduação e pesquisadores que discutem questões referentes à Educação Matemática. Neste sentido nos remetemos ao ENEM entendendo-o como um lugar que comporta uma diversidade de sujeitos que possuem a função de dizer o “verdadeiro” sobre as práticas e pesquisas neste campo.

Desta forma, buscamos nos anais do penúltimo Encontro (XI ENEM) o material empírico para este estudo. O evento ocorreu em julho de 2013 na cidade de Curitiba – PR, e foi intitulado Educação Matemática: Retrospectivas e Perspectivas. Os anais publicados do XI ENEM apresentam trabalhos compondo os quatro eixos temáticos propostos: Eixo 1: Práticas escolares, Eixo 2: Pesquisa em Educação Matemática, Eixo 3: Formação de professores, Eixo 4: História da Educação Matemática; dos quais estão ainda divididos em subeixos. Para este artigo, analisamos os trabalhos publicados nos anais relacionados ao subeixo Tecnologias e Educação à distância no contexto da Educação Matemática do eixo das Práticas Escolares.

Foram escolhidos 35 trabalhos para análise os quais apresentavam conteúdos de relatos de atividades realizadas com alunos da educação básica. Deste modo, procuramos identificar nestes trabalhos algumas “verdades” que estão naturalizadas nas práticas e pesquisas desenvolvidas, atentando para as justificativas utilizadas no que se refere ao uso das TICs no ensino de matemática.

Resultados

A análise dos artigos através de excertos dos textos publicados que explicitam o motivo do professor/pesquisador pela escolha do uso das TICs, possibilitou classificar os trabalhos em quatro grupos com objetivos comuns para justificar a abordagem com tecnologia nas propostas didáticas: buscar a atenção dos alunos e motivá-los a estudar matemática; uma alternativa metodológica para evitar as aulas vistas como tradicionais; uma metodologia com alto potencial de aprendizagem para determinado saber em comparação com as demais possibilidades didáticas disponíveis; e a necessidade de formar alunos críticos e autônomos.

É recorrente em todos os trabalhos, principalmente no referencial teórico, que as TICs podem reorganizar a dinâmica da sala de aula habitualmente expositiva e com pouca interação entre aluno e professor, aluno e seus colegas e aluno e saber. Todavia, o uso das TICs para despertar o interesse do aluno pela matemática ou para motivar o “público” do professor aparece com frequência. Os excertos abaixo relatam como as TICs são vistas para “salvar”

alunos desmotivados com a matemática e evitar aulas monótonas.

Como utilizar-se do blog para desmistificar a cultura de que a disciplina de Matemática é difícil e/ou assustadora e torna-la mais atraente e descomplicada? (GAMA; SPEROTTO, 2013, p. 2).

[...] ensinar por meio da utilização dos recursos computacionais reduz a dificuldade para aprender, permite a criação de espaços para

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exploração e construção do conhecimento e gera um novo envolvimento com o saber, tornando a aprendizagem dinâmica e agradável (JORGE et al. 2013, p. 3).

Assim, a partir de nossas experiências de observação de aulas em turmas do terceiro ano, constatou-se uma forte desmotivação por parte dos alunos com relação aos conteúdos de geometria analítica ensinados. E, com a oportunidade oferecida pelo professor de realizarmos uma intervenção direta em sala de aula, decidiu-se por desenvolver um módulo instrucional sobre o assunto circunferência, próximo assunto a ser ensinado (OLIVEIRA; LARA, 2013, p. 2).

No ambiente informatizado, o professor orientou os alunos na exploração dos ícones que contém os recursos do aplicativo GeoGebra. Nesse momento o docente usou a problematização para motivar os alunos na busca de soluções (ZIMMER, DESCOVI, 2013, p. 10).

Nas quatro narrativas enfatizadas, fica evidente que as TICs são pensadas como recursos para atrair a atenção dos alunos, cansados e desmotivados pelos saberes matemáticos e pala escola. Por que a partir das séries finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio a matemática passa a ser a disciplina mais odiada pela maioria? Seria a ausência das TICs que os desmotiva para os estudos e os desinteressa pelos saberes matemáticos? Assim, esta justificativa para o uso das TICs está relacionada à motivação e curiosidade que devem ser despertadas no educando.

Outro grupo de justificativas que se pôde perceber é aquele onde as TICs são utilizadas como uma alternativa para fugir das aulas tradicionais. Em situações que demandam uma sequência didática diferente as TICs aparecem para modificar a proposta, assim como uma aula em laboratório, experiência prática ou saída de campo também poderiam propor. No entanto, segundo os autores, as TICs tem a vantagem de tornar as atividades mais econômicas, pois os softwares possibilitam maior rapidez, e, além disso, o aluno teria um papel ativo na aprendizagem, constituindo-se, para ele, em um desafio.

A ideia de planejar uma atividade que possibilite ao aluno desenvolver seu conhecimento de maneira diferente, me fez buscar uma ferramenta facilitadora na linguagem matemática, o uso da tecnologia (ZERAIK, 2013, p. 10).

A utilização desses recursos pode potencializar o processo de ensino-aprendizagem, criando situações em que o professor assume uma postura de mediador em atividades desafiadoras e que o aluno não é visto como receptor de informações sedimentadas na reprodução, mas como parte integrante de uma formação significativa (ASSIS, 2013, p. 2).

Ainda pode destacar duas vantagens no uso das tecnologias como a rapidez na execução de tarefas, a facilidade de pesquisas, possibilidade de formação à distância e ainda a interação diferenciada entre professor e aluno perante o uso de determinados softwares educativos (SILVA, et al. 2013, p. 4).

A busca do professor/pesquisador relatada no primeiro excerto nos permite pensar que ao se deparar com outra metodologia diferente e facilitadora, o uso da tecnologia talvez não fosse considerado. Já o segundo excerto mostra que o objetivo era na verdade propor uma aula significativa para desconstruir papéis dos sujeitos envolvidos, ou seja, outras metodologias também conseguiriam tal objetivo como seminários, mapas conceituais, teatro, atividades práticas, etc. Por fim, o último excerto chama a atenção por tocar em dois pontos: a presença das TICs como agente modificador das relações entre alunos e professores e por suas

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contribuições para otimização de tempo. Tudo o que puder melhorar a relação entre aluno e professor pode ser aplicado em sala de aula, haja vista todos os trabalhos realizados que afirmam o aumento da aprendizagem em virtude da afetividade entre alunos e professores.

Entretanto, a otimização do tempo para concluir tarefas e pesquisas é discutível, precisamos debater se a aprendizagem ocorre quando concluímos alguma tarefa proposta ou quando estamos desenvolvendo a atividade.

Os excertos a seguir referem-se aos trabalhos cujos objetivos para uso das TICs estão relacionados de fato com o ensino de algum saber matemático, potencializado ou facilitado com o uso destes recursos:

São ferramentas que permitem realizar atividades de simulação, confirmação ou não de conjecturas, construções geométricas precisas e dinâmicas, entre outras, favorecendo o desenvolvimento de aspectos cognitivos tais como observação e percepção de regularidade (WEITZEL, et al., 2013, p. 2).

O uso de softwares de geometria dinâmica poderá minimizar as dificuldades enfrentadas pelos estudantes na compreensão de conceitos mais complexos sobre equações e seus gráficos, uma vez que favorece simulações e estudos de parâmetros de forma visual (NOVAIS; CORRÊA, 2013, p. 2).

Pois a representação gráfica dos movimentos que podem ser feitos proporcionam experiências que não podem ser percebidas na lousa, onde tudo é “estático” (GOMES; JUNIOR; KIST, 2013, p. 4).

Acredito que o computador seja uma ferramenta importante na realização de muitas atividades matemáticas, pois, essa pode auxiliar na visualização e reorganizando o pensamento (FERREIRA, 2013, p.

4).

Estas passagens exemplificam o uso das TICs como ferramenta para a reconstrução de conteúdos matemáticos, etapa essencial para a construção de novos saberes a partir daqueles já aprendidos anteriormente, característica pertinente em todos os anos escolares do ensino de matemática. Como podemos observar, alguns professores chamam a atenção para o uso das TICs como possibilidades de interação com os saberes não disponíveis em outras metodologias, onde é tudo “estático” e “difícil de visualizar”. Este é o único grupo em que podemos perceber o uso das TICs como protagonistas para favorecer a aprendizagem matemática. Aqui, os professores/pesquisadores optam por repensar suas aulas buscando favorecer os processos de ensino e aprendizagem dos saberes específicos de matemática, sem se preocupar com motivação, entretenimento ou alternativa metodológica para evitar as aulas vistas como tradicionais.

Por último, destacamos os excertos que afirmam a importância de formar um cidadão crítico e autônomo a partir do uso das TICs no ensino de matemática. Segundo os autores atividades que envolvam as TICs, além de facilitar o aprendizado contribuem o desenvolvimento de competências, de características que são necessárias aos sujeitos na sociedade em que vivemos. A criticidade e a autonomia são bastante ressaltadas nos trabalhos, como vemos nos seguintes excertos:

[...] o professor poderá promover reflexões e a autonomia que faça perceber as diversas propostas para a criação de momentos de aprendizagem, o que proporcionará, ao aluno, uma aprendizagem de forma investigativa, reflexiva e crítica (ASSIS, 2013, p. 3).

Vale a pena destacar que tais atividades favoreceram para a valorização das competências dos estudantes desenvolvendo a autonomia e a responsabilidade da turma. Cada um mostrou, com ilustrações geométricas, liberdade de inovação e criação que

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constituem fundamentos importantes para a vida profissional (PAIM, 2013, p. 7).

Além disso, o aluno como parte integrante desse processo deve apropriar-se, de forma crítica, os conhecimentos que os ambientes computacionais podem proporcionar, fazendo uso deles para compreender melhor, interpretar e transformar a realidade (NEVES, NAGAMINE, 2013, p. 2).

Os grupos com características em comum foram aqui apresentados pela recorrência. É fato que este trabalho não analisou uma amostra com quantidade significativa para aferir com precisão qual é o motivo que mais norteia professores para utilizar as TICs nas aulas de matemática. Porém parece que o discurso que se refere ao uso das tecnologias como meios para motivar e diversificar as aulas estão em maior parte, enquanto que as práticas facilitadoras do aprendizado de matemática estão, de fato, restritas a um grupo menor de educadores.

Apesar de não ser objetivo desta pesquisa, notamos também que há uma superficialidade o uso do termo tecnologia na maioria dos trabalhos analisados. O computador e softwares são associados de maneira indireta como sinônimos de tecnologia. O quadro negro, por exemplo, um recurso tecnológico que revolucionou o ensino no início do século XX, aparece como recurso de aula tradicional que deve ser superado com a “tecnologia moderna dos computadores, daquilo que é ligado em uma tomada”.

Portanto, outros questionamentos a partir das “verdades” sobre o uso das TICs podem ser levantados, como por exemplo, o que torna uma aula tradicional? O que se opõem ao tradicional garantir o aprendizado do educando?

Considerações Finais

O aspecto principal que fica demonstrado em todos os trabalhos é que as TICs apresentam grande potencial para o aprendizado de saberes matemáticos. A interatividade, manipulação, reelaboração de sequências didáticas, possibilidades de testes e verificações além da reorganização das relações entre aluno, professor e saberes são alguns dos aspectos mais relevantes que o uso das tecnologias pode proporcionar dentro da escola. Dos vários motivos que levam professores de matemática a utilizarem as TICs em suas aulas, destacamos quatro grupos que objetivam o uso desses recursos para diversificar as aulas, motivar e despertar o interesse dos alunos, favorecer o aprendizado de algum saber matemático que se dificulta quando não abordado por uma das TICs e a formação de um sujeito crítico para atuar em sociedade.

Talvez estas justificativas sobre o uso destes instrumentos nas aulas de matemática estejam apoiadas em propostas com objetivos que as TICs por si só não podem alcançar, deixando em segundo plano as reais potencialidades desses recursos para o aprendizado de matemática. Repensar o uso das TICs nas aulas de matemática e os conceitos equivocados ou superficiais relacionados às tecnologias, são necessários para que de fato as TICs possam contribuir para a aprendizagem de matemática. Entretanto, é importante destacarmos que é um enorme avanço termos as TICs em sala de aula, principalmente nas aulas de matemática. Em um momento histórico em que a tecnologia se faz presente em todos os aspectos da vida moderna e se refaz em velocidade e escala jamais vistas em outros recursos utilizados pela humanidade. Este seria um tema potente a ser abordado em outro estudo.

Portanto, faz-se necessário uma reflexão por parte tanto de pesquisadores quanto de professores sobre o uso das TICs nas aulas de matemática. Tais reflexões abrangem diversos aspectos, dentre eles os modos de utilizar estas ferramentas; quais os objetivos a serem alcançados; como as TICs podem contribuir para o aprendizado do aluno; etc. Pensando ainda nas competências exigidas pelos documentos oficiais e pela nossa cultura de modo geral, concluímos com um possível questionamento que requer atenção por parte dos professores ao criarem suas estratégias pedagógicas: Que sujeitos necessários à sociedade atual as aulas de matemática ajudam a constituir por meio do uso das TICs?

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Referências

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