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XVI SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS BELO HORIZONTE NOVEMBRO 1985 TEMA III CONSTRUTORA MENDES JUNIOR S/A

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XVI SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS BELO HORIZONTE

NOVEMBRO 1985

SEGURANQA DE BARRAGENS DURANTE SUA CONSTRUCAO ESCAVACOES EM ROCHA

TEMA III

RICHARD COLLES B. HENDERSON

CONSTRUTORA MENDES JUNIOR S/A BELO HORIZONTE - MG

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1. INTRODUcAO

A seguranca de barragens durante sua construcao e ou deve ser, sem duvida alguma, considerada pelos projetistas durante a e- xecucao do projeto. As diversas fases de construcao devem ser analisadas detidamente visando-se detetar possiveis situacoes de risco, eliminando-os ou dotando a estrutura de recursos pa ra suportar seus efeitos. Desta forma, muros divisorios sao

analisados para se verificar sua estabilidade com pressao da

aqua atuando apenas em uma face em etapas intermediarias de

desvio, estruturas como Casas de Forca tem sua estabilidade

verificada quanto ao deslizamento e levantamento em etapas de

construcao

intermediarias , quando enormes volumes de con- creto secundario ainda nao teriam sido lancados, etc.

Na fase seguinte, de construcao, a preocupacao com a seguran- ca da estrutura prossegue atraves da instrumentacao. Inclino- metros; extensometros, piezometros, fornecem parametros aopro

jetista o qual, atraves da comparacao com os parametros de projeto, tem como atestar a estabilidade da obra em construcao.

De modo geral , seja na fase de projeto, seja na fase de cons- trucao da obra, a seguranca e colocada em destaque na maioria das questoes que envolvem sua estabilidade . Ha entretanto,uma questao que frequentemente e colocada em segundo piano, dando se a ela uma atencao muito menor que a desejivel . Trata-se da estabilidade de taludes de escavacao em rocha e de escavacao escultural . Sob este aspecto , muita responsabilidade tem sido colocada nas maos do Construtor, frequentemente com resulta- dos indesejaveis.

O proposito deste trabalho e justamente ilustrar o problema, caracterizando-o corretamente e sugerir meios para que se pos sam melhorar as condicoes de Seguranca Durante a Construtao.

2. INSTABILIDADE DE ESCAVAccES ESCULTURAIS E DE TALUDES

2.1 - CAUSAS

Um Longo caminho ja se percorreu e muito trabalho ainda esta sendo feito no sentido de se prover Projetistas e Construtores com parametros melhores e mais realistas

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para a elaboracao de especificacoes para projeto e exe- cucao.

Apesar deste esforco , desbarrancamentos e deslizamentos ainda tem ocorrido com frequencia acima da aceitavel e estes acidentes podem ser atribuidos a:

- Investigacao insuficiente da area;

- Falhas e descontinuidades inesperadas;

- Interpretacao errada ou incompleta das informacoes dis poniveis;

- Erro de Projeto.;

- Erro de Execucao;

- Outr05.

2.2 - RAZOES PROVAVEIS

Cada uma destas causas tem suas razoes provaveis as quais sao descritas como segue:

A

investigacao

insuficiente da area de projeto e, fre-

quentemente , consequencia direta da ma distribuicao de

recursos . Algumas vezes a necessidade premente de se ter pronta uma determinada estrutura

tambem

reduz ex- tensao da investigacao pela pressao do cronograma.

Falhas e descontinuidades , embora muitas vezes relacio- nadas com razes de Forca Maior, podem estar diretamen- te ligadas ao nivel de investigacao quanto a quantidade de sondagens realizadas e a interpretacao destes resul- tados.

A interpretagao errada ou incompleta das informacoes disponiveis e, principalmente, uma consequencia da inex periencia a qual se traduz pela utilizacao de profissio nais sem conhecimentos especificos e pela no contrata- cao de consultores qualificados, muitas vezes por ques- toes discutiveis de economia.

Os erros de projeto e de execucao podem ser analisados sob dois enfoques diferentes:

- Erro propriamente dito, como por exemplo um erro con-

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ceitual de calculo ou a execucao de determinada tare fa com use de equipamento inadequado.

- Adocao de conce!tos de economia duvidosos e/ou ultra- passados.

0 primeiro deles pode ser classificado como uma "ma sor te" e pode ser praticamente eliminado pelo use de pes- soal adequadamente treinado e experiente.

0 segundo, no caso do projeto, usualmente resulta da pr.eocupacao em se limitar os volumes de escavagao ou de substituicdo de rocha por concreto. No caso da constru-

cao, os acidentes ocorrem usualmente pela adocao de tec

nicas nao recomendadas pela boa pritica.

2.3 - CONSEQUENCIAS

As consequencias destes acidentes sao as mais diversas variando desde a destruicao completa de uma obra em cons trucao, com perdas humanas e materiais, ate ao ferimen- to de trabalhadores envolvidos em pequenos acidentes.

Muito trabalho tem sido feito sob condicoes inseguras, trabalho este as vezes possivel dada a ignorancia de trabalhadores que aceitam riscos por desconhecerem seu vulto.

0 resultado deste quadro resume-se em perdas de dinhei- ro, tempo e hoje, mais do que nunca, o aumento do risco de processos criminais.

3. AUMENTO DA SEGURANQA DURANTE A CONSTRUcAO

0 primeiro passo para se aumentar a seguranca em qualquer em- preendimento e reconhecer e aceitar as causas, razoes e conse quencias de condicoes inseguras, no caso, a estabilidade de escavacoes esculturais e de taludes de escavacoes em rocha.

0 segundo passo se traduz pela alocacao de mais recursos na fase de pesquisa. 0 mais frequente denominador comum causador de situacoes inseguras e a escassez de dinheiro. Infelizmente

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entretanto, ha limites praticos para isto, um dos quais sen- do a disponibilidade de tempo.

0 proximo passo esta em rover os atuais conceitos de responsa

bilidade, tornando Proprietarios e Projetistas mais envolvi- dos com este tipo de problema, assumindo maiores responsabili dad( . .

Sobre os ombros do Construtor tem sido colocada uma responsa- bilidade muito grande. Visando evitar abusos, evitar adocao de tecnicas inadequadas, visando obter menores over-breaks, Proprietarios e Projetistas tem colocado a analise e interpre tacao de sondagens e ensaios unicamente nas maos do Constru- tor. Sabemos que este procedimento a uma forma de controle',

mas sabemos tambem que existem outras formas mais seguras e e ficientes de se controlar a construcao, como a sele4ao mais

cuidadosa do Construtor, a fiscalizacao da obra com equipe mai

or ou mais treinada ou ainda, atraves da exigencia de que o

Construtor implante seu proprio sistema de controle de quali-

dade.

Alem da interpretacao destes dados, o Construtor deve, mui- tas vezes, se responsabilizar pela protecao dos taludes esca- vados, aplicando asfalto ou outros materiais conforme necessi rio. Assumir responsabilidade pela interpretacao de sondagens, pela analise de amostras , etc., e assumir o tratamento destes taludes, implica em assumir responsabilidades sobre quantida- des de servico desconhecidas nao havendo portanto meios dispo niveis para que o Construtor possa avaliar custos e prazas.

Outra pritica muito comum e a de se fazer escavagoes escultu- rais, a serem executadas cuidadosamente e sem previsao de pra zo suficiente no cronograma. Para solucionar este problema e prover tempo adequado para esta etapa , as bancadas superiores sao em geral escavadas no menor tempo possivel . Em muitas for macoes rochosas tidas como sas, esta maneira de conduzir a es cavacao nao propicia tempo suficiente para o alivio das tensoes, provocando queda.de blocos ou desbarrancamentos.

Ha casos entretanto, onde Proprietarios e Projetista, reconhe cem condicoes inseguras na escavacao e prevem itens na Planilha

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de Precos, como Concreto Projetado, Ancoragens, Suportes para Tuneis, etc. Isto ja representa uma melhoria, pois pelo menos

ja se obtem precos. Na maioria das vezes entretanto, as espe- cificacoes qualificam o use destas protecoes com expressoes do tipo "Conforme solicitado ou especificado pela Fiscaliza- cao". Mais uma vez temos uma situaeao pouco definida, sem pre

visao de tempo no cronograma para a execucao do servico.

4. CONCLUSOES

No interesse da seguranca estrutural durante a construcao,com

especial destaque Para a estabilidade de taludes de escavacao,

mais verbas devem ser alocadas na fase de investigacao, anili se dos resultados e preparo das informacoes para use dos pro- ponentes.

Note-se entretanto, que o vulto desta campanha de prospeccao, bem como das demais investigacoes como impacto ao meio ambien- te, etc, deve ser proporcional ao vulto da obra.

Proprietarios e Projetistas devem assumir maiores responsabi- lidades sobre os resultados apresentados e projetar em deta- lhes medidas de protecao, qualificando- as e quantificando-as.

Evidentemente maior responsabilidade nao significa responsabi lidade integral - uma serie de furos de sondagem ao longo de um tunel nao pode caracterizar o comportamento da rocha ao longo de toda a extensao deste tunel.

Entretanto, podem ser acrescentados no Edital pareceres de con sultores os quais serviriam de suporte tecnico para se quanti ficar e qualificar os materiais e servicos de protecao, sua percentagem de aplicacao em tuneis ou em rampas a ceu aberto, etc. Estas estimativas devem estar do lado seguro, com certa folga, dado que em geral estas avaliagoes sao superadas.

Procedendo-se desta forma, o Construtor tern dados suficientes para avaliar os custos a os prazos necessarios para estas ta- refas de protecao as quais certamente resultarao em maior se- guranca durante a construcao.

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5. RESUMO

A seguranca de estruturas durante a construcao, com enfase na estabilidade de rampas e taludes de escavagao , a analisada sob os aspectos de causas, razoes, consequencias e sugestoes.

Pela alocacao de mais verbas para investigacao e projeto ao lado da aceitacao por parte de Proprietarios e Projetistas de maior nivel de responsabilidade, pode-se atingir um maior ni- vel de seguranca durante a construCao.

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