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AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA FAUNA DE INVERTEBRADOS ASSOCIADA AO GUANO DA CAVERNA DO URUBU, DIVINA PASTORA, SE-BRASIL1

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Academic year: 2021

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Direto do Centro da Terra 1(1): 41, Janeiro/Dezembro 2007

© 2007 by Centro da Terra: Grupo Espeleológico de Sergipe

41

AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA FAUNA DE INVERTEBRADOS ASSOCIADA AO GUANO DA CAVERNA DO URUBU, DIVINA

PASTORA, SE-BRASIL

1

LUCIANA CAVALCANTI MAIA DOS SANTOS, DIELE LÔBO, JULIANA LINS GÓES DE CARVALHO, LÍVIA MENEZES DOS SANTOS, MARCELO OLIVA SANTANA

Centro da Terra – Grupo Espeleológico de Sergipe, centrodaterra@bol.com.br

MARIA HELENA ZUCON

Laboratório de Paleontologia, DBI/UFS, Cidade Universitária “Professor José Aloísio de Campos”, Jardim Rosa Elze, Cep. 49100-000, São Cristovão, Sergipe, zucon@ufs.br

Cavernas são cavidades naturais na rocha de tamanho suficiente para que uma pessoa possa passar. Biologicamente, o meio cavernícola é caracterizado pela tendência a estabilidade ambiental e pela ausência permanente de luz. Esta condição mais extrema impede o desenvolvimento das plantas. Os organismos capazes de viver em cavernas utilizam recursos alimentares geralmente escassos e efêmeros. Estes são matéria orgânica trazida pela água ou por outros animais, como morcegos, aves e grilos. As condições ambientais nas cavernas não se distribuem uniformemente, seguindo uma zonação em função da maior ou menor interação do ambiente subterrâneo com o meio externo. Observa-se que colônias de morcegos ocupam diferentes locais no interior de cavernas de acordo com seu nicho ecológico. A Caverna do Urubu situa-se entre as coordenadas 10°42’22” de latitude S e 37°07’00” de longitude W, formada por rochas calcárias da Formação Riachuelo, ao longo do Rio Sergipe. É uma caverna permanentemente seca, não há passagem de água corrente, por isso não há aporte de nutrientes por esta via, tornando o guano a principal fonte de energia. A caverna possui três zonas bem definidias: zona I (entrada), onde a luz incide direta ou indiretamente e tanto a temperatura quanto a umidade relativa do ar acompanham basicamente as variações externas; zona II (temperatura variável) onde a ausência de luz é total, existindo, entretanto, variações da temperatura e umidade; zona III (temperatura constante) escuridão permanente, amenidade e constância da temperatura e umidade relativa do ar elevada. Foram coletadas 3 amostras de guano de morcegos ao longo da zona I e uma na zona III. a fauna de cada amostra foi fixada em álcool 70% e posteriormente identificada. A partir da analise dos depósitos de guano foi possível identificar os hábitos alimentares dos morcegos. Na amostra 1, formada por morcegos hematófagos, foram encontradas animais das seguintes ordens: Coleóptera, Pseudoscorpiones, Díptera e raras Blatoidea. Na amostra 2 constituída por guano e uma estreita camada de serrapilheira advinda do meio externo, encontrou-se animais das ordens: Himenóptera, Isópoda, Coleóptera, Araneae e Lepdóptera. A amostra 3, constituída de guano de morcegos frugívoros e insetívoros com representantes das ordens Coleóptera, fases larval e adulta, Isópoda, Díptera, Araneae, e grande quantidade de Blatoidea. Na amostra da zona III formada por guano de morcegos insetívoros, foram encontrados animais das ordens: Coleóptera, Acarina, Díptera e poucos da ordem Blatoidea. Os resultados demonstram que o ecossistema da Caverna do Urubu é definido pelo guano e os variados hábitos alimentares dos morcegos.

1 Modificado do Resumo originalmente apresentado no IV Congresso de Iniciação Científica / Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE (2002).

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