i)
r
F
UNIVERSIDAÐE
DE
SAO
PAULO
INSTITUTO
DE
GEOCIÊNCIAS
EVoLUÇAo
cEoLóctcA
pRorERozolcn^
on
ReclÃo
ENTRE
MADALENA E
TAPERUABA,
DOMÍNIO
reCrOrulCO
CEARR
Cefr¡fnnl
(pnovirrlctA
BoRBoREMA)
Neivaldo
Araujo
de
Castro
Orientador:
Prof, Dr.
Miguel Angelo
Stipp
Basei
TESE
DE
DOUTORAMENTO
Programa
de
Pós-Graduação
em
Geoqulmica
e
Geotectônica
SÃo
PAULo
UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO
INSTITUTO
DE GEOCIENCIAS
EV
o
Lu ç
A
o
c
Eo
LÓ
c
Ic
A
P Ro
r
ER
9.?.91cå
?
lff
I
r¡
g-E-YF
E
MADALENA
E
TApERuABA,
ooMít¡to
rEcror.¡tco
GEARA
cENTRAL
(PRovíruclA
BoRBoREMA)
NEIVALDO
ARAUJO
DE CASTRO
orientador: Prof.
Dr. Miguel
Angelo
stipp
Basei
TESE DE
DOUTORAMENTO
COMISSÃO
JULGADORA
Nome
)residente:
Prof.
Dr.
Miguel Angelo Stipp BaseiExaminadores: Dr.
Edilton José dos SantosProf'
Dr.
Elton Luiz DantasProf.
Dr.
Ticiano José Saraiva dos SantosProf.
Dr.
Umberto Giuseppe CordaniSÃO
PAULO
2005
{0"
o*-}
l\ /
EVOLUÇÃO GEOLÓGICA PROTBROZOIC¿,NN RBCIÃO ENTRE MADALENA
E
TApERUABA,
ooruÍNlo
rncrôNlco
cnanÁ
cENTRAL
lrnovÍNcrA
BoRBoREMA)
Neivaldo
Araujo
deCastro
DEDALUS-Acervo-tcC
1 Iililt ilil ililt ilil ilil ilil ilil iltil ilil ilil
iltil ilil ilil
3090001
6049
Orientador: Prof. Dr.
Miguel
Ângelo Stipp BaseiTESE DE
DOUTORAMENTO
Programa de Pós-Graduação em Geoqímica e Geotectônica
Para
SaYuri,
meus
pais
Leda
e Nivalda (in
nenarian)
,prof,
Vanderfei
Mesquita
e
Madrinha
Lot.y
(responsáveis
peTa
escolha
da
geoToqia),
tio Antônio,
os
prinas
de
Casa
Branca/
SueJy
Perejra câstro,
neu
irnão
Leandro
e fani]ia,
AÕ
final
desta
jornadat dois
sentjmentos
ficar:am
marcadas
o primeiro/
superior
às
adversidades gue
a
vícla
ne
inpos,
é
Je
satisfdÇao
e
orqulho
pefa
concfusãa
deste
trabafho,
conpensanda
assin/
de
certo
modo,
parte
de
minha
curiosidade
geoTógíca,
confianÇa
e
anseios
de
famiJiares,
anigos e
p-^squisadores
con
quemconvivi e
convivo
.a
segunda,
de safortunadamente
ïecheada
por frustraÇão,
édecorrente da
fato
de nãa
ter
conseguido
criat:
nada
muíta
original
ao
Jogo
de
uma
carreira
acadênica,
a qual já
dura
nais
de
quinze
anos.
A
originalidade, e até
mes.nopart"e
da qenialidade
queraranente
é
observada,
sãa/
em
grande
parte,
adquíridas
nainfância e
coneço
cia
adolescéndja.
¡'/estjas 'rases
u,?papeL
bastante
important:e
é
dese,npenhado
par
nossos
primeiros
mestres.
O
atuaf
descaso
para
cam
o
ensino
l:ásico
(pr
incipa
Tnente
) e
demais
niveis
esco-¿áres
en det¡i,'nenta da
intensa
ritno
de trabafho
e
exigências
de
consumo
e
produtividade
desencorajan
emmuito
o
sLtrgimento
deídéias fora
de noda que
sejan
férteis
para
a
evoTução
doconhecinento.
Tuclo
ista
tende
a
mascarar
a situaçãa,
clando
unafaTsa inpressãô
que
tudo
está
"
t
Juindo" e
AGRADECIMENTOS
Agradecimento especial aos professores Miguel A. S. Basei e Mário da Costa C. Neto pela orientação e grancle ajuda na conchtsiro deste tt¿ìbalho, Ao prof. Valtlecir Janasi por valiosas
sugeslões, Ao prof. Silvio Vlach pekr apoio nas detern.ìitìações U-Th-Pbt. Ao prof. Bcnjamin Bley pclo auxílio cln pârte dos tlabalhos cle campo c lembrança de que um dia cu teria que terminar este
trabalho. Mauro Geraldes e Ivo Karman (socorro em horas dificeis), Aos profs. da UFPE pela boa
recepção (lgnês Guimar'ães e Atlejarrlo). Não podelia esqucccr Edilton Santos (CPRM) por
algnmas discussões valiosas,
À família Basei pelo companheirismo e ajuda: Miguel, Ivani, Pedro, Giovanni, Bruno e
FeÌipe . Também à família de Suzano (S. Kazue, D. Reiko, Erji, família Fukushima).
Agradecimentos especiais aos luncionários do Igc-USP. Solange (Ncl-Sr), Walter (U-Pb), Liliane (Nd), Key Sato (espectrometlia), Claudia R, Passarelli (U-Pb), Arthur (Ar-Ar), Marília
(U-Pb). Reynaldo Cuca. Ana Paula
e
Magali (secretaria da Pós-graduação). Mar.cos (microssonda).Rosa Belo (inclusões).Vasco (separação de minerais), Samuel (Samuca). Sandra, Paulo e J.
(fluorescência de Raios
X),
Flávio (Raio X), Ze Paulo (LTA). Feinho, Paulinho, Tadeu, Henrique (pcla ajuda e grandes paltidas de futebol). S. Zé Cearcnse (xerox). Biotita. Erikson e Pedro(informática). Pessoal noturno do mocotó (Viana, Vanderlei, Ede¡aldo e Francieto).
Alunos companheiros dutante ajorna<la: Cintia e Carlos Tomba (ajuda inestimável durantc
os trabalhos de conclusão de tesc: estou em dívida!l). Companheilos do Paraná: Osama M. Harara,
Flclcio Prazeres, Lconalclo CLrry, Gilberto K., Wcrnel Weber', Claudio (Rochichelli). Pessoal dc
outros depaltamentos, mas semple próximos: Carla Grasso, Lucelene, 'I'orrinha, Nolan. Amigos
Latinos: Agustin Codorna e esposa, Paul, Cesar Vinasco e esposa, Andres e esposa, Carolina,
Alejandro e osposa. Glorinha pcla ajud n com o abstract e rápidas discussões termo-barométricas. Sérgio W. (Araci), Dolly, Guano, Karni, Celi (RS), Marcia, Zé Guilhe¡me, Milene (MT).
Não podelia esqueoer de Cainho (Zé GOLD), F¡ankie Baars e familiales pela companhia
cm boî prlte tlo pclcurso ati aqui.
Ao Marcus L. A. Teixeira
(o
Marquinhos Jaibalas) pela inestimável ajuda nos trabalhos tlecampo c inúmeras outras coisas... tô em dívidal!
À Indústl ias Nucleares do Brasil, atualnlente nâs pesso¿s cle Josó Roberto, Sr. Givaldo e
pessoal rcsidente nas dependênciâs de ltaraia (S. Alonso, D, Anita).
Ao pessoal do Ceará: Depaltamento dc Gcologia <la UFC (prolessores Mariano C. Branco,
Clovis V. Parente, Michel Arthaud (que me apresentou à espetacular geologia nas imediações de
Memoca), Zeca, Guttemberg Martins. Agraclecimentos especiais a Luciano Cunha, David, Stlvana,
Mauro e Tércio Pinéo (companheiros durante o DCR). À CPRM cle Forlaleza (Maurilio e Oderson
plincipahrente).
A CAPES pelâ bolsa que viabilizou a conclusão deste doutoramento. A FAPESP (projeto 00/12128-I), pelo auxílio de projeto onde foram desenvolvidos os habalhos dc campo c análises
RESUMO
ABSTRACT
CAPÍTULO
1 - IntroduçãoPrelirdio
Objelivos, Métoclos e Área de EstLrtlo
Aspectos Fisiogr'áfrcos Gerais
l.l
t.2
1.3
CAPÍTULO
2-'Irabalhos
Anteriores: geologia e r€gion¿¡lizâção2.1
Enquadlamento Regional: Província Borborema(PB)
l0
2.2
Dominio Tectônìco Ceará Central(DTCC)
142.3
DTCC: regionalização das uniclades litotectônicas eestruturas
25CAPÍTULO 3
-
Registro Paleoproterozóico: Complexo Madalena-
Algotlões-Choró3.1
Núcleos Gnáissico-m igma t ít icos3.2
Associação Oltognáissica3.3
Associação Meta-vulcanossedimentar3.4
Associação Metassedimcntar3.5
Geocronologia e Geoquímioa Isotópica3.6
I-itogeoquímica3.6.1 Rochas gnáissicas da região de estudo
3.6.2 Rochas Anfibolíticas: área de estudo e região de Algodões-Choró
3.6.3 Rochas Gnáissicas dos arredores de Madalena e região de Algodõcs-Choró:
comparação litogeoquímica e isotópica
3.7 Rcgistro Paleoprotelozóico: Comentá¡ios Finais
CAPÍTULo
4: NeoproterozóicoII-III
4.1
Associação Clasto-Aluminosa (ACA)4.2
Associação Clasto-alumino-carbonática (ACAC)4.3
Associação Anfibolitica (Meta-basitos)4.4
Associação Vulcânica Alcalina4.5
Litogeoquímica4.6
Geoclonologia e Geoquímica Isotópica4.7
Sup|acrustais Rio Curu-ltataia-lndependência: Comentários FinaisCAPÍTULO
5:
Neoproterozóico-III / Cambriano - Orcloviciano5.I
Complexo Tamboril-Santa5.l.
l.
Area de Oconência eCaracter'ísticas
Il0
5.1.2
Migmatitos LagoaCaiçara
l1l
5.1.3
Metatexitos das Rcgiões de Jacamparí, Fazentla Sapucaíba eTaperuaba
Il2
5.1.4
Diatexitos: regiões da Serra das Mafas, Fazenda Batoque e Sudeste deTaperuaba
I l35.1.5
GranitóidesPós-Orogênicos
1205.1.6
Litogeoquímica
1235.
[.7
Geocronologia e Geoquímicalsotópica
1355.2
Estruturas eMetamorfìsmo
1445.2.1
F'oliação Principal e Lineação de Estiramento Mine¡alAssociada
1445.2.2
Embasamento(CMACH)
1465.2.3
Domínio das ly'appesNeoproterozóicas
1485.2.4
Complexo Tambolil-Santa Quitéria (domínio do arcomagmático)
l5l
5.2.5
Zonas de CavâlgâmentoTardios
1525.2.6
Metamorfismo - Aspcctos petrográficos etermobarométricos
1635.2.7
Gcocronologia
1795.2.8
Estrutulas geradâs por deformações superimpostas aos principaiseventos
188metamórficos
5.3
Mineralização Uranífera de Itataia (breve nota)CAPÍTULO
6:
Contexto Geotectônico o [,volução GeológicaCAPÍTULO
7:
Considelações FinaisCAPÍTULO
8:
Referências BibliográticasAPÊNDIC[,S
I
-
Aerogeofisica, imagens l-anclsat, topografia SRTM e Sistemas de Informações Geo-Relerenciadasll
Análises lsotópicasANEXOS
1
Ponlos cle afloramento levantados nas Folhas I : 100 000 de ltatila, Taperuaba eporção norle tìa Folha Boa Viagem
2
-
Região das Folhas Itatira e Taperrraba: Mapa l,itotectônico3
-
Análises Ar-Ar, espectros dc idades e inform¿ções ânalíticâs4 -' Análises de Qnímica Mineral 5
-
Análises Litogeoquímicast99
209
2t2
O
Domínio Tectônico
CearáCentlal
(DTCC)
compreendeo
segmento crustal integrante do Sistema Orogênico Rorborema situado entre os lineamentos Senador Pompeu(sul) e Sobral Pedro Segundo (norte). Os dados disponíveis (lito-estrutruais, petrográficos,
litogeoquímicos,
termo-barométricos, geocronológicose
de
geolìsica
aérea) permitemiclentihcar
três
unidades lito-tectônicas
principais:
um
embasamento
de
idadepaleoproterozóica
(com provável
envolvimentode material
Arqueano),um
conjunto
detochas supracrustais e rochas granito-migmatíticas representantes em sua maior parte das
raízes de um arco magmático.
O Complexo Madalena
-
Algodões-Choró(CMACH),
ocorre na porção sudesteda area região estudada, constituindo-se
no
embasamento paleoproterozóico(2,1
Ga) daregião.
E
composto
por
ortognaíssesde
composição
quafizo-diorítica
a
tonalítica, âparentementeinfiusivos
em um sequência meta-vulcanossedimentarbimodal.
A
maioriadas rochas
deste embasamentoé
juvenil
tendo
ainda
porções oriundas
de
protólitosneoarqueanos.
Às
rochas suplacrustais neoproterozóicas, denominadasde
Rio
Curú-ltataia-Independência
(SCRCID,
são
constituídas
por
paragnaissesaluminosos,
por
vezesmigmatíticos,
metavulcânicasmáficas
e
félsicas,
mármores,rochas
calciossilicáticas equartzitos.
As
informações clisponíveis inclicam queo
vulcanismo e a sedimentação, estacuja área fonte seria o embasamento paleoproterozóico, tiveram início em
-
0,77 Ca.Dados radiométricos
do
Complexo Tamboril-SantaQuitéria (CTSQ),
formadopor rochas granitóicles de provável raíz de um arco magmático neoproterozóico, indicaram que a evolução dcsse arco
telia
ocorrido ertre
0,62 e 0,60 Ga. Os migmatitos bandados,denominados
de
Lagoa
Caiçara,de
idadepouco
mais
antiga, mas ainda
associados àevolução do arco, originaram-se a partir de uma associação vulcano-sedimentar.
A
estrutr,rraçãoda
região está
associada
a
instalação
de um
sistemaneoproterozóico
cLenappes
que
afetaram
tanto
as
rochas
supracrustaisquanto
seuembasamento
com
scnticlo de transpofteinicialmentc para
SSWe,
posteriormente, paraESSE.
As
idadesmais
antigas parao
metamorfismo ostãono
intervalo 0,64 e
0,63 Ga,registradas tambóm,
em
retro-eclogitos
que
indicaram
pressõcsentre 14
e
17
Kb
ctompel'aturas
entle
700-800 oC.I,lod"s
semelhantes estão presentosnos
granitóides doCTSQ,
atestando
a
contemporaneidade
entre o
magmatismo
e
ometamorhsmo/deforrnação, O
principal
agrupamento de idadcs, incluindo-se as monazitas,está
ao
redor
de 0,6
Ga,
interpretadascomo
representativasclo clímax
Iérmico-defotmacional da região, durante o qual foram gelados a foliação metamórfrca principal Sne a maior parte dos granitóides do arco.
As
rochas aletadas pelas zonas de oavalgamento tardias, com provável idade aoredor de
0,56Ga,
registram
paragênesesmincrais
de mais baixa
temperatua
qr¡e asobservadas na
foliação Sn.
Longe destas zonas,a
foliação Sn pareceter solrido
apenasdobramentos de diferentes intensidades. Os hidrotermalitos uraníleros da região de Itataia,
com
iclade cle 0,59Ga
(Ar-Ar
emanfibólio),
seriam posterioresa
foliação
metamórficaregional Sn e pouco anteriores as zonas de cisalhamento tardias.
As
idades
Ar-Ar
mais
jovcns ao redol de 0,55 Ga, indicam
a
época
doresfriamento
regional,
após
o
qual teria ocorrido
a
colocação
dos
gtanitóides
pós-orogênicos dotipo
Serrote São Paulo e Complexo Anelar Quintas cuja idade está ao redorcle 0,47 Ga (U-Pb em
zircão).
As
características híbridas destes glanitóides indicam umaprovável
interação
entre
o
embasamento paleoproterozóico (r-ochastipo
CMACFI)
eporções mantélicas.
O
cenário geotectôr'rico neoproterozóico proposto envolve subducção de crostaoceânica
no
sentido
N-NW,
geração clearco
magmático
e
colisão continental.
EsseThe
CearáCentral Tectonic
Domain (CCTD),
palt
of
Borborema
OrogenicSystem, comprises
the
crustal segment betweenthe
Senador Pompeu(to
the south) andSobral-Pedro Segundo
(to
the north)
lineaments.The
available
data
(1itho-structural,petrographic, lithogeochemistry, geochronological, termobarometrio
and
airbornegeophysics) indicate three
major litho-tectonic units: a
paleoproterozoic basement(with
some
Archean protholiths),
an
associationof
neoproterozoic supracrustal metamorphic rocks and arc-related granitoid-migmatitic association.The
Paleoproterozoic basement(2.13Ga),
called
Maclalena-Algodões-Chor'óComplex
(MACHC),
is composed of quartz-cliotite to tonalitic orthogneisses intrusives in abimodal
metavolcanoseclimentary sequcncc.The
predominanceof
PaleoproterozoicNd
model
ages suggesta
juvenile origin
for
theserocks
with
somerocks
also
indicatingNeoarchaean protoliths.
Rio
Curúr-Itataia-Independôncia Neoprotelozoic supracrustal rocks (RCIISC),in
which
volcanism and
sedimentation started
around 0.77
Ga,
is
representedby
anassociation
of
aluminons
migmatitic
paragneisses,mafic
to
felsic
metavolcanic
rocks, marbles, calc-silicate rocks and quaüzites. Mostof theit
sedimentaryprotoliths
come from different sources located in the Paleoproterozoic basement.Radiomctric
data
lrom the
Tamboril-Santa
Quitéria
Complex
(TSQC), composedof
neoprotorozoic arc-related granitoids, indicate ages rangingfrom
0.62to
0.6Ga.
On
the
castern
border
these
granitoids
have
also
interacted
with
the metavolcanosedimentary units forming the Lagoa Caiçara migmatites.A
Neoproterozoic nappe system devcloped between 0.64 and 0.60 Gainvolving
both
the
supracrustalrooks
and
its
basementis
proposedfor
the region. The
oldestmetamorphic ages l'ange
hom
0.64 to 0.63 Ga, towhich
a tectonic transpol'tto
SSW andeclogite-facies metamorphism
(P.'14-l7Kb
andT-
750-8000C;
arc
associated. Similarages
related
[o
the
oldest arc-relatedgranitoid,
arguefor
the
contemporaneity betweenmagmatism
and
metamorphism/deformation.
The
magmatic,
metamorphic
anddef'ormational
climax
legisteredin all
units occuredarornd
0.6 Ga(including
most U-Pbmonazite ages).
The
rocks
associatedto
the main
late thrust
zones(around
0,56Ga) registerlower-temperature
mineral
assemblagesthan those
found
in
the Sn
planes.This
latefoliation
(Sn+l)
in
normally mylonitic
and
is
restrictedonly
to
the
shear zones. Theuranil'erous hydrothcrmal deposits
lrom
ltataia,
whose
best age 0.59
Ga
(Ar-Ar
in
amphibole) was not affecled by Sn and predates the late shear zones.The
youngestAr-Ar
ages, obtainedin
micas, indicate that 0.55Gais
the mainregional cooling
periocl,after
which
the region was
only
affectedby
the
0,47Gapost-orogenic granitoid rocks such as Serrote São Paulo-type and Quintas anelar Complex. The geochemical and isotopic characteristcs of these rocks suggest a paleoproterozoic basement plus mantle material contribution to the genesis
ofthcsc
glanitoids.A
geotectonic scenarioinvolving
anN-NW
oceanic clust subduction, magmaticarc generation
and
continentalcollision
is proposed, representing thedifferent
stagesof
a200Ma
Wilson
Cycle.1.1
O Estado clo Ceará possui ampla e variacla geologia pré-cambriana constituída por litologias com idades alquoanas a neoplotelozóicas. Apesar da presença de boas
exposições e inúmelos estuclos realizados, aincla são muitas as lacunas no conhecimento envolvendo a oartograf,ia e interpretações das relaçõcs entre o embasamento (Arqueano e
Paleoproterozóico) e as litologias mais novas (representadas pelas coberturas
metassedimentares, maciços granito-gnáissico-migmatitícos e granitóides intrusivos).
Na região de estudo, situada no Domínio Tectônico Ceará Central (DTCC), os
resultados obtidos permitiram uma melhor discriminação entre o embasamento
paleoproterozóico (Complexo Madalena
-
Algodões-Choró,-2.1
Ga) e o conjunto desupracrustais neoproterozóicas (Rio-Curú-Itataia-Independência, aparentemente
clepositadas em tolno de 0,77 Ga). Em muitos casos tal clistinção não é clara, devido ao
intenso evento tectono-tsrmal (ocorrido durante o neoproterozóico
III)
a que estas duasunidades lito-tectônicas foram submetidas. Este evcnto encontra-se melhor rcgistrado nas
rochas supracrustais, onde foram recuperadas feições metamórficas e deformacionais
indicativas da atuação de processos de subducção e nappes tectônicas em um contexto
colisional parecido com
o
Himalaiano. As caractcrísticas isotópicas presentes nasdiferentes unidades lito-tectônicas estudadas e a relação espacial entre os diferentes tipos
cle metamor'{ìsmo legistraclo nas rochas snpracrustais com as rochas granito-migmatíticas
do arco magmático Tamboril-Santa Quitória apontam para uma subducção para
N-NW.
Encerrandoo
processo orogenético em questão ocorre ainda um expressivo volume de granitóides pós-orogônicos(-
0.a7 Ga), situados somente no domínio do Complexo Tamboril-Santa Quitéria ou aN-NW
deste.A
exposição dos tópioos abordados neste trabalho será I'eita tentando obedecer aoldem cronológica do registro encontrado. Contemplará inicialmente os objetivos que
noftearam o desenvolvimento deste trabalho, a situação geogrâfrca da ârea de estudo e os
mótodos de trabalho empregaclos.
A
seguir, um apanhado dos trabalhos anteriores sobre aPrelúdio
CAPÍTUI-,O
1
geologi¿r regional e processos cvohttivos mâioles conheciclos ató o
lrolrento
p¿ìra aProvíncia l3olboreura, e em tn¿rjor clotalhc para ¡r ár'ea cle estuclo e o DTC-C (Capítulo 2). Nos capítulos
3,4
e palte do CapítLrlo 5, a car-aotclização e cvolução geológioa dasunidades lito-tectônicas identilìcadas é f'eita atlavés da cxposição das f-eições cle caurpo,
pe trogllif tcas, libgeoquír.nicas
c
isotópìcas. Estrlltul'irs e r¡etanloifìsrlo
são e¡f'ocaclossep¿uâclalìtente, pl'evi¿tmtnte iì colocaçào
clo
rroclelo tcctônico proposto, e scrvinclo de base¡rüra o rnoclelo de evolução gcológica lesponsável pelâ geração do cluadro geológico
observaclo (Câpítulo
6).
Por'úrltimo, são expostâs algurnas cousiderações l.iuais erecotncnclações Ítteis pala que no
fìttuto
sejanr tratadas clnestões qìJope
r.t¿ìueceran.ì cnl abetto. Porureuores relacionaclos aos trabalhos cnvolvcndo as inf'om.rações aetogcofísicas,LANDSAT,
sistetna cle inforuações geo-re1'erenciaclo 0 prepâração cle amostras clcstrnaclasiìs análiscs isotópicas encoutram-se nos apôncìices
I
ctl,
Detalhes sobre os resultaclos caltogr:áficos, litogeoquirnicos, etc,, podcm ser encontrados nos anexosI
a 5.1.2
Objetivos,
Métodos
c
Árca
cleEstudo.
O estudo realizado teve colno ob.jetivo central
possibilital
nrna melhorcolnpreensão cla evoluçào geol(rgioa registrada nas uniclacles proterozóicas situadas no scio
clo então conhecido
Dor¡ínio
'[ ectônico Ceará Central (DTt]Cl). Corno ár'ca para oclesenvo
lvit¡ento
dos tr'âbalhos, f'oi escolhiclo o retângulo col-respondentes rìs Folhasplani-altimétlicas
I : I 00 000 cìe Taperuaba e ttatira (DSG/SUD EN E, t 972).A
figLrra I .I
rr.az alocalizaçào, principais vias cle ircesso e localìdacles dcntro e nas adjacências da ár.ca
estnrlad¿r.
Pala atin-r¡il'o
otìctivo
centt'al utr¿r sér'ic cle objetivos rrerlolesliri
colocada, sendo estes: a) caracterização closplincipais
ti¡ros rochosos integrantcs de cacla unidacleLito-tectônica maior; b) levantalnento cle
ulll
acervo litogeoqtrimico; c) calactcrização centenclitrlento das estrutur¿ìs e metar.norfìsn'ro associado; d) levantamento de inl-onrações isotópicas írtcis ¿ì calactcrizaç2io c balizamento temporal clos
plrnci¡ais
L-vL.ntùs tcütulo-tet'mars; e) melhoria cla caltografÌa geológica existellte.O r.nétodo de tr'¿rbalho adotado conteulplou as seguintcs atividades:
l)
I-cvantamentoinicial
cle inf'otmaçõcs: principais bibliografìas sobr.e a gcologia doDTCC,
lrstado do Ceará e evolução da Ptovíncia Bolborcrna- Compilação cligital geo-r'ef'erenciacla euvolvendo infbrn,ações p lani-altintétricas e geológicas, ilragens'
-.t.I --;*
i
l,.i:'ltt
'.1
2) Montagern clo acewo dc infor:rnações geo-re lèr'enciaclas: dacla a granclc e valiada garra
de inf'olmações a
seler¡
¿rbalhacltis opktu-sc pot'trabalhar e analisi:u'estas sol¡ a f'ornade ir.rf'ormações digirais cspacialmente geo- refèr'enc iadas, hricialrnente, câda
tipo
deinformação
foi
trabalhaclaelr
plogl'arras destinaclos a entr¿rcla clc clacl<¡s (ALITOCADT',Ëxcel'¡i') e oln programas írteis tanto para a entlacla clc claclos como a geração clc temas cspecíficos p¿ìr¿ì sere 111 utilizaclos nas ìnterprctâçõcs f utulas
(OASIS
MON'f AJ''!, ERMAPPI.iR'i). Após a geração clos <1if'erentes ter¡as rniciais (mapas gcológicos existentes, GRIDs aerogeofisioas c imagensLANDSAT),
estes 1ì)l'¿ìlr integlados no sistema cle inf'onnações geoglirfìcautilizado,
rlo caso, pre lerencialnrente asplatafonnas ARCVIEW'¡ì c ARCGIS- ^ESRI. Ncsta
plrtafòrma,
fot'arn -r¡eraclos mapas lelr¿ìticos corrpoftando clois oLr mais tipos clc inf'orn.rirçcìes, as cluais puderanr ser utilizâclas tanto no planelalrento colno na cxecução clas atividacles c'le carnpossubj acentes;
l-rabalhos cle carnpo: clestin¿rdos ao levantamellto cle pontos de aflorarnento
plelèr'encialnre ntc dispostos de l'orma a
pemritir
a coufècção de perfìs lito-estruturalcontínuos c o mais tlansversal possível à
principal
estmtutação regional, plevianrentcobsetvacla tanto nâ cartografìa existentc
colllo
tìas inragens aerogeol'ísicas eLANDSAT.
Durante os ttabalhos cle cal11po, fbram levantadas p¿trâ câda ponto ¿ìs coolclenaclasUTM
apaltir
de GPS; relaçòes lito-estrr,rturais, com a detemrinação dostipos(s) litológico(s), estruturas
-
f'oliação(s), Iincação(s), caracterização cleclol¡l'amentos, etc-; coleta de amostras clestinaclas ¿'rs an¿iliscs petlogr'áfìcas, Ittogeoquímicas e isotóplcas;
Incolporação clas infbnuações cle caurpo ao ¿ìceLvo dc infbrmações geo-ref'er enciaclas:
incorpolaçtìo fèita atlavés da Lnoutagem de tabelas de inf'ormações gco-t efet cnciadas cm Flxcel'¡' e ll'rontagenì cle alcluivos
vetoliais
enrAIJTOCAD";
Trâtalnento e ¿rnálise dirs inf-ormações estnltut¿ìis: envolveu printc irarncrrtc u
confècção dc mapas contenclo as dilèrentes estrutì.n'¿ts levantadas. Bnr seguida, 1èz-se a
an¿ilise clas estrutur¿ìs erì1 ln¿ìp¿r corn o
auxilio
dc csteleogramas conlèccionaclos para acalacterizâção cle cstrutLu as específìcas e clomínios estnltutais homogôneos;
lntegtação cntre infbrrnações cle carnpo e lr¿ìpas ternáticos pl é-existerltes visando o
etprimolamento da cartclgrafìzr geológica preliminar';
Prepalação de amostras parâ seçòcs delgadas: r'ealização dc cortes transversais e
palalelos z\ lineação de estirarlento mineral quanclo obsclvada;
3)
4)
s)
6)
8)
listudos mioro-pctrogtáficos: clcstinados e\ idcntifìcação da mineralogiaptincipal,
acessórios e rlliuelais hldrote;mais
c
intempór'icos. Taml¡óur, calacterização clc fèiçõescstr utul ais (fbliação e lineação principais), textì"rrais (possívers fèições indicativas de
regirnes terrro-barométricos) e met¿urórIÌcas (ir.rdicaclores clutrlitativos cìos graus
rrctamtil lìcos pre sentes);
9)
Anhlises litogeocprír.r.ricas:A
pre¡raração das antostlas contou com a cltminação departes intempet izaclas, venulaçiies, banclas de composrção não clesejada, etc, lroagenl
err
brita(lor cle r¡andíbula c rnoinho c{e ágata até a total pLrlvcnzação, qLlarteamento eenvio para ar-rálise. As análises f'oranr lealizad¿rs
elr
dois locaisdilèrcntes:
l)
Laboratório de Fluorescôncia de RaiosX
do l)epartan.rento cle Mineralogia e(leotectôr.rica clo Instituto de Geociências cla Universidaclc clc São Par-rlo; 2)
ACME
Analytical
Laboratorres l,tcl. no Canadl¡. O tratamento clos lesultadosfbi fèito
nasplataf'onlas Excel e MINPL.T 2.02. O anexo 5 traz os lesultaclos litoge oquír.nicos LrtÌlizados neste tr¿ìbalho e infbmrações soble os mótorlos de ar.rhlise;
l0) Anhlisc das inlòr'mações Iitogeoqr,rímicas: 1èita principahnente através de cliagrarras de dispelsão, aluminosiclacle e alcalinìclacle
(ACNK,
por e xemplo), pach ões cleclistlibuição (F,-I R e elenrentos tr.aços), cìiagrarras
clisclirrirrlnte:.
r:te .;I
l)
Anhlises isotópicas (U-Ptr, U-Th-Pb,, Sm-Nd eAr-Ar):
ver apôr.rcliceIl;
l2)
Análisc clas inlòr'rnaçòes isotóprcas: os lesult¿rdos Sm-Nd fbr-arn ¿rvaliadospretèr'encialmente ern tel'n'ìos do cálculo da idade
'l(DM)
e er,r (De Paolo, l9fìI
eDePaolo, 1988). Os prograr.nas
PIIDAT
e ISOPLOT(Ludwig,
1998) f'oram usâdos notl-atâu.ìento clos resultados U-Pb, os cluais
folam
avaliacl<ispol
chlculos dc regressãolinear e plotaclos em diargranras tipo concórclia e Tcrâ WasscrllLug. Maiores clctalhes no
apênchcc
;I 3 ) Tclrnobaromctria: cfetuada atravós da detcrminação de análiscs quínricas pontuais cnl urincrais
via
microssonda eletrônìca (maiores cletalhes do procedirnento adotado poclerr sel enoontraclos no capítulo sobte estlutlltas e rretamortisuro);L4) Os plrncipais lesultaclos obticlos e algurras infbrurações oliginais da
litclatula
I'oram analisaclos cle f'ol'ma intcgr:acla visar.rclo ¿ì obtcnção cìe um cluaclroevolutivo
pala ocontcxto geológico tr?Ìbalhaclo. Dadas ¿ìs calâcterísticas cla região cstuclada, esta
análise l'rnal
fbi
realizacla tenclo em mente conceitos geotectônicos plesentes elì]tlabalhos colno (lc Concy et al. (19.30), Coney (1989), Llowell (1995). Winclley (1995),
l5)
A
cscala deteupo
utilizada enr tocla a exposição a seguil obcdece acol¡p¿lrtitrcntacio
propostâ poL FLrck ( I 99 I ).
1.3
Àspectos Fisiográfìcos Gcrais
Situ¿cla a cerca cle 150
ku
a sudocste de Fortaleza (fìgLrral.l),
a região de estudo colnPoftâ ¡rorções de relevo representativas clc elevações resitiuais c porçõesjh
bcnt allasadas. As maìs arrasadas tcndcrn a preclominal em boa parte cla ¡t ea de abt angôncia clopré-cambriano oe¿ìrelrse
(figura
1.2c
1.3).Erlr relação ¿ì hrea de estudo proplian,entc clita
(lìgura
I.4), os seguintes âspcctosrrefcotlì.ì ser t essaltaclos:
L)
A
espcssLrla do tnanto de iuteurper isr.r.ro é bastante variávcl, sendo eucontradas regrões onde este é praticâmentc ausente (afìoramento (le exter.ìsos la.jcclos dc rocha,r sll,).
Em alguns c¿ìsos, a espessura dos solos pode
atingir
até 10m. Esta variabilidade ocorre sob um clirr-ta oorn preclominância de per'íodos de seca, alternados colÌl escassos ecurtos per'íoclos chuvosos. As circnagens são cìesprovidas dc água a rnaiol parte cìo
tempo, mas as dimensõcs c o considcrávcl cntalhar.ncnto, oLrsclvado localmcntc. sirtl su-qestivos de cheias cpisódicas;
2)
A
closão das porções mais elevadas se dá pl lncipàllncntc pelas recles de dlenagem integrantes das bacias clos rios CLrrír (NE), Acaraú(NW)
e Quixeramobim (SË);3)
Coni exoeção das legiões rnais clevadas, â vegetação nrlris cxprcssivu cucùlltr¿r-scsemprc âssociada aos depósitos inconsoliclados clas maìores drenagens
(fìgufa
1.3). As clemais áreas ou são clesploviclas de vegctação (lajedos) ou possuel.ì1 vegetâção tipo caatinga;4)
A
análìse dafìgura
1.4 mostra que praticamente todas as fèiçõcs de rclevo observadas são eur tnaior oulrenor
glau controladas pelo contexto lito-estrutural subiacente.I)entro
deste quaclto, nreLece sel destacado: a) v¿iriâs f'eições de lelevo clescrevem ocontexto lito-esttututaI pr'é-carrbliano. São fìrc iln.rer.rte observados lineanrentos de
rclevo negativo e positivo (cristas), orientados scgundo a estl ì-ttlrração
plincipal
(variável confbl'me a rcgrão); b) algr"urs expressivos lineamentos dc ¡:clevo possuelìl associações coûl contatos e f'alhaurentos cncontraclos. O 1àlhanento Rio Groaír'as, por'
exeurplo, é caracterizaclo por ur1ìa âssooiação cle liûranlentos cle
lelevo
negativos epositivos orientaclos segunclo a clircção geral
N30W;
c) prcsença cle maLcantcslineamentos de relevo negativo orientados em torno de
N708.
Próximo a esta direção podem ser encontradas várias ocorrências de diques básicos, tais como as que oconem próximo às localidades de Itatira e a norte de Santa Quitéria (a noroeste da regiãoestudada); d) as maiores elevações associam-se às ocorrências de quartzitos situados na região central da ârea de estudo, porém, importantes elevações também ocoffem associadas a gnaisses migmatíticos e ainda a litologias situadas no domínio do
Complexo Tamboril-Santa Quitéria.
L001020
æ
K¡lomclcß
Figura 1.4: Topografìa SRTM da região cornpreendida pelas Folhas de ltatira (sul) e
Trabalhos
Anteriores:
Geologia
e
Regionølizctção
O levantanreuto e an¿ilise dc v¿ilios trabalhos pr'évios mais relevantes para alcançar o ob.¡etivo central aqui consiclelacio.
contemplalarl
em prìncípio os aspectostcctono-cstlatigrálioos da Provincia Borborcma.
lim
um segunclolrolrento,
t'oi claclo ônfase atrabalLlos sobrc a geologia do Donríuio 'l cctônico Ceal'h Cer.rtral
(DTCC).
Pala esteclon.rínio f'oram levantadas as lclações espacrais e tcnrpolais conhecidas envolvcndo litologias clo eml¡asamento (Alqucano a Palcoprotelozóico), r'oclTas suplacrustais, oonsideradas até o monlento como de idacle Neoproterozóica e a lalga ocolt ôucia clo
lnagmatismo
glanitóide
Proterozóico. Para a porção centro-norle do DTCC, as [elaçõcs espaciais e legronalização entrc as cliferentes unidacles litotectônicass ([Jl-Ts) f'orammelhor rliscutidas, cor.rsiderando conjuutamcnte a geologia enr cscala
t:500
000 plcsente em CPRM (2003) e aincla inlòrmaçòes acrogeof'ísicas eLANDSA't.
2.1
Enquaclramento
Regional: Província Borborcma
(PB)
A
plopostainicial
de ALneida et al. (1977) eAhreida
et t.tl.(l9t3l)
coloca a P[3col.no integral.ìtc cla porção nordeste cla Plataf'onna Sul-Amcricaua, r'cpresentacla por ull¿r
tegiiio con.r marc¿ìrìte
lcgistro
cla atuirção cle fènôrlcnos tcctouo-te L'r'r.ì¿ìis Ncoprotcrozóioos,Na década de
l9tl0,
inúulelos estudosoliginalam
mocìclos evolutivos consicleranclo unta cvolucãro ocorricla entrc o Arqueano e o Neoproterozóico. Butra
caractel:ísticâlr-ì¿ìrc¿ìnte nestes uroclelos, ó a presença dc grande volume de crosta arque¿ìnâ enl conh'¿ìste a
t egiõcs com rochas neoproterozóic¿is ou illtensallìontc rcttâbalhacjâs ncstc períoc1o.
Mais le ccnter.ucr.rte, estüdos sisteu¿íticos U-Pb e Sm-Ncl ¡ror toda a P[ì tên.r;¡uclado a coutìgura| um quadlo de evolução clustal mais realista cm
te
¡os
dos eventos tectorlo-tert.nais c processos de geraçào e retlal¡alha mento cmstal. Van Schmus ¿¡ a/. ( I 995e
I 99.3)ptopõem qne a PB ó constituída por um sistema complexo clc clomínios tectôlìicos, gerahnente balizados
pol
grancles zon¿rs cle cisalhamento, colltpostospol
nírclcosl0
arqueanos tnenores e grande
volulre
de embasatnento gnáissico paleoproterozóico. Rochas supracrustais col'r'r idades variáveis, preferencialmente entre o Meso e Neoproterozóico, egranitogênese sin a tardi-cinemática em relação ao contexto tectono-tennal
Neoproterozóico (Brasiliano) completarn o quadro.
A
figura 2.1 procura ilustrar, etn tennos gerais, a configuração espacial e constituição dos principais domínios tectônicos reconhecidos até o motnento para a PB.lll cobe,ür,a F"n",o.ói"a
Figura 2.1: Principais domínios tectônicos conhecidos para a
estudo em retângulo. Fonte: modificada de Van Schmus ef a/.
(2000).
I lssociaçâo vulc¡no.s ed¡mèrd¡r Neoproterozóico
I ä;i;l:l *rc¡ño
'ed¡mêrd¿r P¿leoproler@óico
I ä:lï::lr:1,,T;o-Nêop,oreroúic¡ rerf¿b¿rh¿d¿
I c,nturão Ê-ericr atóntco
(Æ50cràçào pelno c¿rþondrcàJ
f:--ì M¿crç6 Gr¡r'itÞ Mrgmãtiüos (P¡leop rder@órco
[-J ¡n!Èßàmenle retr¿b¿lh¿do. lo€lmerle rst6 de
suprà-êrust¡È)
l--l E.¡"r"mer'to F¿leoproÞrozó¡co
(são comuns r6t6 de sopr¡cr6t¡G. gr¿nitóidÉ e
mobilizðdos qu¿rÞú.leld5pátic6 Neopr,]t€r Èóic@)
I Nud"* A,qu"anos preeerv¿dæ
MTP gl,,1 (ld¿c¡go Tróiâ.Pedr¿ Br¿ñc¿.Momb¿ç¡),
CG (Complexo Gr¡njeiro), lulSllC (M¿ciçú 9ãoJûsé
d! c¿mpêttê)
.{ ul cÍ. o (D v. o (D Õ z o cf Ê_
Segundo Brito Neves et
al.
(2000), corn base nas características geológicas, grandes lineamentos trallscorrentes, infomrações isotópicas, etc., a PB pode ser subdividida nosseguintes domínios tectônicos:
a) Dontínio Meridional
(DTM):
situado entre o Lineamento Pemambuco e a borda norte <Jo Cráton São Francisco. É .otllposto por vários subdomínios interrros (CinturõesRio Preto, Sergipano, Riaclio do Pontal e pelo Maciço Pernaurbuco-Alagoas-MPA). O
MPA
destaca-se entre os cinturões de dobrarnentopor
possuir uura associaçãogranito-rnigrnatítica conl idade de cristalização predominantetuente Neoproterozóica,ltlas colll
diferentes graus de herauça (arqueana a mesoproterozóica);
Oomínic leclôr'ic6 r MC'lvlédio Core¿u. CC-Ce¿rá
Centr¡|, RGÌ.¡ . 8io Orànde do Norte, Zf. Zon¡ 1r¿cvêr! ¿1, Dlul . Þ omínio lvt€ riod roná1. CSF . Crálon 9åo tr¡nciEco
Província Borborema. Area de
b)
Domínio da Zona T|ansvcrsal(D'|ZT):
situaclo enttc os Lincall.rcntos Patos e Pel n¿rmbuco e tem colìlopriucipal
car:âctcristicâ a prescnçâ cle lochas mesoprotclozóìcas f'olnradas clulante a orogeniai Clarius Velhos (0,95-
I ,0Ga;
Brito
Neves ¿t ¿rl. 1995a, VanSclrrnrrs ¿/¿r1, 1995, I{ozuch et
ol.
1997). Santos (199(r) e Santos etal.
(1997) sugelerr quea porção ccntral e oriental clo clomínio Zona Tr¿rnsversal é composta por três tcrrelios
clistintos, scndo cstes: a)
Alto
l']ajeú (prelèr'encialnrente cor.ìrpostopol
trttogrririsses c lncnor volunre cle rochas supracrustais, ambos associados iì orogeniaCaliris
Velhos; b) AlLoMoxotó
(pledornínio de embasamcnto Palcoproterozóico cour alguns vestígios clc rochasarquc¿ìnâs e corpos dc .r¡r'anitóidcs neoploterozóicos); c) Rio Capibaribe (cornportando duas
grancles seqtiências cle rochas suplncnrstuis nlcso ¿l neulroterozóicas, em meio as clLtais
aflolam
alguns núclcos cle emllâs¿ìn-rcrlto paleoprotelozóico);c) Domínio Rio Grancle do
Nolte
(D'|RGN):
situado entre os liucauentos deScnador Ponrpeu e Patos, encerra em scus limites o núrcleo ¿ìrqlle¿ìno
uais
anrigo cla PB conhecido âté o n.ìomento, inserido no Macrço Caldas Brandão (Dantas, 1997 e Dantas c¡aÌ.
lL)L)l). Como representante cle rochas c1e ìdade arqueana aìnda ocorrem as litologiasencerradas no Complexo Gran jeiro (Fettel'" 1999). O DRGN aincla ó cal'actelizaclo
pol
larga ocorrôncia cle gnaisscs paleoproterozóicos, os quais envolvem os nírclcos aLclueanos acitua rnencionaclos e aiuda constituem o embasamenk¡ clas divelsas seqtlôncias cle tochasslrpraclustais prcsentes. As seqüências supracrustais poclem ser agrupatlas em clois ti¡ros prir.rcipais: a) Statelianas ( 1,8
a
1,7 Ga;Rrito
Neves ¿1ttl.
1995b,2000), representadaspelas ocorrôncias de.laguaribe, Orós, Peixc Golclo, þlncar.rto; estas algumas vezes cnglobaclas sob a dcnominação genérica cle Faixa Jaguaribc-Ocste Potiguar); b)
Neoprotcrozó icas: Caipr"r, Lavras, Mangaì¡eira, lala-Quinrar.ri e Sericló. Ncstc clonínio,
tambérn é glancle a qlrantidacle de corpos granitóides de idade neoproterozóica;
d)
Donínio
Ceará Central(DTCC);
o domínio onde se encontla insericla a área cleestLrdo
(fìgula
2.l)"
situacìo entlc os Linearnentos Transbrasiliano e Scnac{ot Ponrpeu. ODTCC, a exemplo do
D'|RGN,
enccrra importaute ocort-ência cle rochas ¿ìr'qut¿ìIl¿rs, t cpresentados pelo Maciço Tróia-Pecìra Branca-Mombaça (Pessoa ¿:¡ a/. ( t 986), BritoNeves el ¿rl., (2000) e F'etter, ( 1999). Em telmos do embas¿rmento paleoproterozóico o
DTCC possLri nruitas selnelhanças corn o DRGN, uras ainda uão
fbran
eucoutrados uoprimeilo
lcgistlos
(lâ se clirrcntação Stateriana. Ouh'a dif-ercnça lìl¿ì1c¿ìnte entle os cloisdor.nínios é a prcsença de un.r glancle c contínuo cornplexo gt au ito-nr
igtlatítico
no DICCl1ì-ìais recentementc interpretado 0ollro unì grande arco r.nagmático dc idade neoproterozóica
(Cornplexo Tar.nbolil-Sar.rta QLritérin ou
Batólito
Santa Qurtér'ia).No
DTCC, oLrhoscomplexos granitóides importantes e de iclade neoproterozóica ainda estão presentes, sendo rcpresentados pelas ocon'ôncias de Quixaclz'r/QLrixel
amobir¡,
SelraAzul
e nircleograr.rito-lriglratitlco
clc Mzrranguapc. Os legistros supracrustais (até o nìorìlcnto tidoscorto
dc iclaclc neoplotclozóica) são lcprescntâclos por fàixas continuas collro ¿ì que ocolre englobanclo as localiclades cloIìio
Cunr, Itataia e lnclepencìência ou aiuda ocon'êuci¿rsclescotrtínuas como ¿ìs que ocor[em na legião cle Quixcranrobim, Cìuat aurilangá,TLapiá,
oestc da localidade clc Nova Russ¿rs e sul cle Crateús,
A
geologia deste domínio encontl¿ì-se detalhacla mais a fì ente:c) Domínro Méclio Cole¿ú
(DMC):
sitnado a nolte clo L,incalncnto Tr'¿rnsbrasiliano c a sul cla rrìargem retrabalhacla do Cr'hton São t,uis. Neste domínio, é coruull.r a plesença de um embasamento gn/rissico paleoprote rozirioojuvenil
l'orurado ptóxitlo
a 2,35 Ga(Fetter,l999).
Ocorlem ainda supracrustaìs (Grupos tJbajara eMartinópoli)
tle idacleplcferenciirlmente neoproterozóica (F-ettcr,l999; Santos, 1999). Granitóicles de idadc
rreopr oterozóica situarn-se prc lcrencialmente pr'óxiuro ao [,ineamento Transblasiliano (Meruoca e Mucambo), ou aincla clistautes deste parra NW (grarutóicle Chaval).
Corn lcspcito a pl'opostâs cle cotnpaftimeutação da Pts aincla
lrerccelll
dcstaque ostrabalhos dc Van Schmus et al.(1995
e
1998). Estes autor:escursiclelau
a PIJ oomo sendoconstituída por três grancles Subprovíncias (SP), scnclo estas:
â)
SPlr situacla eutte ol,incaurcnto Patos e a Lrolcla norte do Crhton São }"rancisco. e neste caso o Liucat.nento
Pcrnarlbuoo não representalia ù 11.ì ilì1portânte
ljnite
crust¿rl entlc osDonínìos Melidioual
e ¿r Zona -flansvcrsal; b) SP2: sitrLada cntrc os Lincamcntos Tr¿rnsbrasjli¿rno e Patos, c lleste câso também o Lillcame nto Seuadot Pompeu não t'cprcscntutiu ìtttporturtc
descontrnuiclaclc cmstal eutre os Dorníuios Ceará Ceutral e Rio Granclc cìo Nolte . Na ccrrrccpção rlc Van Schrnus et dl. (1998). I3r-ito Ne ves ct al . (2000) c fictte r ¿1 a/.(2000), a
SP2 clevc
tel
siclo um glancle fì'agmento clo Supct'continentc Atlântica. coufòrtnc a propostade Rogers ( 1996); c) SP3; situaclo a
uoltc
do Lineâmento 'l'ransblasiliar.ro, e ¿ìparentel.nente2.2
O Domínio
Tectônico
Ccará
Ccntral (DTCC)
Quando sc deixa a escala regional pala anaLisar
en
rraior
cletalhe as turid¿rclescor.ìstituil.ìtes clos clifèl'et.rtes domínios tectônicos atr'ás r¡encionados, percebe-se qr:e talvez o
naiol
problema no cntendimento da evolução, e lÌlcsrno da cattografra cxistente para oPr'é-c¿rnr briano ce¿ìrense, reside na f'¿rlta cle um estuclo aclequaclo ¿ro coutcxto
geológico.
Þìmurna região caracteriz¿rcla pelo elcvaclo grau met¿rmórfìco c cr¡nsideráve I nloctonia, uma
czu tografìa com delìniçãro cle unidadcs lito-c stl'âtigr¿rfi cas locais, e a indcvicla extlapolação ou não destas a
nível
re.qional, poclc conduzir: a interpretações um pouco clistantes da rnais aploprracla, visto a complexrdade litotectônica pl'esente. Para regiões corrì essascatac terís ticas. o estuclo mais inclicaclo é aquele clue contenrpla â prcscuça cle tel'renos tectono-estratigrrif icos
('lTB)
e a complcxidacle litÕ-cstl'ulru âl clcooll'entc da.justaposiçãoclestes. Clono
T'fE
neste caso, é convenicnte a defìnição usacla por IIowell
( I 995), a qualcoloca so['r esta denonrrnaçâo ì-ur pacote ou estl¿ìto rochoso, lirnitaclo por fàlhamento, alóctone e que possui uma história geológica distinta clas unidades geológicas acljacentes,
O
nesrro
âutor adverte que pala a definição de umTTE
é uecess¿'trio rLm conjunto concisoc oocrcntc cle vár'ios tipos
dc
informaçõcs (lrto-estruturais, isotópicas, gcoqr"rírnrcas, ctc.).No presente estuclo, cle cerlo moclo cxpandiu-sc a linha de pensanlento c¡ue consiclera a Pts
subdividicla er.n Domínios Tectônicos. [sto
fòi
1èito considerando as unidadcs naiores.constituil.ìtes dos grandes dornínios, como Unicl¿rdes Litotectônicas, Neste contcxto, as
[JL'l's
leplescntarn um conjunto rochoso clelimitacìo por fall.raurentos, couì característicaslitológicas, estrutur¿ris, mctamtirlìcas e isotópicas distintas clos outlos conjuntos rochosos acìjacentes.
I)entlo
cleste quadlo, considctanclo a área c.le cstudo e acljâoências, âs seguintesUL'fs
maiolesfbrar¡
delìnidas: Complexo Maclalena-
Algoclões-Choró, Supr-acrustais[ìitr
Curú-ltataia-lndepenclência e o Corrplexo Tarnboril-Santa Quitéria.A
possìbilidacle destasnnidades constituír'em vercladciros tcrI.enos tcctorìo-csh rìtigr¿ìficos é discutida no capítulo
6. O tenno Complexo é aqui usado no sentìclo de que as relaçõcs espaciais e tempolais
ent|c as dil'erentes litologias constituintcs dc uma unidacle air.rda são pouco conheciclais.
Cor.rsiderando primeiramente a átea cle estu(lo e sr.r:rs acljacências pode-se dizer que
a distinção entre o emb¿ìsamento, as rochas supracnrstais e granitóidcs, é conternplada desde a
primeila
síntese geológica fèrta para o Llstado do Ceará(CPRM,
1983). Nesta época, im¡rortante oaracterizaç¿io de uma porção clas supraclustais en.ì qucstãolbi
lealizadapor
Mendonça e¡ a/. ( I985), a qLralfoi
consiclerada Lra elaboração cìo mapa geolirgicopresente 1ro ¿ìurxo 2. Atuah.nente. a CPRM
utiliza
o tertno Courplexo Ceará(CPIìM.2000
e 2003) pala englobal as lJnicladcs lndependência e C]ar.rirrclé (fìgura 2.2). C'onf'omre vist<>
rnais acliantc, solrentc a lJnicìade Inclepcnclêncta, composta
jrt't
p:rr'¿rgnu isscs, nricaxistos.meta-calcár'eos, cálcìo-silichticas, qualtzitos e anfìbolitos integra as Suprzrct'ustais Rio
Culu-l tataia- Indcpenclêncìa. Murtos dos constituintes
litológicos
atribuídos ¿ì UniclacleLlanindó permitcm clne ela scja cliscriurinada clo embasamento paleopr oterozóico
sub.jacente ou cle litologias l1ì constituintes clas SClRCltl. Pol isso, tal clivisão devc scr
revlsta. Abaixo se tem ulna rcvisão consìcle lanclo as
¡l
ir.rcipars U[-Ts constituir.rtcs tloDTCC, e uma lcgionalizaç2io dcstas pode sel visualizada no lì.ìapa apresentado na lÌgura
2.3
Pelas infblnraçôes atuais, no D'fClC poder.n ser encontradas cluatro Uniclacles
I- itote ctôlricas rnaioles: a) o nirclco arqlle¿ìno de Tróia-Pe dra-Branca-M ombaça, b) embasar.nento gnliissico paleoproteroztiico, c) rochas supra-ct'ustais ncoptotcrozóicâi d) courplexos grar.rito-migmatíticos e granitóicles cle idade neoprotet ozóica. Estas unidades possuenl ampla distribnição pot todo o DTCC, seuclo t.uelhor individual izadas na porçào
ceutlal deste domínio.
A
porção SW do DTCC c¡.re se situa a oeste da zona decisalhameritt¡ Tauá aincla carecc dt: melhor c¿rractelizacão geológica e isotópicâ pala c or.r l'rnlla r a proporção entre rochas do clnbasarnento. sttpracrttstais e courplexo grauito-migmatítico c¡uc
ali
ocolr-enr. As plincipais relações espaciais e tcllìporais conhecidas entt-eas ur.riclacles s r¡aiores etrr questão podcur ser visLtalizadas no rnâpa prescnte r.ra
figula
2.3. Com lespeito aos limites nortc (Zona cle Cisalhanrento Soblal-Pcdro Seguudo-ZC-SPS) e sul (Zona cle Clisalhamcnto Senaclor Pompeu
-
ZCISP) do D1'CC algtrmas observaoões nlerccelll ser clestacadas com b¿rse ua síntcsc clabolacla pot Vâttchez ¿rla1.(1995).
A
ZCSPS situa-se logo a S-SE cla coberlura "mol¿'rssica" Jait¡aras. Éitlcntitìrlcla
como possuinclo unl¿r zona derlilonitizaçào
cou
mergulhos próxin.ros de verticais,lineação cle estiramento próxima cla
holizontal
e cspesslrr¿ì de até 1,5 km. As fèiçõeslito-cstrutur:ais associadas inclicam uma movimentação pr-e fèrencialuente dextral couclLtzicla
so[] terrpel atulas relativamente baixas.
A
ZCSP é r'cplcsentacla pol unra fàixa clcdclonnaçâo coul cerca clc 350 krn de exteusào por l0- I 5 km de espcssura e a cxem¡rlo cla
ZCìSP possr-ri ainda unr inportar.ìte acirmulo cls sedimentos
"uolássicos"
associado (ocorr'êuoia c{e Cocooi)- Na ZCSP, urna ulovir.nentaçàro dextral oconc ¿rssociacla a umaalguns locais também
podetl
scr cncontr¿rdas fèiçõcs clue denttnciam reativaçõcs mais iovens e mais fì ìas em fáctes xisto-r'erde.Núclco Alqueano'Il'óia-Pedra-Branca-Mombaça (NTPBM )
Os estlrdos sobrc cste nircleo clatatn descle a clócacla
dc
1970, poclenclo serdest¿rcados:
Brito
Ncvcs (1975), Pessoa eAtcanjo
(1984), Pessoa c1 a/. (198(r), Caby eÍ ol. ( 1995) c lrctter ( 1999). Ocorre na rcgião clas localicìac1es homôniuras, tenclo seuslitlitcs
lesle balizado pelo Lineanrento Senaclot' Pourpett, a oeste e â llofte pelos guaiisses clo
embasarrento paleÒproterozóico. Ainda, a Zona cle Cisalhanrento Sabonete-lnharé seccioua o NTPtsM cm cluas porções distintas, clcuominada blocos Monrtraça (situado a SE e
con.rposto ple le renc
ialuente
pot gnaisses granulíticos dotipo'lTC
tonalito-tronlhcmito-granodiorito) e Tr'óia-Pecha Ilranca (sìtuado a
NW,
composto por ì.rtlla associação ti¡ro [4reetllone òel1 enrclhol
cstudaclo dcviclo a seu elevado potencial ecotrôt.niccl para Cr eplatinóides). Na vrtrela
2.I
podem ser cncontr'âdos resttltaclos U-Pb e Sm-Nd qrLe melhot c¿ìrâctelizam a icladc arqueiura para oNTPIIM.
Ainda deveser
lembrada a pt'csettça deeventos palco¡rlotelozóicos registrados nestas litologias, inclusive cloottmentados por
an¿ilisc S[
IIIIMP
cur zircõcs clc gnaisses tor.ralíticos sitttados a cet'ca de 20 kr,tr a SW de BoaViagem (Srlva et
a|.2002).
Esta al.rálisc revelou a presenç¿ì de nm nitcleo rnais antigo(327
0
t
5 Ma) e urna l¡orda de alta luminescôucia (baixo U) soblccrcscida de 2084I
l4Ma. I-'lste letrabalhamcnto taurbéur se encontra registlaclo nas determinações Rb-Sr' realizadas
pol
Pessoa etul.
(1986). Retra balhameutos durantc o Neoprotcrczóico (-
570Ma)
I'oran
registrados ¡ror anltliscAr-Ar
f'eitas r.ras litologias clo bloooMollbaça
(Monié
e/ ctl. 1997) e U-Pb em monazita(f'etter,l999).
Embasan.rento Gn¡iissico [taleooroterozóico (EGPP)
Replesentaclo pot guaisses,
pol
vczesrnigtlatíticos,
de couposiçãoqualtzo-dior'ítioa a tonalítica. Apesar de scl cstuclada há muito tcmpo, soÌnente cour estudos urais reccntes cnvolvenclo o levantalrer.ìto de in{òr'rnaçòes U-Pb e Sm-Ncl, esta uuid¿rclc p¿ìssou ¿ì
tcr
um¿ì caractcrização distinta das litologias âlque¿ìnas e sltpracrustais urais jovet.n. Nostral¡alhos cle Fctter ( 1999), Martins (2000) e l'etter ¿l ¿r1. (2003) poclet.u set encontradas
infcrrr.nações isotópicas ¡rala tal distinção (tabclas 2.2 e 2.3).
.-==-{3:\:-.'\---r2-Ð
ï39'{5'-
-/^ì:>
t-l-
--':
.'4
Bl'
,û
I Sur. Gran,tö de Meruæa monzmrlos. oranodior'tos s s¡ênttæ (rara læe ditrilrca) com predom ínio da f ácies equrgranular. cm
-
granuiaçåo de medra a grossa rnclu:ndo fácies porfrríticas lore avermelhados a crnzentos Õu esbranquiçadG
NP(PPlfs Cønpexo Tambs¡l-Sañta Ourtárra: asscraçåc gran¡to-mrgmalilr€ envolvendo granrtordes neoprolerozóicG. qnzeñtos e ræados. de
granulaçào varrável ate lermos Forfrrilræs gñarssiicados ou não em Jaz¡ñentæ de qemelíæ e drmensóes dive6æ. para e
trtoenaiss6 miqmatitrc6 aiém de rochås calcrssrl¡cálrcæ anfìbo|los e loc¿ menle ¡æh¿s ferriferæ e metaultramáficas (re¡acionad¿s
rc qelal. ao Cmdexo Ceará e sendg as Drrmeriæ- freqæntes coño enclaves dos granitóidæ) ts'/- granitó¡des dominant6 iæ¡Éûsmentesfoiornterprel¿dosì ls.p'orlognàrssefaærdal mrlonitrco.NPi9Pì.,c,ænjunlosrmrlaf æNP(PP)ts
I Dioritos egabros
ffiffiE Onænursses granrlo-granodiorrticos. acssoriamênte tonaliticos. em pañe fâcordais e/ou assocrados a migmat¡tos
-PF,¡ I U'ni¿u¿a lñdependâncra paragña¡sses e îr€xis:os
alumr¡osos lem Brte mrgm¿ttræs) rnclur.do quartzrtG (iq) metacâlcár'G (ica)
-
ræhas calcrssiircátrøs e mars raramenle anf rbol tc iiqx - mra¡stos paragñarsses e quartz t6 rpx - paragnaisses e mrcaxßlæ)
pPæ Unicjade Canrnde paragnarsscs em .rvers drslrntG de melamodrsmlmlgm¿trzaçào rnclurndo trtognaiss$ ásid6
tp ex em cogn) e ræhas melabásrc¿s clj - melagaÞros. anl¡bolrtos corn gu sem granada e gnarsses d,oritrG æwiados ou não a enderÞilos; c'l - ll
melagabrco e metaullramáficas serpenlinrædas e xrstúrcadâs, slæ de quanzitos 1cq). metacalcánG {cæ). ræhas ælcissilicåtiæs
(ccs) lomaçoæ lerriferas cfe) e ferromanqanesife.as a¡ém de metaullrañáf¡€s (c u ) cañl - granulrtG mát¡cc. enderbitæ e
leptrnrl6.Ël-anf¡bolio gnarsseseou a^fibolil6 PPTNP)cc-lratos ædes¿iocmuns 6l¿zrmentos 6traldd6ediqugformesde
granrló¡dæ neoproterozórc6 crnzentos e rosdos. qnarssifrødos o! não e em pale. facoidas
-fÀ
un,oaOe Chtó q€dzrtG mrcãrstos meiarcósæs metarenilos conglomerátrco6 e met¿@nglcmerados
-ffi1 Un'rtade Algodæs pâ.aqnârss6 drversG en Þarte de oroldrto aræse¿no melaba$tlc. aniìbolit6. metaultramáficæ e formaçês -
ferilferàs por vezes assæraCos a shê€ls e drques de odognarsss leucocrálræs e mesotrpos âdb - anfrbolilc e/ou arfiból¡o gnaisses
æs@iados em parle ¿ gnðrsscs dioritrcos e metaullramalrtos
¡@ unia"a. v@¡iaçâ orlogmrsses Eranodroriticæ granilrcos e lo¡atrtrcos. gsatmente ciizmtos. e migmalitos. dmrnando sobre
añfibolilG m€lagab.os ñetault.amáfr@s char@krt6 {ra.6) ñetacalcár¡æ e ræhas cålcrss¡hqåtrcas (czm - segñeñto com rmpodante oarticioaçåo de orlognarsses granodrordræs ÞaleoøoterozórG)
þ", tndrfere@ado dminro de orlognarsses Onzenlos tTÌG) paragmrsses e mrqmatrtos encerrando lentes de anfibalrtosmelåbasaltæ meiaqabrG metaultramáfræs. metacalqáriæ. micüislæ gondrlos lormaç¿€s ftrrifsås/itabìritc (czit) e rochæ calcissihcáticas.
.€ oo () o x o d E o () G oN 5 (J o -!¡fL E o o Figura2.2 Geologia
l:500
000 .Conforme CPRM (2003). Area de estudo no retângulotracejado branco.
F:ñr '¡rtu¡ , I i¡,.4.b¡ r ñr ¡rri nr,rr
fr¡ú.'
1
RqJd¡â runErÞd hlo rdúd
Rb6 nft rd4maoft-{
^4ú. bã4m tr9o. lãJor.
Rodovia lêd€ral pavirn€nlada
Rodov¡a lederal implantada Rodovia estadual pavirn€ntada Rodo/¡a estadual implantada Rodov¡a munþipal pavirnenlada
Vil¿ e povoado Sede mun¡cipal
llm & rdhildodi lù ntûrûÉ ù¡ø6úútu6¡
o
e(uñ(&
ÈÈ $b u%.9ü o*FUtu
Uniclade
'tróia-Petlrn lìrancaTl'óia-Pctlra Branc¿r
'Il'riia-Pedra IìrancaSLrpraclLrstais, l ocha l'élsictr
intclcalacla a vLlicânicas máfìcas
Mombaça
(ìnaisse tonalític0 intt.Lrsivo nas sLtnt ¿ìcl llstais
l.,itologia
Mornbaça
N'Iombaça
I abela 2. I : lnftrrntaçeres Srr-Ncl e [J-Pb cur ziì ca)es levaìrta(las por Fctter ( 1 999) Io Macico 'lìr!ia-Peclra
ll t anca- Mombaça. Vírlorcs (le rìr calculaclos ¡tarr a idadc (J-Pb cln zirca)cs, c0
-
valor d!- ûN, lìo-ic.Embasamcnto
( suâisse tonrì Iítico)
Gnaisses tonalíticos
Gnlisscs tonalíticos
U-Pb em
zircño
brotrta lnigmatito-gnaissc tonaìítico
¡ cl ano(lior'ítico
Gnaisses torralít icos
2716
t
65VlaLitologia
26'7 5 + 64Ma
277-ì =, 60Ma
t¡nrlcr'bito gnaissc lonalitico
oltognaissc nri grlatíticct
Sm-Nd 'i(DM)
em Ga-f(DM)- l.x
L (¡:,l.t)
gnaissc (liotitico
2.S57 ,,i' 42Ma
gnaissc glauiiico
TIDM):
l.rre (r,=1.5)gnaissc tollalitico
2794'77Mzt
I(DM)
=,, 2.92 (¿,--0.2\biotita-gnaisse
T(DM)
:
2,78 (co:-3 5,4)TIDMI
:
3.04 l¡:,,:-12. fì )gnitl\sc gllrnltrc(r
gn¿ìissc lonalitice (lcucossonta)
U-Pb zilcão- 2 l0fì
:
4Ma; '¡1¡¡¡4¡=2.16a sr = 0,7gnaisse grauiticil
11DM)
-
3.04 (c,,,.-0.3 )gnaissc tonîlilico a glanodior ítico
L,-Pb e Snr-Nrl (Ga)
ulaissc ionalitic
T(DM)
-
2,96 (6,-Q.r ¡T(DM)=2.24Ca, eo '., - 19.6
gnrttssc ltrnalílito
t(DM)=2.a.lCa. eo.= -25.8
gnaisse tonalítico
T(DM)- l.9Ca e0,., -25.6
glanito gnr,'rissico cout glanacla lLrgen-gnârsse
I'(DM)='2,3(rCa. to
-
-29,0gnaissc toualitico
'l'( t) lvl i-
l.l
7 c, rì.¿o
-17. ìenclclbito/glanLrliLo ntii tìccr gnaisse tonalitico a glanocliot itico
T(DM)=2,25Ga. eo = -2 1,4
T(DN4)=1.-l
lUr.
€o-
-lri.lI I'l'zi¡rio lllu
.ì\4r:
IrlJMt.l.
l4UirL,
-U.(,1(DM)-2,29Gâ. €o = -27.9
-labcla 2.2: lutìrrtrações Ll-Pb c Snr-Ncl
clo cllllrasarì1cnto gnlrissico paleoprotelozriico no Dc¡mínicr Clc¿r¿i Ccntral. tontc; Fql(cr ( l99q) c Fcffcr (r1 ¿//. (2003). Valorcs dc r, cerlculaclos ¡t.rlî 2 l()0 Nla.
r¡¡=valol clc c¡,¡ lroje.
I(t)M) l.l7C
.
Eo-
-:i.,1U-Pb ziLcâo= 2 140
+
6Maì 't (DM)=2.27G¿r Er = I .9 -l (DM)-.2,33Gaeo '= -21. I
'l'(DM): I ,98Ga eo
:
-21.0'l(DM)=2.2óca.
tñ-
-24.21(DM)-2.3()Ga. ¿o
-
-29.8tJ-Pb zircào- 2l 10 t.6(rMa e 573 .t 35Ma (inr, inf:);
'l (Dtvl)-2.22Ca er.= 1.9
T(DM)-1.4(ìrr. eç
-
-.lU.llJ-PbzircÀo=' 2095.. I lMâ: 1'(DM)=2.31c¿r et-0.2 -l'(DM)-2.35Ga. sç
LIT'OI,OG IA
par g¡¿!isse biotilico
0rtoglìaissc ù11ìlic()-irÌterrrrcdihrio con inclusires
¡nfìbolítir:as
ortof¡narssc lonalilico anfiholrlo fìnr
tl irlttr' trrctlr -rt ntlcs i t tco
orlognilrssc !lranitrco
ulogn¿ì issc gl íìrÌítico
U-Pb
zircão(21:lI
-l
llNlrì)orlognaissc graniLico ur'¡n¡r:1¡-an tìbolito
orlognaisse tonalitico
zircaro (21 37 + i4Ma)
zilcâo (2 I4(r .L l2Ma; méclia tìe 7 zirca)es, ro7 Pb/rr)'il'[r)
antibolil() lln()
'l Dtvl=2.i2G¡; eo ---12.7u. e,= Ì.0ì
:irc¿ìo (2 107 + l(rMa; rnédìa clc 3 zilca¡es. ?07[tb/20ól,b)
a¡tibolrto tìno (li(lu(' l()nillili(¡)
Sm-Ncl
2178 ì, I6Mâi I zircão
lr07Pb/r0..Phl
¡niìbolr to Iìlo
-l'DM=2.23Cìa: €o =-22.5; ¿r= 1.89
-lâbcla 2.i: Infbt.urírçòcs tJ-Pt¡ e Sm-Nd do elub¿ìsârìlcÌì10 gutiissico paleoplotelozriico
no Donrinto Ccat.ì
Ccntlal lov¿Ìntâdâs pol Matlins (2000). Valores cle l, calcularÌos paLa 2 100 Ma. t¡¡ -.valol cìe c¡,1 hoje
F'etter (1999) e þ etter eî
ol.
(2003) detemrinaraln quc o FJGPP consis[e basicarnente derì1ììa crosta continental filrmada nurn intervalo de tcmpo de cerca de 50 Ma, durante ¿r
orogenia Tlans¿rmazônica, através de colagcns suoessivas cle arcos de ilha, tendo ocot'rido clurante estc processo lrluito pouca contribì-riçào de
nateriais
crì.rstlis ntaisilltigos.
Bu
cstudos dc rïìâior dctâlhe, Martins (2000) tambéni constâtou a cxistência de lochas paleoproterozó icas, e euglo[]ou estas na SLtíte Metarnór'{tca Algoclõe s-Choró. Na regiãohomônima, esle autol consLalou a existêr.rci¿r de umir associação de para-gnaisses e anfìbolitos
intrucliclos por ortogrlaisses de composrção tonalíticâ â grano(liorílica. Para a gelaçiìo cìe taìs
rochâs, Martirls (op
r:ll./
¡rlopõe clue o registlo supraclustal (metasseclimentos
c ¿ìnfìbolttos)20
I DN{=2,265Cìa; eo..-7.32: et= 2,85
anfìbolitos
"l'DM=2.24Ga: to =-25135 rt= 0.6
'l-l)fv1=2.2 l5Ga; e0 ,--28.4 e,= 0.71 I DM-2.295Ca: €n
-
34.38: e'= 0.9I DM=2.257Ga; to =-22.88; e
r:
1.5i€o =-5,66; er=
2,li
€o =-6,63; er= 2,21
'1 Dtvl-'2.249Ga; eû =-23.01 t,= 1.63
eú --5. I 5; er= l. l8