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A Influência dos Estágios Evolutivos Organizacionais na Implantação de Sistemas ERP

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Academic year: 2021

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A Influência dos Estágios Evolutivos Organizacionais na Implantação de Sistemas ERP

Rafaela Mantovani Fontana (PUCPR) rafaelafontana@onda.com.br Alfredo Iarozinski Neto (PUCPR) alfredo.neto@pucpr.br

Resumo

Desde a década de 90, os sistemas ERP (Enterprise Resource Systems) têm sido utilizados como soluções para integração das informações organizacionais e suporte a todas as operações da empresa. Entre as vantagens apresentadas pela adoção deste tipo de sistema está o maior potencial para competitividade no atual contexto de mercado. Entretanto, os problemas relacionados à implantação de sistemas ERP têm se tornado críticos devido aos grandes impactos que o sistema causa na estrutura e processos da empresa, além de gastos não esperados. Estudando os modelos evolutivos organizacionais, vê-se que, dependendo do estágio evolutivo da organização, esta pode assumir características que proporcionem melhor adaptação na implantação de um sistema ERP. Por isso, o objetivo deste estudo é destacar como o conhecimento dos estágios evolutivos pode ajudar no momento da adoção de um ERP. Chegou-se à conclusão que um estágio evolutivo mais avançado pode minimizar os efeitos das grandes mudanças ocasionadas pela implantação.

Palavras chave: Implantação de ERP, Evolução Organizacional, Estágios Evolutivos.

1. Introdução

Os sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning), no Brasil chamados de Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, passaram a ser largamente utilizados a partir da década de 90 (MENDES & FILHO, 2002). São sistemas que controlam e fornecem suporte a todos os processos operacionais, produtivos, administrativos e comerciais da empresa. Por serem integrados, possibilitam o uso de uma única base de dados para todo o negócio, com fluxo único de informação (PADILHA & COSTA, 2004).

Os motivos para implantação de um sistema ERP são, entre outros, frustrações com sistemas incompatíveis e sem integração, não consolidação de questões mercadológicas mundiais e outros que influenciam diretamente na obtenção de maior competitividade (PADILHA &

COSTA, 2004). Outros autores apontam vantagens em tê-los como instrumentos estratégicos para melhora dos serviços e maior competitividade (CAVALCANTI NETTO, 2000), uma maior integração e melhor gerenciamento da informação e mais adaptabilidade dos negócios (NOGUEIRA NETO, 2000).

No entanto, a implantação de sistemas ERP tem sido considerada um processo crítico, por apresentar uma série de impactos na estrutura e processos da empresa, além de gastos não previstos (MENDES & FILHO, 2002). Leitch (2003) cita uma implantação estimada em 10 mil libras que subiu para um custo de 120 mil libras, devido a problemas na instalação e no armazenamento de dados. Em Adshead (2003), vê-se uma implantação estimada em 8 mil libras que, sem ter terminado, estava custando 25 mil libras. Custos atribuídos a problemas de restrições culturais e falta de uma solução específica para o setor.

Verificando que para Kiriri (2004), o conhecimento dos modelos evolutivos proporciona aos

empreendedores “um framework empírico válido que ajuda a determinar o estágio de

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encontram em cada estágio”, e que para Churchill & Lewis (1983), quando a gerência conhece as questões, desafios (atuais e futuros) e problemas em cada estágio, planos e estratégias são revistos para se preparar para o futuro, pode-se pensar que o estágio evolutivo da empresa contribui de alguma forma com algumas das questões consideradas críticas na implantação de sistemas ERP.

Assim, relacionando a visão de problemas na implantação ERP com a necessidade de conhecimento do estágio evolutivo da empresa, supõe-se que seja possível identificar em quais estágios evolutivos a empresa estaria mais preparada para enfrentar as dificuldades da implantação. Com esta consideração, o objetivo deste trabalho é apresentar um estudo dos principais modelos de evolução organizacional e destacar como o conhecimento desses modelos pode contribuir para melhorar o processo de implantação de sistemas ERP.

2. Método de Análise

A análise dos modelos de evolução em relação aos problemas com a implantação de ERP será realizada através da abordagem sistêmica, ou sistemografia. Esta, segundo Donnadieu (2005), é uma aliança entre um saber e uma prática. Na área do saber, aborda os conceitos de sistema e complexidade. Na forma de prática, é um método para se entrar na complexidade cuja linguagem compreende a utilização de modelos gráficos.

Le Moigne (LE MOIGNE, 1990) define sistemografia como a representação de fenômenos complexos. O resultado da observação científica depende essencialmente do observador, que vê a realidade através de uma “lente” e é identificada através de um fenômeno. A lente é um modelo geral adequado às intenções do observador. A partir das observações criam-se modelos que representem a realidade.

A intenção deste estudo é, portanto, utilizar os conceitos de abordagem sistêmica para identificar modelos de referência de evolução de sistemas empresariais, o que seria a “lente”, para, então, confrontá-los com os problemas relacionados à implantação de ERPs apresentados por Mendes & Filho (2002) – a realidade – e, a partir daí, desenvolver um modelo de relacionamento entre eles, que seria o modelo de representação da realidade.

3. Problemas relacionados à implantação de Sistemas ERP

Mendes & Filho (2002) , em um estudo focado em pequenas e média empresas, traçaram uma análise detalhada das características dos sistemas ERP, dos aspectos relevantes aos sucesso de sua adoção e das barreiras e dificuldades encontradas pelas empresas na implantação de ERPs. Os autores apresentam um quadro com as características identificadas como barreira na implantação de ERP. A Tabela 1 mostra um dos resultados desta pesquisa.

Barreiras para Implantação de Sistemas ERP Análises dos processos

*Atualização constante do sistema Muitos benefícios não são atendidos

*Complexidade na customização Dificuldade na comunicação

Equipe experiente para conduzir a implantação

*Dependência de um único fornecedor

*Interface do sistema não amigável

(3)

Os itens marcados com ‘*’ não são aspectos da empresa em si, mas sim relacionados à empresa fornecedora o sistema ERP e/ou ao pacote escolhido e, por isso, não serão levados em consideração no modelo. Os demais itens serão considerados aspectos da realidade a serem confrontados com os modelos evolutivos pesquisados.

4. Modelos Evolutivos Organizacionais

Os modelos de evolução organizacional localizam as empresas em estágios, de acordo com certas características consideradas relevantes na mensuração de sua maturidade. Rocha (2002) diz que o “desenvolvimento organizacional é um processo lento e gradual, sendo obtido por via de um processo de mudanças políticas, estratégias e práticas das organizações”. Um dos modelos clássicos de evolução organizacional é o modelo de Greiner (1994). Greiner dividiu a curva de crescimento das organizações em cinco estágios, definidos pelos fatores: foco na gestão, estrutura organizacional, estilo da gestão, sistema de controle e gestão de recompensa.

A Figura 1 apresenta o modelo de crescimento de Greiner.

Figura 1 - Os 5 Estágios de Crescimento segundo Greiner (adaptado de Greiner (1994))

Para Greiner (1994), cada estágio é caracterizado por um período de evolução, ou crescimento, e termina com um período de revolução, ou crise. Quando enfrentada, esta crise leva ao próximo estágio, quando novas práticas organizacionais devem ser adotadas para adaptação à nova fase.

Churchill & Lewis (1983) especializam o modelo de Greiner para as pequenas organizações.

Salientando que outros aspectos, além do tamanho do negócio e da maturidade da companhia, sejam avaliados, propõem um framework com cinco estágios. Cada estágio é descrito por cinco fatores: estilo de gerenciamento, estrutura organizacional, amplitude dos sistemas formais, estratégia principal e relação negócio-proprietário (Figura 2).

?

Pequena

Direção Liderança

Autonomia Delegação

Controle Coordenação

Burocracia Colaboração

Estágio I Estágio II Estágio III Estágio IV Estágio V

Tamanho da Organização

Grande

Idade da Organização

Jovem

Madura

Criatividade

Evolução

Revolução

(4)

Estágio 1 EXISTÊNCIA

Estágio 2 SOBREVIVÊNCIA

Estágio 4 DECOLAGEM

Estágio 5 MATURIDADE DE

RECURSOS DESIMPEDIMENTO CRESCIMENTO

Estilo de Gerenciamento

Supervisão Direta

Supervisão Supervisionada

Funcional (Gerentes assumem

certas funções do proprietário)

Funcional (Gerentes assumem

certas funções do proprietário)

Divisional Equipes

Estrutura Organizacional

Supervisão Direta do Proprietário aos

Subordinados

Número limitado de Empregados supervisionados por

um gerente. As decisões são do proprietário.

Número limitado de Empregados supervisionados pelos

gerentes funcionais.

Número limitado de Empregados supervisionados

pelos gerentes funcionais.

Gerentes assumem algumas

decisões estratégicas

Gerência descentralizada e

experiente.

Amplitude dos Sistemas Formais

Mínimo ou Não

Existente Mínimo Básico Em Desenvolvimento Em Maturação Extensivo

Estratégia Principal

Existência (permanecer no

mercado)

Sobrevivência Manter status de Rentabilidade

Conseguir recursos

para crescimento Crescimento ROI (return on investment)

Relação Negócio- Proprietário

Propriétário é o Negócio

Propriétário é o Negócio

Separação da figura do Proprietário em relação à Empresa (falta de

interesse)

Com o comprometimento, o

proprietário é mais envolvido das tarefas

da empresa

Separação da figura do Proprietário em relação à Empresa

(delegação)

Separação da figura do Proprietário em relação à Empresa,

financeira e operacionalmente.

Estágio 3 SUCESSO

Figura 2 - Os 5 Estágios de Crescimento segundo Churcill & Lewis (adaptado de Churcill & Lewis (1983))

Sibbet (2003), também complementando o modelo de Greiner, propõe um modelo de evolução organizacional baseado no Arco do Universo de Arthur M. Young (veja Figura 3), em que o fator “complexidade” do sistema é relacionado ao fator “liberdade”, e não mas a parâmetros de tamanho e idade, como vimos no modelo de Greiner. No Arco do Universo, Young descreve os sistemas vivos do universo segundo estes aspectos.

Figura 3 - Arco do Universo de Arthur M. Young (adaptado de Sibbet (2003))

No modelo de crescimento de Sibbet (2003), na Tabela 3, cada estágio alcança a estabilidade através de uma tensão criativa entre intenções e realidades. Após o terceiro estágio, o autor acrescenta um outro, em comparação ao modelo de Greiner (1994), que representa o estágio de comprometimento, chamado de Institucionalização. Neste estágio a empresa enfrenta o

Res trições Decr es cen tes

I II III IV

Luz Forças

Átomos

Moléculas Plantas

Animais

Seres Humanos

Aumento de Complexidade

(5)

Estágio Realidades Intenções Crise Interna

ou Externa Nível de

Liberdade (0-3)

1

Nível de Restrições (0-3)

2

1 Nascimento Oportunidade Grandes Idéias Direção 3 0

2 Expansão Fluxo de Caixa e Equipe

Forte Liderança Sustentabilida de

2 1 3 Especialização Competências Estratégias Claras Controle 1 2

4 Institucionalização Estrutura e Sistemas

Retornos Confiáveis

Produtividade 0 3

5 Regeneração Processo

Adaptável

Novo Crescimento

Flexibilidade 1 2

6 Co-criação Alianças de

Confiança Agilidade e

Inovação Complexidade 2 1

7 Transformação Intenções

Compartilhadas Impacto

Duradouro - 3 0

Tabela 2 - Os 7 Estágios de Evolução Organizacional de Sibbet (adaptado de Sibbet 2003))

1 De 0 a 3, o nível de liberdade vai de nenhuma a total, em ordem crescente.

2 De 0 a 3, o nível de restrições vai de nenhuma a total, em ordem crescente.

Analisando a relação da evolução organizacional com relação às características do CEO (Chief Executive Officer), Rooke & Torbert (1998), definem 8 estágios de desenvolvimento organizacional e os relaciona com o desenvolvimento do CEO, como mostra a Tabela 4.

Estágio Desenvolvimento Pessoal Desenvolvimento Organizacional

1 Impulsivo

Impulsos regulam os reflexos Concepção

Sonhos com a criação de uma nova organização

2 Oportunista

Necessidades regulam os impulsos Investimentos

Investimentos espiritual, financeiros e em redes sociais

3 Diplomata

Normas/Agradar os outros regulam as necessidades

Incorporação

Produtos ou serviços realmente estabelecidos

4 Expert

Destreza de lógica regula as normas Experimentos

Estruturas e estratégias alternativas testadas

5 Executivo

Efetividade do sistema regula a destreza de lógica

Produtividade Sistemática

Estrutura e estratégia únicas institucionalizadas 6 Estrategista/Líder

Princípio de auto-aperfeiçoamento regula o sistema

Pesquisa Colaborativa

Auto-aperfeiçoamento da estrutura para atender aos sonhos e missões

7 Mágico/Bruxo/Palhaço

Processo (jogo de princípios e ações) regula princípios

Comunidade Fundamental Estrutura falha, espírito sustenta

8 Irônico

Desenvolvimento inter-sistêmico regula os processos

Disciplinas Liberais

Aumento da consciência quanto a incongruências entre missão, estratégia, operações, resultados e habilidades Tabela 3 - Os 8 Estágios Evolutivos de Rooke & Torbert (adaptado de Rooke & Torbert (1998))

Dos quatro modelos analisados pode perceber-se que o número de estágios e as variáveis que

definem cada estágio diferem de autor para autor. Estudos para verificação da validade destes

parâmetros foram realizados no contexto de Pequenas e Médias Empresas e, na maior parte

dos casos, têm-se mostrado válidos na determinação do estágio evolutivo de uma organização

(KIRIRI, 2004 e RAPOSO & FERREIRA, 1998), segundo modelos que consideram quatro

estágios: Nascimento, Crescimento, Maturidade e Diversificação, com um possível estágio de

Declínio.

(6)

4. Avaliação do Estudo

Com base nos problemas relatados por Mendes & Filho (2002) com relação à implantação de sistemas ERP e as características organizacionais descritas pelos autores analisados e seus modelos evolutivos, percebeu-se que algumas das barreiras na implantação ERP podem ser melhor superadas se a empresa estiver preparada, em termos de maturidade, para enfrentá-las.

Nesta seção, apresentamos as sugestões de estágios evolutivos para as barreiras identificadas.

Análises dos processos: com a necessidade da empresa de revisar e talvez remodelar os processos internos para implantação do ERP, a flexibilidade pode ajudar a enfrentar as mudanças. Sugere-se, então, o Estágio III de Greiner (1994), com característica de gerência descentralizada e delegativa. O Estágio 3 – Crescimento de Churchill & Lewis (1983), configura uma fase de investimentos para expansão, o que também pode facilitar a adaptação.

Semelhante à visão de Rooke & Torbert (1998), que a consideram uma fase de experimentação. Para Sibbet (2003), o Estágio 5 é uma fase de processo adaptável;

Muitos benefícios não são atendidos: com pacotes ERPs montados com base nas melhores práticas de mercado, nem sempre alinhadas às necessidades da empresa, as chances de a implantação do ERP apresentar dificuldades aumenta (MADAPUSI & D’SOUZA, 2005 e MENDES & FILHO, 2002). Com processos organizacionais conhecidos, a empresa pode avaliar o que necessita e as espectativas. No Estágio IV de Greiner (1994) o planejamento formal da empresa está estabelecido e, por isto, os objetivos são conhecidos. O mesmo acontece para Sibbet (2003) no estágio 3 e para Rooke & Torbert (1998), no Estágio 5. Para Churchill & Lewis (1983), é no Estágio 3 que os sistemas formais começam a ser definidos;

Dificuldade na comunicação: supõe-se que a dificuldade de comunicação dê-se, entre outros fatores por uma cultura organizacional não voltada para o trabalho em equipe. O Estágio III de Greiner (1994) apresenta a comunicação dificultada pelo estabelecimento de hierarquias.

Por isso, sugere-se o Estágio II, quando a burocracia ainda não interfere na comunicação. O Estágio 2 de Churchill & Lewis (1983) parece facilitar a comunicação interna por apresentar estrutura organizacional com número limitado de empregados. Em Sibbet (2003), os problemas de Equipe do Estágio 2 parecem ser resolvidos nos Estágio 3. Os autores Rooke &

Torbert (1998) não citam aspectos de comunicação em seu estudo;

Equipe experiente para conduzir a implantação: a equipe responsável pela implantação deve ser experiente e ter bons conhecimentos sobre o negócio (MENDES & FILHO, 2002).

Greiner (1994) em seu Estágio II sugere que a empresa terá “incentivos, orçamentos e padrões de trabalho”, o que poderia colaborar com o comprometimento e trabalho da equipe de implantação. No Estágio III ainda tem-se bônus para estímulo e motivação da equipe. Para Churchill & Lewis (1983), é no Estágio 3 que a estrutura funcional está melhor definida e, com isto, colaborando com a produtividade. O mesmo acontece no modelo de Sibbet (2003).

Para Rooke & Torbert (1998), o Estágio 5, com sua produtividade sistemática, oferece a estrutura de equipe para melhor conduzir as atividades de implantação;

Modelos de referência x práticas específicas: semelhante ao problema encontrado na

barreira de “Muitos benefícios não são atendidos”, os modelos de referência são os pacotes

ERP que podem desencontrar com as estratégias da empresa (MADAPUSI & D’SOUZA,

(7)

Não envolvimento da alta administação: para que haja este envolvimento, sugere-se que a estrutura organizacional da empresa é um dos fatores determinantes. Com isso, o Estágio II de Greiner (1994) poderia corresponder por apresentar gerência centralizada, bem como para Sibbet (2003), em que o estágio é caracterizado por forte liderança. Para Churchill & Lewis (1983) é no Estágio 3 – Crescimento em que o empresário está envolvido com o negócio e, por isso, poderia atender à necessidade. Em Rooke & Torbert (1998) sugere-se o Estágio 3;

Planejamento da Implantação Inadequado: para que se possa planejar a implantação e seus impactos, é necessário conhecer os processos organizacionais e as mudanças que devem acontecer com o ERP. Por estas razões, sugerem-se os mesmos Estágios da barreira de

“Análises dos processos” e “Mudança Organizacional”.

A Tabela 5 resume os dados analisados.

Barreira Estágios de Evolução Sugeridos por Autor

Greiner Estágio III

Churchill & Lewis Estágio 3 – Crescimento

Sibbet Estágio 5

Análises dos processos

Rooke & Torbert Estágio 4

Greiner Estágio IV

Churchill & Lewis Estágio 3 (Desimpedimento ou Crescimento)

Sibbet Estágio 3

Muitos benefícios não são atendidos

Rooke & Torbert Estágio 5

Greiner Estágio II

Churchill & Lewis Estágio 2

Sibbet Estágio 3

Dificuldade na comunicação

Rooke & Torbert Não Identificável Greiner Estágio II ou III

Churchill & Lewis Estágio 3 (Desimpedimento ou Crescimento)

Sibbet Estágio 3

Equipe experiente para conduzir a implantação

Rooke & Torbert Estágio 5

Greiner Estágio IV

Churchill & Lewis Estágio 3 (Desimpedimento ou Crescimento)

Sibbet Estágio 3

Modelos de referência x prática específicas

Rooke & Torbert Estágio 5

Greiner Estágio III

Churchill & Lewis Estágio 3 – Crescimento

Sibbet Estágio 5

Mudança organizacional

Rooke & Torbert Estágio 4

Greiner Estágio II

Churchill & Lewis Estágio 3 – Crescimento

Sibbet Estágio 2

Não envolvimento da alta administração

Rooke & Torbert Estágio 3

Greiner Estágio III

Churchill & Lewis Estágio 3 – Crescimento

Sibbet Estágio 5

Planejamento da implantação inadequado

Rooke & Torbert Estágio 4

Tabela 4 - Relação das Barreiras na Implantação de ERP, com as Necessidades e Estágios Evolutivos Sugeridos

Verificando a Tabela 5, que sumariza a análise, vê-se que dos 31 estágios sugeridos para

melhor se lidar com as dificuldades da implantação de um sistemas ERP, apenas em 5

situações o segundo estágio evolutivo poderia atender. Parece-nos, com isto, que empresas em

estágio evolutivo igual ou superior ao terceiro estágo estão melhor preparadas para análise dos

(8)

impactos e mudanças nos processos organizacionais e, conseqüentemente implantação de um ERP.

5. Conclusões

O objetivo deste estudo foi destacar como o conhecimento dos modelos evolutivos organizacionais pode contribuir para melhorar o processo de implantação de sistemas ERP.

Com base em uma pesquisa bibliográfica, as barreiras encontradas na implantação foram listadas, e quatro modelos evolutivos de organização estudados e avaliados. O estabelecimento de uma relação empírica destes aspectos mostrou que, empresas localizadas nos dois primeiros estágios evolutivos podem não suceder na implantação de ERPs por não possuirem características estruturais e funcionais para suportar as mudanças requeridas.

Como continuação da pesquisa, sugere-se com os dados sejam experimentalmente validados, através de estudos de casos múltiplos que tenham passado por implantações de ERP. As empresas deveriam ser classificadas em um estágio evolutivo e as barreiras enfrentadas na implantação poderiam ser, então, na prática, relacionadas.

Referências

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