UNIvERs1DADE
FEDERAL DE
sANTA CATARINA
CENTRO
SÓCIO
ECoNôM1Co
DE1›AR1¬AMENTo
DE
CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
TRABALHQ
DE
CONCLUSÃO
DE
CURSO
CUSTOS
DA
QUALIDADE
E
A
IMPORTÂNCIA DE
SUA
MEN
SURAÇÃO
FABIANA
CARLA
DA
SILVA
DOS
SANTOS
ELoR1ANÓPoLIs
-sc
DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
A ~
CUSTOS
DA
QUALIDADE
E
A
IMPORTAN
CIA
DE SUA
MENSURAÇAO
Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao departamento de Ciências Contábeis,
do
Centro Sócio
Econômico,
da Universidade Federal de Santa Catarina,como
requisito parcial para obtençãodo
grau de bacharelem
Ciências Contábeis.Acadêmica:
FABIANA
CARLA
DA
SILVA
DOS
SANTOS
Orientador: Prof. J
OIS
SE
ANTONIO
LORANDI
M.Sc
FLORIANÓPOLIS
-
sc
ACUSTOS
DA
QUALIDADE E
A
HVIPORTÂNCIA
DE SUA
MENSURAÇÃO
Autora:
ACADÊIVIICA
FABIANA
CARLA
DA
SILVA
DOS
SANTOS
Esta
monografia
foi apresentadacomo
trabalho de conclusãono
curso de Ciências Contábeisda
Universidade Federal de Santa Catarina, obtendo a notamédia
de atribuída pelabanca constituída pelos professores abaixo nominada.
Florianópolis, 08 de
dezembro
de 1 999.Prof”.
Maria Deni
e Henrique CasagrandeM.Sc
Coordenadora
deMonografia
do
CCN
Professores que
compuseram
a banca:Presid~sse
Antonio LorandiM.Sc
zLz~»z/;
Memb
o: Prof. Flávioda Cruz
M.
Sc\\
\ E
/
Membro:
Prof. Joaq `^Redigir
uma
página de agradecimentos, é algo muito dificil, principalmente depois de cinco anos de tantas interações e inumeráveis colaborações e apoios recebidos.Assim
sendo, osmeus
sinceros agradecimentos.Primeiramente à
Deus
e aosmeus
Protetores, porme
acompanharem
durante este percurso, iluminandoo
meu
caminho
e permitindo-me chegar até aqui.Aos meus
Pais, Claudionor e Rosângela, peloDom
da vida, pelo amor, pelosensinamentos, dedicação e esforços para que eu pudesse entrar da universidade, passar por
todas as fases e hoje estar aqui, dizendo o
meu
muito obrigado por esta importante conquistaem
minha
vida.Aos meus
irmãos Cláudia eLeandro
pelo carinho e amizade.Aos meus
avós, Claudionor eMaria
Tereza, e Cecília, peloamor
e preocupaçãocomigo.
Ao
meu
vô
José (InMemorían), que
estejaonde
estiver, seique
também
está feliz por estaminha
conquista.Aos meus
colegas de curso pelosmomentos
de diversão» e tensão quecompartilhamos nestes cinco anos, principalmente à Elizabete pela amizade.
Ao
Professor Joisse, pelo privilégio de sua orientação.Aos
demais professoresdo
Curso de Ciências Contábeis, que contribuíram paraminha
formação acadêmica, principalmente ao Professor Wanderlei pela amizade.Àquelas pessoas, cujos
nomes
não são citados,mas
que diretaou
indiretamente colaboraram, osmeus
sinceros agradecimentos.Enfim, meu
agradecimento muito maisdo que
especial aomeu
noivo Eduardo, peloamor, carinho, amizade, apoio,
compreensão
e estímulo paraque
eununca
desistisse epudesse hoje estar realizando este sonho, esta conquista,
meu
muito obrigado por ser parteda
minha
vida.“
Nunca
dê
uma
soluçãosem
antes ter certezade
qual é
0 problema”
(CarlosAnexo
1:Modelo
de relatório de Custos da Qualidade~
TABELA
Página
LISTA
DE FIGURAS
ig. 1: Categorias de Custos da Qualidade
ig. 2: Relação básica entre os Custos da Qualidade
Fig. 3: Relações entre as diversas categorias e a
zona
de equilíbrio Fig. 4: Sistema (OrganizaçãoHumana)
Página
14
20
22
32
Quadro
1: Linha depensamento
de alguns autores a respeito da qualidadeQuadro
2:Exemplos
dos principais Custos da Qualidade por departamentosQuadro
3:Resumo
de algumas informações contábeis e extra-contábeisQuadro
4:Menu
paraum
sistema de informações de Custosda
QualidadePágina
O7
1 1
24
27
LISTA
DE
SIGLAS
CQ
-
Custos da Qualidadeou
Costof
QualityIOB
-Informações
ObjetivasPágina
13
45
CAPÍTULO
1 1.1NTRODUCÃO
1.1.CONSIDERAÇOES
INICIAIS
... .. 1 .2.PROBLEMA
... _ . 1.3.OBJETIVOS
... .. 1.3.1. Objetivo Geral ... _. 1.3.2. Objetivos Específicos ... _. 1.4.l\/IETODOLOGIA
DA
PESQUISA
... .. 1.5.ORGANIZAÇÃO
DO
ESTUDO
... ..CAPÍTULO
11 2.LEVANTAMENTO
BTBLIOGRÁFICO
2.1.QUALIDADE
... .. 2.2.NÃO
QUALIDADE
... ..2.3.
HISTÓRICO
DOS
CUSTOS
DA
QUALIDADE
... _.2.4.
CUSTOS
DA
QUALIDADE
... ..2.4.1. Objetivos da
Mensuração
dos Custos da Qualidade ... ._2.4.2. Categorias de Custos
da
Qualidade ... _.2.4.3. Relações Entre as Categorias de Custos
da
Qualidade ... _.2.4.4. Equilíbrio Entre as Categorias ... _.
2.4.5. Coleta e Identificação dos
Dados
de Custos ... _.2.4.6. Relatórios de Custos da Qualidade ... ._
2.4.7. Riscos de
um
Sistema de Custos da Qualidade ... ._2.4.8.
O
Elemento
Humano
e os Custosda
Qualidade ... ._2.5.
INDICADORES
DE QUALIDADE
... ..'
CAPÍTULO
1113.
MODELO
PARA
MENSURAÇÃO
Dos
CUSTOS
DA
QUALIDADE
~ ~
3.1.
INFORMAÇOES PARA
A
MENSURAÇAO
... _.coNcLUsõEs
E
RECQMENDAÇÕES
1.
INTRODUÇÃO
1.1.
CONSIDERAÇÕES
1N1c1A1s
Com
o
adventoda
globalização e a conseqüente competitividade cada vez mais acirrada, as empresastem
procurado rever suas formas de organização. Esteaumento da
competitividade, fazcom
que
cada vez mais os consumidores exijam produtos ie/ou serviços de qualidade,ocasionando assim, o
aumento
da concorrência entre as empresas.Isto
tem
levado as empresas abuscarem
estratégias para fabricar produtos de qualidade,com
o
menor
custo possível. Para tanto, toma-se essencial, a utilização de ferramentas decontrole que
ajudem
a melhorar a lucratividade através da redução dos custos.Porém,
para auxiliarno
processo de redução dos custosem
busca da qualidade desejada,toma-se necessário
que
a área de Contabilidadeda empresa
esteja preparada e informatizada parareceber e processar as informações dos diversos departamentos
da
empresa.Além
disso, a área deContabilidade precisa apresentar dados financeiros,
que permitam
atomada
de decisõesno
sentido de redução dos custosem
busca deum
produto de qualidade,dando
suporte à direção daempresa.
Assim, toma-se importante, mensurar financeiramente a qualidade, apresentando à direção da empresa, relatórios gerenciais
que
sirvamcomo
base para programas de redução de custos das falhasem
busca da qualidade total.Diante
do
exposto, esta pesquisatem
como
tema,Os
Custosda
Qualidade e a Importância de sua Mensuração.1.2.
PROBLEMA
Tem-se
observado,que
a maioria das empresasgastam
um
tempo
excessivo tentandosolucioná-2
los e descobrir quais são esses problemas ainda durante o seu processo de produção.
Além
disso, as empresasperdem
lucratividade por produzir de maneira errada ecom
elevados custos.Existe, neste sentido, a necessidade da utilização de ferramentas de controle gerenciais
em
busca da qualidade,com
um
retorno dos investimentosque
seja aceitável para a organização. Portanto, esta pesquisa pretende questionar, quais são os Custosda
Qualidade e qual a importância de suamensuração
e controle.1.3.
OBJETIVOS
1.3.1.
OBJETIVO
GERAL
O
objetivo geral desta pesquisa é apresentaruma
fundamentação teórica acercada
mensuração
e identificação dos Custos da Qualidade,como
ferramenta de apoio gerencial,em
~
busca
do
crescimentoeconômico da
empresa e satisfaçaodo
cliente.1.3.2.
oBJET1vos
ESPECÍFICOS
-
Abordar
teoricamente os conceitos relacionadoscom
os Custosda
Qualidade;- Apresentar
um
modelo
paramensuração
dos Custos da Qualidade;- Avaliar a importância da
mensuração
e gerenciamento dos Custosda
Qualidade.1.4.
METODOLOGIA
DA
PESQUISA
Metodologia para
DEMO
(1990: p.19):“[]
éuma
preocupação
instrumental. Tratadas
formas
de se fazer ciência.Ainda
dos procedimentos, das ferramentas,dos
caminhos.A
finalidade
da
ciência é tratara
realidade teórica e praticamente.Para
atingirmos tal finalidade, colocam-se várioscaminhos [
”Ainda
conceituando metodologia,em
outra obra sua,DEMO
(1985: p.55) diz que:“[]
toda e qualquerpreocupação
com
questõesde
método,também
a
estatística, que éum
recurso instrumentalpara
se conseguirmaior
objetivação[]”
é metodologia.PAULI
(1976: p.21) explica etimologicamente que: “Metodologia (dogrego
methodos=método,
logos=ciência) éo
estudo deuma
operaçãodo ponto
de vista de seumodo
de proceder.”Quando
existeum
problema
e não existem informações disponíveis para esclarecê-loe/ou resolvê-lo,
ou
mesmo
que
existam estas informações, sóque
em
estado dedesordem
eque
não
se relacionemadequadamente
com
o
problema, requer-seuma
pesquisa.GIL
(1988: p. 19)comenta
que:“[] A
pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outrosprocedimentos científicos.
Na
realidade,a
pesquisa desenvolve-se aolongo de
um
processo que envolve inúmeras fases, desde a adequada formulação do problema até a satisfatória apresentação dos resultados.”Ainda
sobre pesquisaLAKATOS
&
MARCONI
(1982: p.17)dizem
que:“Toda pesquisa deve basear-se
em uma
teoria, que servecomo
ponto departida para a investigação
bem
sucedida deum
problema.A
teoria, sendo instrumento de ciência, é utilizada para conceituar os tipos de dados a serem analisados. Para ser válida, deve apoiar-seem
fatosobservados e provados, resultantes da pesquisa.
A
pesquisa dos problemas práticos pode levar à descoberta de princípios básicos; freqüentemente fornece conhecimento que tem aplicação imediata.”Dentre os vários tipos de pesquisa, tem-se o trabalho científico,
conforme
conceituamLAKATOS
&
MARCON1(1982:
p.82):“Os trabalhos científicos devem ser elaborados de acordo
com
as normaspreestabelecidas e
com
osfins
a que se destinam. Serem inéditos ou originais e contribuírem não só para a ampliação dos conhecimentos ouacompreensão de certos problemas,
mas
também, servirem de modelo ouoferecer subsídios para outros trabalhos.”
Nas
diversas formas de investigação e de pesquisa científica, reduz-se o universoda
abordagem
aum
assuntoou
problema particular, resultandoem uma
monografia.SALOMON
(1996: p.179) caracteriza amonografia
como
sendo:“[]
um
trabalho científico que se caracteriza pela especificação,ou
seja,a
reduçãoda abordagem a
um
sóassunto,
a
um
só problema.Mantém-se
assimo
sentido etimológico:monos
(um
só) e graphein (escrever): dissertaçãoa
respeito deum
assunto único.”Esta
forma
de pesquisa científica, demodo
geral,vem
sendo exigidacomo
trabalho de conclusão de curso de graduaçãoem
diversas universidades brasileiras.4
Devido
a isto, proporciona-se, de certa forma,um
nível de aprendizagem,um
amadurecimento
intelectual eum
maiorpensamento
crítico e reflexivo.Neste sentido,
LAKATOS
&
MARCONI
(1990: p.230) expõem:“As
monografiasreferentes
ao
grau
de conclusãodo
estudante universitárionão
podem
ser consideradasverdadeiros trabalhos
de
pesquisa (parao
qual os estudantesnão
estão ainda capacitados, salvo raras exceções),mas
estudos iniciais de pesquisa.”Na
realidade, geralmente, não são trabalhos de investigação cientifica,mas
apenas deiniciação e essencialmente reflexivo. Possibilita
uma
formação básica parao
futuro pesquisador e para a tese propriamente dita, pois é consideradauma
tese inicial, tendo assim,uma
finalidadedidática.
Diante
do
exposto,com
a finalidade de alcançar o objetivo geral desta pesquisamonográfica,
ométodo
de pesquisa a ser desenvolvido será o de pesquisa bibliográfica.A
finalidadeda
pesquisa bibliográfica é fazercom
queo
pesquisadorfique
em
contato diretocom
tudoo que
já se escreveu sobre determinado assunto.As
publicações éque
irão auxiliar ecomeçar
a dar frente para que se possa escrever o trabalho.De
acordocom GIL
(1988: p.48) a pesquisa bibliográfica:“[]
é desenvolvidaa
partirde
materialjá
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos cientificos.Embora
em
quase todos os estudos seja exigido
algum
tipo de trabalho desta natureza,há
pesquisasdesenvolvidas exclusivamente
a
partir de fontes bibliogrcfiicas.”A
pesquisa bibliográfica devecomeçar
pelo levantamento das obras que serão objeto de leituras e anotações.Em
seguida, deverá ser feitouma
pré-leitura, para que se possa realizaruma
seleção das obras, depois,uma
leitura mais detalhada,onde
serão localizadas as informações úteis para o trabalho e por último,uma
leitura crítica,que
permite a apreensão das idéias fundamentais.Esta última fase é a mais complexa, pois precisa-se realizar várias leituras, para destacar
1.5.
ORGANIZAÇÃQ
Do
ESTUDO
O
presente trabalho apresenta-secomposto
por três Capítulos.O
Primeiro aborda as considerações iniciais,o
problema, os objetivos a serem alcançados, a metodologiada
pesquisa e a organizaçãodo
estudo.O
Segundo
Capítulo refere-se a fundamentação teórica, iniciando-secom
aconceituação
da
qualidade e abordando-se os diversos conceitos acercado tema
Custos daQualidade e destacando-se
também
a importânciado
elementohumano
para o sucessoda
implantação de
um
sistema de Custosda
Qualidade.O
Terceiro Capítulo apresentaum
modelo
com
dados hipotéticos, paramensuração
dosCustos
da
Qualidade.? \
CAPÍTULO
Ir2.
LEVANTAMENTO
BIBLIOGRÁFICO
2.1.
QUALIDADE
Qualidade são as características de
um
produto e/ou serviço, que satisfaçam as necessidades dos clientes e sejam adequadas ao uso, aum
custo Ótimo para a empresa.Para
CALEGARE
(1985: p.l):“
É
importante observar que a adequabilidade para o uso deve ser entendida,em
última análise,como
aquela julgada pelo usuário ouconsumidor
como
o conjunto das características que ele considera benéficas para si próprio, ao preço que está disposto a pagar. Assim,diferentes consumidores ou utilizadores poderão ter pontos de vista distintos a respeito da qualidade de
um
certo produto ou serviço, dependendo das características que cadaum
considerar importantes. ” Assim, a qualidade deum
produto e/ou serviço,pode
ser avaliada considerando-se diversos itens,como
por exemplo: as características técnicas, o preço e as condições de pagamento, a garantia, omanual
de instruções, a segurança, a aparência, e principalmente o atendimento às necessidades dos clientes.Qualidade para
TEBOUL
(1995: p.31-32):“[...] é aquilo que às vezes manifesta-se no
momento
do uso,mas também
dá
satisfação do ponto de vista estético, atémesmo
ético, quando temosa
sensação de que o produto corresponde ao que se esperava e que não fomos 'enganados
em
relaçãoà
mercadoria '.A
qualidade é antes demais nada a conformidade às especificações.
É
também
a resposta ajustada à utilização que se temem
mente, na hora da compra etambém
a longo prazo”.De
acordocom
CSILLAG
(1985: p.52):“O
valor real deum
produto, processoou
sistema éo grau
de aceitabilidade deum
produto pelo cliente, e portanto, éo
índicefinal
do
valor econômico.Quanto maior
éo
valor real deum
item sobre outro que sirvapara a
mesma
finalidade,maior
seráa
probabilidade de vencera
concorrência. ”Neste sentido, tem-se
que
a qualidade na visãodo
cliente, está ligada ao valor intrínsecodo
produto,no
que se refere aodesempenho
de suas funções e atendimento às necessidades.Vários enfoques
do
conceito de qualidade jáforam
tratados por diversos autores, dentre elesGARVIN
que
os abordou pela primeira vezem
conjunto, enfocando a qualidadecomo
conceitos: transcendente, baseadano
produto,no
usuário,na
produção eno
valor.De
acordocom
ROBLES
(1994: p.23):“A visão
T
ranscendenteafirma
que a Qualidade é sinônimo de*excelência inata ';
a
baseada no Produto, enxerga a Qualidadecomo
algo preciso e mensurável; a baseada no Usuário parte da premissa de que
a
Qualidade está diante dos olhos dequem
observa; a da Produção, encaraa
Qualidadecomo
conformidade às especificações e a do Valordefine Qualidade
em
termos de custos e preços”.O
quadro l abaixo, apresenta a linha depensamento
de alguns autores a respeitoda
qualidade:
Quadro
1: Linha depensamento
de alguns autores a respeito da qualidadeW
1 .-
TRANSCENDENTE
PRODUTO
USUARIO
PRODUÇAO
VALOR
SHEWART
X
DEMING
JURAN
ISHIKAWA
CROSBY
TAGUCH1
FEIGENBAUM
CAMPOS
CERQUEIRA
IssoTEBOUL
McCAMUS
AURÉLIO
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
- ~ ~ 3 - - P Fonte:ROBLES
(1994: p._ 23)X
ROBLES
(1994: p.23) diz aindaque:“As abordagens de cada autor, segundo
GARVIN,
provavelmenteforam
influenciadas por sua formação profissional original.
Para
o pessoal daProdução, preponderam as visões de Produto e de Produção, enquanto os
1.-.z
X
X
tv: .F Í "vv “Ir vi i;l8
de Marketing preferem a
do
Usuário.A
equalização e a calibragem dessas visões dentro deuma mesma
empresa são salutares,afim
de evitardivergências de enfoques de
uma
área para outra. Apesar dessas divergências, a tendência das empresas é adotar a visão de Valor,em
quese procura adequação de custo e preço; considera-se o preço
também
como
um
indicadorda
Qualidade, pois de nada adiantaria fabricarum
produto de ótima Qualidade se não houvesse compradores dispostos aincorrer
em
um
sacrificiofinanceiro para consumi-lo.”A
qualidadena
visãodo
cliente,também
está muito ligada ao algo mais de sedução e excelência que aempresa
pode
oferecer, quefazem
parte das necessidades a serem supridas pela qualidadedo
produto e/ou serviço, capaz de fascinar e tomá-lo fiel.A
respeito deste fascínioOAKLAND
(1994: p. 16) comenta:“Pelo fato de atender consistentemente os requisitos do cliente,
podemos
passar para
um
diferente nivel de satisfação: o fascínio do cliente.Não
há dúvida de que muitas organizações prepararam tão
bem
sua capacidade de atender continuamente aos requisitos dos clientes, que issocriou sua reputação de 'excelência '.”
Assim, o algo mais que o cliente espera é de grande importância, visto
que
a empresa deverá antes de mais nada, prever as necessidades e expectativasdo
seu clienteem
relação ao produto e/ou serviço.As
empresas queforem
capaz de prever esse algo maisalém da
qualidadeque o cliente espera, poderão ter seu lugar garantido
no
mercado.De
acordocom
CROSBY
(1984: p.31):] devemos
definir qualidadecomo
'conformidadecom
os requisitos' se quisermosdominar 0
assunto. ”Para
CAMPOS
(1992: p.2) qualidade é vistano
sentido de que:]
'ogrande
objetivodas
organizaçõeshumanas
é atender às necessidadesdo
serhumano
na
sua
luta pelasobrevivência
na
Terra '.”CAMPOS
(1992: p.2) diz ainda, que: “ [...]um
produtoou
serviço de qualidade éaquele
que
atende perfeitamente, deforma
confiável,de
forma
acessivel,de
forma
segura eno
tempo
certo às necessidadesdo
cliente. ”Outros enfoques,
onde
a qualidade é vistacomo
simplesmente o atendimento às exigências dos clientes, são expressos por alguns autores:“O
verdadeiro critérioda
boa
qualidade é
a
preferênciado
consumidor.”CAMPOS
(1992: p.2); “[...]para
sobreviver,a
empresa
precisa considerar0
clientecomo
meta
prioritária.”PALADINI
(1990: p.29),“A
completa satisfação dos clientes
passa
a
ser0
objetivoda
companhia
[...]”ROBLES
(1994: p.21).Considerando esses conceitos de qualidade
onde o
cliente é ameta
principal, tem-se nesse sentido,que
o processo da qualidade passa a seruma
postura empresarial, pois dependeda
participação de todas as pessoas dentro da organização, partindo deuma
filosofia que
precisa serimposta pela direção
da
empresa e que motive as pessoas a engajar-se e participardo
processoem
busca
da
obtençao emanutenção da
qualidade.2.2.
NÃo
QUALIDADE
Pode-se entender
como
não qualidade, a diferença entre as caracteristicas deum
produtoe/ou serviço e as necessidades dos clientes.
A
variação entre as necessidades dos clientes e as característicasdo
produto e/ou serviço, chama-se denão
qualidadeou não
conformidade.Para
MIRSHAWKA
(1988: p.35):“Uma
qualidade insuficienteou
uma
não
qualidadesignifica
uma
utilizaçãoinadequada de
recursos,perdas
e gastos desnecessáriosde
material,~
perdas de tempo
demao-de-obra
ede
máquinas,com
o
que,o preço dos
produtos sobe ...”Uma
definição simplificada é aque
dizque
anão
qualidade é sinônimo de produtodefeituoso
ou
produtosem
qualidade.2.3.
HISTÓRICO
Dos
cusros
DA
QUALIDADE
De
acordocom
GARVIN
(1992: p. 13):“Até
a
década de 50a
maioria das tentativas de se melhorara
qualidadeeram baseadas na premissa implícita de que os defeitos tinham
um
custo. Quanto eles custavam erauma
questão de opinião, pois poucas empresas tinham se dado ao trabalho de totalizar as despesasem
que incorriamporque os produtos não eram feitos corretamente
da
primeira vez.Na
falta deste padrão de medida, os gerentes acostumados a tomar decisões baseadas
em
números reais não tinham por que prosseguir. Para eles,-
continuava sendo crítica
a
seguinte pergunta: qual era o grau daqualidade suficiente?”
Para
CORAL
(1996: p.58): “Conceitosde
custosda
qualidade surgirama
partirda
literatura de controleda
qualidadeno
sentido de oferecer suporte as açõesde
melhorias ecomo
forma
de medir
a
qualidadedas
empresas.Juran
discute custosda
qualidade pela primeira vez10
Assim, desde a década de 50, e principalmente atualmente, pelo fato
da
globalização,o
tema
vem
sendo discutidoamplamente
das mais variadas formas, tentando demonstrar aimportância
da mensuração
e controle dos Custos da Qualidade, pelo fato de apresentar à direçãoda
empresa, dados financeiros para análise etomada
de decisões.2.4.
CUSTOS
DA
QUALIDADE
Pode-se dizer,
que
os Custos da Qualidade são provenientesdo
fato das empresasnão
produzirem certo desde a primeira vez.
Dessa
forma, torna-se vital para as organizações, a avaliação destes custos para garantir sua sobrevivênciano
mercado, poisquando não
se produzcom
qualidade, perde-seem
dois aspectos:um
deles éo
produtoque
será rejeitado pelos clientespor não estar de acordo
com
os requisitos eo
outro, éo
custo de se produzir algo demá
qualidade, enquanto
que
os recursos dispendidos para a produção deste produto e/ou serviço demá
qualidade,poderiam
ser destinados para a produção deum
produtode
qualidade Deem
conformidade
com
os requisitos.Para
OAKLAND
(1994: p.l89):“Fabricar
um
produto, prestarum
serviço ou fazerum
trabalho de qualidade-
mesmo
que apresenteum
alto nível de satisfação do cliente-
não é suficiente.O
custo para se atingir essas metas deve ser cuidadosamente administrado demodo
que, a longo prazo, o efeito doscustos
da
qualidade sobre 0 negócio ou organização seja o desejado. Esses custos sãouma
medida real do esforço para obtenção daqualidade.
O
principal objetivo deuma
gerência responsável éum
produto ou serviço competitivo, baseado no equilíbrio entre fatores dequalidade e de custos. Esse objetivo é
bem
mais realizadocom a
ajuda deuma
análise adequada dos custosda
qualidade(COQ
-
CostsOf
Quality).”
Os
Custosda
Qualidadetambém
podem
sermensurados
por departamentos, enão
somente
no
custo totalda empresa
como
um
todo. Estamensuração
depaitamentalou
por centrosde custos, tende a facilitar
o
controle e gerenciamento dosmesmos,
pois serão visivelmente identificadas as áreas problemáticas dentroda
organização, possibilitando atomada
demedidas
corretivas. ~
ROBLES
(1994: p.58)comenta
a respeitodo
controle dos Custosda
Qualidade por departamentos neste trecho:“Os
custosda
qualidadepodem
ser controladospor
departamentos,serem levados
em
consideração nas decisoesde
investimento de capitalou
serem avaliadosem
termos globais [...].”Abaixo, tem-se o quadro 2,
com
exemplos
dos principais Custosda
Qualidade pordepartamentos.
~
Quadro
2:Exemplos
dos principais Custos da Qualidade por departamentosDepartamento
Custos
Custos
Custos
de
de
de
prevenção
avaliação falhas internasCustos
de
falhas externas Projeto 1. Normase procedimentos para desenhos 2. Treinamento 3. Desenvolvimento materiais, produtos e serviços 4. Análise do projeto função qualidade-QFD
das especificações de 5. Desdobramento da 1. Inspeção do protótipo 2. Testes de avaliação do projeto 3. Testes de qualificação 1. Mudanças ou reformulação de projetos 2. Projetos acima do custo previsto 1. Cancelamento depedidos por atrasos
de projeto
2. Devolução de
produto por erro de
projeto
3. Retrabalhos no
cliente por erros de
projeto Distribuição 1. Normase procedimentos de distribuição 2. Treinamento I. Inspeção do produto final antes
do despacho 1. Rejeição ou retrabalho
em
virtude de embalagem incorreta 1. Produto entregueem
endereço errado Financeiro 1. Normase procedimentos financeiros 2. Treinamento 1. Auditorias intemas 2. hispeção de faturas antes do envio 1. Emissão de notas decrédito para corrigir faturas 2. Relatórios gerenciais elaborados além do prazo 1. Clientes devedores 2. Duplicatas pagas fora do prazo
Marketing
1. Normase procedimentos de marketing 2. Treinamento 3. Pesquisa de mercado 4. Especificações de _produto ou serviço 1. Inspeção de cartas ou questionários de pesquisa antes do envio 1. Excesso ou falta de estoqueem
razão de previsões malfeitas 2. Perdas de clientes 3. Perda de mercado1. Produtos que não
atendem às necessidades do consumidor Pessoal l. Nonnase procedimentos 2. Treinamento 3. Avaliação de pessoal 1. hispeção de relatórios de avaliação pessoal 1. Falha de recrutamento 2. Alto “tumover” 3. Greves 1. Clientes mal- atendidos
Produção
1. Normase procedimentos de produção 2. Treinamento 3. Manutenção preventiva 4. Planejamentoe 1. Inspeção e testes do produto ou serviço na linha de produção 2. Auditorias no estoque 3. Aferição e 1. Sucata, retrabalhoe perdas de produto durante e nofim
da produção 2. Análise de falhas 3. Excesso ou falta de produtos no estoque 1. Devolução, reposição ou reparos de produtos ou serviços 2. Reclamações dentro do período da garantia12 controle da produção 5. Planejamentoe controle de ferramental 6. Controle e garantia do processo medição de equipamentos 4. Testes no ambiente de produção 3. Atrasos nas
entregas por atrasos
na produção
Compras
1. Normase procedimentos de compras 2. Treinamento 3. Levantamento de dados técnicos e comerciais sobre os fornecedores 4. Programa de aperfeiçoamento de fomecedores 1. Avaliação das fontes de fomecimento _ spe 2 Testes dem
no recebimento 3. Testes de qualificação de fornecedores 4. Auditorias no fornecedor ção l. Compra de material fora das especificações2. Devoluções no fomecedor 3. Recompra de material rejeitado 4. Excesso ou falta de material
em
estoque 1. Uso da garantiaem
virtude demateriais fora das especificações
Vendas
1. Normase procedimentos de vendas 2. Treinamento 1. Reavaliação das cotas de vendas 1. Perda de clientes por falha no atendimento 2. Falha na administração dos pedidos 3. Excesso ou falta de produtosem
estoquepor falhas nas
projeções de vendas 1. Atender à reclamações de clientes devidoa produtos ou serviços fora das especificações Assistência Técnica 1. Normase procedimentos de assistência técnica 2. Treinamento 3. Controle e inspeção de equipamentos 4. Pré-ensaio de produtos ou serviços avaliação da 1.Inspeçãoe assistencia tecm l. Perda de clientes por falha na assistência técnica 2. Reutilização da garantia 1. Retorno excessivo ao cliente devidoa problemas na assistência técnica
Qualidade
1. Normase procedimentos da qualidade 2. Treinamento 3. Projeto dos sistemasde controle 4. Auditorias da qualidade 5. Pesquisa junto ao consumidor 1. Inspeção do produto acabado qualquer estágio
Em
qualidade l. Sistema da falho,resultando
em
produtos não conformes 1. Atendimento das reclamações dos clientes 2. Atendimento das reclamações dentro do periodo da garantia 3. Responsabilidade civil (código de defesa do consumidor) 4. Deficiências constatadasem
auditorias e não corrigidasA
distribuição dos Custos da Qualidade estáem
funçãoda
capacidadeda empresa
degerar a
má
qualidadeou
as não conformidades,ou
seja, quanto mais produtos defeituosos foremproduzidos, maiores serão os Custos
da
Qualidade.O
gerenciamento destes custos, toma-se a base deuma
administraçãoeconômica do
sistemada
qualidade, pois não permiteque
produtos demá
qualidade continuem sendoproduzidos, ocasionando
uma
economia
de recursos eaumento
da lucratividade.1
2.4.1.
OBJETIVOS
DA
MENSURAÇAO
DOS
CUSTOS
DA
QUALIDADE
Para
CROSBY
(1984: p.l33):“Quando
a
operação
conhecero
seuCQ, ou
uma
boa
estimativa,podem-se
estabelecer os objetivospara
a
reduçãodo
custo.”Ou
seja, somentequando
conhece-se osnúmeros
de Custosda
Qualidade e as áreas problemáticasda
empresa, éque
pode-se estabelecer metas para a sua redução através de programas de melhoria.1
Para
CALEGARE
(1985: p.20):“O
objetivo deUm
Programa
de
Custosda
Qualidadeé
o de
fazercom
que
a
adequabilidadepara
o
usodo
produtoou
serviço seja conseguidaao
mínimo
custo possivel. Istopode
ter significado importantepara
a
saúde financeira eeconômica
de
uma
empresa,tomando-a mais
competitiva,aumentando
a
sua
participaçãono mercado
eprovocando
maiores lucros,ou
pelo menos,menores
prejuízos.”Neste sentido, os Custos
da
Qualidadetem
o
objetivo primordial defomecer
à direçãoda
empresa,um
instrumento para atomada
de decisões emedidas
de controle, afim
de
melhorar a qualidade dos produtos e/ou serviços aum
custo minimizado, atravésde
um
adequado emprego
de recursos materiais e
humanos,
contribuindo assim, para amaximização
dos lucrosda
empresa.De
acordocom
ROBLES
(1994: p. 59-62):“A mensuração
da
qualidade através dos Custosda
Qualidade é vistapelos administradores
como
aforma
de se atendera
vários objetivos ou questões, dentre os quais se destacam:I. Avaliar os programas de qualidade por intermédio de quantificações
fisicas e monetárias.
2. Possibilidade de
fixar
objetivos para os programas de qualidade, priorizando, atravésdo
método de Pareto, aqueles que possibilitemtrazer
deforma
imediata melhores resultados paraa
empresa.3. Conhecer
na
realidade o quanto a empresa está perdendo por falta dequalidade. Essa informação, quando passada aos diferentes níveis
da
organização, ajuda
na
sensibilização e compromisso de enfientar o desafio da melhoria da qualidade.14
Para
CALEGARE
(1985: p.20) as informações de Custosda
Qualidadeservem
paraatender a diversos outros objetivos dentro os quais destaca:
“a) analisar 0 desempenho do trabalho, apontando áreas problemáticas
importantes;
b) programar as atividades da qualidade,
com máximo
efeito e uso maisefetivo dos recursos disponz'veis,'
c) preparar
um
orçamento realístico das atividades relacionadascom a
Qualidade, para atender aos objetivosda
empresa;d) preparar as estimativas de custo para concorrência
em
novos negócios.”Assim,
o
sériocomprometimento
de toda a organização, desde a direção até os operáriosde mais baixa hierarquia, quanto a
mensuração
dos custos da qualidade, permiteem
um
primeiromomento,
conhecer os pontos problemáticos das atividades realizadas pela empresa, tendocomo
conseqüência imediata a
tomada
de medidas a nível de direção, ecomprometendo também,
todas as pessoas dentroda
organização parao
engajamentono
sentido de resolução dos pontos críticos de funcionamento das atividades,o que
provavelmente levará aum
aumento
dos resultadosda
empresa.
2.4.2.
CATEGORIAS
DE
CUSTOS
DA
QUALIDADE
De
acordocom
ROBLES
(1994: p.63):"Os
Custosda
Qualidade sãoagrupados
em
categoriasque
se relacionam entre si.A
aplicaçãode
recursosem
uma
categoria acarretavariações
no
montantede
custosem
outra. ”As
categorias de Custosda
Qualidade são divididasem
quatro: Prevenção, Avaliação, Falhas Intemas e Falhas Externas,como
pode-se verificarna figura
1 a seguir:Fig. 1: Categorias
de
Custosda
QualidadeCustos de Prevenção
l
Custos do Controle
--- Custos de Avaliação
Custos das Falhas dos
›
i_L_Cl'lSAt(_)s,_das Falhas Iutermls :ÍControles
. Custos das Falhas Externas
De
acordocom
afigura
1, entende-se que os custosdo
controle são aqueles necessáriospara que
o
produto seja produzidocom
qualidade,ou
seja,sem
defeitos. Já os custos das falhasdo
controle são aqueles gerados pornão
conforrnidades,ou
seja, por erros e defeitosque
podem
ser detectados durante
o
processo produtivoou
depoisque o
produto já foi entregue ao cliente. Assim,quando
tem-seum
maior investimento nos custosdo
controle, tende-se a diminuir oscustos das falhas dos controles até atingir-se
o
equilíbrio.cusros
DE
PREVENÇAO
Custos de prevenção para
ROBLES
(1994: p.63):“São
os gastoscom
atividadesno
intuitode
se assegurar que produtos,componentes ou
serviços insatisfatóriosou
deƒeituososnão
sejam produzidos.
Os
gastoscom
prevenção
compreendem
tanto investimentos quantodemais
dispêndios (custeio),que
objetivam evitara
geração de
unidades ecomponentes
defeituososbem
como
a
prestação de serviços insatisƒatórios.” ADe
acordocom
MIRSHAWKA
(1988: p.39):“Os
custosde prevenção
sãouma
medida
do
investimento feito antecipadamentepara
a
produção de
um
produto.”Já para
CROSBY
(1984: p.l33): “Custos deprevenção
são aquelesde
todas asatividades empreendidas
para
prevenir defeitosno
design,mais
desenvolvimento, compras,mão-
de-obra e outros aspectosdo
início e criaçãode
um
produto ou
serviço. Incluem-se aí asmedidas
preventivas ede
cálculo realizadasno
decorrerdo
ciclode
negócio. ”Neste sentido, tem-se
que
os custos de prevenção relacionam-se basicamentecom
os esforços das empresas para prevenir que produtos e/ou serviçosnão tenham
defeitosou não
conformidades.Como
algunsexemplos de
custos de prevenção tem-se;- os custos
com
treinamentos de pessoal - necessários paraque
se tenha mão-de-obraqualificada e capacitada;
- os custos
com
avaliação de fornecedores-
necessários paraque
se possa ter a certezada
aquisição de matérias-primas de qualidade;- os custos
com
saláriosdo
pessoal de garantiada
qualidade~
essencial para manter-se16
-
cusros
DE AvAL1AÇÃo
Os
custos de avaliação paraROBLES
(1994: p.64):“São
os gastoscom
atividades desenvolvidasna
identificação de unidadesou componentes
defeituosos antesda
remessapara
os clientes. Clientes esses que
podem
ser tanto internos quanto externos.”Na
visão deMIRSHAWKA
(1988: p.41):“Os
custosde
avaliação são associadoscom a
mensuração,
a
avaliaçãoou
a
auditoriade
produtos,componentes
e materiaiscomprados
para
assegurar
a
conformação
com
ospadrões
de qualidade ecom
as exigênciasde desempenho.”
De
acordocom
CROSBY
( 1984: p. 134):“Estes são os custos
em
que se incorre durante as inspeções, testes, eoutras avaliações planejadas
com
a finalidade de se determinar se ohardware, sofiware, ou serviços, estão de acordo
com
os requisitos.Os
requisitos incluem as especificações do marketing edo
cliente, assimcomo
os documentosda
engenharia e informação pertencentes aosprocedimentos e processos.
T
odos os documentos que descrevema
conformidade do produto ou serviço são relevantes.”Dentre os custos relativos a avaliação
CALEGARE
(1985: p.24-25) destaca:“- Salários do pessoal do Controle da Qualidade e encargos sociais. - Custos administrativos associados ao Controle
da
Qualidade.- Inspeções e testes (Perícia) de recebimento. - Testes de laboratório para aceitação.
- Inspeções e testes de fabricação, incluindo-se aquelas nos Fornecedores
e as auditorias durante
a
fiibricação.- Montagens para testes e inspeções.
- Manutenção e calibração dos equipamentos de medida e teste. - Inspeções e avaliações de estoques e partes sobressalentes. - Monitoragens do processo.
- Avais ou aprovações externas (Sociedades Classificadoras, laboratórios
especializados, etc. ).
- Processamento de dados dos relatórios de inspeção e testes.
- Aluguel de equipamentos de teste, etc.”
Enfim,
os custos de avaliação são de extrema importância, poisprocuram
garantirque
os produtos sejam entregues aos clientescom
qualidade,ou
seja,em
conformidadecom
os requisitos.Portanto, a
fim
de evitar-seque
produtos defeituosos sejam entregues aos clientes, adireção poderá dedicar suas atenções à prevenção e avaliação, sendo
que
amedida
em
que
se-
CUSTOS
DAS FALHAS
Os
custos das falhasna
visão deCROSBY
(1984: p_135): “[...] estão associadosa
coisas que,
segundo
se verificou,não
estãode acordo
com
os requisitos, inclusiveno
desempenho, assim
como à
avaliação, disposição e aspectos dos negócioscom
o consumidor
de tais falhas.Aí
se incluem todoo
material ea
mão-de-obra
envolvidosna
operação.Ocasionalmente, é necessário incluir
a
perda de
credibilidade juntoao
cliente.”Para
ROBLES
(1994: p.64) os custos das falhas:“São
os custos incorridos devidoà
ocorrência de fatode
unidadesou componentes
defeituosos. ”Assim, os custos das falhas, indicam
que o
produtonão
foi produzido de acordocom
o
planejado,ou
seja,com
faltade
qualidade.Os
custos das falhaspodem
ser divididosem
falhas internas e falhas externas.-
CUSTOS
DAS FALHAS
INTERNAS
São
aqueles decorrentesda
elaboraçãode
materiaisque não atendem
aos requisitosda
qualidade estabelecidos, detectados antesdo
envio ao cliente.Segundo
ROBLES
(1994: p.65):“São
aqueles associados às atividades decorrentes defalhas intemas,
como:
falhasde
projetos, compras, suprimentos,programação
e controleda
produção
e falhasna
própria produção.As
falhas internas são constatadas antesdo
despacho
dos
produtosaos
clientes.”Ainda
de acordocom
ROBLES
(1994: p.65):“Podem
ocorrer os seguintes custosdas
atividades relacionadascom
as falhas internas:“- retrabalho;
- redesenhos; - reƒugos e sucatas;
- tempo perdido devido à deficiência do projeto;
- tempo perdido devido à compra de materiais defizituosos; - compras não planejadas;
~ descontos nos preços das vendas de produtos
com
pequenos defeitos; - atrasosna
produção e entrega gerando multas e penalidades; - não-aplicação de reajustes de preços de novas tabelas; - inspeção de lotes retrabalhados;- manutenção corretiva;
- horas extras para recuperar atrasos; - tempo de análise das causas das falhas;
ç
18
Para evitar-se
que o
valor referente aos custos das falhas intemas torne-se elevado, faz- se necessárioque
hajaum
controle periódico, baseadoem
atitudes preventivas eem
avaliações seguras, ocasionandouma
redução destes custos, alémda
detecção dosmesmos
quando o
seusurgimento ainda estiver
no
início.Deve-se dar especial atenção a estas atitudes, pois, geralmente
o que
ocorre, éque o
surgimento das falhas intemas, importa
no comprometimento
de outras atividades e acaba por provocar mais falhasno
decorrer da produção, tendocomo
conseqüência grave, falhasem
todoo
processo produtivo.
-
CUSTOS
DAS
F
ALHAS EXTERNAS
Custos das falhas
extemas
de acordocom
ROBLES
(1994: p.65):“São
aquelesassociados às atividades decorrentes de falhas externas.
Como
falhas externas são classificadosos custos
gerados
por
problemas
ocorridosapós
a
entregado
produtoao
cliente,ou
seja, os associados às devoluções, queixas e reclamaçõesdos
clientes.”Neste sentido,
MIRSHAWKA
(1988: p.434) diz que:“Os
custosde
falha externaocorrem quando o
produtonão
funciona satisfatoriamenteou
não
atendeadequadamente
asespecificações d_‹z,@i.s
de
terpassado
para
o domínio
do
cliente.”MIRSHAWKA
(1988: p.44) diz ainda, que: “As atividades de falha externa estãoassociadas
com
a
correçãoou
a
retiradado produto
defeituosom
que elejá
estásendo
usado
pelo cliente. ”Dentre alguns custos relacionados
comas
falhas externas,ROBLES
(1994: p.65-66) exemplifica: “- administrativos; - expedição e recepção; - multas; - refaturamento; - garantias; - retrabalho;-
bem
estar do cliente; - vendas perdidas;- assistência técnica fiira
da
garantia; - reposição para mantera
imagem;Um
aspecto relevante a ser considerado quanto às falhas externas, éque
a perda deconfiabilidade perante os clientes,
pode
levar ao afastamento dosmesmos,
contribuindo para odesgaste
da
imagem
da
empresa, visto que,quando
as falhasacontecem
demasiadamente, écomum
que
as atividades comerciaisda empresa
sejam comprometidas.Percebe-se contudo,
que
os custos de prevenção e avaliaçãopodem
ser consideradoscomo
investimentos enquanto que os custos das falhas internas e externaspodem
serconsiderados
como
perdas.Além
disso, é necessário que os custos estejambem
definidosem
cada categoria, paraque possam
ser efetuadas as compilações dos dados, possibilitando ascomparações
em
cadaperíodo,
confonne
será visto mais adiante.2.4.3.
RELAÇÕES ENTRE
AS
CATEGORIAS
DE
CUSTOS
DA
QUALIDADE
Uma
análise das quatro categorias de Custosda
Qualidade, permite à direçãoda empresa
direcionar quanto será investidoem
prevenção e avaliação para reduzir os gastos das falhas,no
intuito de obter-se
um
produto de qualidadecom
omenor
custo total.Para
ROBLES
(1994: p.66):“Através
do
estudo eda
observação das relações entre as categorias de custosda
qualidade, procura-se inferir 0 ponto ótimo de investimentoem
Qualidade.
0
outro propósito seria a descobertada
melhor relaçãocusto-benefício, ou seja, aumentando~se os gastos
com
Prevenção, qualseria
a
economia de custos obtida pela diminuição das fiilhas.Além
doaspecto monetário, fator decisivo
do
gastoem
Prevenção, é aimagem
de Qualidade do produto, que poderá sigmficar expansão no volume de vendas ou no próprio preço unitário do produto.”Porém,
os investimentosem
prevençao e avaliação precisam ser desacelerados paraque
a organização encontre seu equilíbrio.
Se
aempresa
investe recursosna
qualidade dos processos produtivos, conseqüentementeprovoca
uma
redução dos custos das falhas.A
relação básica entre os Custosda
Qualidade,normalmente
é apresentada pelafigura
2 a seguir:20
Fig. 2: Relação básica entre os Custos
da
QualidadeIii.--._;;...Z;í_._;;;;¬. ' '_›_;~;2_~zz:;:~
_ "IL -' “
...;_=.â;=;;: ...:.::.;;.:z'.;*z*;;;;,z..›T. _....1_...z.._'__~?=~_z,;___:_,____,__,_,,_ * "*""
_-_
Hf'¬.
Custo da Qualidade Custo Total da Qualidade
;¡ â (crescente)
A
_‹, ...zzqi w¬¬F¬4
`*Custos de Prevençao e Avaliação
À; ,
'
... .... i ¿§ Ponto Otimo4
`````````````H E ,â_-¢ :‹
~~~~~~~~~~ ~ e-_Í CUSÍ0 MÍIIÍIUO
---f
¿
''''''''''''''''' " Custo de Falha Interna e Externa(não-controláveis)
L*-É
P
00' Nível de Produtos Defeituosos (%) - (decrescente) Fonte:
MIRSHAWKA
(1988: p. 45)O
gráfico acima, demonstraque
amedida
em
que
aumenta-se os investimentosem
prevenção e avaliação,
o
custo das falhas tende a diminuir.A
um
nívelmínimo
de
recursosempregados
em
prevenção e avaliação, o montante de custos das falhas eleva-se. Neste sentido,quando
a produçãocaminha
rumo
à qualidade, é provável que esteja-se destinando elevados~
investimentos nas atividades preventivas e de avaliaçao.
Um
dado
importante a ser considerado, é quenão
existeum
nível ótimo deinvestimentos
em
custos de prevenção e avaliacaoque
seja aplicado a todas as empresascomo
regra,
ou
seja, cadaempresa
estabelece seus próprios padrões e objetivos para o custo total a ser investido, devido ao fato de ser esseum
dos diferenciais deuma
empresa
em
relação a outra, istoé,
quando
atingir-seum
máximo
de redução das falhascom
um
mínimo
de investimentosem
~ ~
prevençao e avaliaçao.
Dessa
forma, a direção deverá estabelecer seus objetivosem
relação as categoriasde
Custos
da
Qualidade, procurando atingir o nívelmínimo
de
custo total.Para
ROBLES
(1994: p.70):“Podem-se determinar outras relações entre os Custos da qualidade, tais
como:
I
~
Custos de Prevençãoem
relação as unidades defeituosas, descobertas antes dos embarques ou pelos clientes.II
-
Custos das Falhasem
relaçãoà
produção defeituosa.HI -
Custos do Controle dos Defeitos, que é asoma
dos Custos dePrevenção e Avaliação
em
relação às unidades defeituosas descobertas pelos clientes.IV ~
Custos do Controle dos Defeitosem
relação ao Custo das VendasPerdidas.
V-
Custo das Unidades Defeituosasem
relação ao Custo das Vendas Perdidas.VI-
Custo da Avaliaçãoem
relação à quantidade de unidades defieituosas descobertas pelos clientes.VII
-
Custos de Prevençãoem
relação aos Custos de Avaliação.Assim, toma-se importante
que
os dados obtidos das diferentes categorias sejamcomparados
com
os períodos anterioresou
com
outrosnúmeros
que sejam relevantes para aempresa
paraque
possam
sertomadas
medidas de controleem
buscada
qualidade e redução doscustos.
2.4.4.
EQUILÍBRIO
ENTRE
AS
CATEGORIAS
A
relação básica entre os quatro segmentos de Custosda
Qualidade éque
osinvestimentos
em
prevenção e avaliaçãopodem
reduzir substancialmenteambas
as áreas dasfalhas.
Faz-se necessário, estabelecer metas para redução dos Custos
da
Qualidade. Isto motiva a direção daempresa
a investirem
prevenção e avaliação para conseguir a reduçãodo
custo totalda
qualidade.A
seguir, tem-se afigura
3,que
representa as relações entre as diversas categorias e aFig. 3: Relações entre as diversas categorias e a
zona
de equilíbrioCurva
do
Custo Totalda
QualidadeZona de Projeto de Aperfeiçoamento
Custos da Falhas
>
70%
Prevenção <
10%
Localize Projetos, Pesquise
100%
Defeituosos Qualidade de ConformidadeX
Zona de Indiferença
Custos das Falhas
~50%
Prevenção
~10%
Se nenhum projeto lucrativo
Puder ser encontrado, deslocar
Ênfase para controle
Ótimo
Zona de Altos
Custos de Avaliação
Custos das Falhas <
40%
Avaliação >
50%
Estude o custo por defeito
Detectado, verifique validade Dos padrões; reduza inspeção;
Tente auditoria das decisões
100%
Bom
Fonte: Julan apud
ROBLES
(1994: p. 67)ROBLES
(1994: p.68) diz que: “Essas inferênciasforam
obtidaspela
observaçãode
estudos efetuadosem
empresas
americanas. Portanto,sua
generalização exige certo cuidado.”Por
esse motivo, maisuma
vez, toma-se necessárioque
a direção estabeleça seus próprios objetivos,no
sentido de determinar quanto será investidoem
prevenção e avaliação,visando reduzir os custos das falhas, até encontrar-se
o
equilíbrio desejado,ou
seja,o
ponto ótimo da curvado
custo totalda
qualidade,como
mostra o gráfico.~
2.4.5.
COLETA
E
IDENTIFICAÇAO
DOS
DADOS
DE
CUSTOS
DA
QUALIDADE
De
acordocom
OAKLAND
(1994: p.l94):“Na
determinação dos custos,uma
das maiores dificuldades é isolarapenas o que se pode medir.
As
áreas quantificadascom
menos facilidade tendem a ser ignoradas ou esquecidas. Medir apenas itens tangiveis,como
sucata, perda de materiais, mão-de-obra direta para lidarcom
reclamações, retrabalhar, reparar ou refazer é
um
erro de muitas organizações. Isso levaa
conclusão de que o custo das falhas é baixo-
oque está sempre longe
da
verdade. ”As
principais fontes de Custos da Qualidade são: a) relatóriosda
folha de pagamento,b) relatórios de atividades por centros de custo, c) relatórios de sucatas,
d) relatórios de retrabalho,
e) relatórios de reembolso de despesas de viagem,
Í) substituições e
manutenções
em
garantia,g) registros de inspeção, etc.
Os
elementos para cálculo dos Custos da Qualidade diferem para cada empresa.Cabe
àdireção, definir quais os custos
devem
ser atribuídos a cada categoria, entretanto toma-se essencialque
a classificação seja consistenteem
todos os periodos, paraque
possa-se fazercomparações.
De
acordocom
JOCOU
eLUCAS
(1996: p_44):“A
contabilidade exigeuma
precisão absoluta nas cifraspara
permitir verificações e consolidações rigorosas.Além
disso, ela deverevestir-se
de
um
certoformalismo
[...]Para
OAKLAND
(1994: p.l94-195):“A
determinação dos custosda
qualidade tendea
não
seguir osmétodos normais
de contabilidade. Elesnão
podem
ser obtidos simplesmentepor
solicitação
ao
departamentode
contabilidade. Issopode
provocar
a
resposta: “Na contabilidade,não
registramos dessamaneira
'I”Assim, as informações
devem
ser registradas, utilizando-sesempre que
possível, os dados contábeis, etambém
estimativas para obtenção dos dados intangíveis (extracontábeis)não
registrados na contabilidade tradicional.ROBLES
(1994: p.85)também
enfatiza que:“Além das
informações contábeis,informações extracontábeis
devem
ser captadas,a
fim
de
formar
a
basepara
asmensurações
dos
Custosda
Qualidade. ”No
quadro 3 abaixo, tem-seum
resumo
de algumas informações contábeis eQuadro
3:Resumo
de algumas informações contábeis e extra-contábeis_Informações
Informações
Contábeis
Extracontábeis
.
Demonstrações
0 Custos AtribuídosResultados Õ IIldlCadOÍeS
0 Folha de
Pagamento
°V01Um€
0 Qualidade 0Ordens
de Trabalho 24 5.1 vz- 0Programação Produção
0N°
daPeça
IMENSURAÇÕES
I U. _s.;.‹,,zz¬?í z7,__f._í:»z. .z_z%__T_1;1;_¬:.Í .zzzzfzzzz .'¡,.,, ä=_,,;__.¬z.'¬'.iza;,'.~ Vfizzzzñzšâízfffifff- f-'-'efzãšzrff-='=;=Tâ'=f.¬'.ãa=É-<‹‹?šff:¬i=-<-¬===fz zz-zf 7 7 f;ífé‹m'=ÊH1 ;<=:: Lfffzffff-zf7"›fz:" ;:¬f- ‹-- za-.\,;_.z-""".-zzzz z.z.z ›f*z==f_fi.=_- ‹ z.¬;=‹*=.z-.z Fonte:ROBLES
(1994: p. 86)Assim, toma-se necessário
complementar
as informações apuradas contabilmentecom
dados extracontábeis, afim
de
obter-seuma
margem
de segurança parao
cálculo dos Custosda
Qualidade.Os
elementos de Custos da Qualidade, após agrupadosem
cadauma
das categorias (prevenção, avaliação, falhas intemas e falhas externas),permitem
análises comparativas, pelos diversos departamentos, possibilitando o gerenciamento das áreas problemáticas dentroda
empresa,
comparando
a cada período as variações para maisou
paramenos
dasnão
conformidades das atividades realizadas pela empresa.
Como
meio de
facilitar acompreensão
dos dados relativos amensuração
dos Custosda
Qualidade, torna-se importante estabelecertambém, comparações
com
dadosque
sejamrelevantes para à direção
da
empresa. Estas comparaçõesvisam
mostraro
quanto se estáperdendo por
não
produzircom
qualidade.Algumas
comparações que provocam
maior impacto à direção são:- Custos