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Anexo 1: Estrutura do Questionário QUESTIONÁRIO AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA DAS ESCOLAS 2.º, 3.º CICLOS, SECUNDÁRIO E PROFISSIONAL

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(1)

Anexos

Anexo 1: Estrutura do Questionário

Anexo 2: Seleção das escolas para as entrevistas

Anexo 3: Guiões das entrevistas

(2)

i

Anexo 1: Estrutura do Questionário

QUESTIONÁRIO

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA DAS ESCOLAS 2.º, 3.º CICLOS, SECUNDÁRIO E

PROFISSIONAL

Aos elementos da equipa de autoavaliação das escolas

O presente questionário tem como objetivo analisar a evolução da escola no âmbito da

implementação do seu processo de autoavaliação, iniciado no ano letivo 2014/2015, e

avaliar a última oficina de formação do Projeto de Aferição de Qualidade do Sistema

Educativo da RAM (

Da autoavaliação de escolas ao plano de melhoria

).

I. Identificação da escola / inquirido

1.

Nome da escola:

2.

Qual a sua função na equipa de autoavaliação da escola?

Coordenador Membro

Outro. Qual?

3. Quando foi criada a equipa de autoavaliação da escola?

Mês: Ano:

4. Há quanto tempo faz parte da equipa de autoavaliação desta escola?

Desde a sua constituição

(3)

ii

II. Práticas de autoavaliação e planos de melhoria antes da última

ação de formação

1.

Como classifica as práticas de autoavaliação existentes na escola, antes do início da

ação de formação em outubro de 2016?

Consideram-se práticas

formais

de autoavaliação as que estão devidamente previstas,

são sistemáticas, registadas e generalizadas nos diferentes órgãos da organização; e

práticas

informais

aquelas que ocorrem de forma

ad hoc,

raramente registadas e

restritas a alguns órgãos/ estruturas.

[só para quem respondeu “apenas práticas informais”]

1b. Descreva sucintamente as práticas de autoavaliação realizadas:

[passa depois para a pergunta 10 desta parte]

2. Em que altura foram instituídas as práticas formais de autoavaliação da escola?

Mês: Ano:

3. Em que medida as seguintes razões contribuíram para a adoção de práticas formais de

autoavaliação da escola?

Nada Pouco Razoavelmente Muito

Necessidade interna de realizar um diagnóstico sobre a organização Procura de respostas para os problemas da comunidade educativa Iniciativa do Diretor

Obrigatoriedade da autoavaliação das escolas (Portaria nº245/2014) Incentivo proporcionado pelo apoio da tutela

Pressão da comunidade Preparação para o Projeto de Aferição de Qualidade do Sistema Educativo da RAM

Participação numa investigação científica

Cultura organizacional da escola

Apenas práticas informais

(4)

iii

4. Qual o modelo de avaliação utilizado pela escola?

Modelo próprio, criado pela escola

Modelo próprio, criado pela escola e adaptado em função do referencial comum Modelo criado com base no referencial comum

Modelo CAF ou modelo adaptado a partir deste Outro. Qual?

5. Classifique, de 1 a 10, em que 1 significa

nada importante e 10 muito importante,

a

importância dos seguintes objetivos para a orientação das práticas

formais

de

autoavaliação da escola:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Identificar pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças à organização Prestar contas à comunidade local

Conhecer perceções dos atores (docentes, não docentes, alunos, pais…) Monitorizar/ Comparar resultados dos alunos

Prestar contas à Secretaria Regional de Educação Melhorar a qualidade dos serviços prestados Fomentar uma cultura de autoavaliação na escola

Demonstrar às partes interessadas o esforço da organização na melhoria contínua

Cumprir com uma obrigação (legislação)

Promover mudança de metodologias e práticas de ensino

Contribuir para a implementação do Projeto de Aferição de Qualidade do Sistema Educativo da RAM

6. Quais foram os métodos utilizados na recolha de dados para as práticas

formais

da

autoavaliação? (assinale todos os métodos utilizados)

Análise documental Atas de reuniões Livros de ponto Pautas de avaliação

Relatórios produzidos pela escola

Relatórios produzidos por outras entidade (ex: no âmbito do Projeto de Aferição de Qualidade do Sistema Educativo da RAM)

Análise estatística

Aos resultados dos alunos A dados da plataforma PLACE

A outros dados de contexto (cf INE, Pordata…) Questionários

Ao Pessoal Docente Ao Pessoal Não Docente Aos Alunos

(5)

iv

A outros elementos da comunidade

Entrevistas

Ao Pessoal Docente Ao Pessoal Não Docente Aos Alunos

Aos pais/ encarregados de educação A outros elementos da comunidade Observação

De aulas (não contabilizando as aulas observadas no âmbito da Avaliação de Desempenho Docente) Dos recreios

De serviços (biblioteca, secretaria, outros)

7. Quais foram os documentos formais produzidos no âmbito das práticas formais de

autoavaliação da escola no período Dezembro 2014-Agosto 2016?

8. Classifique, de 1 a 10, em que 1 significa não foi sentido enquanto

constrangimento e 10 constrangimento que dificultou muito a implementação, os

seguintes constrangimentos à implementação de práticas formais de autoavaliação

da escola:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Calendarização de reuniões entre a equipa Calendarização do processo de autoavaliação Identificação de indicadores para o diagnóstico Construção de instrumentos de recolha Análise dos resultados

A falta de formação em avaliação de escolas ou em competências necessárias para este processo

Mobilização, Participação ou Envolvimento da comunidade educativa Vontade das lideranças de topo

A falta de crença nos benefícios da implementação da autoavaliação A capacidade interna de distanciamento necessária à avaliação da escola

9. Assinale a fase do processo de autoavaliação em que a escola se encontrava, antes

do início da oficina de formação em Outubro 2016:

Recolha de Dados

[passa para 10]

Análise de Dados

[passa para 10]

Redação do Diagnóstico

[passa para 10]

Redação do Relatório de autoavaliação

[passa para 10]

Discussão de Resultados

[passa para 10]

Definição de Ações de Melhoria

(6)

v

□ Elaboração de um Plano de Melhoria

□ Implementação de um Plano de Melhoria

□ Produção/ Reformulação de documentos orientadores da escola

□ Organização/ reorganização de atividades

Produção/ reformulação de projetos

□ Adoção de novas estratégias de atuação

□ Reformulação do funcionamento de serviços, órgãos e/ ou estruturas

□ Outro. Qual?

10. Frequentou a última oficina de formação realizada no âmbito do Projeto de

Aferição de Qualidade do Sistema Educativo da RAM (Da autoavaliação de escolas ao

plano de melhoria)?

□ Sim □ Não [passar para III.5]

III. Balanço da oficina de formação e perspetivas do seu impacto

nas práticas de autoavaliação da escola

1. Como elemento da equipa de autoavaliação da sua escola, sentia necessidade de

formação na área?

□ Sim □ Não [passa para a 2]

1a. Indique quais as necessidades sentidas antes da formação:

□ Identificar as áreas

prioritárias a incluir no processo de autoavaliação

□ Definir

os objetivos da autoavaliação

□ Identificar, recolher e analisar os dados necessários

□ Motivar os colegas, alunos, encarregados de educação para participar

□ Estruturar o relatório de autoavaliação

Operacionalizar o referencial do modelo de avaliação do Projeto de Aferição

de Qualidade

Planificar ações de melhoria

Monitorizar ações de melhoria

(7)

vi

2. Classifique de 1 a 5, em que 1 significa

mau e 5 significa

muito bom, os seguintes

aspetos da oficina de formação:

1 2 3 4 5

Metodologia e técnicas pedagógicas utilizadas Formador (postura, capacidade científica)

Tempo atribuído a cada tema (autoavaliação e ações de melhoria) Conteúdos programáticos

Tempo atribuído aos trabalhos propostos Documentação fornecida

Instalações e equipamentos Metodologia de avaliação

Utilidade dos conteúdos trabalhados para a realidade do contexto de trabalho Relação entre formandos

Relação entre formador e formandos

3. Classifique de 1 a 10, em que 1 significa

nada importante e 10 significa

muito

importante, os seguintes objetivos gerais da oficina de formação do projeto de

Aferição de Qualidade dos Sistema Educativo da RAM:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Partilha de experiências e de possíveis soluções para problemas semelhantes entre escolas

Potenciar a criação de uma rede entre escolas da RAM para projetos comuns

Participar no processo de elaboração do projeto de aferição da qualidade das escolas da RAM

Aproximar as escolas dos elementos que representam a Secretaria Beneficiar do conhecimento transmitido por especialistas na área / investigadores

4. Após a oficina de formação identifique se se sente capaz de desenvolver com a

equipa de avaliação da sua escola cada uma das seguintes tarefas:

Sim Não Identificar as áreas prioritárias a incluir no processo de autoavaliação

Definir os objetivos da autoavaliação

Identificar, recolher e analisar os dados necessários

Motivar os colegas, alunos, encarregados de educação para participar Estruturar o relatório de autoavaliação

Operacionalizar o modelo referencial

[se tiver respondido a tudo que

sim

, passar para 5]

4a.

[para cada

não

que tiver respondido]

Porquê?

Porquê Identificar as áreas a incluir no processo de autoavaliação

Definir os objetivos da autoavaliação

Identificar, recolher e analisar os dados necessários

Motivar os colegas, alunos, encarregados de educação para participar Estruturar o relatório de autoavaliação

(8)

vii

5. Tendo em conta os vários atores envolvidos no projeto de Aferição de Qualidade,

diga até que ponto concorda com as seguintes afirmações:

Discordo completamente

Discordo Nem

concordo, nem discordo

Concordo Concordo

plenamente

O acompanhamento por parte da DRIG/GAOPSER tem sido uma mais-valia A relação estabelecida entre a equipa da DRIG/GAOPSER e a escola permitiu uma maior aproximação à Secretaria Regional

A parceria com a equipa CICS.NOVA

(Universidade Nova de Lisboa) é vantajosa para o projeto

A formação disponibilizada tem contribuído para o desenvolvimento do processo de autoavaliação Os materiais disponibilizados têm contribuído para o desenvolvimento do processo de autoavaliação

As escolas e as respetivas equipas de autoavaliação são ouvidas e respeitadas no processo

O contacto com as experiências das outras escolas é benéfico para a melhoria dos processos internos de autoavaliação da sua escola

6. O que acha que os seguintes atores poderiam melhorar para um melhor

acompanhamento ao processo de autoavaliação da sua escola em particular:

6a - DRIG /GAOPSER:

6b

IRE:

6c

Equipa CICS.NOVA:

7. Dos seguintes aspetos, identifique quais considera ser os principais motivadores

para processo de autoavaliação da sua escola (máximo 3 aspetos):

□ Aumento do conhecimento sobre a organização

□ Mudanças de perceção

apoiadas em dados objetivos

□ Melhoria de práticas organizacionais

□ Reformulação de documentos estratégicos da escola

□ Melhoria do sucesso educativo

□ Valorização o papel dos diferentes membros da comunidade educativa

□ Garantia de credibilidade do dese

mpenho das escolas

□ Melhoria das práticas educativas

(9)

viii

Anexo 2: Seleção das escolas para as entrevistas

Após a análise do questionário aplicado na primeira fase da investigação, pretende-se

selecionar três escolas para aplicar o segundo instrumento de recolha de dados

a entrevista

semiestruturada

com o objetivo de identificar mudanças nas dinâmicas organizacionais e

compreender, de que forma, o projeto AQSER impulsionou a instituição ou o desenvolvimento

de práticas de autoavaliação.

Com o intuito de determinar quais as escolas a selecionar para a segunda fase,

cruzaram-se indicadores relativos aos resultados escolares de cada escola, ao corpo docente e ao processo

de autoavaliação. Os indicadores que dizem respeito aos resultados escolares e à constituição

do corpo docente foram facultados pelo CICS.NOVA, no âmbito do Projeto ESCXEL

Rede de

Escolas de Excelência, e os restantes resultam da análise do questionário aplicado na primeira

fase da investigação.

No que diz respeito aos resultados escolares, o indicador utilizado é denominado de

tendência

e combina a posição no aproveitamento escolar, relativa aos valores nacionais, e o

sentido da sua progressão ao longo dos anos considerados

1

. Relativamente ao corpo docente,

consideraram-se indicadores referentes à média de idades e à média de anos de serviço na

escola. Por fim, no que concerne ao processo de autoavaliação, os indicadores selecionados

indicam a data de constituição das equipas de autoavaliação e a fase do processo de

autoavaliação em que as escolas se encontravam em outubro de 2016. Os indicadores, para

além de auxiliarem à caraterização das escolas, servirão também, nalguns casos, como critério

de desempate na escolha das escolas para a realização das entrevistas.

Posto isto, apresenta-se, em seguida, uma tabela com os indicadores referidos

anteriormente relativos às 27 escolas da RAM que participaram no questionário.

Sigla Resultados escolares2 Corpo docente3 Processo de autoavaliação4

Tendência

Média de idades

Média de anos de serviço na escola

Data de constituição das equipas

Fase no processo5

E11 sofrível 40,02 5 set/2014 intermédia

E2 em risco 43,11 7 set/2014 intermédia

E30 em risco 43,00 6 set/2015 intermédia

(10)

ix

E10 mau 42,18 6 set/2014 intermédia

E9 bom 38,00 1 set/2014 intermédia

E18 em risco 44,12 5 set/2014 avançada

E29 em risco 46,30 7 set/2014 intermédia

E13 sofrível 44,00 6 out/2014 inicial

E15 sofrível 48,00 7 set/2013 inicial

E14 mau 45,00 6 julh/2014 inicial

E16 sofrível 48,00 7 set/2015 inicial

E1 em risco 47,00 6 set/2015 intermédia

E5 em risco 41,75 6 set/2014 intermédia

E19 em risco 44,32 7 out/2003 intermédia

E20 mau 41,81 6 set/2015 intermédia

E22 bom 38,00 6 set/2016 intermédia

E4 sofrível 42,16 7 set/2015 inicial

E24 sofrível 45,27 7 set/2014 intermédia

E27 mau 43,71 7 set/2012 avançada

E6 sofrível 43,29 6 set/2013 inicial

E3 mau 44,29 7 set/2015 intermédia

E28 sofrível 41,96 7 set/2015 inicial

E25 em risco 37,54 2 jan/2015 avançada

E26 em risco 41,00 6 set/2014 avançada

E17 sofrível 50,00 8 2009 avançado

E12 em risco 48,00 7 dez/2014 intermédio

Fontes: 2Projeto ESCXEL; Júri Nacional de Exames. 3Secretaria da Educação RAM, 2014/2015. 4Questionário “Autoavaliaçãoe melhoria das escolas de 2º, 3º CEB, Secundário e Profissional”.

(11)

x

No primeiro grupo constam as escolas que apresentam valores de tendência “em risco”

ou “mau” mas que se encontram em fases avançadas no processo de autoavaliação:

Resultados

escolares2

Corpo docente3 Processo de autoavaliação4

Sigla Tendência

Média de idades

Média de anos de serviço na

escola

Data de constituição das equipas

Fase no processo

E26 em risco 41,00 6 set/2014 avançada

E25 em risco 37,54 2 jan/2015 avançada

E18 em risco 44,12 5 set/2014 avançada

E27 mau 43,71 7 set/2012 avançada

Fontes: 2Projeto ESCXEL; Júri Nacional de Exames. 3Secretaria da Educação RAM, 2014/2015. 4Questionário “Autoavaliaçãoe melhoria das escolas de 2º, 3º CEB, Secundário e Profissional”.

Analisando os indicadores, selecionou-se a Escola E 27 (Escola Vermelha) por ser aquela que

apresenta valores mais baixos no indicador dos resultados escolares e por ser a escola com

equipa de autoavaliação formalmente constituída há mais tempo.

No segundo grupo, e mantendo os mesmos indicadores, estariam as escolas com valores de

tendência “bom” e que se encontrassem em fases avançadas no processo de autoavaliação.

Contudo, e como se pode verificar na tabela nº1, não existem escolas que cumpram estes dois

critérios. Deste modo, optou-se por selecionar as escolas que apresentam valores de tendência

“sofrível” e “bom” e que se encontrem em fase intermédia ou avançad

a no processo de

autoavaliação:

Resultados escolares2 Corpo docente3 Processo de

autoavaliação4

Sigla Tendência

Média de idades

Média de anos de serviço na

escola

Data de constituição das equipas

Fase no processo

(12)

xi

E22 Bom 38,00 6 set/2016 intermédia

E9 Bom 38,00 1 set/2014 intermédia

E24 Sofrível 45,27 7 set/2014 intermédia

E11 Sofrível 40,02 5 set/2014 intermédia

Fontes: 2Projeto ESCXEL; Júri Nacional de Exames. 3Secretaria da Educação RAM, 2014/2015. 4Questionário “Autoavaliaçãoe melhoria das escolas de 2º, 3º CEB, Secundário e Profissional”.

Nota: A tendência diz respeito aos resultados do 3ºCEB

Das cinco escolas que reúnem os critérios descritos e analisando os restantes

indicadores, selecionou-se a Escola E9 (Escola Azul) por ser aquela que apresenta uma tendência

boa e pelo facto de a média de anos de serviço do corpo docente ser a mais baixa.

Por fim, no terceiro e último grupo, considerou-se relevante para o estudo selecionar

também uma escola com oferta educativa apenas ao nível do secundário.

Resultados escolares2 Corpo docente3 Processo de

autoavaliação4

Sigla Tendência

Média de idades

Média de anos de serviço na

escola

Data de constituição das equipas

Fase no processo

E17 Sofrível 50,00 8 2009 Avançado

E12 em risco 48,00 7 dez/2014 Intermédio

Fontes: 2Projeto ESCXEL; Júri Nacional de Exames. 3Secretaria da Educação RAM, 2014/2015. 4Questionário “Autoavaliaçãoe melhoria das escolas de 2º, 3º CEB, Secundário e Profissional”.

Nota: A tendência diz respeito aos resultados do secundário

(13)

xii

Anexo 3: Guiões das entrevistas

a)

Entrevista semiestruturada em

focus group

aos elementos das equipas de

autoavaliação

b)

Entrevista semiestruturada aos Presidentes dos Conselhos Executivos

Objetivos gerais:

Identificar mudanças nas dinâmicas organizacionais da escola;

Compreender se o projeto AQSER impulsionou o desenvolvimento de práticas de

autoavaliação;

Reconhecer se os instrumentos do projeto são mobilizados no processo;

Averiguar as perceções dos entrevistados quanto ao processo de autoavaliação e ao

projeto AQSER.

a)

Aos elementos da equipa de autoavaliação

Bloco Objetivo

A

Legitimação da entrevista

Apresentar, nas suas linhas gerais, os objetivos da investigação.

Agradecer a colaboração dos elementos da equipa de autoavaliação e salientar que os seus contributos são determinantes para a validade da investigação.

Garantir o anonimato dos entrevistados.

Solicitar a gravação da entrevista.

Bloco Objetivo Questões

B

A equipa de autoavaliação

- Traçar o perfil da equipa de

autoavaliação

a) Quando foi constituída; b) Quantos membros a compõem; c) Como foram selecionados os membros; d) Como se desenvolve o trabalho; e) Periodicidade das reuniões; f) Formação específica.

C

O processo de autoavaliação

- Identificar o estado em que a escola se encontra no processo de autoavaliação

- Identificar as principais mudanças no

- Neste momento qual é o estado do processo de autoavaliação em que a vossa escola se encontra?

- Se a equipa já tinha equipa formalmente constituída antes do projeto:

- Quais consideram ser as principais mudanças no processo desde a implementação do projeto AQSER?

(14)

xiii

processo de

autoavaliação

- Reconhecer se os instrumentos do projeto são mobilizados no processo

- Na vossa opinião, quais são as razões para a escola nunca ter formado uma equipa de autoavaliação?

- Na vossa opinião, consideram que necessitam de formação específica nesta temática para poderem corresponder aos objetivos do processo de autoavaliação?

- Quais são os instrumentos que mobilizam durante o processo? São instrumentos novos, introduzidos pelo projeto? Ou são instrumentos que já utilizavam anteriormente?

- Na vossa opinião, quais são os objetivos da autoavaliação?

- Relativamente à participação de outros elementos da comunidade educativa no processo, qual a implicação do diretor? De outros docentes fora da equipa de autoavaliação? Do pessoal não docente?

D

O projeto AQSER

- Reunir as opiniões dos entrevistados quanto ao projeto AQSER

- Compreender se o projeto é visto como um mecanismo de prestação de contas e/ou de melhoria contínua

- Na vossa opinião, quais são os objetivos do projeto AQSER?

- Quais são os principais benefícios do projeto? - Quais são os principais constrangimentos do projeto?

- Qual o balanço que fazem do projeto até ao momento?

E O papel da autoavaliação na

escola

- Conhecer as expetativas dos entrevistados relativamente ao processo de autoavaliação

- Compreender se a escola em questão apresenta

caraterísticas de uma escola

reflexiva/aprendente

- Quais são as vossas expetativas relativamente ao processo de autoavaliação e à implementação do projeto AQSER?

- Em que fases decorre o processo de autoavaliação?

- Conseguem, nesta fase do processo em que se encontram, identificar os pontos fortes e fracos da vossa escola?

- Durante o processo de autoavaliação, houve implicação de outros atores? Quem? De que forma foram envolvidos?

- Os resultados da autoavaliação foram apresentados aos restantes membros da escola? Se sim, como? Foi produtivo?

(15)

xiv

B) Aos Presidentes do Conselhos Executivos

Bloco Objetivo

A

Legitimação da entrevista

Apresentar, nas suas linhas gerais, os objetivos da investigação.

Agradecer a colaboração dos elementos da equipa de autoavaliação e salientar que os seus contributos são determinantes para a validade da investigação.

Garantir o anonimato dos entrevistados.

Solicitar a gravação da entrevista.

Bloco Objetivos Questões

B Perfil do Diretor

- Traçar o perfil do Presidente do CE

Conhecer o perfil de formação do entrevistado: a) Formação académica inicial;

b) Formações; c) Anos de docência;

d) Anos como Presidente do CE.

C

O processo de autoavaliação

- Conhecer a perceção do Presidente do CE quanto à importância da

autoavaliação

- Caraterizar a participação do Presidente do CE no processo

- Na sua opinião, por que é que o processo de autoavaliação é importante numa escola? Em que medida é necessário?

- Se já existia processo formal de autoavaliação: Como se processava? De quem foi a decisão de o implementar?

- Se não existia processo formal antes da implementação do projeto: Porquê?

Qual é o seu papel no processo de autoavaliação? Participa em reuniões da equipa?

Na sua opinião, considera que as escolas e os docentes envolvidos têm as competências necessárias para este processo?

D O projeto AQSER

- Reunir a opinião do entrevistado quanto ao projeto AQSER;

- Compreender se o projeto é visto como um mecanismo de prestação de contas e/ou de melhoria contínua

- Na sua opinião, considera que se verificaram mudanças desde a implementação do projeto? Quais?

- Quais considera serem os principais objetivos do projeto?

(16)

xv

E

O papel da autoavaliação na

escola

- Conhecer as expetativas do Presidente do CE

relativamente ao processo de autoavaliação

- Quais são as expetativas que tem no processo de autoavaliação?

- Em que fases decorre o processo de autoavaliação?

- Consegue, nesta fase do processo em que se encontram, identificar os pontos fortes e fracos da sua escola?

- Durante o processo de autoavaliação, houve implicação de outros atores? Quem? De que forma foram envolvidos?

- Os resultados da autoavaliação foram apresentados aos restantes membros da escola? Se sim, como? Foi produtivo?

(17)

xvi

Anexo 4: Transcrições das entrevistas

Escola Nº de

participantes

Cargo/s Identificação

E9 – Escola Azul

1 Presidente do Conselho Executivo PCE_1

1 Coordenador da Equipa de Autoavaliação

EEA_1

E12 – Escola Amarela

1 Presidente do Conselho Executivo PCE_2

6 Elementos da equipa de autoavaliação EEA_2 a 7

E27 – Escola Vermelha

1 Presidente do Conselho Executivo PCE_3

(18)

xvii

02/05/2017

Entrevista nº1 (semiestruturada)

Identificação do/s entrevistado/s: PCE_1

Duração: 34m57s

Bloco Conteúdo

B

Perfil do Diretor

R: “Sou licenciado em Geografia. Como docente este é o 17º ano. Sou diretor da escola desde 2009. Tenho uma pós-graduação em Gestão e Administração Escolar”.

C

O processo de autoavaliação

R: “Hoje em dia ou no passado é algo que nós objetivamente temos de fazer. É a chamada reflexão operacional do que fazemos. Ninguém trabalha para si e per si. Quando assumimos a administração escolar, em 2009, uma das primeiras coisas que fizemos foi criar um gabinete de avaliação independente e com pessoas com capacidade crítica e reflexiva, de modo a que alguém, de um modo objetivo possa avaliar os nossos processos. Não temos problema algum, enquanto instituição, em colocar em causa aquilo que fazemos e a maneira como fazemos. Entendemos que enquanto serviço público, claramente, temos de ter como missão servir bem.

R: “Participo em reuniões quando sou convocado. Entendo que o dirigente máximo, chamemos-lhe

assim, não deve ser ele próprio elemento da equipa que avalia o processo. Ele é o responsável por aplicar o processo, assim sendo, não deve condicionar o processo.”

R: “Ter uma secção de avaliação onde o diretor é parte interventiva também não me parece bem…

Se nós somos os responsáveis pelo processo vamos tendencialmente defender o que fazemos.”

D O projeto AQSER

R: “Existia o processo CAF”

R: “Não mudaram as práticas. Apenas formalizou, em papel, aquilo que já fazíamos. Temos hoje mais números disponíveis. Para nós, em termos de quem está no terreno, de forma objetiva, não mudou.”

R: “Repare. Depende do que nós queremos. Todos nós, na generalidade dos processos, há momentos em que quando ele é iniciado, temos um caminho que queremos que ele siga. O nosso caminho aqui foi claro. Não estamos aqui a trabalhar para nós próprios. Queremos independência, assertividade, queremos que as pessoas de um modo livre possam dar o seu melhor para dar um melhor futuro, através das crianças. Agora nós podemos querer o contrário. Nós podemos querer validar aquilo que fazemos. Podemos olhar para nós e dizer “nós é que estamos bem, o mundo é que está mal.”

R: “Posso ser sincero naquilo que acho? Olhe porque é obrigatório para a função pública. E a partir

daí houve essa necessidade… Isto aqui faz-se de modas. Se toda a gente está a fazer, nós também

temos de fazer. Agora o que é que dali sai? Aquilo que me interessa é o resultado. Quais é que foram os resultados de? Qual é que foi a melhoria de? Relatórios bonitos? Eu não sou escritor. Fazer estudos, aplicar métodos e depois a coisa não mudar, não dá. No meu processo de avaliação interno, eu tenho um tremendo problema ao nível do pessoal não docente. Todos os anos peço à Secretaria da Educação um reforço a esse nível. Serviu-me alguma coisa até agora? Zero. Para que é que serviu isto? Para eu constatar um problema. Agora o problema tem de ser resolvido.”

(19)

xviii

R: “Ah, claro que tem benefícios. Agora temos de passar à fase seguinte. Se eu apenas ficar no relatório bonito e não tiver uma consequência objetiva, não serve para nada.

Ok, avaliamos. Serve para quê? Se aquilo que constatamos não é resolúvel? É preciso ter algo que seja claro. Nem que seja um fórum, a nível da região, onde as pessoas debatam e estejam lá «a partir pedra». Se isto é para ser feito, faz-se. Se é apenas para marcar ponto, não vale a pena.”

E O papel da autoavaliação na

escola

R: “As expectativas que tenho? Oiça, que consigamos tirar daqui algo realmente efetivo, para que possamos dar às próximas gerações uma qualidade que até hoje não demos. Para conseguirmos diferenciar aqueles que trabalham bem daqueles que trabalham mal. Para conseguirmos tirar, se assim for o termo, da educação quem não está cá de alma e coração.

R: “Sim já redigimos o relatório. Tudo é discutido com todos e a todos é pedido algo. Ao pessoal não docente é pedido com assertividade que façam aquilo que é o seu trabalho. Oiça, que cumpram e façam cumprir as normas.”

R: “Faço questão de reunir com eles frequentemente. Ainda na sexta-feira tive uma reunião com o

pessoal da secretaria porque temos uma falta de pessoal, e estive-lhes a explicar todos os procedimentos que temos feito para resolver o problema.”

(20)

xix

02/05/2017

Entrevista nº2 (semiestruturada)

Identificação do/s entrevistado/s: EEA_1

Duração: 52m15s

Bloco Conteúdo

B

A equipa de autoavaliação

R: “Quando a equipa foi constituída não eram 5 elementos, mas agora são. Por acaso temos um

dos membros que está de baixa. No início fiquei eu e nós damos prioridade a que sejam coordenadores de departamento, por causa da abrangência que têm dentro da própria estrutura. Eu sou o único elemento que está desde o início da constituição desta equipa e sou o coordenador. Mas também está muito dependente do apoio externo que se dá à equipa porque no início não existiam horas alocadas a este projeto e isso é fundamental. E no início foi assim, ou seja, era preciso fazer o projeto, mas nós não tínhamos como aliciar as pessoas a participar no projeto. Portanto temos vários coordenadores de departamento e alguém da área da matemática que possa ajudar quando há inquéritos.

R: “Não há ninguém com formação específica. Eu, todas as formações que tive, foi por iniciativa e são todas no âmbito do CAF e agora tenho no âmbito deste projeto. A última formação que tive que era sobre elaboração de planos de melhoria vem muito atrasado, ou seja, depois de o projeto de melhoria estar feito tivemos formação de como elaborar projetos de melhoria.”

R: “Nós temos horas em comum todas as semanas. Não reunimos todas as semanas, até porque no início o trabalho ultrapassava em larga escala as horas que temos para isso. Temos reuniões com alguma periodicidade, onde cada um já sabe o que é que tem de fazer. Cada um dos elementos tem alguns itens dentro de cada dimensão do processo de autoavaliação. Agora no 3º período vamos voltar a reunir com mais frequência, principalmente devido ao eixo dos processos que é o mais complicado.”

C O processo de autoavaliação

R: “Não é necessária. É obrigatória, mas não acho que é por ser obrigatória que a devemos aplicar. Acho que nenhum organismo do século XXI pode viver sem autoavaliação, por dois pontos essenciais: primeiro a melhoria dos resultados e depois desperta e cria aquelas oportunidades de que falei, ou seja, as próprias organizações descobrirem aquilo que de bom e de mau fazem.”

R: “Tivemos a primeira versão do relatório de autoavaliação o ano passado, mas há alguns itens

que não foram analisados, nomeadamente, lideranças. Este ano a nível dos processos já vamos melhorar bastante porque criámos instrumentos nossos, internos, que nos vão permitir medir algumas dessas situações. O que está mais atrasado é mesmo a parte da liderança.”

R: “Entre o CAF e este o que é que eu acho? Ele não difere assim tanto do CAF. Aliás, ninguém

consegue inventar, acho eu, um grande processo. Pelo menos a parte de dar a ideia de todos participarem no processo e na construção do modelo foi importante, principalmente ao nível das escolas. Agora na parte das equipas de autoavaliação aplicarem os modelos nas escolas, para os docentes não há grande relevância se era o CAF ou era este. O que eu acho, numa estrutura superior, que tem vantagens é esta situação de se ir fazendo, ir analisando, portanto se houvesse mais reuniões das escolas, principalmente das equipas de autoavaliação… acaba por ser mais facilitado que o próprio CAF, neste aspeto. Se não, é mais fácil o CAF porque o CAF tem mais ou menos as coisas feitas e nós aplicamos. Este veio trazer muito mais trabalho e sendo uma coisa nova, vai depender agora de para que é que se quer os resultados em termos de qualidade efetiva porque eu não tenho muitas dúvidas que neste modelo se vão começar a detetar alguns erros na aplicação. E o modelo CAF pelo menos tinha essa vantagem, já é mais testado.

R: “São praticamente todos novos [os instrumentos]. Nós temos tentado resistir à tentação de não utilizar o CAF. Sinceramente. Mas eu não quero. A ideia é mesmo que nós consigamos medir e ver a realidade da situação da escola.”

(21)

xx

estamos desde o início, é lógico que o processo de autoavaliação se iria fazer mas perdia-se muito trabalho que já foi implementado porque o sistema não está pronto.”

R: “Não. Sinceramente acho que não. Nem eu. Acho que devia haver mais formação. É difícil aqui arranjar formação na ilha. Aliás, ainda na última formação, na análise feita pelas outras equipas de autoavaliação, toda a gente pede mais formação. E para além disso, por exemplo, a última formação era limitada a um elemento por escola. Portanto, eu depois tenho de replicar essa formação, o que não é a mesma coisa. Estas formações podiam ser feitas mais cá e aí tem que partir da tutela. Possivelmente até para ser mais aliciante e tendo em conta a dimensão do projeto até poderia haver a possibilidade de fazer, por exemplo, um mestrado e que se desse algum tipo de valorização.”

R: “Começando pelo presidente do conselho executivo e o conselho executivo, nós temos autonomia total para fazer a avaliação. Muitos documentos propomos ao conselho executivo e o conselho executivo dá-nos o feedback. Depois de termos prontos os resultados, reunimos com o conselho executivo e levamos também ao conselho pedagógico e à comunidade educativa.”

D

O projeto AQSER

R: “Eu quero acreditar que foi para a melhoria da qualidade do ensino e para a melhoria dos resultados. Embora saiba que partiu de uma premissa legal. Mas penso que neste momento o objetivo tem de ser a melhoria dos resultados escolares. Ponto.”

R: “Quando a avaliação é o que e não havendo nenhuma contrapartida. Ou seja, nós estamos agora no processo de avaliação de escolas, se a avaliação for fidedigna as melhores escolas têm de ser premiadas e isso, no caso do pessoal docente, devia ser assim e não é. Não se quer avaliar porque nós partimos do pressuposto que somos todos bons, todos empenhados. Isso é tudo verdade, mas como é que depois se diz a um professor que se ele trabalhar mais, que se for mais competente que o outro, terá alguma diferenciação? Porque não tem nenhuma. E uma sociedade que não valoriza o mérito é o que é.”

R: “Os constrangimentos… não quero estar a bater sempre na mesma tecla da questão dos horários. Este ano houve um grande esforço, por parte da tutela, portanto, nesse aspeto está resolvido. Penso que na formação… ainda há algo a fazer. Às vezes nem era necessário estarmos à espera que viesse a equipa da Universidade Nova fazer a formação, portanto, poderia até haver mais encontros entre equipas, uma vez que o projeto é novo. Seria interessante se houvesse mais partilha. Cada escola está a construir os seus instrumentos, não me parece que houvesse essa necessidade. Por exemplo, se alguma escola já tivesse um instrumento feito, facilmente era adaptável a outra escola. ”

E O papel da autoavaliação

na escola

R: “Espero que melhore, por um lado, a organização das escolas e, por outros, os resultados dos alunos. Sabendo que aqui ainda falta um passo importante. Fazer ver aos diretores e aos conselhos executivos isso mesmo, porque não tenho dúvidas que para alguns a autoavaliação só se faz porque é obrigatória.”

R: “Nós temos já o projeto educativo de acordo com este modelo. O nosso relatório de autoavaliação está interligado também com o projeto de melhoria para o projeto educativo. E o plano anual de atividades contempla também já as metas do projeto educativo que foi elaborado de acordo com o plano de melhoria detetado no relatório de autoavaliação.”

R: “Toda a gente teve acesso aos resultados, foi tudo publicado. Agora no site vamos mesmo criar uma parte mesmo da autoavaliação da escola, onde pretendemos fazer arquivo para que as pessoas possam ter acesso. Mesmo com os professores e os funcionários fizemos uma reunião geral só para análise desses resultados.”

R: “Na nossa opinião os inquéritos são bons para construir o plano de melhoria. Acho que para o grau de satisfação, a melhor coisa que podemos fazer é os inquéritos.”

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03/05/2017

Entrevista nº3 (semiestruturada)

Identificação do/s participante/s: PCE_2

Duração: 17m6s

Bloco Conteúdo

B Perfil do Diretor

R: “Eu sou formado em filosofia. Acabei o curso em 1984, por isso devo ter uns 32, 33 anos de serviço. Aqui na região, quem está neste cargo, é só mesmo presidente do conselho executivo. Por lei estamos impedidos de ter outro tipo de atividades. Para além disso, mais tarde, fiz mestrado na área da administração educacional. Em relação à gestão, de vez em quando frequentamos cursos de curta duração.”

C

O processo de autoavaliação

R: “Este ou outro qualquer. Eu penso que nos só podemos ter uma perspetiva de evolução e

melhoria se soubermos quais são as falhas que nos temos e eu penso que todos os processos de autoavaliação permitem que as organizações se confrontem com aquilo que têm de bom e de mau. Só identificando as nossas fragilidades é que podemos eventualmente, ir melhorando. Mesmo quando estes processos não eram tão obrigatórios como são agora, a escola desde sempre que teve por hábito momentos de reflexão, digamos assim, sobre o que está a fazer e sobre aquilo que poderia ser feito para melhorar o desempenho dos alunos. Isso é um processo que existe há muitos anos na escola, muito antes de ser moda.”

R: “Nunca criámos uma equipa formal porque não existia um imperativo legal de exigência, a

questão é essa. Nós tínhamos práticas de autoavaliação, se calhar muito empíricas, se calhar sem grande rigor na recolha dos dados, mas digamos que esta preocupação em encontrar fragilidades sempre foi uma tónica nossa. A nossa escola tem um público muito específico e temos aqui, por tradição um público em que mais de 40% dos alunos têm ação social escolar. E desde muito cedo que nós verificámos que havia muitos alunos que tinham ambições e que não tinham poder económico para alimentar essas ambições. Em termos concretos é o seguinte: nós sabemos que quem ter muitos bons resultados tem de pagar explicações e nós aqui na escola tentámos criar mecanismos que dessem resposta a essas necessidades dos alunos e começámos a focar-nos muito na questão dos resultados escolares.”

R: “Nós não quisemos interferir muito no trabalho da equipa de autoavaliação. Achamos que o relatório que está a ser produzido deverá ser um relatório o mais objetivo possível daquilo que é a escola e entendemos que estar lá na equipa um elemento do conselho executivo seria, de alguma forma, intimidador. Ou seja, iria condicionar, de alguma forma, o trabalho. Portanto, há um coordenador de equipa, com quem tenho reuniões frequentes. O trabalho em si e os resultados, esses, a equipa tem liberdade para o fazer. Nós não interferimos nisso porque achamos que o que daí sair deverá ser um retrato mais isento, mais fiel, mais objetivo possível daquilo que é a realidade da escola. E não temos nenhum interesse que esse relatório nos seja muito favorável, se a realidade for outra.”

D O projeto AQSER

R: “Olhe, nós à medida que vamos identificando fragilidades já vamos fazendo ajustamentos. Uma coisa que eu acho que foi mais difícil e mais meritória, foi o facto de se terem construído instrumentos de recolha de informação porque nós tínhamos a informação, mas não era de uma forma muito sistematizada, nem muito padronizada, e acho que com este trabalho nós ficámos com instrumentos de avaliação mais rigorosos que nos permitem ter acesso a dados mais fiáveis e a partir dos quais podemos tomar decisões. A grande vantagem para já tem sido mobilizar a escola para ir criando hábitos de registo de informação. Não serve muito ter um relatório de 10 páginas, muito bonito, com um português fantástico, com frases poéticas se depois aquilo fica muito vazio. É preciso ter dados concretos.”

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xxiii

R: “Acho que a ideia, no fundo, é tentar fazer com que as escolas reflitam um pouco sobre a sua atividade e tentem melhorar os resultados, sejam os quais forem. Não necessariamente só os académicos, mas em todas as dimensões em que a escola tem de intervir. Eu penso que o grande objetivo, no meio disto tudo, é fazer com que todas as escolas da região, com base no referencial comum que se aplica a todas, possam trabalhar em paralelo para poder identificar alguns aspetos que são as suas fragilidades, os seus pontos fortes e depois tentar ir melhorando os resultados.”

R: “Os benefícios é, no fundo, pôr as escolas a trabalhar nesse sentido. Tentar mobilizá-las para que haja um instrumento forte de melhoria do desempenho das escolas. Os constrangimentos são o facto de ser um processo que tem sido feito aos poucos porque as pessoas não têm formação para isso. Isto é um processo que tem a vantagem de começar a criar massa crítica nas escolas, de começar a criar conhecimento nesta área, que depois no futuro vai ter resultados. O ponto mais fraco é o facto de as escolas estarem “a partir pedra”, ou seja, a

descobrir coisas.” “Quando na altura este processo começou, nós tivemos uma reunião com o

conselho de educação, no sentido de tentar perceber se seria vantajoso para a escola entregar este trabalho a uma equipa externa porque não tínhamos na escola pessoas que nos dessem uma garantia, em termos de formação, de fazer esse trabalho. Depois falámos com a equipa da secretaria da educação e percebemos que, de facto, seria vantajoso para a escola, avançar já com as pessoas que aqui tínhamos porque a médio e a longo prazo era muito melhor para a escola.”

E O papel da autoavaliação na

escola

R: “Eu penso que do que observo, o que vai mudar é o facto de as pessoas estarem mais atentas e saberem que é importante o registo da informação e a reflexão sobre esses registos e isso é um resultado que já está a sentir-se. Em relação à parte daquilo que são os nossos pontos mais fortes e fragilidades, penso que os resultados que vão aparecer e que já são conhecidos não vão muito longe daquilo que já conhecíamos. A esse nível não há grandes novidades. O que vai mudar realmente é o modo como a escola trabalha porque a partir de agora fica a saber de uma forma mais objetiva e direta, o que é que a escola pretende fazer. Este próximo projeto educativo já irá traduzir aquilo que resulta deste trabalho. No fundo, o plano de melhoria vai sair daqui, destes resultados.

R: “Todos têm vindo a ser chamados. O trabalho feito pela equipa procurou abranger o maior número possível de áreas e o maior número possível de pessoas. É evidente que não chega a todos. Mas houve preocupação de ouvir toda a gente e, em que medida, eles apontavam aquilo que seria os pontos fracos e fragilidades da escola.

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03/05/2017

Entrevista nº4 (focus group)

Identificação do/s participante/s: EAA_2 a EAA_7

Duração: 19m

Bloco

Questões

B

A equipa de autoavaliação

R EAA_2: “Certo” [equipa constituída por seis elementos]

R EAA_2: “Eu sou coordenador da equipa, fui escolhido pelo Presidente do Conselho Executivo e depois, em conjunto, fomos escolhendo os restantes elementos da equipa. Inicialmente éramos só 4 elementos e depois passámos a ser 6 com a integração dos colegas da informática porque sentimos essa necessidade e dos conhecimentos da área da informática.”

R EAA_2: “Não. [risos de alguns elementos]. A única pessoa que tem formação, até no âmbito do

projeto ESCSELX, sou eu.

C

O processo de autoavaliação

R EAA_2: “Nós reunimos, todos juntos, geralmente é quando eu convoco. Mas todas as semanas eu estou, à terça feira, com dois elementos e, à sexta-feira, com os outros três. Geralmente o trabalho está sempre dividido.”

R EAA_2: “Nós estamos a tentar finalizar o primeiro relatório de autoavaliação que, em princípio, será finalizado até ao final deste mês. R EAA_3: “Tem de ser finalizado até final deste mês.”

R EAA_2: “Aqui na escola não havia uma equipa formal. mas já havia práticas de autoavaliação, a

nível dos resultados, a nível do plano de atividades…”

R EAA_4: “Uma das razões que pelo menos eu encontrei é para a própria escola se reconhecer porque existem práticas que digamos que são empíricas que toda a gente faz, porque era feito. E agora, por que é que se faz dessa forma? E tentar criar um processo onde se perceba o porquê dessas práticas. Ou seja, não fazer só porque se fazia. E depois de reconhecer isso, partir para a melhoria.”; R EAA_2: “Sim, é sempre com o objetivo de diagnosticar a realidade da escola e, naqueles pontos que consideramos os pontos fracos, tentar melhorar.; R EAA_3: “No fundo, o plano de melhoria acaba por ser sempre o objetivo do relatório de autoavaliação.”

R EAA_3: [risos] “Nós temos muito boa vontade e, como diz o nosso diretor, amor à camisola. E trabalhamos um bocado por isso. R EAA_5: “Também temos trabalhado muito na base dos factos, muito estatístico, mas baseado em factos. Porque sentimos, neste momento, que o melhor que podemos fazer é criar um cenário do que é a escola neste momento. E dentro disso, sentimos que temos essa capacidade.”; R EAA2: “Podemos dizer que tem sido um processo de autoaprendizagem, acho que é a palavra correta.”; R EAA_6: “Podemos não ter as competências, de facto, e não temos, mas conhecemos a escola e, a partir do tal referencial, vamos tentando responder com esse conhecimento àquelas que são as organizações para a avaliação de escolas. Fazemos o que podemos e o que sabemos.”

R EAA_2: “Eu acho que uma das que já se pode observar e até ver que mudou é a sistematização de alguns dados que a escola possuía e que, no entanto, estavam dispersos. “

R EAA_2: “Temos instrumentos novos e instrumentos que já tínhamos. É uma combinação das duas

coisas.”

R EAA_2: “No processo, relativamente à autoavaliação, não tem sido uma participação muito ativa [a dos elementos da comunidade educativa]. Claro que toda a comunidade sabe o que se está a passar na escola. Temos a participação deles quando são feitos questionários, quer dos alunos quer dos encarregados de educação, mas por via do diretor de turma. R EAA_6: “Dos funcionários

também não diretamente.” R EAA_2: “Neste momento também está a ser reformulado o projeto

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xxv

R EAA_2: “Sempre que nós necessitamos, quer a nível de dados, de troca de ideias. Eu como coordenador tenho tido sempre reuniões informais com o diretor e com a equipa também tem acontecido. Da minha parte e acho que posso falar por toda a equipa, temos tido todo o apoio.” Outros entrevistados: “Sim, sim”.

D

O projeto AQSER

R EAA_2: “Acaba sendo os mesmos de nós. A nível da secretaria regional é a melhoria do sistema

todo e nós é a melhoria da escola. Penso que será esse o objetivo.” R EAA_6: “E também se calhar

como todas as escolas têm o mesmo referencial, criar uma base comum.” R EAA_5: “E também a própria parte do conhecimento. Tratamos muito do conhecimento sobre a escola.” R EAA_2: “Claro que há sempre um objetivo que às vezes não é muito declarado, mas que é o de prestação de contas e esse está sempre implícito.”

R EAA_2: “Constrangimentos é a nossa falta de formação. Também temos de dizer que o próprio referencial é extenso, eu diria que não é fácil de implementar nalguns aspetos, nomeadamente os processos.” R EAA_5: “A nível de benefícios, eu acho que realmente tem a ver com o conhecimento, o detetar em que pontos, a nível de escola, podemos melhorar.”; R EAA_3: “Como constrangimentos faltou referir um que é muito importante para nós, é que nós não trabalhamos nisto a tempo inteiro. E a dimensão do referencial é tão grande que isto quase dava para trabalharmos a tempo inteiro. Tem sido um processo bastante moroso.”

R EAA_2, EAA_3, EAA_5, EAA_6: “Eu acho que é positivo [o balanço do projeto]. R EAA_3: “Até porque para já por essa tentativa de melhorar os resultados da escola e a escola em geral. Depois porque nos dá um melhor conhecimento da escola.”

E O papel da autoavaliação

na escola

R EAA_2: “Eu gostava que acontecesse duas coisas. Primeiro, que a escola se sentisse toda implicada neste processo porque os dados que nós vamos tendo temos de ir pedir a várias estruturas da escola… E gostava que a autoavaliação fosse sentida como de todos e não só de uma equipa de seis pessoas. E que depois, o objetivo de levar a melhoria da escola, seja efetivo, se concretizasse. R EAA_7: “A questão da melhoria, por exemplo, do edifício em si, se nós detetarmos alguns defeitos, a questão é: serão resolvidos? Se todas as escolas da região ou do país apresentarem os mesmos problemas são resolvidos?”

R EAA_2: “Neste momento acho que sim, já temos muitos pontos que já detetámos que são pontos fracos e outros que são pontos fortes. Como por exemplo o corpo docente estável e experiente. A localização da escola. R EAA_6: “O bom ambiente também.” R EAA_2: “E também temos alguns pontos fracos.” R EAA_7: “Devido à grande procura que a escola tem, depois temos turmas muito grandes.” R EAA_3: “Pois, lá está. Isso é um ponto forte que resulta num ponto fraco.” R EAA_7: “E a seguir começa aqui uma “pescadinha com o rabo na boca” como se costuma dizer, é bom ter alunos, mas depois excesso torna-se um problema.”

R EAA_2: “Os resultados vão ser, em primeira mão ao conselho executivo e, depois, o que está mais ou menos acordado será passar para o conselho pedagógico, o conselho da comunidade educativa e depois também serão divulgados à comunidade em geral, colocando na página da escola.” R EAA_2: “Isso é engraçado. Quando iniciámos o nosso processo ainda houve a hipótese de alguma parte da autoavaliação ser feita por uma empresa exterior. Depois chegámos à conclusão que não. Não fomos nós, a escola. R EAA_6: “Os constrangimentos económicos eram mais que muitos.” R

EAA_2: “E depois também já disse ao presidente do conselho executivo porvárias vezes… é verdade

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04/05/2017

Entrevista nº5 (semiestruturada)

Identificação do/s entrevistado/s: PCE_3

Duração: 27m51s

Bloco Conteúdo

B Perfil do

Diretor

R: “Eu sou licenciado em História, na faculdade de Coimbra e tenho um curso de pós-graduação em

especialização e gestão escolar. De docência devo ter uns 34 anos. Estou há quase 25 anos no conselho executivo.”

C O processo de autoavaliação

R: “Já tínhamos começado com o nosso processo de autoavaliação antes, há muitos anos, não sei precisar. Antes de começarmos com este processo em 2012, com caráter de obrigatoriedade, nós já tínhamos trabalhado com uma equipa de autoavaliação aqui da escola, no fundo, para nos conhecermos melhor e conhecermos a nossa realidade. Como sabe a Secretaria criou esta fase, digamos assim, introdutória, com esta parte da autoavaliação para ser mais fácil depois quando entrarmos na avaliação externa.

Nós já tínhamos feito inquéritos, tanto no âmbito da estruturação do projeto educativo como no processo de autoavaliação.”

R: “Nós criámos uma comissão e essa comissão, eleita pelo conselho pedagógico e com concordância do conselho executivo, mas o meu papel é fazer o acompanhamento. Ou seja, nós trabalhamos em conjunto, resguardando sempre a autonomia e liberdade da comissão. Eu acho que esta comissão não deve ter um elemento do executivo para apontar as diretrizes da escola, mas deve ter um elemento a fazer parte, mas quando falar com os elementos da comissão eles irão confirmar que existe total liberdade na definição do que eles pretendem fazer.

Eles geralmente trabalham à terça-feira, têm horas no horário específicas para trabalharem e o elemento do executivo também os acompanha.”

R: “Evidentemente que as pessoas que estão aqui envolvidas no processo têm algum perfil. É uma equipa de peso. A professora coordenadora da comissão é também coordenadora de departamento e já tinha trabalhado nas comissões há vários anos, embora de uma forma mais empírica. Tenho outro elemento que é coordenadora dos diretores de turma de secundário, outro elemento é coordenadora dos diretores de turma de 2ºciclo. É uma equipa de peso que nos dá todas as garantias e quem têm todas as competências para avançarmos no processo.”

D

O projeto AQSER

R: “Nós primeiro tivemos um relatório inicial de 12/15, baseado mais em entrevistas. Agora este de 15/17 já tem outra perspetiva, é um relatório muito mais profundo, uma vez que, por exemplo, ao nível dos recursos da escola, foi feito um levantamento exaustivo. Tivemos aqui uma colega que esteve a fazer o seu estágio profissional e que ficou diretamente ligada ao processo de autoavaliação e por isso tivemos, naquela fase do tratamento de dados, uma ajuda bastante importante. Foi um trabalho extremamente minucioso onde se nota uma evolução deste primeiro relatório para o segundo. Já com base neste relatório foram apontadas algumas diretrizes, mas que ainda não implicaram a definição do plano de melhoria. Nós estamos agora a avançar para a segunda fase que é a definição do plano de melhoria da escola. Esse plano será coincidente praticamente com o nosso projeto educativo.

Com base neste relatório, algumas das situações já fomos colmatando.”

R: “Eu penso que o projeto tem a ver com o sucesso dos alunos e tem a ver com a otimização dos resultados e penso que o nosso grande objetivo aqui são os resultados dos alunos. É preciso ter cuidado quando falamos de resultados porque muitas vezes restringe-se os resultados aos rankings e há todo um currículo oculto e um trabalho que se faz na escola que não tem nada a ver com os rankings.

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R: “O balanço que eu faço do projeto é o seguinte. Eu tenho aqui duas frases no nosso relatório de autoavaliação que responde claramente ao que me perguntou: “Se fizeres como fizeste obterás o que sempre obtiveste. Chega-te?”; “Quando não existem perguntas dificilmente se encontrarão respostas.”

Nós, efetivamente, temos de questionar e verificar que há coisas que não estão a correr bem.”

E

O papel da autoavaliação

na escola

R: “O que eu espero é ter uma escola melhor, em todas as vertentes. Numa escola o campo é imenso e temos “muita pedra para partir”. Agora penso que o importante é nós todos refletirmos e pensarmos em conjunto e encontrarmos as melhores soluções para a escola. O grande mérito da autoavaliação é sabermos quais são os pontos fortes da escola e fracos. Nós não podemos atuar naqueles pontos fracos da escola? Não podemos definir um plano de melhoria para aqueles pontos fracos? Eu acho que sim e isso é um mérito do projeto de autoavaliação da escola.”

R: “O relatório foi posto na página da escola e foi enviado a todos os professores da escola. Nós enviámos um mail aos coordenadores de departamento a pedir para divulgar o relatório junto do seu grupo e que os docentes dessem sugestões concretas e exequíveis sobre apoios educativos, projetos, tendo como pano de fundo as problemáticas da indisciplina para a elaboração do plano de melhoria da escola. A associação de pais aqui da escola também tem trabalhado connosco e tem um papel ativo.”

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04/05/2017

Entrevista nº6 (focus group

)

Identificação do/s participante/s: EAA 8 a EAA_11

Duração: 39m11s

Bloco Questões

B A equipa de autoavaliação

R EAA_8: “Sim, certo.” [relativamente à data de constituição e aos elementos da equipa].

R EAA_9: “[risos] Foi uma seleção muito suis generis porque foi-me endereçado o convite pelo presidente do conselho executivo para eu escolher uma equipa. Eu escolhi pessoas que conheço há muito tempo, pessoas com as quais tenho afinidade e a nossa âncora, que é a mulher das informáticas [um dos elementos da equipa]. Áreas distintas, embora dois elementos tenham a mesma área, a do inglês, a filosofia que nos ajuda a pensar e a refletir e eu sou de história, portanto as humanidades. R EAA_8: “E com a tecnologia.”

R EAA_9: “Nós temos reuniões formais todas as terças-feiras, 3 tempos. R EAA_10: “E são horas em

comum.” R EAA_9: “Sim, no início não tínhamos horas em comum e foi muito complicado.”

R EAA_9: “Não. Um dos elementos fez alguma coisa nessa área, pela Secretaria.” R EAA_8: “Eu fiz, durante a minha profissional, algumas ações de formação, mas muito de caráter informal, nada tão específico para a avaliação de escola. Fui a algumas formações de avaliação de escolas sim, mas de caráter informal. Depois fui às formações da equipa da Universidade Nova de Lisboa. Mas realmente é uma pena não poderem ir todos os elementos, porque por limitações económicas é impossível. ”

C

O processo de autoavaliação

R EAA_8: “Quando nós iniciámos, em 2012, foi uma iniciativa de escola, portanto, ainda não estava o

gabinete do GAOPSER constituído. Nós já estávamos a trabalhar, muito a “apalpar terreno”, por tentativa e erro. Depois quando a Secretaria de Educação por estratégia política resolveu desenvolver este processo nós tivemos uma sessão de esclarecimento, há dois anos, por uma equipa da Universidade Nova e têm sido técnicas da equipa do Dr. David Justino que têm vindo cá dar-nos alguma formação.”

R EAA_9: “Nós estamos exatamente nos processos.” R EAA_8: “Talvez seja conveniente dizer que, numa

primeira fase, fizemos o levantamento dos recursos, em termos de recursos humanos, recursos técnicos, materiais. R EAA_8: “Já, já elaborámos relatório. Está no site da escola.”

R EAA_11: “O diagnóstico já está mais ou menos feito. Agora estamos na fase de preparar o plano de

melhoria.” R EAA_8: “Exatamente, recolher contributos para elaborar o plano de melhoria.”

R EAA_9: “Ter um modelo de trabalho, que não tínhamos. Estávamos completamente “às cegas”, muitas vezes as coisas até funcionavam, mas muitas vezes batíamos com a cabeça na parede. Fomos andando assim. Tendo um modelo de trabalho é muito mais fácil e até se torna mais agradável

desenvolver as coisas.” R EAA_8: “Exatamente, dá estrutura, encaminha, em termos de organização é

muito importante. Quando nós começámos em 2012 não sabíamos como é que íamos começar.”

R EAA_11: “Eu penso que já tínhamos alguns pontos fortes… uma certa cultura de escola, de trabalhar em equipa. Já planificávamos em equipa, já havia a comissão de monitorização do sucesso que faz o balanço da avaliação intercalar e depois no final de cada período. Já estávamos em “velocidade cruzeiro” nalgumas áreas. R EAA_8: “E se calhar nem tínhamos consciência disso. Foi ganhar consciência disso e poder capitalizar isso.”

R EAA_8 e EAA_9: “É uma combinação do que já utilizávamos [dos instrumentos].”

R EAA_9: “Melhorar”. R EAA_8: “É melhorar com benefício para todos.”

R EAA_9. “Muito”. R EAA_8: “Sim, completamente.” R EAA_9: “Não está presente em muitas reuniões,

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é avaliar ninguém, nós queremos que as pessoas colaborem e se autoavaliem e se juntem. Queremos que os benefícios sejam para todos.” R EAA_11: “Nós inicialmente encontrámos alguma resistência porque relacionavam avaliação com inspeção e havia algum receio. Mas isso foi ultrapassado.” R E9: “Alguns interessam-se [docentes]. Eles ainda não, estão em stand by [o pessoal não docente].”

D

O projeto AQSER

R EAA_9: [risos] “Eu vou pensar que é para melhorar.” R EAA_8: “Pois, eu acho que sim”. R EAA_9: “Independentemente da questão política ou não política, eu quero acreditar que é para melhorar.

Portanto trabalhamos para melhorar.” R EAA_8: “Pois porque, até este momento, que instrumentos é

que o sistema educativo tem para poder dar uma imagem à sociedade lá fora? Sabemos que, para o bem e para o mal, são os rankings. Evidentemente que isto tem o peso que tem, embora aqueles rankings não espelhem, de maneira nenhuma, o trabalho que se faz na escola. Aquilo não é avaliação de escola, é classificação de exames.” R EAA_9: “No caso da nossa escola, isto é um instrumento de reflexão muito importante. Eu acho que nós não temos de estar assoberbados pela questão dos resultados. O que me interessa é que os meus alunos criem horizontes, pensem pela sua cabeça.”

R EAA_9: “Olhe, em relação aos benefícios, eu acho que nos dá uma visão diferente das coisas e que nos pode permitir esse plano de melhoria. O constrangimento é muitas vezes o tempo porque as coisas às vezes são pedidas um bocadinho para ontem.” R EAA_11: “E cada uma de nós, para além de estar nesta equipa, está noutras equipas, com outros trabalhos. É muito complicado às vezes.” R EAA_9: “E o trabalho é sempre para os mesmos.” R EAA_11: “Nós temos um conhecimento da escola que hás uns

anos atrás não tínhamos.” R EAA_8: “Sim, penso que esse aspeto é muito positivo porque dá-nos um

conhecimento da realidade. Nós queremos que os colegas nos deem sugestões que é para irmos no caminho que todos indiquem.” R EAA_9: “A nível regional, eu acho que pode dar aos dirigentes esta perspetiva toda e canalizar os recursos para o que as escolas mais precisam. Este trabalho e estes relatórios que estão a ser feitos dá a especificidade do que cada escola precisa e os nossos dirigentes só não vão tomar em linha de conta se não quiserem. Se isto for para inglês ver, lamento, mas, assim que eu perceber que é, o meu cargo será entregue ao presidente da escola. Tem de ser uma coisa séria. Eu parto do princípio que sim.”

E O papel da autoavaliação

na escola

R EAA_8 “Melhorar, sempre melhorar”

R EAA_9 “Mais ou menos [pontos fortes e fracos]. Dos meus colegas que já leram o relatório, eles concordam com aqueles pontos fortes e fracos. Agora, se nós temos pontos fortes e sabemos quais são, há sempre possibilidades de melhorar.” R EAA_11: “Alguns dos pontos fracos que nos surgem, nos inquéritos, por exemplo, aos alunos, nós não fazíamos ideia de que iriam sobressair como pontos fracos.”

R EAA_8: “À secretaria de educação, à escola. Foi apresentado em conselho da comunidade educativa.” R EAA_9: “Ao gabinete, à escola e à comunidade. “Tá” no site da escola, acessível a todos.” R EAA_4:

“Foi dado o link também, mas se calhar temos de mandar novamente porque há muita gente que não

vai à página da escola.”

R EAA_9: “Nós agora vamos trabalhar a nível do projeto educativo. Por isso, vamos canalizar todas estas coisas para o projeto educativo.” R EAA_11: “É que nós temos equipas diferentes para cada uma dessas coisas.” R EAA_9: “Sim, temos uma equipa que trata do projeto educativo, por isso vamos trabalhar em conjunto para que estas coisas possam ser visíveis no próximo projeto educativo.” R EAA_8: “Mas mesmo já neste momento e, pelo facto, de termos a tal relação de proximidade com o conselho executivo, as coisas que nós já vamos monitorizando e que nos vão fazendo chegar, nós já vamos tentando passar e, pequenas coisas, já se vão alterando.” R EAA_11: “No primeiro relatório já tinha sido identificado o problema da indisciplina e, na sequência disso, penso eu, que foi criado já o tal gabinete de promoção da disciplina.”

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Referências

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