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Sistema de avaliação de impacto social de atividades agropecuárias (APOIA-SOCIAL). - Portal Embrapa

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SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO SOCIAL

DE ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS (APOIA-SOCIAL)1

Geraldo Stachetti Rodrigues2

Clayton Campanhola3

Paulo Choji Kitamura4

Luiz José Maria Irias5

Isis Rodrigues6

RESUMO

O Sistema de Avaliação de Impacto Social de Atividades Agropecuárias (APOIA-Social) consiste de um conjunto de planilhas eletrônicas que integram 16 indicadores da contribuição de uma dada atividade agropecuária para o bem-estar social no âmbito de um estabelecimento rural. Quatro aspectos essenciais de avaliação são considerados: i. Emprego, ii. Economia, iii. Saúde, e iv. Gestão e Administração. Os indicadores são construídos em matrizes de ponderação nas quais os dados obtidos em campo, de acordo com o conhecimento do produtor/administrador do estabelecimento, são automaticamente transformados em índices de impacto expressos graficamente. O índice de impacto de cada indicador é traduzido a um Valor de Utilidade (0 a 1), empregando-se funções e coeficientes especificamente derivados para cada indicador. Os Valores de Utilidade para todos os indicadores são integrados para compor o Índice de Impacto Social da Atividade Agropecuária. Os resultados da avaliação permitem, ao produtor/ administrador, averiguar quais impactos da atividade podem estar desconformes com seus objetivos de bem-estar social; ao tomador de decisões, a indicação de medidas de fomento ou controle da implementação da atividade, segundo planos de desenvol-vimento local sustentável. Os resultados da avaliação proporcionam ainda uma unidade de medida objetiva de impacto, auxiliando na qualificação, seleção e transferência de tecnologias agropecuárias.

Termos para indexação: desenvolvimento sustentável, indicadores de sustentabilidade,

impacto ambiental, gestão ambiental. 1 Aceito para publicação em julho de 2005.

2Ecólogo, doutor em Ecologia e Biologia Evolutiva, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Rod. SP 340, Km 127,5, Jaguariúna, SP, CEP 13820-000, e-mail: stacheti@cnpma.embrapa.br 3 Engenheiro agrônomo, doutor em Entomologia, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Rod. SP

340, Km 127,5, Jaguariúna, SP, CEP 13820-000, e-mail: clayton@cnpma.embrapa.br 4 Engenheiro agrônomo, doutor em Economia do Setor Público, pesquisador da Embrapa Meio

Ambiente, Rod. SP 340, Km 127,5, Jaguariúna, SP, CEP 13820-000, e-mail: kitamura@cnpma.embrapa.br 5Engenheiro agrônomo, doutor em Economia Agrícola, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente,

Rod. SP 340, Km 127,5, Jaguariúna, SP, CEP 13820-000, e-mail: irias@cnpma.embrapa.br 6 Geógrafa, doutora em Demografia, Pós-doutoranda da Embrapa Meio Ambiente, Rod. SP 340, Km

(2)

THE AGRICULTURAL ACTIVITY SOCIAL IMPACT ASSESSMENT SYSTEM (APOIA-SOCIAL)

ABSTRACT

The Agricultural Activity Social Impact Assessment System (APOIA-Social) consists of a set of electronic spreadsheets that integrate sixteen indicators of the contribution of a given agricultural activity towards the social welfare at the rural establishment scale. Four essential assessment aspects are considered: i. Employment; ii. Economy; iii. Health; and iv. Management and Administration. The indicators are composed of scaling checklists in which quantitative data obtained in a field interview, according to the knowledge of the farmer/administrator, are automatically translated into graphically expressed impact indices. The impact index for each indicator is then transformed into a Utility Value (0 to 1), following functions and coefficients specifically derived for each indicator. The Utility Values for all indicators are integrated to compose the Agricultural Activity Social Impact Index. The results of the assessment allow the farmer/administrator to verify which impacts may be failing or fulfilling his/her social welfare objectives. To policy makers the assessment points out the main contributions of the activity towards local sustainable development, facilitating the definition of control actions and promotion measures. Finally, the aggregated ‘social impact index’ is a yardstick for social performance of technology, facilitating decisions concerning agricultural technology selection, transfer and adoption.

Index terms: sustainable development, sustainability indicators, environmental

assessment, management.

INTRODUÇÃO

A dimensão social é parte indissociável das metodologias desenvolvidas para avaliação de impactos ambientais (AIAs), seja de projetos de desenvolvimento, programas ou políticas, até de atividades produtivas em estabelecimentos rurais. Avaliações de impacto são também aplicadas a inovações tecnológicas, para instruir o desenvolvimento, indicação, transferência e adoção tecnológica (RODRIGUES, 1998; RODRIGUES et al., 2000; RODRIGUES et al., 2002; 2003a; 2003b). O objetivo maior é retratar aspectos ligados à satisfação de necessidades básicas e ao comprometimento com a melhoria da qualidade de vida das pessoas vinculadas às atividades estudadas, auxiliando produtores rurais e tomadores de decisão na escolha de melhores opções de práticas, atividades e formas de manejo e tecnologias voltadas ao desenvolvimento local.

(3)

CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS

O Sistema de Avaliação de Impacto Social de Atividades Agropecuárias (APOIA-Social) consiste de um conjunto de 16 indicadores explicativos dos impactos sociais resultantes de uma dada atividade agropecuária no âmbito de um estabelecimento rural. Esses indicadores são agrupados em quatro aspectos de consideração, quais sejam, i. Emprego, ii. Economia, iii. Saúde e iv. Gestão e administração (Fig. 1). O Sistema foi composto a partir de uma revisão de métodos de AIA descritos na literatura (NEHER, 1992; STOCKLE et al., 1994; BOCKSTALLER et al., 1997; McDONALD; SMITH, 1998; GIRARDIN et al., 1999; BOSSHARD, 2000; RODRIGUES et al., 2000; ROSSI; NOTA, 2000; RODRIGUES; CAMPANHOLA, 2003), discussões em grupos, e consultas a especialistas, produtores rurais e gestores do agronegócio.

Os indicadores são construídos utilizando-se variáveis quantitativas de desempenho da atividade agropecuária para o desenvolvimento local sustentável, em matrizes de ponderação (plataforma MSExcel®), nas quais os dados obtidos

em campo, em acordo com o conhecimento do produtor/administrador do

Fig. 1. Aspectos e indicadores para a Avaliação de Impacto Social de Atividades

Agropecuárias (APOIA-Social).

Avaliação de Impacto Social de Atividades Agropecuárias

Saúde

Emprego

Economia

Gestão e

administração

10. Incidência de focos de doenças endêmicas 11. Segurança e saúde ocupacional 12. Dedicação ao esporte e lazer 3. Qualidade do emprego 4. Oportunidade de emprego local qualificado 5. Renda líquida do estabelecimento 6. Diversidade de fontes de renda 7. Distribuição de renda 8. Nível de endividamento 9. Valor da propriedade 13. Dedicação e perfil do responsável 14. Condição de comercialização 15. Reciclagem de resíduos 16. Relacionamento institucional Dedicação a educação 1. Proporção de estudantes 2. Tipo de treinamento

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estabelecimento, são automaticamente transformados em índices de impacto e expressos graficamente. O índice de impacto de cada indicador é traduzido a um Valor de Utilidade (0 a 1), empregando-se funções e coeficientes especifi-camente derivados para cada indicador (BISSET, 1987).

A composição das curvas de correspondência entre os indicadores e o desempenho social definido em Valores de Utilidade baseou-se em testes de sensibilidade e de probabilidade, caso a caso para cada indicador (GIRARDIN et al., 1999; RODRIGUES et al., 2002; RODRIGUES; CAMPANHOLA, 2003).

No teste de sensibilidade define-se o significado e a importância da alteração causada pela atividade agropecuária, segundo o objetivo da avaliação de impacto, que, no caso do Sistema APOIA-Social, busca indicar as contribuições para o desempenho do estabelecimento avaliado, visando o desenvolvimento local sustentável. O significado da alteração produzida pela atividade permite julgar se uma alteração é aceitável ou não (ou seja, se é positiva ou negativa); e a importância determina a extensão na qual a alteração contribui (ou prejudica) o atendimento do objetivo estabelecido.

No teste de probabilidade estabelece-se a relação de valor entre o índice de impacto obtido para o indicador e o desempenho da atividade para atingimento do objetivo definido, segundo correspondência entre a escala de ocorrência do índice de impacto e o padrão, ou linha de base de desempenho para o indicador, permitindo definir a função de transformação para expressão do indicador em Valores de Utilidade (GIRARDIN et al., 1999). A linha de base é definida com o Valor de Utilidade igual a 0,70, correspondente ao ponto de probabilidade no qual não tenha ocorrido efeito negativo da atividade agropecuária em avaliação.

As curvas de correspondência entre os índices de impacto dos indicadores e os Valores de Utilidade (as funções de transformação) são expressas em equações multicoeficientes, derivadas caso a caso, com ajustes mínimos correspondentes a R2=0,95 (HYAMS, 1995). As equações e coeficientes foram

inseridos nas matrizes de ponderação e vinculadas aos índices de impacto, traduzindo-os diretamente em Valores de Utilidade para expressão gráfica e cálculo do índice de impacto social da atividade agropecuária para cada indicador. Finalmente, os Valores de Utilidade para todos os indicadores são

(5)

agregados para compor o Índice de Impacto Social da Atividade

Agropecuária.

No texto que segue, que descreve a construção das matrizes de ponderação para os indicadores do Sistema APOIA-Social, apresentam-se exemplos de resultados obtidos em um estudo de campo para validação da metodologia, aplicada à produção orgânica de hortaliças no interior do Estado de São Paulo.

ASPECTOS E INDICADORES DO SISTEMA APOIA-SOCIAL Aspecto emprego

O aspecto Emprego baseia-se na análise de quatro indicadores, quais sejam Dedicação à educação [consistindo de dois indicadores, (1) Proporção

de estudantes e (2) Tipo de treinamento], (3) Qualidade do emprego e (4) Oportunidade de emprego local qualificado. Os indicadores da Dedicação à educação abrangem três tipos de treinamentos passíveis de serem atendidos

pelos residentes do estabelecimento, com fatores de ponderação crescentes de importância, quais sejam (i) treinamento local de curta duração (fator de ponderação = 2), (ii) especialização de curta duração (fator de ponderação = 5), e (iii) cursos oficiais regulares de ensino (fator de ponderação = 10). Os residentes no estabelecimento considerados neste indicador são o responsável/administrador, os parceiros/meeiros e os empregados permanentes, bem como os familiares pertencentes a essas três categorias (Fig. 2).

O indicador (1) Proporção de estudantes é calculado segundo a razão entre a soma dos residentes com acesso a uma das formas de educação no período anual da avaliação e o total de residentes no estabelecimento. O indicador (2) Tipo de treinamento considera a razão entre o produto do fator de ponderação para importância do tipo de treinamento e a diferença entre a soma dos residentes com acesso depois da implementação da atividade e antes desta, pelo total de residentes.

Com as proporções de residentes com acesso aos diferentes tipos de treinamento, os índices de impacto dos indicadores Proporção de estudantes e Tipo de treinamento resultam iguais a zero, com Valores de Utilidade

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correspondentes a 0,67 (Fig. 2). Esse resultado implica que a não alteração das condições de Dedicação à educação no estabelecimento, sob influência da atividade, espelha um desempenho social aquém do preconizado pela linha de base proposta no método, igual a 0,70.

Fig. 2. Matriz de ponderação para o indicador Dedicação à educação, no aspecto Emprego do

Sistema APOIA-Social.

O indicador (3) Qualidade do emprego refere-se ao responsável/ administrador, trabalhadores permanentes, incluindo-se os parceiros/meeiros e os trabalhadores temporários. O emprego é qualificado segundo a proporção de cada uma das categorias de ocupação, com garantia de atendimento a condições básicas como idade mínima, jornada máxima de trabalho, formalidade e auxílios e benefícios previstos pelas leis trabalhistas brasileiras. Conforme observa-se na matriz de ponderação do indicador Qualidade do emprego (Fig. 3), não há ponderação de importância entre as categorias de ocupação ou quanto aos diferentes tipos de benefícios, considerando-se que todos os quesitos têm importância, indistintamente, para todas as categorias de ocupação.

Finalmente, para o aspecto Emprego, o indicador (4) Oportunidade de

emprego local qualificado pondera crescentemente a qualificação exigida

Tabela de número de pessoas

A D A D A D

1 1

1 1

1 1

4 4

1 - Proporção de estudantes (Iestud): (soma c/ acesso/ total) 0,0

2 - Tipo de treinamento (Ittrein): (somaD*k - somaA*k)/total) 0,0 1. Assoc. Expon.: y=a(b-exp(-cx)) Iestud Ittrein Utilidade 2. Função Racional: y=(a+bx)/(1+cx+dx^2)

-15 -17 0 0,00 0,00 Coeficientes: -10 -10 0,25 a = 0,62 a = 0,67 -5 -5 0,5 b = 2,09 b = 0,04 0 0 0,7 c = 0,05 c = 0,01 5 5 0,8 d = 0,00 10 10 0,9 U-Iestud= 0,67 15 17 1 U-Ittrein= 0,67 Oficial regular Responsável/ administrador Familiares administrador Empregados permanentes Parceiros/meeiros Familiares parceiros 2 5 10 Residentes Dedicação à educação Fator de ponderação k Tipo do treinamento -Número total de pessoas na propriedade Local de curta duração Especialização de curta duração

Equação de melhor ajuste para Utilidade 1

2 8 4

Índices de acesso a educação

Familiares empregados

0 1

-18 -15 -12 -9 -6 -3 0 3 6 9 12 15 18 Índice de acesso à educação

(7)

para o emprego proporcionado pela atividade em avaliação, como braçal (fator de ponderação = 1), braçal especializado (fator de ponderação = 2), técnico médio (fator de ponderação = 3), e técnico de nível superior (fator de ponderação = 4). Ademais, a matriz pondera crescentemente a origem do trabalhador ocupado segundo a qualificação, desde o trabalhador proveniente da região (fator de ponderação = 1), do local ou município (fator de ponde-ração = 5) ou da própria propriedade (fator de pondeponde-ração = 10) (Fig. 4). A ponderação realiza-se sobre a porcentagem do pessoal ocupado na atividade, e os fatores de ponderação valorizam sobremaneira a origem local do trabalhador, em virtude da opção pelo objetivo proposto para a avaliação do APOIA-Social, de contribuir para o desenvolvimento local sustentável. Aspecto economia

O aspecto Economia consiste de cinco indicadores, quais sejam Renda

líquida do estabelecimento, Diversidade de fontes de renda, Distribuição da renda, Nível de endividamento e Valor da propriedade.

Fig. 3. Exemplo do indicador Qualidade do emprego no aspecto Emprego. APOIA-Social. Tabela de porcentagem dos trabalhadores

Maio res d e 1 5 a nos Jo rn ad a a 44 hor a s C a rt e ira assin a d a C ontr ibui ç ã o p rev id ên cia A c im ad e1 salár io m ín im o A u xílio mo ra d ia A u xílio alim en ta ção A u xílio tr an sp o rt e A u xílio ed u cação A u xílio saú d e 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Índice de qualidade do emprego ((soma)/3000) = 0,50

IQEmp Utilidade

0 0 Ajuste Linear: y=a+bx

0,1 0,1 Coeficientes: 0,2 0,2 a = 0,00 0,4 0,4 b = 1,00 0,6 0,6 0,8 0,8 1 1 U-IQEmp= 0,50

Equação de melhor ajuste para Utilidade Qualidade do emprego Responsável/ administrador Empregado permanente/parceiro/ meeiro Empregado temporário 0,50 0 0,5 1 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Índice de qualidade do emprego

(8)

O indicador (5) Renda líquida do estabelecimento é condicionado pela tendência em ocorrer aumento, manter-se inalterada ou ocorrer redução na renda, como resultado da implementação da atividade avaliada. Os atributos da renda considerados nesse indicador são a segurança, estabilidade e o montante, avaliados segundo efeito causado pela atividade estudada. O atributo segurança refere-se à garantia de obtenção da renda esperada, relativamente à situação anterior à implementação da atividade; a estabilidade refere-se à distribuição temporal ou sazonal da renda; e o montante ao total da renda auferida no estabelecimento, sob a influência da atividade. Devido à resistência de muitos produtores/administradores em declarar os quantitativos absolutos da renda do estabelecimento, a matriz de ponderação simplesmente aborda a tendência dos atributos da renda descritos, inserido-se o algarismo 1 (um) para o atributo correspondente ao efeito da atividade (Fig. 5).

O indicador (6) Diversidade de fontes de renda avalia as proporções de procedência da renda familiar do responsável/administrador e dos empregados Fig. 4. Exemplo do indicador Oportunidade de emprego local qualificado no aspecto Emprego.

APOIA-Social.

Tabela de porcentagem de pessoal ocupado

Braçal Braçal especiali-zado Técnico médio Técnico superior 1 2 3 4 Propriedade 10 90 10 Local 5 Região 1 100

Índice de emprego local qualificado = (soma pi*k1*k2) 1300

IEmpLQ Utilidade 100 0 200 0,1 Coeficientes: 300 0,2 a = -0,09 400 0,4 b = 8,E+04 500 0,6 c = 1,02 1000 0,8 d = 1,86 4000 1 U-IEmpLQ = 0,89 Modelo MMF: y=(a*b+c*x^d)/(b+x^d)

Equação de melhor ajuste para Utilidade Qualificação p/ atividade Averiguação O rig em d a p esso a Fatores de ponderação k Oportunidade de emprego local qualificado 1300 0 1 0 1000 2000 3000 4000

Índice de emprego local qualificado

(9)

permanentes, incluindo-se os parceiros e meeiros, nas situações anterior e posterior à implementação da atividade. Documenta-se a diversificação das origens da renda, desde aquelas ligadas às atividades agropecuárias e não agropecuárias no estabelecimento, ao trabalho assalariado fora do estabeleci-mento e outras fontes, como pensões e ajudas financeiras. As diferentes origens da renda recebem ponderação variável, privilegiando-se aquelas fontes de renda favorecidas pela atividade no âmbito do estabelecimento (Fig. 6).

O indicador (7) Distribuição da renda aborda a razão entre o montante da renda líquida e o total dos salários pagos no estabelecimento, averiguada antes e depois da implementação da atividade. A matriz de ponderação avalia a tendência do efeito da atividade sobre a distribuição da renda, demandando a inserção do algarismo 1 (um) nas células correspondentes às situações da relação entre renda e total de salários pagos, antes e após a sua implementação. Essa relação varia de menor ou igual a 1, até 6 a 10 vezes o total da renda em relação aos salários pagos, ponderando-se mais fortemente a tendência a uma distribuição mais eqüitativa sob a influência da atividade (fator de ponde-ração = 10 para total equivalência entre renda e salários) do que o nível de distribuição (Fig. 7).

Fig. 5. Exemplo do indicador Renda líquida do estabelecimento no aspecto Economia.

APOIA-Social.

Segurança Estabilidade Montante Aumento 1

1 1 1

Manutenção 0

Redução -1

Índice de Tendência da renda efetiva= soma(pi*k) Irenda Irenda -3 -2 Coeficientes: -1 a = 1,37 0 b = 1,42 2 c = 0,12 3 U-IRend= 0,97

Equação de melhor ajuste para Utilidade Tabela de tendência dos atributos da renda. Inserir

algarismo 1 para afirmativo

Atributos da renda Renda líquida do estabelecimento Te ndê nc ia de oc or nc ia = 0,8 1 3,00 0 0,2 Utilidade 0,4 0,6

Assoc. Expon: y=a(b-exp(-cx))

3,00

0

1

-3 -2 -1 0 1 2 3

Índice de tendência da renda

(10)

Fig. 7. Exemplo do indicador Distribuição da renda no aspecto Economia.

APOIA-Social.

Fig. 6. Exemplo do indicador Diversidade de fontes de renda no aspecto Economia.

APOIA-Social.

Tabela de proporção da renda domiciliar

A D A D A D A D A D A D Responsável/ administrador 3 20 70 80 30 Empregado permanente/ parceiro/meeiro 12 93 93 7 7 Averiguação Responsável 100 100 Averiguação Empregado 100 100 Índice diversidade de fontes de renda (((soma piD-piA)*k)/100+média índice de Shannon D)= 0,2

IDFren Utilidade -2,5 0 -1,5 0,25 Coeficientes: -0,5 0,5 a = 0,64 -0,25 0,6 b = 0,20 0 0,7 c = -0,02 1 0,8 2,5 1 U-IDFonR= 0,68

Ajuste quadrático: y=a+bx+cx^2 Equação de melhor ajuste para

Utilidade Não agropecuária no estabelecimento 1 1 1 Trabalho assalariado fora do estabelecimento Origem da renda Outras (aplicações financeiras, renda imobiliária, etc.) Residentes/Número Diversidade de fontes de renda Agropecuária no estabelecimento Fator de ponderação k 2 2 1 Ajudas financeiras Aposentadoria e pensões 0,19 0 1 -2,5 -1,5 -0,5 0,5 1,5 2,5

Índice de diversidade de fontes de renda

=1 1-3 3-6 6-10+ 10 5 2 1 0 1 2 4 1 1 2 Índice de Distribuição da renda= soma (piD*k1)-(piA*k1)-(piD*k2)

5,00 IDRend -15 5,00 Coeficientes: -10 a = 0,63 -5 b = 0,04 0 1 10 1 U-IDRend= 0,84 IDRend 0,6 0,8 0,4 0 0,2

Tabela de tendência dos atributos da renda. Inserir algarismo 1 para afirmativo

Distribuição da Renda

Relação renda líquida / total dos salários

Depois

Averiguação

Ajuste linear: y=a+bx Equação de melhor ajuste para

Utilidade Fator ponderação da

tendência k1

Fator ponderação do nível k2

Antes

Utilidade

0 1

-15 -10 -5 0 5 10

Índice de Distribuição da renda Valor da averiguação deve ser igual a 2

(11)

O indicador (8) Nível de endividamento aborda o valor da dívida em relação à renda líquida do estabelecimento, sob efeito da atividade, em uma construção da matriz de ponderação semelhante àquela empregada para o indicador de Distribuição de renda. Similarmente, os fatores de ponderação são definidos de forma a favorecer a tendência a redução da dívida relativa à renda, em função da atividade, sobre o nível de endividamento relativo às situações anterior e posterior a sua implementação (Fig. 8).

Fig. 8. Exemplo do indicador Nível de endividamento no aspecto Economia.

APOIA-Social.

Finalmente, no aspecto Economia, o indicador (9) Valor da propriedade aponta se houve aumento ou redução do valor da terra, sob efeito da atividade, segundo causas locais ou causas externas ao estabelecimento. As causas locais são representadas por benfeitorias, qualidade e conservação dos recursos naturais e infra-estrutura pública no estabelecimento, favorecidas com fatores de ponderação maiores; enquanto as causas externas, que apresentam fatores de ponderação menores, dependem dos agentes de mercado e políticas públicas independentes do efeito direto da adoção tecnológica, como variações nos preços de produtos e serviços, política tributária, ou especulação imobiliária à qual o estabelecimento possa ter estado sujeito (Fig. 9).

<10 10-30 30-60 >60 10 5 2 1 0 1 2 4 1 1 2 Índice de Nível de endividamento= soma (piD*k1)-(piA*k1)-(piD*k2)

IDiv IDiv -15 2,00 Coeficientes: -10 a = 0,63 -5 b = 0,04 0 1 10 U-IDiv= 0,72

Ajuste linear: y=a+bx Equação de melhor ajuste para

Utilidade Averiguação 1 0,6 0,8 Antes Depois 0,2 0,4 2,00 Utilidade 0

Tabela de tendência dos atributos da renda. Inserir algarismo 1 para afirmativo

Nível de endividamento

Valor da dívida em relação à renda

Fator ponderação da tendência k1

Fator ponderação do nível k2

0 1

-15 -10 -5 0 5 10

Índice de nível do endividamento Valor da averiguação deve ser igual a 2

(12)

Aspecto saúde

O Aspecto Saúde traz três indicadores para a sua análise: Incidência de focos de vetores de doenças endêmicas, Segurança e saúde ocupacional e Dedicação ao esporte e lazer.

O indicador (10) Incidência de focos de vetores de doenças endêmicas avalia o número de áreas que se configuram como criadouros de potenciais transmissores de doenças, avaliando a atividade como responsável pela criação, manutenção ou eliminação desses focos (Fig. 10).

O indicador (11) Segurança e saúde ocupacional retrata o número de trabalhadores expostos a fatores de periculosidade e de insalubridade em virtude da atividade, relativo ao total de trabalhadores ocupados. Os atributos de periculosidade e insalubridade são aqueles definidos na legislação trabalhista brasileira, e não há ponderação diferencial para esses atributos ou para as diferentes categorias de trabalhadores ocupados, considerando-se toda exposição como um efeito potencialmente negativo (Fig. 11).

Fig. 9. Exemplo do indicador Valor da propriedade no aspecto Economia.

APOIA-Social.

Tabela de proporção da causa de alteração no valor da terra

30

2 2 2 1 1 1 1 1

Aumento 1

40 20 40 Redução -1

Índice de valor da propriedade= (variação+soma pi*k1*k2)/variação 100 30,0 IVProp= -100 30,00 -50 -10 Coeficientes: -5 a = 1,00 0 b = 0,64 5 c = 0,18 100 U-IVProp= 1,00 Modelo logístico: y=a/(1+b*exp(-cx))

Equação de melhor ajuste para Utilidade Causas da alteração B e n feit o ri as 0 Averiguação Locais Externas E s p ecu lação im o b iliár ia Q u alid ad e e co n ser v ação d o s recu rs o s na tur a is Utilidade Valor da propriedade Módulo da alteração percentual do valor da terra =

Fator de ponderação k = In fr aest ru tu ra públ ic a Po ti c a d e cu st o s fi n a n ceir o s P o lít ica tr ibutá ri a L e g islação P reço s d e pr odutos e ser v iço s 1 Te ndê nc ia = IVProp= 0,8 0,2 0,4 0,6 0,1 0 1 -50 0 50 100

Índice de valor da terra

(13)

Fig. 10. Exemplo do indicador Incidência de focos de vetores de doenças endêmicas

no aspecto Saúde. APOIA-Social.

Fig. 11. Exemplo do indicador Segurança e saúde ocupacional no aspecto Saúde.

APOIA-Social.

O indicador (12) Dedicação ao esporte e lazer aborda as horas dedicadas a esporte e lazer pelos residentes no estabelecimento estudado, comparativamente entre a situação anterior e posterior à implementação da atividade. O índice de dedicação ao esporte e lazer é calculado pela simples variação percentual no tempo dedicado a essas atividades (Fig. 12).

Tabela de número de pessoas expostas

Fonte de risco-R a d iação ioni z a nte E x pl os iv os In fl am áv eis E le tr ic ida de Ru íd o V ib ração Calo r / F rio Um id a d e Ag e n te s q u ím ico s Ag e n te s bi ol ógi c o s 15 1 9

Índice de segurança ocupacional = soma expostos/número total de empregados 0,7

ISOcup Utilidade 10 0 0,67 8 0,1 Coeficientes: 6 0,2 a = 1,00 4 0,4 b = -0,10 2 0,6 c = 0,15 1 0,8 d = 0,00 0 1 U-ISOcup=0,85

Equação de melhor ajuste para Utilidade

Função Racional: y=(a+bx)/(1+cx+dx^2)

Fatores de insalubridade Número de trabalhadores-Segurança e saúde ocupacional Fatores de periculosidade 0 1 0 2 4 6 8 10

Índice de segurança e saúde ocupacional

Utilidade

Tabela de número de áreas de ocorrência de criadouros

A n ophe le s Ae d e s Tr ia tom íde os B iom pha la ri a C a rr ap at o s M o rc e gos R o e dor e s Ou tr o s Criou 10 Manteve 1 Eliminou -10 1

Índice de vetores de doenças= (soma criados*k+ soma mantidos*k)+(soma eliminados*k)

IVetDoe IVetDoe 100 -10,00 80 40 Coeficientes: 20 a = 0,57 10 b = 0,80 0 c = 0,02 -1 d = 1,57 -10 U-IVetDoe= 0,72 -100 0,1 0,9 0,5 Fator de ponderação k

Incidência de focos de vetores de doenças endêmicas -10,00 Te ndê nc ia

Equação de melhor ajuste para Utilidade Ajuste senosóide:y=a+b*cos(cx+d) Utilidade 0 0 0,8 0,01 0,05 1 0 1 -100 -50 0 50 100 Índice de vetores de doenças endêmicas

(14)

Aspecto gestão e administração

O aspecto Gestão e Administração é formado por quatro indicadores a saber: Dedicação e perfil do responsável, Condição de comercialização,

Reciclagem de resíduos e Relacionamento institucional.

O indicador (13) Dedicação e perfil do responsável é constituído por variáveis que contemplam fatores e mecanismos que facilitam e aprimoram o gerenciamento, por medidas relativas ao responsável pelo estabelecimento, tais como residência no local, dedicação exclusiva à e capacitação dirigida para a atividade avaliada, engajamento familiar nos negócios do estabelecimento, uso de sistema contábil e aplicação de modelo formal de planejamento (Fig. 13). Todos esses atributos são considerados positivos em relação à capacidade gerencial do responsável pelo estabelecimento e são computados pela inclusão do algarismo 1 (um) nas células correspondentes, sem ponderação de importância diferencial.

O indicador (14) Condição de comercialização inclui os atributos descritores da inclusão no mercado, dos produtos obtidos pela atividade em avaliação (Fig. 14). Igualmente à matriz de ponderação anterior, indica-se a

Fig. 12. Exemplo do indicador Dedicação ao esporte e lazer no aspecto Saúde.

APOIA-Social

Tabela de horas dedicadas

A D A D

14 0 24 8 14 14 24 24

Índice de Dedicação a esporte e lazer (var.%)= -39,5

IEspLaz Utilidade

-100 0 -39,468491 Assoc. expon.: y=a(b-exp(-cx))

-80 0,1 Coeficientes: -60 0,2 a = 2,46 -40 0,4 b = 1,22 20 0,6 c = 0,00 50 0,8 100 1 U-IEspLaz= 0,34 Residentes

Equação de melhor ajuste para Utilidade Empregado temporário

Dedicação ao esporte e lazer

Empregado permanente Esporte Lazer Parceiro/meeiro Responsável/administrador 0 1 -100 -50 0 50 100

Índice de dedicação a esporte e lazer

(15)

ocorrência das condições favoráveis de comercialização pelo inclusão do algarismo 1 (um) nas células correspondentes, e todos os atributos são considerados igualmente valiosos, não recebendo ponderação diferencial de importância.

O indicador (15) Reciclagem de resíduos avalia a existência de medidas de reciclagem dos resíduos produzidos no estabelecimento, em associação com

Fig. 13. Exemplo do indicador Dedicação e perfil do responsável no aspecto Gestão

e Administração. APOIA-Social.

Fig. 14. Exemplo do indicador Condição de comercialização no aspecto Gestão e

Administração. APOIA-Social. Residência local Dedicação exclusiva Capacitação dirigida à atividade Engajamento familiar Uso de sistema contábil Aplicação de modelo formal de planejamento 1 1 1 1 1 0,83 IDPResp Utilidade 0 0 0,833333333 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 0,3 Coeficientes: 0,4 0,4 a = 0,00 0,5 0,5 b = 1,00 0,6 0,6 0,9 0,9 U-IDResp= 0,83 1 1

Equação de melhor ajuste para Utilidade

Ajuste linear: y=a+bx

Índice de dedicação e perfil do responsável (soma atributos/total possível)=

Dedicação e perfil do responsável

Tabela de atributos da dedicação e perfil do responsável (inserir algarismo 1 para afirmativo)

Ocorrência do atributo

0 1

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Índice de Dedicação e perfil do responsável

Utilidade Venda direta ou venda antecipada ou cooperada Proces-samento local Armaze-namento local Transporte

próprio Propaganda própriaMarca

Encadea-mento com produtos, atividades ou serviços anteriores Venda de produtos de outros produtores locais 1 1 1 1 1 1 1

Índice de condição de comercialização (soma /total possível)= 0,88 ICCom Utilidade 0 0 0,875 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 0,3 Coeficientes: 0,4 0,4 a = 0,00 0,5 0,5 b = 1,00 0,6 0,6 0,9 0,9 U-ICom= 0,88 1 1

Equação de melhor ajuste para Utilidade

Ajuste linear: y=a+bx

Tabela de atributos da condição de comercialização (inserir algarismo 1 para afirmativo) Condição de comercialização Ocorrência do atributo 0 1 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

(16)

a implementação da atividade. Note-se que tanto os resíduos da produção quanto os resíduos domésticos são considerados na composição do indicador, e que não há ponderação diferencial de importância para os destinos dados aos resíduos, todos esses incluídos como aditivamente positivos (Fig. 15).

Por fim, o indicador (16) Relacionamento institucional trata da ocorrência de atributos característicos da capacidade institucional do estabelecimento rural com a atividade avaliada, e do preparo profissionalizante do responsável e dos empregados. O indicador aborda atributos de acesso a assistência técnica, associativismo e filiação tecnológica, assessoria legal e vistoria (Fig. 16). Todos esses atributos são considerados favoráveis à gestão e administração do estabelecimento, sendo aditivamente computados sem ponderação diferencial de importância.

Fig. 15. Exemplo do indicador Reciclagem de resíduos no aspecto Gestão e

Administração. APOIA-Social.

Com esse conjunto de aspectos e indicadores compõe-se um sistema para avaliação do impacto social das atividades agropecuárias no âmbito do estabelecimento rural. A transformação dos índices de impacto de cada indicador para Valores de Utilidade permite a expressão de resultados via estatísticas descritivas e análise multiatributo. Assim, facilita-se a integração dos indicadores em um índice de impacto social da atividade agropecuária em avaliação.

Coleta seletiva Compostagem Disposição sanitária Reaprovei-tamento Destinação e Tratamento final 1 1

Índice de reciclagem de resíduosl (soma atributos/total possível)= 0,40

Irec Utilidade 0 0 0,4 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 0,3 Coeficientes: 0,4 0,4 a = 0,00 0,5 0,5 b = 1,00 0,6 0,6 0,9 0,9 U-IRec= 0,40 1 1

Equação de melhor ajuste para Utilidade

Ajuste linear: y=a+bx

Ocorrência do atributo

Reciclagem de resíduos

Tabela de atributos da reciclagem de resíduos (inserir algarismo 1 para afirmativo) Resíduos domésticos Resíduos da produção

0 1

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Índice de Reciclagem de resíduos

(17)

EXPRESSÃO DOS RESULTADOS

A expressão dos resultados da avaliação de impacto com o Sistema APOIA-Social, atribuindo-se valores ao conjunto de 16 indicadores considerados, faz-se pela expressão dos Valores de Utilidade obtidos para cada um dos indicadores, e pela expressão da média desses valores, que compõe o índice de impacto social das atividades agropecuárias (Fig. 17). Para o exemplo dado da produção orgânica de hortaliças, observa-se que os indicadores de Dedicação

a esporte e lazer, Reciclagem de resíduos e Qualidade do emprego são

inferiores ao definido para a linha de base (correspondente a 0,70), implicando necessidade de intervenção e busca de alternativas para melhoria do desempenho do estabelecimento com a atividade avaliada. Já em relação aos indicadores Valor da propriedade, Saúde ocupacional, Perfil do

responsável, Condição de comercialização, Oportunidade de emprego local qualificado e Renda líquida do estabelecimento, na situação considerada, a

implementação da atividade traduziu-se em importantes contribuições à sustentabilidade do agronegócio.

Com esses resultados, o índice de impacto social da atividade agropecuária, calculado pela média dos Valores de Utilidade do conjunto dos indicadores, alcançou 0,73 na escala de zero a um, pouco acima do valor da linha de base

Fig. 16. Exemplo do indicador Relacionamento institucional no aspecto Gestão e

Administração. APOIA-Social.

Gerente especializadosEmpregados

1 1 1 1

Índice de relacionamento institucional (soma /total possível)= 0,67

IRInst Utilidade 0 0 0,666666667 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 0,3 Coeficientes: 0,4 0,4 a = 0,00 0,5 0,5 b = 1,00 0,6 0,6 0,9 0,9 U-IRI= 0,67 1 1

Equação de melhor ajuste para Utilidade

Ajuste linear: y=a+bx

Ocorrência do atributo

Relacionamento institucional

Tabela de atributos do relacionamento institucional (inserir algarismo 1 para afirmativo) Acesso a assistência técnica formal Associati-vismo Filiação tecnológica nominal Assessoria legal / vistoria Treinamento profissionalizante Especificar 0 1 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Índice de Relacionamento institucional

(18)

preconizada pelo Sistema, o que indica que a implementação do manejo orgânico de hortaliças, estudada no exemplo dado, trouxe um impacto considerado positivo no âmbito do estabelecimento rural avaliado, melhorando o desempenho do estabelecimento e contribuindo para o desenvolvimento local.

CONCLUSÕES

O Sistema APOIA-Social consiste de um método integrado, suficiente para aplicação em campo na avaliação do impacto de uma atividade agropecuária. O método aborda a dimenssão social (RODRIGUES et al., 2002, 2003a, 2003b), proporcionando medidas da contribuição da implementação de atividades agropecuárias para o desenvolvimento local sustentável. O Sistema é de aplicação relativamente simples, desde que conduzida por avaliadores devidamente treinados; permite ativa participação dos produtores/responsáveis, e serve para a comunicação e armazenamento das informações sobre impactos

Fig. 17. Expressão dos resultados da avaliação de Impacto Social da produção orgânica

de hortaliças, para os diferentes indicadores do Sistema APOIA-Social e Índice de Impacto Social da Atividade Agropecuária.

16. Relacionamento Institucional

Índice de Impacto Social

12. Dedicação a Esporte e Lazer 13. Dedicação e Perfil do 14.Condição de 15. Reciclagem de Resíduos 8. Nível de Endividamento 9. Valor da Propriedade 10. Incidência de Vetores de Doenças Endêmicas 11. Segurança e Saúde Ocupacional 4. Oportunidade de Emprego Local Qualificado 5. Renda Líquida do Estabelecimento 6. Diversidade de Fontes de Renda 7. Distribuição de Renda INDICADORES DE IMPACTO SOCIAL 1. Proporção de Estudantes 2. Tipo de Treinamento 3. Qualidade do Emprego

Valores de Utilidade para os Indicadores de Impacto Social 0 1 Prop. Estudantes Tipo Treinam. Qualidade Emprego Oport. Emprego Renda do Estabel. Diversid. Renda Distrib. Renda Endividamento Valor Propr. Vetores Doenças Saúde Ocupacional Esporte e Lazer Perfil do Responsável Comercialização Reciclagem Relac. Institucional Utilidade "Baseline" 0,73 0,00 1,00 Impacto Socialda Util ida de 16. Relacionamento Institucional

Índice de Impacto Social

12. Dedicação a Esporte e Lazer 13. Dedicação e Perfil do Responsável Comercialização 15. Reciclagem de Resíduos 8. Nível de Endividamento 9. Valor da Propriedade 10. Incidência de Vetores de Doenças Endêmicas 11. Segurança e Saúde Ocupacional 4. Oportunidade de Emprego Local Qualificado 5. Renda Líquida do Estabelecimento 6. Diversidade de Fontes de Renda 7. Distribuição de Renda INDICADORES DE IMPACTO SOCIAL 1. Proporção de Estudantes 2. Tipo de Treinamento 3. Qualidade do Emprego

Valores de Utilidade para os Indicadores de Impacto Social 0 1 Prop. Estudantes Tipo Treinam. Qualidade Emprego Oport. Emprego Renda do Estabel. Diversid. Renda Distrib. Renda Endividamento Valor Prop. Vetores Doenças Saúde Ocupacional Esporte e Lazer Perfil do Responsável Comercialização Reciclagem Relac. Institucional Utilidade "Baseline" 0,73 0,00 1,00

Impacto Social da Tecnologia

(19)

sociais. A plataforma computacional é amplamente disponível, passível de dis-tribuição e uso a baixo custo e permite a emissão direta de relatórios em forma impressa de fácil manuseio.

A apresentação gráfica dos resultados de desempenho para cada indicador individual oferece um diagnóstico para o produtor/administrador, apontando a situação de conformidade com padrões sociais em cada aspecto do impacto da atividade, nas condições do estabelecimento.

Os gráficos agregados dos resultados para as diferentes dimensões sociais proporcionam aos tomadores de decisão uma visão das contribuições, positivas ou negativas, da atividade para o desenvolvimento local sustentável, facilitando a definição de medidas de promoção ou controle da atividade no âmbito da comunidade. Finalmente, proporcionam uma unidade de medida objetiva de impacto, auxiliando na qualificação, seleção e transferência de tecnologias agropecuárias e formas adequadas de manejo.

AGRADECIMENTOS

O desenvolvimento do Sistema APOIA-Social é um resultado da oportunidade de contribuir para uma iniciativa institucional de busca de excelência na condução da pesquisa na Embrapa, via projeto da Secretaria de Gestão Estratégica (SGE), que motivou e possibilitou aos autores engajarem-se no estudo. Do grupo de colegas que contribuíram no âmbito deste projeto devemos nossos agradecimentos especiais a Mariza M. T. L. Barbosa, Antônio F. D. Ávila, Levon Yeganiantz, Manoel Moacir Costa Macedo, Tarcízio Rego Quirino, Marília Castelo Magalhães, Graciela Luzia Vedovoto e Rita de Cássia M. T. Vieira.

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