• Nenhum resultado encontrado

Perlim e os Seus Habitantes!

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Perlim e os Seus Habitantes!"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)
(2)

No meio da Quinta do Castelo, perto da Árvore do Amor, ficou caída, desde o último Natal, uma sementinha muito pequena e frágil que veio trazida pelo vento da magia, não sabemos muito bem de onde!

Ao mesmo tempo que a queda das folhas anuncia a chegada do outono, ao mesmo tempo que os cogumelos já espreitam e um tapete cor-de-laranja pinta a Quinta do Castelo, começam a despontar da terra pequenos guizos que se fazem ouvir nuns sonoros tilintares!

É um verdadeiro mistério que tentamos descobrir...

O sol aquece a folhagem, que dança ao sabor do vento suave e, algures no meio do arvoredo, vemos ao longe umas criaturas estranhas que se atropelam numa conversa que não se percebe lá muito bem!

Chegamo-nos mais perto e… Uau… são tão lindos, com um ar tão feliz e sorri- dente! Quem serão?

De um salto, alguém, como que escutando os nossos pensamentos, responde:

— Nós somos os habitantes de Perlim! Esta é a nossa terra. E vocês quem são? Que fazem por cá estranhos?

Ficamos sem perceber muito bem o que está a acontecer… Mas sabemos que estamos na Quinta do Castelo, ou será antes uma Quinta de Sonhos?

Do meio daquelas criaturas de olhos esbugalhados surge uma menina que se apresenta numa voz doce:

— Olá eu sou a Pimpim! Sejam bem-vindos a Perlim!

Esfregamos os olhos e... onde é que viemos parar?! Fomos transportados para um mundo de magia e fantasia! Voltamos a esfregar os olhos como se estivéssemos adormecidos, mas é bem melhor não acordar!

Vamos partir à descoberta, vamo-nos deixar voar e envolver por estes risonhos habitantes! Vamos conhecer Perlim!

Em Perlim há habitantes que falam entre si a Língua dos Pês e conseguem ouvir os pensamentos de todos os que entram neste lugar. São dois duendes

muito engraçados que cuidam de Perlim, a tal menina encantadora da voz doce e um menino traquina e sempre a fazer asneiras – a Pimpim e o Perlim. Ambos andam sempre muito atarefados, o Pai Natal confiou-lhes a Quinta do Castelo e, nesta altura do ano, têm tarefas importantíssimas – fazer com que tudo se transforme em magia à sua volta.

Eles são irmãos gémeos! Os seus sonoros guizos nasceram ao mesmo tempo numa tarde de outono cheia de sol! Com a ajuda dos outros habitantes de Perlim, os dois duendes vão trabalhando para que tudo esteja impecável e pronto para o dia de Natal.

Em Perlim todos têm a sua função e sabem bem o que fazer.

A Plim é a cuidadora das Estrelas! Muito trabalhadora e atenta, sabe sempre quando há uma estrela triste ou desconfortável e, quando alguma decide fugir, ela pega com muito cuidado na sua cauda e volta a pô-la no céu! Mesmo quando não se veem as estrelas estão sempre lá e nunca falta nenhuma! Para os que têm dúvidas a Plim diz sempre:

— Experimentem contá-las! São mil biliões de triliões, e vão de Perlim até ao infinito longínquo das galáxias mais brilhantes!

Ah! A simpática Plim também fala a língua das estrelas, conversa muito com elas e gentilmente, no Natal, empresta estrelas a todas as árvores de Natal do Mundo. E como num toque de magia, todas as estrelas se acendem!

Plim – faz-se luz!

A Piri é uma fada capaz de realizar todos os sonhos, teimosa e disparatada, já não se lembra de quantos anos tem, há muito, muito tempo! Só a ela é que os duendes Pimpim e Perlim não conseguem ouvir os pensamentos. A fada Piri pas- seia-se por Perlim em modo invisível, pronta a escutar todos os desejos e vonta- des dos meninos que por aqui passam! Com um toque da sua varinha mágica tudo, mas mesmo tudo, pode acontecer! Ela é a conselheira-mor do Pai Natal que presta muita atenção a todos os seus conselhos!

O Pim, a Pam e o Pum são os zeladores da Lua. A função deles é observar se, a cada dia que passa, a Senhora Dona Lua vai dando as suas voltinhas e fazendo a sua dança para que tenha aquele aspeto encantador de “mentirosa” quando, em quarto-crescente, diz, em forma de D, que decresce, e em quar- to-minguante, em forma de C, que cresce!

— Eu cá gosto mesmo é de quando ela parece um queijo — diz Pim!

— Não, ela nunca parece nada um queijo. — Diz Pam — Parece uma bolacha!

—Já faltava o disparate! — Acrescenta Pum. — Parece mas é um peixe-balão! Afinal, do que todos gostam mesmo é da Dona Lua mas nunca se entendem quanto à sua beleza e aspeto. Quando a Lua não se quer mexer eles vão até ela e com uma conversa meiga e uma ou duas canções dão-lhe a volta!

A Preciosa é a mais graciosa habitante de Perlim! Sempre impecável, dá voltas e voltas a este lugar encan- tado para ter a certeza de que tudo está no seu devido lugar! Fala de uma maneira muito suave e tranquila, quase silábica. Quando algo está desarrumado a Precio- sa transforma-se e salta de gritos a ralhar com toda gente! Um dia a Plim não percebeu que uma estrela marota caiu mesmo dentro do lago. Como a água estava fresquinha, a menina estrela deixou-se a tomar um bom banho lá bem no fundo, sem que ninguém a visse. Pois é, mas essa é a função da Preciosa que, quando viu a meni- na estrela refastelada num lugar que não lhe pertencia, deu um grande raspa- nete à doce Plim que chorou durante um dia e uma noite!

Mas já fizeram as pazes!

Chegado no último Natal, bateu às portas de Perlim o Merlim Ferlim Querlim, feiticeiro e mágico, mestre, quase profissional, mas ainda um bocadinho apren- diz, de Perlim! Muito zangado e resmungão, sempre a tropeçar nos próprios pés, Merlim chegou decidido a acabar com tanta cor e alegria. Sendo um feiticeiro, propôs-se a lutar com a Fada Piri! Esta luta acabou bem, o Merlim só descobriu

que precisava de uns óculos porque não via lá muito bem, e que não precisava de transformar ninguém em cubinhos de gelo, como estava sempre a ameaçar! Tudo acabou com um Perlim cheio de cor e com um Merlim feliz!

Os habitantes de Perlim são assim!

De pazes fáceis e braços abertos para um abraço bem dado, bem apertado e bem abraçado, como todos os abraços devem ser!!! Um abraço de Perlim!

Sejam bem-vindos a Perlim!

Era Uma Vez…

Perlim e os Seus Habitantes!

1

(3)

No meio da Quinta do Castelo, perto da Árvore do Amor, ficou caída, desde o último Natal, uma sementinha muito pequena e frágil que veio trazida pelo vento da magia, não sabemos muito bem de onde!

Ao mesmo tempo que a queda das folhas anuncia a chegada do outono, ao mesmo tempo que os cogumelos já espreitam e um tapete cor-de-laranja pinta a Quinta do Castelo, começam a despontar da terra pequenos guizos que se fazem ouvir nuns sonoros tilintares!

É um verdadeiro mistério que tentamos descobrir...

O sol aquece a folhagem, que dança ao sabor do vento suave e, algures no meio do arvoredo, vemos ao longe umas criaturas estranhas que se atropelam numa conversa que não se percebe lá muito bem!

Chegamo-nos mais perto e… Uau… são tão lindos, com um ar tão feliz e sorri- dente! Quem serão?

De um salto, alguém, como que escutando os nossos pensamentos, responde:

— Nós somos os habitantes de Perlim! Esta é a nossa terra. E vocês quem são? Que fazem por cá estranhos?

Ficamos sem perceber muito bem o que está a acontecer… Mas sabemos que estamos na Quinta do Castelo, ou será antes uma Quinta de Sonhos?

Do meio daquelas criaturas de olhos esbugalhados surge uma menina que se apresenta numa voz doce:

— Olá eu sou a Pimpim! Sejam bem-vindos a Perlim!

Esfregamos os olhos e... onde é que viemos parar?! Fomos transportados para um mundo de magia e fantasia! Voltamos a esfregar os olhos como se estivéssemos adormecidos, mas é bem melhor não acordar!

Vamos partir à descoberta, vamo-nos deixar voar e envolver por estes risonhos habitantes! Vamos conhecer Perlim!

Em Perlim há habitantes que falam entre si a Língua dos Pês e conseguem ouvir os pensamentos de todos os que entram neste lugar. São dois duendes

e, nesta altura do ano, têm tarefas importantíssimas – fazer com que tudo se transforme em magia à sua volta.

Eles são irmãos gémeos! Os seus sonoros guizos nasceram ao mesmo tempo numa tarde de outono cheia de sol! Com a ajuda dos outros habitantes de Perlim, os dois duendes vão trabalhando para que tudo esteja impecável e pronto para o dia de Natal.

Em Perlim todos têm a sua função e sabem bem o que fazer.

A Plim é a cuidadora das Estrelas! Muito trabalhadora e atenta, sabe sempre quando há uma estrela triste ou desconfortável e, quando alguma decide fugir, ela pega com muito cuidado na sua cauda e volta a pô-la no céu! Mesmo quando não se veem as estrelas estão sempre lá e nunca falta nenhuma! Para os que têm dúvidas a Plim diz sempre:

— Experimentem contá-las! São mil biliões de triliões, e vão de Perlim até ao infinito longínquo das galáxias mais brilhantes!

Ah! A simpática Plim também fala a língua das estrelas, conversa muito com elas e gentilmente, no Natal, empresta estrelas a todas as árvores de Natal do Mundo. E como num toque de magia, todas as estrelas se acendem!

Plim – faz-se luz!

A Piri é uma fada capaz de realizar todos os sonhos, teimosa e disparatada, já não se lembra de quantos anos tem, há muito, muito tempo! Só a ela é que os duendes Pimpim e Perlim não conseguem ouvir os pensamentos. A fada Piri pas- seia-se por Perlim em modo invisível, pronta a escutar todos os desejos e vonta- des dos meninos que por aqui passam! Com um toque da sua varinha mágica tudo, mas mesmo tudo, pode acontecer! Ela é a conselheira-mor do Pai Natal que presta muita atenção a todos os seus conselhos!

O Pim, a Pam e o Pum são os zeladores da Lua. A função deles é observar se, a cada dia que passa, a Senhora Dona Lua vai dando as suas voltinhas e fazendo a sua dança para que tenha aquele aspeto encantador de “mentirosa”

quando, em quarto-crescente, diz, em forma de D, que decresce, e em quar- to-minguante, em forma de C, que cresce!

— Eu cá gosto mesmo é de quando ela parece um queijo — diz Pim!

— Não, ela nunca parece nada um queijo. — Diz Pam — Parece uma bolacha!

—Já faltava o disparate! — Acrescenta Pum. — Parece mas é um peixe-balão!

Afinal, do que todos gostam mesmo é da Dona Lua mas nunca se entendem quanto à sua beleza e aspeto. Quando a Lua não se quer mexer eles vão até ela e com uma conversa meiga e uma ou duas canções dão-lhe a volta!

A Preciosa é a mais graciosa habitante de Perlim!

Sempre impecável, dá voltas e voltas a este lugar encan- tado para ter a certeza de que tudo está no seu devido lugar! Fala de uma maneira muito suave e tranquila, quase silábica. Quando algo está desarrumado a Precio- sa transforma-se e salta de gritos a ralhar com toda gente! Um dia a Plim não percebeu que uma estrela marota caiu mesmo dentro do lago. Como a água estava fresquinha, a menina estrela deixou-se a tomar um bom banho lá bem no fundo, sem que ninguém a visse. Pois é, mas essa é a função da Preciosa que, quando viu a meni- na estrela refastelada num lugar que não lhe pertencia, deu um grande raspa- nete à doce Plim que chorou durante um dia e uma noite!

Mas já fizeram as pazes!

Chegado no último Natal, bateu às portas de Perlim o Merlim Ferlim Querlim, feiticeiro e mágico, mestre, quase profissional, mas ainda um bocadinho apren- diz, de Perlim! Muito zangado e resmungão, sempre a tropeçar nos próprios pés, Merlim chegou decidido a acabar com tanta cor e alegria. Sendo um feiticeiro, propôs-se a lutar com a Fada Piri! Esta luta acabou bem, o Merlim só descobriu

Tudo acabou com um Perlim cheio de cor e com um Merlim feliz!

Os habitantes de Perlim são assim!

De pazes fáceis e braços abertos para um abraço bem dado, bem apertado e bem abraçado, como todos os abraços devem ser!!! Um abraço de Perlim!

Sejam bem-vindos a Perlim!

2

(4)

No meio da Quinta do Castelo, perto da Árvore do Amor, ficou caída, desde o último Natal, uma sementinha muito pequena e frágil que veio trazida pelo vento da magia, não sabemos muito bem de onde!

Ao mesmo tempo que a queda das folhas anuncia a chegada do outono, ao mesmo tempo que os cogumelos já espreitam e um tapete cor-de-laranja pinta a Quinta do Castelo, começam a despontar da terra pequenos guizos que se fazem ouvir nuns sonoros tilintares!

É um verdadeiro mistério que tentamos descobrir...

O sol aquece a folhagem, que dança ao sabor do vento suave e, algures no meio do arvoredo, vemos ao longe umas criaturas estranhas que se atropelam numa conversa que não se percebe lá muito bem!

Chegamo-nos mais perto e… Uau… são tão lindos, com um ar tão feliz e sorri- dente! Quem serão?

De um salto, alguém, como que escutando os nossos pensamentos, responde:

— Nós somos os habitantes de Perlim! Esta é a nossa terra. E vocês quem são? Que fazem por cá estranhos?

Ficamos sem perceber muito bem o que está a acontecer… Mas sabemos que estamos na Quinta do Castelo, ou será antes uma Quinta de Sonhos?

Do meio daquelas criaturas de olhos esbugalhados surge uma menina que se apresenta numa voz doce:

— Olá eu sou a Pimpim! Sejam bem-vindos a Perlim!

Esfregamos os olhos e... onde é que viemos parar?! Fomos transportados para um mundo de magia e fantasia! Voltamos a esfregar os olhos como se estivéssemos adormecidos, mas é bem melhor não acordar!

Vamos partir à descoberta, vamo-nos deixar voar e envolver por estes risonhos habitantes! Vamos conhecer Perlim!

Em Perlim há habitantes que falam entre si a Língua dos Pês e conseguem ouvir os pensamentos de todos os que entram neste lugar. São dois duendes

muito engraçados que cuidam de Perlim, a tal menina encantadora da voz doce e um menino traquina e sempre a fazer asneiras – a Pimpim e o Perlim. Ambos andam sempre muito atarefados, o Pai Natal confiou-lhes a Quinta do Castelo e, nesta altura do ano, têm tarefas importantíssimas – fazer com que tudo se transforme em magia à sua volta.

Eles são irmãos gémeos! Os seus sonoros guizos nasceram ao mesmo tempo numa tarde de outono cheia de sol! Com a ajuda dos outros habitantes de Perlim, os dois duendes vão trabalhando para que tudo esteja impecável e pronto para o dia de Natal.

Em Perlim todos têm a sua função e sabem bem o que fazer.

A Plim é a cuidadora das Estrelas! Muito trabalhadora e atenta, sabe sempre quando há uma estrela triste ou desconfortável e, quando alguma decide fugir, ela pega com muito cuidado na sua cauda e volta a pô-la no céu! Mesmo quando não se veem as estrelas estão sempre lá e nunca falta nenhuma! Para os que têm dúvidas a Plim diz sempre:

— Experimentem contá-las! São mil biliões de triliões, e vão de Perlim até ao infinito longínquo das galáxias mais brilhantes!

Ah! A simpática Plim também fala a língua das estrelas, conversa muito com elas e gentilmente, no Natal, empresta estrelas a todas as árvores de Natal do Mundo. E como num toque de magia, todas as estrelas se acendem!

Plim – faz-se luz!

A Piri é uma fada capaz de realizar todos os sonhos, teimosa e disparatada, já não se lembra de quantos anos tem, há muito, muito tempo! Só a ela é que os duendes Pimpim e Perlim não conseguem ouvir os pensamentos. A fada Piri pas- seia-se por Perlim em modo invisível, pronta a escutar todos os desejos e vonta- des dos meninos que por aqui passam! Com um toque da sua varinha mágica tudo, mas mesmo tudo, pode acontecer! Ela é a conselheira-mor do Pai Natal que presta muita atenção a todos os seus conselhos!

O Pim, a Pam e o Pum são os zeladores da Lua. A função deles é observar se, a cada dia que passa, a Senhora Dona Lua vai dando as suas voltinhas e fazendo a sua dança para que tenha aquele aspeto encantador de “mentirosa”

quando, em quarto-crescente, diz, em forma de D, que decresce, e em quar- to-minguante, em forma de C, que cresce!

— Eu cá gosto mesmo é de quando ela parece um queijo — diz Pim!

— Não, ela nunca parece nada um queijo. — Diz Pam — Parece uma bolacha!

—Já faltava o disparate! — Acrescenta Pum. — Parece mas é um peixe-balão!

Afinal, do que todos gostam mesmo é da Dona Lua mas nunca se entendem quanto à sua beleza e aspeto. Quando a Lua não se quer mexer eles vão até ela e com uma conversa meiga e uma ou duas canções dão-lhe a volta!

A Preciosa é a mais graciosa habitante de Perlim!

Sempre impecável, dá voltas e voltas a este lugar encan- tado para ter a certeza de que tudo está no seu devido lugar! Fala de uma maneira muito suave e tranquila, quase silábica. Quando algo está desarrumado a Precio- sa transforma-se e salta de gritos a ralhar com toda gente! Um dia a Plim não percebeu que uma estrela marota caiu mesmo dentro do lago. Como a água estava fresquinha, a menina estrela deixou-se a tomar um bom banho lá bem no fundo, sem que ninguém a visse. Pois é, mas essa é a função da Preciosa que, quando viu a meni- na estrela refastelada num lugar que não lhe pertencia, deu um grande raspa- nete à doce Plim que chorou durante um dia e uma noite!

Mas já fizeram as pazes!

Chegado no último Natal, bateu às portas de Perlim o Merlim Ferlim Querlim, feiticeiro e mágico, mestre, quase profissional, mas ainda um bocadinho apren- diz, de Perlim! Muito zangado e resmungão, sempre a tropeçar nos próprios pés, Merlim chegou decidido a acabar com tanta cor e alegria. Sendo um feiticeiro, propôs-se a lutar com a Fada Piri! Esta luta acabou bem, o Merlim só descobriu

que precisava de uns óculos porque não via lá muito bem, e que não precisava de transformar ninguém em cubinhos de gelo, como estava sempre a ameaçar!

Tudo acabou com um Perlim cheio de cor e com um Merlim feliz!

Os habitantes de Perlim são assim!

De pazes fáceis e braços abertos para um abraço bem dado, bem apertado e bem abraçado, como todos os abraços devem ser!!! Um abraço de Perlim!

Sejam bem-vindos a Perlim!

3

(5)

No meio da Quinta do Castelo, perto da Árvore do Amor, ficou caída, desde o último Natal, uma sementinha muito pequena e frágil que veio trazida pelo vento da magia, não sabemos muito bem de onde!

Ao mesmo tempo que a queda das folhas anuncia a chegada do outono, ao mesmo tempo que os cogumelos já espreitam e um tapete cor-de-laranja pinta a Quinta do Castelo, começam a despontar da terra pequenos guizos que se fazem ouvir nuns sonoros tilintares!

É um verdadeiro mistério que tentamos descobrir...

O sol aquece a folhagem, que dança ao sabor do vento suave e, algures no meio do arvoredo, vemos ao longe umas criaturas estranhas que se atropelam numa conversa que não se percebe lá muito bem!

Chegamo-nos mais perto e… Uau… são tão lindos, com um ar tão feliz e sorri- dente! Quem serão?

De um salto, alguém, como que escutando os nossos pensamentos, responde:

— Nós somos os habitantes de Perlim! Esta é a nossa terra. E vocês quem são? Que fazem por cá estranhos?

Ficamos sem perceber muito bem o que está a acontecer… Mas sabemos que estamos na Quinta do Castelo, ou será antes uma Quinta de Sonhos?

Do meio daquelas criaturas de olhos esbugalhados surge uma menina que se apresenta numa voz doce:

— Olá eu sou a Pimpim! Sejam bem-vindos a Perlim!

Esfregamos os olhos e... onde é que viemos parar?! Fomos transportados para um mundo de magia e fantasia! Voltamos a esfregar os olhos como se estivéssemos adormecidos, mas é bem melhor não acordar!

Vamos partir à descoberta, vamo-nos deixar voar e envolver por estes risonhos habitantes! Vamos conhecer Perlim!

Em Perlim há habitantes que falam entre si a Língua dos Pês e conseguem ouvir os pensamentos de todos os que entram neste lugar. São dois duendes

e, nesta altura do ano, têm tarefas importantíssimas – fazer com que tudo se transforme em magia à sua volta.

Eles são irmãos gémeos! Os seus sonoros guizos nasceram ao mesmo tempo numa tarde de outono cheia de sol! Com a ajuda dos outros habitantes de Perlim, os dois duendes vão trabalhando para que tudo esteja impecável e pronto para o dia de Natal.

Em Perlim todos têm a sua função e sabem bem o que fazer.

A Plim é a cuidadora das Estrelas! Muito trabalhadora e atenta, sabe sempre quando há uma estrela triste ou desconfortável e, quando alguma decide fugir, ela pega com muito cuidado na sua cauda e volta a pô-la no céu! Mesmo quando não se veem as estrelas estão sempre lá e nunca falta nenhuma! Para os que têm dúvidas a Plim diz sempre:

— Experimentem contá-las! São mil biliões de triliões, e vão de Perlim até ao infinito longínquo das galáxias mais brilhantes!

Ah! A simpática Plim também fala a língua das estrelas, conversa muito com elas e gentilmente, no Natal, empresta estrelas a todas as árvores de Natal do Mundo. E como num toque de magia, todas as estrelas se acendem!

Plim – faz-se luz!

A Piri é uma fada capaz de realizar todos os sonhos, teimosa e disparatada, já não se lembra de quantos anos tem, há muito, muito tempo! Só a ela é que os duendes Pimpim e Perlim não conseguem ouvir os pensamentos. A fada Piri pas- seia-se por Perlim em modo invisível, pronta a escutar todos os desejos e vonta- des dos meninos que por aqui passam! Com um toque da sua varinha mágica tudo, mas mesmo tudo, pode acontecer! Ela é a conselheira-mor do Pai Natal que presta muita atenção a todos os seus conselhos!

O Pim, a Pam e o Pum são os zeladores da Lua. A função deles é observar se, a cada dia que passa, a Senhora Dona Lua vai dando as suas voltinhas e fazendo a sua dança para que tenha aquele aspeto encantador de “mentirosa”

quando, em quarto-crescente, diz, em forma de D, que decresce, e em quar- to-minguante, em forma de C, que cresce!

— Eu cá gosto mesmo é de quando ela parece um queijo — diz Pim!

— Não, ela nunca parece nada um queijo. — Diz Pam — Parece uma bolacha!

—Já faltava o disparate! — Acrescenta Pum. — Parece mas é um peixe-balão!

Afinal, do que todos gostam mesmo é da Dona Lua mas nunca se entendem quanto à sua beleza e aspeto. Quando a Lua não se quer mexer eles vão até ela e com uma conversa meiga e uma ou duas canções dão-lhe a volta!

A Preciosa é a mais graciosa habitante de Perlim!

Sempre impecável, dá voltas e voltas a este lugar encan- tado para ter a certeza de que tudo está no seu devido lugar! Fala de uma maneira muito suave e tranquila, quase silábica. Quando algo está desarrumado a Precio- sa transforma-se e salta de gritos a ralhar com toda gente! Um dia a Plim não percebeu que uma estrela marota caiu mesmo dentro do lago. Como a água estava fresquinha, a menina estrela deixou-se a tomar um bom banho lá bem no fundo, sem que ninguém a visse. Pois é, mas essa é a função da Preciosa que, quando viu a meni- na estrela refastelada num lugar que não lhe pertencia, deu um grande raspa- nete à doce Plim que chorou durante um dia e uma noite!

Mas já fizeram as pazes!

Chegado no último Natal, bateu às portas de Perlim o Merlim Ferlim Querlim, feiticeiro e mágico, mestre, quase profissional, mas ainda um bocadinho apren- diz, de Perlim! Muito zangado e resmungão, sempre a tropeçar nos próprios pés, Merlim chegou decidido a acabar com tanta cor e alegria. Sendo um feiticeiro, propôs-se a lutar com a Fada Piri! Esta luta acabou bem, o Merlim só descobriu

PATROCÍNIOS ORGANIZAÇÃO

APOIO À DIVULGAÇÃO APOIO

MEDIA PARTNER

www.perlim.pt

SEGUE-NOS

Tudo acabou com um Perlim cheio de cor e com um Merlim feliz!

Os habitantes de Perlim são assim!

De pazes fáceis e braços abertos para um abraço bem dado, bem apertado e bem abraçado, como todos os abraços devem ser!!! Um abraço de Perlim!

Sejam bem-vindos a Perlim!

Referências

Documentos relacionados

Os filmes finos dos óxidos de níquel, cobalto e ferro, foram produzidos por deposição dos respectivos metais sobre a superfície de substratos transparentes no

A ideia da pesquisa, de início, era montar um site para a 54ª região da Raça Rubro Negra (Paraíba), mas em conversa com o professor de Projeto de Pesquisa,

Considerando-se que, para compor cada equipe, são necessários pelo menos dois massagistas, pelo menos um vendedor e exatamente um químico, então será possível formar.. (A) 500

na Albânia], Shtepia Botuse 55, Tiranë 2007, 265-271.. 163 ser clérigo era uma profissão como as restantes, que a fé era apenas uma política e nada mais do que isso e deitou

Na intenção de promover uma constante comunicação de parte da coleção do museu, Espíndola idealizou e realizou a mostra “Um panorama da história das artes plásticas

Realizar a manipulação, o armazenamento e o processamento dessa massa enorme de dados utilizando os bancos de dados relacionais se mostrou ineficiente, pois o

As rimas, aliterações e assonâncias associadas ao discurso indirecto livre, às frases curtas e simples, ao diálogo engastado na narração, às interjeições, às

Estudos sobre privação de sono sugerem que neurônios da área pré-óptica lateral e do núcleo pré-óptico lateral se- jam também responsáveis pelos mecanismos que regulam o