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A influência do tempo da prática de atividade física na percepção da autoimagem, autoestima, qualidade de vida e níveis de depressão de idosos

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

STRICTO SENSU EM GERONTOLOGIA

INFLUÊNCIA DO TEMPO DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA

NA PERCEPÇÃO DA AUTOIMAGEM, AUTOESTIMA,

QUALIDADE DE VIDA E NÍVEIS DE DEPRESSÃO DE IDOSOS

Brasília - DF

2012

(2)

TATIANA MANGETTI GONÇALVES MUENZER

A INFLUÊNCIA DO TEMPO DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA

PERCEPÇÃO DA AUTOIMAGEM, AUTOESTIMA, QUALIDADE DE VIDA E NÍVEIS DE DEPRESSÃO DE IDOSOS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Gerontologia.

Orientadora: Profa. Dra. Gislane Ferreira de Melo

(3)

12,5 cm

7,5 cm 7,5cm

Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB 04/09/2012 M948i Muenzer, Tatiana Mangetti Gonçalves.

A influência do tempo da prática de atividade física na percepção da autoimagem, autoestima, qualidade de vida e níveis de depressão de idosos. / Tatiana Mangetti Gonçalves Muenzer – 2012.

54f. ; il.: 30 cm

Dissertação (mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2012. Orientação: Profa. Dra. Gislane Ferreira de Melo

1. Atividade física. 2. Depressão em idosos. 3. Qualidade de vida. 4. Imagem corporal. I. Melo Gislane Ferreira de, orient. II. Título.

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Dissertação de autoria de Tatiana Mangetti Gonçalves Muenzer intitulada “A INFLUÊNCIA DO TEMPO DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA PERCEPÇÃO DA AUTOIMAGEM, AUTOESTIMA, QUALIDADE DE VIDA E NÍVEIS DE DEPRESSÃO DE IDOSOS”, apresentada como requisito parcial para obtenção do

grau de Mestre em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília, em 24 de Agosto de 2012, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:

____________________________________________________ Profa. Dra. Gislane Ferreira de Melo

Orientadora

Mestrado em Gerontologia - UCB

___________________________________________________ Profa. Dra. Karla Helena Coelho Vilaça

Mestrado em Gerontologia - UCB

___________________________________________________ Profa. Dra. Maria de Fátima Matos Maia

Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes

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AGRADECIMENTO

Agradeço,

À Deus pela existência.

Aos meus pais Maurício e Silvia pela oportunidade de ter nascido, pela educação recebida ao longo dos anos, pelo incentivo e por tornar possível a realização desse mestrado.

Ao meu marido Daniel pela paciência e incentivo, permitindo-me atingir meus objetivos sem deixar-me hesitar nem desistir.

A minha querida filha Giulia pela inspiração e compreensão dos momentos ausentes.

A minha orientadora Gislane, pela paciência, compreensão e incentivo na criação de um novo trabalho.

A todas as pessoas e instituições que contribuíram de maneira relevante, de forma direta ou indireta, para tornar possível a concretização de mais uma etapa da minha vida.

(7)

“A idade não depende dos anos, mas

sim do temperamento e da saúde; umas pessoas já nascem velhas, outras jamais

envelhecem.”

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RESUMO

Referência: MUENZER, Tatiana Mangetti Gonçalves. A influência do tempo da prática de atividade física na percepção da autoimagem, autoestima, qualidade de vida e níveis de depressão de idosos. 2012. 54 folhas. Dissertação de Mestrado em Gerontologia – Universidade Católica de Brasília – UCB. Brasília- DF. 2012.

A melhoria das condições de saúde e expectativa de vida no mundo tem proporcionado um aumento na quantidade da população idosa com qualidade de vida, retardando o processo biológico de envelhecimento. Embora sejam crescentes os estudos que relacionam a atividade física e o envelhecimento, beneficiando a população incluída na terceira idade, são escassos os estudos que comparam o início da atividade física e seus benefícios ou malefícios, em diferentes fases da vida. O presente trabalho teve como objetivo principal, avaliar a influência do tempo da prática de atividade física, na imagem corporal, no nível de depressão e na qualidade de vida de idosos. A amostra foi de conveniência, composta por 61 idosos voluntários, de ambos os sexos, subdivididos de acordo com o tempo de prática: Grupo 1 (G1) (n=30): exerceram atividade física desde jovens, sendo atualmente idosos ativos (Masters); e Grupo 2 (G2) (n=31): passaram a realizar atividade física na terceira idade (a partir de 60 anos). Dentre os instrumentos, foram utilizados a Escala de Silhuetas Feminina (ESF) e Masculina (ESM), Escala de Depressão de Idosos (EDI), Escala de Qualidade de vida (EQV) e Questionário de Autoestima e Autoimagem de Steglich. Como resultados, a autoimagem e a autoestima apresentaram influência da atividade física, tendo em vista que praticantes de atividade física desde jovens obtiveram melhores percepções da imagem corporal do que aqueles que iniciaram mais tarde, independente do sexo; A autoestima pode receber influência de múltiplos fatores como cultura, meio a que se esta inserido, nível de depressão entre outros e não somente da prática de atividade física; O tempo de prática de atividade física não influenciou na depressão e, é importante a criação de políticas governamentais que incentivem idosos, mas principalmente crianças e adolescentes à prática de atividade física para que bons hábitos sejam criados e sejam mantidos durante toda a vida.

(9)

ABSTRACT

Reference: Muenzer, Tatiana Gonçalves Mangetti. The influence of duration of physical activity in the perception of self-image, self-esteem, quality of life and levels of depression of seniors. 2012. 54 leaves. Dissertation in Gerontology - Catholic University of Brasilia - UCB. Brasília-DF. 2012.

The improvement of health and life expectancy in the world has provided an increase in the population of elder people with quality of life, delaying the process of biological aging. Although a increasing number of studies link physical activity and aging, therefore benefiting the senior population, there are few studies that relate the onset of physical activity and its benefits or harms in the different stages of life. The present work had the main goal of evaluating, among elder people, the influence of physical activity in various aspects, such as body image, levels of depression and quality of life. The convenience sample was composed of 61 elderly volunteers of both sexes, divided according to the amount of physical practice time: Group 1 (G1) (n = 30): they were involved with continuous physical activity since young age, and are currently active elders (MASTERS), and Group 2 (G2) (n = 31): they started having physical activity in advanced age (after the age of 60). Among the instruments used to provide the proper analysis, are the Scale of Female (ESF) and Male Silhouettes (ESM), the Elderly Depression Scale (EDI), the Quality of Life Scale (EQV) and the Questionnaire of Self-esteem and Self-image of Steglich. As a result, self-image and self-esteem showed influence of physical activity, given that physically active from a young age had better perceptions of body image than those who started later, regardless of sex; Self-esteem can be influenced by multiple factors such as culture, this means that if inserted, level of depression among others, not only of physical activity, time physical activity had no effect on depression and it is important to create government policies that encourage seniors, but especially children and adolescents with physical activity so that good habits are established and maintained throughout life.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Imagens corporais que compõem a Escala de Silhuetas Femininas (KANNO, 2009)...25

Figura 2 – Imagens corporais que compõem a Escala de Silhuetas Masculina (SOUSA, 2011)...26

Quadro 1 – Valores máximos e mínimos do intervalo para classificar a autoestima e

autoimagem “alta” e “baixa”...27

Quadro 2 – Demonstração da análise estatística...28

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Dados descritivos da amostra por grupos...29

Tabela 2 – Dados referente ao IMC de mulheres...30

Tabela 3 – Dados referentes à Autoestima (AE) de ambos os grupos...32

Tabela 4 – Dados referentes à Autoimagem (AI) de ambos os grupos...33

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABQV ADTs AE AF AI ECT EDI EQV ESF ESM G1 G2 IBGE IMAO IMC ISRS OMS SBME SBGG TCLE V

Associação Brasileira de Qualidade de Vida

Antidepressivos Tricíclicos

Autoestima

Atividade Física

Autoimagem

Eletroconvulsoterapia

Escala de Depressão de Idosos

Escala de Qualidade de Vida

Escala de Silhuetas Feminina

Escala de Silhuetas Masculina

Grupo 1

Grupo 2

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Inibidores da Monoaminoxidase

Índice de Massa Corporal

Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina

Organização Mundial da Saúde

Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia

Termo de Consentimento Livre Esclarecido

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SUMÁRIO

RESUMO ABSTRACT

LISTA DE ILUSTRAÇÕES LISTA DE TABELAS

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

1 INTRODUÇÃO...12

2 OBJETIVOS...15

2.1 Geral...15

2.2 Específicos...15

3 REFERENCIAL TEÓRICO...16

3.1 Autoimagem e Autoestima no envelhecimento...16

3.2 Depressão na Velhice...19

3.3 A Qualidade de vida no envelhecimento...22

4 MATERIAIS E MÉTODOS...24

4.1 Tipo de Estudo...24

4.2 População...24

4.3 Amostra...24

4.4 Instrumentos...25

4.5 Procedimentos...27

4.6 Análise Estatística...28

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO...29

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...38

7 REFERÊNCIAS...39

APÊNDICE A– Termo de Consentimento Livre Esclarecido...44

APÊNDICE B – Questionário aplicado aos voluntários...46

ANEXO I –Escala de Silhuetas Feminina – ESF ...47

ANEXO II – Escala de Silhuetas Masculina – ESM ...48

ANEXO III – Escala de Depressão de Idosos – EDI ...45

ANEXO IV– Escala de Qualidade de Vida – EQV ...51

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1 INTRODUÇÃO

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi observado um crescimento da população com idade de 65 anos ou mais no último Censo, que era de 4,8% em 1991, passando a 5,9% em 2000 e chegando a 7,4% em 2010. Dessa forma, o aumento populacional do Brasil, ocorrido nestes últimos dez anos, deu-se tanto em função do crescimento da população adulta, quanto do seu envelhecimento (PORTAL BRASIL, 2011).

O resultado de pesquisas científicas voltadas para a melhoria das condições de saúde e expectativa de vida no mundo tem proporcionado um aumento na quantidade da população idosa com qualidade de vida, retardando o processo biológico de envelhecimento. A Associação Brasileira de Qualidade de Vida – ABQV - entende que a verdadeira Qualidade de Vida engloba o equilíbrio do ser humano em suas dimensões, física, psíquica, social e espiritual, refletindo diretamente na auto-realização e no relacionamento prazeroso consigo mesmo e com a sociedade (RUWER et al., 2005).

O organismo humano passa por um processo natural de envelhecimento, gerando o aparecimento de doenças crônicas, declínio da capacidade funcional e estrutural e, consequente perda da autonomia e independência, que podem ou não alterar sua qualidade de vida (BOERS et al., 2001; RUWER et al., 2005; TINETTI, 1986).

Do ponto de vista psicossocial, o envelhecimento envolve diferentes percepções, dificultando a definição, pela sociedade e pelo próprio indivíduo, de quem é realmente velho, ou seja, envolve a visão que o próprio ser tem de si mesmo e a observação das demais pessoas que o rodeiam. Fatores como a perda de autoridade, rejeição à ideia de morte, perda de autonomia e o aparecimento de alterações fisiológicas e psicológicas agravam o aspecto do processo de envelhecimento, dificultando a reversão do conceito negativo de que a velhice é uma doença (SANTOS, 2010).

Segundo Mazo et al. (2006), a autoimagem e a autoestima também são

modificadas com o “envelhecer”, normalmente relacionada a aspectos negativos,

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Para Benedetti et al. (2003), a autoimagem é a representação e a figuração do nosso corpo para nós mesmos, também entendido como o modo que o corpo se apresenta para nós. Já a autoestima pode ser uma atitude positiva ou negativa que a pessoa tem de si mesma, uma avaliação do autoconceito geral.

Dessa forma, verifica-se que a consequência ruim de uma autoimagem negativa está diretamente relacionada à depressão. Segundo Paradela et al. (2005), a depressão é uma das desordens psiquiátricas mais comuns em idosos, sendo responsável pela perda de autonomia e agravamento de quadros patológicos preexistentes. Está associada ao maior risco de morbimortalidade, ao aumento na utilização dos serviços de saúde, à negligência no autocuidado, à adesão reduzida aos regimes terapêuticos e ao maior risco de suicídio.

Estudos relatam que a prática de atividade física pode diminuir sintomas depressivos, promovendo uma melhoria, tanto física quanto psíquica, emocional e nas habilidades sociais, dentre outras (CHEIK et al., 2003; GUIMARÃES et al., 2006; HILLMAN et al., 2008).

Implementar ações que visem a saúde global do idoso, aprimorando as aptidões funcionais exigidas nas atividades diárias, como os níveis de força, flexibilidade, coordenação e agilidade, os quais beneficiam os praticantes em vários aspectos, principalmente na prevenção de incapacidades tem sido fator importante em diversos estudos (BENEDETTI et al., 2007; MACIEL, GUERRA et al., 2005; NÓBREGA et al., 1999; RIBEIRO, PEREIRA, 2005).

De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) e Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), a prática de exercício físico regular proporciona aumento do contato social, diminui os riscos de doenças crônicas, aprimora a saúde física e mental, fato que garante um melhor desempenho funcional e, consequentemente, proporciona maior independência, autonomia e qualidade de vida ao idoso (GUIMARÃES et al., 2004; NÓBREGA et al., 1999).

Kuwano e Silveira (2002) estudaram a influência da atividade física na autopercepção de idosos e verificaram que os indivíduos praticantes de hidroginástica, há mais de um ano, melhoraram aspectos físicos, psíquicos e sociais, além de observarem um aumento significativo da autoestima, diminuição da depressão e maior socialização.

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exercícios aeróbicos, de fortalecimento muscular e exercícios de flexibilidade para minimizar os efeitos fisiológicos do envelhecimento obtendo um estilo de vida mais saudável, diminuindo o desenvolvimento e a progressão de doenças crônicas nessa fase da vida.

De acordo com Rabacow et al. (2006), identificar a quantidade ideal de atividade física, respeitando as diferenças biológicas e comportamentais na prevenção do sedentarismo, representa uma difícil relação com os benefícios para a saúde. Sendo assim, estudos são necessários a fim de construir intervenções que minimizem e controlem problemas relacionados com o declínio funcional, orientando práticas conscientes quanto à quantidade, intensidade e frequência dos exercícios.

A identificação do nível de atividade física, relacionada à autoestima e à autoimagem dos idosos, pode servir como um parâmetro importante na formulação de políticas públicas que venha a favorecer a mudança para um estilo de vida proativo, além de promover uma orientação quanto ao período que deve ser iniciado (MACIEL, GUERRA et al., 2005; RABACOW et al., 2006).

Assim, de acordo com os resultados encontrados nas literaturas apresentadas, pode-se afirmar que a prática de exercício físico, além de combater o sedentarismo, contribui de maneira significativa para a manutenção da aptidão física do idoso, seja na sua vertente da saúde, seja nas suas capacidades funcionais e sociais (ALVES et al., 2004).

Embora sejam crescentes os estudos que relacionam a atividade física e o envelhecimento, são escassos os estudos que relacionam o início da atividade física e seus benefícios ou malefícios, em diferentes fases da vida.

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2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Avaliar a influência do tempo da prática de atividade física na percepção da autoimagem, autoestima, qualidade de vida e nos níveis de depressão de idosos.

2.2 ESPECÍFICOS

a) Avaliar os níveis de discrepância da imagem corporal de idosos com tempo diferenciado de atividade física;

b) Avaliar se o tempo de prática de atividade física influencia nos níveis de depressão;

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 AUTOIMAGEM E AUTOESTIMA NO ENVELHECIMENTO

O processo de envelhecimento pode ser percebido de diferentes formas pelos indivíduos e pela sociedade, assim, existem idosos que se sentem velhos, excluído das relações sociais e familiares e aqueles que não se sentem velhos por encontrarem-se economicamente ativos, realizando suas atividades na sociedade, inclusive com poder de decisão no trabalho e na família (SANTOS, 2010).

O próprio indivíduo se vê, muitas vezes, inútil diante de uma sociedade cada vez mais dinâmica e exigente, necessitando, logo de início, da mudança de sua própria imagem: de alguém dependente para um ser capacitado a realizar as atividades normais exigidas em todos os ambientes, respeitando, é claro, as naturais limitações impostas pelo tempo, as quais não devem interferir em sua autoestima, confiança e capacidade individual (DOLL et al., 2007; FERNANDES, DUARTE, 2009).

Diante desse contexto, observa-se que o mundo que envolve o idoso torna-se comprometido por uma série de fatores, tais como: a perda de sua autoridade, a falta de autonomia para tomada de decisões, a carência econômica e afetiva, dentre outros, comprometendo a sua qualidade de vida e a maneira como vê sua própria imagem (DOLL et al., 2007; SILVA, CUNHA, 2008).

Para Ávila et al. (2007), em estudo com idosos abordando assuntos referente a autoimagem na velhice, representações sociais e vivências sociais, observou duas percepções distintas do reconhecimento da velhice: na primeira, os participantes se reconheceram como velhos (sendo a velhice uma construção, não existindo um momento específico para seu nascimento) e, no segundo, não se reconheceram como velhos (apenas identificaram características biológicas de envelhecimento).

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O corpo, segundo Batista (2000), é um produto que em parte é resultado da natureza e também da cultura, sofrendo influência da educação e da sociedade a qual está inserida. Sendo assim, o corpo e seus fenótipos são considerados elementos fundamentais de comunicação e interação social.

No envelhecimento, as modificações físicas são mais evidentes, influenciando na maneira como os idosos veem sua própria aparência, fato que por sua vez sofre a interferência dos estereótipos que a sociedade estabeleceu no que se refere o culto ao corpo (ÁVILA et al., 2007; BATISTA, 2000).

A maneira como um indivíduo vê o seu próprio corpo é chamada de autoimagem, sendo composta por um conjunto de idéias reais e subjetivas que formam a imagem que alguém tem de si mesmo e também uma visão de como outras pessoas a vê. Essa autoimagem é formada a partir do ambiente em que a pessoa nasce, cresce e habita, sendo produto da transformação sofrida em cada etapa de vida, traduzindo na modificação representada pelo seu corpo não só diante

de si, mas também, entre o “EU” e a sociedade (MOSQUERA et al., 2006).

Uma autoimagem positiva faz com que o indivíduo sinta-se confiante, competente, o que é importante para uma vida de satisfação. Já a rejeição do próprio envelhecimento, em virtude da imagem negativa de si mesmo, acaba por desenvolver um sentimento de autodesvalorização e uma baixa autoestima, distorcendo a sua percepção corporal (CHAIM et al., 2009; RUWER et al., 2005).

Segundo Batista (2000), a autoestima interfere diretamente no comportamento humano ao longo da vida, em ambos os sexos, sendo a aparência física percebida de forma diferenciada para homens e mulheres.

Essa autoestima é um conjunto de atitudes e percepções que cada pessoa tem de si mesma, ou seja, ideias sobre si que podem ser positivas ou negativas, variando de acordo com acontecimentos psíquico-fisiológicos que são mutáveis e sofrem influências constantes do próprio indivíduo e do seu meio (MOSQUERA et al., 2006).

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A autoimagem e a autoestima estão em constante mutação, como se fosse um autorretrato momentâneo de si mesmo, que necessita sempre ser reconstituído e depende da auto-aceitação e da aprovação das pessoas ao seu redor (BATISTA, 2000; MOSQUERA et al., 2006).

Segundo Mosquera et al. (2006), boas experiências são responsáveis por autoimagem e autoestima positivas assim como más experiências podem gerar avaliações negativas. Da mesma forma, quando se tem uma visão mais objetiva de si mesmos, é mais fácil aceitar as boas qualidades, limitações e tentar superá-las.

Mosquera et al. (2006), afirmam ainda que indivíduos que apresentam uma autoimagem mais coerente com a autoestima, apresentam uma tendência maior de ajudar o próximo, serem mais afetuosos e propensos a trabalharem considerando aspectos positivos em si e nos outros. Já a falta ou baixa autoimagem e autoestima, favorece o aparecimento de doenças graves, de egoísmo, criando dependência e dificuldade nas relações interpessoais.

Benedetti et al. (2003) e Mazo et al. (2006), corroboram os achados de Mosquera et al. (2006) e afirmam que a prática de atividade física amplia a percepção da autoimagem e da autoestima dos idosos, proporcionando maior equilíbrio nessa etapa da vida. Assim, programas de atividade física parecem contribuir com um importante papel, no sentido de encorajar a auto-aceitação de seu corpo e até de mudanças necessárias à saúde geral, ampliando dessa forma a sua autoestima global.

Segundo Chaim et al. (2009), conhecer a relação que o idoso mantém com seu corpo e as implicações na sua autoestima é fundamental para que os profissionais de saúde intervenham em todos os aspectos que envolvam suas condições físicas, psicológicas, emocionais e mentais, para que se estimule e entenda o idoso de forma holística.

A maneira como o idoso se vê é muito importante, e, essa imagem, é muitas vezes negativa, tendo em vista a incapacidade de realizar as coisas que fazia antes, o esquecimento ocasionado pela perda da memória, a falta de resposta do corpo em atender com agilidade a certos movimentos e o fato de olhar no espelho, dizer para

si mesmo: “eu já fui muito bonito(a)”. Tudo isso acaba por agravar a perspectiva ruim

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3.2 DEPRESSÃO NA VELHICE

A depressão é uma síndrome psicológica que tem como características a perda do interesse e o prazer por coisas relativas à vida cotidiana, com alterações do funcionamento biológico, não tendo um tempo exato de duração variando de meses a anos (SILVA, CUNHA, 2008).

É importante que a depressão não seja confundida com tristeza. Na primeira, envolve o ser humano em suas dimensões: psíquica, biológica e social, interferindo na capacidade de lidar com decisões do dia-a-dia e podem repercutir no seu convívio familiar. Já na segunda, ou seja, na tristeza, o sentimento de abatimento, desamparo e impotência duram por um período relativamente curto e é considerada normal do indivíduo, por exemplo, na perda de um ente querido (CHEIK et al., 2003). Sintomas como tristeza profunda (patogênica), ansiedade, irritabilidade, mau-humor, medo, falta de atenção e distorção da realidade, choros sem motivos, distúrbios do sono, falta de energia para realizações de atividades, falta de apetite e perda de interesse sexual, referem-se à sintomatologia da depressão (STELLA et al., 2002; SILVA, CUNHA, 2008).

A prevalência da depressão em idosos é variável, sendo mais frequente no sexo feminino, e possui como exemplo de fatores de desencadeamento da patologia a perda do companheiro, o luto e a aposentadoria, esta associada à perda do suporte social relacionada à renda familiar e às relações interpessoais (STELLA et al., 2002).

A depressão é uma doença que pode ser prevenida e tratada, sendo importante observar que não faz parte do envelhecer, mas que surge muitas vezes devido as alterações psíquicas e emocionais que originam a partir das mudanças fisiológicas que o envelhecimento proporciona (MELLO, TEIXEIRA, 2011).

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Segundo Alves et al. (2011), a depressão afeta a disposição física, a autoestima, a autoconfiança e ainda influencia nas relações sociais do indivíduo, e, como agravante, no idoso, ela surge quando há uma perda na qualidade de vida, associada ao isolamento social e ao aparecimento de doenças crônico-degenerativas.

Após o idoso ser diagnosticado com depressão, é importante uma avaliação global que inclua a história clínica, exames físicos, avaliação das atividades da vida diária, estresse e exames laboratoriais. Dessa forma, a fim de auxiliar na avaliação, é comum o uso de instrumentos como escalas e questionários (SILVA, CUNHA, 2008; STELLA et al., 2002).

Os principais tipos de tratamento clínico, na depressão são à base de fármacos (antidepressivos), eletroconvulsivos e abordagens psicossociais, tendo como objetivos diminuir sintomas, reduzir risco de recaídas e recorrências, melhorar a qualidade de vida, reduzir a morbimortalidade e, consequente, estabilidade do estado geral (SILVA, CUNHA, 2008).

A farmacoterapia é a terapêutica mais usada na depressão, da idade avançada, pela sua eficácia. Os mais utilizados são: os Antidepressivos Tricíclicos (ADTs) - consideradas drogas de primeira linha, para quadros de depressão grave, tendo mecanismo de ação o bloqueio de recaptação de noradrenalina e serotonina, apresentam muitos efeitos colaterais, possuindo um bom custo/benefício; os Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) – tem a função de maior seletividade, para quadros menos graves, possuem menos efeitos colaterais que os ADTs; os Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO) – foram os primeiros a surgir, sendo atualmente usados em depressões refratarias, possuem mecanismo de ação que aumentam a disponibilidade de serotonina, noradrenalina e dopamina, apresentam poucos efeitos anticolinérgicos e de condução cardíaca; e os Antidepressivos de dupla ação: inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina – apresentam boa tolerância e eficácia, com menores efeitos colaterais e menor risco de interação medicamentosa (SILVA, CUNHA, 2008).

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ataxia. Já psicoterapia aliada ao tratamento medicamentoso tem sido muito eficaz no tratamento da depressão, principalmente nos graus leves e moderados (CHEIK et al., 2003; SILVA, CUNHA, 2008; STELLA et al., 2002;).

A depressão é recorrente, e, após o primeiro episódio, o risco de se ter segundo é de 50 a 60%, do terceiro de 65 a 75% e do quarto episódio de 85 a 90%. Esse fato tende a agravar se o idoso não recebe um tratamento adequado, podendo persistir por até três anos (SILVA, CUNHA, 2008).

O idoso com depressão sente-se indisposto para realizar qualquer atividade física e até mesmo suas atividades mais simples da vida diária, podendo permanecer em seu leito predispondo-se às alterações fisiológicas, principalmente pulmonares, e ao agravamento de seu quadro geral de saúde (STELLA et al., 2002). Estudos têm demonstrado que a prática de atividade física, supervisionada e bem estruturada, proporciona boa resposta na depressão moderada, melhorando a autoestima e o bem-estar biopsicofísico do idoso, além de propiciar uma maior participação social, contribuindo para a melhoria de sua qualidade de vida, agindo como recurso coadjuvante no tratamento dessa doença (CHEIK et al., 2003; PASSOS et al., 2008).

Segundo Stella et al. (2002), o exercício físico aeróbico, realizado na intensidade moderada e de longa duração (acima de 30 minutos), propicia um alívio de tensão e de estresse devido à liberação de hormônios que agem no sistema nervoso denominados endorfinas, reduzindo e prevenindo os transtornos da depressão.

Cheik et al. (2003), em estudo da realização da atividade física com indivíduos acima de sessenta anos depressivos, verificou que no grupo de desportistas houve um índice satisfatório na redução da depressão e de níveis de ansiedade, quando comparado ao grupo de idosos sedentários.

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3.3 A QUALIDADE DE VIDA NO ENVELHECIMENTO

O termo qualidade de vida hoje é alvo de interesse de profissionais da saúde e de toda população, porém há cinquenta anos, começou a chamar a atenção de cientistas sociais e de políticos, devido a sua importância na abordagem clínica de pacientes idosos, bem como para o desenvolvimento de políticas públicas (MAUÉS et al., 2010).

O conceito de qualidade de vida pode variar de autor para autor, sendo relacionado à autoestima e ao bem estar pessoal, além de envolver aspectos da capacidade funcional, nível socioeconômico e ao estado emocional. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a qualidade de vida apresenta um conceito subjetivo que envolve aspirações pessoais de cada indivíduo em cada faixa etária (PASCHOAL, 2004; VECCHIA et al., 2005).

Segundo Vecchia et al. (2005), em estudo com idosos sobre a definição do que era qualidade de vida para eles, obteve como resposta, em primeiro lugar, as questões afetivas e de família; em segunda posição foram citados os hábitos saudáveis, de lazer e de desfrute de bens materiais, ou seja, o prazer e o conforto; e em terceira posição foi relacionada à possibilidade de se colocar em prática seu ideal de vida.

A qualidade de vida depende da atitude emocional diante dos fatos da vida, dependendo de variáveis internas ou externas. Idosos que apresentam uma capacidade maior de enfrentar dificuldades físicas e doenças, possuem uma percepção e avaliação positiva para sua saúde, com melhores resultados para a qualidade de vida. Assim, por exemplo, duas pessoas com as mesmas condições sanitárias, podem ter resultados distintos quanto às qualidades de vida devido a esses aspectos subjetivos (PASCHOAL, 2006; XAVIER et al., 2003).

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Bilotta et al. (2011), em estudo com residentes de baixa renda de uma comunidade da Itália, verificaram que uma saúde fragilizada, com alto risco de desenvolvimento de múltiplas patologias, deficiências e depressão tem relação com uma baixa qualidade de vida e uma correlação com uma alta taxa de mortalidade.

De acordo com Passos et al. (2008), muitas vezes a perda de função motora no envelhecimento não esta ligada somente com fatores genéticos e sim com a inatividade física, comprometendo seu estado geral e até agravando alguma doença. Assim, uma vida ativa, com a prática regular de atividade física contribui não somente na prevenção de doenças como também na melhoria da qualidade de vida do idoso, tornando-o mais saudável (PASCHOAL, 2006; PASSOS et al., 2008).

Mota et al. (2006), estudaram o impacto do exercício físico regular na saúde e na qualidade de vida de indivíduos de ambos os sexos com mais de 65 anos de idade, e verificaram que a participação dos idosos em programa de atividade física melhora a qualidade de vida, principalmente quando relacionado à saúde.

Mincato e Freitas (2007) verificaram que a qualidade de vida e a capacidade funcional são menores em indivíduos institucionalizados do que não institucionalizados. Da mesma forma, quanto menor a capacidade funcional, menor a qualidade de vida, sendo observada, principalmente nas mulheres, quando comparada aos homens.

Segundo Jeckel (2005), a prática de atividade física tem associação positiva com melhor qualidade de vida tendo a necessidade constante de manutenção de uma existência ativa o quanto possível ao longo do processo de envelhecimento.

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4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 TIPO DE ESTUDO

Essa pesquisa caracteriza-se por ser um estudo descritivo transversal, que segundo Lima-Costa, Barreto (2003), trata-se de um estudo que busca descrever a ocorrência do evento em um determinado momento, segundo o tempo, o lugar e/ou as características dos indivíduos.

4.2 POPULAÇÃO

Foi composta por idosos praticantes de exercício físico desde a infância ou juventude e de idosos que começaram sua prática de atividade física ou exercício físico após os sessenta anos. Aqueles que praticaram exercício físico a vida toda

foram encontrados em clubes, academias, competições “masters” e parques. Já

aqueles que começaram suas atividades após os sessenta anos formam o grupo de idosos do Centro de Convivência de Idosos da Universidade Católica de Brasília.

4.3 AMOSTRA

A amostra caracteriza-se de conveniência e foi composta por 61 idosos praticantes de atividade física, sendo em sua maioria do sexo feminino (69,4%) com média de idade igual a 67,25±5,27 anos (60-81).

Estes foram subdivididos em grupos de acordo com o tempo de prática: Grupo 1 (n=30): praticaram atividade física desde jovens, sendo atualmente idosos ativos (Masters); e Grupo 2 (n=31): passaram a praticar atividade física a partir dos 60 anos.

Entende-se aqui Masters como praticantes de competições nas quais os sujeitos possuem mais de 18 anos de idade, as faixas etárias para competição são subdividas a cada cinco ou dez anos.

(27)

4.4 INSTRUMENTOS

Inicialmente, foi elaborado um questionário onde investigou-se as seguintes variáveis: idade, sexo, massa corporal, estatura, existência de doenças, ingestão de algum medicamento, tempo de prática de atividade física, modalidade praticada, frequência semanal, intensidade, duração diária da prática e qual a principal razão dessa prática.

Para avaliação da autoimagem foram utilizadas as Escalas de Silhuetas Feminina (ESF) (KANNO, 2009) e Masculina (ESM) (SOUSA, 2011).

As Escalas de Silhuetas Femininas e Masculina foram, respectivamente, constituídas por 12 e 11 desenhos ilustrativos, os quais se iniciam por uma imagem muito musculosa(o) (imagens 1, 2, 3 e 4), em seguida caminha para a imagem eutrófica (imagens 5, 6, 7 e 8) e finaliza com as imagens de sobrepeso e obesidade (imagens 9, 10, 11, 12), conforme apresentado nas figuras 1 e 2 a seguir:

Figura 1 - Imagens corporais que compõem a escala de silhuetas femininas (KANNO, 2009).

Figura 2 - Imagens corporais que compõem a escala de silhuetas masculina (SOUSA, 2011).

(28)

Para cada voluntário, foi solicitado escolher, primeiramente, a figura que melhor representava o seu tamanho atual (imagem real) seguido da figura que representava o tamanho que almejava ter (imagem ideal), ou seja, a figura que considerava o tamanho ideal para o seu próprio gênero em geral. Quanto maior a

discrepância entre a escolha da imagem “real” e da imagem “ideal” sugere mais

baixa autoestima (KAKESHITA et al., 2009).

Para a avaliação da depressão foi utilizada a Escala de Depressão de Idoso validada por Giavoni et al. (2008), é composta por 39 afirmações que visavam avaliar o quanto a pessoa encontra-se satisfeita, integrada e comprometida com questões relativas a si mesmo e sua vida nas duas últimas semanas, além de levantar dados que diferenciavam processos de envelhecimento de sintomas depressivos. Essa escala é composta por três categorias, sendo essas: os componentes cognitivos (conjunto de sintomas cognitivos presentes no processo depressivo) (α=0,93), os componentes do humor (relacionados com o aspecto

emocional) e os componentes somático-motores (relacionados ao aspecto

físico-motor) (α=0,89). Cada uma das categorias é composta por itens que procuram

captar as nuances de cada componente, sendo 16 itens relativos aos componentes do humor, 18 relativos aos componentes cognitivos e 16 relativos aos componentes somático motores (Anexo III).

Já para a avaliação da qualidade de vida optou-se pela Escala de Qualidade de Vida (EVQ) de Soares (2004) validada para idosos por Cipriani et al. (2012), a qual avalia dois fatores: psicológico e comportamental. Essa apresenta doze itens que variam com escores de 1 a 5, sendo que quanto mais baixa a pontuação, maior é a qualidade de vida (Anexo IV).

(29)

O questionário apresenta questões relativas à autoestima (3, 5, 7, 8, 10, 12, 14, 15, 16, 23, 24, 28, 29, 30, 31, 33, 34, 35, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 52, 53, 54, 60, 64, 66, 67, 68, 76, 77, 78) e a autoimagem (1, 2, 4, 6, 9, 11, 13, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 25, 26, 27, 32, 36, 37, 38, 51, 55, 56, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 65, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75) (MAZO et al., 2006).

Apresenta também itens que possibilitam respostas alternativas que variam os escores de 1 a 5 (sempre, quase sempre, várias vezes, algumas vezes e nunca). E, quanto mais alta a pontuação, maiores serão a autoimagem e a autoestima (Anexo V).

Para a avaliação dessa escala, utilizou-se a pontuação sugerida por Mazo et al. (2006) que classifica a autoimagem e a autoestima em baixa ou alta e apresenta as seguintes pontuações de acordo com o quadro abaixo:

Quadro 1 - Valores máximos e mínimos do intervalo para classificar a autoestima e autoimagem “alta”

e “baixa”.

Categorias Ponto de corte

Autoestima

Baixa = 41 a 163 pontos Alta = 164 a 205 pontos

Autoimagem

Baixa = 37 a 147 pontos Alta = 148 a 185 pontos Fonte: Mazo et al. (2006).

4.5 PROCEDIMENTOS

Os voluntários foram devidamente informados sobre os objetivos deste estudo, e após concordarem, assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

(30)

A duração para as respostas aos instrumentos durou em média 40 minutos. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Católica de Brasília, mediante o protocolo número CEP/UCB 193/2010.

4.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Para as análises descritivas da amostra, foram utilizadas médias, desvios padrão e frequências. Para avaliar a normalidade dos dados por grupo foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov.

Para as análises inferenciais foram utilizados teste “t” para amostras

independentes, Correlação de Pearson e Qui Quadrado.

O software SPSS 17.0 foi utilizado para a realização das análises com o nível de significância de p≤ 0,05.

Quadro 2 – Demonstração da análise estatística

V. Independente V. Dependentes

Grupos Corporal Imagem Autoestima Depressão Qualidade de Vida Grupo 1

(31)

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Inicialmente avaliou-se a normalidade das variáveis por grupo e não foram encontrados valores sem normalidade e discrepantes (Outliers). A Tabela 1 apresenta os dados descritivos dos dois grupos.

Tabela 1 – Dados descritivos da amostra por grupos

Variáveis Grupo 1 Grupo 2 Valor de p

Idade (anos) 65,77 ± 5,10 68,68 ± 5,11 0,12

Massa Corporal (kg) 68,67 ± 10,79 72,31 ± 12,77 0,03

Estatura (metros) 1,67 ± 0,10 1,54 ± 0,06 0,002

IMC 24,47 ± 2,82 30,20 ± 3,99 0,002

Tempo de prática (anos) 20,80 ± 12,62 5,81 ± 2,36 0,001

Duração (minutos) 66,17 ± 20,07 50,0 ± 0,00 0,001

Intensidade Intensa e

Moderada Moderada Leve e

Grupo 1 – idosos que sempre praticaram atividade física;

Grupo 2 – Idosos que começaram a praticar atividade física após os 60 anos.

IMC – Índice de Massa Corporal.

Pelos valores observados na Tabela 1, constatou-se diferenças nas variáveis massa corporal, estatura, IMC, tempo de prática, duração e intensidade, o que já era de se esperar, uma vez que os grupos são diferentes pelo tempo de prática e intensidade de atividade física exercida.

Quando avaliado o motivo da prática de atividade física, o grupo que sempre as realizou deixa claro em seu discurso o prazer da atividade, o condicionamento físico, bem como a necessidade de manter um corpo mais magro; já aqueles que começaram a praticar após os 60 anos têm como motivos principais as relações interpessoais (amizades), a qualidade de vida e a saúde (quase sempre por indicação médica).

Percebe-se que aqueles idosos que foram atletas ou não, mas que sempre praticaram uma atividade física importam-se com o condicionamento físico e com a saúde de uma forma diferente daqueles que começaram esta prática após 60 anos.

(32)

Como exemplo, no estudo de Alves et al. (2005), que avaliaram se a prática de atividade física na infância e adolescência influenciava na vida adulta, verificaram que os hábitos de atividade física adquiridos desde a infância ou adolescência tenderão a manter-se durante toda a vida adulta e no envelhecimento. Fato que pode ser percebido nesse estudo em que idosos praticantes de atividade física desde jovens, além de manterem a prática, obtiveram uma melhor qualidade de vida, melhor percepção corporal e menores índices de massa corpórea, do que aqueles que iniciaram mais tardiamente.

Para aqueles que começaram sua atividade física após 60 anos, tiveram, em sua maioria, este início recomendado por médicos. Ou seja, necessitou-se de uma situação médica para o reconhecimento da importância da prática da atividade física continuada.

Salvador et al. (2009), verificaram que idosos que tem acesso a locais para prática de atividade física como parques, clubes e academias nas redondezas de sua moradia aumentam as chances de realizar alguma prática física do que aqueles que moram distantes desses locais. Esse incentivo é melhor quando os idosos recebem convites de amigos para a prática de atividade física, o que intensifica a importante relação do idoso e o ambiente comunitário e também influencia na adesão.

Percebe-se que a forma como é repassada a importância da atividade física para a saúde física, social e mental deve ser feita com atenção desde a infância para que bons hábitos sejam adquiridos e continuados quando adultos e idosos.

Em relação à continuidade da análise dos dados levantados na pesquisa, observa-se que quando avaliado o Índice de Massa Corporal (IMC) em ambos os grupos, tem-se que G1 apresenta IMC menor que G2, sendo respectivamente 24,47 ± 2,82 e 30,20 ± 3,99 com p=0,002.

Sabe-se que o IMC de homens tende a ser menores que o das mulheres, por esse motivo, optou-se por analisar as mulheres separadamente, e, considerando-se, G1 = 12 e G2 = 31 mulheres, obteve-se os resultados de IMC, apresentados na Tabela 2:

Tabela 2 – Dados referente ao IMC de mulheres.

Variável Grupo 1 (n=12) Grupo 2 (n=31) p

IMC 24,74 ± 3,42 30,20 ± 3,99 0,001

(33)

Percebe-se que independente de terem sido separados por sexo, no grupo que sempre praticou atividade física o IMC foi menor do que nos indivíduos que a iniciaram após 60 anos, o que sugere que há interferência da atividade física no índice de massa corpórea de ambos os grupos.

A seguir serão apresentados os dados da comparação dos grupos com relação à imagem corporal, Questionário de Autoestima e Autoimagem de Steglich, Qualidade de Vida e Nível de Depressão.

No que se refere à percepção da imagem corporal, avaliado através da Escala de Silhuetas Feminina e Masculina, quanto maior a discrepância entre a imagem real e a que o indivíduo gostaria de ter, maior é a possibilidade de uma baixa autoestima (KAKESHITA et al., 2009).

Segundo Cavalheiri et al. (2005), o grau de discrepância corporal entre a imagem real e a ideal pode resultar as seguintes implicações: 1 e 2 pontos, indica insatisfação de nível pequena ou normal em relação ao próprio corpo; já a diferença entre 3 ou 4 pontos, indica insatisfação mediana; entre 5 ou 6 pontos, insatisfação de nível elevado; e, acima de 7 pontos ou mais, indica a possibilidade de possuir distorção na imagem corporal, sendo que, dependendo da situação, pode ser avaliado como patológico.

No Gráfico 1 estão apresentados os valores de discrepância da imagem corporal dos dois grupos. Pode-se perceber que nenhum grupo apresenta discrepância na sua imagem corporal, uma vez que para existir discrepância necessita haver uma média de mais de quatro imagens de diferença (tanto para menor quanto para maior), segundo os parâmetros citados por Cavalheiri et al. (2005).

Gráfico 1 – Valores da média da imagem corporal dos dois grupos.

p=0,002.

0 1 2 3

Grupo 1 Grupo 2 1,12

(34)

Apesar de não haver discrepância na imagem corporal, evidenciam-se diferenças significativas nos valores entre os grupos (p=0,002), no qual o Grupo que começou a praticar atividade física após os 60 anos (G2), apresentou maior variação da imagem corporal do que o Grupo que sempre praticou atividade física (G1), visto no Gráfico 1.

Esse fato pode ser explicado de acordo com estudos que relatam que a prática de atividade física exerce grandes benefícios, tanto na melhoria da autoimagem quanto da autoestima, tendo em vista ser o G1 aquele que exerceu maior tempo de atividade física (BENEDETTI et al., 2003; CHEIK et al., 2003; KUWANO, SILVEIRA, 2002; MAZO et al., 2006).

Para avaliar a percepção corporal, aplicou-se o Questionário de Autoestima e Autoimagem de Steglich (1978), padronizados conforme indicação do autor, em sujeitos com baixa e alta Autoestima (AE) e Autoimagem (AI). Assim, os dados apresentados nas Tabelas 3 e 4, respectivamente, demonstram, por grupo, estes resultados.

Tabela 3 - Dados referente à autoestima (AE) de ambos os grupos.

Grupos Autoestima Total

Alta Baixa

Grupo 1 21 (53,8%) 9 (41%) 30

Grupo 2 18 (46,2%) 13 (59,1%) 31

Total 39 (100%) 22 (100%) 61

Grupo 1 – idosos que sempre praticaram atividade física;

Grupo 2 – Idosos que começaram a praticar atividade física após os 60 anos.

x

2

= 0,94; p=0,33.

Observa-se que o teste Qui Quadrado não apresenta diferenças significativas (

x

2= 0,94; p=0,33), porém, dos idosos que apresentam baixa autoestima (22), 59,1% estão no grupo daqueles que começaram as atividades mais tarde.

(35)

autoimagem e autoestima baixas no grupo que iniciou atividade física após 60 anos (G2), com relação ao grupo que sempre as praticou (G1).

Tabela 4 - Dados referentes à autoimagem (AI) de ambos os grupos.

Grupos Autoimagem Total

Alta Baixa

Grupo 1 23 7 30

Grupo 2 11 20 31

Total 34 27 61

x

2

= 10,48; p=0,001.

Neste fator da escala, visto na Tabela 4, observou-se associação (

x

2 = 10,48; p=0,001) no qual o grupo que sempre praticou atividade física (G1) apresenta melhor autoimagem do que aqueles que começaram mais tarde (G2).

A busca pelo corpo ideal e de uma melhor satisfação com a imagem corporal, independe da faixa etária, pode sofrer influência da cultura, da mídia e do grupo ao qual se está inserido. Assim, segundo Damasceno et al. (2006), idosos veem que a busca pelo tipo físico ideal está associada aos aspectos das perdas de capacidade funcional com envelhecimento, enquanto que para os atletas, o tipo de atividade física está fortemente relacionado à busca pelo tipo físico ideal (DAMASCENO et al., 2006).

Neste aspecto, pode ser observado neste trabalho, por meio da Escala de Silhuetas e do Questionário de Steglich (1978), que o grupo que sempre praticou atividade física, considerados atletas (G1), obtiveram maior autoimagem do que os não atletas (G2), além de relatarem a vontade de terem, como interesse maior, um corpo mais magro, portanto o mesmo observado no estudo de Damasceno et al. (2006).

(36)

observado na Tabela 5, na qual aparecem os valores do Grupo 1, sobre autoestima e autoimagem de mulheres, com um maior número de mulheres detentoras de baixa autoestima e alta autoimagem.

Estudo referente à análise da atividade física e da autoestima, num período de quatro anos, de idosos inicialmente sedentários, verificaram haver mudanças significativas, durante o primeiro ano, na melhoria dos aspectos físicos e psíquicos. Porém, nos anos subsequentes, não foram encontradas diferenças relevantes na autoestima destes indivíduos (MCAULEY et al., 2005).

Jeckel (2005), infere que o nível de atividade física está associado a alguns fatores, tendo em vista as idosas mais ativas serem também as mais jovens, casadas, com nível de escolaridade maior, além de relatarem que o estado de saúde não dificultava a prática de atividade física. E, quando observada a relação com o aspecto psicológico, essas idosas estavam mais satisfeitas com sua autoimagem e autoestima, considerando que suas vidas tinham bastante sentido.

Tabela 5 - Dados referentes ao Grupo 1 e a autoestima e autoimagem segundo o Questionário de Steglich de homens e mulheres.

Grupo 1 Mulheres Homens p

Alta Baixa Alta Baixa

Autoestima 5 7 16 2 0,006

Autoimagem 8 4 15 3 0,29

Quando analisados separadamente, homens e mulheres, pode-se observar que homens apresentam melhor autoimagem e autoestima quando comparados às mulheres. Da mesma forma, pode-se perceber que existe um maior número de mulheres com baixa autoestima e autoimagem alta, numa relação inversa, que demonstra que a autoestima possui influência de outros fatores já relatados e independe da prática de atividade física (CHAIM et al., 2009; JECKEL, 2005; MOSQUERA et al., 2006).

Leinonen et al. (2001), em estudo da auto-avaliação da saúde de idosos de diferentes faixas etárias, durante um período de cinco anos, verificou que a atividade física pareceu contribuir para uma melhor auto-avaliação da saúde global e do desempenho funcional, refletida na vida cotidiana.

(37)

com a atividade física, já descrita por Leinonen et al. (2001), e a outros fatores que exercem influência na autoestima, como por exemplo, a satisfação com sua saúde.

A autoestima e a atividade física têm sido relacionadas à satisfação e ao sucesso na vida de idosos, porém, para Mcauley et al. (2005), é importante considerar a relação entre elas como fator multidimensional, tendo em vista, por exemplo, a influência sob a saúde física e psíquica dos indivíduos.

Meurer et al. (2009), avaliaram a autoimagem e autoestima de 150 idosos, de ambos os sexos praticantes de exercícios físicos, e verificaram que a maioria apresentava autoestima e autoimagem alta. Estas estavam relacionadas com a percepção positiva da aparência e da capacidade funcional, satisfação em relação à vida e condições financeiras, percepção de felicidade, aceitação/adaptação à idade, bom relacionamento com os filhos, contato social e desejo de ainda estudar. Ou seja, a participação em exercícios físicos é um fator positivo sobre a autoimagem e autoestima de idosos, porém há outros aspectos que colaboram para que estas variáveis sejam positivas. Dessa forma, os dados compilados no presente trabalho, corroboram com o estudo de Meurer et al. (2009).

Tendo em vista pesquisas relatarem a influência da atividade física na autoestima e autoimagem principalmente de mulheres, quando avaliada a autoestima, entre mulheres de G1 (n = 12) e G2 (n = 31), não se obteve resultados significativos (

x

2 = 0,04; p = 0,33), porém, ainda assim, o G2 apresentou um maior número de mulheres com mais baixa autoestima do que G1.

Quanto à avaliação da autoimagem de mulheres, houve resultados significativos (

x

2 = 3,74; p = 0,05), sendo o grupo que sempre praticou atividade física obteve uma maior autoimagem do que o grupo que iniciou a atividade física após 60 anos. Esses resultados coincidem com os apresentados na Tabela 4 em que independente do sexo, a autoimagem é maior no G1 - indivíduos que sempre praticaram atividade.

Dentre o Grupo que sempre realizou atividade física (G1, n = 30), 14 faziam corrida, 8 natação, 3 exerciam ambos, natação e corrida, 2 participantes praticavam tênis e 3 corrida e musculação.

(38)

autores, que atividades realizadas em grupos possam ter uma interferência positiva nas variáveis estudadas, uma vez que o ambiente permite a convivência com outros indivíduos na mesma faixa etária e facilita a aceitação das mudanças inerentes ao envelhecimento (ABREU et al., 2008; MEURER et al., 2009).

Evidenciou-se aqui, a possibilidade de observar indivíduos praticantes da natação, tênis, corrida e musculação, sem, contudo, constatar diferenças entre esses esportes, no que se refere à autoimagem e autoestima, não podendo avaliar qual esporte gera uma melhor percepção corporal, e, mesmo sendo práticas individuais, todas acabam por gerar uma convivência/interação com outros idosos, o que corrobora com estudo de Meurer et al. (2009), além de se observar que o tempo de convivência com outros idosos, amigos, exerce uma influência maior do que o próprio esporte, no sentido da continuidade na prática da atividade física.

Devido ao fato de ter sido um estudo com amostra de conveniência, não foi possível verificar o comportamento em variadas modalidades esportivas e a relação com autoestima e autoimagem e a qualidade de vida desses participantes, já que estes idosos não se dispuseram a participar do estudo.

Quando aplicado a Escala de Qualidade de Vida, foi observado, como resultado, que ambos os grupos obtiveram uma boa percepção da qualidade de vida apesar de não serem estatisticamente significativos, G1 = 1,39 ± 0,39 e G2 = 1,35 ± 0,29 (p=0,57), em que o menor valor define a alta qualidade de vida. Esse resultado pode ser explicado pelo fato de não apresentarem doenças incapacitantes ou diminuição de capacidades funcionais e por serem ativos (BILOTTA et al., 2011; PASSOS et al., 2008; XAVIER et al., 2003).

Foi analisado o comportamento da qualidade de vida, a autoimagem e a autoestima, verificando que há uma relação direta entre eles, ou seja, quanto maior a autoestima ou a autoimagem, maior a qualidade de vida dos indivíduos de ambos os grupos, sendo os seus respectivos valores estatísticos: r=0,38; p=0,003 e r=0,42; p=0,001.

(39)

Quanto à análise da Escala de Depressão de Idosos (EDI), não foram encontradas diferenças significativas (p = 0,57) entre os dois grupos os quais se apresentaram com baixos valores da escala, indicando não haver sintomas de depressão nos dois grupos. Em uma escala de cinco pontos, na qual a partir de 4 significa níveis críticos de depressão, os grupos apresentaram valores igual 1,12 e 1,38 respectivamente.

Esse aspecto pode ser justificado por meio de estudos que relatam os efeitos benéficos da prática da atividade física, mesmo iniciada após os 60 anos, gera uma tendência menor em desenvolver a depressão nas pessoas (ALVES et al., 2011; CHEIK et al., 2003; PASSOS et al., 2008). O que também deve estar relacionado aos indivíduos poderem desfrutar de uma convivência social durante os encontros para a prática desportiva (STELLA et al., 2002).

Como exemplo, no estudo de Alves et al. (2011), relacionando a atividade física e a depressão no idoso, verificou que os não praticantes tem maior tendência a ter depressão. Indivíduos que praticam atividade física regularmente, tiveram um aumento na autoestima, ganhos fisiológicos, além de oportunidade de estabelecerem relações com outros idosos, os quais exercem papel essencial para manterem e promoverem a saúde física e mental, diminuindo a probabilidade de desenvolverem a depressão, com consequente melhoria do funcionamento geral do organismo.

(40)

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados do presente trabalho mostraram que a autoimagem e a autoestima apresentaram influência da atividade física, tendo em vista que praticantes de atividade física desde jovens obtiveram melhores percepções da imagem corporal do que aqueles que iniciaram mais tarde, independente do sexo.

No que se refere à autoestima, os resultados obtidos podem receber influência de múltiplos fatores como cultura, meio a que se esta inserido, nível de depressão entre outros e não somente da prática de atividade física.

O tempo de prática de atividade física não influenciou na depressão e na qualidade de vida, tendo em vista os Grupos apresentarem boa qualidade de vida e baixa depressão independente do tempo e da modalidade de prática.

(41)

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Imagem

Figura 2 - Imagens corporais que compõem a escala de silhuetas masculina (SOUSA, 2011)
Tabela 1 – Dados descritivos da amostra por grupos
Gráfico 1 – Valores da média da imagem corporal dos dois grupos.
Tabela 5 - Dados referentes ao Grupo 1 e a autoestima e autoimagem segundo o Questionário de  Steglich de homens e mulheres

Referências

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