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Análise didática da forma de tratamento de sarcoma osteogenico.

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CC

020

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE .

DEPARTAMENTO DE CLÍNICA CIRÚRGICA A

E

CuRso DE MEDICINA

DISCIPLINA: CLÍNICA CIRüReICA

FASE: 129

- p

ANALISE DIDATICA DA FORMA DE TRATAMENTO DE

A

SARCOMA OSTEOGENICO

JoSÊ ERNESTD BRADACZ

JDSÉ CARLos DIoNíSIo Dos SANTos 0RLANDo SAKAE

NovEMBRo

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-Nossos AeRADEc1MENTos Ao

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sumÃR1o

4 1 - TITULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. PÁG 2 - RESUMO . . . .. 5 - 1NTRonuçÃo E LITERATURA ... .. ' ~ 4 4 - OBSERVAÇOES E METODOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 5 - RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. õ - coMENTÁR1o E coNcLusÃo ... .. 7 - REFERÊNc1As BIBL1oõRÃF1cAs ... ..

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ANALISE DIDATICA DA FORMA DE TRATAMENTO DE SARCOMA OSTEOGENICO

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A

Os autores destacam o regime terapeutico do sarcoma osteogênico relatado por alguns autores, contidos no presente trabalho, comparando-o com a conduta tomada frente ã um sarcoma osteogëníco de fimero relatado e documentado fotograficamente.

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~

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Os autores realizaram o presente trabalho de apresen

tação de um caso, com a finalidade de fazer uma anãlise didãti

ca, da forma de tratamento realizado no referido paciente e a

que e mencionada na literatura.

O sarcoma osteogënico 5 um tumor maligno caracteriza

do por um estroma fibroblãstico sarcomatoso, cuja atividade os teoblãstica leva ã formação de tecido osteõide e osso. Apresen

ta duas modalidades distintas de crescimento. Cerca da metade dos tumores formam uma grande massa de tecido neoplãsico, que estimula uma intensa formação Õssea reacional, eburnea; ë o sar coma osteogënico esclerosante. Na outra metade dos casos o tu

mor ë constituido essencialmente por tecido sarcomatoso conten

do quantidades mínimas de matriz osteõide e de osso; e o sarcg

ma osteogënico osteolitico. O quadro radiologico dos dois tipos ê diferente.

INCIDÊNCIA

Apos o mieloma multiplo, o sarcoma osteogênico ê o

cãncer Õsseo, mais comum, e seguramente o câncer mais freqüen

te nos jovens. Na ampla casuística de MeKenna e co£aboaad0äeó,a

incidência mãxima ocorria em torno dos vinte (20) anos de idade

e era raro apos os quarenta (M0) anos. Quase sempre os sarcomas que aparecem nas ultimas décadas da vida acham-se relacionados com a doença de PAGET. Na grande série de MeK2nna, representada por quase trezentos (300) casos, em vinte (20) a causa do tumor era imputada a grandes doses de irradiação recebidas durante o

tratamento precedente de tumores malignos ou benignos; em dois

(2) casos o sarcoma osteogënico surgiu em operãrios cuja ativi dade era a pintura de mostradores luminosos e que, segundo pare

ce, tinham absorvido material radioativo umedecendo os pincéis nos lãbios. Em geral, os homens sao atingidos com uma freqüen cia um pouco maior do que as mulheres.

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MORFOLOGIA

O tumor, muito maligno, ocorre quase sempre como uma massa unica, residindo em geral nos ossos longos tubularesgmais

^

raramente, se localiza no cranio, maxilares, costelas, coluna vertebral, claviculas e pequenos ossos do pé, ou em outros os sos. Em ordem decrescente de freqüência, as sedes de predileção

sao o fêmur, a tibia, o ileo, a mandíbula e as costelas. Por ra zões desconhecidas, o tumor se localiza de preferência na extre

^

midade inferior do femur e na superior da tibia, isto ê, em tor

no do joelho; enquanto que no membro superior prefere a extremi dade superior do fimero e a inferior do rádio e do cubito, ou se

ja, as extremidades distais destes ossos. Coweniäg Q Uahfiin.

Na variante esclerosante, no osso seccionado longitu dinalmente encontra-se uma grande massa, aparentemente Õssea, cinza-esbranquiçada, ocupando praticamente toda a cavidade medu

lar na região da metãfise. O tumor se estende usualmente a um longo segmento em direçao a epifise, podendo terminar subitamen

te na cartilagem epifisãria. Contudo, as vezes penetra nela, in vadindo toda a extremidade do osso, mas novamente a cartilagem articular parece constituir uma barreira, vedando maior propaga

~ 4 A .-

çao. O tumor se estende tambem, em forma cronica, para a diafi

se. Quase invariavelmente invade a cortical, levantando o pe

riosteo de modo a formar um característico ângulo agudo com o

A

osso cortical subjacente, designado como triangulo de CODMAN, que pode ser visualizado na radiografia e ser considera ter cer to significado patognomonico. O tumor pode estender-se do pe

riosteo e da extremidade do osso para a cápsula articular e pa

ra os tecidos moles vizinhos e destes, sucessivamente, para a

propria cavidade articular. Na zona central o tumor ë densamen te esclerotico, enquanto na periferia ê geralmente mais mole,

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granulosos cinzento ou vermelho, friãvel.

A variante osteolitica forma massas mais -volumosas, possivelmente porque tem crescimento mais rãpido. A invasão do

canal medular repete a modalidade descrita a proposito da varie dade esclerosante, mas a variante osteolitica apresenta consis

tência mais carnosa, ãreas de hemorragia, de necrose e de amole cimento cistico. A destruição do osso cortical ë mais extensa, e maior ë a infiltraçao dos tecidos moles vizinhos. Nesta vari ante são encontrados, ãs vezes, pequenos focos de calcificação, mas em geral a lesao apresenta-se, macroscopicamente, como um neoplasma dos tecidos moles.

Histologicamente, os tumores se mostram constituídos

por abundante estroma osteoblãstico e tecido conjuntivo em ge ral francamente sarcomatoso sobre o qual se fundamenta o diag

nõstico de malignidade. Sao encontrados todos os graus de ana plasia, desde as formas relativamente bem diferenciadas, seme lhantes aos fibrossarcomas, ao pleomorfismo externo, com abun dantes cëlulas tumorais gigantes e numerosas mitoses atipicas.

Disseminadas neste tecido, sao encontradas trabãculas osteõides e Õsseas, que podem ser formadas diretamente pelos os teolelastos tumorais, ou podem derivar da transformação de ilho

tas malformadas de cartilagem. Estes aspectos se encontram tan to na variedade esclerosante como na osteolitica, mas evidente mente na primeira ë mais intensa tanto a formaçao de espiculas

de osso esponjoso, como a de osso cortical. Na variedade osteo

~ ~

litica ã mais acentuada a reabsorçao e a destruiçao da estrutu

ra Õssea preexistente. cURso CLÍNICO

Como na maioria dos tumores Õsseos, as manifestações clinicas consistem em dor espontânea, dor ã palpação e tumefa

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çao da parte atingida. Ocasionalmente, entretanto o tumor perma

nece inteiramente silencioso e desperta a atenção pela fratura súbita do osso acometido. Caracteristico ë o crescimento rãpi do, que pode causar expansão progressiva da parte, cujo aumento volumëtrico pode ser notado durante a observação do doente. A fosfatose alcalina do soro pode estar elevada, mas geralmente não tem significado para o diagnostico. As radiografias apresen

^

tam quadro patognomonico em grande número de casos. O sinal ra

diolõgico mais característico ë produzido pela invasão do osso cortical, com elevação do periõsteo e propagação para o tecido

mole. O tumor subperiõsteo e o do tecido mole, contendo tecido osteõide e Õsseo, mostra estrias calcificadas perpendiculares,

conhecidas como marcas em raios. A radiodensidade ou a radio

A

transparencia do tumor variam Conforme a intensidade da forma çao de tecido Õsseo. Nas fases iniciais do desenvolvimento do

tumor, todavia, estes achados podem falhar e o diagnostico ra

diolõgico pode ser dificil.

Devemos assinalar novamente que, embora o sarcoma os

teogënico se forme geralmente no osso normal, em aproximadamen

I-1 U1 o\°

te dos casos preexiste uma doença Õssea e que, embora muito raramente, pode derivar dos tecidos moles extra Õsseos. As doen ças Õsseas associadas com o sarcoma osteogënico são, em ordem

de importãncia: a doença de PAGET (aproximadamente 6% de todos

os sarcomas osteogênicos), a exostose mfiltipla hereditária, a displasia fibrosa poliostãtica, o encondroma solitãrio e o mfil

tiplo. A relação do sarcoma osteogënico com a miosite ossifican

te ê controvertida, apesar dos muitos casos registrados na litâ ratura, julga-se atualmente que o sarcoma provêm do osso adja cente ã miosite, nao nascendo nela.

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ram registradas taxas de sobrevida de cinco (5) anos variando

|\) Í\) o\°

U

de 5 a mas na experiência da maioria os valores são muito

baixos. Weánfield e Dudfiag. O prognõstico se relaciona diretamen

te com o volume do tumor na época da excisão; na numerosa ca suistica de MeKenna e coflaboaadoneó não houve cura quando o neo

plasma tinha diâmetro superior a 15 cm. A morte ë quase sempre

causada, pelas metástases, principalmente para os pulmões, figa do, outros ossos, e praticamente em qualquer orgão e tecido do corpo.

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M.L.S., do sexo masculino, de cor preta, nascido em Florianopolis, no dia 5/9/l.96l,solteiro, estudante e procedee te de Biguaçu, neste Estado, apresentou como queixa principal, em janeiro de l.979, dor em braço esquerdo. Relata o paciente,

que no inicio do mês de janeiro de l.979, iniciou com dor em um terço (l/3) superior do braço esquerdo; dor essa que era cont;

nua, de fraca intensidade, adquirindo caracteristicas lentamee

te progressiva até o dia 8/3/l.979, quando houve aumento repee

tino. Nesta ocasião, começou a observar um discreto aumento de volume no local da dor, procurando por esse motivo, em ll/3/l.979, orientação medica. Foi examinado, sendo solicitado estudo radiolõgico, com posterior encaminhamento ao Serviço de

Oncologia, internando-se nesta Unidade no dia lH/3/1.979, soman do-se ã sintomatologia inicial, adenomegalia indolor em subãnge

lo mandibular. Em 20/3/l979 foi realizado biõpsia da lesão ume ral, que ao exame anãtomopatologico revelou osteocondrossarcoma,

sendo indicado, como medida terapêutica, desarticulação inter- escãpulo-torãxica. Esta indicação entretanto, foi contestada pe

los familiares, que procuraram orientação medica na cidade de Porto Alegre, sendo realizado desarticulação escãpulo-umeral em l/5/l.979, com o exame anãtomopatolõgico da peça revelando:

- osteossarcoma condroblãstico do umero esquerdo. - margens cirúrgicas e articulares livres.

- ausência de metástases em linfonados.

No dia 27/6/l.979 foi realizada cirurgia plãstica re paradora em região operada. Concomitante ã desarticulação foi iniciado um esquema quimioterãpico ainda na cidade de Porto Ale

gre. Fez acompanhamento ambulatorial em Florianopolis e em maio de 1.980 apresentou recidiva local, sendo submetido a cirurgia

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pulo-torãxica. Nesta mesma ocasião foi feito mapeamento Õsseo, cuja laudo apresentou hipercaptação no osso iliaco esquerdo e

também massa cervical esquerda. No mês de agosto de 1.980 foi realizado mapeamento hepático, apresentando aumento do lobo es querdo e com atividade hipocaptante. Ao raio X de tõrax foram observados multiplos nõdulos metastãticos em ambos os pulmões

e no duo direito.

A

No mes de setembro de 1.980 foram realizadas as pro

vas de função hepática apresentando aumento da fosfatose alcali na e das bilirrubinas.

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AsPEcTo RAn1oLõe1co DA REc1D1vA no TuMoR

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TRANsoPERATõR1o DA DEsART1cuLAçÃo INTERES- cÃPuLo ToRÃ×1cA

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AsPEcTo APõs A DEsART1cuLAçÃo INTEREscÃPuLo ToRÃ×1cA

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PEçA RETIRADA NA DEsART1cuLAçÃo INTEREscÃ- PuLo ToRÃx1cA

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PEÇA CIRÚRGICA sos ouTRo ÂNGULO

I.

.-F -T

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-C*

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ASPECTO RADIOLÕGICO DA MASSA TUMORAL APÕS A E×c1sÃo

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Temos abundantes motivos para crer que o primeiro pas so, imprescindível, ê a ressecção da lesão primãria e que ë ra

ro poder-se tratar bem com uma conduta que não seja a amputa

ção. E que tem-se um melhor indice de cura quando se tem algum programa terapêutico coadjuvante eficaz no pos-operatõriog na atualidade se desenrolam estudos prospectivos para verificar a

eficãcia da quimioterapia combinada, diversas formas de imunote rapia e regimes combinados de quimioterapia e imunoterapia.

O objetivo ideal de um regime de tratamento antitumo ral consiste na completa erradicação de todas as manifestações

da doença. Por causa disso, celula neoplãsica tem de ser encara da como o organismo ofensor estranho ou parasita patogênico, e os esforços terapêuticos devem ser orientados no sentido de re mover ou destruir a populaçao de celulas ofensoras.

Quando houve inicio do aumento do volume, no local da

dor, era o momento propicio para uma intervenção mais agressi

va, no intuito de erradicar impedindo o desenvolvimento do tu mor, como diz Cowenihy toda intervenção cirfirgica que não che

gue ã amputação entra em franco risco de recidiva local.

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MEKENNA, R. J., Etat. Sanaomata 05 the oóteogentc óenteó

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TCC UFSC CC 0020 Ex.l N-Chflf'IL TCC UFSC CC 0020

Autor: Bradacz, José Erne_

Título; Análise didática da forma de tra

Ex.1 UFSC BSCCSM

Referências

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