UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
DEPARTAMENTO
DE
ENFERMAGEM
CURSO
DE
GRADUAÇÃO
EM
ENFERMAGEM
DEYSE
BERTOTTI
.FABIANA NEVES
DA ROCHA
.DDSOANDO
MELHOR
QUALIDADE
DE
VIA
DO
IDOSO E
FAMÍDTA,
NO
CONTEXTO
DOMICILIAR,
ATRAVES
DA
ASSISTÊNCIA
DE
ENFERMAGEM
VOLTADA
AO
ADTOOUIDADO
FLORIANÓPOLIS
› \
BUSCANBQ
MELHoR
QuAL1nAnE;
DE
vlnâ
no
Inoso E
1‹¬AMlíLt1íA0,
No
CQNTEXTO
noMeIc1L1AR,A0TRAv1šs
DA
ASSISTÊNCIA
VOLTADA
AO
AUT(.)CUI__.zDAI)O
Trabalho
de
Conclusão deCurso
(TCC), apresentadoao Curso de
Enfermagem,
Departamento dev'd
í
Unlversidade Federal de Santa Catarinaade de
z-‹
mí*
í
626
Enfermagem
do
Centro de Ciênciasda
Saúdeda
036
.-A
íí
í
am- TCC UFSC EN or: Bertott , Deyse 0: Buscando me hor qua 'd 972492450 Ac. 24 uFsc Bsccsm ccsMF
L-
Orientadora: Prof'. Dr”. Ilca Luci KellerAlonso
z-‹
í
Membros
da
banca: Prof”. D1”. Ilca Luci KellerAlonso
Profí Dr* Silvia
Maria
Azevedo
dos Santos*-4 "' “I >< -1-l N.Ch Aut T' u
Enf'.Norma
Maria de OliyeiraCCSM TCC UFSC- ENF 0361 Ex _
FLoRIANÓPoL1s
2004
Dedicamos
aos idosos e seus familiares,por
corpo,
jamais
em
seu espírito ”.NOSSOS
A
GRADE
CIMEN
TOS
À
Deus
Por
nos dar 0dom
da
vida, esempre
iluminar nosso caminho.A
nossa orientadoraPor
sua competência,por
nos orientarsempre
com
tanta atenção, dedicação e carinho,por
ter nos motivado nosmomentos
de desesperança epor
ter contribuído tantopara o
nossotrabalho.
Muito
Obrigada!A
nossa supervisoraPela sua alegria, dedicação, competência,
por
ter aceitado nos supervisionar e pelo seubom
humor
nas emocionantes visitas domiciliares.À
banca examinadora
Por
disponibilizar seutempo
e contribuirna melhora
deste trabalho.Aos
agentes comunitáriosEm
especialao
Joel e Leia, pelas sugestões e informações,por
ter nos dedicado partedo
seutempo para
nosacompanhar
nas visitas domiciliares ecaminhadas na
comunidade.Aos
funcionáriosdo
CS
Por
ter nos recebido tãobem
e ter compartilhado conosco suas experiências.À
Eva
Pela sua disposição
em
nos ajudarna formatação
deste trabalho.Às
familias/ idososPor
ter aceitado fazer parte deste trabalho,por
ter nos recebidoem
suas casas e terAos
meus
PaisJosé e Anita pelo amor,
confiança
e apoio queme
dedicaram
em
todos osmomentos
da minha
vida.
Embora me
faltem palavraspara
expressar o que sinto nessemomento,
tranqüilizo-meem
tera
certeza deque já
sabem
de todo amor, orgulho e gratidão que sintopor
vocês.Aos
meus
irmãosAgradeço
aosmeus
irmãos Sandro,Meire
e Jader pelo afeto,amor
e carinhoque sempre
tivemos uns pelos outros e pelo simples fato de existirem e defazerem
parteda minha
vida.Aos
meus cunhados
William e Rita pelo incentivo, carinho e
por
serem os melhorescunhados que
eu poderia ter.Aos
amigos
Por
termos aprendido juntos o verdadeiro significadoda
amizade.A
todasque
moram
ejá
moraram
no
306
Agradeço
o convívio, as conversas, o aprendizado e principalmentea amizade
que cultivamosmorando
juntas. 'Ao
CelsoTeria que primeiramente agradecer
a
Deus
por
ter cruzado nossoscaminhos
e ter feito vocêser parte
da minha
vida.Com
você aprendi o que é oamor
e' tudo que 0acompanha,
como
orespeito, o apoio e
a
compreensão.Nada
no
mundo
faz muito sentidoquando
vocênão
estáao
meu
lado,por
isso vocêsempre
fará parte dosmeus
planos.Não
poderia deixar de agradecer todaa
ajuda e 0 interesse nesse trabalho.A
GRADE
CIMEN
TOS
FABIANA
Aos meus
paisLuiz e Dinalva, pela vida, pelas demonstrações de amor, carinho e
compreensão
e peloincentivo que
me
conduziu durante essa caminhada.A
vocês o que tenhoa
dizer é muitoobrigado.
Amo
vocês.Ao meu
irmãoEduardo, pelos
momentos
decompreensão
e paciência. Valeu! Te amo.Ao meu
avô, tios, tias eprimos
Em
especialao
vovô, famíliaMachado,
Ramos
e Andrade, pela ajuda, conselhos e incentivodurante toda essa caminhada.
Adoro
vocês.Às
amigas da
CCIH
Por
compartilharmos conhecimentos e boas risadas e pelo apoio e incentivo nosmomentos
de desespero.
Devo
muitoa
vocês.Às
amigas
-Em
especiala
Michele,por
descobrirmos juntas o verdadeiro sentidoda
amizade.Por fim
A
todos aqueles queme
fizeram refletir,proporcionaram momentos
de alegria e contribuíramBERTOTTI
Deyse;
ROCHA,
Fabiana
Neves
da.Buscando
melhor
qualidade
de
vida
do
idoso e
sua
famíliano
contexto
domiciliar através
da
assistência
de
enfermagem
voltada
ao
autocuidado.
2004.
140. f.Trabalho
de Conclusão
de
Curso
(Curso
de Graduação
em
Enfermagem) -
Centro
de
Ciências
da
Saúde,
Universidade
Federalde Santa
Catarina, Florianópolis.Este trabalho foi desenvolvido durante a oitava fase curricular
do
Curso deGraduação
em
Enfermagem
da
Universidade Federal de Santa Catarina.Teve
como
objetivo favorecermelhor
qualidade de vida aos idososque
moravam
sozinhosou
com
suas famílias, eque estavam aptos a compartilhar experiências sobre o autocuidado
no
que diz respeito a sua saúde, inserindo nesse processo a sua família.A
teoria adotada para delinear a prática assistencial, foi a teoria geral de autocuidado de Dorothea ElizabethOrem.
O
estágio foirealizado
no
período de outubro adezembro
de 2003,no
Centro deSaúde do
bairroAgronômica, na
cidade de Florianópolis. Participaram deste trabalho quatro famílias,selecionadas por indicação dos Agentes Comunitários de
Saúde
e equipe profissionaldo
Centro de Saúde.
A
prática assistencial foi desenvolvida pormeio
de visitas domiciliares econsultas de
enfermagem, denominados
“encontros”.Foram
realizadosem
média
quatro encontros por família.Concomitantemente
às visitas domiciliares e às consultas deenfermagem, foram
realizadas duas atividades educativascom
grupos de idosos. Nestetrabalho
percebemos
a importância de se conhecer o ambienteem
que o idoso está inserido eda
participação efetiva da famíliano
processo de cuidardo
idoso,bem
como,
a importânciado
trabalho interdisciplinarem
saúdequando
se trata de assistir famílias, destacando-se opapel
da
enfermeira nesse processo.Além
disso, constatamos as dificuldades vivenciadas pelos profissionais de saúdeno
cotidianodo
seu trabalho junto as famíliasem
confrontocom
a violência que habita essascomunidades comprometendo
a própria segurança destes etambém
a qualidadeda
assistência às famílias.1
INTRODUÇÃO
... ..2
OBJETIVOS
... ..2.1 Objetivo geral ... .. 2.2 Objetivos específicos ... ..
3
REVISÃO
DE
LITERATURA
... ..3.1
O
serhumano
idosona
sociedade atual ... ..3.2 Teorias
do Envelhecimento
... ..3.2.1 Teoria
da
deterioração protéica3.2.2 Teoria
do
relógio biológico ... ..3.3 Fisiologia
do Envelhecimento
... ..3.3.1 Alterações fisiológicas
do
envelhecimento ... .. 3.4 Aspectos Psicológicosdo Envelhecimento
... ..3.4.1 Alteraçao
da
inteligência ... ..3.4.2 Alterações da
memória
... .. 3.5Autonomia
do
idoso ... .. 3.6 Família e Idoso ... ..3.7
Doenças mais
comuns
na
terceira idade ... ..3.7.1 Diabetes Mellitus ... .. 3.7.1.1 Manifestações clínicas ... ..
SUMÁRIO
¢ z › - . . . .z . . . › . .- › - . . . .. . . . › › . . . .. . . . › ›N . . . z . z › - . . . .H . . . z . . ~ . » . . . . .H . . . › . › ‹ z - ¢ › › .H « . . . z . » › › ~ › - . . . - .H . . . ~ z . . . - . . . .- . . . z › › - z . . . .H . . . z z . z › z . . . .H . . . z . › -. . › . z . › . › › . . . .. . z . z . . z - . › z z - › › z › . . . . .. 3.7.1.2 Complicações crônicas ... .. 3.7.1 .3Complicações agudas ... ..3.7.2.2 Manifestações clínicas ... ..
3.7.2.3 Tratamento ... ..
3.7.3 Osteoporose ... ..
3.7.3.1 Prevenção ... ..
3.7.3.2 Tratamento ... ..
3.7.4 Acidente Vascular Cerebral ... ..
3.7.4.1 Manifestações clínicas ... ..
3.7.4.2 Tratamento ... ...
4
REFERENCIAL
TEÓRICO
... ..4.1
A
biografiade Dorothea
ElizabethOrem
4.2 Pressupostos
da
Teoriade
Orem
... ..4.3 Pressupostos Pessoais ... ..
4.4 Teoria
Geral de
Enfermagem
de
Orem....4.5 Principais Conceitos ... .. 4.5.1 Ser
Humano
... .. 4.5.2 Família ... .. 4.5.3 Saúde/Doença
... .. 4.5.4Enfermagem
... .. 4.5.5Meio
Ambiente
... .. 4.5.6 Qualidade de vida ... .. 5METODOLOGIA
... .. 5.1O
Processode
Enfermagem
... ..5.3
Procedimentos
éticos ... .. 6CQNSIDERAÇÕES
FINAIS
... ..REFERÊNCIAS
... ..REFERÊNCIAS
CONSULTADAS
... ..APÊNDICE
... ..ANEXOS
... ..PARECER
FINAL
Do
ORIENTADOR
›1
INTRODUÇÃO
O
presente trabalho foi desenvolvido durante o estágio curricular obrigatórioda
VIII fase Curricular
do
Curso deGraduação
em
Enfermagem
da
Universidade Federal de Santa Catarina, e tevecomo
finalidade, proporcionarmelhor
qualidade de vida ao idoso juntoà sua família e comunidade, através
do
autocuidado.O
estágio foi desenvolvidono
Centro de Saúdedo
Bairroda
Agronômica
no
Município de Florianópolis,
no
período de outubro adezembro do
ano de 2003.A
proposta foi desenvolvidacom
idosos deambos
os sexos, quemoravam
sozinhos
ou
com
suas famílias, e que estavam aptos a compartilhar experiências sobreautocuidado
no
que diz respeito à saúde.A
idéia de realizar este trabalhocom
o serhumano
idoso surgiu a partirda
simpatia e
da
admiração quetemos
pelosmesmos. Nosso
interesse pelo assunto intensificou-se diante dos resultados das recentes pesquisas, que
mostram
um
aumento na
expectativa devida das pessoas
no
Brasil.Segundo
a Conferência Nacional dos Bisposdo
Brasil (2002), o envelhecimentoda
população éum
fenômeno
que ocorreno
mundo
todo. Essefenômeno
traz consigo grandesrepercussões
no
que diz respeito aos aspectos sociais e econômicos, principalmente nos paísesque
estãoem
processo de desenvolvimento.A
situação toma-se mais preocupantequando
nãoexistem boas perspectivas de adaptação social e
melhor
qualidade de vida para os idosos.Segundo
o censodo
ano 2000, a populaçãocom
mais
de 60 anosno
Brasil era de 14.536.029 pessoas,no
entanto, a Conferência Nacional dos Bisposdo
Brasil (2002),afinna
que
as condições de infra-estrutura para atender essas pessoas são as deum
paísjovem,
assimcomo
os serviços, os programas sociais e de saúde.A
atençao à população idosa,ll
indivíduos da terceira idade, o que faz
com
que a realidadedo
idoso brasileiro seja muito dificil.O
aumento
da população idosa se deve aoaumento da
expectativa de vida das pessoas. Esseaumento
é conseqüência dos avanços científicos, tecnológicos,bem
como,
deuma
diminuiçãoda
taxa de fecundidade ao longo dos anos.Em
vista das necessidades de atenção especial à saúde das pessoas idosas e àprecariedade de políticas voltadas a essa população,
em
1994 foi criada a Lei 8.842 quedefine
a Política Nacional
do
Idoso etem
por objetivo assegurar os direitos sociais dos idosos,criando condições para
promover
sua participação efetivana
sociedade.Lembra
a Lei, ainda,que “o processo de envelhecimento diz respeito à sociedade
em
geral,devendo
ser objeto de conhecimento e informação para todos”.É
possívelafirmar
que essa políticavem
sendoimplementada no
Brasil de maneiragradativa, contudo, os idosos e a sociedade ainda não estão plenamente conscientes dos seus
direitos e deveres.
E
foicom
o intuito de fortalecer e ampliar osmecanismos
de controle das açõesdesenvolvidas
em
âmbito nacional,que
foi aprovada nas instâncias legislativas,no
Brasil, oEstatuto
do
Idoso, que foi sancionadoem
outubro de2003
pelo presidente Luis Inácio Lulada
Silva. Neste estatuto estão presentes políticas referentes à proteção dos direitos básicosdo
idoso,
como
saúde, educação, trabalho, justiça, políticas de proteção e cidadania, à liberdade,à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
No
entanto “é precisoque
o poder público zele pelo seucumprimento
e a sociedade se conscientizeda
importância de assegurar condições dignas àquelesque
jáalcançaram idade avançada”
(ESTATUTO...,
2003).Em
relação ao processodo
envelhecimentohumano, sabemos que
estevem
do
corpo eda
mente, assimcomo
deuma
redução das respostas fisiológicas às açõesdo
ambiente
em
que o idoso está inserido(KAMKE; HONORIO;
MARQUES,
2001).Sendo
assim,vimos
a necessidade deuma
atenção especial à saúdedo
idoso,com
intuito depromover
sua independência e preservar sua autonomia, através dos cuidadosdomiciliares, envolvendo neste processo, diretamente, a sua família.
A
assistência à saúdedo
idosono
seu contexto familiar e da sua vida, éuma
forma
de
conhecermos
a realidadeem
que
omesmo
vive,ou
seja, sua relaçãocom
a família, suascondições de moradia, higiene, alimentação,
além
de muitos problemas quepodem
serobservados e trabalhados
no
decorrer das visitas domiciliares.Segundo
Santos (2001), ocuidado domiciliar faz
com
que os idosospermaneçam
no
seu grupo familiar ena
suacomunidade; faz
com
que
o idoso receba assistênciaem
seu lar,com
o intuito de resolver osseus problemas, sejam eles temporários
ou
permanentes,com
o objetivo de melhorar as suascondições de saúde
no
próprio domicílio e evitar intemações.A
famíliado
idosotem
um
papel importante e ativono
processo de cuidar. Porisso toma-se necessário instruir
não
somente os idosos para o autocuidado,mas
também
seus familiares.É
na
família que as pessoas estão ligadas intimamente, seja por laçosconsangüíneos, por amizade,
amor
ou
afetividade.Na
familia os relacionamentos sãoestreitos, e isso faz
com
que amesma
sejaum
suporte,um
lugaronde
se encontre interação entre osmembros,
acolhimento, aquisição de valores e afeto.A
família conviveem
um
determinado ambiente,onde
cadaum
de seusmembros
assume
um
determinado papel.O
papel assumido por cada
membro
da
família oferece recursos que facilitam enfrentamentos eadequação às situações
que
estãoem
constantemudança (PELZER;
FERNANDES,
1997).Por possuir esta importância é que os familiares
podem
incentivar os idosos parao13
velhos, fazendo
com
que estestenham ânimo
e pretensão de cuidarem de simesmos,
favorecendo
uma
melhorana
qualidade de vida.Segundo
Caldas (2001), o cuidado é o alicerce da ciência eda
arteda
Enfermagem.
Mesmo
sabendo que cada serhumano
possa cuidar de outra pessoa, é oenfermeiro, o profissional
que
tem no
cuidado a caracteristicado
seu trabalho profissional.O
cuidarem
enfermagem
vaialém
da assistência ao serhmnano
quando
omesmo
está fragilizado.E
ocompromisso
com
o cuidado que envolvetambém
o
autocuidado, a auto-estima, a auto-valorização, a cidadania
da
própria pessoa que cuida.Para Travelbee (apud
PELZER;
FERNANDES
1997), o processo de interação enfermeira-cliente e/ou familiar é caracterizado poruma
relação de ajudaonde
aspectos básicoscomo
a aceitação, empatia, comunicação, participação e socialização são imprescindíveis.A
busca incessanteda
operacionalização das habilidades interpessoais porparte
da
enfenneira permite que ela,como
profissional e pessoa significativa à família,compartilhe
com
amesma
suas capacidades de ajuda, deforma
a construirum
relacionamento completo e construtivo.Por ter
como
finalidade o cuidado, aenfermagem
toma-se a profissãomais
indicada para
promover
o cuidado diário dos idososem
parceriacom
os familiarescuidadores.
Toma-se
indicada,também,
a orientar e a cuidar preventivamentedo binômio
cuidado/ cuidador para manter por mais
tempo
a saúde dosmesmos
(SILVA;
GONÇALVES;
PFEIFFER,
1997).Nesse
sentido, este trabalho esteve voltado ao cuidado deenfennagem
com
ênfaseem
ações educativas, visando favorecermelhor
qualidade de vida ao idosono
seu contexto2
OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
0 Favorecer
melhor
qualidade de vida aos idosos deambos
os sexos, quemoram
sozinhosou
com
suas famílias, e que estão aptos a compartilhar experiências sobre 0 autocuidadono
que diz respeito a sua saúde, inserindo a famíliano
processo de aprendizagem,
fundamentado na
teoriado
autocuidado de DorotheaOrem.
2.2 Objetivos específicos
0
Conhecer
a estrutura fisica e organizacionaldo
Centro deSaúde onde
serádesenvolvida parte
da
prática assistencial, etambém,
conhecer o contextoda
comunidade
local.0 Identificar os déficits de autocuidado das pessoas idosas, assim
como,
de suasfamílias cuidadoras que pertençam à área de atuação.
0 Implementar o processo de
enfermagem
aos idosos selecionados e suas famílias,fundamentado
na Teoria Geral deEnfermagem
de Dorothea ElizabethOrem.
0 Avaliar a prática assistencial implementada.
0 Aprofundar os conhecimentos científicos referentes ao
tema
abordado, assimcomo
participar de outras atividades paralelas ao estágio quepossam
contribuir15
3
REVISÃO
DE LITERATURA
“Sobre si
mesmo,
sobre seu corpo e sua mente, o indivíduo é soberano”.(MILL, 1909)
3.1
O
serhumano
idosona
sociedade atualSegundo
oÁlbum
de Direitosda
Terceira Idade (2002), onúmero
de pessoascom
mais de
60
anos cresceno
mundo
todo.No
Brasil, os mais velhossomam
hoje cerca de 14 milhões de pessoas.No
ano de 2025, essenúmero
subirá para 33 milhões de brasileiros.Segundo
o censo realizadono
ano de dois mil estimou-se queem
dois mil e trêsteríamos
uma
população de 448.815 idososem
Santa Catarina e, especificamente,em
Florianópolis teríamos 31.071 pessoas
com
mais
de sessenta anos(MINISTÉRIO
DA
SAÚDE,
2003).Algumas
das explicações sedevem
ao acelerado processo de transiçãodemográfica
e epidemiológica que acontece a partir dos anos60 no
Brasil.Com
oamnento
das populações adulta e idosano
país,somados
auma
organizaçãodo
sistema de saúde e deassistência social voltada para o
segmento
matemo-infantil, surge a necessidade de asociedade civil se organizar
em
tomo
dos idosos e de buscar novas formas de políticaspúblicas que
atendam
a essanova
população(COSTA;
MENDONÇA;
ABIGALIL,
2002).Mesmo
sendo o envelhecimentoum
processo diferencial, de acordocom
aOrganização
Mundial da Saúde
(OMS),
a definição de idoso é diferente para os paísesdesenvolvidos e para os países que estão
em
desenvolvimento, pois está ligada à qualidade devida dessas pessoas.
Nos
países desenvolvidos são considerados idosos as pessoascom
65 anosou
mais.Nos
paísesem
desenvolvimento são idosos os indivíduoscom
60
anosou mais
Segundo
Costa (apudSANTOS
2001), oaumento da
população idosano
país trazconsigo grandes preocupações, pois sendo o Brasil
um
paísem
processo de desenvolvimentoe não tendo ainda solucionado questões básicas e essenciais a sua população ativa, restam aos
idosos e inativos o descaso e a constatação de
que
a explosãodemográfica
de idososno
Brasilé realmente
uma
questão de saúde pública.Na
década de 70,com
a preocupaçãodo
rápido crescimentoda
população idosano
país, realizou-seem
Brasília o I Seminário Nacional Sobre o Idoso.A
partir daí, nas décadasseguintes, os idosos foram alvos de inúmeros programas que objetivavam
um
envelhecimentocom
maior dignidade, respeito e saúde(SANTOS,
2001).Em
4 de janeiro de 1994, foipromulgada no
Brasil a Política Nacionaldo
Idoso,Lei 8.842, que cria o Conselho Nacional
do
Idoso.A
Política Nacionaldo
Idosotem
porobjetivo “assegurar os direitos sociais
do
idoso, criando condições parapromover
suaautonomia, integração e participação efetiva
na
sociedade”.No
entanto a lei só foiregulamentada
em
3 de julho de 1996, atravésdo
Decreto n° 1948(ÁLBUM
..., 2002).Sabe-se que
há
falhasna
execução deste Decreto, por falta de recursos financeirospara a implantação e implementação
da
Política Nacionaldo
Idoso (PNI).No
entanto,no ano
de 1999, surgiu a Política Nacional de
Saúde do
Idoso,que mais
Luna vez tentava assegurar osdireitos da população idosa. Já
no
ano de 2003, foi sancionado o Estatutodo
Idoso,que
tinhacomo
finalidade garantir os direitos das pessoascom
mais de60
anos.Segundo
a Conferência Nacional dos Bisposdo
Brasil (2002),no
Ano
Intemacionaldo
Idoso, essamesma
população, representando vinte e dois estados,na
Assembléia Nacional realizada
em
1999, decidiu manifestar aogovemo
e à sociedade sua preocupaçãoem
relação a situação sócio-econômica da população brasileira, particulannentedos idosos, assim
como,
propor a “participação efetivado
idoso,da
sociedade e da família”17
Embora
o Brasil tenha muitas leis quedefendem
os direitos dos idosos, muitasdelas estão somente
no
papel e nãona
realidade dessas pessoas.O
Brasil ainda éum
paíscom
entendimento atrasado
em
relação aos problemas das pessoas idosas,mas
gradativamente as Políticas Públicas voltadas aos Idososvem
sendo implementadas.Ao
longo dos anosvem-se
tentando criaruma
consciênciaem
relação aos direitos de todas as pessoas, sejam elas idosas, adultasou
crianças, assim,poderemos
garantiruma
sociedademais
justa às pessoas de todasas idades, especialmente aos mais velhos,
que
poderão,enfim,
conquistar seus direitos e vivercom
mais dignidade(COSTA,
MENDONÇA,
ABIGALIL,
2002).3.2 Teorias
do
Envelhecimento
“As
manifestações somáticasdo
envelhecimento são geralmentebem
evidentes efacilmente observáveis,
porém
pouco
se sabe sobre a origem dessefenômeno
comum
a todos os seres vivos”(CARVALHO
FILHO;
ALENCAR,
2000, p.l).Segundo
Schier (2001), diversas teoriasprocuram
explicaro
envelhecimento,destas as
mais
aceitas pelos pesquisadores e que secomplementam,
são a teoriada
deterioração
da
síntese protéica e a teoriado
relógio biológico.A
estas são acrescidos osfatores intrínsecos (hereditariedade, radicais livres e alterações imunológicas) e extrínsecos
(alimentação, variações climáticas e radioatividade) que
influenciam no
mecanismo
dealteração protéica. Tais alterações se
refletem
nas células, tecidos e órgãoscom
repercussõesmorfológicas e funcionais.
Mecanismos
homeostáticos,como
os centros reguladoreslocalizados
no
cérebro, a funçãodo
sistema endócrino e o sistema imunológico,com
a finalidade de controle e ajustamento, conferem ao serhumano
a capacidade de manter seuenvelhecimento
do
serhumano
estão, então, condicionados aum
padrão genético e àsinfluencias
do
meio
ambiente.3.2.1 Teoria da deterioração protéica
O
processoda
síntese protéica resume-se em: oADN
leva a fonnaçãodo
ARN
eeste à
da
proteína.Para alguns teoristas a disfunção celular seria resultante de erros nos
mecanismos
precursores da fonnação protéica.
Na
teoria do “erro primário”, a alteração ocorreriano
ADN.
Já Orgel (apud
CARVALHO
FILHO;
ALENCAR
2000), propôs a teoriado
“equívoco
ou
erro catastrófico”. Ele admite que ocorreriam errosna
produção enzimáticaque
iriam interferir
na
síntese deARN
e, por conseqüência, a produção de proteínas anonnaisque
levariam a deterioração orgânica e a morte.
Mesmo
que não
se admita a teoriado
“erro catastrófico”,tem
sido reveladaredução
da
síntese protéicaem
várias espécies vegetais e animais. Haveria então,uma
produção mais lenta por parte das células idosas
quando comparadas
com
a dasmais
jovens.Embora
se desconheça a causa dessa redução, é possívelque
ela possa ocorrer nos diversosestágios metabólicos da síntese de proteínas
(PAPALÉO NETTO;
BORGONOVI,
2002).Conforme
Carvalho Filho e Alencar (2000),tem
sidotambém
demonstradoque
no
envelhecimento
há
tendência aoacúmulo
de proteínas nos vários órgãos e tecidos que estãosendo, continuamente, sintetizados e degradados.
A
reduçãono
processo de degradação seria19
Essas alterações observadas nas proteínas seriam responsáveis
não
somente poralterações
do
envelhecimento nos vários setoresdo
organismo,mas
também
por diversos processos patológicos freqüentes nos idosos,como
Diabetes Mellitus eDemência
Senil.3.2.2 Teoria
do
Relógio BiológicoNesta teoria acredita-se que a longevidade
tem
base genética,que
cada ser vivoapresenta
uma
duraçãomáxima
de vida que seria detenninada pelo seu padrão genético.Segundo
Papaléo Netto e Borgonovi (2002), os autores quedefendem
a teoriado
envelhecimento
programado admitem
que as células teriamum
relógio biológico intrínseco,ou
seja,uma
seqüência de eventosprogramados
dentrodo genoma,
que dariam origem aoprocesso de envelhecimento, que nada
mais
seria que a continuaçãodo programa
dediferenciação, isto é,
uma
extensãodo programa
de crescimento e desenvolvimento.3.3 Fisiologia
do Envelhecimento
À
medida que
os anos passam, vão ocorrendo transformaçõesem
nosso corpo.Com
o envelhecimento a capacidadedo
corpoem
manter a homeostasia toma-se cada vez mais diminuídacom
0 envelhecimento celular.Os
sistemas orgânicosnão fimcionam
maiscom
eficiênciamáxima
em
virtude dosdéficits celulares e teciduais. Entretanto é necessário lembrar que as alterações causadas pelo
fenômeno do
envelhecimento desenvolvem-seem
ritmo diferente para cada individuo.3.3.1 Alterações fisiológicas
do
envelhecimentoRelacionaremos
algumas
alterações fisiológicasdo
envelhecimento baseadas nasliteraturas de Smeltzer e Bare (2000), Jacob Filho e
Souza
(2000), Carvalho Filho (2002).0 Sistema Cardiovascular
As
válvulas cardíacastomam-se
mais espessas e rígidas, e omúsculo
cardíaco e as artériasperdem
sua elasticidade.À
medida
que otempo
passa, depósitos degordurae
cálcioacumulam-se
na parede das artérias, e as veiastomam-se
cada vezmais
tortuosas.A
funçãocardiovascular é mantida,
porém
apresentandouma
reserva diminuída e respondendocom
menor
eficiência ao estresse.A
disfunção cardiovascularpode
manifestar-secomo
anitmias cardíacas, insuficiência cardíaca congestiva,doença
coronariana, arteriosclerose, hipertensão,claudicação intennitente (dor
na
perna causada pela deambulação), infartodo
miocárdio,doença
vascular periférica, hipotensão ortostáticaou
acidentes vasculares cerebrais(derrames).
0 Sistema Respiratório
Ocorre
um
aumento do
diâmetro torácico ântero-posterior, colapso das vértebraspor osteoporose que resulta
em
cifose, calcificação das cartilagens costais, redução de mobilidade das costelas, osmúsculos
respiratóriostomam-se
menos
eficientes, a rigidez21
recolhimento elástico
do
pulmão
resultaem
volume
residualpulmonar aumentado
e a capacidade vital diminuída.Conseqüentemente
a troca gasosa e a capacidade de difusãoficam
diminuídas e juntamente
com
a redução da eficiênciada
tosse eda
atividade ciliar e o espaçomorto
respiratórioaumentado
a pessoa idosa toma-se mais vulnerável às infecçõesrespiratórias.
0 Sistema
Tegumentar
Com
o envelhecimento a epiderme e aderme tomam-se
mais espessas, as fibraselásticas
ficam
reduzidasem
número
e o colágeno toma-se mais rígido.O
tecido adiposo subcutâneo diminuicomo
também
onúmero
dos capilares sangüíneos o que resultaem
menor
aporte sangüíneo.
O
conjunto dessas alterações resultaem
perdada
elasticidade,no
enmgamento
e flacidezda
pele.A
pigmentação dos pêlos diminui, e o resultado éuma
mudança
gradual para a cor acinzentada.A
pele toma-se mais seca e susceptível às irritações,devido a redução das atividades das glândulas sudoríparas e sebáceas.
Essas alterações
no
tegumentoreduzem
a tolerância aos extremos de temperaturaeà exposição ao sol.
0 Sistema
Reprodutivo
Na
mulher
a produção de estrogênio e progesterona é cessadacom
amenopausa.
tamanho, assim
como
a elasticidade, as secreções vaginais e a acidezdiminuem,
resultandoem
ressecamento vaginal e prurido, a diminuiçãodo
tônusdo músculo
pubococcígeo resultaem
relaxamentoda
vagina edo
períneo. Essas alterações contribuem para o sangramentovaginal e o coito doloroso.
As
glândulasmamárias
são substituídas por tecido fibroso,enquanto ocorre a perda de tecido gorduroso.
Com
isso asmamas
tomam-se
pendentes e flácidas.No
homem
os níveis de androgêniosdiminuem
assimcomo
o pênis e os testículos.A
disfunção erétilpode
desenvolver-se concomitantemente a outras doenças.O
número
de espermatozóides cai à metade,mas
a fertilidade persiste até o extremoda
vida.0 Sistema Genito-Urinário
Ocorre diminuição
na
taxa de filtração nos rins, a eficiência da reabsorção econcentração de urina estão prejudicadas.
O
tônus vesical é menor,aumentando
o resíduourinário,
com
maior tendência à infecção.As
mulherescom
mais
idade sofremcom
freqüência de incontinência urinária de estresse
ou
de urgência.No
homem
idoso, ahiperplasia
ou
hipertrofia de próstata são achados comuns.0 Sistema Gastrintestinal
A
doença periodontal écomum
levando a perda dos dentes.A
boca pode
ficarmais
ressecada, pois ofluxo
salivar diminui.A
motilidade gástricapode
diminuir e resultar23
como
ferro, cálcio e vitaminaB”
podem
ser prejudicadas devido a diminuiçãoda
acidezgástrica.
A
incidência de cálculosna
vesícula eno
ducto biliaraumenta
com
o passar dos anosem
conseqüênciada
diminuiçãoda
circulação.O
pâncreas secretamenos
insulina, o queaumenta
a glicemiaem
jejum. Flatulência, desconforto abdominal e constipaçãotambém
sãomais comuns.
0 Sistema Músculo-Esquelético
Ocorre, progressivamente
com
o passar dos anos,uma
diminuiçãoda
massa
Óssea.A
perda excessiva dessamassa
resultaem
osteoporose,mais
evidenteem
mulheresna
pós-menopausa, associada à ingestão inadequada de cálcio, inatividade e perda de estrogênios.
Aumentam
os riscos de fratura,há
reduçãona
alturaem
conseqüência da cifose,flexão
dequadris e de joelhos e, conseqüentemente, a mobilidade e o equilíbrio são afetados.
Os
músculos
reduzem
de tamanho,perdem
força, flexibilidade e resistência.A
dorlombar
também
émais
comum
neste período.0 Sistema
Nervoso
Ocorre perda progressiva
da massa
cerebralem
funçãoda
redução das célulasnervosas, redução
na
síntese e metabolismo de alguns neurotransmissores, impulsos nervosossão conduzidos de
forma mais
lenta e a pessoa idosa levamais
tempo
para pensar e reagir.A
menos
eficiente.As
alteraçõesdo
sistema nervoso sãoacompanhadas
poruma
reduçãodo
fluxo
sangüíneo cerebral.Na
ausência de alterações patológicas a pessoa idosa retémhabilidades cognitivas e intelectuais.
0 Sistema Sensorial
No
que se refere à visão, as alteraçõesna
estruturado
olho incluem: achatamentoda
superñcie comeal,embotamento do
cristalino que atenua a luz disponível, perdasno
número
e eficiência de fotorreceptoresna
retina, perdada
capacidadedo
cristalinoem
acomodar-se.
Outras patologias
tomam-se
maiscomuns
com
o avançoda
idade: degeneraçãomacular,
glaucoma
e catarata.Quanto
à audição, a capacidade de ouvir sons de alta freqüência diminui e os sonsde algumas consoantes se
confundem
dificultando a conversação. Alteraçõesno
ouvidointemo
provocam
perdas irreversíveisna
audição.Em
se tratandodo
paladar e olfato,com
o avançoda
idadehá
um
comprometimento
na capacidade de perceber odores e sabores. Essas alterações são resultadoda
perda de receptores e demudanças
em
circuitos neuroniais.Alguns
estudosmostram
quehá
um
declínio progressivona
sensibilidadeou
sensação tátil.25
3.4
Aspectos
Psicológicosdo Envelhecimento
A
partirdo
começo
do séculoXX,
quando
o envelhecimento passou a sermais
estudado,
ficou
claro que o processo não poderia limitar-seem
fatores orgânicos e fisiológicos, pois, interagindo junto às transforrnações corporais, as pessoas apresentavamalterações de comportamento, de papéis, de valores, de status, de crenças de acordo
com
as diferentes fases e grupos etários a que pertenciam e,também,
em
função de suas escolhas eadaptações individuais ao longo
do
seu ciclo de vida(SANTOS,
2001).Segundo
Gatto (1996), o avanço da tecnologia e a supervalorizaçãoda
capacidadede produção
fazem
com
que o ser envelhecente perca partedo
seu significado edo
seu espaçona
sociedade.A
perdado
papel social aliada a doençascomuns
nessa fase da vida, estresse,cansaço, traumas e desilusões são perdas importantes que afetam a auto-estima e
podem
culminar
em
crises.Teorias
confirmam
que o envelhecimento biológico nãotem
uma
relação diretacom
a diminuição das capacidades mentais; oque
acontece é que omeio onde
o idoso está inseridotomou-se
exigente demais, fazendocom
que
os idosos perdessem a motivação e ainiciativa por sentirem-se bloqueados e,
em
conseqüência disso,acabam
isolando-sesocialmente
(SIMÕES,
1994).Em
geral as experiências vividas na infância,influenciam na
estruturação psíquicae nas reações emocionais na vida adulta e
na
velhice(GAVIÃO,
2000).Segundo
Dewald
(apudGAVIÃO
2000),uma
história de vida traumática,mesmo
inconscientemente, será
um
fator predisponente que poderá desencadear distúrbios de adaptaçãoou
psicopatologiasna
idade avançada.No
entanto, se na vidado
idoso, os conflitos emocionaisnão forem
intensos, este trará consigo certa “imunidade psicopatológica” que,na
Para Baltes e Silverberg (apud
GAVIÃO
2000),uma
relação segura e deamor
entre cuidadores e crianças é traduzida,
na
velhice,como
um
sentimento de segurança eautonomia, favorecendo a aceitação
do
envelhecimento.Mas,
o envelhecimento traz consigo algumas alteraçõesdo
organismo.Conforme
cita
Gavião
(2000), quanto mais os anos passam, mais conscientes os idosos ficam de suaslimitações.
3.4.1 Alteração
da
InteligênciaSegundo
Smeltzer e Bare (2000) e Vargas (apudSIMÕES,
1994), existem doistipos de inteligência: aquela fluida - que são as potencialidades genéticas
ou
qualidadesbásicas
do
sistema nervoso e a cristalizada - que é responsável pelos conhecimentosaprendidos, resultado
da
experiência, aprendizagem e fatores ambientais.Resultados de estudos
mostram
quena
segundametade
da vida a inteligênciafluida
apresentaum
declínio enquanto a inteligência cristalizadapermanece
estávelou
aumenta.
Entretanto, segundo Butler (apud
SIMÕES,
1994), o declínio intelectual é devido aestágios patológicos
do
cérebro, exigênciasdo meio
que vãoalém da
capacidadedo
idoso,mas
não declinamem
funçãodo
passarda
idade.Porém
todos os autoresconcordam
que o estímulo intelectual fazcom
que
as27
3.4.2 Alterações da
Memória
Segundo Rosa
(apudSIMÕES,
1994), a perda damemória
pode
estar. associada aoendurecimento das artérias, hipertensão,
ou alguma
deficiênciaque
diminua a irrigaçãosanguínea para o cérebro.
Simões
(1994), acrescenta a isso, a diminuição da síntese protéica oque leva a desestruturação dos neurônios, fazendo
com
que a capacidade de aprender e transmitir estímulos vitais armazenadosna
pessoa idosafique
reduzida.Mas
oque
leva os idosos alembrarem
fatos passados eesquecerem
acontecimentos recentes?
Segtmdo Simões
(1994), o fato dos idosos esqueceremcom
facilidade os fatos recentes se
dá
porque estas informações sãofixadas no
hipocampo, que seinsere
no
telencéfalo, e este é muito sensível à falta de oxigenação.A
falta de oxigenaçãopode
ocorrer devido a acidentes vasculares, isoladosna
região, que não são percebidos eafetam a
memória
dos fatos recentes.Como
explicaBumside
(apudSIMÕES,
1994), amemória
dos fatos passados é preservada por maistempo
porque é dependente,provavelmente, de territórios corticais maiores, o
que
toma
mais
difícil a falta de oxigenação.Embora
a literatura nos mostre que o envelhecimento acarreta muitos problemas àsaúde
do
idoso, e que éum
período de perdas e de muitas dificuldades, Gavião (2000), nosmostra
que
mesmo
que o serhumano
idoso apresentealgum
tipo de incapacidade, oimportante é que o envelhecimento traz consigo experiências que não
devem
sersubestimadas.
O
decorrerdo tempo
faz a pessoacompreender melhor
a existência porqueestimula questionamentos
que ajudam no
desenvolvimentodo
idoso eno
encontro da sua3.5
Autonomia do
idosoSegundo Menezes; Rosa
e Rodrigues (1997), aautonomia
éum
direito dos idososque
gozam
de suas faculdades mentais.No
entanto costuma-se rotular as pessoas da terceiraidade
como
aquelasque
nãosabem
o que querem, nãosabem
o quefazem
enem
o que pensam.Não
bastasseuma
maior fragilidade e vulnerabilidade física e emocionalem
conseqüênciado
processo naturaldo
envelhecimento,querem
tirar dos idosos seu direito dese auto-govemar, seu direito de escolha, de decisão e de avaliação.
Conforme Goldim
(2002),uma
pessoaautônoma
é aquela capaz de decidir sobre seus objetivos pessoais e de agirna
direção dessa decisão. Respeitar a autonomia, significavalorizar as opiniões e escolhas, evitando a obstrução de suas ações
quando
estas nãoprejudicam outras pessoas.
No
entanto paratomar
decisões os idososdevem
estargozando
de suas capacidades mentais, e segundoAhronheim
et al (apudGOLDIM,
2002), a capacidade dedecisão da pessoa baseia-se
em
diferentes habilidadescomo:
envolver-secom
o assunto,compreender
ou
avaliar as altemativas e comunicar sua preferência.Muitas vezes a participação
do
idoso nastomadas de
decisões é reprimida,indevidamente, pela sua própria família.
O
importante é saber que o simples fato de ser velhonão
significaque
o indivíduonão possa tomar decisões e não possa exercer plenamente os seus desejos pessoais, baseados
em
seus valores.“Tomar
decisõessem
usar os valorescomo
um
dos critérios éuma
29
3.6 Família e Idoso
A
família e acomunidade
são importantesno
processo de autocuidadodo
idosoque
requer incentivo por parte dosmesmos
para manterou
melhorar a qualidade de vida dosmais
velhos.A
maioria das pessoas faz parte deum
núcleo familiar,porém
existem diferentes tipos de família.Uma
famíliapode
sercomposta
pela família nuclear, por agregados, pelosamigos,
ou
seja, pessoas quemantêm
laços afetivos, enenhuma
consangüinidade(LIMA;
LOPES;
ARAUJO,
2001).É
no
ambiente familiar que são aprendidos os valores ético e humanitário, eonde
se
aprofundam
os laços de solidariedade.É
também
em
seu interiorque
se constroem as relações entre as gerações e são percebidos os valores culturais(ARAUJO
apud
LIMA;
LOPES;
ARAUJO,
2001)Segundo
Ferrigno (apudLIMA; LOPES;
ARAUJO,
2001), é fundamental que afamília tenha atitudes positivas
em
relação aos idosos,no
entanto é preciso aceitar que muitosidosos
não têm
família, equando
as têm, muitas vezesnão
convivem
juntos; daí que aresponsabilidade, pelo idoso, é de toda a sociedade.
À
medida
que o serhumano
envelhece, traz consigo limitações e dependências,fazendo
com
que
os familiaresassumam
novo
papel: o de cuidador.O
processo de cuidar criauma
nova
identidade aos seres cuidadores,ou
seja, aoassumir a condição de cuidador as pessoas se
redefinem
e criam novas relaçõesno
seu fazer.Segundo
Leme
e Silva (2002, p. 94), a família deve atender as necessidades dosidosos e acolhê-los, pois o ambiente familiar é
onde
osmais
velhos sentem-semais
seguros.paralelamente,
um
aumento
de sua dependênciado
ambiente familiar, caracterizado pelopróprio idoso
como
um
local de estabilidade e de proteção”.Entenda-se esta dependência não
como
uma
dependência física,mas
como
uma
necessidade de atenção e proteção fornecida
no
ambiente familiar.No
tocante à família, cadauma
tem
sua particularidade eum
jeito próprio deencarar o
problema do
idoso.O
ambiente familiar é o localonde
setem
a liberdade eautenticidade
no
modo
de ser; sítio de sentimentos deamor
e conflitos,que levam
aocrescimento,
amadurecimento
eonde
seexperimentam
papéis diferentesque levam
aofortalecimento para enfrentar os problemas
do
dia-a-dia(SANTOS,
2001).As
relações familiaresdevem
ser notteadas por amor, carinho, afeto e pelo cuidadocontínuo e recíproco, pois o papel de cuidador é invertido
no
decorrer da vida.Quando
osfilhos são pequenos, os pais
assumem
o papel de cuidador; são eles queprotegem
e dãoatenção.
À
medida
que os filhos crescem, os paisenvelhecem
etomam-se
dependentes de cuidados de outras pessoas, por isso os papéis são invertidos; os filhos vão cuidar e protegerseus pais
como
outroraforam
cuidados(SANTOS,
2001).No
entanto, a dependênciado
idoso gerana
famíliauma
situação caótica edesestruturadora
na
esfera emocional,econômica
e na organizaçãodo
próprio cotidiano.O
cuidador deve enfrentar o mito de
que
a família é oproblema
de dificil solução, muitas vezesconstituindo-se
em
fonte normativa de estresse familiar.Vendo
a famíliacomo
aliada, ocuidador já inicia
uma
interação favorávelcom
ela, ficando mais fácil direcionar o cuidardo
idoso dependente(SANTOS,
2001), assimcomo,
ajudar o familiar a teruma
visãomais
profunda e a
compreender melhor
o processo de envelhecimento(SMELTZER;
BARE,
2002)
No
entanto,mesmo
compreendendo
o processo de envelhecimento e suas possíveis conseqüências, cuidar deuma
pessoa idosa muitas vezes passa a serum
fardo para a família,31
principalmente para
quem
assume
o papel de cuidador.É uma
responsabilidade que trazconsigo cansaço físico,
medo,
preocupações financeiras, descuidocom
a própria saúde,com
a aparência,menos
atenção aos outrosmembros
da
família emenos
atençãocom
suas próprias necessidades,ou
seja, recai sobreo
cuidadoruma
grande carga fisica e emocional. Para tanto é necessário que aenfermagem
observe as necessidadesdo
idoso edo
familiar cuidador, ejuntos encontrem maneiras de fortalecer o cuidado
sem
que o ser idoso e o ser cuidador saiamprejudicados
(PELZER;
FERNANDES,
1997).Mesmo
que
a família encontre muitas dificuldades e preocupaçõesno
processo decuidar, esta deve atender a seus idosos
com
amor
e respeito, aceitá-loscomo
são,com
seusdefeitos e qualidades, manter sua dignidade, dar-lhes autonomia enquanto
puderem
responderpor si, incentivá-los a viver
com
qualidade, integrá-los à comunidade, ouvi-loscom
atenção erespeito, acolhê-los nos
momentos
difíceis, cuidá-los nosmomentos
de enferrnidade e dividircom
eles os sentimentos e osbons
momentos
(CONFERÊNCIA....,
2002), dessemodo,
osfamiliares e os cuidadores poderão viver
com
melhor
qualidade e poderão enfrentar asdificuldades
sem
que hajaum
desgaste muito grande.Todavia,
sabemos que
o cuidadocom
o serhumano
idosonão
ésomente
urna responsabilidade da família, étambém
dacomunidade
que deve oferecer recursosque
ajudem
tanto os idosos quanto o familiar, assim
como,
dos órgãos públicosque
devem
fomecer
subsídios às famílias cuidadoras.
Um
exemplo
disso é a Lei n° 8.842/ 94que
define a PolíticaNacional
do
Idoso eque
assegura os direitos das pessoascom
mais de sessenta anos (ÁLBUM...,2002), assimcomo,
a Política Nacional deSaúde do
Idosoque
veio apoiar osidosos e, conseqüentemente, suas famílias.
Segundo
Schier (2001), a Política Nacional deSaúde do
Idoso busca desenvolver parcerias entre os profissionaisda
saúde e pessoaspróximas aos idosos, de
modo
apromover melhor
capacidade funcionaldo
ser envelhecente.claras e precisas sobre diagnóstico e tratamento.
Deverá
também
promover
a saúde, prevenir incapacidades e manter a capacidade funcional, evitando, se possível, hospitalizações,asilamentos e outras formas de segregação e isolamento.
Fortalecendo os direitos dos idosos,
no
dia primeiro de outubro de dois mil e três,dia Intemacional
do
Idoso, foi sancionado o Estatutodo
Idoso,composto
por cento edezenove artigos que garantem os direitos das pessoas
com
mais
de sessenta anos.Segundo
Paim
(2003), o Estatutodo
Idoso,estabelece como dever da família, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso
com absoluta prioridade o efetivo direito à vida, à saúde, alimentação, moradia,
transporte, esporte, trabalho, cidadania, cultura, liberdade e respeito à convivência
familiar e comunitária.
(ANEXO
A).3.7
Doenças
mais
comuns na
terceira idadeBaseados nas Literaturas de Nasri (2002); Smeltzer e Bare (2000);
Marcondes
eThomsen
(2000); Bilous (l999); Carvalho Filho; Pasini e Papaléo Netto (2000);Brandão
et al(2002),
Compston
(1999).3.7.1 Diabetes Mellitus
Diabetes Mellitus é
uma
alteração metabólicaque
está associada à deficiênciaabsoluta
ou
relativa da insulina.A
insulina éum
honnônio
sintetizado e secretado pelascélulas beta presentes nas Ilhotas de Langerhans
no
pâncreas. Outro importantehonnônio
liberado pelas células alfa das Ilhotas de Langerhans
no
pâncreas é o glucagon. Este é<>¿?_z,?_/~t_.0.\.l.›%¿.$S2.... . ' ioteca.
Universitaria
33
'U
TÍÉ5” <;:conjunto,
mantêm
o nível de glicose sanguínea constante por estimular a liberação de glicosea partir
do
fígado.Quando
uma
refeição é ingerida, a secreção de insulinaaumenta
e leva a glicosedo
sangue para dentro dos músculos, fígado e células adiposas.A
insulinapromove
o anabolismo,ou
seja,armazena
os nutrientes ingeridos através de alterações enzimáticas produzidas principalmenteno
Íigado,músculos
e tecidoadiposo. Nessas células, a insulina apresenta os seguintes efeitos: Transporta e metaboliza a
glicose
em
energia, estimula oarmazenamento
da glicoseno
fígado eno músculo na forma
deglicogênio, estimula o
armazenamento
dos lipídiosda
dietano
tecido adiposo, acelera otransporte de aminoácidos (derivados da proteína da dieta) para dentro das células.
O
Diabetes Mellitus possui duas classificações principais: Diabetes Mellitus tipoIe Diabetes Mellitus tipo II.
a)
Tipo
1ou
Insulino-DependenteCaracteriza-se por destruição das células beta pancreáticas. Acredita-se
que
uma
combinação
de fatores genéticos, imunológicos e possivelmente ambientais, contribuam paraa destruição das células beta. Pesquisas
mostram
a existência de auto-anticorpos anticélulasbeta
em
aproximadamente
85%
de diabéticos tipo lrecém
diagnosticados. Essesmesmos
auto-anticorpos não
foram
encontradosem
pessoas que nãopossuem
Diabetes. Esse achadosuporta a hipótese de
que
alteraçõesdo
sistema imunológico participamda
etiopatogeniado
Diabetes tipo 1.
O
Diabetes Insulino-Dependente, éuma
forma
grave, que se associa à cetose, caracterizado por estado catabólico acentuado,com
nível de insulina virtualmente nulo,glucagon plasmático elevado e células beta
do
pâncreas incapazes de responder a qualquerestímulo insulinogênico.
Pessoas portadoras de Diabetes Mellitus tipo l,
passam
a necessitar de injeçõesdiárias de insulina para se manter
em
boas condições.b)
Tipo
›2ou
InsulinoNão-Dependente
Caracteriza-se pelo
comprometimento da
secreção de insulina e pela resistência àinsulina,
ou
seja, a sensibilidade dos tecidos a esse hormônio, diminui.Como
o Diabetes tipo 2 está associado auma
intolerância à glicose lenta e progressiva, o início desse tipo de Diabetes aparece geralmenteem
pessoascom
mais
de trinta anos.Ê uma
fonna
de Diabetes habitualmente não-cetótica, poishá
menos
quebrada
proteína eda
gordura, conseqüentemente, a produção de corpos cetônicos ébem
menor
e orisco de
coma
cetoacidótico é pequeno.É
o tipo maiscomwn
entre os idosos e encontra-se associadocom
a obesidade, hipertensão arterial e forte presençado componente
genético.Nesse
tipo de Diabetes os níveis glicêmicospodem
ser controladoscom
medicamentos ou somente
com
uma
dieta.3.7.1.1 Manifestações clínicas
As
manifestações clínicasdo
Diabetes Mellitus incluem poliúria (micção35
diurese osmótica.
A
polifagia (apetite aumentado) ocorre devido ao estado catabólicoinduzido pela deficiência de insulina e pela clivagem de proteínas e lipídios. Fadiga, fraqueza,
alterações súbitas da visão, formigamento
ou
dormência demãos
e pés, pele seca, lesões dediñcil cicatrização e infecções recorrentes são outros sintomas
do
Diabetes Mellitus.No
Diabetes tipo 1, inicialmente
pode
ocorrertambém
náuseas, vômitos e dores abdominais.3.7.1.2
Complicações
CrônicasSão
classificadasem
microvasculares (nefropatia, retinopatia e neuropatia) emacrovasculares (aterosclerose e suas conseqüências).
3.7.1.3
Complicações
Agudas
Hipoglicemia: Ocorre
quando
o nível sanguíneo de glicose cai abaixo de50
a 60mg/dl.
Pode
ser provocada pelo excesso de insulinaou
de agentes hipoglicemiantes orais, poratrasar
ou
perderuma
refeiçãoou
lancheou
por atividade física excessiva.Na
hipoglicemiabranda, geralmente ocorre sudorese, tremor, taquicardia, palpitação, nervosismo e fome.
Na
hipoglicemia moderada,pode
ocorrer incapacidade para se concentrar, cefaléia, tonteira,confusão, lapsos de
memória,
dormência dos lábios e língua, turvaçãoda
fala,comprometimento
da coordenação, alterações emocionais,comportamento
irracionalou
combativo, visão dupla e sonolência.
Na
hipoglicemia grave os sintomaspodem
incluir oCetoacidose Diabética:
Causada
pela ausênciaou
quantidade insuficiente deinsulina, resultando
em
distúrbiono
metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios.A
hiperglicemia, desidratação, perda eletrolítica e acidose são os principais aspectos clínicos.
Com
a faltada
insulina,há
uma
reduçãona
quantidade de glicose que entra nascélulas e
um
aumento da
produção de glicose pelo fígado, ocasionando a hiperglicemia.Com
isso, os rins excretam o excesso de glicose
em
conjuntocom
aágua
e eletrólitos resultandoem
micção
excessiva,podendo
levar à desidratação e acentuada perda de eletrólitos.Outro efeito
da
deficiência da insulina é a clivagem dos lipídiosem
ácidos graxoslivres e glicerol.
Os
ácidos graxos são convertidosem
corpos cetônicos pelo fígado, sendoproduzido
em
grande quantidade por causa da carência de insulina. Esses corpos cetônicos são ácidos, equando acumulados na
circulação,levam
à acidose metabólica.Síndrome
HiperglicêmicaHiperosmolar
Não-Cetótica:O
que diferenciada
Cetoacidose Diabética é que geralmente ocorre-nas pessoas idosas,
sem
história conhecida dediabetes
ou
com
diabetes de tipo 2.E também
porque nãoacontecem
a cetose e a acidose por causa das diferenças nos níveis de insulina.Na
Cetoacidose Diabética,nenhuma
insulina está presente, oque
promove
a clivagem da glicose, proteínas e lipídios arrnazenados, originandoa produção de corpos cetônicos.
Nessa
Síndrome, o nível de insulina é muito baixo para evitar a hiperglicemia,mas
é alto o suficiente para evitar a clivagem dos lipídios.
3.7.1.4 Tratamento
do
Diabetes MellitusA
meta
principaldo
tratamentodo
Diabetes é normalizar os níveis sanguíneos de37
meta pode
ser alcançada atravésda
educaçãodo
paciente, terapia nutricional, exercíciosfísicos e terapia farmacológica.
3.7.2 Hipertensão Arterial
A
hipertensão arterial éuma
doença muitocomum
nos indivíduos idosos,com
importante contribuição
na
elevadamorbidade
e mortalidade dessa população.Oficialmente, a hipertensão é definida
como
uma
pressão arterial sistólica superior a 140mmHg
euma
pressão diastólica maiorque 90
mmHg
duranteum
período considerado.A
elevação prolongadada
pressão arterialpode
lesionar os vasos sanguíneos de todo corpo, principalmente órgãos- alvocomo
coração, rins, cérebro e olhos.Desse
modo,
a hipertensãoprolongada e descontrolada
pode
levar ao infartodo
miocárdio, insuficiência cardíaca,acidente vascular cerebral,
comprometimento
visual e hipertrofia ventricular esquerda.A
pressão arterialdepende
fundamentalmenteda
rede arterial,do
volume
desangue circulante e
do
coração. Esse sistematem
como
principal característica adistensibilidade
da
parede arterial, que procura adaptar-se às variaçõesdo
volume
circulante.Significa dizer
que
a pressão arterial está intimamente relacionada à distensãoda
paredearterial condicionada pelo
volume
de sangue que contém.Com
o passar dos anos ocorreum
aumento da
resistência periférica, ocasionadapor