CENTRO
DE
CIENCIAS
DA SAÚDE
DEPARTAMENTO
DE
CLÍNICA
MÉDICA
YLMAR
CORRÊA
NETO
VALORES
DE
REFERÊNCIA
NO
ESTUDO
DA
CONDUÇÃO
NERVOSA
EM
ADULTOS
Dissertação apresentada ao
Curso
de
Pós-Graduação
em
Medicina
Internado
Departamento
de
ClínicaMédica
da Universidade
Federalde Santa
Catarina,
como
requisito parcial àobtenção do
Títulode Mestre
em
Medicina
InternaOrientador: Prof. Dr.
Lineu Cesar
Werneck
(Universidade Federaldo
Paraná)
Florianopolis,
SC
1996
if*
I
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
cAM1›Us Unnfnnslmnxo - 'rnxunanrz - caixa rosux. us
CEP 88.040-900 - FLORIANÓPOLIS ~ SANTA CATARINA TEL.: (0482) - 34.1000 - TELEX: 0482 240
oafasà
Púaucà
na
olssaamção
na
Masmàno
No
dia doisde
março
de
mil novecentos e noventa e seis, àsnove
horas,no
Anfiteatro
do
Centrode
Ciênciasda
Saúde
da
UFSC,
o alunodo Curso de
Pós-Graduação
(Mestrado)em
Medicina Interna -YLMAR CORRÊA
NETO,
submeteu-se
àdefesa
de sua
Dissertaçãode Mestrado
intitulada"VALORES DE REFERÊNCIA
NO
ESTUDO DA
CONDUÇÃO
NERVOSA
EM
ADULTOS",
ocasiãoem
que
foram emitidosos seguintes conceitos pela
Banca
Examinadora:NOME
CONCEITO
Prof. Lineu
Cesar
Werneck
Prof.
João
Antônio MacielNóbrega
O'
Prof. Paulo Norberto Discher
de
Sá
l
H
Prof. Paulo
César
Treviso! BittencourtCONCEITO
FINAL:
Fiorianópoii 2
de março de
1996.Presidente. omissão Examinadora
TFSO
-
Mod. 1007 Imprensa Unlvetlltkhz
À
Esther,Ao
Dr. Lineu Cesar Wemeck, pela orientação.Ao
Dr. Waldomiro Dantas, pela cobrança constante e silenciosa.À
Dra. Rosana I-Iermínia Scola, pela leitura atenta dos originais.Ao
Dr. Aldo José Peixoto Filho, pela revisão do abstract.Ao
Serviço de Patologia Clínica do Hospital Universitário da Universidade Federal deÀ
Biblioteca do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná,São Paulo, pelas referências bibliográficas.
À
Enf. Roselene Marques e ao Téc. de Enf. Valdeci de Freitas, pelo auxílio na coleta deexames complementares. Aos voluntários, J. ALTI-IOFF E. BELARMINO JR M.H.B. S. CANALLI H.M. CAPELLA E.B.D. CORRÊA K.R. DANTAS M.B. DANTAS B. DELLA GIUSTINA L. FARIAS L.E. FARIAS
por cem minutos de suas vidas e
um
punhado de sangue. Santa Catarina, Florianópolis, pela análise de exames complementares.M.R. FELTRIN L.E.G. GALLINA C.G.P. JUNKES C.R. Kisr D.M.
LANoARo
M.G.O. LIMA R.MARQUES
L.A.C. MARTINS C.Z. MEIRELES N.J. MICHELON D.J.Miuou
Curitiba, e ao Centro Latino Americano e do Caribe de Informação
em
Ciências da Saúde (BIREME)J .L. PERUCCHI A.S. RAUPPI D.S. SÁ H.V. SALA A.S. SANTOS A.C. SCARAMELLO A. ScHAi>i>o
HM.
SCHMITD M.R.F. SIi.vA M.A. XAVIERLista de figuras
Lista de tabelas
Resumo
1. Introdução
1.1. Histórico do estudo da condução nervosa
1.2. Princípios da condução nervosa
1.3. Princípios do estudo da condução nervosa
1.4. Efeitos da temperatura, idade, estatura e outros fatores fisiológicos no
estudo da condução nervosa
1.5. Efeitos de fatores não-fisiológicos no estudo da condução nervosa
1.6. Métodos estatísticos e estudo da condução nervosa
1.7. Variabilidade intra-examinador e inter-examinador no
estudo da condução nervosa 2. Objetivos
3. Casuística e Métodos
3.1. Casuística
3.2. Métodos
A. Condução nervosa motora
B. Condução nervosa sensitiva
4. Resultados
4.1 Condução nervosa motora
4.2. Condução nervosa sensitiva
4.3. Comparação entre os hemicorpos
5. Comentários 6. Conclusões 7 Referências Bibliográficas Abstract Apêndice I Apêndice II
Figura 01 Figura 02 Figura 03 Figura 04 Figura 05 Figura 06 Figura 07 Figura 08 Figura 09 Figura 10 Figura ll
- Medidas de latência, amplitudes e duração no estudo da condução nervosa
motora
- Medidas de latências, amplitude e duração no estudo da condução nervosa
sensitiva
- Captação, estimulação e aterramento no estudo do nervo mediano motor - Captação, estimulação e aterramento no estudo do nervo ulnar motor - Captação, estimulação e aterramento no estudo do nervo radial motor - Captação, estimulação e aterramento no estudo do nervo fibular motor - Captação, estimulação e aterramento no estudo do nervo tibial motor - Captação, estimulação e aterramento no estudo do nervo mediano sensitivo - Captação, estimulação e aterramento no estudo do nervo ulnar sensitivo - Captação, estimulação e aterramento no estudo do nervo radial sensitivo - Captação, estimulação e aterramento no estudo do nervo sural sensitivo
Tabela 01 Tabela 02 Tabela 03 Tabela 04 Tabela 05 Tabela 06 Tabela 07 Tabela 08 Tabela 09 Tabela 10 Tabela ll Tabela 12 Tabela 13 Tabela 14 Tabela 15 Tabela 16 Tabela 17
- Idade, Estatura, Peso e Dominância, segundo o Sexo, da Amostra - Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa Motora
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa Sensitiva Antidrômica
- Comparação entre os Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa
Motora entre o Hemicorpo Direito e o Hemicorpo Esquerdo
- Comparação entre os Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa
Sensitiva entre o Hemicorpo Direito e o Hemicorpo Esquerdo
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Mediano
Motor - Seleção da Literatura
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Ulnar Motor - Seleção da Literatura
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Radial Motor - Seleção da Literatura
_
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Fibular
(Motor) - Seleção da Literatura
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Tibial
(Motor) - Seleção da Literatura
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Mediano
Sensitivo Antidrômico - Seleção da Literatura
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Mediano
Sensitivo Ortodrômico - Seleção da Literatura
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Ulnar Sensitivo Antidrômico - Seleção da Literatura
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Ulnar
Sensitivo Ortodrômico - Seleção da Literatura
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Radial
Sensitivo Antidrômico - Seleção da Literatura
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Radial
Sensitivo Ortodrômico - Seleção da Literatura
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Sural (Sensitivo) - Seleção da Literatura
Tabela 18 Tabela 19 Tabela 20 Tabela 2l Tabela 22 Tabela 23 Tabela 24 Tabela 25 Tabela 26 Tabela 27 Tabela 28 Tabela 29 Tabela 30 Tabela 31 Tabela 32 Tabela 33 Tabela 34 Tabela 35
- Valores de Referencia no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Mediano Direito e Esquerdo (Motor)
- Valores de Referencia no Estudo da Condução Nervosa Ulnar Direito e
Esquerdo (Motor)
- Valores de Referencia no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Radial Direito e Esquerdo (Motor)
- Valores de Referencia no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Fibular
Direito e Esquerdo (Motor)
- Valores de Referencia no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Tibial Direito e Esquerdo (Motor)
- Valores de Referencia no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Mediano Direito e Esquerdo (Sensitivo)
- Valores de Referencia no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Ulnar Direito e Esquerdo (Sensitivo)
- Valores de Referencia no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Radial Direito e Esquerdo (Sensitivo)
- Valores de Referencia no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Sural Direito e Esquerdo (Sensitivo)
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Mediano
(Motor)
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Ulnar
(Motor)
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Radial
(Motor)
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Fibular
(Motor)
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Tibial
(Motor)
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Mediano (Sensitivo)
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Ulnar (Sensitivo)
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Radial (Sensitivo)
- Valores de Referência no Estudo da Condução Nervosa do Nervo Sural
(Sensitivo) _ vii viiie ix x xi xii xiii xiv xv xvi xvii xviiie xix xx xxi xxii xxiii xxiv xv xxvi
RESUMO
Introdução:
O
estudo da condução nervosa, ao avaliar o funcionamento dos nervos periféricos, éum
importante método complementar na investigação das doenças neuromusculares.Em
virtude da variedadede técnicas e equipamentos disponíveis, é recomendado que cada laboratório de neurofisiologia clínica estabeleça seus valores de referência no método.
Objetivos: Estabelecer valores de referência no estudo da condução nervosa motora dos nervos mediano,
ulnar, radial, fibular e tibial, e no estudo da condução nervosa sensitiva dos nervos mediano, ulnar, radial e sural.
Casuística e Métodos: Foram avaliados 30 voluntários não pagos, brasileiros, brancos, com idade entre
20 e 49 anos bilateralmente. Utilizou-se técnicas antidrômicas nos estudos sensitivos. As distâncias
distais nos estudos motores foram de 80
mm
para os nervos mediano, ulnar e fibular, 60mm
para o nervo tibial e 30 a 60mm
para 0 nervo radial. As distâncias distais nos estudos sensitivos foi de 140mm
parao nervo mediano, 130mm
para 0 nervo ulnar, 90mm
para o nervo radial e 70 a 130mm
para 0 nervo sural.A
temperatura cutânea distal foi mantida acima de 31 °C.Resultados: Os principais resultados (média zh desvio padrão) foram: latência distal motora
(milisegundos - ms) de mediano de 3.41 dz 0.32, ulnar de 2.82 zh 0.35, radial de 1.75 zh 0.29, fibular de
4.44 zh 0.83 e tibial de 4.37 i 0.76; latência distal sensitiva (ms) de mediano de 2.28 1 0.17, ulnar de 2.16
rh 0.16, radial de 1.66 i 0.20 e sural de 2.00 1 0.32; velocidade motora máxima (metros por segundo - m/s) de mediano de 59.3 dz 5.6 (antebraço) e 67.2 zt 8.3 (braço), ulnar de 64.9 i 6.0 (antebraço), 75.3 zlz
10.4 (transcotovelo) e 66.1 :t 7.2 (braço), radial de 62.7 1 5.8 (antebraço), fibular de 52.8 1 4.1 (perna) e
53.7 i 6.8 (joelho), e tibial de 51.3 zl: 4.4 (pema); e velocidade sensitiva máxima (m/s) de mediano de
64.3 ä: 4.9, ulnar de 67.9 dz 4.9, radial de 76.9 dz 13.5 no antebraço e sural de 55.6 :t 7.4 na perna.
Conclusões: Os valores de referência no estudo de condução nen/osa sensitiva e motora derivados de 30
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
E
RESUMO
CORRÊA
NETO,
Ylmar. Valores de referênciano
estudoda condução
nervosaem
adultos. Florianópolis, 1996. l20f. Dissertaçao (Mestrado
em
Medicina Intema) -Curso de Pós Graduação
em
Medicina Interna, Universidade Federal de Santa Catarina.Orientador: Lineu Cesar
Wemeck
Defesa: 02/03/96
Detenninação de [valores de referência] no [estudo da condução nervosa motora] dos nervos
[mediano], [ulnar], [radial], [fibular] e [tibial]; e no [estudo da condução nervosa sensitiva] dos nervos [mediano], [ulnar], [radial] e [sural]; a partir de
uma
amostra de 30 voluntários sadios1.INTRoDUÇÃo
A
eletroneuromiografia(ENMG)
éum
importantemétodo complementar
no
diagnóstico eacompanhamento
da evolução natural e terapêutica de doençasneuromusculares.
A
ENMG
engloba o estudoda condução
nervosa,ou
eletroneurografia, e a eletromiografia.
O
estudoda condução
nervosa avalia o funcionamento dos nervosperiféricos. Determina-se a amplitude, duração e morfologia dos potenciais evocados, as latências distais e as velocidades de
condução
nervosamotora
e sensitivamákimas
desegmentos dos nervos
em
estudo; e, através da análise destes dados, conclui-se peloenvolvimento
ou
não dos nervos periféricosno
processo patológico, pela fraçãodo
nervo envolvida
no
processo (axônio, mielinaou
ambos), e pela extensãodo dano
aosistema nervoso periférico (polineuropatia, mononeuropatia
ou
mononeuropatiamúltipla).
Entre as indicações
do
estudoda condução
nervosa destacam-se adiferenciação entre doenças primariamente dos nervos
ou
dos músculos; a diferenciaçãoentre envolvimento radicular
ou
troncular; a diferenciação entre processospolineuropáticos generalizados
ou
multifocais; aconfinnação
deque
detenninadaneuropatia é exclusivamente
motora
ou
sensitiva, sugerindouma
neuronopatia; adiferenciação entre fraqueza por envolvimento
do
neurôniomotor
superiorou
inferior; adiferenciação,
em uma
determinada neuropatia, entre mielinopatia e axonopatia; adetenninação,
em
neuropatias tanto axonaiscomo
desmielinizantes, de fatoresrelacionados
com
prognóstico; e a determinação,em
mononeuropatias,do
local enatureza (bloqueio de
condução ou
degeneração waleriana)Vda lesão(ASBURY,
1980,p.487;
ASBURY
eBIRD,
1992, p.256).1.1.
HISTÓRICO
DO
Es'rUDoDA
CONDUÇÃO
NERVOSA
A
detennínaçãoda
velocidade de transmissão dos impulsos nervosos,historicamente, envolveu importantes fisiologistas. Albrecht
von
Haller, utilizandouma
metade do
século XVIII.Von
Haller observou que conseguia lerem
voz
alta, porminuto,
um
trechoda
Eneida de Virgílio contendo 1500 letras. Estipulou que cada letraenvolvia dez contrações sucessivas
do músculo
estiloglossog assim,15000
contraçõespor minuto,
ou
uma
contração a cada 2 milisegundos (ms), seriam possíveis.Considerando ser de 10
cm
a distância entre o cérebro e omúsculo
estiloglosso, obteveuma
velocidade de transmissãodo
agente nervoso de 50 metros por segundo (m/s)(BUCHTHAL
eROSENFALCK,
1966, p.1).Von
Haller(Bem,
1708-1777), discípulode Boerhaave, considerado o maior fisiologista de sua época,
também
se destacouem
anatomia, botânica e literatura, chegando a produzir
13000
trabalhos científicosenquanto professor
na
Universidade de Gottingen(GARRISON,
1922, p.322-324;DIEPGEN,
1925, v.2, p.78-79).Johames
Muller (Coblenz,1801-1858), fundador da medicina científicaalemã,
mentor
deSchwann,
Henle, Virchow,du
BoisReymond
evon Helmholtz
entreoutros
(GARRISON,
1922, p.476-478;CASTIGLIONI,
1947, v.2, p.218-219;BRAZIER,
1988, p.56-59),em
seu importante e influenteHandbuch
der Physíologiedes
Menschen,
publicado entre 1834 e 1840, declarou que a velocidade decondução
nervosa provavelmente
nunca
seria determinada(BUCHTHAL
eROSENFALCK,
1966, p.1;
FINGER,
1994, p.136). Cerca de vinte anos depois, seu discípuloHermam1
Ludwig
Ferdinandvon
Helmholtz, após estudos preliminaresem
sapos, publicou seusprimeiros estudos de neurocondução
em
humanos.
Embora
realizados entre 1850 e1870, os princípios elementares e resultados são semelhantes aos atuais: estimulação
do
nervo
mediano
em
dois pontos distintos, avaliaçãomecânica
(atravésdo
miógrafo de pêndulo de sua invenção)da
respostamotora na
eminência tenar,medição
da distânciaentre os dois pontos de estimulação e divisao deste valor pela diferença
do tempo
deresposta entre os
mesmos. Obteve
velocidades decondução
nervosano
nervomediano
de 61,0 dz 5,1
m/s
em
1850 e de 31,5389 rn/sem
1867, atribuindo a diferença amenor
temperatura
do
invemo, época dos últimos estudos(HENRIKSEN,
1956, p.2;BUCHTHAL
eROSENFALCK,
1966, p.1).Von
Helmholtz (Potsdam, 1821-1894), prussiano, destacou-sena
medicina, fisica e matemática. Entre muitas contribuições, elaborou
um
ensaio sobre aconservação de energia
(Uber
die Erhaltung der Kraft, 1847)firmando
a primeira leida
termodinâmica, estabeleceu a musculatura
como
principal fonte de calor dos animais(1848), inventou o oftalmoscópio (1851) e,
em
seu laboratório, Heinrich Hertzdescobriu as ondas elétricas
(GARRISON,
1922, p.571-573;CASTIGLIONI,
1947, v.2,p.222-223;
LYONS
ePETRUCELLI,
1987, p.52l,BRAZIER,
1988, p.65-71).Piper (1909) introduziu o galvanômetro, inventado por Einthoven
em
1903,
na
avaliação da resposta motora, substituindo amedição da
respostamotora
mecânica
pela detecçãoda
atividade elétricado
músculo, descrita porEmil du
BoisReymond
(HENRIKSEN,
1956, p.2;BUCHTHAL
eROSENFALCK,
1966, p.2;KIMURA,
1989, p.585). Gasser e Erlanger,em
1922, utilizaram o osciloscópio de raioscatódicos
em
substituição ao galvanômetro, diminuindo a inércia eaumentando
aacurácia das
medições
(HENRIKSEN,
1956, p.3).Robert Hodes,
M.
G. Larrabee eW.
German,
em
um
estudo publicadoem
descreveram o
método
utilizado até hojeno
estudo da neuroconduçãomotora
(nervosmediano, ulnar, radial, fibular e tibial), ressaltando a importância
do
posicionamentocorreto
do
estimulador junto ao nervo edo
captador sobre omúsculo
cujo nervo éestimulado,
da
manutenção da
mesma
posiçãodo
membro
durante o exame, edo
uso deestímulos
supramáximos
garantindo a ativação de todas as fibrasdo
nervo(HODES
ecol., 1948;
HENRIKSEN,
1956, p.3-4).Foram
os primeiros a determinar acondução
nervosa
motora
em
pacientescom
distúrbios neurológicos(BUCHTHAL
eROSENFALCK,
1966, p.2).O
estudoda condução
sensitivatambém
se inicioucom
Von
Helmholtz,que estabeleceu
em
60 m/s
a velocidade decondução
sensitiva atravésdo
estudodo
tempo
de reação a dois estímulos tácteis subsequentes aplicados a diferentes distânciasdo
cérebro(BUCHTHAL
eROSENFALCK,
1966, p.1).A
detecção de potenciaissensitivos percutaneamente se
tomou
possível através da técnica de sobreposição deimagens
fotográficas desenvolvida porDawson,
em
1947,no
estudo de potenciaiscorticais
em
mioclonias e aplicadano
sistema nervoso periférico (mediano e ulnarsensitivo ortodrômico) por
Dawson
e Scottem
1949(DAWSON
eSCOTT,
1949).No
Brasil,conhecemos
dois estudos publicados de normatização dacondução
nervosa.Dalva
Livramento Grandini avaliou çacondução
nervosaem
membros
superiores e inferiores de 101 brasileiros natos saudáveiscom
idade variandoentre 16 e 81 anos
em
sua tese de mestrado apresentada à Escola Paulista deMedicina
(GRANDINI,
1989), posteriormente parcialmente publicada nos Arquivos deGlória
Maria Cardoso
de A.Penque
eRosa-Lynn
Esquenazzi Sztyglic,do
Instituto de Neurologia Deolindo Couto,da
Universidade Federaldo
Rio de Janeiro, avaliaram acondução
nervosaem
membros
superioresem
um
grupo heterogêneo de cerca de40
indivíduos
com
idade variando entre 19 e 65 anos(DURO
e col., 1993).1.2.
PRINCÍPIOS
DA
coNDUÇAo
N1‹:RvosAA
membrana
plasmática, ao separar o excesso de cargas positivasdo
exterior dos neurônios,do
excesso de cargas negativasdo
interior, é responsavel pelamanutenção
deum
potencialtransmembrana no
repouso que varia entre -60 e -70milivolts (mV).
As
concentrações intracelulares de íons potássio(K+)
e de ânionsorgânicos (proteínas e ácidos orgânicos) são maiores que as extracelulares, enquanto
que as de íons sódio (Na+) e íons cloro (Cl-) são menores.
A
permeabilidade seletiva damembrana
e abomba
de sódio-potássiomantém
este sistemaem
equilíbrio.A
permeabilidade seletiva a
um
certo íon determina a geração de forças antagônicas,uma
de natureza química determinada pelo gradiente de concentração
do
íon, e outra denatureza elétrica determinada pela diferença de cargas geradas pela
movimentação
passiva
do
mesmo
íon.A
membrana
das células nervosasno
repouso é permeável aosíons
K+,
Na+
e Cl-.A
maior concentração intracelular deK+
fazcom
que omesmo
tenda a sair da célula e a maior concentração extracelular de
Na+
provoca a sua entradapassiva para o intracelular.
A
perda de cargas positivas causada pela migraçãodo
íonpotássio para o extracelular provoca
uma
negatividade relativado
intracelular quepotencial de equilíbrio transmembrana.
O
potencial de equilíbriotransmembrana do
K+,
determinado pela equação de
Nemst,
é de -75mV.
O
potencial de equilíbriotransmembrana do
Na+
é de+55
mV
edo
Cl- -60mV.
A
bomba
de sódio-potássio éuma
proteína integrada amembrana
celular, ATP-dependente, que troca três íons sódiodo
intracelular por dois íons potássiodo
extracelular, contra o gradiente de concentração dosmesmos, impedindo
que a saída contínua e persistente de íons potássio, e a entradade íons sódio,
anulem
o potencial de repouso transmembrana.O
potencialtransmembrana no
repouso, de -90mV,
épróximo
ao potencialtransmembrana
deequilíbrio
do
íon potássio, cercade-75mV,
uma
vez que a permeabilidade seletivada
membrana
no
repouso é maior a este íon que aoNa+
e ao Cl-.(KOESTER,
1991 a)A
função principal dos nervos periféricos é transmitir sinais químicos eelétricos.
Os
sinais elétricos gerados nos nervos sãodenominados
potenciais de ação(KOESTER,
1991 a).A
geração deum
potencial de ação envolve a despolarização damembrana
(reversãoda
negatividadedo
potencial transmembrana) aum
nível quepossibilite a propagação
da onda
de despolarização e consequente transmissão atravésdo
axônio. Estímulos sub-liminaresprovocam
alterações discretas e localizadasdo
potencial transmembrana, insuficientes para a propagação
do
mesmo.
Estímulos que alcançam 15 a20
mV,
diminuindo o potencialtransmembrana
para -70 a -65mV,
sãocapazes de abrir os canais de
Na+
voltagem-dependentes,aumentando
a permeabilidadeda
membrana
para este íonem
cerca de500
vezes, e provocandouma
entradamaciça do
mesmo,
levando o potencialtransmembrana
para+20
a+30
mV.
O
potencial de ação épróximo
ao potencial de equilíbriodo
Na+ em
decorrência da maior permeabilidade avolumosa
de cátions é capaz de se difundir para as áreas próximas a despolarizaçãoinicial, fazendo
com
que estastambém
atinjam potenciais suficientes para a abertura doscanais de sódio voltagem-dependente e assim sucessivamente, causando a propagação
da
onda
de despolarização.(KOESTER,
1991 c)A
mielinização das fibras nervosas acelera a velocidade de propagaçãoda
onda
de despolarização, diminuindo a capacitância dos axônios eaumentando
odiâmetro das fibras.
A
transmissão ocorre de maneira saltatória entre os nódulos deRanvier, regiões
sem
mielina dispostas a cadaum
ou
dois milímetros, ricasem
canais deNa+
voltagem-dependentes, responsáveis por restaurar a intensidadeda
onda
despolarizante.
(KOESTER,
1991 b)Fisiologicarnente a
onda
de despolarização iniciano
corpodo
neurôniomotor
inferior localizadono
como
anterior damedula
nos nervos motores, e nosreceptores periféricos dos nervos sensitivos, propagando-se centrifugamente naqueles e
centripetamente nestes.
Em
condições patológicas,onde
ocorra lesãoda
membrana
plasmática axonal, potenciais
podem
ser gerados ectopicamente, causandofasciculações,
mioquimias ou
parestesias.Em
condições artificiais,como
no
estudo dacondução
nervosa,um
estímulo elétricoextemo
provocauma
onda
de despolarização1.3.
PRINCÍPIOS
DO
ESTUDO DA
CONDUÇÃO
NERVOSA
O
artificio básico utilizado nos estudos decondução
nervosa, já utilizadopor
Von
Helmholtz, é a estimulaçãoextema
deum
nervoem
um
determinado local e acaptação
da onda
de despolarização (nos estudos sensitivos)ou
dos efeitosda
mesma
(contração muscular, nos estudos motores)
em
um
ponto distante.Medindo
otempo
(latência) para a propagação
da onda
até o local de captação econhecendo
a distância entre os pontos de estímulo e de captação, determina-se a velocidade decondução
nervosa.
As
latências motoras sãomedidas no
inícioda
onda
de despolarizaçãomuscular, correspondendo à chegada dos potenciais de ação transmitidos pelas fibras
mais rápidas (velocidades de
condução motora
máxima).As
latências sensitivaspodem
sermedidas
no
inícioda
onda
de despolarização (derivando a velocidade decondução
sensitiva
máxima)
ou no
pico negativo daonda
de despolarização.No
estudo decondução
nervosa motora, ao contráriodo
sensitivoonde
secapta a
onda
de despolarização, Otempo medido
entre a estimulação e a captaçãoda
contração muscular não reflete unicamente a
condução
nervosa,mas
também
acondução na
junção neuromuscular eno
músculo.É
necessário então proceder amedida
de duas latências
em
pontos diferentèsdo
mesmo
nervo, e utilizar a distância entre osdois pontos e a diferença das latências
na
determinaçãoda
velocidade decondução
nervosa, excluindo O atraso distal semelhante presente nas duas medições.
Os
estudos decondução sensitiva
podem
ser realizadosno
sentido fisiológicoda
transmissão dosestímulos sensitivos (ortodrômico)
com
estimulação distal à captação,ou
de maneiraortodrômicos
fomeçam
maiores infonnações, principalmenteno
que diz respeito à amplitude dos potenciais, o uso rotineiro de estudos antidrômicos se justifica pela maiorrapidez
na
realização e pelo maior confortodo
paciente(LUDIN
e col., 1995, p.l76 e183)
No
estudoda condução
nervosa determina-se e analisa-se as latênciasentre o ponto distal de estimulação e o local de captação (latência distal), as velocidades
de
condução
nervosamotora
e sensitivaem
diversos seguimentosdo
nervoem
análise, eas amplitudes e durações de cada potencial obtido.
1.4.
EFEITOS
DA TEMPERATURA,
IDADE,ESTATURA
E
oUTRos
EAToREs
F1s1oLÓGIcos
NO ESTUDO DA
CONDUÇAO
NERVOSA
A
reduçãoda
temperaturano segmento
deum
nervo provoca retardona
velocidade de
condução
nervosa,aumento
da latência distal,aumento
da duração equeda
da amplitudedo
potencial de ação(DENYS,
1991).A
reduçãoda
velocidade e oaumento da
latência distal sedevem
ao retardona
abertura dos canais de sódio a baixastemperaturas, atrasando a corrente de despolarização
(BROWN,
1984, p.26-27).Duração
e amplitude dos potenciaisdependem
principalmenteda
sincroniana
transmissão nervosa.
A
reduçãona
velocidade decondução
pela diminuiçãoda
temperatura altera a sincronia ao retardar, de maneira absoluta, as fibras rápidas
em
maior grau que as fibras lentas.
A
reduçãoda
temperatura exclusivamenteno
local depotenciais. Este fato é justificado pela redução local
do
processo de repolarização damembrana,
em
virtudedo
retardona
inativação dos canais de sódio eaumento na
permeabilidade
do
potássio.O
atraso na repolarizaçãoaumenta
a amplitudedo
potencialde ação
(DENYS,
1991).Estudos 'clínicos iniciais de Henriksen,
com
medida
de temperatura muscular junto ao nervo,mostraram
redução de 2,4 rn/s por grau Celsiusna
velocidadede
condução
nervosamotora do
nervo ulnar(HENRIKSEN,
1956, p.27). Buchthal eRosenfalk,
também
analisando a temperaturacom
agulhas junto ao nervo, observaramredução de cerca de 2,0
m/s
por grau Celsiusna
velociade decondução
sensitivado
nervo
mediano
(BUCHTHAL
eROSENFALK,
1966, p.54-55). Halar e col., utilizandoa
medida da
temperatura cutânea, mais confortável para o paciente e tãofidedigna
quanto a intramuscular, observou redução de 1,5 m/s por grau Celsius
na
velocidade decondução do
nervomediano
motor, 1,4m/s
por grau Celsiusna do
nervomediano
sensitivo, 2,1
m/s
por grau Celsius nado
nervo ulnar motor, 1,6m/s
por grau Celsiusna
do
nervo ulnar sensitivo e 2,0m/s
por grau Celsiusna do
nervo fibular motor.Observou
também
aumento na
latência distal de 0,22ms
por grau Celsiusem
mediano motor
e0,15
ms
por grau Celsiusem
mediano
sensitivo, e 0,15ms
por grau Celsiusem
ulnarmotor
e0,09ms
por grau Celsiusem
ulnar sensitivo(HALAR
e col., 1983; eDENYS,
1991).Denys
considera que extremidades frias sejam a principal causa deresultados falso-positivos e limítrofes nos estudos
da condução
nervosa(DENYS,
além do
uso fatores de correçãoquando
necessário, é essencial para a correta interpretação dos achados.Oh
recomenda 31°C
como
temperatura cutâneamínima
em
estudos rotineiros e
32°C
em
estudos especiais(OH,
1993, p.303), eDenys
recomenda
35°C
nosmembros
superiores e32°C
nosmembros
inferiores(DENYS,
1991).De
maneira geral considera-se que a velocidade decondução
nervosamotora
e sensitivado recém
nascido é cerca de50%
daquelado
adulto, atingindo75%
do
valorcom
um
ano de idade e100%
aos 4 anos(OH,
1993, p.303-304). Mielinizaçãoe
aumento
proporcional de fibras de maior diâmetro, mais rápidas, são responsáveis poreste
aumento
fisiológicoda
velocidade de condução nervosa. Esteaumento
é gradual e,embora mais
pronunciado até o quarto ano persiste até a quarta década seguindouma
regressão quadrática e
não
linear(TAYLOR,
1984).A
reduçãono
número
e diâmetro das fibras nervosas a partir deuma
certa idade
(STETSON
e col., 1992),além do
aumento no
tecido conjuntivo nos nervosperiféricos
(LUCCI,
1969), são responsabilizados pelo progressivoaumento
naslatêncais distais e redução
na
velocidade decondução
nervosa e amplitude dospotenciais de ação. Lucci, estudando 121 voluntários
com
idade variando entre 4 e 99anos,
mostrou
redução progressiva das velocidades decondução motora
e atunento dalatência distal de
mediano
e ulnar, mais pronunciadas a partir da sexta década(LUCCI,
1969). Stetson e col., avaliando
uma
população de 105 voluntários normaiscom
idademédia
de 42,7 anos noshomens
e de 37,8 nas mulheres, observou reduções de 0,8m/s
velocidade de
condução
sensitiva de mediano, e de5uV
por décadana
amplitude demediano
sensitivo(STETSON
e col., 1992).Dorfman
e Bosley ressaltaram que, feita acorreção para a estatura,
aumenta
o grau de significância estatística da associação entreaumento
de idade e redução de velocidade, eaumento
de idade eaumento
de latêncianos estudos de
condução
nervosa periférica e de potenciais evocados somatossensitivos.Existe
uma
relação inversa entre idade e estatura, ecomo
veremos
a seguir, entreestatura e latências, e estatura e velocidades de
condução
(DORFMAN
eBOSLEY,
1979). Taylor, estudando 25 individuos entre 15 e90
anos, mostrou que a amplitude dos potenciais de ação e a velocidade decondução
nervosa atingem omáximo
na
quartadécada,
quando
a duração dos potenciais de ação atinge osmenores
valores, e a reduçãona amplitude e o
aumento
nas velocidades decondução
progressivosque
seguem, ocorrem de maneiramais
acelerada(TAYLOR,
1984).Há uma
relação inversa entre estatura e velocidade decondução
nervosa nosmembros
inferiores(CAMPBELL
e col., 1981). Esta relação é independente da temperatura edo
sexo, justificando inclusive porqueem
alguns estudos as conduçõesnervosas nas mulheres,
em
média
com
menor
estatura que oshomens,
sãomenores
(CAMPBELL
e col., 1981;SOUDMAND
e col., 1982). Rivner e col. acreditam que aestatura é
mais
importante que a idade e a temperaturacomo
fator de correção nosestudos da
condução
nervosa(RIVNER
e col., 1990).Nos
membros
superiores estarelação entre estatura e velocidades de
condução
nervosa não é observada(SOUDMAND
e col., 1982).Uma
relação direta entre latência distal e estatura éAlguns_ autores estabeleceram fórmulas de correção de valores
da condução
nervosa levandoem
consideração estatura, temperatura e idade(SOUDMAND
e col., 1982;RIVNER
e col., 1990), fórmulas estas ainda não incorporadas definitivamente à práticapela sua complexidade
(Van
DIJK, 1991;RIVNER
e col., 1991).A
justificativafisiológica para o declínio
da
velocidade decondução
em
nervosmais
longos ainda nãoé clara,
mas
reduçãodo
diâmetro axonal, redução da distância intemodal, redução daespessura
da
membrana
de mielina,menor
eficiênciado
transporte axonalem
fibraslongas, e diminuição das concentrações intra-axonais de sódio, potássio e cloro são
citadas
(RIVNER
e col., 1990).Não
são conhecidas diferenças raciais nos estudosda condução
nervosa(THIES
e col., 1967). Diferenças descritas entre os sexospodem
ser justificadas pordiferenças
na conformação
corporal. Assim, velocidades mais rápidasem
mulheres sãoexplicadas por sua estatura
média
menor
(CAMPBELL
e col., 1981;SOUDMAND
ecol., 1982), e amplitudes sensitivas antidrômicas maiores
em
mãos, pelomenor
diâmetromédio
dos quirodáctilos femininos(BOLTON
eCARTER,
1980).1.5.
EFEITOS
DE FATORES
NÃo-F1s1oLÓGIcos
No
ESTUDO
DA
coNDUÇÃo
NERvosA
Oh
classificou os fatores queinduzem
variaçõesno
estudo dacondução
efeitos de fatores fisiológicos
na condução
nervosa foram citados acima.Os
fatoresanatômicos estão relacionados
com
variaçõesna
inervação periférica, principalmente aanastomose mediano-ulnar de Martin-Gruber
em
membros
superiores e a presençado
nervo fibular acessório
em
membros
inferiores(GUTMANN,
1993).Os
efeitosinstrumentais estão relacionados
com
amanutenção
e calibração apropriada e rotineirada aparelhagem, e eventuais erros de leitura de marcadores eletrônicos de latência
(OH,
1993, p.277).
Entre os fatores técnicos estão os relacionados
com
a estimulação,captação,
medida da
latência e velocidades,medida
das distâncias, e apropriada pré-programação da
aparelhagem.O
uso de estímulos supra-máximos (cerca de 25 a50%
maior que aquele responsável pela maior amplitude
da
resposta) garante a ativaçãocompleta dos axônios
do
nervoem
estudo, todavia a estimulaçãocom
intensidadeexagerada
pode
provocar diminuiçãoda
latência por reposicionamentodo
ponto deestímulo para
mais próximo
da área de captação(HODES
e col., 1948;HENRIKSEN,
1.6.
MÉTODOS
EsTATÍsT1cOs E
ESTUDO
DA
CONDUÇÃO
N1‹:RvOsAA
maneira usual de expressar os valores de referência nos- estudos decondução
nervosa é amédia mais ou
menos
um
desvio padrão. Velocidadescom
valoresmenores
que amédia
diminuída de dois desvios padrões são consideradas reduzidas elatências
com
valores maiores que amédia
acrescida de dois desvios padrões sãoconsideradas aumentadas. Velocidade de
condução
e latência distal são assim expressosem
alguns dos principaismanuais
de eletroneuromiografia(KIMURA,
1989, p. 107,114, 117, 123, 126 e 131;
SETHI
eTHOMPSON,
1989, p. 35-37, 44, 46, 47, 52, 54 e 70;LIVESON
eMA,
1992, p. 69, 75, 83, 99, 136, 149, 185,205
e 221;OH,
1993, p.84-86;
DUMITRU,
1995, p. 147, 148, 151, 154, 156, 158, 164, 165 e 169; eLUDIN,
1995, p.
291-296
e 301-308).No
manual
editado por Ludin,além do método
usual, asvelocidades e latências distais são expressas
em
fónnulascom
correção para a idade(LUDIN,
1995, p. 301-308).O
cálculo de percentis, estabelecendocomo
limitesdo
normal O percentil 2,5 e O percentil 97,5,
também
é utilizado,mas
envolve a necessidadede
uma
amostra maiorno
estudo normativo, estimada entre 120 e300
indivíduos(REED
e col., 1971;ROBINSON
e col., 1991; eO°BRIEN
eDYCK,
1995). Outra maneira de expressar os valores de referência nos estudos decondução
nervosa é atravésde valores relacionados à
média
(MRV),
calculados através da equaçãoMRV
=
(x -M)
/1.7.
VARIABILIDADE
INTRA-EXAMINADOR
EINTER-EXAMINADOR
No
ESTUDO
DA
coNDUÇÃo
NERvosA
A
reprodutibilidade éuma
característica essencial a qualquermétodo
diagnóstico
(FLETCHER
e col., 1989, p.46).Nos
estudos decondução
nervosa,múltiplos são os fatores que
podem
levar à variação dos achados,mesmo
que a técnicaseja respeitada estritamente.
Dez
avaliações seriadasem
um
mesmo
indivíduo porum
mesmo
examinador
duranteum
período de 3meses mostraram
um
coeficiente devariação de 2,2 a 5,6
%
nas velocidades decondução
motora, e de 3,8 a 6,7%
nasvelocidades de
condução
sensitiva (ortodrômica).O
coeficiente de variação nasamplitudes foi maior, 8,5 a 15,7
%
nos potenciais motores e 26,9 a 32,1%
nospotenciais sensitivos
(BLEASEL
eTUCK,
1991). Errosna medida
das latências,na
medida
das distâncias,na
estimativado
ponto real de estimulação, e variaçãono
posicionamento dos eletrodos captadores são
enumerados
como
fatores que contribuempara estas diferenças
(BLEASEL
eTUCK,
1991). Estudos seriadosonde
os eletrodoscaptadores são retirados e recolocados
mostram
maior variação que estudos seriadosonde
os eletrodos são mantidos posicionados(HONET
e col., 1968).A
variaçãotambém
é maior entre observadores (inter-observador) que entre omesmo
observador(intra-observador)
em
estudos seriados(CHAUDHRY
e col., 1991).Antes de estudar o patológico, o neurofisiologista deve conhecer
criteriosa e minuciosamente o normal e suas variações para poder reconhecer o anormal
conhecimento preciso dos limites da normalidade para cada
um
dos diversos parâmetrosaferidos pelo método.
Como
diversos fatores, fisiológicos e técnicos,podem
afetar osvalores obtidos tanto
no
estudoda condução
nervosa quantona
eletromiografia,recomenda-se que cada laboratório de neurofisiologia clínica proceda seu próprio estudo
normativo
empregando
suas técnicas e seu equipamento habitual deexame
(OH,
1993,p
39). Este é o objetivo primordial desta dissertação, possibilitando a realização posterior
2.()BJETIVOS
Detenninar os valores de referência de latências distais, amplitudes dos
potenciais de ação, duração
do
potencial de ação distal, e velocidades decondução
motora
máxima
dos nervos mediano, ulnar, radial, fibular e tibial;em
adultos de20
a 503.1'l0S.
Determinar os valores de referência de latências distais, amplitudes e
durações dos potenciais de ação, e velocidades de
condução
sensitiva dos nervos mediano, ulnar, radial e sural;em
adultos de20
a 50 anos.3.CAsUÍsT1cA E
MÉTODOS
3.1.
CASUÍSTICA
Foi realizado
um
estudo descritivo transversal,em uma
populaçãocom
idade entre
20
e50
anos, clinicamente livre de doenças neuromusculares.Tamanho
da
Amostra
Foi desenvolvido
um
modelo
para a determinaçãodo
tamanho
dadeterminou-se que o intervalo de
95%
deconfiança
damédia
(calculadocomo
maisou
menos
1,96vezes o erro padrão
da
média)não
deveria exceder10%
da
média
de cada latência distale velocidade de
condução
estabelecida.Caso
estes limites não fossem atingidoscom
os30 indivíduos iniciais, prosseguir-se-ia
na
coleta de dados até que estas condiçõesfossem satisfeitas.
Seleção
da
Amostra
Critérios
de
inclusão:Todos
os voluntárioscom
idade entre20
e 50 anos que após explicado o procedimentodo
exame
aceitaram fazer partedo
estudoforam
submetidos sequencialmente a anamnese,exame
fisico,exames
complementares (glicemia de jejum,creatinina sérica e
volume
corpuscularmédio)
e estudo dacondução
nervosa.Se
preenchidos os critérios de exclusão
em
alguma
das etapas, o voluntário foi consideradoinapto para o estudo, não se prosseguindo
com
os testesno
mesmo.
Critérios
de
exclusão:a.
Ananmese:
sintomas de doenças neuromuscularesou
doençasreumatológicas que
possam
afetar o sistema nervoso periférico; história de doençasneuromusculares
ou
doenças reumatológicas quepossam
afetar o sistema nervosoperiférico, diabetes mellitus, alcoolismo, uso de
medicamentos
tóxicos para o sistemaneuromusculares; história de trauma ao sistema nervoso periférico; e história de uso de
marca-passo cardíaco.
b.
Exame
físico e neurológico: sinais de doença neuromuscular.c.
Exames
complementares: glicemia de jejum elevada, creatinina séricaelevada e
volume
corpuscularmédio
elevado.3.2.
MÉToDos
De
cada voluntário apto para o estudoforam
colhidos os seguintes dadosgerais: idade, sexo, dominância cerebral, altura e peso.
De
cada voluntário apto para o estudofonn
avaliadas acondução
nervosamotora
dos nervos mediano, ulnar, radial, fibular e tibial; e a sensitiva dos nervos mediano, ulnar, radial e sural, à direita e à esquerda, sendomensuradas
as latênciasdistais e proximais, amplitudes e durações dos potenciais e velocidades de
condução
máxima
motora
e velocidades decondução
sensitiva.As
fichasdo
protocolo utilizado encontra-seno
Apêndice
I.Métodos
Neurofisiológicos:Eletromiógrafo: todos os
exames foram
realizadoscom
omesmo
aparelho e
no
mesmo
local (ClínicaMédica São
LucasSC
Ltda., Florianópolis). Foiutilizado
um
eletromiógrafoNeuropack
2,Evoked
PotencialMeasuring
System,MEB-
7202K,
Nihon
Kohden,
Tokyo, Japão.Estímulo: foi utilizado
um
estimulador de superficie(NE-420S,
Nihon
Kohden, Tokyo,
Japão),com
distância entre o catodo eanodo
fixa
em
2cm,
capaz detransmitir
um
pulso quadradocom
duração de 0.05 a 1ms
e intensidade de até50
mA.
A
intensidadedo
estímulo foi determinada pela técnica de estimulaçãosupra-máxima no
estudo das conduções motoras (estímulo cerca de
30%
maior que aquele capaz de gerarum
potencial de amplitude máxima).Na
estimulação dos nervos sensitivos utilizou-setécnicas antidrômicas.
Captação: foram
utilizados captadores de superfícieem
forma
de disco(NE-12lJ,
Nihon
Kohden,
Tokyo, Japão)no
estudo dos potenciais motores eno
estudodos potenciais sensitivos dos nervos sural e radial; e
em
anel(NM-450S, Nihon
Kohden,
Tokyo, Japão)
no
estudo dos potenciais sensitivos dos nervosmediano
e ulnar.Tempo
de
varredura:20
ms
por divisão~
Sensibilidade:
2000
microvolts(pV)
por divisao nos estudos motores eBanda
de
Filtragem: 2Hz
a 10kHz
nos estudos motores,20
Hz
a 2kHz
nos estudos sensitivos dos nervos radial,
mediano
e ulnar, 1Hz
a 2kHz
no
estudosensitivo
do
nervo sural; e filtroAC
de 60Hz
nos estudos motores e sensitivos.Controle
de
temperatura: a temperatura ambiente foi mantidaacima
de26
°C; e a temperatura cutâneamedida
na extremidade distal dosmembros
superiores e inferiores direitosacima
de 31°C. Foi utilizadona mensuração
da temperatura cutâneaum
termometro digital de superficie Ama-digit ad 15 th, Amarell Electronic,Kreuzvvertheim,
Alemanha.
Medição:
a. Latências:
Nos
estudos motores a latência foimedida
entre o artefatode estímulo e o início
da onda
negativa inicial.Nos
estudos sensitivos a latência foimedida
entre o artefato de estímulo e o início daonda
negativa inicial e, entre o artefatode estímulo e o pico
da
onda
negativa inicial (Figuras 1 e 2).b. Durações dos potenciais evocados:
Nos
estudos motores a duração foimedida
entre o início daonda
negativa inicial e oretomo
à linha de base após aonda
positiva.
Nos
estudos sensitivos a duração foimedida
entre o inícioda onda
negativainicial e a primeira intersecção
com
a projeção da linha de base (Figuras 1 e 2).c. Amplitudes dos potenciais evocados:
Nos
estudos motores a amplitudeprojeção
da
linha de base.Nos
estudos sensitivos a amplitude foimedida
entre os picos das ondas negativa e positiva (Figuras 1 e 2).FIGURA
1-Medidas
de
latência, amplitudes eduração no
estudoda
condução
nervosa
motora.
_/
É
.fi\\
.X/
/I \\ Í\ pico negativo amplitude
'R
\
amputude
FIGURA
2 -Medidas
de
latências,amplitude
eduração no
estudoda
condução
nervosa sensitiva. latência duração *_ ~`-~__` .`_ .¡\\ \ zzzêzzâz . «{"P1ff1«_¡= inicial 17160 1117160 latência pico a pico duração
d. Distâncias:
As
distâncias entre os pontos de estimulação, e entre o ponto de estimulação distal e acaptação, foram medidascom
fita métrica pela superficiee. Velocidade de
condução
nervosamotora
máxima
e velocidade decondução
sensitiva:As
velocidades foram calculadas utilizando as diferenças entre as latências e as distâncias entre os pontos de estimulação, e, nos estudos sensitivos,utilizando a latência distal e a distância entre o estímulo distal e o ponto de captação.
Embora
oNeuropack
2,Evoked
PotencialMeasuring
System,MEB-
7202K,
possua sistemas demarcação
automática de latências e amplitudes, amarcação
foi procedida
manualmente
pelo examinador, sendo utilizado oprograma Nerve
Conduction Velocity 1,
Nihon
Kohden,
Tokyo, Japão,no
cálculo de velocidades eamplitudes.
A
medida
das durações foi procedidamanualmente
através de cursoresverticais
do programa Nerve
Conduction Velocity 1,Nihon
Kohden, Tokyo,
Japão.Locais
de
captação, estimulação e aterramento:Os
estudos dacondução
nervosa,com
excessãoda
avaliação dos nervossurais e
da
posiçãodo
membro
superior nos estudosdo
ulnarmotor
e radial sensitivo emotor,
foram
realizadoscom
os voluntáriosem
decúbito dorsal.A.
Condução
Nervosa
Motora
a.
Nervo
Mediana
(Figura 3)Captação
l
Eletrodo Ativo (G1):
m.
abdutor curtodo
polegar (eminência tenar)Eletrodo Neutro (G2): articulação metacarpo-falangeana
do
II27
Aterramento: punho. Estimulação
#1.
punho
(região anteriordo
punho, a 80mm
do
eletrodo ativo)#2. cotovelo (terço proximal da região anterior
do
antebraço, junto aotendão
do
m.
biceps braquial)#3. axila (terço proximal da região medial
do
braço)Durante a estimulação, principalmente
no
punho
ena
axila, é primordialobservar a morfologia
da onda do
potencialmotor
obtido, necessariamente semelhanteàs ondas dos potenciais distais,
uma
vez que frequentemente existe estimulaçãoconcomitante
do
nervo ulnar,deformando
aonda do
potencial e alterando amedida da
latência, amplitude e duração.
Figura
3 -Captação,
estimulação eaterramento
no
estudodo nervo
mediano motor
(vide texto
acima)
G2
É
Terra
0`_~..ø-:____._.-Q--"'_¶
É#1
i#2
i#3
b.
Nervo
Ulnar (Figura 4)Captação
Eletrodo Neutro (G2): articulação metacarpo-falangeana
do
V
quirodáctilo
Aterramento: punho.
Estimulação:
#1.
punho
(lado medialdo
terço distalda
região anteriordo
antebraço, a80
mm
do
eletrodo ativo)#2. pós-cotovelo (lado medial
do
terço proximalda
região anteriordo
antebraço, cerca de 50
mm
distal ao sulco ulnar)#3. pré-cotovelo (lado ulnar
do
terço distal da região anteriordo
braco,cerca de
70
mrn
proximal ao sulco ulnar)#4. axila (terço proximal
da
região medialdo
braço)`
A
distânciamínima
entre os pontos de estimulação pós e pré cotovelosfoi de 100
mm.
O
antebraço foi mantido fletido sobre o braço (ângulo deflexão
de cercade 135 graus) durante a estimulação e
medida
das distâncias.Figura
4 -Captação,
estimulação eaterramento no
estudodo nervo
ulnarmotor
(vide texto
acima)
Terra
_-
7\;
/X
ví
M,
.Í __.-1.-_.
_til
#3
c.
Nervo
Radial (Figura 5)Captação
Eletrodo Ativo (G1):
m.
extensor própriodo
index (terço distalda
regiaoposterior
do
antebraço).Eletrodo Neutro (G2): processo estilóide da ulna.
Aterramento: punho.
Estimulação:
#1. antebraço (lado ulnar
do
terçomédio
da região dorsaldo
antebraco, a80
mm
do
processo estiloideda
ulna,30
a 60mm
do
eletrodo ativo)#2. braço (região lateral
do
braço,no
sulco entre om.
braquiorradial e om.
biceps braquial, cerca de 60mm
do
epicôndilo lateraldo húmero)
O
antebraço foi mantido pronado durante oexame
do
nervo radial motor.Figura
5 -Captação,
estimulação eaterramento no
estudodo nervo
radialmotor
(vide texto
acima)
d.
Nervo
F
ibular (Figura 6)Captação:
Eletrodo Ativo (Gl):
m.
extensor curto dos dedos (região lateraldo
dorsodo pé)
Eletrodo Neutro (G2): articulação metatarso-falangeana
do
V
pododáctiloAterramento: tornozelo.
Estimulação:
#1. tornozelo (região anterior
do
tomozelo, a 80mm
do
eletodo ativo).#2. cabeça da fibula (terço proximal
da
região lateralda
pema).#3. cavo poplíteo (região lateral
do
cavo poplíteo)Figura
6 -Captação,
estimulação eaterramento
no
estudodo nervo
fibularmotor
(vide texto
acima)
G2 G1
Terra
Vl~
É \\ _ ~¬- __¿__;
Q O g - _.
Qíiflflä
\
e.
Nervo
T
ibial (Figura 7)Captação:
Eletrodo Ativo (G1):
m.
abdutordo
halux (região medialdo
pé)Eletrodo Neutro (G2): articulação metatarso-falangeana
do
I pododáctiloAterramento: tornozelo.
Estimulação:
#1. tornozelo (região medial
do
tomozelo, a 60mm
do
eletrodo ativo).#2. cavo poplíteo (região central
do
cavo poplíteo)Figura
7 -Captação,
estimulação eaterramento no
estudodo nervo
tibialmotor
(vide texto
acima)
Terra
Z?í`~
>~xl.-
' fl.lÍ _ 0--"" .\...z"'-_.-*_-_--í
_
G2 G1
#1
#2
B.
Condução
Nervosa
Sensitivaa.
Nervo
Medíano
(Figura 8)Captação:
Eletrodo Ativo (Gl): articulação metacarpo-falangeana
do
II quirodáctilo.Eletrodo Neutro (G2): articulação interfalangeana distal
do
IIquirodáctilo.
Aterramento: punho.
Estimulação:
#1.
punho
(região anteriordo
punho, a 140mm
do
eletrodo ativo)#2. cotovelo (terço proximal da região anterior
do
antebraço, junto aotendão
do
m.
bíceps braquial)Figura
8 -Captação,
estimulação eaterramento
no
estudodo nervo
mediano
sensitivo (vide texto
acima)
G2
G1
‹›-:tw
'W-1
W
b.
Nervo
Ulnar (Figura 9)Captação1
*ma nivomltáría
U
F
S
C
Eletrodo Ativo (G1): articulação metacarpo-falangeana
do
V
quirodáctilo.
Eletrodo Neutro (G2): articulação interfalangeana distal
d
quirodáctilo.
Aterramento: punho.
Estimulação:
#1.
punho
(região antero-medialdo
punho, a 130mm
do
eletrodo ati#2. cotovelo (sulco ulnar,
na
região medialdo
cotoveloo
V
vo)
Figura
9 -Captação,
estimulação eaterramento
no
estudodo nervo
ulnar sensitivo(vide texto
acima)
Terra
x/ffx
tíí;
AÊ/
-É
...z-,-_¬-_-z.-\
G2 Gl
¶~#l
l#2
c.
Nervo
Radial (Figura 10)Captação: