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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CENTRO DE ENGENHARIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CENTRO DE ENGENHARIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

MICHELE ROSE DE LIMA ANDRADE

AVALIAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL UTILIZADAS PELOS TRABALHADORES DE UMA

EMPRESA DE COLETA DE LIXO NA CIDADE DE PORTO DO MANGUE/RN

MOSSORÓ

2018

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MICHELE ROSE DE LIMA ANDRADE

AVALIAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL UTILIZADAS PELOS TRABALHADORES DE UMA

EMPRESA DE COLETA DE LIXO NA CIDADE DE PORTO DO MANGUE/RN

Trabalho de conclusão do curso de graduação em Engenharia de Produção, do Departamento de Engenharia e Ciências Ambientais do Centro de Engenharia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, requisito para obtenção do título de Engenheira de Produção.

Orientador: D.Sc. Fabrícia Nascimento de Oliveira

MOSSORÓ

2018

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© Todos os direitos estão reservados a Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei n° 9.279/1996 e Direitos Autorais: Lei n°

9.610/1998. O conteúdo desta obra tomar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata. A mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) sejam devidamente citados e mencionados os seus créditos bibliográficos .

O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi desenvolvido pelo Instituto

de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas

da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação

e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de

Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.

(4)
(5)

Dedico este trabalho in memoriam ao meu avô que apesar de não está aqui neste momento, ele esteve presente em uma etapa da minha vida.

Dedico este trabalho a minha mãe Irismar e ao

meu pai Dioclécio pela participação, incentivo

e compreensão em todos os momentos da

minha vida.

(6)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente, a Deus por ter me dado força e condições para finalizar este trabalho de conclusão de curso.

A minha mãe e ao meu pai por confiarem na minha pessoa e sempre estarem ao meu lado enfrentando os obstáculos.

A minha avó, meus tios e primos por me darem forças para superar as dificuldades enfrentadas no dia-a-dia.

A minha orientadora Fabrícia Nascimento de Oliveira por me passar confiança e acreditar que eu era capaz de vencer essa etapa.

A todos que contribuíram de forma direta e indireta para que isso acontecesse.

(7)

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo avaliar os riscos que os trabalhadores coletores de resíduos sólidos na cidade de Porto do Mangue/RN estão expostos, bem como verificar a utilização dos equipamentos de proteção individual durante as coletas. Nesse sentido, foi realizado um estudo de caso, utilizando como instrumentos de coleta, formulários, observações diretas e registros fotográficos, visando descobrir possíveis riscos nas atividades dos trabalhadores.

Verificou-se que os riscos ergonômicos estavam presentes na atividade de coleta de lixo, sendo os principais repetitividades, posturas inadequadas, monotonia de atividades, ritmo excessivo de trabalho e levantamento e manuseio de cargas. Observaram-se como riscos de acidentes, desníveis durante o percurso, máquinas sem proteção e armazenamento inadequado. Com relação aos riscos físicos encontrou-se os agentes ruído, calor, radiação não ionizante e vibração. Já nos riscos químicos observou-se vapor, poeira e gases. E como riscos biológicos foram identificados à propensão a vírus, bactérias, fungos e outros. Assim, foram classificados todos os riscos com base na probabilidade e gravidade e propostas algumas recomendações, visando minimizar ou elimina-los. Conclui-se que os riscos que os trabalhadores estão submetidos são inúmeros, porém com medidas simples como treinamento, orientação, supervisão e uso correto dos equipamentos de proteção individual, podem ser mitigados ou até eliminados e quanto às medidas de proteção individual foi mostrado o benefício de cada EPI e a importância de sua utilização.

Palavras-chave: Trabalhadores. Riscos. Resíduos sólidos.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Digrama do percurso da coleta turno da manhã... 26

Figura 2 - Diagrama do percurso da coleta turno da tarde... 27

Figura 3 - Diferenciação de sexo dos entrevistados na empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN... 28

Figura 4 - Faixa etária dos entrevistados na empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN... 29

Figura 5 - Escolaridade dos entrevistados na empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN.... 29

Figura 6 - O setor de trabalho dos entrevistados na empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN... 30

Figura 7 - Turno de trabalho dos entrevistados na empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN... 30

Figura 8 - Horário de trabalho dos entrevistados na empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN... 31

Figura 9 - Tempo de trabalho dos entrevistados na empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN... 31

Figura 10 - Trabalhos anteriores dos entrevistados ... 32

Figura 11 - Utilização dos Equipamentos de proteção individual dos entrevistados da empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN... 33

Figura 12 - Importância do uso dos Equipamentos de proteção individual para os entrevistados da empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN... 33

Figura 13 - Repetitividade na coleta de lixo domiciliar... 34

Figura 14 - Repetitividade na Limpeza de rua... 34

Figura 15 - Carro da coleta de lixo domiciliar... 35

Figura 16 - Poeira na coleta de lixo domiciliar... 35

Figura 17 - Despejo do lixo domiciliar... 36

Figura 18 - Bota de segurança de PVC... 53

Figura 19 - Bota de segurança de couro... 53

Figura 20 - Luva tipo tricotada... 54

Figura 21 - Luva tipo PVC... 54

Figura 22 - Luva tipo raspa... 54

Figura 23 - Vestimenta de segurança... 54

Figura 24 - Máscara PFF2... 55

Figura 25 – Respirador semifacial com filtro... 55

Figura 26 - Óculos de segurança... 56

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Graus de gravidade e de probabilidade possíveis para classificar os riscos... 19

Tabela 2 - Níveis de riscos e as ações correspondentes... 20

Tabela 3 - Riscos ergonômicos das atividades... 37

Tabela 4 - Riscos de acidentes das atividades... 41

Tabela 5 - Riscos físicos das atividades... 44

Tabela 6 - Risco químicos das atividades... 48

Tabela 7 - Riscos biológicos das atividades... 51

(10)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...11

1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA...11

1.2 JUSTIFICATIVA...12

1.3 OBJETIVOS...13

2 REFERENCIAL TEÓRICO...14

2.1 COLETORES DE RESIDUOS SÓLIDOS...14

2.2 RISCOS...14

2.2.1 Riscos físicos...15

2.2.2 Riscos químicos...16

2.2.3 Riscos biológicos...16

2.2.4 Riscos ergonômicos...17

2.2.5 Riscos de acidentes...18

2.3 GERENCIAMENTO DE RISCOS...18

2.4 ANALISE PRELIMINAR DOS RISCOS (APR)...20

2.5 NORMAS REGULAMENTADORAS (NRs)...20

2.5.1 PPRA e insalubridade...21

2.5.2 Equipamento de proteção individual – EPI...22

3 METODOLOGIA...24

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA...24

3.2 LOCAL DO ESTUDO...24

3.3 ETAPAS DE ELABORAÇÃO DA PESQUISA...25

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...26

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA...26

4.2 RESULTADOS DA APLICAÇÃO DO FORMULÁRIO...28

4.3 RESULTADOS DA ANÁLISE DOS RISCOS...34

4.4 RESULTADOS DA VERIFICAÇÃO SOBRE UTILIZAÇÃO DE EPI’S...52

4.4.1 Botas de segurança...52

4.4.2 Luvas de segurança...53

4.4.3 Vestimentas de segurança...54

4.4.4 Máscaras de segurança...55

4.4.5 Óculos de segurança...56

4.5 SUGESTÕES...57

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...58

REFERÊNCIAS...59

APÊNDICE A – PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO...62

APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO...63

APÊNDICE C – FORMULÁRIO...65

APÊNDICE D – ROTEIRO DE COLETA...67

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1 INTRODUÇÃO

O crescimento populacional e econômico no Brasil tem gerado um aumento no consumo pelos brasileiros, em consequência desse fator há um acréscimo no volume de lixo gerado. Assim como a palavra lixo representa o resíduo sólido desprezado pela população, os profissionais encarregados da coleta desses resíduos são chamados de “lixeiros” ou “garis”

(BENTO, 2014; MATOSKI, 2014; CATAI, 2014).

Esses profissionais da limpeza que trabalha exclusivamente com o lixo, assegurando a limpeza da via pública, executam serviços como, o recolhimento do lixo urbano domiciliar e hospitalar, transferência de lixo de rampas, carregamento e descarregamento de caminhões de lixo urbano, limpeza e coleta das instalações da empresa, coleta de lixo de logradouros públicos, dentre outras atividades relacionadas com a manutenção da limpeza urbana (OLIVEIRA, 2003; ZANDONADI, 2003; CASTRO, 2003). Nesse contexto, o grupo de trabalhadores que executam essas atividades merece serem estudados.

1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

O profissional que lida com os resíduos sólidos gerados pela população muitas vezes não é valorizado, recebem salário que não condiz com o trabalho executado, e, além disso, fica exposto a diferentes riscos. Desses, os principais riscos são: químico (gases, névoa, neblina, poeira e substâncias químicas tóxicas), físico (ruídos, vibração, calor, frio e umidade), biológico (doenças patológicas, animais transmissores de doenças, lixo hospitalar), ergonômico (levantamento de peso em excesso, correr atrás do caminhão, subir no caminhão) e acidentes (corte com materiais perfurantes, quedas, contusões, atropelamento e esmagamento) (OLIVEIRA, 2003; ZANDONADI, 2003; CASTRO, 2003).

Logo, este trabalho visa identificar e avaliar os riscos que os trabalhadores da coleta de

lixo na cidade de Porto do Mangue/RN estão expostos, bem como verificar o uso dos

equipamentos de proteção individual. Com isso espera-se ao longo do trabalho responder a

seguinte pergunta: Quais os principais riscos ocupacionais enfrentados pelos coletores de lixo

da cidade de Porto do Mangue/RN e quais as medidas de proteção individuais adotadas pela

empresa em observância as normas regulamentadoras vigentes para minimizar as

consequências desses riscos?

(12)

1.2 JUSTIFICATIVA

Estudando sobre a aplicação da segurança do trabalho nas empresas de pequeno porte, observa-se a necessidade de estudar os riscos envolvidos na atividade de coleta de resíduos sólidos para propor medidas de proteção, visando a minimização dos acidentes diários, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade física e mental do trabalhador.

Nas atividades diárias dos garis, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) deve ser obrigatório segundo a Norma Regulamentadora 6 (NR 6), com intuito de refletir em maior segurança às atividades as quais o profissional é exposto com isso as consequências dos acidentes são reduzidas (BRASIL, 2017a).

Esse estudo pretende-se trazer uma visão de como os funcionários se comportam durante a realização de suas tarefas, bem como mostrar as empresas o que deve-se melhorar para se desempenhar um melhor trabalho e ter um reconhecimento diante da sociedade. Essa função da coleta de resíduos sólidos possui certo descaso e preconceito, algo que não deveria ocorrer, tanto pela importância que este profissional possui para a sociedade, como também pelo trabalho árduo e pelos riscos aos quais estão expostos diariamente.

Observa-se na literatura que são poucos trabalhos voltados a esse assunto aqui abordado. Podem-se citar os estudos de Oliveira, Zandonadi e Castro (2003) que avaliaram os riscos ocupacionais entre trabalhadores da coleta de resíduos sólidos domiciliares da cidade de Sinop – MT. Pedrosa et al. (2010) que verificaram a segurança dos profissionais da coleta de lixo na cidade de Boa Vista – RR. Batista (2012) que realizou um estudo de caso no município de São Miguel do Iguaçu com os coletores de lixo e verificou os riscos ocupacionais. E Deud (2015) que realizou uma avaliação dos riscos ocupacionais entre trabalhadores da coleta de resíduos sólidos domiciliares de um município no centro sul do Paraná.

Percebe-se que esses estudos foram realizados nas regiões centro-oeste, norte e sul do Brasil. Durante a revisão de literatura, encontraram-se apenas duas pesquisas voltadas para esse tema na região nordeste. A primeira foi a de Borges (2014) que estudou a percepção dos coletores de lixo da cidade de Campina Grande – PB e os riscos ocupacionais a que estes estavam expostos. A segunda foi uma revisão de literatura realizada por Cunha (2018) sobre a avaliação dos riscos em coletores de resíduos sólidos domiciliares na cidade de Natal – RN.

Assim, percebe-se uma lacuna sobre essa temática, havendo a necessidade de realizar mais

pesquisas voltadas para essa área já que foi encontrado apenas esse trabalho no Rio Grande do

Norte, verificando-se um déficit de estudos nessa região sobre esse assunto.

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1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo geral

Avaliar os riscos aos quais estão submetidos os trabalhadores coletores de resíduos sólidos na cidade de Porto do Mangue/RN, bem como verificar a utilização dos equipamentos de proteção individual durante as coletas.

1.3.2 Objetivos específicos

 Analisar as causas e consequências dos riscos ocupacionais durante a coleta dos resíduos sólidos;

 Classificar os riscos de acordo com a probabilidade e gravidade das lesões;

 Verificar as condições de segurança dos coletores;

 Realizar o levantamento de todos os materiais utilizados pelos coletores;

 Propor recomendações de segurança para minimizar os efeitos dos riscos durante as atividades de coleta de resíduos.

(14)

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Serão apresentados nesse tópico sobre os coletores de resíduos sólidos, bem como os riscos que estão submetidos, o gerenciamento desses riscos e as normas regulamentadoras voltadas a essa atividade.

2.1 COLETORES DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Segundo Oliveira, Zandonadi e Castro (2003) nas atividades de coleta de resíduos, os trabalhadores, por realizarem suas atividades ao ar livre, ficam expostos ao calor, ao frio, à chuva e, ainda, às variações bruscas de temperatura. Durante o processo de trabalho, o compactador de lixo é acionado frequentemente, ocasionando ruído que se soma aos ruídos produzidos no trânsito e nas ruas. As atividades de coleta são realizadas nos morros e em ruas de asfalto precário, portanto os trabalhadores ficam sujeitos à trepidação pelo fato de viajarem no estribo do veículo coletor. Durante o recolhimento do lixo, os coletores sobem e descem ladeiras, percorrendo quilômetros a pé. Além disso, os horários de coleta muitas vezes coincidem com o de tráfego intenso, possibilitando acidentes como atropelamentos e colisões.

Os garis executam suas tarefas em ritmo acelerado, carregando vários sacos de lixo ao mesmo tempo, segurando-os pelas mãos, sob os braços e apoiando-os no tórax, o que eleva a possibilidade de acidentes por lesões cortantes, alterações musculares e problemas na coluna vertebral (OLIVEIRA; ZANDONADI; CASTRO, 2003).

2.2 RISCOS

De acordo com Deud (2015), risco é a combinação da probabilidade de ocorrer um evento perigoso ou uma exposição, com a gravidade da lesão ou doença que pode ser ocasionada por esse evento ou por essa exposição. Ou seja, o risco é a possibilidade de sofrer algum dano, decorrente de algum perigo. E perigo, por sua vez, pode ser qualquer fonte, como material ou equipamento de trabalho, métodos ou práticas de trabalho, que apresentam potencial para causar riscos.

Sendo o gari responsável pela coleta de lixo, o seu contato é direto com os agentes que

são nocivos à saúde, este é um fator que deixa o seu trabalho um dos mais arriscados e

insalubres, pelo fato de suas atividades exigirem ritmos de trabalho excessivos e, quase

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sempre, em ruas com trânsitos mais intensos (OLIVEIRA, 2003; ZANDONADI, 2003;

CASTRO, 2003).

Os coletores executam suas tarefas, realizando o carregamento de vários sacos de lixo ao mesmo tempo. Isso reflete em problemas ocupacionais que são sentidos no próprio corpo do trabalhador, pois são comuns as queixas de dores musculares pelo excesso de corrida em um roteiro. Soma-se também o fato de que é bem mais desgastante para eles subirem e descerem do caminhão várias vezes, enquanto que em roteiros onde os pontos de coleta são próximos um do outro, o gari raramente sobe no caminhão, percorrendo o roteiro ao lado do mesmo (OLIVEIRA, 2003; ZANDONADI, 2003; CASTRO, 2003).

Logo, os fatores desencadeantes das doenças do trabalho são chamados de agentes ambientais e podem ser classificados segundo a sua natureza e forma com que atuam no organismo humano. Essa classificação é conforme a NR – 9 em riscos físicos, químicos e biológicos. No entanto, além deles podemos inserir os riscos de acidentes e ergonômicos (OLIVEIRA, 2003; ZANDONADI, 2003; CASTRO, 2003).

2.2.1 Riscos físicos

Os agentes físicos causadores em potencial de doenças ocupacionais são: ruído, vibrações, temperaturas extremas (calor e frio), pressões anormais, radiações ionizantes (raios x, raios alfa, raios beta, raios gama), radiações não-ionizantes, vibração e umidade (CAVALCANTE, 2010; BRASIL, 2017b).

Um dos prejuízos causados pelo excesso de ruído no trabalho é a redução da capacidade auditiva do trabalhador, além disso, a exposição intensa e prolongada ao ruído atua desfavoravelmente sobre o estado emocional do indivíduo com consequências imprevisíveis sobre o equilíbrio psicossomático, alterando inclusive o humor ou deixando-o nervoso.

A vibração de equipamentos na coleta pode provocar lombalgias e dores no corpo, além de estresse, já o calor pode causar uma sensação de desconforto corporal para o trabalhador (DEUD, 2015). Então, quanto mais frequente a exposição aos riscos, maior o número de trabalhadores que apresentarão problemas ocupacionais e menor será o tempo em que estes permanecerão em suas funções.

Para minimizar os efeitos desses riscos sobre os trabalhadores é necessário utilizar

EPIs como protetor auricular, verificar balanceamento das rodas dos veículos, fornecer EPI

com material antivibração e realizar períodos de descanso, orientar os trabalhadores quanto ao

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uso do protetor solar, ingerir líquidos, como água, para manter-se devidamente hidratado, devido ao calor (DEUD, 2015; BRASIL, 2017b).

2.2.2 Riscos químicos

São os agentes ambientais causadores em potencial de doenças profissionais devido à sua ação química sobre o organismo dos trabalhadores. Podem ser encontrados tanto na forma sólida, como líquida ou gasosa. Além do grande número de materiais e substâncias tradicionalmente utilizadas ou manufaturadas no meio industrial, uma variedade enorme de novos agentes químicos em potencial são encontrados, devido à quantidade crescente de novos processos e compostos desenvolvidos (CAVALCANTE, 2010; BRASIL, 2017b).

Eles podem ser classificados de diversas formas, segundo suas características tóxicas, estado físico etc. Esses agentes podem penetrar no nosso corpo por meio das vias respiratórias, cutânea, digestiva e ocular, sendo encontrados nos ambientes de trabalho nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, substâncias compostas ou produtos químicos em geral.

Um agente comum nas atividades com resíduos é a poeira, que pode ser responsável por desconforto e perda momentânea da visão, e por problemas respiratórios e pulmonares. Já os vapores e gases têm como consequências doenças pulmonares obstrutivas crônicas e enfisema pulmonar, etc. Para minimizar esses efeitos no trabalhador é necessário orientar e supervisionar os colaboradores quanto ao uso dos EPI’s necessários no desempenho das atividades (SILVA, 2013).

2.2.3 Riscos biológicos

São microrganismos causadores de doenças com os quais pode o trabalhador entrar em contato, no exercício de diversas atividades profissionais. Vírus, bactérias, protozoários, parasitas, fungos e bacilos são exemplos de microrganismos aos quais frequentemente ficam expostos médicos, enfermeiros, funcionários de hospitais, sanatórios e laboratórios de análises biológicas, lixeiros, açougueiros, lavradores, tratadores de animais, trabalhadores de curtume e de estações de tratamento de esgoto, etc. (CAVALCANTE, 2010; BRASIL, 2017b).

Especificar doenças ocupacionais relacionadas aos resíduos sólidos municipais é tarefa

complexa. Os trabalhadores dos sistemas de limpeza urbana estão expostos a poeiras, a ruídos

excessivos, ao frio, ao calor, à fumaça e ao monóxido de carbono, à adoção de posturas

(17)

forçadas e incômodas e também a microorganismos patogênicos presentes nos resíduos municipais (OLIVEIRA, 2003; ZANDONADI, 2003; CASTRO, 2003).

As micoses são comuns, aparecendo mais frequentemente (mas não exclusivamente) nas mãos e pés, onde as luvas e calçados estabelecem condições favoráveis para o desenvolvimento de microorganismos. Índices relativamente altos de doenças coronarianas e hipertensão arterial têm sido detectados entre trabalhadores da limpeza urbana (principalmente entre trabalhadores da coleta domiciliar) (OLIVEIRA, 2003; ZANDONADI, 2003; CASTRO, 2003).

As medidas de prevenção e controle dos efeitos na saúde coletiva e na saúde ocupacional, dos resíduos sólidos municipais, dependem de informações e dados epidemiológicos em que sejam estabelecidos os nexos causais. O apoio a pesquisas dentro deste enfoque é prioritário (OLIVEIRA, 2003; ZANDONADI, 2003; CASTRO, 2003).

O desenvolvimento de capacitação técnica, tendo em vista as questões ambientais e de saúde, dos profissionais envolvidos nos sistemas gerenciais de resíduos, poderá, a médio e longo prazo, introduzir estas variáveis nos projetos e planos (OLIVEIRA, 2003;

ZANDONADI, 2003; CASTRO, 2003).

2.2.4 Riscos ergonômicos

São aqueles relacionados com fatores fisiológicos e psicológicos inerentes à execução das atividades profissionais. Estes fatores podem produzir alterações no organismo e estado emocional dos trabalhadores, comprometendo a sua saúde, segurança e produtividade (CAVALCANTE, 2010; BRASIL, 2007).

Podemos citar como exemplos, os movimentos repetitivos, levantamento e transporte manual de pesos, movimentos viciosos, trabalho de pé, esforço físico intenso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, desconforto acústico e térmico, mobiliário inadequado, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho muito longas, situações de estresse físico ou psicológico etc.

Estes riscos podem ter como consequências cansaço, dores musculares, fraquezas,

hipertensão arterial, diabetes, úlcera, doenças nervosas, acidentes e problemas da coluna

vertebral. Para minimizar os efeitos nos trabalhadores é necessário treinar e orientar todos os

funcionários em relação a postura correta ao realizar suas atividades (SILVA, 2013).

(18)

2.2.5 Riscos de acidentes

Segundo Cavalcante (2010), riscos de acidentes consistem em qualquer circunstância ou comportamento que provoque alteração da rotina normal de trabalho. São consideradas condições para tais riscos, por exemplo: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas impróprias ou com defeitos, armazenamento inadequado, presença de animais peçonhentos e outras condições que possam contribuir para ocorrência de acidentes no local de trabalho.

Entretanto, estes riscos têm como consequência acidentes por animais peçonhentos, acidentes e desgaste físico excessivo, acidentes graves. Assim, para realizar a minimização desses efeitos nos trabalhadores é preciso realizar a manutenção das vias e retirar os obstáculos dos percursos (SILVA, 2013).

2.3 GERENCIAMENTO DE RISCOS

O processo de gerenciamento de riscos pode ser dividido em duas etapas, que são a identificação dos perigos e a análise do grau dos riscos encontrados. Esta análise deve ser feita através da estimativa da gravidade do perigo e da probabilidade de o risco ocorrer (DEUD, 2015).

A estimativa da gravidade do perigo deve levar em consideração dois aspectos que são as partes do corpo que podem ser afetadas e a natureza do dano, sendo que esta última é classificada da seguinte forma (DEUD, 2015) :

 Levemente prejudicial: ferimentos superficiais, pequenos cortes e contusões, irritação dos olhos pela poeira, desconforto temporário (ex.: dor de cabeça);

 Prejudicial: queimaduras, torções, pequenas fraturas, surdez, dermatite, asma, problema de saúde levando a incapacidade permanente de pequeno porte;

 Extremamente prejudicial: amputações, fraturas importantes, envenenamento, ferimentos fatais; câncer ocupacional, doenças agudas fatais, outras doenças graves que diminuem a vida.

Para análise da probabilidade de um risco ocorrer, devem-se levar em consideração os seguintes aspectos (DEUD, 2015) :

Medidas de controle existentes;

 Número de pessoas expostas;

 Frequência e duração da exposição ao perigo;

 Falha de utilidades, como água e eletricidade;

(19)

 Falha de componentes da planta, de máquinas e de dispositivos de segurança;

 Proteção proporcionada pelos EPIs e a taxa de uso dos mesmos;

 Erros não intencionais ou violações intencionais de procedimentos.

Para obter o grau ou a classificação dos riscos, basta combinar as classificações de probabilidade e gravidade, de acordo com a Tabela 1, proposta por DEUD (2015).

Tabela 1 - Graus de gravidade e de probabilidade possíveis para classificar os riscos Severidade

Frequência

Levemente

prejudicial Prejudicial Extremamente prejudicial Altamente

improvável RISCO TRIVIAL RISCO

TOLERÁVEL

RISCO MODERADO

Improvável RISCO

TOLERÁVEL

RISCO MODERADO

RISCO SUBSTANCIAL

Provável RISCO

MODERADO

RISCO SUBSTANCIAL

RISCO INTOLERÁVEL

Fonte: DEUD (2015).

De acordo com a Tabela 2 de Deud (2015), as classes de risco orientam a decisão e o

estabelecimento das medidas mais adequadas para cada situação.

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Tabela 2 - Níveis de riscos e as ações correspondentes

NIVEL DE RISCO AÇÃO E CRONOGRAMA

TRIVIAL Nenhuma ação é requerida e nenhum registro documental precisa ser mantido.

TOLERÁVEL

Nenhum controle adicional é necessário. Pode-se considerar uma solução mais econômica ou aperfeiçoamento que não imponham custos extras. O monitoramento é necessário para assegurar que os controles são mantidos.

MODERADO

Devem ser feitos esforços para reduzir o risco, mas os custos de prevenção devem ser cuidadosamente medidos e limitados. As medidas de redução de risco devem ser implementadas dentro de um período de tempo definido.

Quando o risco moderado é associado as consequências extremamente prejudiciais, uma avaliação anterior pode ser necessária, a fim de estabelecer, mais precisamente, a probabilidade de dano, como uma base para determinar a necessidade de medidas de controle aperfeiçoadas.

SUBSTANCIAL

O trabalho não deve ser iniciado até que o risco tenha sido reduzido. Recursos consideráveis poderão ser alocados para reduzir o risco. Quando o risco envolver trabalho em execução, ação urgente deve ser tomada.

INTOLERÁVEL

O trabalho não deve ser iniciado nem continuar até que o risco tenha sido reduzido. Se não for possível reduzir o risco, nem com recursos ilimitados, o trabalho deve permanecer proibido.

Fonte: DEUD (2015).

Avaliando estes riscos com estas combinações é possível definir os níveis para cada grupo de risco.

2.4 ANALISE PRELIMINAR DOS RISCOS (APR)

A Análise Preliminar de Riscos é uma técnica qualitativa utilizada para a identificação dos riscos de processos e atividades. A realização propriamente dita desta análise ocorre através do preenchimento de uma planilha de APR (DEUD, 2015).

A APR abrange as principais etapas do ciclo de gerenciamento de riscos. Ela é aplicada e desenvolvida na fase inicial de projeto e de processo, mas também é muito útil quando se faz a revisão geral de segurança em sistemas já em operação, mostrando aspectos que poderiam passar despercebidos (DEUD, 2015).

2.5 NORMAS REGULAMENTADORAS (NRs)

As Normas Regulamentadoras - NRs relativas à segurança e medicina do trabalho, são

de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da

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administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente (BRASIL, 2009).

No entanto, dentre as 36 (trinta e seis) normas regulamentadoras as quatro principais normas que estão diretamente ligadas ao assunto abordado são a NR 6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI, a NR 9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, a NR 15 – Atividades e operações insalubres e a NR 17 - Ergonomia.

2.5.1 PPRA e insalubridade

A NR 9 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (BRASIL, 2017b).

Cabe ao empregador, estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição. E aos trabalhadores, colaborar e participar na implantação e execução do PPRA; seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA; informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores (BRASIL, 2017b).

Enquanto a NR 15 aborda sobre os agentes insalubres e seus limites de tolerância,

sobre a porcentagem do adicional incidente no salário mínimo, além dos métodos utilizados

para avaliar e caracterizar as atividades e operações insalubres. São consideradas atividades

ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho,

exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados

em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. A

insalubridade varia de grau máximo (40%), médio (20%) e mínimo (10%), sendo que este não

pode ser acumulado com outros adicionais (BRASIL, 2014).

(22)

2.5.2 Equipamento de proteção individual – EPI

Já para os fins de aplicação da NR 6, considera-se EPI todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (BRASIL, 2017a).

Nesse sentido, as responsabilidades do empregador são adquirir o equipamento adequado ao risco de cada atividade; exigir seu uso; fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; comunicar ao Ministério do trabalho - MTE qualquer irregularidade observada e registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico (BRASIL, 2017a).

Já as responsabilidades do trabalhador são usar o equipamento, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; responsabilizar-se pela guarda e conservação; comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado (BRASIL, 2017a).

De acordo com Silva (2013), os EPIs têm a finalidade de neutralizar a ação de certos acidentes que poderiam causar lesões aos trabalhadores e protegê-los de possíveis danos à saúde causados pelas condições de trabalho. Dessa forma, é necessária a utilização dos principais EPIs ao realizar as atividades, como:

 Óculos que é destinado à proteção dos olhos contra impactos de partículas, agentes térmicos, agentes químicos;

 Luvas utilizadas para proteção das mãos contra agentes abrasivos, escoriantes, cortantes e perfurantes;

 Calçados para proteção contra agentes biológicos, químicos agressivos, térmicos e contra queda de objetos sobre os artelhos;

 Respiradores e máscaras que oferecem proteção das vias respiratórias quando o funcionário é exposto a agentes químicos, poeiras, névoas.

 Fardamento é necessário para proteção do corpo como um todo de todos os possíveis riscos;

 Protetor solar é necessário para proteger de possíveis câncer de pele;

(23)

 Protetor auricular é utilizado para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora;

 Capuz de segurança é utilizado para proteger a cabeça de insolação.

Além de fornecer os EPIs, a empresa deve orientar e fiscalizar o dia a dia dos

funcionários e ajudar na conscientização e prevenção. Desse modo, se faz necessário ter uma

pessoa responsável para cobrar o uso dos equipamentos e também o poder para tomar as

ações necessárias em caso de não conformidade com o processo. Devendo estar envolvido no

processo, buscando levantar pontos que possam trazer riscos de acidentes e tomando as ações

necessárias para minimizar a incidência desses.

(24)

3 METODOLOGIA

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Neste trabalho, quanto ao propósito, o tipo de pesquisa utilizada é a descritiva e exploratória. Essa última tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Na maioria dos casos, envolvem: levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos que "estimulem a compreensão"

(GIL, 2002).

A pesquisa é descritiva, pois descreve características de determinada população ou fenômeno e o estabelecimento de relações entre as variáveis (GIL, 2002).

Quanto à abordagem, a pesquisa utilizada foi quantitativa e qualitativa, onde se demonstrou a forma da coleta de lixo e quantificaram-se os dados utilizados no formulário.

Com relação aos procedimentos, foi um estudo de caso, pois a pesquisa mostrou à forma que foi realizada a coleta de lixo na cidade de Porto do Mangue/RN, bem como os riscos envolvidos na atividade e os EPIs utilizados pelos coletores.

Quanto a natureza essa pesquisa é aplicada, pois acessa e usa alguma parte das teorias, conhecimentos, métodos e técnicas, onde é útil para encontrar soluções para problemas cotidianos (GIL, 2002).

2.5 LOCAL DO ESTUDO

A pesquisa foi realizada em uma empresa de coleta de lixo na cidade de Porto do Mangue/RN, no período entre Junho/2018 e Agosto/2018, analisando variáveis como informações pessoais dos trabalhadores, bem como observações quanto aos riscos ocupacionais do sistema de coleta de lixo da empresa.

A escolha da empresa se deu pelo fato da pesquisadora ter realizado o estágio

curricular obrigatório, tendo acesso às informações durante a coleta dos dados.

(25)

2.6 ETAPAS DE ELABORAÇÃO DA PESQUISA

Para realização da pesquisa, foi necessário inicialmente elaborar o termo de autorização, (Apêndice A), com objetivo de a empresa permitir a realização do estudo.

Também se fez necessário elaborar um termo de consentimento (Apêndice B), para explicar aos trabalhadores o objetivo do estudo e obter a permissão destes para divulgar os dados coletados no meio acadêmico.

Para coleta dos dados, além de formulários (Apêndice C), para obtenção das informações dos trabalhadores, também foram realizadas observações diretas e registros fotográficos. Para identificar e avaliar os riscos foi feito um roteiro de coleta (Apêndice D).

Durante a entrevista, foi explicado aos coletores que a participação na pesquisa não era obrigatória. Eles foram orientados sobre a pesquisa e seus objetivos, através do termo de consentimento. Dos que trabalhavam apenas 1 se recusou a participar.

O formulário teve como objetivo coletar os dados pessoais e de trabalho, tais como idade, grau de escolaridade, turno de trabalho, uso dos EPI’s, dados de afastamento e acidentes de trabalho. Quanto ao critério utilizado na elaboração do formulário, levou-se em conta a percepção dos trabalhadores sobre o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI’s) e dos riscos aos quais eles estavam expostos.

Para avaliar os riscos ocupacionais foi identificado para cada função o agente causador do risco, causas, consequências, probabilidade, gravidade, classificação dos riscos e recomendações. A classificação dos riscos foi realizada seguindo o modelo proposto por Deud (2015) em que a probabilidade se dividiu em altamente improvável, improvável e provável. Já a gravidade em levemente prejudicial, prejudicial e extremamente prejudicial. Ao analisar esses dois índices foram classificados os riscos como trivial, tolerável, moderado, substancial e intolerável.

A tabulação dos dados foi realizada utilizando o programa de planilha eletrônica. Logo

após, foi realizada a divisão dos dados nas planilhas e elaborado gráficos para melhor

visualização dos dados obtidos.

(26)

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa objeto desse estudo está no mercado desde 2012, trabalhando tanto na coleta de lixo domiciliar, como o de obras. Atualmente, está realizando a coleta domiciliar na cidade de Porto do Mangue/RN teve início em janeiro de 2017.

A empresa privada é composta por 19 funcionários, divididos nos turnos matutino e vespertino, sendo 2 trabalhadoras no turno matutino e 17 trabalhadores do turno diurno. A empresa possui dois caminhões, um que realiza a coleta do lixo domiciliar e o outro a coleta de galhos de árvores cortadas no município.

A pesquisa foi realizada com os empregados da empresa do presente estudo. Todas as atividades foram consideradas, de modo que se analisou desde a coleta dos resíduos até o despejo final.

Na empresa estudada, as atividades são realizadas em dois horários de trabalhos, onde a maioria dos funcionários trabalham durante os dois turnos, nesses percursos são coletados todos os lixos de dentro do balde, bem como o lixo das residências e supermercados da cidade, sem haver separação para reciclagem e são depositados todos no mesmo local de destino (lixão a céu aberto). A seguir será demonstrado nas Figuras 1 e 2 referente aos turnos de trabalho.

Figura 1 – Diagrama do percurso da coleta no turno da manhã

Fonte: Autoria própria (2018).

(27)

Figura 2 – Diagrama do percurso da coleta no turno da tarde

Fonte: Autoria própria (2018).

Após o reconhecimento dos percursos, foi realizado um acompanhamento das atividades pela pesquisadora no turno da tarde para analisar algumas informações necessárias ao trabalho. Sendo assim, foram analisados todos os utensílios utilizados por cada atividade, de acordo com a Tabela 3.

Quadro 1 - Materiais e equipamentos utilizados por atividades

Atividades

Coleta de lixo domiciliar

Coleta de galhos de árvores

Limpeza de rua

Condução do caminhão

Supervisão

Materiais/Equipamentos

- Tesoura Vassoura Caminhão -

- Facão Pá - -

-

Escadas Carro de transporte

do lixo

- -

Fonte: Autoria própria (2018).

A empresa em estudo realiza pagamento de insalubridade, para os coletores de lixo

domiciliar a insalubridade é de 40% e para os demais funcionários de 20%.

(28)

4.2 RESULTADOS DA APLICAÇÃO DO FORMULÁRIO

A seguir serão analisados alguns gráficos que mostram os resultados obtidos através do formulário aplicado aos trabalhadores na empresa de coleta de lixo da cidade de Porto do Mangue/RN. Onde, esse estudo evidencia a importância do uso de equipamentos de proteção individual para a segurança dos funcionários.

No questionário procurou-se inicialmente analisar os dados pessoais de cada funcionário como sexo, faixa etária e escolaridade, em seguida buscou-se os dados do empregado em relação a empresa como turno de trabalho, tempo, onde trabalhava anteriormente, se utilizava equipamentos de proteção individual (EPI’s), importância dos equipamentos de proteção individual, se já houve afastamento por motivos de acidentes ou doenças e se houve sequelas.

A Figura 3 apresenta a divisão por gênero, e observa-se que o percentual do sexo masculino é de 89% em relação ao total e o sexo feminino é de apenas 11%. Comparando esses resultados com a pesquisa de Borges (2014), evidencia-se que, em sua pesquisa a maioria dos trabalhadores também é do sexo masculino, pois a exigência de força fica mais clara quando os coletores têm que despejar no caminhão todo o lixo contido nos tonéis presentes em edifícios e condomínios.

Figura 3 - Diferenciação de sexo dos entrevistados na empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).

A faixa etária do público entrevistado foi em sua maioria entre trinta e seis anos e quarenta e sete (22%) como mostra a Figura 4. Logo, a idade média dos funcionários da empresa é de 36 anos, possivelmente nessa faixa etária as pessoas são mais aptas a desenvolver as atividades atribuídas pela empresa em estudo.

89%

11%

Masculino

Feminino

(29)

Figura 4 - Faixa etária dos entrevistados na empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).

Os resultados sobre escolaridade na entrevista mostram que a grande maioria dos trabalhadores cursou entre 2º e 9º ano que corresponde a 66%, o percentual que cursou o ensino médio incompleto 17% e o que cursou ensino médio completo 17% (Figura 5).

Portanto, é possível observar que a maioria dos trabalhadores não é lotada na empresa devido ao seu nível de escolaridade, pois não é exigido o nível alto porque o trabalho é braçal.

Figura 5 - Escolaridade dos entrevistados na empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).

Quanto ao setor de trabalho dos entrevistados, a maioria atua na coleta de lixo que corresponde a 50%, o setor da limpeza de rua é 28%, do escritório 11%. A função de motorista tem a carteira assinada como auxiliar de serviços gerais é 5% e outros que corresponde a 6% referem-se ao cortador de árvores (Figura 6).

17%

11%

17%

22%

22%

11% Entre 18 e 23 anos

Entre 24 e 29 anos Entre 30 e 35 anos Entre 36 e 41 anos Entre 42 e 47 anos Mais de 47 anos

33%

33%

17%

17%

Cursou 2ª a 5º Ano Cursou 6ª a 9ª Ano Cursou Ensino médio incompleto

Cursou Ensino médio completo

(30)

Figura 6 - O setor de trabalho dos entrevistados na empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).

O turno de trabalho da maioria dos entrevistados é de manhã e tarde, o que corresponde à 89%. Dentre os que trabalham pela manhã de 7 ás 11 horas e a tarde das 13 ás 17 horas, há 3 trabalhadores que trabalham na segunda, quarta, sexta e sábado de sete até meio dia, os mesmos são da zona rural e o restante do percentual que corresponde a 11% são duas trabalhadoras que fazem a limpeza de rua e suas jornadas são de 5 às 12 horas (Figura 7). Sendo assim, não foi encontrado nenhum trabalhador que trabalha apenas no turno da tarde.

Figura 7 - Turno de trabalho dos entrevistados na empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).

O horário de trabalho da maioria dos entrevistados é manhã e à tarde que é o horário com intervalo entre 7 às 11 horas e 13 às 17 horas, já o percentual de 11% é do horário corrido que é das duas mulheres da empresa que trabalham de 5 às 12 horas (Figura 8).

11%

89%

Manhã

Manhã e Tarde

(31)

Figura 8 - Horário de trabalho dos entrevistados na empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).

Com relação ao tempo de trabalho dos entrevistados da empresa, a maioria trabalha a mais de 1 ano o que corresponde à 83%, o percentual que trabalha há um mês, ainda se encontra em experiência é de 5%, já entre um e cinco meses é de 6% e entre seis meses e um ano é de 6% (Figura 9). Comparando aos dados de Borges (2014) que aborda o tempo de serviço dos trabalhadores: 12 coletores trabalham há, no máximo, 1 ano na atividade. Apenas 2 trabalham de 1 a 3 anos no ramo e apenas 1 não respondeu o mesmo que não respondeu sobre a idade. São dados que demonstram que a rotatividade desses trabalhadores é alta.

Assim, foi possível definir que a empresa em estudo existe pouca rotatividade de trabalhadores, pois a maioria dos funcionários se encontra na empresa desde que ela firmou contrato com a prefeitura em janeiro de 2017.

Figura 9 - Tempo de trabalho dos entrevistados na empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).

89%

11%

Horário com intervalo Horário Corrido

5% 6%

6%

83%

Até 1 mês

Entre 1 mês e 5 meses

Entre 6 meses e 1 ano

Mais de 1 ano

(32)

A Figura 10 demonstra as empresas que os entrevistados trabalhavam antes da empresa de coleta de lixo da cidade de Porto do Mangue/RN, e um dos maiores percentuais encontrados foi para a empresa de camarão 22%, porque a mesma é situada na cidade de Porto do Mangue/RN, em sequência veio à empresa de energia eólica, o primeiro emprego e a empresa de coleta de lixo do contrato anterior com 17%, no primeiro emprego houve dois com 20 e 21 anos e outro com 41 anos, já 11% trabalharam em empresas de construção civil e de vigilância e por fim 5% dos entrevistados trabalharam em prestadoras de serviços da Petrobras.

Figura 10 – Trabalhos anteriores dos entrevistados.

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).

Na Figura 11, está demonstrada a quantidade de trabalhadores que utilizam os Equipamentos de proteção individual (EPI’s). Dentre os entrevistados questionados sobre o uso de EPI 50% responderam “sim”, onde estes são da função de coletor de lixo domiciliar e fazem o uso de todos os equipamentos como fardamentos, botas, luvas, mascarás e óculos.

Mesmo não havendo no formulário a opção de “sim, parcialmente”, 39% falaram que usavam os EPI’s parcialmente, o que corresponde as atividades de limpeza de rua e cortador e coletores de galhos de árvores que fazem uso de fardamento, botas e luvas. E os que disseram

“não”, não faz uso de nenhum equipamento, pois esses exercem a função de supervisor e trabalham no escritório da empresa.

5%

22%

11%

17%

17%

17%

11% Prestadora de serviços da Petrobras

Empresa de camarão Construção civil

Empresa de energia eólica 1º Emprego

Empresa de coleta de lixo

Empresa de vigilância

(33)

Figura 11 - Utilização dos Equipamentos de proteção individual dos entrevistados da empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN.

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).

A Figura 12 demonstra a importância para os entrevistados do uso dos equipamentos de proteção individuais (EPI’s) e 50% falaram que é necessária a utilização para prevenção de doenças, já 22% citaram que era para prevenção no geral e 11% que era para proteger durante a limpeza, ou seja, na hora da realização do trabalho. Sendo assim, a minoria falou que era para proteção do corpo na hora de realizar o trabalho.

Figura 12 - Importância do uso dos Equipamentos de proteção individual para os entrevistados da empresa de coleta de lixo, Porto do Mangue/RN.

Fonte: Dados da Pesquisa (2018).

Por fim, foram realizadas perguntas para saber se o trabalhador precisou se afastar por motivos de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho. Logo, o percentual de 100% disse que não houve afastamentos e doenças, então como não foi constatado nenhum caso positivo o próximo questionamento do formulário não obteve nenhuma resposta, pois a mesma perguntava se o acidente tinha atingido alguma parte do corpo ou se houve sequelas.

50%

39%

11%

Sim

Sim, parcialmente Não

67%

22%

11% Para prevenção de doenças

Para prevenção no geral

Para proteger durante a

limpeza

(34)

4.3 RESULTADOS DA ANÁLISE DOS RISCOS

De acordo com as observações feitas nos setores da empresa em estudo, foi possível identificar os riscos presentes em cada setor.

Os riscos ergonômicos como repetitividade, postura inadequada, monotonia de atividades, ritmo excessivo de trabalho, levantamento e manuseio de cargas e iluminação inadequada foram os principais riscos encontrados durante a coleta de lixo domiciliar bem como nas outras atividades, que ocorre movimentos em excessos, como o levantamento dos baldes de lixo para colocar em cima do caminhão que são realizados constantemente. Daí a realização dessa atividade afeta diretamente a postura do trabalhador, sendo classificada como risco intolerável (Figura 13). Na Figura 14 é demonstrada a repetitividade na limpeza de rua que também ocorre de forma constante tornando-se assim um risco intolerável, pois durante a limpeza são realizadas poucas pausas.

Figura 13 - Repetitividade na coleta de lixo domiciliar. Fonte: Autoria própria (2018).

Figura 14 - Repetitividade na Limpeza de rua. Fonte: Autoria própria (2018).

Nos riscos de acidentes foram encontrados riscos como arranjo físico deficiente,

máquinas sem proteção, colisão e armazenamento inadequado, todos esses riscos estão

presentes em todas as funções, porém o motorista do caminhão sofre com o risco de desníveis

durante o percurso e das máquinas sem proteção, apresentado na Figura 15. A classificação

destes é substancial e moderado, respectivamente, pois são riscos poucos nocivos à saúde do

trabalhador da função.

(35)

Figura 15 - Carro da coleta de lixo domiciliar

Fonte: Autoria própria (2018).

Os riscos físicos que foram vistos como os principais, foram o ruído, calor, radiações não-ionizantes e vibração, porém foi observado poucas atitudes para minimizar estes riscos, tendo em vista que todos os funcionários estão submetidos a eles e expostos a vibração estão os coletores de lixo domiciliar e o motorista do caminhão.

No grupo dos riscos químicos os principais riscos encontrados foram vapor, poeira e gases. O vapor e a poeira estão inclusos nas atividades da coleta de lixo domiciliar, coleta de galhos de árvores, limpeza de rua, motorista do caminhão, já nos gases encontram-se apenas a coleta de lixo domiciliar com uma probabilidade provável e gravidade prejudicial havendo assim um risco substancial (Figura 16).

Figura 16 - Poeira na coleta de lixo domiciliar

Fonte: Autoria própria (2018).

(36)

Nos riscos biológicos encontram-se os riscos como vírus, bactérias e fungos e estão submetidos a estes os coletores de lixo domiciliar quando realizam a coleta, o pessoal da limpeza de rua e o motorista do caminhão, pois no despejo do lixo no final da coleta ele desce do caminhão e entra em contato com o lixo despejado, apresentado na Figura 17.

Figura 17 - Despejo de lixo domiciliar . Fonte: Autoria própria (2018).

As descrições relativas aos riscos encontrados em cada função encontram-se nas

tabelas 4, 5, 6, 7 e 8 a seguir demonstram o grupo de risco que pode ser ergonômico, de

acidentes, físicos, químicos e biológicos, respectivamente, identificando vários riscos para

cada grupo e citando as causas e consequências, bem como cita as atividades, a probabilidade

do risco ocorrer e a gravidade que estes estão expostos e classifica-os, após são dadas

recomendações para cada causa.

(37)

Continua....

Tabela 3 – Riscos ergonômicos das atividades

Grupo de risco Risco Consequência Causa Atividades Frequência Severidade Classificação

do risco Recomendações

ERGONÔMICO REPETITIVIDADE

Lombalgia;

Dores Musculares

Resíduos acondicionados nos lixeiros com

excesso de peso

Coleta de lixo domiciliar

Provável Extremament

e prejudicial Risco Intolerável

Utilizar materiais para realizar o levantamento

desses lixeiros Movimento de

podar e retirar os galhos do

chão para colocar no carro

coletor

Cortar e coletar de galhos de árvores

Improvável Prejudicial Risco Moderado Utilizar materiais para retirar esses galhos

Movimento ao varrer a rua

Limpeza de

rua Provável Extremament

e prejudicial Risco Intolerável

Realizar algumas paradas para descansar

os braços e pernas do movimento Movimento

dirigindo o caminhão

Condução

do caminhão Provável Prejudicial

Risco Substancial

Realizar algumas paradas para descansar

os braços e pernas do

movimento

(38)

Continua...

Tabela 3 – Riscos ergonômicos das atividades

Grupo de risco Risco Consequência Causa Atividades Frequência Severidade Classificação

do risco Recomendações

POSTURA INADEQUADA

Lombalgia

Forma incorreta de se abaixar

para pegar o lixo

Coleta de lixo domiciliar

Provável Extremament

e prejudicial Risco Intolerável

Treinar e orientar todos os funcionários em

relação a postura correta ao realizar suas

atividades Trabalhadores

giram o tronco segurando o peso para jogar

o lixo no caminhão

Cortar e coletar de galhos de árvores

Provável Prejudicial Risco Substancial

Treinar e orientar todos os funcionários em

relação a postura correta ao realizar suas

atividades

Posição que é realizada a limpeza da rua

Limpeza de

rua Provável Extremament

e prejudicial Risco Intolerável

Treinar e orientar todos os funcionários em

relação a postura correta ao realizar suas

atividades Postura em que

o motorista fica dirigindo o

caminhão

Condução

do caminhão Provável

Extremament

e prejudicial Risco Intolerável

Treinar e orientar todos os funcionários em

relação a postura correta ao realizar suas

atividades MONOTONIA DE

ATIVIDADES

Dores Musculares

A frequência que realizar a coleta do lixo domiciliar

Coleta de lixo domiciliar

Provável Extremament

e prejudicial Risco Intolerável

Treinar e orientar todos os funcionários em

relação à postura correta ao realizar suas

atividades

(39)

Continua...

Tabela 3 – Riscos ergonômicos das atividades

Grupo de risco Risco Consequência Causa Atividades Frequência Severidade Classificação

do risco Recomendações A frequência

que realiza a coleta dos

galhos

Cortar e coletar de galhos de árvores

Provável Extremament

e prejudicial Risco Intolerável

Treinar e orientar todos os funcionários em

relação a postura correta ao realizar suas

atividades A frequência

com que varre a rua

Limpeza de

rua Provável Extremament

e prejudicial Risco Intolerável

Treinar e orientar todos os funcionários em

relação a postura correta ao realizar suas

atividades Intensas horas

dirigindo o caminhão

Condução

do caminhão Provável Prejudicial Risco substancial

Treinar e orientar todos os funcionários em

relação à postura correta ao realizar suas

atividades

RITMO EXCESSIVO DE

TRABALHO

Lombalgia

1. Intensas horas trabalhando em pé, percorrendo ruas e correndo

atrás do caminhão; 2.

Pulam de qualquer maneira de cima

do estribo do caminhão

Coleta de lixo domiciliar

1. Provável 2.

Altamente improvável

1.

Extremament e prejudicial 2. Levemente

prejudicial

1. Risco Intolerável 2.

Risco Trivial

Orientar todos os funcionários a realizar

suas atividades de forma cuidadosa, para

que se preserve sua

integridade física

(40)

Fonte: Autoria Própria (2018).

Tabela 3 – Riscos ergonômicos das atividades

Grupo de risco Risco Consequência Causa Atividades Frequência Severidade Classificação

do risco Recomendações O ritmo em que

é recolhido os galhos e jogado

dentro do caminhão

Cortar e coletar de galhos de árvores

Provável Extremament e prejudicial

Risco Intolerável

Orientar todos os funcionários a realizar

suas atividades de forma cuidadosa, para

que se preserve sua integridade física O ritmo em que

realiza a limpeza da rua

Limpeza de

rua Provável Extremament

e prejudicial

Risco Intolerável

Orientar todos os funcionários a realizar

suas atividades de forma cuidadosa, para

que se preserve sua integridade física LEVANTAMENTO

E MANUSEIO DE CARGAS

Dores Musculares

Pesos dos baldes e dos sacos de lixo

Coleta de lixo domiciliar

Improvável Prejudicial Risco Moderado

Orientar todos os funcionários a realizar

suas atividades de forma cuidadosa, para

que se preserve sua integridade física

ILUMINAÇÃO INADEQUADA

Afeta a visão dos trabalhadores

Luz solar

Coleta de lixo domiciliar

Provável Levemente

prejudicial Risco moderado

Orientar quanto ao uso dos óculos de

segurança Luz solar

Cortar e coletar de galhos de árvores

Provável Levemente

prejudicial Risco moderado

Orientar quanto ao uso dos óculos de

segurança Luz solar Limpeza de

rua Provável Levemente

prejudicial Risco moderado

Orientar quanto ao uso dos óculos de

segurança

(41)

Continua...

Tabela 4 – Riscos de acidentes das atividades Grupo de

risco Risco Consequência Causa Atividades Frequência Severidade Classificação

do risco Recomendações

ACIDENTES

DESNIVEIS NO PERCURSO

Quedas;

Fraturas;

impactos

Calçamentos irregulares;

pistas de rolamentos com buracos;

quebra-molas;

obstáculos nas vias de circulação

Coleta de lixo domiciliar

Improvável Prejudicial Risco Moderado

Realizar a manutenção das vias e retirara os

obstáculos dos percursos

Calçamentos irregulares;

pistas de rolamentos com buracos;

quebra-molas;

obstáculos nas vias de circulação

Cortar e coletar de galhos de árvores

Improvável Prejudicial Risco Moderado

Realizar a manutenção das vias e retirara os

obstáculos dos

percursos

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