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Figuras de Linguagem

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Figuras

Linguagem de

(2)

Figur as

(3)

Pala vr a

(4)

Figuras de palavra

Comparação: é a comparação direta de qualificações entre

seres, com o uso do conectivo comparativo (como, assim como, bem como, tal qual, etc.).

Exemplos:

Naquele domingo, trabalhou como um cavalo.

A felicidade é como uma gota de orvalho numa pétala de flor Brilha tranquila, depois de leve oscila e cai como uma

lágrima de amor. (Vinícius de Morais)

(5)

Figuras de palavra

Metáfora: assim como a comparação, consiste numa relação de semelhança de qualificações. Mais sutil, exige muita

atenção do leitor para ser captada, porque dispensa os conectivos que aparecem na comparação.

Exemplos:

Naquele domingo, ele era um cavalo trabalhando.

"Veja bem, nosso caso / É uma porta entreaberta." (Luís Gonzaga Junior)

(6)

Figuras de palavra

Metonímia: é a utilização de uma palavra por outra. Essas palavras mantêm-se relacionadas de várias formas:

- O autor pela obra: Todos leram Machado para a prova.

- O instrumento pela pessoa que dele se utiliza: O jogador foi atropelado por microfones.

- O recipiente (continente) pelo conteúdo: Todos queriam, naquele instante, um bom copo d água.

-O lugar pelo produto: O que mais me fascinava era fumar um Havana.

(7)

Figuras de palavra

Sinédoque: atribuição a um vocábulo um sentido mais amplo ou mais restrito do que realmente tem. Relação “parte-todo”

Exemplos:

Procuramos um teto para morar.

Ele tem 2.000 cabeças de gado.

Os vivos não chegarão.

(8)

Figuras de palavra

Catacrese: é o emprego impróprio de uma palavra ou expressão por falta de outra no nosso vocabulário .

Exemplos:

O pé da mesa A asa da xícara Boca do fogão

(9)

Figuras de palavra

Perífrase (ou antonomásia): é um tipo de apelido que se confere aos seres, com o intuito de valorizar algum de seus feitos ou atributos.

Exemplos:

Todos gostaram da Ilha da Magia O rei das selvas

Papai do céu

(10)

Figuras de palavra

Sinestesia: é a figura que proporciona a ilusão de mistura de percepções, mistura de sentidos.

Exemplos:

Aquele olhar doce realçava sua voz morna.

"Os carinhos (tato) de Godofredo não tinham mais o gosto (paladar) dos primeiros tempos." (Autran Dourado)

"O brilho macio do cetim." (visão + tato)

"O doce afago materno." (paladar + tato)

"Verde azedo." (visão + paladar)

"Aroma gritante." (olfato + audição)

"O delicioso aroma do amor" (Paladar + Olfato)

"Beleza áspera" (Visão + tato)

(11)

Pensamento

(12)

Figuras de pensamento

Antítese: é a aproximação de palavras ou expressões que exprimem idéias contrárias, adversas.

Exemplos:

Aquele fogo em sua face apagava-se com o gélido coração

(13)

• Ou: quando abro o guichê É quando ela abaixa a

cortina

Eu sou funcionário Ela é dançarina

Abro o meu armário Salta serpentina

• Quando caio morto Ela empina

Ou quando eu tchum no colchão

É quando ela tchan no cenário

O seu planetário Minha lamparina

• Quando eu não salário Ela, sim, propina

• Quando esquento a sopa Ela cantina

Ou quando eu Lexotan É quando ela Reativina Eu sou funcionário

Ela é dançarina Viro o calendário Voa purpurina

• “Ela é dançarina” – Chico Buarque

(14)

Figuras de pensamento

Paradoxo: é uma expressão que engloba idéias opostas

Exemplos:

Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente;

é um contentamento descontente;

é dor que desatina sem doer.

(15)

Figuras de pensamento

Oxímoro: unem-se, num mesmo enunciado, dois pensamentos excluedentes, contraditórios

Exemplos:

inocente culpa

silêncio eloqüente tácito tumulto

ilustre desconhecido movimento apolítico claro enigma

morto vivo

(16)

Figuras de pensamento

Eufemismo: é uma espécie de abrandamento, é uma maneira de, por meio de palavras mais polidas, tornar mais suave e

sutil uma informação de cunho desagradável e chocante.

Exemplos:

O nobre deputado faltou com a verdade

Seu filho foi estudar a geologia dos campos santos.

(17)

Figuras de pensamento

Hipérbole: modo exagerado de exprimir uma idéia.

Exemplos:

“Eu nunca mais vou respirar, se você não me notar, eu posso até morrer de fome se você não me amar”

(Cazuza)

(18)

Figuras de pensamento

Ironia: figura que consiste em dizer, com intenções sarcásticas e zombadoras, exatamente o contrário do que se pensa, do que realmente se quer afirmar. Exige, em alguns casos,

bastante perícia por parte do receptor (leitor ou ouvinte).

Exemplos:

Moça linda, bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta:

um amor! (Mario de Andrade)

O ministro foi sutil como uma jamanta.

(19)

Figuras de pensamento

Prosopopeia (ou personificação): é a atribuição de características humanas a seres não-humanos.

Exemplos:

Seus olhos corriam pela fazenda enquanto a lua lhe sorria.

"A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel ..."

(Jõao Bosco / Aldir Blanc)

(20)

Figuras de pensamento

Apóstrofe: equivale ao vocativo na análise sintática.

Exemplos:

Onde quer que esteja Meu caro Barão

São Brás o proteja O santo dos ladrão Tava na faxina

Do seu caminhão

Pai Nosso, que estais no céu

Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal

(21)

Figuras de pensamento

Gradação: é a maneira ascendente ou descendente como as idéias podem ser organizadas na frase.

Exemplos:

Respirou e pôs um pé adiante e depois o outro, olhou para o lado e o caminhar virou trote, que virou corrida, que virou desespero.

(22)

Sonor as

(23)

Figuras sonoras

Aliteração: repetição de fonemas semelhantes.

Exemplos:

"(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões,

vozes veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas." (fragmento de Violões que choram.

Cruz e Souza)

(24)

Figuras sonoras

Rato

Rato que rói a roupa

Que rói a rapa do rei do morro

Que rói a roda do carro Que rói o carro, que rói o ferro

Que rói o barro, rói o morro

Rato que rói o rato Ra-rato, ra-rato

Roto que ri do roto Que rói o farrapo Do esfarra-rapado

Que mete a ripa, arranca rabo

Rato ruim

Rato que rói a rosa Rói o riso da moça E ruma rua arriba Em sua rota de rato

(25)

Figuras sonoras

Onomatopeia: consiste na criação de palavras com o intuito de imitar sons ou vozes naturais dos seres

Exemplos:

Ela me deu um susto e ploft, o bolo caiu no chão.

(26)

Figuras sonoras

Assonância: aproximação de vogais.

Exemplos:

A minha alma está armada e apontada para a cara do sossego.

Mesmo com toda a fama Com toda a brahma

Com toda a cama Com toda a lama

A gente vai levando A gente vai levando A gente vai levando

A gente vai levando essa chama

(27)

Figuras sonoras

É uma foto que não era para capa Era a mera contracara, a face

obscura

O retrato da paúra quando o cara

Se prepara para dar a cara a tapa

(28)

Síntese

(29)

Figuras de síntese

Elipse: ocorre quando se omite algum termo ou palavra de um enunciado. É sempre bom lembrar que essa omissão deve ser captada pelo leitor, que pode deduzi-la a partir do contexto, da situação comunicativa.

Exemplos:

(nós) Saímos da confeitaria com um pedaço de felicidade

(30)

Figuras de síntese

Zeugma: é um tipo de elipse. Ocorre zeugma quando duas

orações compartilham o termo omitido. Isto é, quando o termo omitido é o mesmo que aparece na oração anterior.

Exemplos:

Todos querem dinheiro; eu, amor.

"O meu pai era paulista / Meu avô, pernambucano / O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô, baiano." (Chico Buarque)

(31)

Figuras de síntese

Silepse: é a concordância de um termo não com a palavra expressa, mas sim com a ideia subentendida.

Exemplos:

Vossa Excelência está cansado?

Os professores devemos buscar a fórmula perfeita

(32)

Figuras de síntese

Polissíndeto: é a repetição de conjunções.

Exemplo

Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino escreve! No aconchego

Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha e teima, e lima , e sofre, e sua!

(33)

Figuras de síntese

Assíndeto: Síndeto significa conjunção, portanto assíndeto nada mais é que ausência de conjunção.

Exemplos:

"Soltei a pena, Moisés dobrou o jornal, Pimentel roeu as unhas"

(Graciliano Ramos)

Veni, vidi, vici. (Júlio César em 47 a.C)

(34)

Figuras de síntese

Pleonasmo: Essa figura nada mais é que a repetição, o reforço de uma idéia já expressa por alguma palavra, termo ou

expressão. Somente corre como figura de sintaxe quando

utilizado com fins estilísticos, como a ênfase intencional a uma idéia; sendo resultado da ignorância ou do descuido do usuário da língua, é considerado como um vício de linguagem

(pleonasmo vicioso).

Exemplos:

"E rir meu riso e derramar meu pranto" (Vinicius de Moraes) Cheguei até aqui caminhando com minhas próprias pernas.

(35)

Figuras de síntese

Anáfora: consiste na repetição de uma palavra ou expressão no início de várias frases ou versos:

Exemplos:

Não vim pra ficar

Não reserve um espaço no armário pra me acostumar Não espere no horário arrumada na sala de estar

Não pretendo trazer minha vida pro seu bangalô Não vim pra ficar

Não me põe monograma na fronha da gente deitar Não pendure no tanque gaiola pro meu sabiá

Não faz do nosso encontro uma obrigação, por favor

"Olha a voz que me resta / Olha a veia que salta / Olha a gota que falta / Pro desfecho que falta / Por favor." (Chico Buarque)

(36)

Figuras de síntese

Inversão ou Hipérbato ou Anástrofe: Há quando ocorre qualquer inversão da ordem natural de termos num

enunciado, a fim de conferir-lhe especiais efeitos e reforços de sentido

Exemplo:

Sua alma, nunca vi.

(37)

Figuras de síntese

Inversão ou Hipérbato ou Anástrofe : é um tipo de inversão que consiste, geralmente, na separação de termos que

normalmente apareceriam unidos.

Exemplo

O amor, todos sabemos, vermelho e quente descobri eu.

(38)

Figuras de síntese

Inversão ou Hipérbato ou Anástrofe :

Exemplos:

"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante”

(39)

Figuras de sintaxe

Inversão ou Hipérbato ou Anástrofe :

Exemplos:

As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico

Referências

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