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- è % °UNIVERSIDADElFEDBRALfiDg§šäfiÉAf€ÀTAR1NA CENTRÓ-DE;ciÊNc1Asfbglsaúflfl
UEPARTAMENTQ nz CLÍNICA cmaúkéxbà
c 1VRƒÚ R G 1
A
n 3--VÃ
L"ÚV§_L A .C A R D Í-A ~ L . _› ..›‹ _ % \ * MEDICINA '- +,£§öRiÃNóPoL1s, NQVEMBRQ DE 1987-\ z , ` ' . ` `
A
G=R À DVE C I M.E N T O S Í ›Ao Doutor Théo Bub, por seu apoio e orientação. '
Aos funéionáfíõs do Serviço de Arquivo Médico e estatís-
Í N D 1 c E REsUMo.; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . _. 04 1NTRoDUÇÃo..,.,.,;.z . . . . . . . . . . . . . ... 05 _ ‹ I - ,_ .. .. CASUISTICA E METODOS;... . . . . . . . ... . . . . . . . . ..,. 06 REsuLTADos.;;..;.z . . . . . . . . . . . ... . . . . ... . . . . . . .. 07 ... DISCUSSAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 15 CONCLUSÕES. . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 18 BIBBIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 19 \
RESUMO
Os autores realiiaram um estüdo rëtrãšäëëfiíëë dê 112 ipa*
cientes portadores de yalvúlopatia ëääãíäšä, süñmëtidöš«á correção
cirúrgica, no.Hd$Êitáí Governador Ôëišë fiàãëš Éfiâëâäâfiof ~«Florian§
polis, no periodo de janeiro de 198€ ã Éfilho de i98?é
A iõoao dos poçioofos foi pfèäëfiíúáfifio oo grupo-ao-ai à 4o
anos perfazendo um total ao sã oooós f33,Óâ%j,.àéfiõ féfiífiinóíäagüàí
raça branca (99,10%§, gendo 66_pacieñteš~(Ê8¡§É%Y pfoäëâëñteši -do
interiort do Estadp.de ãanta Catarina; `
O tempo total de internação Íóilde 25¿4 días;
_
~-
Dentro dos antecedentes, ób$ëfvofi~së ëömö fatófésƒmáisfffêe quentes_a cirurgia prévia ,de Vá1vuiä_êäfdÍacá (§Õ,3Ê%Í¡-febre red;
mátioâ (29,46%) eíopaoçordito bacteriana (i1,6%Í. `
-
. z
_ 'Â Os tipos de valvúlopatias predominantes foram ä eštenóSe.mi
tral (22,32%), valvúlopatias associadas (21,46%)-e estenose ~aórti+
oo ‹9,82%›. 4
~ ~o
oz
_'1A cirurgia mais realizada foi~ä troda de válvula mitral
(41,07%), seguida da troca de válvula áÕrtiëa.(Ê8,57%).e da.comissg»
rotomia mitral (19,64%). _
-u V
_ '
Os sinais clínicos de_maior deštaque'föramä díspñéiaf .dor
torácica e_edema. .
›
i H.
Foram implantadas 86 próteses bioíógiéás e.l2'pr6téšes_met§
licas. -
' "
o
g No pÕs~operatÕrio imediato, as comfilicações de ñáior'Tinci¢ dëncia,fforam as aarrfitmias, bloqueio átrio=ventficÇ1ar`de- primeíë
ro grau (B.A.V.`19 grau), distúrbio de condução no feixe de Hiss,
e no pôs-operatório tardio, a infecção-respiratória, o derramétpleg
4:' - ¡
_ -- > "'
ral, e`a insuficiência cardlaca congestiva; g
Dos 112 casos estudados, 5 pacientes evoluíram para Óbito,
INTRODUÇÃO.,
g
'*'A substituição válvular constitui-se em prática 'frequente
e muito tem contribuido para melhoria da qualidade de vida do _pa-
ciente (6, 14). -
~
'
V
`
A opção cirúrgica no tratamento das valvulopatias iniciou-
se em 1953, quando Hufnagel e col implantaram a primeira válvula
artifical na aorta descendente de um paciente portador de regurgi tação aórtica (14). As primeiras substituições de válvulas doeg tes foram realizadas 7 anos depois com sucesso por Harken e cols
e Starr'& Edwards que utilizaram próteses metálicas (6, ll. 14).
- ~ o - 1 0 «
.
A substituição das valvulas cardiacas e a terapeutica, em pregada para a correção da maioria das disfunções valvulares, quag
do as medidas conservadoras são ineficazes para compensar os dis- túrbios do aparelho valvular (2,-3, 6, 10, 13, 14, l9).'* ”
.
~ _
"
Atualmente, as próteses cardíacas sao divididas em dois grandes grupos: mecânicas e biológicas com vantagens e desvanta-
_gens inerentes a cada modelo (3, 10, 13, 14).
'Í As origens das doenças causando
a desordem valvular .ini-
'cial e aunatureza imperfeita das próteses cardíacas tornam as
ope-~
raçoes métodos paliativos (17). ~ Ú
_
'
A O resultado ideal de uma cirurgia de válvula cardíaca KNC)
é um paciente capaz de desenvolver suas funçoes, bem como, ter uma convivência natural com seu ambiente. '
V
.
'
_ O propósito deste estudo é a observação de 112 prontuários
de pacientes submetidos a cirurgia de válvula cardíaca no HGCR -
Florianópolis, caracterizando basicamente, o tipo de -valvulopatia
mais frequente, o tipo de cirurgia realizada e a evolução no pós-
operatório imediato e tardio. _
*
.
1
cAsuVÍs'r1cA
Emiãrono
_ Foram avaliados retrospctivamente'l12.prontuãrios de pacien- tes submetidos a cirurgia de correção de vaivulopatias cardíacas, no período de janeiro de 1986 ã julho de 1987, internados no Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis,
V
.- na n
Foram estudados dados como; tempo de internaçao, tempo de
-permanência hospitalar-põs4cirurgia, diagnóstico, antecedentes pato-
lógicos, sinais e sintomas predominantes, tipo de cirurgia, complica
ções precoces (até 72 horas do pdseoperatório),ucomplicašões tardias (considerando o periodo após 72 horas até a alta hospitalar) e indie
ce de mortalidade. V
_ _ __
» ¿ú__»
j a A idade dos pacientes variou de 12 anos a 78 anos . (média
de 39,7 anos) e eram À6_do sexo masculino e 66 do sexo feminino,seg
'
ido 111 da raça branca e somente 1'da negra.
C
'Quanto a procedência os pacientes foram distribuidos como
pertencentes da grande Florianópolis e cidades do interior do Estado
de Santa Catarina. _ _- ‹» _:
-
_ _
C
Em relação ao tipo de próteses foram utilizados T válvulas
bioldgicas e mecânicas; p z '. L _ _ » _ , _ _ ' .
_ Correlacionamos as seguintes variáveis: sexo e faixa etaria
com o tipo de valvulopatia mais frequente nos pacients submetidos a
cirurgia; _
V
Como - este trabalho trata-se de um estudo retrospectivo, pro~
. -
,
` ' curou-se registrar o maior número de dados disponiveis nos prontua
rios e posteriormente discuti-los. _, *
\ \
R EMS UÃL T A D O S
No periodo compreendido entre janeiro de 1986 e julho 'de
1987, 112 pacientes portadores de valvulopatias cardíacas, foram sup
metidos a cirurgia de correção no HGCR - Florianópolis.
-
O tempo total de internação oscilou entre 02 dias e 64 dias
(média: 25,45 dias) e o tempo de permanência hospitalar no pÓs=operg
tório variou de 18 horas a 52 dias (média: 10,94 dias). -
~ A maioria dos pacientes, 66 (58,92%), eram procedentes do ig
terior do Estado de Santa Catarina (Tabela I)¬ _
-
- ~ - A
TABELA If- cvc ¢-n1sTR1BU1çAo sEcuNno A PRQCEDENCIA
1 › 'z 'HGCR - Fpolis-ë'qageir0 1986 à Julho - 1987 PROCEDÊNCIA _ ':,: N _z% _ Interior do Estado 66 58,92, _Grande Florianópolis 46 " 41,08 TOTAL 112 - .lO0,00 FONTE§ SAME dO HGCR ' ' O
..Notou-se predominância no sexo feminino: 66 mulheres (58,92%)
e 46 homens (41,08%), estabelecendo-se uma relação de 1,4/lf. (Tahg
la II). .
V O 1¿¡ A- _
~
` O
TABELA II - CVC ~ DISTRIBUIÇÃO POR SEXO
” O
HGCR + Fpolis - Janeiro 1986 a Julho 1987
sExon_ z N . %~o Feminino _ 66-` 58,92 Masculino O '46 41,08' V TÓTAL 112, 1oo,oo r FONTES SAME do HGCR O '
Óbservou~se a maior incidência de CVC.na raça branca (99,l%),
TABELA III
A idade dos pacientes teve como valores limítrofes 12 anos
_ 'e
78 anos (média: 39,7 anos), verificando-se um predomínio no grupo que compreende entre 31.e 40 anos (33,03%), Notou-se 49 99° dos ca- `. sos incidindo na faixa etária
de 21 a 40 anos. (Tabelas IV e
TABELA IV
-2
TABELA
V
~- cvcr~ DISTRIBUIÇÃO POR RAÇA
HGCR - Fpolis - Janeiro 1986 à Julho 1987
` RAÇA 1.... _ N-1 o 6.... Branca lll Negr TOTA a 001- L ' 112 .99,lÓ 00,90 100,00 FONT cvc5# HGCR E5 SAME do HGCR ~
'DISTRIBUIÇAO SEGUNDO IDADE z
- Fpólis - Janeirç 1986 à. Julho 1987
IDADE A(em'anos) ¬ N.. . % 10 H 21 E 31 H 41 H 51 H 2o ¿ 11 30 3 19 401 37 50 ' 15 60 20 ‹õ1 H f71 H TQTAL x'70 . 08 80 ' ' 02 112 09,82 16,96' 33,03 13,39 17;e5 07,14 01,81 100,00 FONTE
cvc 4 DISTRIBUIÇÃO DE AcoRDo com A FAIXA ETÁRIA
z SAME do Hscnzz
PREVALENTE › ._
HGCR - Epó1is --Janeiro 1986-à Ju1hQ 1987
FAIXA ETÁRIA (anøs) . _ N ..W .%
31 .H 33 H 35 H 37
H
39' H TOTAL 32 * 11 34 02 36' O6 38f ' 05 40 13 37 29,73 05,40 16,21 13,51 35,15 100,00 FONTE: SAME do HGCR09 Dos prontuários analisados 33 casos (29,46%) tinham antece- dentes de febre reumática, 13 (11,60%) com história de endocardite bacteriana. A associação com insuficiência coronariana foi verifica
da em 5 casos (2 estenoses aórtica, 1 dupla lesão aórtica, 1 insufi¬
ciência aórtica, 1 insuficiência mitral), sendo que a idade destes pacientes foi em média de 58,6 anos. _
'
0 antecedente de cirurgia prévia foi o mais verificado, oco;
rendo em 37 casos (30,35%) - Figura I. _
'1'dIOIzCII% 100' ím‹ 8:)- 70.. 60 50 . | _ ;__
_.
PRÉVIA ___ EEBRERE11wÁflc:¢x_ ~ V ^ ‹ 1 _4,-1
I _ ao __ _ 3°. 35 .ff-i;29_'4õ Z); __ _ 1° ` i1;60` J ~ ~ ~ ...mu f¶£W\I~ Rxamnalddsámxskmesmsfmqxnasenmnuais empxúmfissümafidnaaütrnrflflxbzhim) l%£ àzju1hó19s7-rpoljs-m. á \Quanto ao diagnóstico dos pacientes submetidos a CVC, pode- se notar que a patologia de maior incidência foi a estenose mitral
(22,32%), seguido_de patologias associadas (21,46%), . _esten0se
TABELA VI - CVC - DISTRIBUIÇÃO POR DIAGNÓSTICO
HGCR - Fpolis - Janeiro 1986 ã Julho 1987
N DIAGNÓSTICO o fa 25 24 11 1o os 08 07 07 os 05 O2 112 Estenose Mítral Valvuhxxujas Assocflmkm Estenose Aórtica .Insuficiência Aórtica Ilmúa Leášaüütral
Disfução de Válvula Mitral
Insnficfiämiabfiiraln
Reestenose Mitral
~
Ihmfla Lesx>Aómtica
~
Disfuçao de Válvula Aórtica'
Estenose Pulmonar ' ` ' 1 TIHÊL ' ` 22,32 21,46 9,82 8,92 7,14 7,14 6,25 6,25 4,46 4,46 1,78 00,00 AFONTE: SAME do HGCR
Os sinais e sintomas mais frequentes podem ser o
guida por dor torácica em 38 casos (33,92%),_edema em 34
(30,35%), palpitação em 22 casos (19,64%), síncope em l4
%DO¶UEL _ 100¬. 9o~ "
801.5
xzsv _ 70- 33- w..I.|uR
Emma smuxn _ V "1964' H" A bservados naFigura II. Dos 112 pacientes, 88 (78,57%) apresentaram dispnéia, sg
(12,5%), hemoptise em 7 casos (6,25%) e febre em O2 casos (2 67%)
10, V» ' 1250 luuuHlIII¶Hfifl¡ Ê ao V °'25 2.57 I! Í" Fi;maII-Rxuamuflxís:ãnúseaskmmasnaü;ñmqxnus‹maztnfbsenpafiqʧ§___" .- sbretjcbsaCVCmHGCRmperiaiJdejaneirode1.985aju1h: de
rs?-nmns-sc§
.`
Correlacionou-se a faixa etária média e o sexo com o tipo
~ ,
de valvulopatia encontrada nos pacientes submetidos a correçao ci
rúrgica, ficando da seguinte maneira distribuidos;(Tabela VI)
cvc - CQRRELAÇÃ0 ENTRE 0 sEx0 E_A IDADE MÉDIA
com 0 TIP0 DE vALvUL0PAT1A QPERADA
HGCR f-Fpolis f Janeiro 1986 ã Julho de 1987
TABELA VII - ._... .z. _ __.-.._..._. . ... ._.._ ., ___- . _ ....____ -_.. , _ ..._ _-- ›-.-
_
,,.. _” 1, __,-___,___ , __.___________ _ _ _ , O~ TIPO DE ~ ' SEXO A IDADEPATOLOGIA MASCULINO FEMININO MÉDIA
` il' N % N ' % (flnfltris) Rmanäbfiüal 003 WflMflq§mmsagnjahs.14
Eflrseaâikn
05 I Eu :Ô ‹ Í 1 nrúalašbnúual 03 númuçãâwümflâmmrm. 02 g Eznfkúêzâanúuzl 03 ,Hsanmeniual
01 n;mâmâãoaámàz 03 núúuzãøvämflaaàmàz 04 _E¶BrsepúmuHr O1 12,00 58,33 45,45- 70,00 37,50 25,00 42,85 14,28 60,00 80,00 50,00 Í. `.22 88,00 muõõ 54,54 30,00 62,50 `75,00 57,14 85,71 40,00 20,00 '50,00 43,1 37,1 51,9 35,8 38,3 32,0 37,5 38,1 33,6 45,8 29,0 -FONTE: SAME do HGCRDas cirurgias realizadas a troca de válvula mitra1 foi _ a mais frequente; ocorrendo em 46 casos (41,07%), seguida da troca de
válvula aórtica (28,57%), da comissurotomia mitral em 22 casos
(19,64%), das quais quatro se acompanharam de papilotomia (18,18%),
dois de troca de válvula aórta (9,09%) e um de valvuloplastia aórti
ca (4,54%). A dupla troca (troca de válvula aórtica + troca de vá;
yula mitral) ocorreu em dez pacientes (8,92%). V
Em dois casos foi realizado valvulotomia pulmonar associada
~ ~
a correçao de comunicaçao inter-atrial (l,8%) - Tabela VIII.
TABELA VIII - CVC ~ DISTRIBUIÇAO SEGUNDO ~ \ O TIPO DE CIRURGIA
" .HGCR - Fpolis 4 Janeiro 1986 ã Julho 1987 _ TIPO DE CIRURGIA , N % ¶roca‹kavábnúa1mü1a1 Tnxa‹k§váhmLaaófifica Omdssunmxmúarúxral Dqfia¬uxna' Vabnflouuúa pmmnmar ÍRÚEAL 546 32 22 10 02 112 41,07 28,57 19,64 08,92 01,80 100,00 F0NTEz SAME do HGCR
O número de pacientes reoperados foi de 34 (30,35%), sendo
12 casos (35,29%) de comíssurotomia mitral, ll de casos (32,35%), de
troca de- válvula mitral, 06 casos (17,64%) de troca de válvula aór-
tica, O3 casos (8,82%) de comíssurotomia mitral associada a troca
,.
de válvula aórtica e O2 casos (5,09%) de dupla troca (Troca de valyg la aórtica + troca de válvula mitral) - Tabela IX.
A TABELA IX - CVC - DISTRIBUIÇÃO SEGUNDO
O TIPO DE "CIRURGIA
'
REALIZADA NOS PACIENTES REOPERADOS
'A HGCR - Fpolis - Janeiro 1986 à Julho 1987
TIPO DE CIRURGIA N %
Qmúsmuoumúalúiral 12
,Irecê de válvula mitral ;11
Troca de válvula aórtica O6-
CD¢+›T\7A* _O3
Dmwa
umha O2 34 TOTAL, ' ~ 35,29 _» 32,35' ~- 17,64 08,82 -05,90 ` 100,00 FONTE: SAME do HGCR * CM: Comissurotomia Mitral --TVA: Troca de Válvula Aórtica
~ .Ao todo foram implantadas 98 próteses cardíacas, sendo_, 56
(57,14%) na posição mitral e 42 (42,86) na posição “aórtica. Do to-
tal das próteses, 98 (87,57%) foram biopróteses.
Das 56 próteses mitrais implantadas, 53 (94,64%) foram bio- prótese e O3 (5,36%) próteses metálicas.U Na posição' aórtica, veri~ ficamos 33 (78,57%) biopróteses e O9 (21,43%) próteses metálicas (Tg
bela X). ' ~
'
.TABELA x - cvc - TIPOS DE PRÓTESES
7
`
V '
5. 4-¢HGCR - Fpolis - Janeiro 1986 ã Julho 1987f
` TIPO DEE ; , ~ PRÓTEsEz N % , N % 33 78,57 09 21,43 42' 1oo,oo Bioprótese 53 - 94,64 › Prótese netálíca os 05,36 TOTAL 56 100,00 FONTE: SAME do HGCR
13
-
No pós-operatório imediato, considerando pacientes com evolg
ção de até 72 hs., as complicações mais frequentes foram as arrit-
mias, com 5 casos (4,46%) de fibrilação atrial, 5 (4,46%) de extras
sistolia ventricular, 5 (4,46%) de extrassistolia supraventricular e
3 casos (2,67%) de ritmo juncional e 102¢ casos (l,78) de taquicar-
dia supraventrícular. Observou-se BAV 19 grau em 14 casos (12,50%),
distúrbio de condução pelos ramos do feixe de Hiss em 13 - casos
(11,60%), BAV total em 3 casos (2,67%).
Verificou-se baixo débito em ll pacientes (9,82%) e 07 casos
(6,25%) de tamponamento por retençao de coágulo que levaram a reopeãi,
ração para limpeza da cavidade pericárdíca. (Tabela XI). - _ TABELA X1 - cvc - coMpL1cAçõEs PREcocEs
_
~
Hscn - Fpølis ~ Janeiro 1986 à Julho 1987
coMPLIcAÇõEs _N % ARRITMIAS _ _ . _` Efizuqáoauúú ' os 04,46 Edräskädüavatrkukm 105 04,46- "
Emfisásfiasqmmexxkukm
305 ”04,46_,Run
jnúnmú *'^ 03 _ 02,67Êqnamäasçmmmuimkm
O2-_ 01,78 EAV 12 grau . 14 12,50 . BAV total - z¿,. 03 202,67 Distúrbio de conduçao 13 11,60 _Bai×o débito_ - _ 11 09,82 _ Tamponamento 07 06,25 FONTE: SAME do HGCRNo pós-operatório tardio, considerando o período após 72 hs.,
até a alta hospitalar, encontramos como complicações mais T
frequen-u
tes, a infecção respiratória em 23 casos (20,53%), seguido de derra-
me pleural em 17 casosÍ(l5,l%) e_insuficiência_cardiaca congestiva;
TABELA XII - CVC - COMPLICAÇÕES TARDIAS
'
Hccn - Fpølis - Janeiro 1986 à Julhø 1987
CoMPLIcAÇõEs - zN o6
núnébzepúmfiúâ
23 -Danmepkufifl V 17 .vrcc 13 Bfidkmdnma O4 neummáa 03 Búxâdâmm 03 ¶mpnma¶o O2 nafiiâêmúarzpíàz 01 Imutkfierairanlagih O1 Dkiugãodeuedepmâxseaàifla. O1 20,53 15,10 11,80 03,57 02,67 02,67 01,78 00,89 00,89 00,89 FONTE: SAME Õ0 HGCR 'Dos 112 casos operados 5 (4,46%) evoluíram para óbito, dos quais 4 cursaram com choque cardiogênico (l complicado com insufici
ência renal aguda e outro com insuficiência hepáticaL e em outro pa-
ciente ocorreu ruptura da aorta 18 hs. após troca de válvula aórti-
D 1 s c U s s à o
, .
A cirurgia de troca da válvula cardíaca, constitui-se em prá tica frequente e muito tem contribuído para a melhoria da _qualidade
de vida de muitos pacientes portadores de doença valvular.
Em nosso estudo,com relação ao sexo, notou-se' predominância
no sexo feminino, revelando uma porecentagem de 58,92%, estabelecen-
do-se uma relação de 1,43:1,00, dado este concordando com alguns dos
trabalhos publicados (1, 14, 15). V
Quanto a raça, encontrou-se notável predomínio na raça bran-
ca, correspondendo a 99,10%, sobre a raça negra (O,9%), concordando
com a literatura (1-3, ll, l3,l9). .
-
5
~
"Neste
estudo a faixa etária prevalente foi de3l a 40 anos,
concordando com alguns fautores, (l4,.l6) correspondente a 33,03%.
z O tempo total de internação_em média de 25,4 dias, é alto se
comparado' com outros estudos (1, 6) em decorrência principalmente
~ . _ - " - /,Í/' rios ~ - ~
do número de dias necessários para.realizaçao de exames pré-operatóifljäw
p
. ;
-
,A
y
W'
Dentre os antecedentes relevantes, merece destaque a histo-
ria de cirurgia prévia por sua_incidëncia de ¬30,35% dos casos estu-
dados. 'Como fatores patológicos conhecidos de risco para o desenvol
vimento de doença valvular cardíaca, a febre reumática e-a endocardi
te bacteriana, foram os de maior incidência encontrados, concordan-
-do-de um modo geral, com a literatura pesquisada (2, 9, 15).
_ 3 '
Dos sinais clínicos analisados nesta amostra, os mais fre-
quentemente encontrados foram dispnéia, dor torácica, edema, e palpi
tação com uma-porcentagem de 78,57%, 33,92%, 33,35% e 19,7% respect;
vamente, além de síncope, hemoptise. e febre, coincidindo com as des
crições de quadro clínico dos diversps tipos de valvulopatia cardía-
ca que requerem intervenção cirúrgica (2, 3, 13, 14, 19).
A doença valvular mais encontrada no grupo dos pacientes es-
tudados, foi a estenose mitral (22,32%), ocorrendo também um grande
numero de valvulopatias associadas bem como, doenças da válvula aõr-
tica. Nos países desenvolvidos ocorre uma maior incidência das vál
vulopatias aórtica, onde nota-se uma menor frequência de febre reumá tica quando comparada com estudos feitos em países _subdesenvolvidos
(3,~19).
16
. que a maioria (87,57%) próteses biológicas.
Segundo alguns autores, apesar da durabilidade 'indetermina-
da, as biopróteses tem sido empregadas largamente em todo mundo des-~
de 1970, em vista das vantagens que apresentam em relaçao as válvu-
'las mecâncias. Dentre elas, sobressaem a redução de acidentes trom-
` ~
-
.boembólicos e de complicaçoes fatais, a dispensa de anticoagulação
e, consequentemente a melhor qualidade de vida que proporciona (2,3,
6, 13, 19). 4
O grau de confiabilidadeëmkdeterminado substituto valvular
deve ser constantemente questionado com base nos resultados a curto,
médio e longo prazos, nas informações experimentais e nas novas dis-
ponibilidades técnicas. '
Os resultados referentesao tipo de cirurgia, mostram que a
troca de_vá1vu1afmitral foi a mais realizada (41,07%), vindo a se-
guir a troca de válvula aórtica e dupla troca com as seguintes por- centagens 28,57%, l9,64%,e 8,92% respectivamente, o que discorda de
Valguns'trabalhos.onde ocorreu um predomínio nas cirurgias`deV troca
da válvula aórtica.(l6, 18). 1 -
'
Em dois pacientes realizou-se a valvulõtomia pulmonar CL80%L
sendo os mesmos portadores de estenose pulmonar, A cirurgia é relati
~ I
'
vamente simples, e os resultados obtidos sao muitos favoraveis mesmo a longo prazo (7,113).
A intercorrência mais observada no pós-operatório imediato
foi a arritmia cardíaca em 20 dos pacientes, das quais as mais. fre-
quentementes encontradas foram fibrilação atrial, extrassístoles ven
triculares e extrassistoles supraventrículares, concordando com os
dados da literatura (5, 12, 17). Cranefield e cols5 relatam que as`
~ ~
arritmias cardíacas, sao uma das complicaçoes mais frequentes no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca com circulaçao '
extra corpórea. Praticamente todos os disturbios do ritmo podem surgir _neste periodo. Diversos fatores contribuem para o aparecimento~ das alterações do ritmo no pós-operatório imediato, como: ÍfiíP°Êen5a°f
baixo débito, tamponamento cardíaco,`distúrbio,e1etro1itico, respira
dor artificial (5, 12, 17). .
Outras complicações observadas foram o baixo débito em ll
pacientes, e o tamponamento cardíaco em 7 pacientes, sendo que 'nes-
tes foi necessária nova intervenção cirúrgica para limpeza de cavida
de pericárdica. English e cols6'8, registraram baixo débito =e tam-
-
. ~
-_ponamento cardíaco no pós-operatório imediato como sendo complicaçao
de alto risco. ~ V
As complicações cardíacas mais encontradas neste estudo fo-
ram: infecção respiratória (20,53%), derrame pleural (15,10%) ~ e
autores (1, 13, 15, 17). '
A mortalidade observada em nošso grupo de pacientes compa- ra-se favoravelmente a de outros centros (1, 6, 13) com um "Índí-
ce de 4,46%. V
~
Vc o N c L U s õ Ezs
~ 1. A idade dos pacientes submetidos a cirurgia de correçao valvular, predomina na 4ë e Sê década de vida (33,03%).
2. Os fatores predisponentes mais importantes para o deseg
volvimento da doença valvular são: febre reumática e zfendocardite
bacteriana. V
.
3. Os sinais clínicos mais encotrados nos pacientes porta-
4.
dores de valvulopatias submetidos a cirurgia são: dispneia, dor
~
torácica, edema, palpitaçao e síncope.
4. A incidência de- pacientes reoperados é de 30,35%.
" `
~
'
5. As valvulopatias mais comumentes encontradas sao: este-
'
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nose mitral, valvulopatias associadas e estenose aortica, respecti
vamente. 1 g
«~' V
.
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'
. 6. A torca de válvula mitral é a cirurgia mais _ .realiza-
_
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g'V .
o
da (41,07%), sendo as proteses biologicas asfde maior . empre-
ga (87,57%). `z -
`Í~ 7. A arritmia cardíaca é a_comp1icação de maior incidência
no pos-operatório imediato; e a infecção respiratória a mais fre-
quente no pós-operatório tardio- -
8. 0 índice de mortalidade observado em nosso meio, refe- rente a cirurgia de válvula cardíaca é de 4,46%. V. .
B I B L I_O G R A F I A 4
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Autor Padel, Carlos Anto
Txtulo Clrurgla de valvula cardlaca