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Análise dos dados climatológicos obtidos na área do Projeto SHIFT durante o período março-novembro de 1994.

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(1)

MANAUS • I'HOJETO SmFT • IIAMOUI!G

SHIFT-Projckt ENV-23

Rekultivierung degradierter, brachlicgender

Monokulturflâchen in ausgewogene Mischkulturflãchen

unter besonderer Berücksichtigung

bodenbiologischer Faktoren

Fôrderkcnnzeichen 0339457 A

Jahresbericht

1994

Arbcitsgruppe Manaus

(2)

A.:n.iil.:i..B~ dós da.d.013

ãren do Pro~~to SH~FT_

~o~e~bro de 1994.

c l.:i..Inn "1:0169 .:i..CO:El ob-t; .:i..d_OB Jn.U

d~rnJn.t~ o per~odo

~nrço-Responsável: Osvaldo H.R.Cabral

1 - INTRODUÇAO.

A estação climatol ógica automática do projeto SHIFT foi instalada em março de 1994, no centro da área(2°S3'S; 60° W), fora

dos consórcios, sobre solo coberto por gramíneas e invasoras

monitorando os seguintes elementos: i- Temperatura e umidade do ar; ii- Radiação solar global;

iii- Saldo de radiação; \

iv- Temperatura do solo em 5, 10 e 30cm de profundidade; v- Velocidade e Direção do vento;

vi- Precipitação.

As observações são efetuadas

valores médios e totais horários são

computadorizado de recepção de dados.

à cada 10 segundos, e os

armazenados em um sistema

2 - RESULTADOS.

2.1 - Precipitação.

Na Figura I, encontram-se os totais diários de chuva observados ao longo do período, cujo máximo ocorreu em abril(>9Dmm). A estação seca(julho-agosto), caracterizou-se por apresentar maior número de

dias consecutivos sem precipitação, e o' total registrado

representou 50% do valor médio mensal(1971-1973) da estação

climatológica do CPAA, conforme os dados da Tabela 1.

Durante o período úmido de 1994 os totais foram superiores aos valores médios, entre 20 e 61%, em consequência do deslocamento da Zona de Convergência Inter-Tropical (ZCIT), que ao posicionar-se

mais ao sul do Equador provocou anomal ias no estado do Pará

(CLIHANÁLISE, 4-94). 2.2 - Radiação.

(3)

Os totais diários de radiação solar global (Figura 2) variaram

entre (2.2 22.2)MJ~l, ambos registrados durante o periodo

chuvoso. O máximo, que normalmente ocorre durante a época seca,

neste caso foi provocado por condições particulares, .que

propiciaram as reflexões múltiplas das nuvens. Os valores do saldo

de radiação apresentaram a seguinte variação (0.9 14.0)MJm-1,

cujos limites corresponderam ao pe~iodo úmido e seco,

respectivamente.

A relação entre os totais diários de radiação global (Rg) e o

saldo de radiação(SR) é dada por:

SR = 0.63

*

Rg - 0.46 r1=0.92

indicando que em média 37% do total

superficie são perdidos através dos

emissão, que caracterizam a vegetação e

de energia recebido pela

processos de reflexão e

o solo.

2.3 - Temperatura do ar.

As temperaturas médias do ar variaram entre (22 28)OC; as

máximas entre (23 - 36)OC e as minimas entre (19 - 23)OC. Na Figura

3, as séries temporais possibilitam a visualização dos periodos

úmido e seco, pois a temperatura do ar é função da quantidade de

energia solar incidente. O limite inferior das temperaturas

máximas, ocorrido no dia 10 de julho(dia 191), deveu-se ã

penetração de ar frio do sul(friagem), ao contrário dos periodos em

que a precipitação promove a diminuição na energia solar, através

do aumento da nebulosidade.

2.4 - Temperaturas do solo.

Na Figura 4, são apresentadas as temperaturas médias diárias do

solo nas profundidades de 5, 10 e 30cm. Apesar da pobre definição

entre as curvas, que deve-se ã convergência das médias diárias para

o mesmo valor, a variação entre a estação chuvosa e seca e

pronunciada, aproximadamente 3°C de amplitude. A dependência das

temperaturas do solo com relação ã quantidade de energia global é

apresentada na Figura S(a,b).

A sequên cí.a de dias (lS4-1S6)com nebulosidade e precipitação,

apresentou um decréscimo nas temperaturas em 5 e 10cm, ao contrário

de 30cm de profundidade, cujos valores foram superiores. No periodo

seguinte(dias 300-302), os ciclos diários da radiação solar são

reproduzidos, notando-se as di f eren-t es fases e diminuição das

amplitudes da onda de calor em função da profundidade.

2.5 - Umidade do ar.

Os valores de umidade especifica e déficites(g kg'I), encontram-se

na Figura 6. A umidade do ar nesta forma é preferivel ã umidade

(4)

apresentando leve decrécimo durante o período seco. Os déficites de

saturação médios variaram entre(1.6 - 3.6) g kg-l, de acordo com a

época 6mida ou seca, respectivamente_

Apesar da diferença entre os limites dos déficites médios, as

amplitudes diárias atingiram extremos da ordem de 16 g kg-l, em

ambos os períodos do ano. À noite e durante as primeiras horas do

dia, como os os déficites são praticamente nulos, observou-se a

deposição de orvalho, um dos fatores no desenvolvimento de doenças

foliares.

2.6 - Velocidade e Direção do vento.

As velocidades médias e as direçôes diárias do vento sao

apresentadas na Figura 7. Estes elementos são caracterizadas pela

alta variabilidade temporal, principalmente numa 'clareira',

circundada pela vegetação nativa de grande porte, à exemplo da

situaião física da área do projeto. A velocidade média foi de

0.3ms-, e a máxima média, LOms-l. A direção preferencial de 90°,

representa a circulação regional, dominada pelos ventos de leste,

indicando que além do efeito local observa-se a interação com a

circulação regional.

2.7 - Evaporação Potencial.

A estimativa de evaporação potencial(EP) foi obtida através do

método de Penman(Wright et al., 1993), utilizando-se os totais

diários do saldo de radiação(SR) e valores médios de velocidade do

vento e déficites de saturação. Os resultados diários encontram-se

na Figura 8, além da razão EPjSR. Os valores máximos estimados

foram de 4.5 mm dia-I, e a média foi de (3.1±0.9)mm dia-I.·A razão

EPjSR, cuja média foi de 0.8, indicou que 80% da energia disponível

seria potencialmente utilizada na evapotranspiração.

Na Figura 9, os totais acumulados de EP representaram 47% da

precipitação, e apesar da diferença entre ambas, ocorreram

períodos de moderada deficiência hídrica, como demonstram os

patamares na p reci.pitaç â o acumul ada. Em julho, por exemplo, EP

acumulada foi 98.5mm e a precipitação correspondente foi de 55.6mm,

o que implica num déficite de 42.9mm.

Segundo Cabral(1991), a quantidade de água disponível na camada

de (0-90)cm do latossolo amarelo sob seringueiras é da ordem de

40mm, correspondete ao vol ume integrado de ma crcp o ros : se a

vegetação introduzida não apresentar sistemas radiculares que

explorem 1m do perfil, há a possibilidade de ocorrência de

déficites hídricos, supondo-se que as características físicas desta

área sejam similares às encontradas em Cabral(1991).

3 - REFERÊNCIAS.

Cabral, O.M.R. Armazenagem da água num solo com floresta de Te

rra-Firme e com seringal implantado. Tese de Mestrado, INPE, São José

dos Campos, 1991, 104p.

(5)

CLIMANÁLISE, Boletim de Monitoramento e Análise climática. INPE,

são José dos Campos, V.4, N.9, 1994.

Wright, r .R., et el . Dry season micrometeorology of central

Amazonian ranchland. Q.J.R.Meteorol.Soc., 1992-118, 1083-1099.

Mês Total-94 Dias c/ Médias Razão

I

mm chuva 1972-93 94/Méd JAN* '116.7 25 262.4 1.59 FEV* 397.8 23 289.5 1.37 MAR* 342.0 26 288.4 1.19 ABR 476.O 28 295.6 1.61 MAr 261.0 26 276.3 0.94 JUN 197.4 25 155.0 1.27 JUL 63.3 13 123.8 0.51 AGO 107.8 16 104.3 1.04 SET 133.8 19 108.0 1.24 OUT 173.3 17 169.4 1.02 NOV 174.2 20 179.3 0.97 DEZ 198.4 16 251.0 0.79

*

totais registrados na estação do CPAA.

TABELA 1. Totais e médias mensais de precipitação registrados na

(6)

SHIFT 1994

100 90 00

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E 70 E ~ O 60

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O 50 ~ o. 40 Ü UJ o: 30 o. 20 10

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SHIFT 1994

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IFT 1994

38 36 34

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SHIFT 1994

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Hora LocaI!(Dla do Ano)

-T5 ... T10 ---- T30 -+- Solar --T5 ...T10 ---- T30 -+- Solar 900 000 700

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600

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(9)

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