• Nenhum resultado encontrado

A aplicação da LRF na despesa com pessoal e o gerenciamento da gestão de pessoas na prefeitura municipal de Parelhas/RN

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A aplicação da LRF na despesa com pessoal e o gerenciamento da gestão de pessoas na prefeitura municipal de Parelhas/RN"

Copied!
30
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ – CERES DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS - DCSH CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

MARIA DE FÁTIMA DE MEDEIROS

PROJETO DE INTERVENÇÃO

PREFEITURA MUNICIPAL DE PARELHAS: ÁREA DE GESTÃO DE PESSOAS

A Aplicação da LRF na Despesa com Pessoal e o Gerenciamento da Gestão de Pessoas na Prefeitura Municipal de Parelhas/RN

CURRAIS NOVOS/RN 2017

(2)

MARIA DE FÁTIMA DE MEDEIROS

A APLICAÇÃO DA LRF NA DESPESA COM PESSOAL E O GERENCIAMENTO DA GESTÃO DE PESSOAS NA PREFEITURA MUNICIPAL DE PARELHAS/RN

Projeto de intervenção apresentado ao Curso de Especialização em Administração Pública da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Campus Currais Novos, para obtenção do título de especialista.

Orientadora: Profª. Ms. Karla Dayane Bezerra Cruz

CURRAIS NOVOS/RN 2017

(3)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do CCSA Medeiros, Maria de Fátima de.

A aplicação da LRF na despesa com pessoal e o gerenciamento da gestão de pessoas na Prefeitura Municipal de Parelhas/RN / Maria de Fátima de Medeiros. - 2017.

28f.: il.

Monografia (Especialização em Administração Pública) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciências Administrativas. Currais Novos, RN, 2017.

Orientadora: Profa. Ma. Karla Dayane Bezerra Cruz.

1. Gestão pública – Projeto. 2. Despesa de pessoal – Projeto. 3. Relatório de gestão fiscal – Projeto. 4. Lei de Responsabilidade fiscal- Projeto. I. Cruz, Karla Dayane Bezerra. II. Título.

(4)

RESUMO

O presente trabalho objetiva entender a problemática que a prefeitura municipal de Parelhas está enfrentando no tocante ao limite de despesa com pessoal, ultrapassando os ditames da lei de responsabilidade fiscal. O recorte temporal de 5 anos, utilizando os dados extraídos do próprio órgão, permitiu a identificação de problemas relacionados a gestão dos gastos públicos que são identificados na introdução do trabalho e utilizou-se dos objetivos para direcionar quais medidas deverão ser avaliadas para a tomada de decisões. Na sequência, apresenta a discussão teórica que dá suporte ao entendimento e desenvolvimento presumido desse trabalho. A metodologia conduz o cenário em que o projeto está inserido, de maneira que identifica o modelo de aplicabilidade que os resultados da intervenção serão adotados. Em seguida, são elencados os elementos que irão desenhar o perfil da instituição, além de definir metas, identificar as fragilidades e forças do órgão, e definir um processo de avaliação que será contínuo para mensurar os efeitos das ações que serão implementadas. No que tange aos resultados foi demonstrado que os objetivos específicos foram alcançados e que o resultado da pesquisa é reduzir a despesa com pessoal e elevar as receitas municipais. Por fim, demonstrou-se o quão relevante é o trabalho, e confiante que alcançar uma gestão transparente e eficaz é balizar para o comprometimento da prestação de contas da gestão para com a sociedade.

Palavras-chave: Despesa de pessoal. Relatório de gestão fiscal. Lei de Responsabilidade Fiscal

(5)

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Tabela 1 – Percentual de servidores efetivos e comissionados sobre a folha 14 Tabela 2 – Percentual de servidores ligados ao magistério (educação) 14

(6)

LISTA DE SIGLAS

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)

Receita Corrente Líquida (RCL) Relatório de Gestão Fiscal (RGF) Código Tributário Municipal (CTM)

(7)

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 7 2 Objetivos ... 9 2.1 Objetivo Geral ... 9 2.2 Objetivos Específicos ... 9 3 REFERENCIAL TEÓRICO ... 10 4 METODOLOGIA ... 19 5 ELEMENTOS ... 21

5.1 Desenho do Perfil da Insituição... 14

5.2 Definição de Metas Qualitativas... 15

5.3 Fragilidades e Oportunidades... 16

5.4 Processo de Avaliação... 16

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 26

(8)

1 INTRODUÇÃO

O projeto de intervenção proposto é direcionado e elaborado mediante informações provindas da prefeitura municipal de Parelhas/RN, órgão ligado ao poder executivo. Este município está localizado no Seridó Potiguar, que possui uma população de aproximadamente 21.669 habitantes segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Atualmente a maior entrave da gestão está resumida na despesa com seus servidores, uma vez que o resultado desse desequilíbrio gera uma serie de bloqueio na tomada de decisão, porém a LRF vem contribuindo de forma prudente, propondo alguns limites no controle do endividamento e no gasto com pessoal. Esta lei preconiza que, em cada período de apuração o poder executivo não poderá exceder o percentual de 54% da receita corrente líquida. Se o limite for excedido, o ente não poderá: a) receber transferências voluntárias; b) obter garantias, direta ou indireta, de outro ente e, c) contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das despesas com pessoal. Ainda na mesma lei, no parágrafo único do artigo 22 diz que, se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, ou seja, quando chegar ao percentual de 51,3%, algumas medidas já devem ser tomadas para que as penalidades não sejam aplicadas.

A sanção desta lei veio com um histórico de um período bastante turbulento, onde entre as décadas de 1980 e 1990 o Brasil encontrava-se com problemas acumulados que iam desde as finanças, até o modelo de administração do Estado. Sua reconstrução dependia de grandes investimentos estrangeiros e estes não o fariam mediante uma nação frágil, afogada nos mais diversos problemas de crescimento e desenvolvimento social e econômico. Diante disto, a lei complementar n° 101, de 04 de maio de 2000, conhecida como a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, surgiu como uma maneira de reformular a estrutura governamental, substituindo a administração pública burocrática pela gerencial e, aplicando critérios de alocação do recurso público, desta forma, aumentando a eficiência na prestação dos serviços à sociedade, bem como dando maior confiabilidade a quem iria investir na nação. Para este trabalho é necessário o recorte da LRF com foco no gasto com pessoal. Esta trouxe por instrumento de base limitadora a arrecadação das receitas correntes líquidas, estipulando percentuais permissivos a serem gastos com a folha de pagamento. A mesma lei diz que a Receita Corrente Líquida - RCL é o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos a contribuição dos servidores para o custeio do

(9)

8

seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira, apurado nos 12 meses anteriores. Sendo assim, a RCL como alicerce do cálculo, o gasto com pessoal adequado deve ser consumido de maneira a atingir no máximo 51,3% (95% do limite que é 54% - Parágrafo único do art. 21 da LRF) desta receita.

O objetivo deste trabalho é propor medidas para equalizar o controle de gastos com pessoal à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal na Prefeitura Municipal de Parelhas/RN. Este ajustamento deverá ser alinhado com responsabilidade e de forma a aperfeiçoar o serviço prestado, aproveitando dos limites para regulamentar uma serie de questões relacionadas à administração pública, estabelecendo regras de comprometimento e buscando auxiliar os governantes a lidar com os recursos públicos.

O município de Parelhas encontra-se com percentual de 68,43% (última avaliação em abril de 2017). O excesso desse desembolso é ratificado nos dados do Relatório de Gestão Fiscal – RGF do primeiro quadrimestre de 2017. Um percentual elevadíssimo, que vem crescendo há quatro anos e, o que se percebe, é a máquina pública inchada e ineficiente, sobretudo ainda com empreguismo desnecessário que inflam os cofres públicos e recai sobre os mais diversos obstáculos, de maneira a legitimar que a prudência no manuseio da coisa pública requer um monitoramento, visto que, recairão diversas sanções que prejudicará de forma direta no serviço comum.

O presente projeto se justifica pela relevante contribuição para a Prefeitura Municipal de Parelhas, uma vez que possibilita a reformulação das despesas públicas principalmente em relação aos gastos com pessoal. Além disso, esta medida propõe otimização do trabalho de toda a gestão, contribuindo para o desinchaço da máquina pública o que torna, atualmente, o município com um índice elevado de emprego desnecessário.

Esta ação também se torna relevante sobretudo para mostrar para a sociedade a eficiência da gestão do município. Expondo o compromisso e a responsabilidade que os gestores possuem em melhorar os serviços prestados à população a partir da reformulação das despesas públicas.

Por fim, o trabalho se justifica para a autora no momento em que permite a junção da teoria com a prática e abre portas para que outras pessoas possam tomar como base o referente projeto, levando a proposta de ação para outras localidades.

(10)

2 Objetivos

2.1 Objetivo Geral

Propor medidas para equalizar o controle de gastos com pessoal à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal na Prefeitura Municipal de Parelhas/RN.

2.2 Objetivos Específicos

 Constatar os entraves da administração no controle da despesa pessoal;

 Oferecer sugestões à sistemática do setor pessoal para otimizar o trabalho de toda a gestão;

 Edificar uma estrutura administrativa e funcional compacta com a realidade do município para que este consiga atender a Lei de Responsabilidade Fiscal;

 Propor subsídios para aprimorar o controle de gastos com pessoal de forma a obedecer aos limites estipulados na legislação.

(11)

10

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Ao tratar da evolução dos gastos com pessoal, faz-se necessário uma abordagem sobre a Lei 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF), que determina os limites relacionados a este dispêndio. Esta Lei impõe medidas que auxiliam no controle com despesa no setor público através da imposição de limites. Um deles é disposto no art. 19, Inciso III que faz a limitação do desembolso com pessoal, na esfera municipal, em 60%, sendo 54% destinado ao Poder Executivo e 6% ao Poder Legislativo. Essa delimitação vem contribuir para o equilíbrio das contas públicas, que passará a seguir regras de modo a limitar o gasto no tocante ao excesso de custas com servidores.

Os instrumentos utilizados que são capazes de gerar as informações para avaliação desses números é o dispositivo que baliza as conclusões dos dados analisados e são aplicados na Lei de Responsabilidade Fiscal para a tomada de decisões. Este mecanismo é tirado da LRF através de um Relatório de Gestão Fiscal – RGF disposto no artigo 55 e veio para dar suporte às deliberações do governo. Já dizia Silva que (2004, p. 16), “[...] os sistemas de contabilidade somente estarão contribuindo para a melhoria do sistema de informações se forem capazes de gerar informações que permitam aos administradores públicos enfrentar esses desafios [...]”. E o RGF veio para qualificar o conjunto de dados, dentro dos limites impostos pela Lei 101/2000, bem como apresentar referências de (des)continuidade das ações que vinham sendo aplicadas, já que a análise nos gastos públicos podem causar impacto na gestão de maneira a otimizar a aplicação dos recursos.

O mesmo Silva (2001, p. 18-19) brilhantemente enunciava que “LRF representa um instrumento eficaz no auxílio aos governantes quanto à gerência dos recursos públicos, primando por regras claras e precisas, que deverão ser aplicadas a todos os gestores de recursos públicos. Assim, a LRF é um instrumento transformador na gerência da receita e despesa pública, aplicando normas legais no uso e aplicação dos recursos públicos, contribuindo, assim, com a sociedade para o bom andamento do serviço público”. Como foi posto, a Lei Complementar n° 101/2000 é inovadora e veio contribuir, porém sua boa gestão ultrapassa dos ditames legais e está condicionada a uma aplicabilidade de um departamento capaz de inserir na organização os colaboradores para um gerenciamento de pessoas de maneira eficaz.

Outro ponto da Lei que instituiu essas limitações é trazido por Veloso e Teixeira (2007, p. 451) que esclarece “A Lei de Responsabilidade Fiscal obriga os governantes, em

(12)

todas as esferas, a instituírem e a arrecadarem todos os tributos de competência própria e dificulta a renúncia de receita, bem como estabelece parâmetros e limites para as despesas, dentre as quais se destaca a despesa com pessoal”. De fato, a decadência de receitas compromete o percentual com pessoal, comprometendo os gestores a não se ausentar das suas obrigações de tributar, o que é comum essa abstenção, especialmente nos municípios de pequeno porte, por levar em consideração o lado partidário do contribuinte.

Como bem retratou Cruz (2001, p. 21) “As despesas com pessoal são as que mais despertam a atenção da população e dos gestores públicos, em razão de serem as mais representativas em quase todos os entes públicos, entre os gastos realizados.” A despesa com pessoal é hoje um dos temas mais polêmicos e preocupantes pelos ocupantes de cargos eletivos do poder executivo. Como foi posto anteriormente, a receita pública em queda, o aumento da inflação e das despesas públicas, comprometem o percentual legal e inquietam os gestores públicos no que tange as punições elencadas pela legislação. Porém, a eficiência no controle dos gastos vai desde o planejamento orçamentário e financeiro, a reestruturação do quadro funcional, obediência aos princípios norteadores da administração pública (especialmente legalidade e impessoalidade) até a conduta do gestor.

A fiscalização social é uma conquista de luta histórica que traz o cuidado e zelo no gasto com recursos públicos, auxiliando no impacto administrativo e financeiro, e qualificam as tomadas de decisões dentro dos limites impostos pela LRF. Sendo assim, as estratégias tomadas para a averiguação desse controle será o termômetro da eficácia no alcance dos objetivos propostos na composição desses controles. Para Vidal e Rodrigues (2006, p. 108) “[...] tão importante quanto às normas que regulam a aplicação dos recursos públicos é a permanente fiscalização da sociedade e sobre os atos daqueles a quem foi confiada à responsabilidade de geri-los.” E há os mecanismos de controle social que auxiliam na aplicação da LRF, no intuito de construir pontes com o poder executivo, na perspectiva da instituição de conselhos, legitimando o poder e cooperando nas restrições das ações para desenvolverem um plano de aplicação de instrumentos capazes de minimizar os efeitos negativos que o limite com a despesa com pessoal traz.

Os mesmos defeitos apontados na administração federal e na estadual são encontrados no âmbito municipal: ausência de racionalização dos serviços, agravada pela falta de planejamento e de pessoal técnico para a execução dos empreendimentos públicos reclamados pela comunidade. Urge uma reformulação de profundidade na administração municipal brasileira para a modernização dos métodos, sistemas e técnicas vigentes nas prefeituras, uma vez que as reformas até agora empreendidas são de superfície e dirigidas quase sempre à

(13)

12

reestruturação do quadro de servidores, como melhoria de vencimento, sem atingir e aperfeiçoar a prestação de serviços (MEIRELLES, 2003). Há uma carência de gestão de pessoas no governo municipal e o setor pessoal fica vinculado estritamente a serviços burocráticos, isso estimula o aumento da despesa gasta com servidores, uma vez que a estruturação na capacitação é escassa e o incentivo aos funcionários se restringe apenas no aumento dos vencimentos/remunerações.

Percebe-se que o mundo do trabalho tem sofrido diversas mudanças, e que estas contribuem diretamente para a atual conjuntura econômica, estabelecendo relações conflitantes entre trabalho e capital. O comportamento dentro do serviço público torna, muitas vezes, os municípios incapacitantes no que se refere a gestão de seu pessoal. Não existe uma política voltada para rendimento/produção dentro dos setores, a aplicabilidade de um plano de cargos e salários onde servidores tenham notoriedade dentro de sua função, se assim fosse, possibilitaria melhores resultados e/ou empenho dos servidores no desempenho de suas atividades.

Diante disso, o planejamento se torna indispensável. Construir um projeto político onde todos, indiscutivelmente, se tornem atores da aplicabilidade racional dos recursos públicos e percebam a necessidade do equilíbrio entre receita e despesa para que se tenha como objeto de discussão constante, a manutenção dos serviços para os quais se propõem.

Outro agravante analisado dentro do município é o crescente número de profissionais aguardando a compulsória. Com a Lei Complementar 152 de 03 de dezembro de 2015 (LC 152/2015) que altera a idade para a aposentadoria por idade compulsória. Diante de um quadro funcional sucateado, temporárias e definitivas readaptações de servidores, funções em desuso e pessoal com capacidade laboral reduzida, o paradigma do trabalho público passa a exigir novas lentes conceituais acerca do serviço ofertado. Não cabe puro e simplesmente o ingresso, se faz necessário a elaboração de estratégias que demonstrem resultados ao mesmo tempo que se adote uma política observadora tanto da produção como do produtor. Nota-se, também, que o serviço público, não ficara incólume às transformações ocorridas no mundo do trabalho, pois a precarização das condições de trabalho e de saúde afetaram social e psiquicamente os trabalhadores. Lacaz (2010) afirma que a impregnação da lógica capitalista e da reestruturação produtiva neoliberal, identificada como capitalismo organizacional, produz a precarização das condições do trabalho. Porém, não existe um sistema, no setor público, para investigar as relações entre saúde e trabalho, conhecer o trabalho efetivamente realizado e, quando oportuno, intervir sobre as fontes de nocividade.

(14)

Nesse contexto, a Lei de Responsabilidade Fiscal acaba norteando o gestor público para a busca de uma administração mais eficiente, consequentemente mais exitosa no controle das despesas públicas, sobretudo com o gasto com pessoal. Dentro da mesma temática, passa-se a questionar sobre a o princípio da eficiência quanto a aplicabilidade dos direitos e deveres do servidor público. Obviamente não se objetiva o prejuízo material para nenhuma das partes, no entanto, percebe-se que, com as conquistas gradativas do servidor, a oneração é inevitável, daí, o abismo financeiro impreterivelmente acontece haja vistas que, aumento de receita não acontece no mesmo ritmo do aumento da despesa, ocasionando o descumprimento de alguns direitos fundamentais do cidadão.

Princípio da eficiência é o que impõe à administração pública direta e indireta e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da qualidade, primando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se maior rentabilidade social. MORAES, 2004, p 72.

Esse princípio de eficiência é defendido que seja aplicado na Administração Pública, a própria LRF nos obriga a adotar esse padrão, pois não é interessante à sociedade a manutenção de uma estrutura ineficiente, no entanto, deve -se ter cautela para que conotações ideológicas não se misturem com conotações administrativas.

Sabe se da complexidade que é gerir essa eficiência dentro do serviço público, no entanto, ela provém de uma boa administração, e vale a pena ressaltar que essa última não pode ser qualificada seguindo apenas a ótica da gerência dos recursos financeiros, mas uma forma onde; despesa com pessoal, condições de trabalho e relações funcionais internas mantidas entre os agentes administrativos sejam observados como mecanismos que resultem no produto final, ou seja, na qualidade do serviço público. É fundamental que, especialmente os agentes que exercem posições de chefia, estabeleçam parâmetros de qualidade assim como definição de metas e resultados onde todos sejam acompanhados continuamente com o propósito de intervir, quando preciso, para que não haja o comprometimento das ações planejadas, ou seja, utilizar as mesmas estratégias do setor privado.

A modernização do trabalho provinda da chamada reforma administrativa, ocorrida com a Emenda Constitucional nº 19 de 1998 também contribuiu para a visualização da necessidade de reestruturação do serviço público onde a crise das instituições potencializou a fragilidade do setor levando ao descrédito da sociedade.

(15)

14

Partindo desse princípio, somos chamados a observar o comportamento europeu que há tempos demonstrava essa preocupação. Os italianos, por exemplo, defendiam a ideia de que a Administração Pública deveria ter como princípio de eficiência a obrigação de realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento valendo-se das regras técnicas de conhecimento necessário para a execução da melhor forma possível. Todavia, a realização cuidadosa das atribuições evita desperdício de tempo e de dinheiro públicos, sendo isso mais um norteamento da LRF pois esta orienta que as competências devem ser praticadas com rendimento, isto é, com resultados positivos para o serviço público e satisfatórios para o interesse da coletividade.

Dentro do universo analisado, se faz necessário redefinir o conceito de Gestão de Pessoas. Para Chiavenato (2008, p. 08) “a Gestão de Pessoas corresponde à mentalidade predominante nas organizações que se contextualizam de acordo com uma cultura e um método organizacional, além de depender das características do contexto ambiental, dos negócios desenvolvidos na instituição, da tecnologia e dos processos internos utilizados e, também, do estilo de gestão que se empreende”. Sendo assim, a Gestão de Pessoas – GP apresenta se como uma área muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações. Ela é extremamente contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos, como a cultura que existe em cada organização, da estrutura organizacional adotada, das características do contexto ambiental, do negócio da organização, da tecnologia utilizada, dos processos internos, do estilo de gestão utilizado e de uma infinidade de outras variáveis importantes. (CHIAVENATO, 2008).

Podemos perceber que existe uma relação direta dentro do processo de gestão pública que explicita a forma ideológica do gestor. Culturalmente, esse processo organizacional não era realizado isonomicamente ou, quando o era, era, muitas vezes, interpretado como uma forma de perseguição dentro da repartição, por isso, não podemos tratar genericamente a ação do gestor. Cada situação se apresenta de forma a necessitar de uma análise ampla. Diversos elementos são necessários compor essa observação para que cheguemos a compreensão de forma imparcial dentro da gestão.

Ainda, segundo esse mesmo autor, a Gestão de Pessoas vai muito além do que vem a ser Recursos Humanos. Trabalham-se os talentos e as pessoas em prol de um desenvolvimento pessoal e organizacional, tratando-as não apenas como meros recursos para se conseguirem os objetivos estabelecidos pela instituição, objetivos que, dentre outros, se

(16)

caracteriza pela ideia de obtenção de resultados. A Gestão de Pessoas trabalha os objetivos organizacionais, contextualizando as pessoas como seres humanos, através de seus talentos, desempenho, competência e motivação.

Experiências exitosas atestam que o modelo de gestão eficiente é aquele que tem o material humano colocado em ênfase. Favorecer situações em que leve o servidor a se sentir parceiro no processo, aguça o sentimento de pertença, outrossim, o regime de colaboração é despertado. Embora percebamos que esse moderno conceito gera um desprendimento, o alcance dos objetivos acabam sendo consequencial.

Se faz necessário na gestão, além das atribuições individuais, que seja desenvolvido o senso de coletividade, o trabalho de um precisa estar em consonância com o modelo de gestão proposto e ao mesmo tempo obedecer uma linearidade. A ineficiência de um setor jamais deverá gerar prejuízo a outro, concomitantemente, o sincronismo seria indispensável.

Dentro desse mesmo processo, os colaboradores precisam estar atentos a perseguição das metas. A moralização do serviço público está associada a eficácia dos processos desde a base. Torna-se infrutífero um processo onde unilateralmente as metas são perseguidas. Existe uma logística acompanhada de códigos de conduta dentro deste que é imprescindível para o bom desempenho do setor. A aplicabilidade do princípio de legalidade é primordial, a presteza desta impõem a convicção de que a excelência é objetivada dentro do processo.

Toda organização que tem consciência da importância de uma gestão eficiente, preocupa-se em criar um sistema que auxilie, de forma independente, a administração de pessoal. De acordo com o que preceitua Marras (2007), esse sistema compõe-se de subsistemas, os quais facilitam o desenvolvimento do quadro de pessoal na organização, por responderem individualmente por cada uma das funções da administração de recursos humanos. Centralizar essa gestão polariza e burocratiza os processos, assim sendo, os entraves são inevitáveis, partindo desse pressuposto, a subdivisão vem a favorecer o todo.

Articulações frequentes são necessárias, dentro destas, é imprescindível o incentivo ao aperfeiçoamento da prática. Estimular processos de formação continuada acentua o compromisso da gestão. A estagnação de alguns setores vem em contrassenso ao modelo de gestão inovador. Se faz necessário uma abordagem também nesse sentido. Culturalmente alguns cargos são comtemplados com ciclos de formações, todavia, estes devem se expandir

(17)

16

dentro do serviço público como um todo. Embora de forma ainda tímida, surge dentro das repartições a preocupação com o aperfeiçoamento profissional, no entanto, isso precisa se estender a todos os seguimentos, as habilidades precisam ser agregadas ao conhecimento sistêmico, assim, gradativamente serão implementadas inovações setoriais que, sem que aja necessidade de descartar a ideia, gerem uma redução de pessoal e/ou custos ao mesmo tempo que otimiza o serviço.

De acordo com Pires et. al. (2009), as intensificações das pressões sociais e do aumento da complexidade das relações de trabalho, as organizações tiveram que considerar não só os conhecimentos e habilidades dos empregados, mas também os aspectos sociais e comportamentais, enfatizando a necessidade de se ter atitudes para o seu desenvolvimento profissional, dando assim um significado em relação a essas considerações propostas, competência passou a significar, para as pessoas, o compromisso com as responsabilidades diante de situações de trabalho complexas, aliado ao exercício sistemático de uma reflexão no trabalho, permitindo, desse modo, que o profissional saiba lidar com situações eventuais inéditas, surpreendentes e compostas por singularidades (ZAFIRIAN apud PIRES et al.2009).

Entre os entraves observados também é preciso relatar outro limitador dentro da gestão pública que é a forma de ingresso nas repartições. Uma delas é o concurso público que, ao mesmo tempo em que o regula o ingresso no setor, impõem barreiras para a utilização de outras formas de seleção que poderia ser a saída para minimizar o gasto com o pessoal. Limitou-se o ingresso ao concurso público, sendo que poderiam ser também utilizadas outras formas de seleção que, tornariam mais flexível a carga horária trabalhada, a sazonalidade, a qualificação profissional (nem todos os setores apresentam como condicionalidade para o ingresso a qualificação profissional) e a real necessidade de pessoal. No serviço público é comum ter um número maior de servidores para execução de tarefas menores.

Como ressaltado por CHIAVENATO, (2008. p. 96) que questiona o fato dos concursos públicos serem realizados sem uma prévia avaliação da necessidade de quadros. Assim, há a admissão de um contingente excessivo de candidatos a um só tempo seguido de longos períodos sem uma nova seleção, inviabilizando, desse modo, verdadeiras carreiras.

Analisando a dinâmica do processo de gerir pessoas na Administração Pública, é de suma importância que se conheça o conceito de alguns fatores predominantes que fazem parte desse processo. Esses fatores são o que venha a ser Servidores Públicos, Cargos e Funções,

(18)

Carreiras e as possíveis formas de provimento de um cargo público, seu mantimento e sua vacância. Explicitar isso em editais não é suficiente, é necessário que o torne habitual, obrigações dentro do serviço público não é verbalizada com a mesma ênfase que se verbaliza os direitos e isso muitas vezes é provocado pela desinformação interessada.

Importante também se faz realizar a distinção entre cargos e funções. Segundo Meirelles (2008), Servidores Públicos são todos os agentes públicos que se vinculam à Administração Pública, direta e indireta, do Estado sob regime jurídico estatutário regular, geral ou peculiar, ou administrativo especial, ou celetista que tenha natureza profissional e empregatícia.

De acordo com a Lei 8.112 de 11 de Dezembro de 1990, que institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais em seu Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. No § 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei. Cargo público é, portanto, o lugar instituído na organização do funcionalismo, com denominação própria, atribuições específicas, e estipêndio correspondente, para ser provido e exercido por seu titular, na forma estabelecida em lei. Já a função pública é a atribuição ou conjunto de atribuições que a Administração confere a cada categoria profissional ou individualmente a determinados servidores de serviços eventuais. As funções do cargo são definitivas, enquanto as funções autônomas são provisórias. Daí porque as funções permanentes da Administração devem ser desempenhadas por titulares de cargos e, as transitórias, por servidores designados ou admitidos.

Enfim, seja entre cargos ou funções, o certo é que o funcionalismo como um todo precisa ser entendido como um serviço prestado a sociedade e que a manutenção desse, depende de uma gestão voltada para a base onde tudo acontece. A eficácia da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) está determinando a mudança de conduta dos Administradores Públicos para planejar e executar as ações públicas em face de maior transparência nas prestações de contas e de um controle social e público mais efetivo. A gestão fiscal está evoluindo para um cenário de concretização das metas delineadas, com ampla participação da sociedade. Um novo perfil desse profissional está sendo construído voltado para o comprometimento com o resultado e com o foco na missão da administração pública: atender aos interesses dos cidadãos com eficiência, impessoalidade, moralidade, publicidade e

(19)

18

legalidade, para tanto, planejamento, transparência, controle e responsabilidade continuarão sendo o princípio de uma gestão voltada para a excelência.

Um plano de ação estratégico que elenque a sistematização destas e objetive o compromisso de servidores, trará não somente uma redução significativa nos gastos com pessoal, mas com a máquina pública como um todo.

Por fim, para Matias e Pereira (2006, p. 297), a efetivação da LRF visa “aumentar a qualidade das ações de gestão fiscal dos recursos confiados aos agentes da administração pública de todas as esferas de governo e coibir os abusos que provocam danos ou prejuízos ao patrimônio público”. Assim sendo, respeitado o ordenamento jurídico previsto nessa lei, a estruturação do serviço estará atrelado a ações que melhorem o trabalho e a aplicação das políticas públicas. Esta estará vinculada a responsabilidade na gestão fiscal, regendo-se no cumprimento das normas relacionadas às finanças públicas e no acompanhamento e controle dos gastos, no corolário respeito ao cidadão que cumpre suas obrigações constitucionais tributárias e quer o retorno justo do serviço posto bem prestado.

(20)

4 METODOLOGIA

4.1 CENÁRIO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO

O trabalho é realizado na prefeitura municipal de Parelhas, Estado do Rio Grande do Norte, na secretaria de administração e gestão de pessoas, mais especificamente no setor pessoal. A prefeitura faz parte da administração direta do poder executivo municipal, inscrita no CNPJ/MF sob n° 08.087.561/0001-81, pessoa jurídica de direito público, com sede social a Av. Mauro Medeiros, nº 97, Bairro Centro. O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos secretários municipais e os responsáveis pelos órgãos da administração direta.

O setor pessoal apresentou-se com sua composição por dois servidores, sendo um concursado e o outro cargo em comissão. O atendimento ao público inicia às 7 horas e finaliza às 13. Neste setor registra-se todos os requerimentos posto pelo servidor, bem como o arquivamento de documentos e qualquer registro da assiduidade do mesmo.

Este trabalho fora elaborado mediante a preocupação em estabilizar o problema da despesa que foi posto, levando em consideração o cenário de recessão econômica vivenciada pelo país, que vem gerando desequilíbrio nas contas públicas, gerando a falta de recursos financeiros para cumprir os compromissos dos fornecedores, bem como a dificuldade na liquidação da folha de pagamento dos servidores.

Na busca de informações para a fundamentação deste projeto, a pesquisa documental baseado em relatórios contábeis, foi indispensável, já que o tema requer uma exploração em documentos disponíveis no município para estruturar os dados coletados. Estes foram obtidos por meio de solicitações à secretaria de administração e gestão de pessoas do município, através de ofício, bem como os relatórios contábeis dispostos no site da prefeitura, por meio do portal de transparência. Desta forma, o problema foi detectado e foram demonstrados através de percentuais de despesas com pessoal alcançado com base na Receita Corrente Líquida - RCL.

O trabalho pautou-se na pesquisa de natureza qualitativa. A pesquisa traz de maneira objetiva a coleta no processamento de informações por meio de dados estatísticos, utilizando-se de relatórios contábeis (Relatório de Gestão Fiscal - RGF, Orçamento, Balancetes e Balanço Anual) e documentos legais (tais como Leis Municipais e Federais). A pesquisa

(21)

20

também se aflora quando envolve o conceito de gestão de pessoas como ferramenta para equalizar o desgaste que o descontrole com a despesa de pessoal gera.

(22)

5 ELEMENTOS

5.1 DESENHO DO PERFIL DA INSTITUIÇÃO

A presente pesquisa foi realizada no intuito de se verificar os problemas correlatos entre receita e despesa que afetaram a gestão de pessoas do órgão. O quadro da elevação do percentual com despesa de pessoal vem recorrente desde o ano de 2013 e se eleva a cada quadrimestre (período em que é avaliado). A organização é composta pelas mais diversas especialidades, e esses cargos estão vinculados ao regime jurídico dos servidores públicos federais (Lei nº 8.112/1990).

A despesa com pessoal encontra-se com um percentual bem acima do previsto na LRF. Segue abaixo a Tabela 1 demonstrando a equivalência de percentual do valor total da folha que é de R$ 1.548.000,00 (um milhão, quinhentos e quarenta e oito reais):

Tabela 1 – Percentual de servidores efetivos e comissionados sobre a folha

QUADRO GERAL EFETIVOS COMISSIONADOS

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 716 69

GASTO EM REAIS 1.421.016,00 126.984,00

PERCENTUAL SOBRE FOLHA TOTAL 91,80% 8,2%

Fonte: Prefeitura Municipal de Parelhas (RGF-2017).

Dentre os efetivos, segue a Tabela 2 proporcional aos servidores ligados ao magistério.

Tabela 2 – Percentual de servidores ligados ao magistério (educação)

QUADRO GERAL EFETIVOS

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 298

GASTO EM REAIS 760.903,00

PERCENTUAL SOBRE FOLHA TOTAL 49,15%

Fonte: Prefeitura Municipal de Parelhas

Este retrato demonstra a necessidade de observar os gargalos que assolam o órgão, uma vez que o limite apresentado pelos efetivos é excessivamente maior que os de cargos em comissão e reduzir empregos políticos pode não alterar expressivamente o percentual, assim sendo, outra estratégia pode ser colocada em questão especificamente no tocante a elevação de receitas próprias.

(23)

22

Sancionado em 1979, o Código Tributário Municipal – CTM está ultrapassado e passível de modificações. A realidade em que se encontrava o cenário econômico e financeiro era outro, consequentemente apresenta-se hoje com várias adversidades: taxas com percentuais desatualizados, valores venais dos imóveis sem especificações sólidas para apuração e impostos cobrados sem nenhuma regularidade. Para compactar este contexto de inconsistência tributária, o município não apresenta em seu quadro de funcionários os fiscais de tributos, responsáveis pela observância da aplicação e arrecadação dessas contribuições.

(24)

5.2 DEFINIÇÃO DE METAS QUALITATIVAS

METAS QUALITATIVAS PLANO DE AÇÃO

O QUE? Constatar os entraves da administração no controle da despesa pessoal

QUEM? O pesquisador

QUANDO? Maio a julho 2017

ONDE? Prefeitura Municipal de Parelhas

PORQUE? Necessário se faz identificar onde está sendo onerado para saber de que maneira solucionar

COMO? Através de pesquisa documental por meio dos balancetes contábeis CUSTOS? Não haverá custos

METAS QUALITATIVAS PLANO DE AÇÃO

O QUE? Oferecer sugestões à sistemática do setor pessoal para otimizar o trabalho de toda a gestão

QUEM? Corpo técnico da administração municipal

QUANDO? Setembro de 2017

ONDE? Secretaria de Administração da Prefeitura Municipal de Parelhas PORQUE? O setor pessoal não está estruturado para subsidiar os problemas

relacionados ao gasto com pessoal. Este precisa de um corpo de advogados especializados na área para auxiliá-los nos casos ilegais que envolvem o servidor

COMO? Emitindo pareceres e relatórios que demonstrem as falhas relacionadas ao servidor

CUSTOS? Contratação de empresa de assessoria jurídica METAS QUALITATIVAS

PLANO DE AÇÃO

O QUE? Edificar uma estrutura administrativa e funcional compacta com a realidade do município para que este consiga atender a Lei de Responsabilidade Fiscal

QUEM? Prefeito municipal

(25)

24

ONDE? Prefeitura Municipal de Parelhas

PORQUE? O apadrinhamento político acaba desestruturando a parte administrativa e funcional, onde os servidores que não se dispõem a cumprir as exigências legais faz com que necessite de se contratar outros para realizar o trabalho daquele, e isso onera a folha de pagamento

COMO? Realinhando o perfil do servidor com o cargo, nos casos de comissionados, bem como notificando os servidores que não cumprem seus deveres. Além disso, exonerando no mínimo 20% dos cargos comissionados, como dispõe no artigo o § 3°, artigo 169 da Constituição Federal de 1988.

CUSTOS? Não haverá custos

METAS QUALITATIVAS PLANO DE AÇÃO

O QUE? Propor subsídios para aprimorar o controle de gastos com pessoal de forma a obedecer aos limites estipulados na legislação

QUEM? O pesquisador

QUANDO? Primeiro Quadrimestre de 2018

ONDE? Município de Parelhas

PORQUE? È notória a necessidade de aprimorar o controle dos gastos, e isso se dá pela contenção de despesas e elevação de receitas, uma vez que o gasto com pessoal une esses dois conceitos para compor o índice COMO? Atualizando o Código Tributário Municipal e fiscalizando o seu

cumprimento para alavancar receitas, bem como reduzindo o gasto corriqueiro com despesas diversas e ainda cumprindo o estatuto no tocante ao servidor

CUSTOS? Contratação de empresa especializada na área de tributação

5.3 FRAGILIDADES E OPORTUNIDADES

FORÇAS OPORTUNIDADES

- Secretários de administração e finanças formados em áreas relacionadas;

-Crescimento econômico;

(26)

-Programa do software da área de pessoal satisfatório;

-Espaço físico suficiente.

-Aplicação de multas do tribunal de contas do estado pelo descumprimento da lei

-Alteração em algum tributo.

FRAQUEZAS AMEAÇAS

-Falta de capacitação dos setores importantes como pessoal e tributação;

-Ausência de fiscais de tributos;

-Desestruturação no setor de tributação; -Desmotivação dos servidores efetivos; -Ineficiência da Assistência jurídica.

- Instabilidade econômica e financeira; - Instabilidade política;

-Apadrinhamento político;

-Mudança de Leis e parâmetros regulamentadores;

-Minoria da Casa Legislativa.

5.4 PROCESSO DE AVALIAÇÃO

O processo de avaliação será contínuo, onde o órgão central de controle interno emitirá parecer para analisar se os entraves foram solucionados; A procuradoria jurídica verificará se o que estava em desacordo com a lei fora adequado, e emitirá opinião formal sobre suas sugestões; Já na parte administrativa a avaliação será feita pelo secretário de administração e gestão de pessoas, este fará questionários para os servidores e saberá a adequação ao que preconiza a lei; No tocante a tributação, o secretário de finanças emitirá um relatório mensal para constatar a evolução das receitas.

A totalidade das ações serão revistas por meio do Relatório de Gestão Fiscal – RGF, conforme disposto no art. 54 da LRF, este relatório disporá sobre despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas e será quadrimestral. Assim posto, as medidas serão analisadas a cada 4 meses, podendo serem revistas bimestralmente por meio dos balancetes de receita e despesa que o setor de contabilidade emite.

(27)

26

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A despesa com pessoal excessiva é um problema que ultrapassa o interesse da gestão atual, ela gera uma preocupação social que resguarda o bem comum. Pela aproximação física com o eleitor que acarreta um apadrinhamento político e obrigação de empreguismo, isso gera uma pragmática acomodação das funções e, por consequência, excedendo a quantidade de cargos em comissão, uma vez que não executam o serviço da melhor forma, tendo sempre que convocar outro para suprir e exagerando nos excessos. Além disso, a arrecadação dos tributos em município de pequeno porte gera um desconforto na condução dos alicerces sustentados pelo partidarismo, assim sendo, sua omissão muitas vezes é suprida, validando uma gestão fragilizada e propícia a danos nos cofres públicos.

A LRF tem como objetivo limitar os gastos com pessoal, mantendo o equilíbrio das contas, resguardando o controle das finanças públicas e auxiliando o gestor na tomada de decisões. Não obedecer ao que rege esta legislação pode comprometer toda a estrutura econômico-financeira da organização, uma vez que a aplicação das penalidades corrobora a ineficácia do sistema público em questão.

E de fato, se não houvesse um instrumento normativo regulador, que propusesse a prudência neste assunto, a postura danosa dos gestores públicos seria sem precedentes, embora muitos vejam na LRF um código de obrigações, esta normativa disciplina a aplicação e gestão dos recursos de maneira a otimizar seus efeitos, gerando o controle social mais eficaz, corroborando os elementos vitais para o cuidado do bem público e reajustando as necessidades derivadas da sociedade civil. Nesse prisma, mais do que uma lei, a LRF é a certeza do cuidado com o bem comum.

É obrigação do município gerir o setor de recursos humanos de forma eficiente para colaborar nos resultados positivos da instituição, já que são cargos públicos financiados por recursos da população e que devem utilizar os moldes legal no intuito de trazer sempre o melhor para toda a sociedade.

O município de Parelhas sofre com o alicerce desconstruído, o percentual elevado gera uma serie de empecilhos que desestrutura toda a cadeia administrativa: funcionários maus remunerados e direitos dos servidores sendo oprimidos. Porém a LRF remonta atributos de limites ao gasto com pessoal que restaura todo o cuidado e zelo que deverá ser tomado. A gestão fiscal deve ser obedecida para trazer aos cidadãos parelhenses a certeza que o poder público sinaliza a intenção de alcançar uma gestão transparente e eficaz.

(28)

Assim sendo, os objetivos específicos foram alcançados, uma vez que conseguiu identificar os entraves que norteia a administração pública, sendo eles desde uma tributação em queda até uma desestrutura com os servidores que formam a folha de pagamento. Ademais, abriu-se uma variedade de sugestões para aperfeiçoar o trabalho da gestão que vão desde a atualização do código tributário até a redução de servidores. Estas medidas são urgentes e suficientes para que o limite de despesa volte ao limite legal intitulado na LRF.

Por último, é notório a relevância do trabalho para a contribuição social, no entanto, espera-se ter contribuído para a verificação do controle de despesa com servidores, na tentativa de reduzir o limite. Afinal, os recursos humanos geridos de forma eficiente, irão colaborar nos resultados positivos da instituição, já que são cargos públicos financiados por recursos da população, estes devem utilizar os moldes legal no intuito de trazer sempre o melhor para toda a sociedade.

(29)

28

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Claudiano; MEDEIROS, Márcio; FEIJÓ, Paulo Henrique. Gestão de Finanças Públicas: Fundamentos e Práticas de Planejamento, Orçamento e Administração Financeira com Responsabilidade Fiscal. Brasília: Gestão Pública, 2006

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 05 de julho de 2017

BRASIL. Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências, Brasília, 2000. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp101.htm>. Acesso em 13 de dez. de 2016.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração geral e pública. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

CRUZ, F. A influência da limitação das despesas com pessoal na gestão pública municipal e um perfil comportamental dos municípios catarinenses. Revista Pensar Contábil do Conselho Regional de Contabilidade, Rio de Janeiro. v. 13, ago./out. 2001.

LACAZ, Francisco A. C. Saúde do trabalhador: um estudo sobre as formações

discursivas da academia, dos serviços e do movimento sindical. 435 p. Tese.(Doutorado em Medicina, área Saúde Coletiva) – Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, 1996. XXI p. + 423p.

MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos. 12. ed. São Paulo: Futura, 2007.

MATIAS-PEREIRA, J. Finanças públicas: a política orçamentária no Brasil. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

MEIRELLES, H. L. Finanças Municipais. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo: Saraiva, 1979.

(30)

PARELHAS. Lei Orgânica do Município de Parelhas: promulgada em 03 de Abril de 1990.

PIRES et al. Gestão por competências em organizações de governo. Mesa-redonda de pesquisa-ação. Disponível em: www.enap.gov.br Acesso em 20 de outubro de 2017.

PREFEITURA DE PARELHAS. Disponível em <http://parelhas.rn.gov.br/>. Acesso em 13 de dez. de 2016.

SILVA, Lino Martins da. Contabilidade Governamental: um enfoque administrativo. 7. Ed. – São Paulo: Atlas, 2004.

VELOSO, G. O.; TEIXEIRA, A. M. A Lei de Responsabilidade Fiscal e as microrregiões do Estado do Rio Grande do Sul: uma análise empírica. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 28, n. 2, pp. 443-470, 2007.

VIDAL, M. B.; RODRIGUES, A. G. Relatório de Gestão Fiscal no âmbito da Justiça Federal. Revista CEJ, Brasília, n.32, p.108 – 115, 2006.

Referências

Documentos relacionados

Total Outros Descontos, Incluindo os de Ordem Pessoal (7). Contribuição

PG

Transporte de pacientes a Belo Horizonte... PG

Viagens a Belo Horizonte para conduzir pacientes.. Reunião de Secretários

Realização de curso de capacitação... PG

Congresso Mineiro de Municípios Expominas.. XX MARCHA DOS PREFEITOS EM

FICHA/CODIGO DA DESPESA FONTE DE RECURSO NOME DO CREDOR NOTA FISCAL VLR PAGAMENTO. SENAT, no período de 03/07 a 07/07, em

SEJA DIGITAL, no dia 19/05,em Belo Horizonte. Costa, refente a participação na Ofícina