LUIZ
AUGUSTO
MORETTI
AVALIAÇÃO DOS FATORES DE
RISCO AssOc1ADOs
AO
DIABETES
MELLITUS
EM
PACIENTES
DO
cs
11
sAcO
GRANDE
11,FLORIANÓPOLIS
Trabaiho apresentado à Universidade Fede-
ral
de
Santa
Catarina,para
a conclusãodo
Curso
de
Graduação
em
Medicina.
'
Florianópolis
`A
Universidade Federal
de Santa Catarina
2003
LUIZ
AUGUSTO
MORETTI
AVALIAÇÃO DOS FATORES DE
RISCO
ASSOCIADOS
AO
DIABETES
MELLITUS
EM
PACIENTES
DO
CS
H
SACO
GRANDE
II,FLORIANÓPOLIS
Trabalho apresentado
àUniversidade Fede-
ral
de Santa
Catarina, para_ a conclusãodo
_ |_
Curso
de
Graduação
em
Medicina.
Presidente
do
Colegiado:
Prof.
Dr.
Edson Cardoso
-Orientador:
Prof.
Dr.
Marco
Aurélio
da
Rosi
nz'
-
Florianópolis
Universidade
Federal
de Santa
Catarina
AGRADECIMENTOS
«r
Aos
meus
pais,JOSE
MORETTI
e
LIEGE
ZANELLA
MORETTI
e aomeu
irmãoVICTOR
MORETTI,
por todo apoioque
me
deram, não só durante este traba- lho, mas, principalmente, durante todoo
período deminha
faculdade.Agradeço
por todo 0carinho,
amor
e
por todoo
esforçoque
fizer-am paraque
eu
cumprisse essa trajetóriacom
su-cesso.
A
minha
namorada
JULIANA
MACIEL
DE
SOUZA,
pelo seu companheirismo, porsempre
me
apoiare
me
fazer felizem
todosos momentos.
..z;Agradeço muito
ao
Dr Marco
Aurélioda
Ros
pela amizade, paciência e orientaçãodurante este trabalho.
À
minha
tia,LIARA
ZANELLA
MACHADO,
que
me
auxiliou na concordânciadeste trabalho.
As
minhas
colegas,JULIANA
IUZZATTI
eFERNANDA
FIOSERE
PHILLIP,
por te-rem
me
auxiliadona
organizaçãoe
apresentação deste trabalho.Em
especial, agradeço aDEUS,
pela saúde e proteção quesempre
proporcionou amim-e
-a-todosqueamo.
AGRADECIMENTOS
... . .SUMÁRIO
... ..RESUMO
... ..SU1vI1vIARY
... .. 1INTRODUC
-ÃO
...
.. 12
OBJETIVO
... ..3
MÉTODO
... ..4
RESULTADOS
... .. ~5
DISCUSSAO
... ..6
CONCLUSÕES
... ..NORMAS
ADOTADAS
SUMÁRIO
ø o o a o o o Q u u u - ¢ o ¢ a o o o a o o o o oo o o o o ‹ o o o o z ¢ . . o o ú o n ¢ ¢ c c u o ¢ no o o ø o o n n o u n o o o u ou Q Q o Q ø ø o o a o o Q ø a nn ¢ z . . . z z ¢ | ¢ ¢ . z . z. z . ‹ ¢ › ¢ z › ¢ z ¢ z z . .z . . . - . . . . - . .. z ~ ¢ ¢ » ¢ ¢ . . z ¢ . ¢ . nú o o O o o o o o o o o o o u o o o o o o o ouREFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..APÊNDICE
... ..RESUMO
Objetivo: apresentar aspectos
do
perfil socioeconômico e ocorrência dos principaisfatores
de
risco associados ao Diabetes Mellitusem
um
grupo de pacientes deum
CS
de Flo-rianópolis-SC.
mz
Os
dadosforam
obtidos por estudantesem
consultasno
CS
e visitasdomiciliares, através de questionário.
Foram
incluídosno
estudo pacientescom
diagnóstico deDM
oriundos das consultas realizadasno
CS
entre junho e agosto de 2002.No
total,44
paci-entes
foram
inclusos, sendo l9do
sexo masculino e 25do
sexo feminino.A
pesquisa foi deli-neada
através deum
estudo transversal, de caráter descritivo. Resultados:A
idademédia
foide 59,54 anos,
tempo
de diagnóstico foi de 6,16 anos.56,8%
eram
casadasou
encontrava-seem
união estável, recebiam 5,04 salários mínimos.Estudaram
em
média
6,9 anos.45,5%
ti-nham
sobrepeso, e este foi mais prevalente nas mulheres.77,3%
apresentavam glicemiaacima
de l26mg/dl,63,6%
tinham triglicéridesacima
de200mg/dl
e63,6%
tinham resultadodo
colesterol de alta densidade valores
acima
de 35mg/dl.45,5%
dos pacientes apresentavammais
de quatro fatores de risco, eno
universoda
amostra, estenúmero
tende a aumentarcom
a idade.61,36%
eram
sedentários.HA
foi prevalenteem
38,63%,
dislipidemiaem
52,27%,
doença
coronarianaem
27,27%
(HA,
dislipidemia edoença
coronarianaforam
mais preva-lentes
em
idadesacima
de 55 anos), historia familiar79,54%,
diabetes gestacional24%,
histo-ria de macrossomias/abortos
36%,
uso de. medicação hiperglicimiante 22,72%. Conclusão:Os
pacientes diabéticos
em
nossomeio
não semostram
acometidossomente
pelo diabetes,mas
concomitantemente por várias outras doenças (dislipidemia, obesidade, hipertensão,
doença
coronariana). Estas
tendem
a pioraro
prognóstico e aumentar a morbi-mortalidade dosmes-
mos.
Um
controle efetivonão somente da
glicemia, maistambém
dos fatores de risco prova-Vl
SUMMARY
Objective:
To
present socioeconomic aspectsand
major risk factors associated toDiabetes Mellitus in a group
of
patientsof
aHeaht
Care Center(HCC)
in Florianópolis-
SC.Method:
The
datawere
obtainedby
clinic consultations or domiciliary visits performedby
medical students, through a questiomiaire. All the patients with diagnosis
of
DM
consultatedin the
HCC
in the periodof
juneand
august2002 were
included in this study.The
totalnum-
ber
of
patientswas
44. Therewere
19 malesand
25 females. This studywas
delineated as across-sectional
and
descriptive study. _l{¿sul¿s:The
mean
agewas
59,54 years, themean
timeof
diagnosiswas
6,16 years.56,8%
of
patientswere
married orhad
a stable unionand
eamed
5,04
minimum
salaries.The
mean
timeof
scholarshipwas
6,9 years.45,5%were
overweight,and
this variablewas more
prevalent inwomen. 77,3%
had
fasting glucoseplasma
level greater than l26mg/dl,63,6%
had
triglycerides level greater than200mg/dl and
63,6%
had
HDL
level greater than 35mg/dl.45,5%
of
patientsshowed more
than four risk factors, and inthis population the
number
of
risk factors has a tendency to increase proportionally with age.61,36%
were
sedentaries. Hypertensionwas
present in 38,63%, dislipidemy in52,27%,
arte- rial coronary disease in27,27%
(allof
this diseases have show`n to bemore
prevalent in pa-tients older than 55 years
of
age), family history79,54%,
gestational diabetes24%,
past his-tory
of macrossomias
or abortios36%,
useof
hyperglicemiant drug 22,72%. Conclusion:Diabetic patients in our are not only , but also concomitantely
by
many
other diseases (dis-lipidemy, obesity, hypertension, coronary disease). These diseases
Worsen
the prognosisand
increase the morbidity
and
mortalityof
the patients.An
effective control, not onlyof
theplasma
glucose level, but alsoof
the other risk factors probably is a validmeasure
to prevent the occurence or to decrease the severityof
some
complications.1
INTRODUÇÃO
Nos
últimos anos, ocorreram importantes avançosno
estabelecimento de critériosdiagnósticos
do
Diabetes Mellitus(DM)
eno
conhecimento de novas estratégias de trata-mento.
Não
obstante, muitas destas informaçõesnão
estão ainda suficientemente consolida-das, dificultando ao
médico
clínico,que
atende pacientes diabéticos, atomar
decisões funda-das nos preceitos
da
terapêutica alopata tradicionalista 1.O
DM
éuma
síndrome
de etiologia múltipla associada à deficiência absoluta e/ou re-lativa de insulina.
O
DM
também
pode
ser ocasionado peloimpedimento da
insulina realizarsua função nos receptores celulares.
É
caracterizado por hiperglicemia crônica,com
distúrbiosdo
metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas,bem
como
por complicações micro-vasculares, microvasculares e neuropáticas l'2'3*4.
Os
principais locais acometidos peladoença
são os rins, olhos, nervos, coração e vasos sangüíneos 1. Seus sintomas clássicos são poliúria,
polidipsia, polifagia e perda de peso inexplicável l*2*3'4.
Algumas
vezes, porém, os sintomasiniciais são vagos,
como
fadiga, visão borrada, infecções, entre outros 2.A
evolução para hiperglicemia mantida ocorrerá ao longo deum
períodode tempo
va-riável, passando por estágios intermediários
que recebem
asdenominações
de “glicemia dejejum
alterada” e “tolerância à glicose diminuída”, caracterizado por valores glicêmicos situa-dos
entre a normalidade e a faixa diabética 5. Quaisquer dos estágios, pré-clínicosou
clínicos,podem
evoluir paraambas
as direções, progredindo parao
estado diabéticoou
revertendopara a nomialidade
da
tolerância à glicose .A
síndromepode
ser classificadaem
DM
tipo 1(com
destruição das células [3 pancre-áticas),
DM
tipo 2(com
resistência insulínica e deficiência relativada
produçãode
insulina),diabetes gestacional e diabetes associado a outras causas
(como
síndrome de Cushing, tireoto-xicose, acromegalia e feocromocitoma) 23.
O-PM
éum
importanteproblema
de saúde pública, haja vista o grandenúmero
de pa-cientes acometidos 6 e,
uma
vezque
é relacionado a custos elevados, tantoem
seu tratamentoquanto
em
suas complicações agudas e crônicas.Além
disso, adoença
compromete
a produti-2
DM,
bem
como
das complicações, são eficazesem
reduzir o impacto desfavorável sobremor-
bidades desses pacientes.No
mtmdo,
estima-seque
existam 135 milhões de diabéticos e para o ano de2025
éestimado
um
total de300
milhões 6.Dos
quase500
milhões de habitantesda
América
Latina,por volta de 15 milhões são portadores de
DM
do
tipo 2 7.No
Brasil, cerca de90%
dos diabé-ticos são
do
tipo 2,8-9%
do
tipo 1 e -1-2% devido a outras causas,somando,
aproximada-mente, cinco milhões
de
pessoas afetadas 3 .-
Sabe-se `,hoje,
que
onúmero
de pessoas diabéticasvem
aumentando além do
esperadonão
sóno
Brasil,mas
em
todomundo
7.Poderiam
explicar esteaumento
fatorescomo
o en-velhecimento
da
população emudanças no
estilo de vidaU.
O
hábito de fumar, a alimentaçãorica
em
gorduras e o sedentarismo são características deum
estilo de vida de risco, assimcomo
a obesidade L2.A
OrganizaçãoMundial
deSaúde
(OMS)
estimouque
zdas 55.965.000 mortesem
1999,
1,4%
são atribuídas ao diabetes. Para estemesmo
ano,na
América, ocorreram5.687.000 de mortes, sendo o valor delas associadas ao diabetes igual a 3,7%. Calcula-se
que
devido a problemas específicos de registro,o
diabetespode
estar ocasionandoum
número
ainda maiorde
mortesdo que
é reportado, algoem
tomo
de 300.000 óbitos por ano 83.A
doença
cardiovascular é a principal responsável pela reduçãoda
sobrevida de paci-entes diabéticos, sendo a causa mais freqüente de mortalidade 1°. Ideahnente, a eficácia de
tratamento deve ser
medida
em
termos de redução de mortalidade. Estudos que avaliam estedesfecho são muito grandes e dispendiosos.
Em
relação ao tratamentodo
DM
tipo 2,o
estudoque mais
se encaixa nesta linha éo
UnitedKingdom
Prospective Diabetes Study(UKPDS)
que
analisou se o controle rigorosoda
hiperglicemia“dz
eda
hipertensão arterial 13 era capazde reduzir as complicações
do
DM
e a mortalidade.O
aumento da
mortalidade cardiovascular dos pacientes diabéticos está relacionado aoestado diabético
per
se e à agregação de vários fatores de risco cardiovasculares,como
obesi-dade, hipertensão arterial
(HA)
e dislipidimias entre outros.O
esquema
terapêuticodo
DM
deve
também
levarem
consideração a presença destes fatores de risco. Estudo recente de-monstrou que
a adoção de diversasmedidas
de tratamento, dirigidas a vários fatores de risco,reduziu significativamente a evolução de complicações microangiopáticas 14.
A
HA
é cercade
duas vezes maisfieqüente
em
indivíduos diabéticosquando compa-
anti-hipertensivo, reduzindo a incidência de mortalidade por
doença
cardiovascular, tantona
po- pulação geral quantona
diabética l3'16”17”l8'19.O
tratamentoda
HA
sistólica isoladaem
paci-entes
com
DM
tipo 2também
diminuiu muitoo
risco de eventos cerebrovasculares 2°.-
A
dislipidemia é
um
dos principais fatores de risco paradoença
cardiovascularem
pa-cientes diabéticos, cuja influência é maior
que
nos demais 21.As
alterações lipídicas são ahipertrigliceridemia, HDL-colesterol
(HDL-c)
baixo e alterações qualitativas nas lipoproteí- nas, taiscomo
aformação
de partículade
LDL-colesterol(LDL-c)
pequenas e densas.O
LDL-c
denso émais
freqüentena
circulação quanto mais elevadosforem
os níveis de triglicé- rides.O
sobrepesotem
uma
significaçãode
risco muito associada aoDM. É
estimado entre60
e85%
os pacientes diabéticoscom
este fatorde
risco.A
avaliação de seis mil pacientescom
DM
em
1999
reportouuma
distribuiçãodo
Índice deMassa
Corpórea
(IMC), cujo resul-tado foi
que 17,2%
apresentaramIMC
menor
que
25,30%
entre25
e27
eo
restante maiorque
27. ,Peloque
se observou neste estudo,o
sobrepeso e a obesidade são fatoresque
junta-mente
com
dislipidemia,HA,
doença
coronariana,determinam
a presença de diabetes 2223.O
diagnóstico precoce é de fundamental importância,como
foi visto nos parágrafosanteriores,
porém
issonão
émotivo
paraque
todas as pessoas sejam submetidas aexames
para detecçãodo
DM.
O
rastreamentode
pessoascom
DM
na
população geralnão
é reco-mendado
62425, sendoque
este é válido apenas paraas populações
que
apresentamum
ou
mais
fatores de risco associados6.2
OBJETIVO
O
presente estudotem
como
objetivo apresentar a prevalência dos principais fatores derisco nos pacientes diabéticos atendidos
no
Centrode
Saúde
IISaco Grande
II e correlacioná- loscom
dados
socioeconômicos, fornecendo, desta maneira, subsídios parauma
avaliaçãomais ampla
dosprogramas de
atendimento aos pacientescom
Diabetes Mellitos.3
MÉTODO
O
estudo aqui apresentado édo
tipo longitudinal, de caráter descritivo,com
amostra-gem
de44
pacientes, sendo 19homens
e25
mulheres. Foi realizado durante osmeses
de ju-nho
a agosto de2002
(períodoem
que o
pesquisador encontrava-seno
Centrode
Saúde), pormeio
de questionário e análise dos prontuários dos pacientes submetidos a consultas realiza-das por estudantes de medicina e, orientadas
sempre
porum
médico,no
Centro deSaúde
IISaco
Grande
II e dos pacientesdo
Centro deSaúde
(CS)que
necessitaram de pelomenos
uma
visita domiciliar. Este
CS
é vinculado à Prefeitura Municipal de Florianópolis e faz partedo
programa
docente-assistencialda
Universidade Federalde
Santa Catarina(UFSC).
Os
critérios de inclusão usadosno
presente estudo foram:-1. Pacientes
do
CS com
diagnóstico prévio deDM,
exceto diabetes gestacional, deacordo
com
o
Consenso
Brasileiro de Diabetes;2. Pacientes cadastrados
no
CS
para visita domiciliar e pacientes submetidos à con-sulta
médica no CS;
_
3. Pacientes
que
preenchiam,sem
exceção, todos os quesitosdo
questionário;4. Pacientes
que
nãoestavam
grávidas;5. Pacientes atendidos
no
período de realizaçãodo
trabalho;6. Pacientes
que
concordaram
em
participardo
estudo.Após
a explicação sobre0
estudo ao paciente, os dados daquelesque preenchiam
oscritérios de inclusão
foram
coletados pelo pesquisadorou
por acadêmico de medicinado
5°ano, devidamente instruído pelo pesquisador sobre qualquer dúvida
no
preenchimentodo
questionário.
O
questionáriode
pesquisa continha informações referentes a aspectos deordem
só-cio-econômica,
dados
sobre resultados dos últimosexames médicos
realizados, história médi-ca pregressa e atual, dados antropométricos e os principais fatores de risco associados ao
DM.
Para a
tomada
dasmedidas
antropométricas, os pacientespermaneceram
de pé,com
ospés juntos e braços estendidos ao longo
do
corpo.Para obter a estatura, utilizou-se
uma
fita métrica inestensível aderida auma
parede6
O
peso foi aferidocom
balança mecânica, estando o pacientesem
sapatos ecom
rou-pas leves.
Foram
abordados os seguintes fatores de risco:l. Idade
maior que 45
anos;2. História familiar de
DM
em
parentes de 1° grau;3.
Excesso
de peso(IMC
maiorque
25 kg/mz); 4.HDL-c
baixo e triglicérides elevados;5. Hipertensão arterial;
6. Dislipidemia;
7.
Doença
coronariana;8.
DM
gestacional prévio;9.
Macrossomia
ou
históriade
abortos de repetiçãoou
morte perinatal;.l O.
Uso
demedicação
hiperglicimiante.O
critério para defmir 0 diagnósticode
DM
do
pacientes foi baseadona
análisedo
prontuário.
Foram
considerados diabéticos os pacientesque
apresentavam resultados dos tes-tes glicêmicos
(em
jejum
de 8ou
mais horas) valores maiorou
igual a 126mg/dl de glicoseno
plasma
ou
valores maiores a200mg/dl
após 2 horasda
ingesta de 75mg
de glicose.Os
procedimentos diagnósticosempregados foram
amedida da
glicoseno
soroou
no
plasma, apósjejum
de 8 a 12 horas e o teste padronizado de tolerância à glicose(TTG),
apósadministração de 75
gramas
de glicose anidra por via oral,com
medidas
de glicoseno
soroou
plasma
nostempos
0 e 120 minutos após a ingestão,onde
os resultadosforam
obtidos a partirda
análise dos exames,que foram
realizadosem
hospitais e laboratórios, todos credenciadospelo Sistema
Único
deSaúde
(SUS).Os
critérios diagnósticos estão baseados nas novasrecomendações
e incluem valoresde glicemia de jejiun
medidos no
soroou
no plasma
24'”. Pela sua praticidade, amedida da
glicose plasmática
em
jejum
é 0 procedimento básicoempregado
para fazer o diagnóstico deDM.
A
realizaçãodo
TTG
só se fazquando
a glicose plasmáticade jejum
formaior
ou
igual a1l0mg/dl
emenor
que
126ml/dlou
glicose plasmáticamenor
que
1l0mg/dl ena
presençade
dois
ou
mais fatores de risco paraDM
"nos indivíduoscom
idade superior a45
anos.A
classificação, atualmente,recomendada
6°24°25, incorpora o conceito de estágios clí-nicos
do
DM,
desde a nomialidade, passando para tolerância à glicose diminuída e/ou glice-Para avaliação das variáveis associadas ao diabetes,
foram
tomados
os seguintes crité- rios:a)
Renda
dos pacientes:O
padrão social foi estimado atravésda
relaçãoda
renda fa-miliar total, tendo
como
referênciao
saláriomínimo
vigente(SMV)
deR$
200,00 reais.b)
O
estudotambém
aborda a escolaridade dos pacientes, e esta foi definidana forma
de anos completos
de
estudo, e foi subdivididaem
3 faixas distintas: 0 a 4, 5 a 8 e 9 a 12 anosde estudo.
c)
HA: Foram
considerados pacientes hipertensos aquelesque
apresentavam prescri-ção regular
de
anti-hipertensivosou
duasou
mais aferiçõesda
pressão arterial (PA), durante aconsulta,
com
valores superiores al39mmHg
paraPA
sistólica e de89mmHg
paraPA
dias- tólica 2637.d) Para avaliar a dislipidemia, foi
tomado
como
critérioHDL-c
menor
que
35mm/dl
etriglicérides maior
que 200mg/dl
28. ie) Sedentarismo:
Foram
consideradoscomo
não sedentários aqueles pacientes que re-alizavam qualquer
modalidade
de atividade fisica,com
freqüência regular deno
mínimo
3vezes por
semana
eum
períodomínimo
diário de30
minutos de atividade fisica.Í)
Tabagismo:
Os
pacientesforam
classificadosem
fumantes, ex-fumantes e pessoasque
nunca fumaram.
g)
Quanto
ao tipo deDM:
Os
pacientes incluídos neste estudo,foram
classificadosde
acordocom
o
Consenso
Brasileiro de Diabetes,com
base nas suas histórias e observação dosseus
exames
laboratoriais. 'h)
IMC:
O
IMC,
fórmula desenvolvida por Quetelethá
quase 150 anos, é a relaçãopeso/altura* 339.
É
uma
forma
bastante utilizada para a determinaçãoda
gordura corporal total,sendo usados os seguintes pontos de corte,
segundo
aOMS:
menos
do que
20, implicaem
magreza;
de 20
até 25, peso normal;de 25
até 30, sobrepeso; e maisdo que
30, obesidade,sendo
acima
de 40, obesidademórbida
23.i)
A
doença
coronariana foi estabelecida, nos pacientesdo
estudo,com
basena
obser-vação dos prontuário e
na
históriamédica
pregressade
cada indivíduo.j) Para avaliar
o
diabetes gestacional prévio e a história demacrossomia
e aborto derepetição,
foram
analisados as anotaçõesde
pré-natal e questionado às pacientes sobre o histó- rico de suas gestações e suas intercorrências.Foram
consideradosrecém
nascidos(RN)
ma-
'8
l)
Foram
consideradoscomo
usuários demedicação
hiperglicemiante aqueles pacien-tes
com
prescriçãomédica de
corticóides, tiazídicos e beta-bloqueadores, pelo período míni-mo
deum
ano
de uso dasmesmas.
-_
Os
dados coletadosforam
todoscomputados
utilizando-se oprograma EpiData
-
ver-são 2.lb (2002), desenvolvido por Lauritsen
JM, Bruus
M,
Myatt
MA. Na
Extended
Tool ForValidated Entry
and Documentation of
Data.The
Epidata Association, Ondense,Denmark,
2001-2002. http://www.epidata.dk
As
análises estatísticasforam
realizadas peloprograma
EPI-INFO
-
versão 6.04d(2002), desenvolvido pelo
US
Departament of
Healthand
Human
Services-
Center for Dise-4
RESULTADOS
A
distribuição dos pacientesmostrou
que
43,2%
(19)eram do
sexo masculino e56,8%
(25)
eram do
sexo feminino.O
estudo abrangeu pacientescom
idademinima
de
36
emáxima
de88
anos.A
média
de
idade foide
59,54 anos,com
desvio-padrão(DP) de
14,83 anos.A
mediana da
idade foi de59,5 anos e a idade de
63
anos correspondeuà
moda
A
faixa etária mais freqüente foia de 60
a 69
anos (27,3%).A
Figura l mostra a distribuição dos pacientesem
faixas etárias.Cerca de
50%
dos pacientes encontravam-sena
6°, 7° e 8° décadasde
vida.Figura
1 - D'mtribniçãoem
faixa etáriados
pacientes diabéticosatendidos
no
CS
IISaco
Grande
II,2002
;~
cientes'-if
I36a39
__
___.,
I40a49
E50a59
60:69
70a79
I80a89
Número de Pa Faixa EtáriaFonte: Avaliação dos Fatores de Risco Associados ao Diabetes Mellitus
em
Pacientes Atendidos no Centro deSaúde II Saco Grande II, 2002.
No
que
diz respeitoao
estado civil,56,8%
(25) dos pacienteseram
casadosou
encon- travam-seem
união estável,20,5%
(9)eram
viúvos eo
restante (22,7%) era solteiroou
sepa-rado.
A
média
de
rendamensal
familiar foide
5,04SMV, com
DP
de
2,45SMV.
A
mediana
foide
5SMV
ea
moda
foide
3SMV.
O
valormáximo
encontrado foide
9SMV
eo
mínimo
l0
faixas salariais (Figura 2). Observou-se
que
a faixamais
freqüente foi a de4
a 6SMV
(47,4%).
Figura
2-
Distribuiçãoquanto
a faixade
renda
familiarmensal dos
pacientes diabéticos atendidosno
CS
IlSaco
Grande
Il, 2002.16%
/
3T%
E1a3
l4a6
D7a9
,47%
Fonte: Avaliação dos Fatores de Risco Associados ao Diabetes Mellitus
em
Pacientes Atendidos no Centro de Saúde II Saco Grande II, 2002.O
tempo
de
diagnosticode
DM
foi,em
média,de
6,16 anos,com
DP
de
3,67 anoseapresentando
como
mediana
emoda
respectivamente 5,5 e 3 anos.O
valormáximo
parao
tempo
de
diagnóstico encontrado foide
15 anose o
valormínimo
encontrado foio de
1 ano.O
tempo
de
diagnóstico está intimamente relacionadocom
a
faixa etária dos pacientes, vistoque
86,36%
(19) dos pacientes diabéticoscom
maisde
10 anosde
diagnosticotem mais
de60
anos (p<
0,05).Quanto a
instrução escolarem
anosde
estudo, a grande maioria (52,3%) está situadana
faixade
5 a 8 anosde
estudoconforme
a Figura 3.A
instrução escolar mostrou relaçãocom
a renda familiarmensal
das famílias dos pacientes diabéticos,onde
77,27%
(34) dos pa-cientes
com
mais de
5 anosde
estudoganham
mais
de4
SMV,
ao
contrario dosque não
estu-Figura
3
-Grau
de
Instrução escolarem
anosde
estudo dos pacientesdiabéticos atendidos
no
CS
IISaco
Grande
IIí
25%
23°/°%0a4
I5a8
D9a12
52%
Fonte: Avaliação dos Fatores de Risco Associados ao Diabetes Mellitus
em
Pacientes Atendidos no Centro deSaúde II Saco Grande ll, 2002.
Quanto ao
tipode
diabetes, todos os pacientes presentesno
estudoforam
diagnostica-dos
como
DM
tipo II.Quanto ao
IMC
dos pacientes,45,5%
(20) encontravam-sena
faixade
sobrepeso e18,18%
(8)eram
obesos.O
IMC
relacionadocom
o
sexomostrou que
52,63%
doshomens
tem
IMC
maior que
25, já entre as mulheres,72%
apresentavamIMC
maior que
25.Os
resul-tados
mostram
também
que
quantomaior
a idade,maior o
IMC
dos pacientes (p<
0,05), con-forme
a Figura 4, ehá
uma
diminuiçãoda
prevalênciado
valordo
IMC
nos pacientescom
mais
de80
anos.Figura 4 - Distribuição
do
IMC
nosHome
16%
E
Normal
I
Sobrepeso
D
Oboso
47%
37%
Fonte: Avaliação dos Fatores de Risco Associados ao Diabetes Mellitus
em
Pacientes Atendidos no Centro de12
Figura 5
- Distribuiçãodo
IMC
nas
Mulheres
20%
28%
E
Normal ,I
Sobrepeso
EIObeso
52%
Fonte: Avaliação dos Fatores de Risco Associados ao Diabetes Mellitus
em
Pacientes Atendidos no Centro de Saúde II Saco Giande II, 2002Figura 6
- Distribuiçãodo
IMC
em
faixas etáriasnos
pacientesdiabéticos
do
CS
IlSaco
Grande
II,2002
.f z
af'
É -Lsumaw
_*
:mam
É
Umaw
_s
amam
nman
Iwau
Fonte: Avaliação dos Fatores de Risco Associados ao Diabetes Mellitus
em
Pacientes Atendidos no Centro deSaúde II Saco Grande II, 2002
Em
relaçãoao
tabagismo, ll pessoas disseram ser fumantes (25%), contra 33que
sedeclaram ex-fumantes
ou
que não fumam.
Não
houve
significância estatística entre as dife-fumavam,
foram
detectadosum
número
maior de fatores de risco (5,4 fatores contra 3,54 nosnão
fumantes.Quanto
aos resultados dosexames
laboratoriais,77,3%
(34) apresentavam glicemia dejejum maior
ou
igual a l26mg/dl.O
valormínimo
emáximo
encontrado foi de l0l e 272,sendo a
média
de l53,63mg/dlcom
DP
de 38,4mg/dl.A
moda
e amediana
foram respectiva-mente
l3l e l43mg/dl.Não
houve
correlação estatistica entre o valor da glicemia de jejum eo sexo dos pacientes (p>
0,6).Os
resultados para os triglicéiides tiveramuma
média
de l78mg/dl,com
DP
de58,8lmg/dl.
A
moda
foi de 109 e amediana
l79.O
valormínimo
emáximo
encontrado foi de88 e 279mg/dl.
36,4%
(ló) dos pacientes apresentaram valores para triglicérides inferiores a200mb/dl. Semelhante ao resultado
da
glicemia de jejum, para os triglicéridestambém
nãohouve
correlaçãocom
o sexo dos pacientes.Já
o
HDL-c
mostrou-se elevadoem
63,6%
(28) dos pacientes, tendocomo
média
o va-lor
de
36,38mg/dl,com
DP
de 4,06mg/dl.A
moda
e amediana
foram respectivamente 3l e36mg/dl e o valor
minimo
encontrado foi o de 29mg/dl e omáximo
o de 46mg/dl.Também
não houve
importância estatistica entra os valoresdo
HDL-c
e odo
sexo dos pacientes (p>
0,2).
Para as três variáveis
acima
(glicemia, triglicérides eHDL-c)
nãohouve
importânciasignificativa
quando
estas foramcomparadas
com
as idadesdo
paciente (p>
0,7, 0,5 e 0,3respectivamente).
A
Tabela l mostra afieqüência
dos valores glicêmicos dos pacientes não controladosdo
pontode
vista laboratorial e dos niveis de tri glicérides e deHDL-c
considerados diagnósti-cos para dislipidemia
em
relação ao sexo dos pacientes.Tabela
I-
Freqüência
dos níveis glicêmicos,de
triglicérides edo
HDL-c
pelo sexo dos pacientes diabéticos atendidosno
CS
IISaco
Grande
ll.Glicemia
>
l26 mg/dl Triglicérides>
200
mg/dlHDL-c
<
35 mg/dln
%
n%
n%
Homens
l4 73,6 9 47,3 5 26,3Mulheres
20
80 8 32 l l44
Fonte: Avaliação dos Fatores de Risco Associados ao Diabetes Mellitus
em
Pacientes Atendidos no Centro de Saúde ll Saco Grande ll, 2002.14
No
que
se refereà
presença dos fatoresde
risco,45,4%
dos pacientes apresentaram 5ou
mais fatoresde
risco,conforme
Figura 4.Quando
comparado
com
a idade dos pacientes,houve
uma
significância estatística muito alta,que
indicahá
tendênciade
o
numero
de fatoresde
riscoaumentar
com
0
decorrer dos anos (p<
0,05).Não
houve
pacientescom
ausência defatores
de
riscono
estudo e 2 pacientes tiveram9
fatoresde
risco associadosem um
máximo
de
l0.Na
distribuiçãosegundo
sexo para os fatores de risco,há
de se ressaltar que para oshomens
foram
analisados 8 fatores contra 10 nas mulheres,o que
fazcom
que
os resultadosde
numero
de
fatores de risco por sexonão
sejaum
parâmetro comparável.Iügurn 7 - Distribuição do número ih flores cb risco
pra
DM
em
pcientaes atemichsno
CS
lISacoGramb
ll, 2002. 1° ....,,,._....2 M 2-..-....,,N,,.._,..a..-_.,. g v ~ M N Número de Pac entes O -L N w OI *I Q O O -._-zzzzí-_í N.-______-___-___ ‹d-~ h- 1. m.~ `,,"""`“'_"'*'_'_z fl_-__- __. sf"-" °* 1 i .INúmero
de FatoresFonte: Avaliação dos Fatores de Risco Associados ao Diabetes Mellitus
em
Pacientes Atendidos no Centro deSaúde II Saco Grande II, 2002
O
fatorde
risco isoladoque
maispredominou
nos pacientesdo
estudo foià
idade mai- orque 45
anos,com
79,54%
de
freqüência, seguido peloIMC
maiorque
25 kg/mz,confonne
a
Tabela II.Tabela
Il-
Freqüência
dos fatoresde
risco nos pacientes diabéticos atendidosno
CS
IlSaco
Grande
llFatores
de
riscosim
(%)
Nâo (%)
Idade
maior que 45
anos 61,36 38,37História familiar 79,54 20,46
IMC
maior que 25
63,63 36,37Sedentarismo 61,36 38,37 Dislipidemia 52,27 47,73 Hipertensão arterial 38,63 61,37
Doença
coronariana 27,27 72,73 Diabetes gestacional * 24,00 76,00 Macrossomia/abortos * 36,00 64,00Medicação
hiperglicimiante 22,72 77,28Fonte: Avaliação dos Fatores de Risco Associados ao Diabetes Mellitus
em
Pacientes Atendidos no Centro de Saúde ll Saco Grande ll, 2002. * Cálculos realizados somente entre asmulheres da amostra.
A
Tabela II mostraque
num
grupode 44
pessoas, encontrou-se associaçãoentre
HA
edislipidemia
em
22,72%
dos pacientes (p>
0,4). Já entre os pacientes diabéticos e hiperten-sos,
houve
uma
prevalência dedoença
coronariana de41%
contra18%
dosque
nãopossuem
HA
(p>
0,05).A
associação de pacientescom
dislipidemia e sobrepesoou
obesas mostrouque
75%
dos pacientes apresentam este duplo fator de risco, contra os
que
possuem
IMC
normal, cujaprevalência de dislipidemia foi de
12,5%
(p<
0,05),conforme
mostra a Figura 8.16
Figura 8
- Distribuição das freqüênciasde
dislipidemiaem
relaçãoao
IMC
dos pacientes diabéticos atendidosno
CS
IISaco
Grande
II,2002
N
mero de Pac entesw
-h IllO
_
`\.S. ~ -fêz, ‹ 2» . ,,l._ .'.r.z ‹..., ‹Ú
O
6N
›~ ‹Í=~ ' ¬â " «z-. 1.x* ¬ , _ ' .~fz=‹ 1:11; f div-. -= '~ ;¿Ê_.-r» ~;»._z-.‹ z `_¡ .-'Há fl- Law' › 1 .z.›.z ¿ ..,5- .›¿.. 1 -l -_ v z› 1-. zzz _ 1 ;. r .;-~_‹ :.‹‹ : |;z› 1,'z'›;'=, ;-fp, ^zz5~z' -'-H: =z¬×z¿:'",^.:‹ 5 ' “*, '~ ‹ “sz ;z¡.-u 'zh 1 ¡ zu- Al z.-" *_'fT›. .'-Ê' us; .. 1 1 J. . ,V , :__ ..1 I Auoisiipiaemia
I
I
I I
§sem
nisiipiuemia .Ê-¬ 7° ví 1-, "11 !'.v=:P3v ¬-í-zf. 2122
23
25
26 27 28 29 30
3132
IMC
Fonte: Avaliação dos Fatores de Risco Associados ao Diabetes Mellitus
em
Pacientes Atendidos no Centro deSaúde II Saco Grande II, 2002
A
comparação
entre os fatoresde
risco e dos níveis glicêmicosde
jejum, mostrouque
há
tendência dos fatoresde
riscoaumentarem
quanto mais altos forem os níveis glicêmicos,exceto para diabetes gestacional.
A
significância estatistica entreo
nível glicêmico eo
[MC
maior
que25
foi muitogrande (p
<
0,05),conforme
Figura 9.Figura
9
-Média
da
glicemiados
pacientes peloIMC
šzm)
. _ V .. . 1 _ ÉE
.a
0 150/-f-"""
CA*-V
III;
Câ/,.
veGcèm -h os ‹: c› o ._ ._-
qi _ â-› 0 i | i i i | | | i i 21 22 2325
26 27 2829
30
31 32IMC
N
Fonte: Avaliação dos Fatores de Risco Associados ao Diabetes Mellitus
em
Pacientes Atendidos no Centro deTambém
foide
grande importância estatística a relação entre a dislipidemia e a glice-mia
dejejum
(p<
0,05),como
mostra a Figura 10.Figura 10
- Distribuiçãoda
freqüênciade
dislipidemiaem
relaçãoàglicemia
média
dos
pacientes diabéticos12
U.-. _ , Número de Pac entes AO
6
Í1
niâiipiaemia A ' zSem
Dislipidemia4
fl:2
z *3 .'_-`-= ..z._-¡._.›; \:.-:rw lz 251;: -›;z1zz= iágêyz: íz EE W " Wii* Íí‹`«'f5 ='f~ '=' zff ii* ârfléêzlz I0
.âšlšâllfii fllišlfã `š1ê¬filÍ=J¡ Ja'-Í:zà'z*»!~l.¬100a 120a 140a 160a 180a 200a 220a 240a 260a
119 139 159 179 199 219 239 259 279Faixas
Glicèmicas
Fonte: Avaliação dos Fatores de Risco Associados ao Diabetes Mellitus
em
Pacientes Atendidos no Centro deSaúde II Saco Grande II, 2002.
A
prevalência deHA
nas mulheres diabéticas foimaior
do que
noshomens, chegando
a
um
totalde
44%
a associação deDM
e I-IA nas mulheres, contra apenas21%
nos homens.A
doença
coronariana teve maior prevalência de42%
noshomens
contra16%
nasmu-
lheres,
sendo que
nas mulheres, este fatorde
risco mostrou-se presente apenas após os63
anosde
idade (p<
0,05).Em
relaçãoao
DM
gestacional, todas as pacientesque haviam
relatado este distúrbio,eram
relativamente jovens, sendoque
amaior
idadeem uma
pacientecom
DM
gestacionalencontrada
no
estudo foide 54
anos.O
históricode
gestações anteriores mostrouque
os abortos e/oumacrossomias
ocorre-ram
maisem
faixas etárias mais elevadas, sendoque
amínima
idadeda
amostraem
que
sehouve
relato destas intercorrências foide
51 anos.A
associação entraDM
gestacional e histó- ria demacrossomia
e abortos esteve presenteem
apenas 2 pacientes (8%).O
usode medicação
hiperglicimiante foi confirmadoem
22,72%
dos pacientes, sendo5
D1scUssÃo
O
presente trabalho refere-se aum
estudo não controlado realizadoem
um
CS, no
mu-
nicípio
de
Florianópolis,com
pacientes diabéticos regularmente atendidos durante o ano de 2002.O
universoda
amostra (44 pacientes) foi obtido durante a consultade
todos os pacien-tes diabéticos
(conforme
está explicado nosmétodos
deste trabalho) nos trêsmeses
em
que
osdados foram
coletados.A
escolha desta faixa temporal foi feita ao acaso, por conveniênciamotivada
pelotempo
e espaço disponíveis. Desta maneira, é possívelque
os dados, não refli-tam
as características gerais,como também
as condições deacompanhamento
ambulatorial depacientes
com
diabetesem
nosso município.Os
dados
aqui apresentados são limitados devido ao universoda
amostra (44 pacien-tes), e
foram comparados
adados
da
literatura mundial e nacionalmais
abrangentes, e tam-bém
à
trabalhos realizadospor formandos
em
Medicina da
UFSC,
cujos temas abordadoseram
o
DM
e suas causas e conseqüências.A
maioriados
pacientes encontrados,no
estudo, erado
sexo feminino. Este resultadomostrou semelhança
com
os
estudosde
Cruz,RA,
Corrêa,LL
et al. 3° e Schuster,SM
31,em
que o
número
de
pacientesdo
sexo feminino era deaproximadamente
60% em
relação ao sexo masculino.No
estudo realizadoem
2001
por Maito, Z,houve
uma
prevalência de87%
do
sexo feminino 32.O
que
pode
explicar a diferença de87%
em
1999
para60% em
2002 na
prevalência
de
DM
em
mulheres é a conscientização maior dos pacientes a nivel primário,ocorrendo
uma
maior
procura aos postosde
saúde devido àscampanhas
educativas vinculadasem
âmbito
municipal, estadual e federal,o que
acarretaum
maior
número
de diagnósticos,principalmente
na
faixa masculina,que
nãotem
o
hábitode
procurar atendimento médico.Outra
explicação, para isso, está implícitana
mudança
de hábitosda
população feminina e aum
maior
número
de fatores de risco exclusivosda
própria mulher,como
o
diabetes gestacio-nal.
No
estudode
Gomes,
MB,
houve
uma
prevalênciade
diabetesno
sexo femininoem
rela-ção
aoshomens
33 . Entretanto, a ocorrênciade
diabetes é semelhante parahomens
e mulheres,e
tende aaumentar
com
o
progredirda
idade 1.Com
relação à faixa etária,89%
dos pacientes apresentavam idade igualou
superior amaior
ou
iguala
40
anos, e68%
idadeacima
de60
anos 31.No
estudo de Maito, Z,82%
dospacientes
tinham
idade superior a40
anos e32%
acima
de60
anos 32.A
prevalência deDM,
gerahnente, ocorre após os
40
anos de idade,conforme
demonstrado por Lotufo,PA
34.A
média
de idade deste estudo foide
59,54 anos.Conforme
Gomes,
MB,
amédia de
idade entreos pacientes foi
de
57,8 anos 33,no
estudode
Schuster,SM,
amédia
de idade foi estipuladaem
64,82 anos 31,no
estudo deNorhammar
A
35, amédia
ficou
em
63,5 anos, eno
de Maito, Z,a
média dos
pacientes diabéticos foide
53,9 anos 32,o que
sugereque
oDM
éuma
patolo- giaque
acomete, preferencialmente, pacientes idosos 36.Os
indivíduos casados corresponderam a43,2%
do
total,número
que
se eleva para56,8%
se forsomado
a
esse item odado
união estável.No
estudo de Maito, Z,69%
dos paci-entes
eram
casadosou
encontravam-seem
união estável 32.Dos
pacientes casados,31%
en-contravam-se controlados
do
pontode
vista glicêmico, contra69%,
cuja glicemia era maiorque
126mg/dl. Entre os casados ,houveuma
maior prevalência de sobrepeso (63%), contra,apenas,
37%
entre os solteiros., Entre os pacientes cujos rendimentos mensais
eram
maiores, verificou-seum
maiorcontrole dos níveis glicêmicos de jejum.
Dos
que
recebiam até 3SMV,
o
número de
pacientescom
a
glicemiaacima de 126mg/dl
foi 11 (78%), contra 6(50%)
dosque
ganhavam
acima
de7
SMV.
No
estudo deGomes,
MB,
realizadosem
pacientes cujo perfil assemelha-se ao dospacientes deste trabalho,
houve
também
um
melhor
controle das comorbidades naqueles paci-entes cujos rendimentos mensais
eram
elevados 33.Dos
pacientes presentes nesta amostra, apenas25%
prosseguiram estudando após otérmino
do
primeiro grau.No
estudo deMaito
Z,17,7%
encontravam-seem
situação seme-lhante e
14,5%
eram
analfabetos 32.No
presente traballio,6,8%
dos pacientes disseram seranalfabetos,
o
que não
quer dizerque
houve
uma
melhora
tão significativa ,no
sistema educa-cional
de 1999
para2002
ao pontoda
prevalência de analfabetos cair quase50%
neste perío-do, especialmente
em
se tratandode
pacientescom
idade mais avançada.Dados
do Censo
Demográfico
2000,em
Santa Catarina,mostram
mn
íiidice de19,5%
de pessoasque
tem
entrezero e
4
anos de estudo e de37%
de pessoascom
estudo superior a 9 anos.Os
dados analisa-dos mostraram que
22,7%
dos pacientes encaixam-se neste perfil de zero a4
anos e25%
aci-ma
de
9 anosde
estudo.A
literaturaconfirma
a existência de associação inversa entreo
níveleducacional e
o
diabetes 37'38'39.O
tempo
de estudo representouum
fator de agravono
con- troledo
DM,
onde
90%
dos pacientescom
baixo grau de estudo tinham níveis glicêmicos20
acima de
126mg/dl, enquanto nos pacientescom
mais anos de estudo,houve
uma
prevalênciade
63%
no
descontrole glicêmico. Braga,CC
et al; ressalta a importânciado
baixo grau deinstrução
como
fator de risco, pois teria relação diretacom
a assimilação das orientações ge-rais- oferecidas aos pacientes 4°.
Dos
pacientes pesquisados,20,45%
tinham diagnóstico deDM
há mais
de 10 anos, eo
tempo
de
diagnósticomostrou
relaçãocom
a faixa etária dos pacientes, tendendoa
ser maior naquelescom
idademais
avançada
Não
houve
relaçãodo
tempo
de diagnósticocom
a escola-ridadedos
pacientes.~
Setenta e cinco por cento dos pacientes»
afinnaram
nao filmar no momento,
e destes,27,72%
responderam
ser ex-fumantes.Apenas
11 pacientesconsumiam
cigarros durante apesquisa.
Dos
pacientes fiimantes,6
eram
do
sexo feminino e5›eram do
sexo masculino. Es-tudo recente
demonstrou
que o
uso regularde
cigarros é fator de risco exclusivamente para o sexo masculino 4!. Entre osque fumavam,
54%
deleseram
hipertensos, enquanto nosnão
fumantes este
número
foi de-33%,
sendoque
o tabagismo atuacomo
um
fator prejudicialno
controle
da
PA
nos pacientes 42.Quanto
aoIMC,
64%
dos pacientes-tinham
massa
corporalacima
dos valores preconi-zados para
uma
vida saudável, e destes,29%
eram
obesos.De
acordocom
Schuster,SM,
37%
dos
pacientes encontravam-se entreo
IMC
de20
e25
kg/mz e42%
dosque
tinhamIMC
aci-ma
de 25
eram
obesos 31.Em
pacientes já sabidamente diabéticos, é indispensável.um
manejo
rigoroso
do
peso corporal. Paraa
obtençãode
um
controle adequado, admite-seque
é neces-sário
um
IMC
entre 19 e 24,9 kg/m2.Um
controle admissível situa-se entre25
e 26,9 kg/mz eum
IMC
acima de 27 kg/m2
é consideradode
alto risco para complicações crônicas, denunci-ando
um
controle inadequadoda doença
7.As
mulheresdo
estudo tiveram-uma
prevalênciamaior de
sobrepeso e obesidadeem
relação aoshomens
(52%
de
sobrepeso e20%
de obesi-dade
nas mulheres contra36%
e15%
noshomens,
respectivamente). Ortiz,MC,
em
estudorealizado
em
2001,mostra que
o sobrepeso e a obesidade estavam presentesem
51,5%
dospacientes diabéticos, constituindo
um
grave fator de risco 43. Sigante,DP
constatoutambém
uma
maior
prevalênciade
sobrepesono
sexo feminino 44, eno
estudo de Schuster,SM
tam-bém
houve
uma
maior
prevalência deste fator de riscono
sexo feminino 31. Artigo publicadoem
2001,compara
obesos enão
obesos, e verificou-se maior freqüência» deDM,
HDL-c
baixo e hipertrigliccridemia nos pacientes obesos 45. Nestemesmo
estudo, verificou-setambém
um
nos
EstadosUnidos da
América
em
1999
era de 15 e 35 por cento, respectivamente 46 e,no
Brasil, estudo realizado
em
1997,demonstrou que
32,8%
dos brasileirostêm
IMC
maiorque
25 kg/m2
47.Trinta e cinco pacientes relataram ter parentes
em
primeiro graucom
diagnóstico deDM,
oque
corresponde a79%%
do
total de pacientes.No
trabalho de Ortiz,MC,
a história familiar foi positiva paraDM
em
51,5%
dos pacientes estudados, oque
demonstraum
fortepadrão
de
transmissão genética associado aoDM,
principalmente para oDM
tipo II 48.A
HA
tem
particularidadesquando
presenteem
um
ou
outro tipo deDM.
No
tipo 11, aHA
faz partedo
espectroda
síndrome plurimetabólica, estando presenteem
cerca de50%
dospacientes
no
momento
do
diagnóstico, ena
população geral, está presenteem
15-30%
em
media
48. Trinta e oito por cento dos pacientes diabéticos apresentaram, concomitantemente,HA,
sendo31%
doshomens
e44%
das mulheres, todas pós-menopausa,onde
se observaque
as mulheres são relativamente protegidas de eventos cardiovasculares antes
da
menopausa
49.Ortiz,
MC
obteveno seu
estudouma
prevalênciabem
menor
de diabéticos hipertensos(6%)
43. Stolf,-^~
GC
em
seu estudo sobre hipertensos, constatou que29%
dos pacientes tinham dia-betes associado à
HA
43.O
controle a hipertensão de maneiraeficaz
reduz porsi só os riscos
de
eventos cerebrovasculares emelhora
muito a qualidade de vida dos diabéticos 19 porque aassociação entre diabetes e
HA
é muito deletéria para a saúde cardiovascular 5°.A
doença
coronariana foi predominanteem
27%
dos pacientes diabéticos(8M/4F)
econstituiu
um
importante fator de risco, tal é a sua importânciana
morbi-mortalidade dos pa-cientes diabéticos 51.
Novamente
aqui, tantona doença
coronarianacomo
na
HA,
as mulheresacometidas
tinham
idadeacima
de50
anos,o que comprova
mais ainda a teoriade
proteçãocardiovascular
pré-menopausa
48.A
doença
coronariana teve relação positivacom
a idade dospacientes.
A
doença
coronariana esteve associada aHA
em
16%
dos pacientes diabéticos.No
trabalho de Stolf,
GC,
houve
uma
associação entredoença
coronariana eHA
em
28,8%
dospacientes 42,
onde
uma
clara relação entre estas patologiasvem
sendo estabelecida pormeio
de
um
largo conjunto de estudos epidemiológicos 52.Os
pacientes dislipidêmicoscorrespondem
a52,27%
dos pacientes diabéticos presen-tes neste estudo,
onde
47%
eram do
sexo masculino e53%
do
sexo feminino.Na
prevalênciatotal,
57%
doshomens eram
dislipidêmicos contra48%
das mulheres. Para Stolf,GC,
a pre-associa-22
ção entre dislipidemia .eHA
foi23%
nos pacientes diabéticos, sendoque
43%
dos dislipidê-micos
eram
hipertensos contra apenas33%
nos não dislipidêmicos. Dislipidemia eHA
sãoduas afecções cuja associação é freqüente e deve ser tratada agressivamente 48.
Também
nospacientes dislipidêmicos, a
doença
coronariana foi mais prevalente(36%)
contra os -que nãotinham
dislipidemia (14%).Com
base nestas informações, é possível estabelecer queem
paci-entes
com
dislipidemia, doençascomo
HA
e coronariana são muito mais prevalentes, tenden-do
a pioraro
prognóstico dos pacientes diabéticos 5051.O
controle glicêmico nos limites toleráveis foi observadoem
27,7%
dos pacientes, enos pacientes cujo nível glicêmico
de
jejum
estavaacima
de l26mg/dl,houve
uma
prevalên-cia
maior
dedoença
coronariana(29%)
e dislipidemia(64%)
em
relação aos pacientescom
um
controle rigorosoda
glicemia de jejum. Neste estudo,não houve
diferença significativaentre os controlados e
não
controlados,do
ponto de vista glicêmico, para desenvolveremHA.
Um
controleeficaz
na
glicemia reduz significativamente os riscos de complicações nos dia-béticos 53. Exercícios fisicos
também
auxiliamo
controleda
glicemia ena
diminuição dosriscos de complicação
do
diabetes 54, Evidências atuaismostram
que o estressenão
está ape-nas relacionado
com
os valores tensionais dos pacientes,mas
também como
fator de descon-trole dos niveis glicêmicos 55.
Em
relação aoHDL-c,
36%
dos pacientes encontravam-secom
valores abaixo de35mg/dl,
havendo
uma
diferença entre os sexos de26%
para oshomens
e44
%
para asmu-
lheres.
Quando
comparado
os valoresdo
HDL-c
com
oIMC
dos pacientes,houve
tendênciade
os valoresdo
HDL-c
aumentarem
quanto mais baixos estivessem os valoresdo
IMC.
Re-
sultado semelhante foi observado
no
estudo de Cabrera,MAS
45. ~Padrão semelhante foi observado,
também,
para os niveis de triglicérides,onde
quantomais
obeso fosseo
paciente, maior seria suas taxas de triglicerídemia,conforme demonstrado
por
Cabrera,MAS
45.Dos
pacientes estudados,63,6%
tinham,em
seus exames, valores paratriglicérides
menores que
200mg/dl.Em
relação ao sedentarismo dos pacientes, maisde
61%
declaram-se não praticantesde
atividades fisicas regulares,não
havendo
diferença significativa entre os sexos(64%
parao
sexo feminino e