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Relatório estágio profissional

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Academic year: 2021

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ELATÓRIO

F

INAL DE

E

STÁGIO

Mestrado Integrado em Medicina

Faculdade de Ciências Médicas – Universidade Nova de Lisboa

Regente: Prof. Doutor Miguel Xavier

Orientador: Dr. António Mário Santos

Marta Pontífice Sousa Valente Ribeiro

Nº de Aluno: 2011359

6º Ano | Turma 7

Ano Lectivo 2016/2017

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ÍNDICE

0. INTRODUÇÃO ... 1

1. ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE ... 2

1.1. ESTÁGIO PARCELAR DE SAÚDE MENTAL (12.09.2016 – 07.10.2016) ... 2

1.2. ESTÁGIO PARCELAR DE MEDICINA GERAL E FAMILIAR (10.10.2016 – 04.11.2016) ... 3

1.3. ESTÁGIO PARCELAR DE PEDIATRIA (07.11.2016 – 02.12.2016) ... 3

1.4. ESTÁGIO PARCELAR DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA (05.12.2016 – 13.01.2017) ... 4

1.5. ESTÁGIO PARCELAR DE CIRURGIA (23.01.2017 – 17.03.2017) ... 4

1.6. ESTÁGIO PARCELAR DE MEDICINA (20.03.2107 – 19.05.2017) ... 5

2. AVALIAÇÃO CRÍTICA GLOBAL DO ESTÁGIO ... 6

ANEXOS ... 9

ANEXO I – Trabalhos Realizados no Âmbito do Estágio Profissionalizante ... 10

(3)

0.

INTRODUÇÃO

O Estágio Clínico que se insere no plano de estudos do 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina da Nova Medical School (Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa), contextualiza-se num ano profissionalizante que visa proporcionar ao estudante saberes e experiências essenciais para uma transição efetiva – para a vida clínica –, onde se possibilite a aplicação dos conhecimentos e competências adquiridos ao longo do curso. Esta Unidade Curricular (UC) que se organiza em 6 estágios parcelares em sistema de rotação nas várias áreas clínicas (Saúde Mental, Medicina Geral e Familiar, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia e Medicina), possibilita, do ponto de vista académico e pessoal, o desenvolvimento de um leque de competências no contacto com pessoas a necessitarem de cuidados de saúde.

De acordo com os objetivos preconizados, pretende-se que esta UC proporcione, no âmbito da área da saúde, aprendizagem da prática clínica nos vários serviços, bem como, aquisição e sedimentação de competências ajustadas à abordagem da Pessoa doente. Espera-se que o estudante assuma, progressivamente, autonomia, responsabilidade e capacidade para a tomada de decisão. Os objectivos transversais a todos os estágios parcelares assentam em quatro pilares – (1) aquisição e maturação de conhecimentos; (2) de atitudes do “saber ser e saber estar”; (3) de competências técnicas; e (4) integração das atividades de investigação:

 Consolidar conhecimentos adquiridos nas ciências básicas e clínicas, relativos às situações clínicas mais prevalentes na população Portuguesa, reconhecendo critérios de gravidade, situações-problema e fatores individuais de risco, que impliquem referenciação;

 Recolher informação acerca da Pessoa doente, obtendo uma visão holística, que possibilite um diagnóstico ajustado, a elaboração de um relatório clínico informativo e a correta abordagem terapêutica, integrados numa perspetiva de melhoria do raciocínio clínico;

 Desenvolver competências transversais, habilidades e capacidades de intervenção clínica num agir intencional, adequado e autónomo, com base em valores humanísticos;

 Integrar no raciocínio clínico a perspetiva biopsicossocial no desenvolvimento da relação interpessoal com o doente/familiares/pessoa significativa, assente numa comunicação efetiva e empática, com vista a aquisição de competências na transmissão de informação;

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 Integrar a equipa de saúde numa perspetiva de articulação multidisciplinar, que possibilite a aquisição de autonomia progressiva e participação ativa nas diferentes atividades clínicas. Com o presente relatório pretendo descrever, de forma reflexiva e crítica, os objetivos e atividades desenvolvidas ao longo do 6ºano, considerando ter sido uma mais-valia e um contributo importante na minha formação. Apresenta-se no ponto 1 a descrição das atividades desenvolvidas no contexto da prática clínica, emergindo no ponto 2 uma análise refletida e avaliação global do percurso desenvolvido, finalizando-se com as principais conclusões. Por fim encontram-se anexados os diplomas dos elementos valorativos realizados ao longo do ano.

1.

ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE

O Estágio Profissionalizante decorreu entre 12 de Setembro de 2016 e 19 de Maio de 2017, com interrupção das férias do Natal e da Páscoa, distribuído, cronologicamente, em 4 semanas de Saúde Mental, 4 semanas de Medicina Geral e Familiar (MGF), 4 semanas de Pediatria, 4 semanas de Ginecologia e Obstetrícia (GO), 8 semanas de Cirurgia e 8 semanas de Medicina.

1.1. ESTÁGIO PARCELAR DE SAÚDE MENTAL (12.09.2016 – 07.10.2016)

O Estágio Parcelar de Saúde Mental, sob regência do Prof. Doutor Miguel Xavier, decorreu ao longo de 4 semanas, no Hospital de Dia (HD) de Psiquiatria do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca (HFF), sob orientação do Dr. João Carlos de Melo. Tinha como principais objetivos conhecer aspetos de saúde pública e organização dos cuidados de saúde mental, adquirir competências no reconhecimento de perturbações e comportamentos psiquiátricos, elementos patológicos da personalidade e fatores individuais e sociais de risco, e integrar no raciocínio clínico a perspetiva biopsicossocial na relação interpessoal com o doente e familiares.

Integrei as diversas atividades clínicas que faziam parte do contexto e abordagem da Equipa do HD, com uma participação fundamentalmente observacional. Com vista à capacitação dos doentes com patologias psiquiátricas para uma vida autónoma e independente, esta unidade revelou-se de extrema importância na prestação de cuidados para uma transição e integração efetiva na comunidade. Ainda, em contexto hospitalar, tive a oportunidade de realizar uma história clínica, integrar o Serviço de Urgência (SU) do HFF e assistir às reuniões clínicas do Serviço e com as Equipas Comunitárias.

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1.2. ESTÁGIO PARCELAR DE MEDICINA GERAL E FAMILIAR (10.10.2016 – 04.11.2016)

O Estágio Parcelar de MGF, sob regência da Prof.ª Doutora Isabel Santos, decorreu ao longo de 4 semanas, na Unidade de Saúde Familiar (USF) Alma Mater, sob orientação da Dra. Maria João Araújo. Tinha como objectivos principais compreender de que forma a população abrangida se integra e articula com os Cuidados de Saúde Primários (CSP), desenvolver competências no reconhecimento das situações de saúde/doença mais frequentes da população, adotar uma abordagem sistémica centrada na Pessoa tendo como base o seu contexto biopsicossocial, desenvolver habilidades inerentes ao processo comunicacional que possibilitem estabelecer uma relação empática e realizar consultas e exame físico global à Pessoa nos diferentes ciclos de vida de forma autónoma.

Com progressiva autonomia, colaborei nas diferentes valências das consultas de MGF (Saúde de Adultos, “Consulta do Dia”, Diabetes, Saúde Infantil e Juvenil, Saúde Materna e Planeamento Familiar), culminando na realização de 10 consultas com total autonomia. Tal, só foi possível, pela orientação atenta e dirigida da Tutora, essencialmente, nas primeiras 2 semanas. Realizei no final do estágio o “Diário de Exercício Orientado”, objeto de avaliação no exame final oral.

1.3. ESTÁGIO PARCELAR DE PEDIATRIA (07.11.2016 – 02.12.2016)

O Estágio Parcelar de Pediatria, sob regência do Prof. Doutor Luís Varandas, decorreu ao longo de 4 semanas, no Serviço de Pediatria do Hospital de São Francisco Xavier, sob orientação do Dr. Edmundo Santos. Tinha como principais objetivos compreender a dimensão da área da Pediatria naquele que é considerado um estadio muito particular do ciclo de vida, do nascimento à adolescência, desenvolvendo competências e habilidades comunicacionais com a criança/adolescente e sua família, aprofundar conhecimentos acerca das doenças pediátricas mais prevalentes para um agir intencional, adequado e autónomo e reconhecer a importância família na promoção da saúde e no bem-estar biopsicossocial da criança/adolescente.

Neste contexto, integrei a Equipa e participei em diferentes atividades que se relacionaram com os cuidados na Enfermaria, Berçário e SU (Pediatria e Neonatologia), e, ainda, presenciei momentos de Consulta Externa (Consulta de Desenvolvimento e de Imunoalergologia). Foi possível fazer um acompanhamento do doente pediátrico tendo em conta as diferentes

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situações apresentadas, o que permitiu interiorizar as especificidades próprias desta faixa etária. Para além de assistir a diversas sessões clínicas, realizei uma história clínica e apresentei um caso clínico, com exposição temática “Sibilância recorrente agudizada”.

1.4. ESTÁGIO PARCELAR DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA (05.12.2016 – 13.01.2017)

O Estágio Parcelar de GO, sob regência da Prof.ª Doutora Teresa Ventura, decorreu ao longo de 4 semanas, no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Lusíadas Lisboa, sob orientação do Dr. Pedro Martins. Tinha como principais objetivos compreender as situações de saúde/doença que se relacionam com a mulher/grávida para um agir promotor do seu bem-estar e qualidade de vida nas diferentes situações fisiológicas e patológicas ginecológicas e obstétricas, e desenvolver competências e habilidades que se centram no âmbito do planeamento familiar, aconselhamento pré-concepcional e vigilância da gravidez.

Passei pelas várias valências da Especialidade, tendo tido a possibilidade de participar nas consultas de Ginecologia, Obstetrícia e Patologia do Colo, observar histeroscopias cirúrgicas e ecografias obstétricas e tomar contato com a área da Procriação Medicamente Assistida, onde presenciei consultas de infertilidade, bem como a realização de diversas técnicas praticadas no local (punções ováricas, transferências de embriões congelados e outras técnicas laboratoriais). Concretamente na consulta de Ginecologia pude realizar diferentes procedimentos próprios da mesma. No decorrer do estágio passei ainda pelo Bloco Operatório, tendo colaborado ativa e diretamente nalgumas cirurgias, bem como pelo SU e Bloco de Partos, acompanhando, monitorizando e intervindo em algumas das situações de emergência e de trabalho de parto que surgiram. Apresentei um trabalho acerca da possibilidade em identificar pré-operatoriamente os sarcomas nos nódulos uterinos, o qual constituiu um momento de avaliação formal.

1.5. ESTÁGIO PARCELAR DE CIRURGIA (23.01.2017 – 17.03.2017)

O Estágio Parcelar de Cirurgia, sob regência do Prof. Doutor Rui Maio, decorreu ao longo de 8 semanas, no Departamento de Cirurgia do Hospital Beatriz Ângelo (HBA), sob orientação da Dra. Cátia Cunha. Tinha como principais objetivos compreender as diferentes situações de âmbito cirúrgico com reconhecimento daquelas de maior e menor emergência, aprofundando conhecimentos acerca das várias abordagens exploratórias e terapêuticas e anestésicas,

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identificar situações individuais de risco cirúrgico, com base no estado nutricional do doente, possibilitando uma atitude preventiva, saber aplicar a linguagem e terminologia cirúrgica e adquirir competências de execução das técnicas mais comuns de pequena cirurgia e assepsia.

O estágio compreendeu 4 momentos: uma semana com sessões formativas teórico-práticas, com inclusão do Curso TEAM; quatro de atividades clínicas no âmbito da Cirurgia Geral (CG); uma no SU; e duas no Serviço de Cuidados Intensivos (CI), como especialidade opcional.

No contexto particular da CG, integrei os momentos de Enfermaria, Bloco Operatório e Consulta Externa, tendo participado nalgumas actividades próprias de cada contexto, com ação no contexto perioperatório, concretamente de intervenção direta em algumas cirurgias (2º ajudante), e desenvolvimento de competências específicas junto do doente pré e pós-cirúrgico, relacionadas com diagnóstico e acompanhamento evolutivo do mesmo. Destacando ainda a passagem pelo SU, passei pelas áreas de Postos de Estadia Curta, Sala de Observação/Reanimação, Trauma/Pequena Cirurgia e Azuis e Verdes, onde realizei técnicas e procedimentos médicos e cirúrgicos (gasimetrias arteriais, suturas, pensos). No contexto de CI, registo alguns momentos das rotinas de um Intensivista, concretamente a consolidação da abordagem a um doente crítico e a realização de procedimentos simples e invasivos. Em algumas das valências referidas presenciei ainda sessões clínicas e sessões temáticas.

No último dia de estágio, no âmbito do Mini Congresso, apresentei um caso clínico juntamente com três colegas, que se intitulava “Quando o azul tangível revela o invisível”, relacionado com a possibilidade de um evento trombótico arterial representar uma manifestação de uma neoplasia oculta (neoplasia colorrectal) em contexto de síndrome paraneoplásico.

1.6. ESTÁGIO PARCELAR DE MEDICINA (20.03.2107 – 19.05.2017)

O Estágio Parcelar de Medicina, sob regência do Prof. Doutor Fernando Nolasco, decorreu ao longo de 8 semanas, no Serviço de Medicina 4 do Hospital de Santa Marta, sob orientação da Dra. Teresa Garcia. Como objectivo central destaco o desenvolver competências científicas, técnicas, éticas e relacionais, de forma contínua e progressiva, na relação com a hierarquização de situações clínicas de âmbito médico, possibilitando uma tomada de decisão mais autónoma e responsável possível nas vertentes de diagnóstico e intervenção, no âmbito multidisciplinar.

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Integrada numa Equipa clínica desenvolvi diferentes atividades clínicas de âmbito prático na Enfermaria e SU e atividades científico-pedagógicas contextualizadas em sessões formativas e clínicas. Tendo sido o contexto da Enfermaria o mais expressivo deste período, com um rácio de 2 a 3 doentes atribuídos diariamente, saliento a crescente autonomia e responsabilidade. No acompanhamento dos doentes realizei diários clínicos, conjugando a interpretação de achados clínicos, analíticos e referentes a exames complementares de diagnóstico, e notas de entrada e de alta, bem como, estive presente no processo de contato com familiares/pessoas significativas do doente, desenvolvendo competências de relação terapêutica. Concomitantemente participei ativamente na discussão de casos clínicos e definição do plano terapêutico, observei e executei procedimentos médicos, como gasimetrias arteriais e colocação de BiPAP, e ainda me familiarizei com outros procedimentos, nomeadamente algaliação, intubação orotraqueal, realização de ECG e vias de administração de oxigenoterapia.

No contexto do SU tive a oportunidade de atender situações de carácter urgente e emergente, com consolidação de conhecimentos de abordagem diagnóstica e terapêutica de patologia aguda ou agudização de patologia crónica, tão características e particulares deste contexto. A componente formativa teórico-prática constituiu um complemento importante, com a revisão de diferentes conteúdos programáticos. Ainda como objeto de avaliação, realizei e apresentei um trabalho em conjunto com 3 colegas, acerca da “Abordagem do doente com eritrocitose”.

2.

AVALIAÇÃO CRÍTICA GLOBAL DO ESTÁGIO

Certa de que a formação constitui uma oportunidade para o desenvolvimento de competências globais e específicas do Saber, foi com grande expetativa que iniciei este percurso, percebendo, desde cedo, a importância da diversidade e complexidade das situações clínicas vivenciadas para a minha formação médica. Estou consciente de que, com esta experiência académica, foi possível obter uma melhor compreensão dos fenómenos ligados ao processo de saúde/doença da pessoa e sua família, o que me permitiu desenvolver, de forma integrada, conhecimentos, capacidades de diagnóstico e habilidades de intervenção clínica quer na promoção da saúde, quer na prevenção e tratamento da doença. A contextualização deste percurso possibilitou um olhar atento para as áreas de cuidado, onde se exige, como

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determinante, a abordagem humanista e holística da Pessoa, sustentada numa relação empática, num agir integrado em perspetiva multidisciplinar.

Analisando criticamente as competências desenvolvidas em cada contexto urge referir que os objetivos propostos foram globalmente cumpridos. No Estágio de Saúde Mental, a passagem pelo HD permitiu olhar a doença mental com maior naturalidade, potenciando a visão holística da pessoa, e perceber como este contexto possibilita a melhor capacitação e autonomia do doente, que vivencia uma situação de cronicidade, ao seu quotidiano, fundamental para a intervenção reabilitativa, bem-estar e qualidade de vida do mesmo. Como fraqueza inerente, saliento que a ausência de rotação por outras valências (Enfermaria, Consulta, Equipas Comunitárias) poderá ter sido limitativa na aprendizagem desta área emergente da Medicina.

O Estágio de MGF providenciou uma experiência de trabalho integrada na equipa da USF com vista a um adequado funcionamento dos CSP. A crescente participação autónoma nos diferentes tipos de consultas, com pessoas de diversos grupos etários e patologias, permitiu desenvolver uma maior aptidão e confiança para o exercício da prática clínica numa abordagem biopsicossocial, assente no estabelecimento de uma relação médico-doente ajustada e no conhecimento e raciocínio clínico cada vez mais concertado às diversas situações. O facto de ter contactado especificamente com uma população de classe socioeconómica baixa, constituiu um desafio acrescido, especificamente ao nível da educação para a saúde e prevenção da doença.

No Estágio de Pediatria, na relação com o desenvolvimento de competências comunicacionais, pude compreender a importância, não só da presença da família/prestadores de cuidados, como também da informação/educação dos mesmos, em prol da promoção da saúde na criança/adolescente. Reconheço a importância de me ter sido dada a possibilidade de participação autónoma, quer na condução de consultas no SU, quer na passagem pelo Berçário, onde, num contexto tão específico, estabeleci relações na tríade médico-mãe-recém-nascido, pessoalmente enriquecedoras, pela proximidade e ligação instituídas.

Numa lógica de ciclo de vida, o Estágio de GO veio permitir uma aprendizagem muito enriquecedora pela diversidade de situações clínicas fisiológicas e patológicas, ginecológicas e obstétricas, particulares da mulher, possibilitando igualmente tomar consciência do papel da

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figura paterna em vários momentos de acompanhamento e evolução obstétrica, para a promoção do bem-estar e conforto da mulher. Reconheço como importância acrescida a possibilidade que me foi dada de participar como ajudante nos atos cirúrgicos, tanto no Bloco de Partos em contexto de SU, como no Bloco Operatório de Ginecologia em cirurgias electivas.

O Estágio de Cirurgia foi enriquecedor para a minha formação levando-me a uma maior curiosidade científica, capacitando-me para a identificação de patologias com necessidade de abordagem cirúrgica, bem como diferenciação entre o seu carácter urgente ou electivo, e proporcionando-me a possibilidade de realizar vários procedimentos necessários à prática cirúrgica, com participação em algumas cirurgias. Considero, no entanto, que seria mais vantajoso, não só uma permanência mais prolongada na área do Trauma/Pequena Cirurgia na semana do SU, como também um rácio menor de distribuição de alunos por tutores da mesma equipa cirúrgica.

Por último, o Estágio de Medicina, de enorme dimensão valorativa, contribuiu de forma muito positiva para a minha formação, na medida em que foi a aprendizagem que mais me possibilitou a progressiva autonomia e segurança na tomada de decisão clínica. O facto de ter ficado responsável por vários doentes, acompanhando-os desde a entrada até à alta, levou-me a um maior conhecimento e capacidade de abordagem diagnóstica e terapêutica de situações clínicas prevalentes e permitiu-me uma integração efetiva na dinâmica de trabalho do quotidiano da equipa de saúde pluridisciplinar. A gestão de situações de cariz social capacitou-me para competências de âmbito multidimensional, não antes desenvolvidas.

Consciente da importância deste relatório, procurei explicitar o caminho percorrido através da contextualização da prática clínica e descrição e reflexão crítica das atividades desenvolvidas no decorrer da mesma, tendo em conta os objectivos propostos que considero ter atingido. Em síntese, reafirmo a importância da passagem pelos diferentes contextos de estágio para a aquisição integrada de competências fundamentais para o exercício da profissão de Medicina. Acreditando cada vez mais na importância da relação tutor/estudante para o sucesso da aprendizagem, termino com um sentimento de gratidão a todos aqueles que contribuíram para a minha aprendizagem ao longo deste processo de formação.

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ANEXO I

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Estágio Parcelar Tema Autores

Pediatria “Caso clínico: Sibilância recorrente agudizada” Marta Pontífice Sousa

Ginecologia e Obstetrícia

“Será possível identificar pré-operatoriamente os sarcomas nos

nódulos uterinos?” Marta Pontífice Sousa Cirurgia “Caso clínico: Quando o azul tangível revela o invisível” Andreia Oliveira, Kristine Sica,

Isabel Silva e Marta Pontífice Sousa Medicina “Abordagem do doente com eritrocitose” Amélia Ribeiro, Denil Tribovane,

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ANEXO II

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Artigo de Investigação – “O cuidado geriátrico: modos e formas de confortar” aceite para publicação em 2017

O presente Artigo de Investigação foi desenvolvido à luz da iniciativa do grupo de investigação da Universidade Católica Portuguesa, intitulado “Conforto: Necessidades, intervenções e resultados”. Sob a tutela da Prof.ª Doutora Patrícia Pontífice Sousa, Professora Auxiliar da Universidade Católica Portuguesa, responsável pelo referido grupo, foi me dada a oportunidade de contactar com o mundo da investigação, assim como de participar na elaboração do presente artigo.

Referências

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