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Academic year: 2021

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TOUCHPOINTS EM RELANCE

A tabela “Touchpoints em relance” foi realizada para apoiar o processo de integração dos Touchpoints na sua prática. Tal como acontece com a conquista de qualquer nova competência, será necessário tempo e uma utilização sistemática destas ferramentas, para se sentir confortável quando utilizar este enquadramento na interação com as famílias.

Este guia de referência foi desenvolvido para permitir uma consulta rápida aos vários Touchpoints que constituem o Modelo. A sétima

coluna, “O que o bebé/criança consegue fazer”, pretende listar os marcos do desenvolvimento que serão mais úteis no seu contexto de

ação. Também poderá assinalar os momentos do desenvolvimento que lhe interessam conhecer melhor, permitindo-lhe, deste modo,

observar ou procurar encontrar informações sobre estes momentos durante o seu encontro com a criança e a família.

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PRÉ-NATAL Construir uma aliança funcional entre os sistemas familiar e comunitário.

O objetivo principal da visita/encontro pré-natal é conhecer pessoalmente os pais do bebé e, estes, poderem conhecê- lo antes do bebé nascer. Em muitos casos, os pais procuram escolher entre vários prestadores de cuidados, não tendo bem claro o que procuram. Partindo do princípio que vai ser o profissional que os vai acompanhar, comece a estabelecer uma aliança com os pais, para poder fazer parte do sistema social que envolve a criança. Além disso, inicie a recolha da informação que o vai ajudar a apoiar esta família no futuro. Responda a perguntas sobre os cuidados iniciais, principalmente sobre a alimentação, que podem ser importantes para os pais. Os cursos de preparação para o parto só se iniciam numa fase mais avançada da gravidez, e são mais frequentados pelos pais de classe média do que pelas famílias menos favorecidas. Encoraje os futuros pais a fazerem parte de um grupo através do qual possam receber apoio de outros pais.

Preparação

Bebés imaginários Relações Pais imaginários

Aliança com os pais Bebés imaginários Apoio/Suporte

Fundar o conhecimento especializado

Alimentação

O bebé torna-se ativo na imaginação dos pais.

Um bebé singular/ único começa a marcar a sua presença através do movimento e nível de atividade.

RECÉM- NASCIDO

Apoiar os pais na aprendizagem sobre o seu novo bebé (o “bebé real”) e na integração da realidade do nascimento.

A visita/encontro com o recém-nascido está repleto de oportunidades para criar relações, assim como para descobrir informação importante sobre o bebé e os pais. Os seus objetivos são examinar o bebé e, em conjunto com os pais, avaliar a sua saúde em geral e criar uma ideia do seu temperamento individual. Neste processo, irá utilizar esta informação para promover a relação entre os pais e o seu novo bebé. Consciente da oportunidade que significa o momento do nascimento de um bebé para criar uma aliança com os pais, aproveite o que já conhece sobre a família com base no encontro pré-natal, e demonstre-lhes a sua vontade de continuar a fazer parte do sistema de suporte que rodeia o bebé. Esteja alerta para as emoções fortes, positivas e negativas, que podem acompanhar o nascimento de um bebé. Invista em acompanhar esta paixão entre pais e bebé, para saber mais sobre esta família e, assim, poder estabelecer-se como um apoio significativo. O exame realizado ao bebé é utilizado quer para mostrar aos pais as capacidades de adaptação do seu bebé ao ambiente, quer para aproximar o bebé e os pais.

Ao despertar respostas no bebé, observe simultaneamente como os pais respondem às características únicas do seu bebé. Está a recolher dados para o seu trabalho futuro com eles. Mas, o mais importante, é que estão todos – bebé,

Saúde

Emoções parentais O bebé real Vinculação

Escala de avaliação do comportamento do recém-nascido (NBAS)

A história do nascimento Suporte

Tentativa e erro Alimentação

Comportamento como linguagem Brincadeira

O recém-nascido mostra vários estádios (Ex: sonolento, alerta, sono leve, irritadiço) assim como reflexos (Ex: reflexo da marcha)

Um recém-nascido em alerta pode orientar-se para a voz e cara dos pais.

Estes e outros comportamentos podem ser encontrados na NBAS (Escala de avaliação do

comportamento do recém-nascido) e na NBO (Sistema de observação do recém-nascido)

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pais e profissional – envolvidos ativamente na celebração do nascimento.

3 SEMANAS Avaliar o nível de desorganização vivido pela família e conhecer as capacidades e apoios disponíveis para uma reorganização saudável.

O encontro/visita das 3 semanas traz, geralmente, pais exaustos e inseguros quanto à sua capacidade de serem pais, sobretudo no primeiro filho. São agora muito visíveis alterações dramáticas na vida de toda a família – quebra de rotinas, alterações nas relações e criação de novas expectativas.

A responsabilidade de cuidar e alimentar o seu filho pode parecer esmagadora. Nesta altura, o bebé ainda dorme a maior parte do tempo e o seu comportamento expressa sobretudo as suas necessidades de cuidado. A interação lúdica que os pais imaginaram só tem lugar mais tarde. No entanto, como especialista nas competências da criança, tem agora a oportunidade de ajudar os pais a conhecer o ritmo e o temperamento único do bebé, preparando-os para o aumento da socialização nos próximos meses. Os seus objetivos nesta visita/ encontro – para além de assegurar, a si e aos pais, o estado de saúde do bebé – são promover a autoestima dos pais, fornecer orientação na rotina de cuidados e ajudá-los a interpretar o comportamento do seu bebé como a sua linguagem. Entrou no sistema de cuidados que envolve este bebé. Às 3 semanas, depois da intensidade do nascimento e antes de se estabelecerem padrões consistentes de cuidado e interação, os pais estão geralmente preparados para este apoio.

Exaustão dos pais

Alimentação Individualidade Relações

Interpretar estádios Sistema de suporte Interação

Agitação Chuchar no dedo Stress dos pais

Os bebés com 3 semanas dormem a maior parte do tempo e os períodos em que estão acordados são muitas vezes marcados pela irritabilidade. No entanto, os padrões de sono estão a tornar-se cada vez mais previsíveis. Uma responsividade subtil do bebé no estádio de alerta pode levar a uma sensação de familiaridade entre o bebé e os pais.

A alimentação, na maior parte das vezes, tornou-se uma rotina com a possibilidade de alguma interação mesmo antes desse momento.

6-8 SEMANAS Compreender a emergência do recém-nascido como membro da família e a reorganização desta, para incluir este novo elemento.

O encontro/visita entre as seis e as oito semanas é uma oportunidade para observar a formação da nova família. O bebé demonstra uma maior capacidade no relacionamento com o mundo exterior e os pais vão respondendo a esta evolução. Considerando estas mudanças, procure alterações na interação pais/bebé, observando como é que estes pais estão a reagir, se vivem estas transformações como entusiasmantes ou problemáticas. Prepare os pais para alterações no sono e na alimentação. Provavelmente os pais, que estão agora a recuperar da excitação e exaustão das primeiras semanas, recomeçam a estabelecer a sua relação com o mundo exterior (trabalho, amigos e família alargada). A sua relação com os pais tem evoluído durante os encontros/visitas anteriores, sendo importante consolidar esta relação, assim como, perceber melhor os apoios que têm disponíveis.

Socialização

Autoconfiança dos pais Relações

Interação Cuidados Depressão

Explosão cognitiva Brincadeira

Regresso ao trabalho

O bebé está mais disponível para a interação. O primeiro sorriso social e a capacidade para a interação cara-a-cara, estão a surgir.

Choros diferentes (fome, cansaço, desconforto) são reconhecíveis.

Aumento do controlo da cabeça e do pescoço.

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4 MESES Observar a vinculação e integração do bebé na família.

O Touchpoint dos 4 meses é um momento emocionante. O bebé começa a distinguir as pessoas e já mostra quem prefere. Com os que lhe são mais próximos – os seus cuidadores – os padrões de interação mútua alimentam a sua necessidade de intimidade. Está a apaixonar-se. Laços emocionais fortes formam uma base segura, da qual o bebé pode partir para encarar o mundo. Ele vê um novo mundo à sua frente: objetos, sons e pessoas interessantes.

Alcança e agarra um brinquedo, explorando tudo com a boca e os olhos. Está a descobrir o seu mundo. Os pais sentem-se mais capazes neste Touchpoint do que nos anteriores. Estabeleceram rotinas familiares que mostram que conseguem cuidar deste bebé, iniciando o regresso à

“vida anterior”. Mas as mudanças no bebé testam esta nova confiança e a sua reentrada nas relações e responsabilidades do passado. Pode ser um momento particularmente oportuno apoiar a nova família e avaliar a solidez da relação que mantém com os pais. O objetivo neste Touchpoint é fazer um balanço das relações que se estão a desenvolver e apoiar a família na reorganização em curso. Quer na alimentação, quer no sono, procure oportunidades para interpretar o comportamento do bebé, para que os pais se possam ajustar às mudanças que enfrentam.

Vinculação

Interesse pelo mundo

Padrões de cuidado

Exigências do bebé

Envolvimento do pai

Interações Choro Sincronia

Interesse pelo mundo A aliança

Rotinas de cuidados

Alimentação Sono Brincadeira

Ansiedade do estranho

Interação cara-a-cara é um meio eficaz para brincar e comunicar.

Discrimina claramente e mostra preferências entre adultos.

Forte aumento do interesse pelo mundo exterior.

Torna-se mais eficaz a alcançar e agarrar objetos, interessando-se mais por objetos que sirvam para brincar. Começa a emergir a capacidade de transferir os brinquedos de uma mão para a outra.

7 MESES Análise dos padrões familiares, capacidade de adaptação, mudança e reparação funcional.

A visita dos sete meses é o momento para observar como a família está a responder ao bebé em crescimento. É durante este período que a sua personalidade se torna mais clara. Com esta personalidade emergente, pode ver como os pais se adaptam a esta nova pessoa. Estão a compará-la a outros na família? O que salientam e o que receiam? Esta é uma boa altura para avaliar a eficácia do trabalho que tem desenvolvido com a família e, se eles sentem contar consigo para gerir os seus novos desafios.

O aumento da mobilidade do bebé é coordenado com uma maior consciência social e cognitiva. É um momento excitante para o bebé ao exercitar as suas novas habilidades. Pode também ser uma altura frustrante, para o bebé, o começar a compreender mais sobre o seu mundo e não conseguir agir totalmente sobre esse entendimento.

Gerir a excitação e a frustração torna-se o maior desafio para os pais. Quão confortáveis estão com estas alterações e de que forma as gerem? O seu objetivo nesta visita é

Habilidades motoras Alimentação Sono

Permanência do objeto

Rotinas de cuidados Disciplina

Temperamento

Segurança Estabelecer limites

Sono e alimentação

Consciência dos estranhos

A permanência das pessoas chega com a correspondente tomada de consciência dos estranhos. Os bebés podem chorar só para os pais aparecerem.

A posição de sentado torna-se a mais eficaz para a manipulação dos objetos. A maior habilidade a agarrar, com os dedos, permite ao bebé ter mais controlo dos objetos.

Pratica o som das consoantes (Ex:

“ba”, “da”).

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7 MESES CONTINUAÇÃO

observar como os membros da família trabalham, em conjunto, na gestão destes desenvolvimentos e, ser um recurso nas questões que surgem sobre os cuidados. A sua agenda para esta visita inclui, assim, o revisitar das questões do sono, alimentação e disciplina, e compreender como se alteraram com estes novos desenvolvimentos.

9 MESES Observação das competências do bebé e da resposta da família à sua nova autonomia.

Os comportamentos do bebé que surgiram aos sete meses estão agora em plena expansão. Aos nove meses, o bebé não só pensa em movimentar-se, como o faz, estando muito motivado para isso. Ele demonstra não só um aumento da ansiedade em relação a estranhos como, ao deixar de ver a mãe, protesta veementemente. Sabe o que quer e expressa-o. Esta crescente intensidade da personalidade, das suas capacidades e propósitos, cria novos conflitos à família. Neste momento do desenvolvimento, geralmente, as diferenças entre crianças tornam-se mais notórias. A ansiedade dos pais em relação à criança que não se está a movimentar, ou a comunicar as suas intenções, podem ser questões trazidas para a visita dos nove meses. É também a altura em que os efeitos de um ambiente menos afetivo e estimulante começam a surgir. O objetivo neste encontro/visita consiste em observar as capacidades do bebé e ajudar os pais a agir face aos desafios das novas capacidades que o bebé apresenta. Rotinas de cuidados que resultaram no passado são quebradas e estratégias que resultaram anteriormente são aparentemente ineficazes. Apoie os pais a construir com base no que resultou no passado, e ajude-os a entender as novas capacidades do seu bebé.

Mobilidade

Referenciação social

Permanência da pessoa Controlo

Alimentação

Ansiedade do estranho

Definição de limites

Dúvidas e receios em relação ao desenvolvimento

Separação Alimentação Segurança

A mobilidade aumentou muito. O bebé pode gatinhar ou levantar-se.

De facto, pode ser impelido a fazê- lo, mesmo a meio da noite.

O bebé começa a usar as respostas dos pais (expressões faciais, orientações verbais) para ajustar o comportamento (referenciação social).

A ansiedade do estranho resulta no aumento da dependência dos pais em situações sociais.

O bebé quer controlar a sua própria alimentação.

12 MESES Refletir sobre este ano de

desenvolvimento;

sobre as novas capacidades do bebé, da família, sobre os padrões de adaptação e relações estabelecidas.

No encontro/ visita dos doze meses, o aniversário do nascimento do bebé, é um momento muito significativo para os pais. O bebé que trouxeram ao mundo é agora uma pessoa em pleno desenvolvimento. Os primeiros passos e as primeiras palavras são quer elogiadas e notadas com orgulho, quer esperadas ansiosamente. Os laços emocionais entre o bebé e os pais fortaleceram-se naturalmente, sendo os pais a base segura da qual o bebé parte, para explorar o mundo. Com um ano, o bebé está desejoso de experimentar as suas novas habilidades motoras e cognitivas. Reflita em conjunto com os pais sobre o primeiro ano e seja cauteloso ao abordar o bebé. Este é capaz de mostrar resistência a um exame físico

Independência

Habilidades motoras Aprendizagem Irritabilidade

Sono Alimentação Brincadeira

Birras

Treino da ida ao bacio

Agressividade

O mundo abre-se para um bebé de um ano ao dar os primeiros passos e dizer as suas primeiras palavras (Existe uma enorme variabilidade quanto ao momento em que pode ocorrer).

Nesta fase, a separação de um dos pais pode causar angústia.

A exploração dos objetos torna-se mais intencional, indo para além do abocanhar ou bater com os objetos

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12 MESES CONTINUAÇÃO

(profissionais de saúde), e usará os pais como um meio para lidar com a sua intrusão. Observe como os pais estão a lidar com as enormes alterações que estão a ocorrer. As questões do sono podem voltar a surgir, nesta fase em que o bebé demonstra uma maior curiosidade sobre o mundo à sua volta. Provavelmente, a alimentação poderá ser uma negociação entre a independência e o controlo. E a disciplina será, possivelmente, um assunto, pela vontade expressa do bebé ser um desafio à competência e resolução parental.

para ver o que acontece (Ex.:

espreitar por baixo de um brinquedo de corda, início da relação causa- efeito)

15 MESES Transformação do bebé numa criança mais independente:

análise das grandes alterações da natureza dos cuidados.

O bebé é agora uma criança. Os laços com os pais são intensos. É nesta fase que a ansiedade da separação e dos estranhos atinge o seu auge. Ao mesmo tempo, o interesse da criança pelo mundo ganhou um novo impulso. Brincar com brinquedos ou qualquer outra coisa que atraia a curiosidade da criança, pode ser esgotante nesta fase.

Apesar do seu período de atenção ainda ser reduzido, a criança com quinze meses é uma estudante do mundo.

Agora manipula os objetos não só com o objetivo e interesse dos últimos meses, mas também com o sentido da descoberta e experimentação. A criança pode agora alcançar e conquistar qualquer lugar acessível.

Socialmente, as suas necessidades de cuidado transformaram-se na necessidade de uma maior independência. A criança tem desenvolvido a compreensão da relação causa-efeito, através da experiência com objetos, podendo aplicá-la agora às suas relações. Provoca os pais sabendo que vai ter uma resposta. Nesta etapa, este novo poder pode gerar confusão quer para a criança, quer para os pais. As polaridades da infância podem ser muito intensas, o que pode ser visível na criança de 15 meses.

Autonomia Brincadeira

Habilidades motoras Dependência Linguagem

Disciplina Sono Alimentação Aprendizagem

Responsabilidade s dos pais

Mudanças nas vinculações

Diferenças individuais

Os comportamentos que expressam a vinculação, tal como o agarrar-se às figuras de vinculação e a ansiedade de estranhos, estão no seu auge. Simultaneamente, a sua capacidade para explorar e interagir com o mundo, aumentou

drasticamente com a crescente mobilidade e a fala.

As palavras são utilizadas para dar nome às coisas; no entanto, as crianças nesta idade podem ficar muito frustradas com a

incapacidade de falarem de forma eficaz.

18 MESES Normalização das tensões e exigências da criança.

O período dos 18 meses aos 2 anos é marcado por alterações dramáticas. A criança torna-se uma nova pessoa. Ela consegue agora pensar de forma independente a partir das suas experiências, o que lhe permite explorar a fantasia nas brincadeiras, brincar ao faz de conta, utilizar a linguagem, para além das necessidades básicas, relacionando-se com os outros já com um propósito. Estas novas capacidades intelectuais estão associadas a uma maior consciência de si. Tem ideias próprias e precisa de agir de acordo com as mesmas. Nesta etapa, a criança

Cognição Sentido de si

Lutas pelo controlo Linguagem

Disciplina

Competências sociais Alimentação Sono

Birras Segurança Infância

Treino da ida ao bacio

As tensões da infância estão a aumentar. Comer com as mãos pode alternar com o uso de talheres. Agarrar a mão dos pais com força numa situação nova pode, logo em seguida, alternar com fugir com um sorriso.

O faz de conta torna-se mais comum nas brincadeiras.

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18 MESES CONTINAÇÃO

começa a incorporar os padrões, as regras e os valores das pessoas à sua volta. Estas aquisições conduzem frequentemente a conflitos entre o que quer fazer e o que é esperado que faça. As lutas pelo controlo e o surgir das birras marcam o início de uma nova aventura, na qual pais e cuidadores são encarados como obstáculos à sua independência.

2 ANOS Adaptação da família à personalidade mais marcada da criança e às suas novas

competências

A transição do “ser bebé” para “ser criança” é caraterizada por mudanças profundas na criança que pedem grandes adaptações aos pais. A nível motor, intelectual e social, a criança vê-se com capacidades que passa a usar com mais intensidade e independência. A consciência destas novas capacidades resulta no aumento dos conflitos com os que podem limitar o seu poder em hábitos como a alimentação, ir para a cama, ou o vestir. Simultaneamente, a sua nova independência deve ser encorajada e apoiada de forma a confiar que a sua presença tem impacto no mundo. Os pais devem lutar para acompanhar a criança que continua a necessitar da proximidade emocional de um bebé, mas, ao mesmo tempo, exige a independência de uma criança mais velha. Nesta idade, os pais podem começar a utilizar o avanço tremendo da criança na linguagem, como ferramenta, para gerir as questões das rotinas diárias.

Nesta etapa, os pais são desafiados, não só em manter o seu filho em segurança, como no lidar com a sua frustração.

Ao não conseguir pôr as suas ideias em prática, a criança pode ficar frustrada e recorrer aos seus pais como fonte de suporte emocional. Aos 2 anos, os pais mostram uma maior necessidade de apoio nas questões da disciplina, do estabelecimento de limites e no treino da ida ao bacio.

Brincar ao faz de conta Linguagem Autonomia

Habilidades motoras

Sono Alimentação Brincadeira

Treino da ida ao bacio

Competências sociais

Treino da ida ao bacio

Emotividade Agressividade Responsabilidade Televisão

Muitas crianças começam a construir frases utilizando verbos (Ex.: “Eu quero isso.”) Outras continuam a utilizar principalmente os gestos, mas conseguem entender instruções, até três passos (Ex.: “Vai buscar o brinquedo e coloca-o na cadeira”)

Uma criança de 2 anos vai imitar o andar ou o falar de um dos pais e vai encenar cenas da vida real em brincadeiras simbólicas (Ex.: Servir o sumo no copo e beber).

A criança irá procurar oportunidades para impor a sua vontade (Ex.: “Eu fazer isso!”)

3 ANOS Celebração da criança através das negociações bem-sucedidas das birras.

Os três anos podem ser a plataforma entre os conflitos dos dois anos, e a tempestade que se aproxima com os desafios de identidade dos quatro aos seis anos. Nesta idade, a criança está a desenvolver a empatia, ficando menos suscetível a conflitos com os pais. Começa a ser mais provável encontrá-la a brincar sozinha ou a interagir alegremente com os seus pares. Esta estabilidade comportamental reflete um período mais suave do desenvolvimento, no qual a linguagem e as capacidades cognitivas se desenvolvem a um ritmo intenso. No entanto, algumas crianças podem ter maior tendência para interiorizar preocupações que podem ser exteriorizadas

Imaginação Medos e fobias Linguagem

Relação com os pares

Compreensão social

Treino da ida ao bacio

Refeições Separação

Jardim de infância Identidade sexual Empatia

A linguagem desenvolveu-se exponencialmente, dando lugar a uma menor frustração com as palavras e uma maior capacidade em atingir os seus objetivos.

As brincadeiras de faz de conta são um meio através do qual a criança representa importantes facetas da vida. Pode representar

repetidamente na brincadeira as

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3 ANOS CONTINUAÇÃO

como medos, pesadelos ou falta de confiança. Aos 3 anos, a maioria das crianças já saberá ir à casa de banho, mas os pais de crianças que ainda não o fazem podem estar muito ansiosos em relação a este aspeto.

rotinas do deitar, como encenar eventos mais perturbantes.

Nesta etapa vão surgindo as emoções sociais: empatia, vergonha e inveja.

4 ANOS A criança de 4 anos é frequentemente apanhada entre dois mundos. Ela já tem as capacidades e as competências para dominar novas tarefas de desenvolvimento, mas falta-lhe a consistência emocional para se regular. Geralmente, os pais de crianças de 4 anos estão curiosos se os seus filhos se estão a desenvolver bem. Os pais tendem a estar mais focados nas relações e na escola, enquanto a criança pode ainda estar ainda centrada nas tarefas de desenvolvimento à volta da fantasia e da realidade. Enquanto a criança ainda está a tentar dominar o seu autocontrolo, a ansiedade gerada por saber que “coisas más” podem acontecer-lhe pode levar à ocorrência de pesadelos. Ela agora tem maior consciência das suas experiências emocionais, conseguindo pensar nelas, começando também a compreender os efeitos do seu comportamento nos outros.

A criança tem agora uma nova noção de si compreendendo que, o que faz e sente, tem importância no mundo. Apesar da evolução das suas capacidades cognitivas, conseguindo ter novas perspetivas sobre a realidade e, o seu comportamento ser mais intencional, ela ainda tem dificuldades em diferenciar a realidade e a fantasia.

Aprendizagem, linguagem e literacia

Identificação do género e comportamento

Brincar e fantasia Moralidade Relações

Disciplina e limites Fantasia e medo Agressividade Amizade

Preparação para a escola

Gatekeeping e novas relações

Brincadeira, fantasia e razão

O pensamento mágico está no seu esplendor. Isto reflete-se não só em brincadeiras com cenários

dramáticos, mas também em medos e fobias, aparentemente, irracionais.

O poder da imaginação pode levar também a comportamentos mais agressivos ou mesmo a atos de aparente desonestidade.

Nesta idade, as crianças brincam frequentemente com outras da mesma idade, partilhando brinquedos e participando em brincadeiras de faz de conta.

5 ANOS A criança na etapa pré-escolar está a tornar-se mais independente.

Está na altura de reavaliar as estratégias e as expectativas dos pais

A criança de 5 anos, para se entender a si própria e ao seu impacto no mundo, concentra-se mais no “quem sou eu” do que no “o que faço”. Nesta fase, está mais consciente do tipo de pessoa que é e, tem um sentido, de si e dos outros, mais definido. Reconhece mais rapidamente as suas semelhanças e as diferenças, em relação a um grupo. A sua identidade está mais sólida e as decisões quanto ao comportamento, são orientadas pela sua consciência em desenvolvimento. Para muitas crianças este é um ano de enormes transições. A entrada no jardim de infância é um Touchpoint fundamental, quer para a criança, quer para os pais. No período pré-escolar, o jardim de infância irá ensiná-la a sentar-se e a ouvir. Mas a que custo? O que é que as famílias valorizam e esperam que as suas crianças aprendam? Os pais já estão preocupados, “Será que ele se

Gatekeeping

Transição para a escola

Consciência de si e empatia

Brincadeira e fantasia Agressividade

Individualidade Disciplina

Influência dos media Relações

Dia inteiro na escola

Estudos e resultados Independência

Reavaliar a parentalidade

A criança de cinco anos é geralmente muito fluente, conta histórias, descreve o que vê e inventa o que não vê. Por vezes ultrapassa-se a si mesma e as palavras excedem o conhecimento.

Nesta idade, as crianças podem trabalhar independentemente num projeto iniciado pelas próprias, durante longos períodos.

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5 ANOS CONTINUAÇÃO

vai adaptar?”. Uma criança com temperamento mais ativo vai necessitar de muita validação.

6 ANOS Avaliar o efeito do aumento das exigências sociais, na criança

Aos seis anos, está a entrar no mundo exterior, tal como este é definido pelas crianças mais velhas e adultos. Está a tornar-se uma “criança grande”. Ela tem adquirido conhecimento e quer experimentar fazer coisas com ele.

Apesar desta mudança da esfera motora para o mundo das ideias, a criança tem consciência de como as suas capacidades são avaliadas pelos outros (Ex.: “Quem consegue andar de bicicleta?”). Este é o momento de ser avaliado por um mundo maior, de identificar quais as capacidades de aprendizagem de cada um. A criança, nesta etapa, tem uma maior consciência das suas capacidades e das dos outros. Está mais preparada cognitivamente para se aperceber da forma como os outros reagem a si, lembrando-se cada vez melhor destas reações. A criança pergunta-se: “Vão gostar de mim?”.

Sente pressão para ter um bom desempenho e está sensível às respostas dos pais às abordagens educacionais. Este Touchpoint é uma ótima oportunidade para os professores valorizarem a paixão dos pais mesmo quando esta diverge dos seus próprios ideais.

Escola real Relações

Desenvolviment o moral

Qualidade do ajuste

Resultados e motivações Morte e perda

Nesta idade, a criança tende a comparar-se com os outros.

O sentido de competência ou de incompetência pode estar já muito interiorizado.

Os melhores amigos podem tornar- se importantes nesta fase.

A agressividade pode estar mais contida pela capacidade de pensar antes de agir.

Referências

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