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CONTROLE DE QUALIDADE DE DROGAS VEGETAIS COMERCIALIZADAS EM SÃO CAETANO DO SUL SP, PRESENTES NO ANEXO I, DA RDC NO. 10 DE 09 DE MARÇO DE 2010.

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UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL – USCS PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2011/2012

CONTROLE DE QUALIDADE DE DROGAS VEGETAIS COMERCIALIZADAS EM SÃO CAETANO DO SUL – SP, PRESENTES NO ANEXO I, DA RDC NO. 10 DE 09 DE MARÇO

DE 2010.

PESQUISADORA: JAQUELINE MARTINS BADANAI ORIENTADORA: PROFA. DRA. CELI DE PAULA SILVA

SÃO CAETANO DO SUL

2011

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RESUMO

Apesar da medicina moderna estar bem desenvolvida na maioria dos países, a OMS reconhece o uso de práticas tradicionais pelas pessoas nos seus cuidados básicos de saúde, usando plantas ou preparações feitas com elas. As bases científicas apóiam a eficácia de muitos produtos fitoterápicos para determinadas indicações, tendo esses produtos uma margem terapêutica mais ampla e menos efeitos secundários que os medicamentos sintéticos, sendo a eficácia do seu uso conquistada, quando estes produtos são usados de forma racional. A má qualidade de um produto fitoterápico ou droga vegetal pode comprometer a sua eficácia, podendo oferecer riscos à saúde do consumidor.

Garantir a qualidade do material vegetal é fundamental, através da consideração dos seus aspectos botânicos, químicos e farmacológicos. Assim, além do teor de substância ativa e intensidade das atividades farmacológicas e toxicológicas, outros aspectos de qualidade devem ser avaliados, como as informações sobre as plantas que são fornecidas aos consumidores.

Considerando a necessidade de garantir e promover a segurança, a eficácia e

a qualidade no acesso às plantas medicinais sob a forma de drogas vegetais, a

RDC no. 10, de 09/03/2010, que dispõe sobre a notificação de drogas vegetais

junto à ANVISA, determinou as informações que deverão constar nas

embalagens desses materiais. Assim, presente trabalho tem por objetivo,

verificar a qualidade das drogas vegetais presentes no anexo I dessa RDC,

através da análise da adequação das informações presentes em suas

embalagens e da sua autenticidade botânica em amostras que serão

adquiridas em farmácias de manipulação localizadas em São Caetano do Sul –

(3)

SP. As porcentagens verificadas serão analisadas através do Teste do Qui- Quadrado, sendo considerados estaticamente significativos os valores de p<

0,05.

PALAVRAS-CHAVE: Drogas Vegetais; RDC NO. 10/2010; Fitoterápicos;

Controle de qualidade.

1. INTRODUÇÃO

Desde a declaração de Alma-Ata, em 1978, a OMS tem expressado a sua posição a respeito da necessidade de valorizar a utilização de plantas medicinais no âmbito sanitário, tendo em conta que 80% da população mundial utilizam essas plantas ou preparações destas no que se refere à atenção primária de saúde. A OMS vem estimulando o uso da medicina tradicional/medicina complementar/alternativa nos sistemas de saúde de forma integrada às técnicas da medicina ocidental modernas, preconizando o desenvolvimento de políticas observando os requisitos de segurança, eficácia, qualidade, uso racional e acesso a este tipo de medicamento (Michiles, 2004).

A prática da fitoterapia é bem aceita e acessível a todos os povos do mundo e, em especial no Brasil é adequada às necessidades no atendimento primário a saúde. (Eldin & Dunford, 2001).

O uso de plantas medicinais/fitoterápicos se deve a diversos fatores,

entre eles: a decepção com os resultados obtidos em tratamentos com a

medicina convencional, os efeitos indesejáveis e prejuízos causados pelo uso

abusivo e/ou incorreto de medicamentos sintéticos, o fato de que amplas

(4)

camadas da população mundial não têm acesso aos medicamentos e à medicina institucionalizada, consciência ecológica e a crença popular de que o natural é inofensivo (Rates, 2001).

Muitas bases científicas apóiam a eficácia de muitos produtos fitoterápicos. Porém, o aumento da busca por plantas medicinais em relação à demanda levou a queda de qualidade do produto final a ser oferecido ao consumidor. Uma análise minuciosa dos materiais visando à obtenção de produtos de qualidade é indispensável, pois uma matéria-prima ruim pode oferecer riscos à saúde do consumidor. Muitos produtores desconhecem os cuidados que devem ser considerados nas diversas etapas de produção da matéria-prima vegetal, sobretudo por não contarem com a orientação de profissionais capacitados para auxiliá-los. (Oliveira,1991; Zaroni et al.,2004).

No Brasil há o uso de plantas nativas que são obtidas de forma extrativista, já que o país apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta, e, pelo menos, metade dessas espécies apresenta propriedades terapêuticas (Martins et al., 1994; Ritter et al.,2002).

O desenvolvimento de novos métodos analíticos colocados à disposição do controle de qualidade e de novas formas de preparações e administrações de produtos fitoterápicos, um melhor conhecimento químico, farmacológico e clínico das drogas vegetais e seus derivados e um menor custo comparado com os fármacos sintéticos, impulsionou o consumo destes produtos (Vieira, 2001; Cañigueral et al., 2003;).

De acordo com Veiga Jr. e Melo (2008), a produção e a comercialização

de medicamentos fitoterápicos pelas empresas industriais farmacêuticas

obrigaram os órgãos governamentais a formularem diretrizes para a elaboração

(5)

de dossiês visando os pedidos de autorização para a produção e comercialização desses produtos.

Os órgãos governamentais do Brasil, após várias reivindicações de pesquisadores da área de plantas medicinais e fitoterapia, através da Portaria nº 971, publicada em três de Maio de 2006, aprovaram a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde e o Decreto Federal nº 5813 de 22 de Junho de 2006, aprovou a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (Brasil, 2006).

A ANVISA, por meio de Instrução Normativa 5/2008 publicou uma lista de registro simplificado de fitoterápicos, buscando estabelecer a padronização de marcadores químicos para diversas plantas e o limite diário para seu uso.

Entende-se esta preocupação como etapa fundamental para assegurar o uso e garantir eficácia ao fitoterápico (Brasil, 2008). Procedimentos de controle de qualidade de plantas medicinais devem ser realizados e envolvem, numa primeira etapa, análises macroscópicas e microscópicas que busquem a identificação e análise do grau de pureza das mesmas (Choi et al., 2002).

Acredita-se que análises quantitativas dos produtos vegetais podem alcançar a qualidade farmacêutica dos fitoterápicos (Bara et al., 2006).

Considera-se droga vegetal toda planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias, responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta, estabilização, a secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada (Brasil, 2010).

A má qualidade de um produto fitoterápico ou droga vegetal pode comprometer a eficácia podendo oferecer riscos à saúde do consumidor.

Profissionais da área da saúde e da comunidade científica devem se preocupar

(6)

com todos os aspectos que possam contribuir para a qualidade destes produtos (Melo et al.,2007).

Garantir a qualidade da matéria-prima vegetal é fundamental, devendo- se considerar os seus aspectos botânicos, químicos e farmacológicos. Assim, além do teor de substância ativa e intensidade das atividades farmacológicas e toxicológicas e de outros aspectos que devem ser verificados (Farmacopéia IV., 2000; Brasil, 2007).

Os medicamentos fitoterápicos são caracterizados pelo conhecimento da sua eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que inclui na sua composição substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem as associações dessas com extratos vegetais (Brasil, 2010).

A RDC nº 10, publicada em 09 de Março de 2010, que dispõe sobre a

notificação de drogas vegetais junto á agência nacional de vigilância sanitária

(ANVISA), foi estabelecida considerando-se a necessidade de garantir e

promover a segurança, a eficácia e a qualidade no acesso às plantas

medicinais sob forma de drogas vegetais. De acordo com essa resolução, as

embalagens em que estão acondicionadas essas matérias-primas, devem

apresentar as seguintes informações: nomenclatura botânica, nomenclatura

popular, parte da planta utilizada para fabricação do produto, modo de uso,

posologia, informações sobre o modo de utilização, alegações, contra

indicações, efeitos colaterais adversos que possam ocorrer e informações

adicionais (Brasil, 2010).

(7)

JUSTIFICATIVA

Devido ao aumento no consumo de produtos derivados de plantas, na forma de chás ou medicamentos, é necessário que haja a garantia da sua eficácia e segurança, através de um controle mais rígido da qualidade desses produtos. A RDC nº 10, de 09/03/2010, que dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras providências, contribui para que consumidores e os profissionais da área da saúde tenham acesso às informações sobre essas matérias-primas em suas embalagens. Verificar o cumprimento dessas determinações e também da identidade botânica correta dos materiais, contribui para o uso racional de fitoterápicos.

2. OBJETIVO

O presente trabalho tem por objetivo verificar a qualidade das drogas vegetais, listadas pelo anexo I da RDC nº 10/2010, que são comercializadas em farmácias de manipulação localizadas em São Caetano do Sul – SP.

3. PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA

Atualização

da Revisão Bibliográfica

Aquisição das amostras

Análises das amostras dos chás

Análise

estatística Participação em evento científico com apresentação

de trabalho

Redação de artigo científico

Ago/2011 X X

Set/

2011 X X X X

Out/

2011 X X X

Nov/

2011 X X X

Dez/ X X

(8)

2011 Jan/

2012 X

Fev/

2012

X X X

Mar/

2012 X X X X

Abr/

2012 X X X X

Maio/

2012 X X X

Junho/

2012 X

Julho/

2012 X

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 4.1. Aquisição das Amostras

As amostras de drogas vegetais, que constam no anexo I da RDC nº 10 de 09 de Março de 2010 (Brasil, 2010), serão adquiridas em farmácias de manipulação localizadas no município de São Caetano do Sul – SP, de acordo com a sua disponibilidade para venda nesses estabelecimentos. Há,

aproximadamente, no município 14

Farmácias de Manipulação em atividade.

4.2. Análises a serem realizadas

Verificação das informações que deverão constar nas embalagens

dessas drogas: nomenclatura popular, nomenclatura botânica, parte da

planta utilizada para fabricação do produto, utilização do produto,

posologia, informações sobre o modo de utilização, alegações

terapêuticas, contra-indicações, efeitos colaterais adversos que possam

ocorrer e informações adicionais (Brasil, 2010).

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Descrição da droga vegetal em Farmacopéias reconhecidas pela ANVISA, ou, em sua ausência, em publicação técnico-científica indexada ou laudo de identificação emitido por profissional habilitado;

Verificação da identidade botânica através de análises macroscópicas, microscópicas e organolépticas (cor, odor, textura e sabor).

4.3. Análises de dados

As amostras das drogas vegetais selecionadas serão adquiridas em farmácias de manipulação, de acordo com a sua disponibilidade, garantindo um erro amostral tolerável de 5%.

Os dados obtidos serão tratados estatisticamente por programa adequado. As porcentagens serão analisadas através do Teste do Qui- Quadrado, sendo considerados estaticamente significativos os valores de p <

0,05.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARA, M.T.F.; RIBEIRO P.A.M.; ARANTES, M.C.B.; AMORIM, L.L.S.; PAULA, J.R. De. Determinação do teor de princípios ativos em matérias-primas vegetais. Revista Brasileira de Farmacognosia 16 (2): 211 – 215, 2006.

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Acesso em Maio de 2011.

Brasil, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Resolução – RDC no. 10 de 09 de Março de 2010. Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras providências

. www.anvisa.gov.br. Acesso em Maio de 2011.

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