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Bolsista: Fernanda Cabral Cidade, CNPq

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS

DEPARTAMENTO DE APOIO A PESQUISA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

LIXO AO LUXO: A COMERCIALIZAÇÃO DOS MATERIAIS

RECICLÁVEIS E O DEPÓSITO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

NAS CIDADES DE TABATINGA, TEFÉ E PARINTINS.

PIB-H/0033/2011

Bolsista: Fernanda Cabral Cidade, CNPq

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS

DEPARTAMENTO DE APOIO A PESQUISA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

RELATÓRIO FINAL

PIB-H/0033/2011

LIXO AO LUXO: A COMERCIALIZAÇÃO DOS MATERIAIS

RECICLÁVEIS E O DEPÓSITO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

NAS CIDADES DE TABATINGA, TEFÉ E PARINTINS.

Bolsista: Fernanda Cabral Cidade

PIB-H/0033/2011

Orientador: José Aldemir de Oliveira

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Resumo

Entender determinadas práticas realizadas nas cidades do Amazonas é importante para se compreender a dinâmica urbana que essas cidades têm entre si, e ao analisar por uma ótica diferente da usual torna-se a pesquisa mais interessante. Pensando nisso, esta pesquisa teve como objetivo estudar o resíduo sólido e suas derivações sendo estas identificadas como: o destino escolhido por cada cidade para depositar os resíduos sólidos finais e também a comercialização dos materiais recicláveis. Para tanto, foram realizados levantamentos bibliográficos sobre a temática assim como trabalhos de campos nas cidades de Tabatinga, Tefé e Parintins, visando à coleta de informações a partir de questionários aplicados nas áreas de estudo que serviram de base para essa pesquisa. Neste relatório final são apresentados os dados coletados com interpretação dos resultados obtidos a partir da realidade local.

Palavras Chave: Dinâmica urbana, destino final dos resíduos sólidos, comercialização dos materiais recicláveis.

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Lista de Figuras

Figura 1 - Mapa de localização da área de estudo ...10

Figura 2 – Catador e “Galpão” ...20

Figura 3 – Balcão Sucataria - Tefé...21

Figura 4 – Sucataria de Parintins...22

Figura 5 – ASCALPIN …...23

Figura 6 – Sucataria 1 ...25

Figura 7 – Sucataria 2 ...25

Figura 8 – Depósito de Lixo Controlado Tefé-Parintins...26

Figura 9 – Lixão de Tabatinga...27

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Lista de Tabelas

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Lista de Siglas

AAM - Associação Amazonense de Municípios

Ascalpin - Associação de Catadores de Lixo de Parintins

CMR - Comercialização de Material Reciclável

GIRS - Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária MR - Material Reciclável

NEPECAB - Núcleo de Estudo e Pesquisa da Amazônia Brasileira

PGIRS - Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos

PNRS - Política Nacional dos Resíduos Sólidos

RS - Resíduo Sólidos

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Sumário 1 - Introdução...8 1.2 Justificativa...9 1.3 Objetivo Geral... 11 1.3.1 Objetivos Específicos...11 1.4 Metodologia...12 2 - Fundamentação Teórica...13

2.2 Comercialização dos Materiais Recicláveis...13

2.3 Destino Final dos Resíduos Sólidos...15

3 - Resultados...17

3.3 Comercialização dos Materiais Recicláveis...18

3.4 Depósito Final dos Resíduos Sólidos...26

4 – Conclusão...29

5 – Referências...31

6 – Cronograma...33

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1. Introdução

Entender o comportamento das cidades do Amazonas é importante para se compreender a dinâmica urbana que essas cidades têm entre si, e para tanto é preciso entendê-la por partes.

Neste sentido, o Núcleo de Estudo e Pesquisa das Cidades na Amazônia Brasileira (Nepecab) desde 2006 possui o Programa Rede Urbana na Calha do Rio Solimões – Amazonas, (Calha I) financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) que visa caracterizar a rede urbana amazônica. Neste projeto foram desenvolvidas pesquisas que estudaram variáveis históricas; relações intra e interurbanas; serviços e comércio; arrecadação de impostos; insumos para a Cesta Básica Regionalizada; índice da construção civil; produtos extrativistas; infraestrutura urbana e fluxo de transporte. (OLIVEIRA & SCHOR, 2010).

Muito foi estudado no Calha I, porém há muito o que se estudar nesta região, assim uma variável interessante para analisar a rede urbana amazonense é o resíduo sólido e suas derivações sendo estas identificadas como: o destino escolhido por cada cidade para depositar os resíduos sólidos finais e a comercialização dos materiais recicláveis.

O estudo dos resíduos sólidos que visa observar tanto a origem como o destino destes materiais implica a necessidade de compreender o contexto humano que faz parte desta cadeia, principalmente os que fazem parte do mercado de materiais recicláveis. Daí se faz necessário um estudo mais aprofundado do assunto, incluindo sucatarias, associações/cooperativas de catadores de lixo e por fim, todos aqueles que fazem parte de alguma forma deste mercado. O estudo buscou entender cada etapa do processo que torna o lixo reciclável em uma mercadoria, processo este que se inicia na coleta e separação destes materiais para que possam ser vendidos para indústrias que reutilizam esse material na fabricação de novos produtos. As latinhas de refrigerante e cerveja, por exemplo, viram matéria - prima para produção de latinhas novas. Conhecendo o principal modo de transporte da região, o fluvial,

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e focando a pesquisa mais nas etapas de compra e venda destes materiais é possível ter uma diferente análise das relações interurbanas das cidades do interior do Amazonas.

A destinação dos resíduos sólidos intraurbanos é outra questão interessante. De acordo com a nova lei Nº 12.305, aprovada em agosto de em 2010, determina que, até agosto de 2014 os atuais lixões deverão deixar de existir no país, sendo que, apenas os materiais orgânicos deverão ser destinados aos aterros sanitários. Este é a exigência feita aos Estados, Municípios e DF para que possam ter acesso aos recursos da segunda edição do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC 2). Para isso, deverão elaborar seus respectivos planos de gestão integrada de resíduos sólidos (CASTRO, 2011). Portanto, conhecer, identificar, localizar e caracterizar os lixões atualmente e ver algum progresso na gestão dos resíduos sólidos é outra variável interessante, além de fornecer dados que servirão de base para se construir uma tipologia que identifique as semelhanças e diferenças entre as cidades estudadas.

1.2 Justificativa

Com os resultados do Calha I foi possível classificar as cidades da Calha Solimões – Amazonas segundo sua importância na dinâmica urbana, e a proposta da pesquisa foi estudá-las a partir da variável de estudo, resíduos sólidos. Nesse sentido foram escolhidas três cidades amazonenses que teoricamente podem servir de amostra do comportamento dessa rede urbana. Assim, a pesquisa se deteve aos municípios de Tabatinga, Tefé e Parintins. Estas cidades foram escolhidas estrategicamente por estar no alto, médio e baixo Solimões – Amazonas (figura 1), respectivamente e serem totalmente diferentes entre si em questões sócio–econômicas e culturais. Além de, devido a suas posições geográficas, avaliou-se que melhor representariam a comercialização dos materiais recicláveis ao longo da Calha do rio estudada. Segundo a classificação feita no Calha I, as cidade de Tabatinga e Tefé são “cidades médias de responsabilidade territorial” o que indica:

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Exerce uma função na rede que vai além das suas característi-cas em si, pois detém uma responsabilidade territorial que a torna um nódulo importante internamente na rede. Exerce di-versas funções urbanas e contém diferentes arranjos institucio-nais que são importantes não só para o município, mas princi-palmente para as cidades e municípios ao seu redor. A impor-tância territorial da cidade tem origem no desenvolvimento his-tórico-geográfico que constituiu a rede urbana nesta região. Seu desenvolvimento econômico tende a agregar valor à re-gião. Ainda nesta tipologia deve-se incluir a variável “ de fron-teira ” pois a dinâmica das cidades localizadas na fronfron-teira as difere das demais tanto em termos de perfil urbano quanto à rede da qual participam, principalmente devido ao papel exerci-do pelas forças armadas e populações indígenas quanto com relação as redes que se estabelecem internacionalmente. (OLI-VEIRA & SCHOR, 2010).

Quanto a Parintins, ela foi classificada como “cidades médias com dinâmica econômica externa”:

Têm importância na rede por sua inserção em uma dinâmica econômica externa, os vínculos com as demais cidades na rede não são necessariamente fortes, nem o seu desenvolvi-mento econômico implicará em um desenvolvidesenvolvi-mento regional significativo, pois a atividade econômica responsável pelo seu dinamismo não agrega valor nem no local nem regionalmente. (OLIVEIRA & SCHOR, 2010).

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Desta forma as cidades escolhidas forneceriam dados necessários à análise da rede estudada e após uma comparação dos resultados obtidos forneceria informações que complementariam o estudo da dinâmica urbana da região amazonense, em especial da calha Solimões.

A pesquisa teve também a proposta de identificar onde está e se há “luxo” no lixo. O trabalho com resíduos sólidos é historicamente associado à pobreza, a sujeira e a desigualdade social. Porém nos últimos tempos o lixo vem se ndo visto com outros olhares, um olhar que vê no lixo uma fonte de renda. Resta saber se essa fonte de renda gera apenas a sobrevivência do indivíduo ou também alguma riqueza, luxo.

1.3 Objetivo Geral

Compreender a destinação final dos resíduos sólidos nas cidades escolhidas localizadas ao longo da calha dos rios Solimões e Amazonas - AM com ênfase na rede de comercialização de material reciclável e como estas organizam redes próprias, formando micro redes urbanas.

1.3.1 Objetivos Específicos

• Identificar, localizar e caracterizar os depósitos finais dos resíduos sólidos das cidades estudadas e utilizar uma tipologia que identifique as semelhanças e diferenças entre as cidades.

• Identificar as pessoas que trabalham com o lixo reciclável, como cooperativas/associações dos catadores de lixo e sucatarias, e compreender a forma de funcionamento da rede de comercialização do material coletado.

• Elaborar um conjunto cartográfico que represente os caminhos que o material reciclável faz, identificando a cadeia produtiva e a rede de comercialização que delimitam uma rede urbana própria.

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1.4 Metodologia

A metodologia da pesquisa representada na tabela (Ver tabela 1.1) foi essencial para que a pesquisa possa cumprir os objetivos e metas estabelecidos. Pois com essa metodologia bem definida as atividades realizadas em campo resultaram em dados de extrema importância para a pesquisa.

Objetivo Específico Meta Atividade

Identificar, localizar e ca-racterizar os depósitos finais dos resíduos sóli-dos das cidades e cons-truir uma tipologia que identifique as semelhan-ças e diferensemelhan-ças entre as cidades.

- Espacializar os locais de destinação final dos resíduos sólidos urba-nos.

- Construir uma tipologia que classifique as diver-sas formas de destina-ção final dos resíduos sólidos intraurbanos.

- Visita aos depósitos fi-nais de resíduos sólidos georeferenciamento e ob-tenção de informações através de mídia. - Identificação e

caracterização das lixei-ras públicas através de formulários e posterior-mente comparação entre as mesmas.

Identificar as pessoas que trabalham com o lixo reciclável, como co-operativas/ associações dos catadores de lixo e sucatarias e compreen-der a forma de funciona-mento da rede de co-mercialização do materi-al coletado.

Espacializar o lugares de trabalho Identificar os fluxos do material reci-clável quanto à origem e destino.

- Visitas aos lugares de trabalho, geoprocessa-mento e obtenções de in-formações. - Aplicação de formulári-os enfatizando formulári-os a rede de comercialização dos materiais recicláveis. Elaborar um conjunto

cartográfico que repre-sente os caminhos que o lixo reciclável faz, identificando a cadeia produtiva e rede de co-mercialização que deli-mitam uma rede urbana própria.

Mapear os trajetos per-corridos pelos materiais recicláveis nas três cida-des estudadas.

A partir dos dados coleta-dos na pesquisa com o auxílio do SIG montar o conjunto cartográfico.

TABELA 1.1 – Metodologia da Pesquisa

Essa metodologia já foi aplicada no período de julho a agosto de 2011 em Parintins, área de estudo da pesquisa, e em Itacoatiara, município localizado na região metropolitana de Manaus. Os resultados de Parintins e Itacoatiara

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fo-ram utilizados em um artigo que visa compreender o papel da comercialização dos materiais recicláveis na rede urbana dessas duas cidade, o artigo encon-tra-se na fase de revisão final.

2. Fundamentação Teórica

Esta pesquisa buscou compreender a dinâmica da rede urbana amazonense a partir dos resíduos sólidos. Segundo Corrêa (2006), a rede urbana é um conjunto de centros urbanos articulados entre si, hierarquizados e especializados. O estudo da rede urbana através de determinadas variáveis é importante para a caracterização dos centros urbanos de acordo com suas funções.

Com isso, a partir de um conjunto de variáveis estudadas, as pesquisas de OLIVEIRA & SCHOR (2010) resultaram em uma nova tipologia para cidades do interior do amazonas a partir de suas funções na rede urbana. A variável resíduos sólidos não foi considerada nesses pesquisas, portanto esta pesquisa visa complementar estes estudos da rede urbana a partir dos resíduos sólidos delimitando a área investigada sob o ponto de vista da comercialização dos materiais recicláveis e do destino final dos resíduos sólidos nas cidades estudadas.

2.2 Comercialização dos materiais recicláveis

O marco da reciclagem no Brasil pode ser datado em em 1992 com a

conferência Mundial para o meio ambiente, a Eco 92, realizada no Rio de Janeiro. A Eco 92 trouxe o país para o centro das discussões sobre temas ambientais e qualidades de vida (GIOSA, 2010). A partir desse momento deu-se início a prática efetiva da reciclagem na vida dos brasileiros enquanto atividade integrada a indústria.

Após a Eco 92 o novo mercado de materiais recicláveis se fortaleceu, os incentivos federais e a ampliação da consciência ambiental no Brasil foram

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essenciais para a consolidação desse novo mercado. Com isso a organização em rede da comercialização de materiais recicláveis começou a se destacar no país. Esta rede é formada pelos catadores que se encontram na base deste sistema, trabalhando muitas vezes informalmente, seguido pelos sucateiros de pequeno e grande porte por fim, no topo desse sistema, as indústrias. (AQUINO, CASTILHO Jr. e PIRES, 2009).

No Amazonas, em especial nas cidades estudadas, há a concentração de sucatarias de pequeno porte. Estas, por sua vez comercializam com as sucatarias da capital do Amazonas e Pará e estas, por fim, comercializam com as indústrias de reciclagem.

Estudos sobre as cadeias produtivas reversas de pós-consumo em outros estados do Brasil foram de grande relevância a essa pesquisa, pois nortearam o início da pesquisa e continuam sendo de grande valia. Entre eles destacam-se “A organização em rede dos catadores de materiais recicláveis na cadeia produtiva reversa de pós-consumo da região da grande Florianópolis: uma alternativa de agregação de valor” e “A prática sócio-espacial dos catadores de materiais recicláveis e a (re) produção do espaço urbano”. Este último realizado na cidade de Rio Claro em São Paulo. Esses artigos exemplificaram diferentes formas de organização de catadores de materiais recicláveis, apontando as dificuldades e benefícios dessa rede organizada por catadores. Esses exemplos foram aplicados na pesquisa no sentido de identificar nas redes de comercialização de materiais recicláveis estudadas as principais características da rede em seus aspectos qualitativos e quantitativos.

Sabendo que o Brasil é o país que mais se recicla latinhas no mundo, o livro A Moeda de Lata (GIOSA, 2010) relata detalhadamente a história de sucesso da reciclagem de latinhas no Brasil, reforça os benefícios ambientais da reciclagem com a recuperação do alumínio além do benefício social com a reinserção dos catadores no mercado de trabalho. Também defende a ideia que a latinha é a primeira “moeda social” do país melhorando a vida de milhões de pessoas e ajudando o Brasil a economizar minério e energia elétrica.

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As reflexões apresentadas neste livro foram importante para a pesquisa também, poeque revelou uma diferente realidade associada à reciclagem no Brasil:

Durante quatro anos seguidos, de 1998 a 2001, a Latasa pes-quisou de onde vinham as latinhas que chegavam aos seus 15 depósitos em oito Estados. [...] Assim, por exemplo, em 1997 mais de 30% da sucata provinham dos catadores não organiza-dos. Pouco mais de14% de escolas e só 8% de clubes e con-domínios nas grandes cidades. Os outros 40% vinham de vári-as fontes – eventos espaciais, restaurantes, lojvári-as de conveni-ência e distribuidoras de bebidas. Em 2000, o quadro já havia mudado bastante: condomínios e clubes já respondiam por mais 45%; escolas por mais de 27% e grandes eventos (como as famosas Festas de Peão no interior do Brasil) chegavam a 13%. As cooperativas organizadas eram responsáveis por 17% do total (GIOSA, 2010).

Pode-se perceber um aumento da consciência ambiental entre todas as classes sociais. E a reciclagem deixa de ser associada somente a miséria quando se leva apenas em consideração o número de pessoas de baixa renda trabalhando nessa atividade

A partir destas fundamentações teóricas apresentadas, buscou-se compreender a importância da comercialização dos materiais recicláveis na rede urbana.

2.3 Destino Final dos Resíduos Sólidos

A proporção de toneladas de lixo que aumenta no mundo é igualmente desproporcional a preocupação empregada em sanar os problemas causados pelos resíduos sólidos. Um exemplo deste fato é a quantidade de lixões a céu aberto existente hoje no Brasil. Em metade dos 5.565 municípios brasileiros os detritos são despejados nos chamados lixões – pontos clandestinos, ou quase, em que tudo é jogado e nada é tratado, ameaçando a saúde dos catadores e da população em geral com a contaminação do solo, do lençol freático e dos cursos de água. (IBGE, 2011)

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Segundo informações de Stroski (2011), presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), aproximadamente 92% dos municípios amazonenses descartam seus RS em lixões. Porém com a aprovação da nova Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), Lei Nº 12.305, entre seus decretos prevê a substituição dos atuais lixões por aterros sanitários no prazo de quatro anos. A expectativa é a de que este cenário mude, porém as pesquisas de campo mostram que o prazo de quatro anos não será suficiente para os municípios se adequarem a nova lei e a causa não é um prazo ínfimo e sim a falta de seriedade no cumprimento da lei por parte das autoridades competentes.

A aprovação PNRS vem acompanhada da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (GIRS), que é um conjunto de ações voltadas para a busca de soluções que consideram as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável (CASTRO, 2011). Desta forma estudos mostram os avanços e desafios da aplicação da GIRS que vem auxiliando no desenvolvimento da pesquisa, exemplo: “Gestão Compartilhada de resíduos sólidos: avanços e desafios para a sustentabilidade” (DEMAJOROVIC E BESEN, 2007) realizada na Região Metropolitana de São Paulo, analisando os principais desafios, vulnerabilidades e perspectivas para a consolidação dos programas de gestão compartilhada e sustentável de resíduos sólidos por meio de um trabalho de pesquisa junto a alguns dos principais atores envolvidos nesta iniciativa. Após leitura deste artigo foi possível aprofundar a pesquisa no tema “destino final dos resíduos sólidos”. Para se adequar a lei apenas a substituição dos lixões por aterros sanitários não é suficiente. Esta adequação implica uma GIRS nada fácil de ser aplicada e executada. Desta forma estudar os principais desafios e vantagens da aplicação da GIRSna comercialização dos materiais recicláveis também se faz necessário.

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3. Resultados

O comportamento das cidades do estado do Amazonas se revela em muitos aspectos diferentes de outras cidades do Brasil, que vai desde a sua dinâmica interurbana, que muito se deve a distribuição populacional no estado, aos aspectos mais comuns como o fluxo interurbano tanto de cargas como de pessoas, tendo o transporte fluvial como o modal mais utilizado e as termoelétricas principais fontes de energia para o estado. Porém quando a variável de estudo passa a ser o resíduo sólido, alguns pontos de encontros se tornam relevantes. A região Norte e Nordeste, por exemplo, registram indicies altíssimos da presença de lixões a céu aberto em seus estados, com 85,5% e 89,3%, respectivamente (IBGE, 2011).

Portanto este relatório visa apresentar a compreesão que se obteve sobre a relação do RS e com a dinâmica urbana amazonense, a partir de Tabatinga, Tefé e Parintins. Enfatizando o estudo na comercialização dos materiais recicláveis e os destinos escolhido por cada cidade para depositar os resíduos sólidos. Desta forma, abrangem o contexto humano envolvido no RS, principalmente os que fazem parte do mercado de materiais recicláveis. Para tanto foi feito um estudo em sucatarias, associações/cooperativas de MR e todos aqueles que de alguma forma foram identificados como fazendo parte desse mercado.

Também se fez necessário, para uma melhor compreensão da rede formada pela comercialização dos materiais recicláveis, um estudo de cada etapa do processo de transformação do lixo reciclável em mercadoria. Tendo em vista o modo de transporte da região, fluvial, o estudo se aprofundou nas etapas de compra e venda destes materiais, fornecendo uma interessante análise das relações interurbanas das cidades do interior do amazonas.

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Quanto à destinação dos resíduos sólidos finais foram localizados e caracterizados os lixões das cidades estudadas, fornecendo dados que serviu de base para se construir uma tipologia que identifique as semelhanças e diferenças entre eles.

. 3.2 Comercialização dos materiais recicláveis (CMR)

Pelo altíssimo consumo e por terem um ciclo de vida útil mais curto que o de outros produtos de alumínio, as latas são disparado as campeãs da reciclagem no Brasil: aqui se reaproveitam 98% delas, tornando o país líder mundial a dez anos consecutivos segundo a Associação Brasileira do Alumínio (Abal, 2010).

Esses dados se confirmam nas cidades em que as pesquisas foram estudadas, as latinhas de alumínio são os carros-chefes na comercialização dos recicláveis. Por exemplo, de acordo com entrevistas feitas com os sucateiros de Parintins as latinhas são as mais comercializadas em quantidade enquanto o cobre é o material que mais fornece lucro as sucatarias. Muito se deve ao preço que é pago por quilo. O cobre comprado entre R$ 6.00 e R$ 7.00 o quilo é revendido geralmente ao dobro do preço pago, já latinha compradas em média a R$ 1.50 é revendida a um preço que varia entre R$ 2.00 e R$ 3.00. (Valores referente ao mês Julho de 2011)

O estado do Amazonas não realiza a reciclagem em massa desses materiais, pois não tem fábricas especializadas, desta forma o estado realiza apenas a comercialização destes materiais. Justificando assim o objeto de estudo da pesquisa.

As sucatarias, estabelecimentos que comercializam os materiais recicláveis, nas cidades estudadas até o momento trabalham principalmente com latinhas, cobre, metal, alumínio e bateria (de geladeira ou moto).

Com os resultados das pesquisa em Tabatinga, Tefé e Parintins, foi possível perceber que elas se comportam como “cidades pólos” dos materiais

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recicláveis. Em que as comunidades que vivem próximo da sede municipal vendem seus lixos recicláveis para que as sucatarias possam comercializar, dando continuidade a trajetórias que os MR fazem até o seu ponto final, as indústrias. Este resultado é permite re-classificar Parintins quanto a sua função na rede, de acordo com os estudos realizados esta cidade não é simplesmente de dinâmica econômica externa mas sim de responsabilidade territorial, conforme será discutido no decorrer do relatório.

As associações surgem como iniciativa da organização dos catadores de materiais recicláveis, visando à inclusão destes que por muitas vezes, são vistos a margem da sociedade devido à atividade que exercem. Sabe-se que essa atividade de coletar materiais recicláveis é importante não apenas para aumentar a vida útil dos que seria tido como resíduos rejeitados pela população, mas também para as indústrias que têm como matéria-prima os recicláveis faturando milhões por ano e tornando-se os grandes beneficiários dessa rede de comercialização dos materiais recicláveis. Na nova PNRS há o incentivo a criação de cooperativa/associações dos catadores de materiais recicláveis, reconhecendo-os como profissionais especializados na área de resíduos sólidos.

Nas cidades estudadas existem os catadores informais e ocasionais que surgem especialmente em épocas festivas ocasiões em que o faturamento e a disponibilidade de materiais recicláveis são maiores, possibilitando aumentando, assim a renda da família.

Em Tefé e em Parintins os atravessadores se destacam no comércio entre as comunidades rurais e a sede municipal, pois como as sucatarias compram do interior eles deixam de ser apenas os intermediários que compram as sucatas dos municípios vizinhos e vendem para Tefé e Parintins e passam a ser também representantes dos catadores desses municípios menores. Assim, é criada uma co-relação de dependência baseada na exploração, visto que o catador do interior só tem o intermediário como comprador do seu material coletado e em contra partida o atravessador possui a sua disposição um grupo de catadores dispostos a venderem seus materiais para ele. Portanto, para as

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sucatarias é mais lucrativo e prático comprar de um atravessador que faz longos trajetos por barco coletando o material no interior dos municípios, podendo oferecer uma grande quantidade correspondente a um agregado de vários catadores e não de um apenas.

Já em Tabatinga são os atravessadores locais (atuam na sede municipal) que se destacam, pois a falta de uma mínima estrutura na rede de comercialização proporciona sua existência. Fato que se difere de Tefé e Parintins, onde os atravessadores surgem apenas no comércio entre as sede municipais e comunidades. Enquanto que em Tabatinga o comércio entre a sede e as comunidades se restringe aos próprios sucateiros.

TEFÉ

A situação dos catadores é lamentável. Eles não possuem uma Associação que os representem, trabalham no lixão municipal e pelas ruas da cidade. Segundo relatos dos catadores locais ocorreu uma iniciativa para a criação de associação de catadores de material reciclável, porém com a mudança da gestão municipal o projeto acabou sendo arquivado. Po esta razão, fica mais difícil obter o número oficial de catadores na cidade.

Figura 2 – Catador e “Galpão”/ Fonte: Fernanda Cidade, 2011

Α−Catador de MR, Setembro de 2011 – Tefé – AM

Β−“Galpão” improvisado pelos catadores no Lixão, Setembro de 2011 – Tefé - AM

A cidade de Tefé sofre com a sazonalidade do rio, prejudicando a produção dos agricultores da região. Com a intenção de complementar a renda familiar

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alguns agricultores, que vivem próximos a sede, em especial mulheres vão ao lixão municipal coletar os MR a serem vendidos as sucatarias da cidade. A rede de CMR em Tefé é formada, além da própria cidade, pelos municípios de Uarini e Alvarães e outras

comunidades próximas a Tefé. Desta forma Tefé possui a característica de pólo no comércio de reciclável na região, pois todos os MR passam por Tefé para chegar ao seu destino final. A cidade possui quatro sucatarias trabalhando com materiais não-ferrosos.

Quanto aos outros MR, por exemplo, PET´s, papel, papelão e outros, estes não fazem parte da CMR de Tefé. Este fato se deve a desistência dos catadores em trabalhar com esses materiais, visto que seus únicos compradores são as sucatarias e estas não pagam um preço que justifique o trabalho de coletar esses materiais. Na outra ponta os sucateiros alegam que o tempo que se leva para arrecadar uma quantidade de material suficiente para mandar aos compradores é um desperdício, pois a quantidade comercializada entre catador e sucateiro é muita pequena.

Todos os compradores das sucatarias se encontram em Manaus, e quem arca com os preços para transportar as MR são os próprios sucateiros. Por isso eles esperam conseguir uma quantidade suficiente de materiais que supra os gastos com o transporte. Em média são enviadas 12 a 15 toneladas mensalmente a Manaus pela maior sucataria da cidade, enquanto a menor demora em média, é de três meses para mandar a capital amazonense 3 à 5 toneladas do material arrecadado.

Figura 3. Balcão de sucataria em Tefé. Fonte:

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PARINTINS

Parintins passa a ter uma dinâmica própria quando a variável de estudo é a comercialização de materiais recicláveis. A cidade além de ter uma própria rede de comercialização interligada com as comunidades do seu entorno, faz parte de outra rede ligada ao estado do Pará, na cidade de Santarém, que possui uma filial de Sucataria instalada no município. Desta forma ela também passa a ser, segundo a classificação feita no Calha I uma “cidade média de responsabilidade territorial”.

Em Parintins o modal utilizado é o fluvial, devido obviamente a localização geográfica. Duas sucatarias fretam barcos quinzenalmente mandando em média oito toneladas e meia em cada viagem com toda a sucata coletada para Manaus. Já a outra sucataria, uma filial pertencente à cidade de Santarém – PA, manda toda mercadoria, carga estimada em três toneladas, duas vezes ao mês para Santarém. Depois de Manaus e Santarém os materiais recicláveis de Parintins seguem para o sudeste do país.

Figura 4. Sucataria de Parintins/ Fonte: Fernanda Cidade, 2011

A – Sucataria de Parintins, Março de 2011. B – Blocos de Latinha – Parintins, Março de 2011.

A Associação de Catadores de Lixo de Parintins (Ascalpin) fundada em 2007 com 50 associados e 10 trabalhando diariamente, trabalha com papelão, PET, plástico e papel branco.

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Com uma rede mais estruturada, Parintins oferece aos catadores a oportunidade de coletar materiais sem a intervenção dos atravessadores, pois tem certa facilidade na logística do transporte, tendo em vista que o vice-presidente da associação disponibiliza uma balsa para transportar os materiais. O seu maior comprador, a empresa Plastec, só recebe mercadorias acima de uma tonelada e meia, com isso os catadores levam em média dois a três meses para poder embarcar as mercadorias.

Figura 5. ASCALPIN/ Fonte: Fernanda Cidade, Julho de 2011

A - Galpão da ASCALPIN.

C – Interior do galpão da ASCALPIN, local de trabalho.

TABATINGA

A rede de comercialização de Tabatinga funciona de maneira diferente das demais cidades estudadas. Devido a falta de estrutura e apoio os catadores de material reciclável da cidade ficam dependentes dos atravessadores locais para comercializar mercadorias, pois moram longe das sucatarias e não possuem meio de transporte para suas mercadorias.

Os catadores ainda trabalham no lixão sem nenhuma restrição ou proteção. A lixeira municipal é localizada na estrada do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) que faz com que alguns dos catadores sejam os próprios moradores dos loteamentos localizados na estrada.

Em Tabatinga, por ser uma tríplice fronteira entre Peru e Colômbia e possuir praticamente um livre acesso, é muito comum encontrar peruanos e colombianos vivendo na cidade. Segundo a Secretária do Meio Ambiente - Tabatinga (Sema) em 2011 foram contados 56 catadores, apenas 4 mostraram

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documentos brasileiro, todos se dizem brasileiros mas o sotaque castelhano é audível. A falta dos documentos de identificação nacional é um empecilho a criação da Associação de Catadores na cidade, mas a promessa da Sema é a regularização imediata da situação. Com a entrega dos documentos e se necessário a naturalização dos catadores estrangeiros, tendo em vista que muitos deles moram com suas famílias em invasões próximas ao lixão. De acordo com o secretário da Sema, no projeto municipal de manejo de resíduo sólido a questão social não é abordada, apesar de ser prevista na nova lei, embora pretenda-se cumprir a promessa.

Quanto a comercialização dos materiais recicláveis existem apenas duas sucatarias na cidade e ambas são empreendimentos paralelos dos donos, na tentativa de aumentar a renda mensal. Porém se comportam de maneira diferente, apesar de comercializarem os mesmos materiais: as latinhas (em maior escala), cobre, alumínio e bateria e comprarem ao mesmo preço. As latinhas são compradas no valor de R$ 1,00 o quilo e o cobre a R$ 6,00 o quilo no período de janeiro de 2012.

A sucataria 1 (figura 6) possui um contrato fechado com uma sucataria de grande porte localizada em Manaus, transportando as mercadorias da zona rural e urbana de Tabatinga e Benjamim Constant mensalmente. O transporte das mercadorias da zona rual e de Benjamin Constant é de responsabilidade da sucataria 1 através de lanchas fretadas já as mercadorias com destino a Manaus são por barcos de linha (recreios) custiados também pela própria sucataria.

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Já na sucataria 2 (figura 8)o seu funcionamento vai de acordo com a quantidade de mercadorias adquiridas. Por exemplo, se um cliente informa possuir uma quantidade grande de material reciclável, este sucateiro abre o estabelecimento para comprar e armazenar a mercadoria e mantém aberto até atingir uma quantidade que compense o gasto com o transporte. Este sucateiro não possui um comprador fixo, então sempre vende a quem paga mais, podendo vender tanto para Manaus através de barcos como para Bogotá na Colômbia por avião. Desta forma este sucateiro depende da quantidade da mercadoria adquirida para poder comercializar de uma forma mais lucrativa, visto que o transporte viário é mais caro que o fluvial.

Figura 7 . Sucataria em 2 - Tabatinga/Fonte: Fernanda Cidade, Janeiro de 2012

A- Frente da sucataria 2 B- Galpão da sucataria 2 Figura 6: Sucataria 1. Fonte: Janeiro de 2012.

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Em Tabatinga o comércio de reciclagem não é apenas local visto que é uma cidade gêmea de Letícia na Colômbia, e naturalmente ocorre o comércio dos recicláveis entre as duas cidades. Em Letícia a estrutura da rede de comercialização é bem mais definida que em Tabatinga, a começar pelo local de comércio, em uma rua da cidade estão localizadas todas as sucatarias de Letícia (dez ao todo) funcionando de forma hierarquizada.

Há em Letícia um maiorista, nome dado ao maior sucateiro da rua, sendo o único comprador dos demais sucateiros. Este sucateiro comercializa diretamente com Bogotá, mandando mensalmente uma média de 35 a 40 toneladas de material reciclável por avião. Enquanto os pequenos sucateiros compram o quilo latinhas por 1000 pesos colombianos o maiorista compra a 1200 pesos. Muitos catadores ocasionais de Tabatinga com quantidades significantes de material reciclável preferem vender seus materiais a este maiorista pois oferece um preço mais elevado. Este fato faz Tabatinga inserir-se no comércio internacional de material reciclável.

3.3 Depósito Final dos Resíduos sólidos

Em Parintins e em Tefé, as lixeiras municipais são denominadas de “Depósito de Lixo Controlado”, onde os lixos são imediatamente aterrados em grandes células (buracos) após despejo, porém algumas diferenças se destacam. Enquanto em Parintins os lixos hospitalares, domiciliares e de vias públicas são devidamente separados, o lixão de Tefé possui apenas uma grande célula onde todos os lixos são depositados separado.

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A – Depósito Controlado de Lixo de Tefé, célula única. – Setembro, 2011 B – Depósito Controlado de Lixo de Parintins, célula domiciliar. – Março de 2011

Em Tefé é possível perceber a presença de catadores em sua lixeira pública, fato que não se repete em Parintins visto que a entrada é restrita apenas aos funcionários depósito controlado.

Já a o lixão de Tabatinga (figura 9) é uma lixeira a céu aberto, os lixos recolhidos da cidade são depositados sem o menor controle no acostamento na estrada do INCRA em uma área de 500m³. Por não existir nenhum controle ao acesso deste lixão ou mesmo funcionários para administrá-lo, há um número elevado de catadores e crianças trabalhando no lixão. Eles trabalham sem nenhuma proteção vivendo a mercê dos riscos de saúde, por exemplo, por trabalharem em um depósito de lixo não controlado (figura 10).

Figura 9. Lixão de Tabatinga Fonte: Fernanda

Cidade, 2012

Figura 10: Catadores e crianças no lixão de

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A Associação Amazonense de Municípios (AAM) elaborou o Programa de Apoio à Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento e de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos dos Municípios do Estado do Amazonas, cuja proposta é estruturar e coordenar ações que conduzam à solução dos problemas de saneamento básico no Estado do Amazonas.

Inicialmente, é prevista a construção articulada dos Planos Municipais de Gestão do Saneamento e de Resíduos Sólidos para, no futuro, viabilizar a elaboração e a implementação dos respectivos projetos técnicos e de engenharia.

Conforme determina a Lei 12.305, o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é condição para os Municípios terem acesso a recursos da União inserido no Programa de Aceleramento do Crescimento 2 (PAC) destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos. Conforme estes documentos, a prioridade ao acesso a esses recursos deve se dada os municípios que optarem por soluções consorciadas ou que implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores.

Para tanto, a AAM criou o Programa de Apoio à Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento e de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (Plamsan) para apoiar as prefeituras locais na elaboração e execução do Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos (PGIRS) com a cooperação e integração entre técnicos municipais e técnicos vinculados à AAM (Plamsan, 2011). Com as pesquisas foi possível perceber que os PGIRS de cada prefeitura foge a realidade local e não atendem as reais necessidades das cidades. A proposta apresentada neste plano foi a construção de um novo aterro sanitário em cada cidade associada a uma cooperativa de catadores com a função de fazer a triagem nos lixos depositados, segundo a nova lei, a coleta seletiva é necessária. Mas o que falta é uma verdadeira e constante conscientização e fiscalização da população no trato dos resíduos sólidos.

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4.Conclusão

As três cidades estudadas mostraram em a realidade amazonense em relação ao resíduos sólidos, a partir da CMR e dos depósitos finais dos RS. Enquanto há uma demanda significativa na reciclagem, o descaso ao resíduos sólidos também é presente.

No Amazonas, especialmente nas cidades estudadas, o papel da comercialização dos materiais recicláveis possui certas fragilidades decorrentes da falta de uma gestão integrada de todos os geradores de resíduos sólidos. Os catadores fazem algumas atividades, coletam, embora sem o mínimo de apoio, nem estrutura (condições e local de trabalho). As prefeituras municipais parecem esquecer os outros termos previstos em leis, tendo em vista que não há a preocupação do administradores da cidades estudadas a intensificação na fiscalização aos maiores geradores de resíduos sólidos sobre a destinação correta e reutilização dos mesmos, no caso as empresas instaladas nos municípios. E a população ainda encontra-se alheia a todos esses acontecimentos como foi possível perceber nos trabalhos de campo realizados nas cidades estudadas.

Quatro anos é o prazo que os Estados, Distrito Federal, Municípios e particulares têm para se adequarem as determinações legais, um prazo que vai se desenhado insuficiente para o Amazonas.

Com os resultados deste estudo também foi possível perceber que o discurso do desenvolvimento sustentável, além de valorizar a reciclagem, a ação e formação cooperativas, a redução do consumo, a consciência ambiental, também possui efeitos negativos. Esses efeitos negativos atingem principalmente os que trabalham diretamente com os materiais recicláveis, que parecem esquecidos enquanto propulsores ao avanço da sustentabilidade no mundo. Visto que os catadores, situados na base desse sistema lucrativo, são desvalorizados econômica e socialmente a medida que os lucros continuam nas mãos de poucos.

Desta forma, o desenvolvimento sustentável apenas “resolve” um de dois grandes problemas provocados pelo atual sistema econômico presente na

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maioria das nações mundiais, o impacto antrópico na natureza. Porém o impacto social continua intacto, ou seja, a maioria continua proporcionando o aumento da riqueza para poucos. Não há luxo nos catadores, nas associações/cooperativas, nas sucatarias e nem mesmo no Amazonas que tenha vindo do lixo. O luxo no sentido de riqueza está localizado no topo dessa cadeia de material reciclável, os donos das indústrias. São eles que determinam os preços de cada material reciclável, isto é o quem vem determinando quem fica com a maior porção do “luxo”.

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5. Referências

AQUINO, Israel Fernandes de; CASTILHO JR, Armando Borges de; PIRES, Thyrza Schlichting De Lorenzi. A organização em rede dos catadores de

materiais recicláveis na cadeia produtiva reversa de pós-consumo da região da grande Florianópolis: uma alternativa de agregação de valor.

Gest. Prod., São Carlos, v. 16, n. 1, p. 15-24, 2009

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO ALUMÍNIO – ABAL. Reciclagem de latinhas. Disponível em http://www.abal.org.br/reciclagem/latas.asp. Acesso em 03 de agosto de 2011.

BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei 9605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências

CASTRO, Marcos. Gestão de resíduos sólidos na região metropolitana de

Manaus: municípios de Iranduba, Manacapuru e Novo Airão - AM. 2011.

25f. Projeto de Dissertação – Programa de Pós-Graduação em Ciência do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia - PPGCASA, Universidade Federal do Amazonas, Manaus.

CORRÊA, Roberto Lobato. Estudo Sobre a Rede Urbana. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

DEMAJOROVIC, Jacques; BESEN, Gina Rizpah. Gestão compartilhada re

resíduos sólidos: avanços e desafios para a sustentabilidade. Rio de

Janeiro: XXXI Encontro da ANPAD, 2007.

GIOSA, José Roberto. A moeda de lata. São Paulo: Técnica Comunicação Industrial, 2010.

(32)

GODOY, Tatiane Marina Pinto de. A prática sócio-espacial dos catadores de

materiais recicláveis e a (re) produção do espaço urbano. São Paulo:

GEOUSP – Espaço e Tempo, Nº 25, pp. 69 – 88, 2009.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Portal Cidades. Disponível em: http://www.ibge.gov.br . Acesso em 13 de outubro de 2011.

OLIVEIRA, José Aldemir de; SCHOR, Tatiana. Urbanização na Amazônia: O local e o global. IN: VAL, Adalberto Luiz; SANTOS, Geraldo Mendes dos. Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos – Caderno de Debates TOMO III. Manaus: INPA, 2010, Cap. XX. p. 145-189.

STROSKI, Antonio Ademir. Destinação dos re´siduos sólidos urbanos das

cidades de Anamã, Anori, Caapiranga, Codajás, Iranduba e Manacapuru.

1º Relatório do serviço de consultoria, da avaliação de projetos de aterro sanitário. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Secretaria Executiva Adjunta De Recursos Hídricos. Manaus, 2006.

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6. Cronograma

Descrição Ago

2011

Set Out Nov Dez Jan 2012

Fev Mar Abr Mai Jun Jul

01 Levantamento e Revisão bibliográfica R R R R R R R R R 02 Elaboração de Formulário R R R R R 03 Preparação de campo R R R R R R 04 Pesquisa em campo R 05 Elaboração dos mapas temáticos R R R R R 06 Preparação do relatório parcial R R 07 Entrega do relatório parcial R 08 - Elaboração do Resumo e Relatório Final (atividade obrigatória) - Preparação da Apresentação Final para o Congresso (atividade obrigatória) R R

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7. Apêndice

FORMULÁRIO – SUCATARIA

Cidade: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Nome da Sucataria: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Entrevistado:_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Cargo: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Data: / /

Localização (GPS):

1. Origem

- Ano de instalação (data): _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

- Como começou: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

2. Material que trabalha

- Quais são (tirar foto da tabela de preço): _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Qual material arrecada mais (mensal e em toneladas): _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Época do ano que arrecada mais e por que: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

3. A comercialização do material

- Forma de coleta: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Compra de quem: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Vende para quem: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Em quanto em quanto tempo são comercializados os materiais recicláveis: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

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- Forma de transporte dos materiais recicláveis (se terceirizado informar o preço): _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Compra do interior? _ _ _ _ _ _ Quais? _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Como funciona: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Quais os preços dos materiais na venda para as empresas especializadas? _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

4. O Faturamento

- Capital de Giro (mensal): _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

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FORMULÁRIO – COOPERATIVA/ASSOCIAÇÃO

Cidade: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Nome da Cooperativa/ Associação: _ _ _ _ _ _ _ _ _ Entrevistado:_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Cargo: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Data: / /

Localização (GPS):

1. Origem

- Ano de instalação (data): _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

- Como começou: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

2. Dados da cooperativa/associação:

- Número de associados: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Qual o local de trabalho? _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _È próprio? (Max. de informação possível)_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Como se dá o funcionamento?_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Recebe ou já recebeu ajuda privada/pública? Qual e o que?_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Possui meio de transporte para a coleta dos materiais? Como adquiriu?_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Possui maquinas especializadas? (prensa, balança) Como adquiriu? _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

2. Material que trabalha

- Quais são: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Qual material arrecada mais (mensal e em toneladas): _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

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- Época do ano que arrecada mais e por que: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

3. A comercialização do material

- Forma de coleta: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Vende para quem: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Em quanto em quanto tempo são comercializados os materiais recicláveis: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Forma de transporte dos materiais recicláveis (se terceirizado informar o preço): _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Compra do interior? _ _ _ _ _ _ Quais? _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ - Quais os preços dos materiais na venda? _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

4. O Faturamento

- Mensal individual dos associados: (pode ser do entrevistado) _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

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FORMULÁRIO – LIXÃO

Cidade: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Nome do Lixão: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Entrevistado:_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Cargo: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Data: / / Localização (GPS):

A. Dados do Lixão:

- Qual a área do lixão em m²?

- Qual o tipo de transporte realizado na coleta dos resíduos sólidos?

- Quantas viagens fazem por dia?

- Quantos caminhões fazem a coleta?

- O serviço é terceirizado?

- Existe coleta seletiva na cidade? Como funciona?

- Como o lixão está se adequando a Nova Política Nacional dos Resíduos Sólidos?

- Quais suas medidas?

Referências

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