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32 bits vs 64 bits: quais são as diferenças?

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Academic year: 2022

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32 bits vs 64 bits: quais são as diferenças?

Para muitos, o suporte a processadores de 32 bits no Windows 10 foi visto como uma surpresa. Afinal, processadores de 64 bits estão entre nós há mais de uma década. Então, por que criar uma versão específica para 32 bits? Há tantos computadores com processadores de 32 bits por aí? Segundo a Microsoft, nada menos do que 71 milhões de usuários ainda usam versões de 32 bits, segundo dados de 2014. Ou seja, em termos de mercado, é um público considerável para ser ignorado. Mas quais são as diferenças de 32 bits vs 64 bits, na prática? É o que vamos entender nas próximas linhas.

Memória RAM

A primeira grande diferença quando se fala em 32 bits vs 64 bits é a quantidade de memória RAM suportada. Este é o ponto que mais afeta os usuários, já que sistemas de 32 bits suportam um máximo teórico de 4 GB de memória RAM. Por que 4 GB, especificamente? Exatamente pela quantidade de bits.

Computadores trabalham com dados binários: os famosos “0”s e

“1”s. 32 bits alinhados podem gerar até 4.294.967.296 combinações diferentes, ou 2 elevado a 32.

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Já sistemas de 64 bits suportam uma quantidade teórica muito maior: 18.446.744.073.709.551.616 (2 elevado a 64). Em outras palavras, 16 exabytes de memória RAM. Isso em teoria, já que a quantidade suportada por processadores 64 bits modernos é consideravelmente inferior. O novíssimo e extremamente poderoso Intel Core i7-7700K, por exemplo, consegue endereçar um máximo de 64 GB, ou quatro módulos de 16 GB cada um.

O Windows Vista foi o primeiro sistema da Microsoft com versões de 32 e 64 bits. Já o Windows XP foi anunciado apenas cm 32 bits, ganhando uma versão de 64 bits posteriormente conforme os processadores de 64 bits foram chegando.

Versões Extreme suportam, no máximo, 128 GB (8 x 16 GB), como é o caso do Intel Core i7-6950X. Em ambos os casos, trata-se de uma limitação física da quantidade de slots disponíveis, mas há limitações do próprio sistema operacional também. O Windows 10 suporta até 2 TB de memória RAM, valor que cai para 128 GB no Windows 10 Home. Em outras palavras, tanto o hardware quanto o software são limitados a valores bem menores do que o máximo teórico suportado.

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O motivo? Não há necessidade de suportar mais memória RAM.

Processadores de 64 bits raramente são limitados pela quantidade de memória RAM, diferentemente das CPUs de 32 bits. Ainda mais considerando que os 4 GB máximos não são totalmente aproveitados pelo Windows. Se há gráficos integrados, por exemplo, essa quantidade é dividida, parte para a GPU (com exceção dos processadores que suportam HSA) e parte para a reserva de hardware. No fim das contas, chega-se a um máximo de 2,5-2,7 GB para o Windows, o que é pouco atualmente.

Compatibilidade

A quantidade máxima de memória é o principal diferencial entre as duas versões, mas não a única. É possível instalar um sistema de 32 bits em uma CPU de 64 bits, ainda que não seja recomendado. Tanto pela limitação de memória RAM quanto pela do próprio processador. Por exemplo: as unidades de processamento de números inteiros ficam subaproveitadas, assim como o endereçamento de memória, entre outras coisas. O contrário, porém, não ocorre. Um processador de 32 bits não reconhece um sistema de 64 bits, assim como não é compatível com programas para essa arquitetura.

Não é apenas a quantidade de memória RAM que é limitada em processadores de 32 bits.

Usar um sistema de 64 bits em um processador de 64 bits também não quer dizer que programas de 32 bits sejam incompatíveis. Eles funcionam perfeitamente, mas por meio de um emulador. É exatamente por isso que há duas pastas de

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programas no disco primário: Arquivos de programas e Arquivos de programas (x86). A primeira guarda os programas de 64 bits e a segunda os que são desenvolvidos para sistemas de 32 bits.

Por que “x86”? É uma nomenclatura utilizada há bastante tempo, indicando que são programas projetados para funcionar com processadores semelhantes ao Intel 80386, a primeira CPU de 32 bits do mundo anunciada em 1985. Essa camada de compatibilidade ainda é necessária atualmente. Há diversos programas que ainda são escritos para processadores de 32 bits, caso dos plugins do Photoshop. Durante a instalação, é possível ter tanto a versão de 32 bits quanto de 64 bits do programa, e alguns plugins funcionam somente na versão de 32 bits.

Há diferenças de performance, ainda que pequenas. Sistemas de 32 bits não conseguem aproveitar todo o potencial de processadores de 64 bits.

Exatamente por isso os processadores de 64 bits são conhecidos como x86_64, ou x86 estendido para 64 bits. É um caso diferente de um processador 64 “puro”, como o Intel Itanium (instruções IA64). Este não é compatível com drivers e kernels x86, limitando consideravelmente a sua usabilidade. Smartphones com processadores de 64 bits também são compatíveis com apps de 32 bits, ainda que usem uma arquitetura diferente.

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Até quando teremos 32 bits vs 64 bits?

Processadores com suporte a 64 bits estão entre nós desde 2004, e 13 anos depois ainda temos diversos programas 32 bits, assim como versões de sistemas operacionais. Por que isso ainda acontece? Depois de tantos anos, já não deveríamos ter “migrado”

para os 64 bits? Esse é um questionamento bastante comum.

Afinal, grande parte do hardware fabricado atualmente usa processadores de 64 bits, não é mesmo? Sim, mas não todos.

Como dissemos, ainda há dezenas de milhões de usuários com sistemas 32 bits. Mais do que isso, processadores de 32 bits ainda não desapareceram. É o caso de diversas versões da linha Atom da Intel, por exemplo, com funções de 32 bits. Com o tempo, é natural que estes desapareceram, mas considerando a vida útil de uma máquina, teremos uns bons anos pela frente de coexistência de programas e sistemas de 32 bits e 64 bits.

O mesmo acontece com smartphones. Tanto o Android quanto o iOS já trabalham com 64 bits, e há smartphones com até 8 GB de memória RAM. Mesmo assim, modelos com 1 GB de memória RAM (ou menos) ainda são comuns, de forma que essa coexistência continuará também por uns bons anos.

Considerando o enorme número de usuários com sistemas (e hardware) de 32 bits, programas em ambas as versões existirão por algum tempo.

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Em ambos os casos, basta criar programas com as duas versões, não é mesmo? Não é tão simples assim. Grandes fabricantes de software possuem recursos para criar duas versões. Já os pequenos desenvolvedores, não. Para estes, compensa desenvolver somente uma versão de 32 bits, que funcionará em ambos os sistemas. Fora a grande quantidade de programas mais antigos, como drivers, que ainda existem somente em versões de 32 bits.

A escolha certa então é usar a versão compatível com o seu processador. Como dissemos, notebooks e PCs de 32 bits suportam somente sistemas de 32 bits. Os de 64 bits suportam ambas, mas é pouco recomendado usar uma versão de 32 bits.

Isso mesmo que você possua 4 GB de memória RAM ou menos, tanto para permitir upgrades futuros quanto para usar todos os recursos do processador.

Fontes: Computer Hope, PCMag, PC World, The Windows Club, Intel ARK

Referências

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