DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
TRABALHO
DE
CONCLUSÃO
DE
CURSO
A
AUDITORIA
INTERNA
COMO
INSTRUMENTO
AUXILIAR
NA
TOMADA
DE
DECISÃO
PARA
ÁNALISE E
CONCESSÃO DE
CRÉDITO
JULIETA
DE
BARROS
AUNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA CATARINA
CENTRO
SÓCIO-ECONÔMICO
DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
A
AUDITORIA INTERNA
COMO
INSTRUMENTO
AUXILIAR
NA
TOMADA
DE
DECISÃO
PARA
ÁNALISE
E
CONCESSÃO
DE CRÉDITO
Trabalho de Conclusão de
Curso
submetido aoDepartamento de Ciências Contábeis,
do
CentroSócio
Econômico, da
Universidade Federalde SantaCatarina,
como
requisito parcial para obtençãodo
título de bacharel
em
Ciências Contábeis. AAcadêmica:
Julietade Barros
V , _* _ _:-f , _.
Orientado
: Prof. Flávioda
Cruz,
M
A
AUDITORIA INTERNA
COMO
INSTRUMENTO
AUXILIAR
NA
TOMADA
DE
DECISÃO
PARA
ANALISE
E
CONCESSÃO DE
CRÉDITO
Acadêmica:
JULIETA
DE
BARROS
Esta
monografia
foi apresentadacomo
trabalho de conclusãodo Curso
de Ciências Contábeisda
Universidade Federal de Santa Catarina, obtendo a notamédia
de ... .. atribuídapela
banca
constituída pelos professores abaixo mencionados.Florianópolis,
22
demarço
de 2002. ___li
__ Prof.L
I- ó. ¡ = zrara
Coordenador
de
Monografia do
iv I. z r ›¡ entode
CiênciasContábeis
Professores
que
compuseram
a busca:[zu-\« 1*/("
Prof. lávio
da
Cruz,
M
Sc
Presidente \.\ k L'
Prof.Luiz
`- =a,MSc
Me
0 Iii.
/'
`Pro
. Rainol I'Ue
er,Esp
/IT
'“Siml
Eu
sou imortal: Sinto'que
estaalma
que
brilhAlma
que
brilhaem
mim
serena e pura,-
Farol de
Deus
que
anima
a
criatura,Jamais
seapagará
na
etérea festa!Lodo, este corpo! Invólucro
pesado
Um
dia cairá,sem
que o
invejem,Será
noutros materiais transformado;Mas
estaalma
que
sinto, estaque
há
de,Ouvir
dosmundos,
osupremo
grito,Buscará, - Inƒinito
-
outro InfinitoEternidade
-
Iráà
eternidade até a perfeição.”AGRADECIMENTOS
A
todos que, diretaou
indiretamente, contribuíram para a realização destetrabalho.
A
Deus
pela oportunidade, proteção e força;A
meus
pais Ailton e Terezinha , queem
nenhum momento
duvidaram do que
euseria capaz;
Ao meu
irmão Julio César, quemesmo
não entendendo, feztomar
válido todomeu
esforço;
Aos meus
colegas de trabalho, ZairaMaria
Broering, FaustoSchmidt
Filho,Raul
André da
Silva Júnior eem
especial SilvestreBez
Neto, pelo apoio e incentivo.As
minhas
amigas Verônica de MiglioMoura
eMarina
Flôres Santini, pela ajudaecompanheirismo
durante a elaboração deste trabalho;Ao
Prof. Flávio da Cruz,meu
orientador, pela dedicação, incentivo e atenção.A
sua contribuição foi fundamental para a conclusão deste trabalho.SUMÁRIO
LISTA
DE TABELAS
... ..viIILISTA
DE
FLUXOGRAMAS
... .ixLISTA
DE
SIGLAS
... ..×1RESUMO
... ..xIi 1INTRODUÇÃO
... ..1 1.1MERCADO
FINANCEIRO
... ..2 1.2TEMA
... ..4 1.3PROBLEMÁTICA
... ..4 1.4OBJETIVO
GERAL
... ..4 1.5OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
... ..4 1.6JUSTIFICATIVA
... ..5 1.7METODOLOGIA
... ..5 1.8LIMITAÇÕES
DA
PESQUISA
... ..s 2CONCEITOS
E
TECNICAS DE
APLICAÇÃO
DA
AUDITORIA
INTERNA...9
2.1
CONCEITO
E
OBJETO
DA
CONTABILIDADE
... ..92.2-
TÉCNICAS CONTÁBEIS
... ..112.3
CONTROLE
INTERNO
... .. 122.3.1 Conceito de Controles Internos ... ..12
2.3.2 Importância
da
Avaliaçãodo
Sistemado
controleIntemo
... ..132.4
PLANO DE
AUDITORIA
... .. 142.5
PAPÉIS
DE
TRABALHO
... ..152.6
ORIGEM
E
EVOLUÇÃO
DA
AUDITORIA
... .;...1ó 2.7DEFINIÇÕES
E
CONCEITO
DE
AUDITORIA INTERNA
... .. 172.8
MISSÃO
E OBJETIVOS
DA
AUDITORIA INTERNA
... ..1s 3A
INSTITUIÇÃO
BADESC
... ..2o 3.1ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
... ..2o 3.2PROCESSO
DE
ANÁLISE
E
CONCESSÃO DE
CREDITO
... ..223.3
PROCEDIMENTOS
A
SEREM OBSERVADOS
NO ENQUADRAMENTO
DAS
DAS OPERAÇÕES
... ... ..233.4.1 Gerências Regionais ... ._
3.4.2 Gerência de Operações ... ... ..
3.4.3 Gerência de
Apoio
Operacional e Infra-Estrutura ... _.3.4.4
Comitê
de Crédito ... ..3.4.5 Diretoria Colegiada ... ..
3.5
PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS
À
APRECIAÇÃO
DA
OPERAÇÃO
3.5.1 Parecer Técnico Referente àOperação
... ..3.5.2 Aferição
do
Nível de Competitividade ... ... ..3.6
PROCEDIMENTOS
E
DOCUMENTOS
PARA
A ABERTURA
DE
-PROCESSOS
... ... ..4
MODELO
DE
CONTROLE
INTERNO UTILIZADO
NO
BADESC
... ..4.1
ASSESSORIA
DE CONTROLE
INTERNO
... ., ... ..4.1.1
Missão
.. ... ..4.1.2 Objetivos ... ..
4.1.3
Metas
... ..4.1.4
Desafios
... ..4.1.5 Políticas de Controle Interno ... ..
4.1.6 Atribuições ... ..
4.1.7 Responsabilidade e
Competência
... ..4.1.8 Trabalho Preventivo da
ASCON
... ..4.2
RECOMENDAÇÕES
E
SUGESTÕES
... ..5
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
... ..6
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... _.49
7
BIBLIOGRAFIA
... .. 7ANEXOS
...LISTA
DE TABELAS
TABELA
1 -LIMITE
DE ALÇADAS
DECISÓRIAS
PARA
CONTRATAÇÃO
DE OPERAÇÕES
... ..TABELA
2 -DESCRIÇÃO
SINTETICA
DAS ÁREAS QUE
FORMALIZAM
A
CONCESSÃO DE
cRED1To
... ..21
ELUXOGRAMA
1 _ENQUADRAMENTO
E
CADASTRO
DA
OPERAÇÃO
FLUXOGRAMA
2 -INCLUSÃO
NO
SISTEMA
BADESC
... ..AsCoN
ASEGE
BADESC
CFC
CND
CNPJ
CoF1s
Co1NF
COJUR
CoM1C
CoM1F
CONAD
CPLAN
CQUAL
CRS
CUB
D1CoL
D1F1N
DIRAD
DIROP
FATMA
FCPC
FGTS
FINAME
GAPRE
GECON
GEFIN
GEPRO
GER
GERAD
- Assessoria de Controle
Intemo
- Assembléia Geral
-
Agência
Catarinense deFomento
- Conselho Federal de Contabilidade
- Certidão Negativa de Débito
- Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
- Conselho Fiscal -
Comitê
de Infonnática - Consultoria Jurídica -Comitê
de Crédito -Comitê
Financeiro - Conselho de Administração -Comitê
de Planejamento -Comitê
de Qualidade- Certidão de Regularidade de situação
do
FGTS
- Custo Unitário Básico
- Diretoria Colegiada - Diretoria Financeira - Diretoria Administrativa - Diretoria de Operações
-
Fundação
deAmparo
Tecnológico aoMeio
Ambiente
-Fundo
de Garantia por Produtividade e Competitividade -Fundo
de Garantia porTempo
de Serviço- Financiamento à Aquisição de
Máquinas
eEquipamentos
- Gabinete
da
Presidência- Gerência de Contabilidade
- Gerência Financeira
- Gerência de Estudos e
Programas
Operacionais- Gerência Regional
GEREH
- Gerência de RecursosHumanos
GEROP
- Gerência de OperaçõesGETEC
- Gerência de TecnologiaINSS
- Instituto Nacional de Seguridade SocialPDTA
A-
Programa
de Desenvolvimento Tecnológico AgropecuárioPDTI
-Programa
de Desenvolvimento Tecnológico IndustrialPRESI
- PresidênciaSAJ
- Sistema deAutomação
JudiciáriaSERASA
- Centralização de Serviços BancáriosSISBACEN
- Sistemado
Banco
CentralSISBADESC
- Sistemado
BADESC
RESUMO
A
auditoria intema enquanto instrumento auxiliarna tomada
de decisão para aanálise e concessão de crédito,
impede
a ocorrência de falhas nos controles intemos,minimizando
os riscos eem
conseqüência o desperdício de recursos. Assim, o objetivo geraldesse estudo consistiu
em
demonstrar a potencialidadeda
auditoria interna para talfim,
utilizando-se para explanação o sistema de controle interno
do
BADESC.
Desse
modo,
apartir
do embasamento
teóricodo
estudo, definiu-se a metodologia de pesquisa.Na
fundamentação teórica, fez-se
uma
breve discussão sobre a contabilidadecomo
uma
ciência e,os controles internos e a importância de sua avaliação.
Na
seqüência foi explicado o que seriao plano de auditoria,
bem
como
sua relação diretacom
oprograma
e, a importância dospapéis de trabalho
como
base para permanente consulta.Contemplou-se
também
os conceitose técnicas de aplicação
da
auditoria interna.Além
disso, demonstrou-se o sistema de controleinterno
do
BADESC
e sua ênfasena
prevenção de falhas.Além'
de. algumas sugestões,recomendou-se
também
um
modelo
de matriz de risco canadensecom
o intuito de intensificar1.
1NTRoDUÇÃo
O
presente capítulo apresentaum
breve relato sobre omercado
financeiro e suascaracterísticas,
bem
como
algumas
considerações sobre otema
da pesquisa,além do
problema, objetivos, relevância
do
estudo e metodologia utilizada para a elaboração deste.1.1
Mercado
FinanceiroEm
sentido geral, o termomercado
designaum
grupo de compradores evendedores que estão
em
contato suficientementepróximo
paraque
as trocas entre elesafetem as condições de
compra
evenda
dos demais.Um
mercado
existequando
compradores quepretendem
trocar dinheiro por bens eserviços estão
em
contatocom
vendedores dessesmesmos
bens e serviços.Desse
modo,
omercado pode
ser entendidocomo
o local, teóricoou
não,do
encontro regular entrecompradores e vendedores de
uma
economia
deterrninada.Concretamente, ele é
formado
pelo conjunto de instituiçõesem
que são realizadastransações comerciais. Ele se expressa, entretanto, sobretudo
na
maneiracomo
se organizamas trocas realizadas
em
determinado universo por indivíduos, empresas e governos.Em
relação aos tipos de mercado, não existeum
consensona
literatura disponível.Em
consonânciacom
FORTUNA
(1999)em
relação ao seu alcance, omercado pode
serclassificado
em
local, regional, nacional e mundial. Entre os fatores quedeterminam
oalcance
do mercado
estão a escala de produção, as característicasda
mercadoria, a amplitude dademanda,
o grau de organizaçãodo
comércio e o estágio de desenvolvimentoeconômico
esocial.
Numa
outra ótica, pode-se classificar osmercados segundo
a sua natureza em: debens e serviços, fatores e financeiros. Esta classificação é tradicionalmente
mencionada
em
cursos introdutórios de
economia
politica.Em
relação aomercado
de bens e serviços tem-secomo
partícipes: as empresas(que ofertam os bens e serviços) e as famílias que
demandam
(por necessidade) aoconsumo
dos
mesmos.
No
mercado
de fatores tem-se deum
lado a natureza, o capital e o trabalhoque
correspondem
respectivamente a geraçãona
renda de aluguel, juros e salários (remuneração):Já
no mercado
financeiro possuicomo
partícipes os poupadores e do outro lado os agentes financeiros.Além
da
visão tradicional supramencionada
pode-se percebernovos
segmentos demercado
em
nosso planeta.Há
quem
mencione
omercado
de idéias e conhecimentos, omercado
ecológico e até omercado
tecnológico e a informática.Segundo
A.NETO
(1999) eHILLBRECHT
(1999), omercado
financeiro éformado
por quatro mercados: o monetário, o de crédito, o de capitais e 0 cambial.O
mercado
monetário está estruturado ao controle da liquidez monetáriada
economia,
no
qual,compõem-se
da
rede de entidadesou
órgãos financeirosque negociam
titulos e valores,
concedendo
empréstimos a empresasou
particulares, a curtoou
curtíssimoprazo, contra o
pagamento
de juros.Já o
mercado
de crédito visa suprir as necessidades de caixa de curto emédio
prazos dos vários agentes econômicos, seja por
meio da
concessão de créditos às pessoasfisicas
ou
empréstimos e financiamentos às empresas.O
mercado
de capitais abrange toda a rede de bolsas de valores e instituiçõesfinanceiras (bancos,
companhias
de investimento e de seguro)que
operam
com
acompra
e avenda
de papéis (ações, títulos de dívidaem
geral) a longo prazo. Possue a função decanalizar as
poupanças
da sociedade para o comércio, a indústria e outras atividadeseconômicas
e para o própriogovemo.
É
no mercado
cambial queocorrem
as operações decompra
evenda
demoedas
intemacionais conversíveis.Nesse mercado
reúnem-se todos os agenteseconômicos que
tenham
motivos para realizar transaçõescom
o exterior,como
operadores de comérciointemacional, investidores e bancos centrais.
Assim, o
mercado
financeiropode
ser consideradocomo
elemento dinâmicono
processo de crescimento econômico, propiciando condições satisfatórias para a
manutenção
do
Sistema Financeiro.O
Sistema Financeiro Nacional exerce importânciana economia
eem
diversossegmentos empresariais
do
país, pela complexidadeque
suas operaçõesvêm
apresentando,em
função
da
escassez de recursos, principalmente de capital.O
Sistema Financeiro é constituído de instituições financeiras voltadas para agestão
da
política monetáriado govemo,
sob a orientaçãodo Conselho
Monetário Nacional(CMN).
Abrange além do
CMN,
Banco
Centraldo
Brasil,Banco
do
Brasil,Banco
Nacionaldo Desenvolvimento
Econômico
e Social e bancos regionais de desenvolvimentos, agênciasO
Sistema Financeiro Nacional é divididoem
cinco categorias de instituiçõesfinanceiras de acordo
com
HILLBRECHT
(1999): instituições financeiras captadoras dedepósitos a vista
ou
bancárias, instituições não bancárias, outros auxiliares financeiros, entidades ligadas aos sistemas de previdência e seguros e entidades administradoras derecursos de terceiros.
Segundo
A.NETO
(1999) as instituições financeirasnão
bancárias são asque
apresentam
como
característica principal anão
circulação demoeda
ou meios
de pagamento,como
os bancos comerciais.Nessa
categoria se encontram os bancos múltiplossem
carteira comercial, osbancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, as agências de fomento, as sociedades
de arrendamento mercantil, as
companhias
hipotecárias, etc.As
agências de fomento constituem-seem
instituições públicasde
âmbito estadual,que visam promover
o desenvolvimentoeconômico
e socialda
regiãoonde atuam
eapóiam
formalmente os setores público e privado
da
economia, pormeio
principalmente de operaçõesde empréstimos e financiamentos de
médios
e longo prazo, entre outras.A
Resolução n° 02554, de24
de setembro de 1998, baixada peloBanco
Centraldo
Brasil, dispõe sobre a implantação e implementação de sistemas de controles intemos.
Determina
que independentedo
porte da instituição, estes sistemasdevem
ser efetivos e consistentescom
a natureza, complexidade e risco das operações por elas realizadas.Por controle interno entende-se
como
todos os instrumentos deuma
organizaçãoadotados dentro de
uma
empresa, permitindo conhecer a realidade ecomparando-a
com
oque
deveria ser,
promovendo
a eficiência operacional.Desta forma, tem-se a auditoria intema
como
uma
das formas mais eficientes deexerce-lo e parte fundamental para tal controle.
Portanto, através
da
contabilidade,que
geralmente, registra os fatos após suaocorrência, se faz necessário
uma
auditoria intema integrada,examinando
previamente os atosadministrativos
bem
como
determinados atos e fatos contábeis, antes de seu registro,exercendo, desta maneira,
uma
ação preventiva e retificadora, assegurandoque
quaisquerdesvios
podem
ser identificados e corrigidos.Inspirado
na
regulamentaçãoacima
citada e considerando a experiência obtidaem
uma
agência de fomento, decidiu-se otema
e os objetivos desse estudomonográfico.
1.2
Tema
Neste contexto propõe-se
como
tema
demonografia:
a auditoria internacomo
instrumento auxiliar
na
tomada
de decisão para análise e concessão de crédito.1.3
Problemática
A
auditoria intema é capaz de auxiliarna tomada
de decisão para análise e posterior concessão de crédito, permitindo identificar e avaliar os fatores internos e externosque
possam
afetar a realizaçãoda
análise deum
projetoou empreendimento
peloBADESC?
1.4 Objetivo
Geral
Este trabalho
tem
como
objetivo geral demonstrar a potencialidadeda
auditoriaintema
como
instrumento auxiliarna tomada
de decisão,na
análise e concessão de créditopromovido
peloBADESC.
1.5 Objetivos Específicos
0 Identificar os conceitos e técnicas de auditoria interna;
0 Listar as atividades
na
formalização dos processos de concessão,bem
como
as garantias exigidasdo
pleiteante;0 Apresentar o
modelo
de controle interno utilizadono
BADESC
com
o enfoque paraa
minimização
de riscos e desperdício de recursos;0
Demonstrar
a potencialidade da auditoria intemacom
o enfoque preventivo,1.6 Justificativa
O
presente trabalhotem
como
objeto de estudo a temática a auditoria internacomo
instrumento auxiliar
na
tomada
de decisão para análise e concessão de crédito. Esta pesquisapretende
conforme fixado
nos objetivos, demonstrar a importância dessa técnica contábil aplicadaem uma
agência de fomentocomo
fonte de informação e avaliaçãona tomada
dedecisão, visando assegurar a administração
adequada
de recursos.O BADESC
sendouma
agência de fomentoque tem
por missão proporcionar osuprimento oportuno e
adequado
dos recursos necessários aofinanciamento
deprogramas
eprojetos,
promove
0 desenvolvimentoeconômico
e socialdo
Estado de Santa Catarina.Diante
do
exposto, considera-se que os trabalhos realizados peloBADESC
sãoacompanhados
de elevados riscos, que serenovam
constantemente, fazendo-se necessárioum
acompanhamento
sistemático das atividades desenvolvidas.Ressalta-se
que
esseacompanhamento
sistemáticodeva
levarem
consideraçãoprincipalmente, a
adequada
análise técnicano
que tange o aspecto financeiro,econômico
e jurídicodo
projetoou empreendimento
a ser beneficiado,como
medida
preliminar àconcessão de apoio financeiro.
Assim, avaliando o sistema de controle intemo contábil relacionado
com
a área deoperações de crédito, obtém-se critérios de
que
estas operações se realizemsem
problemas e agarantia
da
minimização dos riscosem
relação as eventuais perdas.A
realização deste estudo, toma-se relevanteno
sentido de ampliar conhecimentosna
área de auditoria durante o processo de formação acadêmica,bem
como,
servir de fonte dedados e informações aos
que
desejam conhecermelhor
as características e finalidadeda
auditoria
como
geradora de infonnações indispensáveisem
seu auxíliona tomada
de decisão,em
especialna
área de concessão de crédito.1 .7
Metodologia
O
presente estudo foi desenvolvidocom
baseem
seus objetivos e adotou-secomo
metodologia à pesquisa bibliográfica, utilizando
como
estratégia, o estudo de caso por setratar de
uma
relação entre a teoria e a prática.A
metodologiatem
a finalidade de indicar os procedimentosque
foram utilizadosSegundo
CERVO
eBERVIAN
(1983, p. 23):“Nas
ciências, entende-se pormetodologia o conjunto de processos
que
o espíritohumano
deve empregar na
investigação edemonstração
da
verdade.”Conhecimento
é a informaçãoou noção
adquirida pelo estudoou
pela experiência.COTRIM
(1993, p. 70), traz a definíçãomais
freqüenteda
filosofia para estaquestão: “conhecer é representar cuidadosamente o
que
é exterior à mente”.A
representação épor sua vez, o processo pelo qual a
mente
toma
presente diante de si aimagem,
a idéiaou
oconceito de
algum
objeto.O
homem
sendo sujeito que produz conhecimento atravésdo
estudoou da
experiência, visa melhorar sua vida social. Ele busca por intermédio de diversas fonrras,um
meio
para atingir tal finalidade.Uma
delas é a pesquisa.Assim,
MARCONI
eLAKATOS
(1989, p. 44)entendem
que: “a pesquisapode
ser considerada
um
procedimento formalcom
método
depensamento
reflexivoque
requerum
trabalho científico e se constitui
no caminho
para se conhecer a realidadeou
para descobrirverdades parciais.” .
Neste sentido, a pesquisa é
uma
busca minuciosa para averiguaçãoda
realidade,uma
investigação,um
estudo sistemático,com
o intuito de descobrirou
estabelecer fatos relativos aum
campo
qualquerdo
conhecimento.Toda
pesquisa implicano
levantamento de dados de variadas fontes, quaisquerque
sejam os
métodos
empregados.Segundo
BIO
(1985, p. 29), “pode-se entender odado
como
um
elementoda
informação
(um
conjunto de letrasou
dígitos), que,tomado
isoladamente,não
transmitenenhum
conhecimento,ou
seja, nãocontém
um
significado intrínseco”.Em
outras palavras, énecessário
que
haja o agrupamento e o processamento dos dados paraque
estes sejam tidoscomo
informação.A
Portanto, pode-se entender
dado
como
um
elementosem
sentido interpretativopara
quem
o recebe. 1Em
relação à informação,DRUKER
(1993, p. 179) explicaque
a “inforrnação sãodados dotados de relevância e propósito. Portanto para converter dados
em
informações épreciso conhecimento”, conhecimento este especializado, proporcionando informações úteis e relevantes.
Neste sentido, não restam dúvidas da diferença explícita entre esses dois termos
De
acordocom
MARCONI
eLAKATOS
(1989), existe dois processos pelos quaisse
podem
obter os dados: adocumentação
direta e a indireta.Na
documentação
direta pode-se conseguir os dados atravésdo
levantamentono
próprio local
onde
osfenômenos
ocorrem, utilizando-se de técnicascomo
entrevistas,formulários, atitudes técnicas mercadológicas e observação.
A
documentação
indireta, serve-se de fonte de dados coletados por outras pessoas.Assim, divide-se
em
pesquisa documental (primária) e pesquisa bibliográfica (secundária).Na
pesquisa documentalenglobam
todos os materiais aindanão
elaboradoscomo:
desenhos, pinturas, fotografias, canções, objetos de arte, folclore etc.
A
pesquisa bibliográfica, processo pelo qual adotou-secomo
fonte de dados paraeste estudo, trata-se de toda a bibliografia já publicada tendo
como
finalidade, colocar opesquisador
em
contato diretocom
tudo o que foi escrito sobre determinado assunto.Segundo
TRUJILLO
(1974, p. 230), a pesquisa bibliográfica servecomo
“reforçoparalelo
na
análise de suas pesquisasou
manipulação de suas informações”Com
base nas informações supra mencionadas,pode
afirmarem
consonânciacom
CARVALHO
(1994), que a pesquisa éuma
atividade voltada para a solução de problemas,utilizando
um
método
para investigar e analisar estas soluções,buscando
também
algonovo
no
processodo
conhecimento.O
estudo de caso éuma
estratégia de pesquisana
qual oferece possibilidades decomparações
com
situações similares, relacionando a teoria e a prática.Segundo
LÚDKE
eANDRÉ
(1986, p. 17):O
estudo de caso é o estudo deum
caso, seja ele simples e específico, (...) ou complexoeabstrato (...).
O
caso é semprebem
delimitado devendo ter seus contornos claramentedefinidos no desenrolar do estudo (...) pode ser similar a outros,
mas
é aomesmo
tempodistinto, pois tem
um
interesse próprio, singular. (...) o interesse portanto, incide naquiloque ele tem de único, de particular,
mesmo
que posteriormentevenham
a ficar evidentescertas semelhanças
com
outros casos ou situações.O
presente estudo será desenvolvidocom
baseem
seus objetivos, caracterizando-se pela escolha
do
estudo de caso,meio
pelo qual se pretendeuma
relação entre a teoria e a1.8 Limitações
da
Pesquisa .A
pesquisa foi realizadano
BADESC
-Agência
Catarinense deFomento
S.A.,localizado
na
Rua
Almirante Alvim, n°491,no
bairro Centro,na
cidade de Florianópolis,estado de Santa Catarina, junto às áreas envolvidas diretamente
na
formalização dos processosde concessão de crédito.
Esta pesquisa está limitada aos objetivos propostos e ao estudo de caso estudado,
conforme
supra mencionado. Por serum
estudo de caso, a limitaçãoda
pesquisa estarátambém
nos dados e informações necessárias que oBADESC
irá fornecer sobre sua estruturade controle e, as atividades relacionadas
com
os processos de concessão de crédito.No
capítulo seguintehá
uma
identificação dos conceitos e técnicas de auditoria,2.
CONCEITOS
E
TÉCNICAS
DE
APLICAÇÃO
DA
AUDITORIA INTERNA
Neste capítulo aborda-se, inicialmente,
uma
breve discussão sobre a contabilidade,bem
como,
a importância dos controles intemos nas entidades e, os conceitos e técnicas deaplicação
da
auditoria intema . ¬2.1
Conceito
eObjeto
da
ContabilidadeHá uma
antiga discussão se a contabilidade éuma
ciência, técnicaou
a mistura dasduas coisas.
A
questão, polêmica,da
contabilidadecomo
ciênciaou
técnica sópode
serrespondida face à própria definição de ciência e de técnica. '
A
ciênciacomeça
segundoGUIMARÃES
(1996)com
os primeiros filósofosdo
' século
VI
A.C. sob o impulso de Tales e Pitágorasna
busca ambiciosa deum
elementoprimordial para a
compreensão
unitáriado
mundo
sensível. VA
palavra ciência indica,em
geral, conhecimento, mas, de fato, designousempre
algo
mais do
que o conhecimento vulgar,não
demonstrativo,com
especificaçãouma
tanto diversa, desde a antiguidade até hoje.O
desenvolvimento extremo alcançado pela ciência e a sua constante multiplicaçãoem
ramos
e subramos
(sendo entãomais
correto falarmosem
ciências e nãoem
ciência),impõe
a busca de critérios queordenem
tanta variedade, indicando as suas relações deafinidade e diferenças.
Desde
a antiguidade até aos nossos dias, muitostêm
sido os critériospropostos.
Segundo
LOPES
(1968)num
sentido muito amplo, a técnica é o conjunto dosmeios
postosem
ação pelohomem
com
vista à obtenção dos seus fins.Num
sentidomais
restrito, a técnica é a utilização de instrumentos e
métodos
específicosque visam
a obtençãode detemiinados resultados.
Nesse
sentido a técnica abrange, praticamente, todos oscampos
da atividade
do
homem.
`A
Existe
no
entantoum
"caminho
comum"
às diversas ciências (econômicas, sociais,jurídicas, matemáticas, etc).
É
através da análise desta vertentecomum
que pretende-seexplicitar
que
a contabilidade não se esgotana
aplicação deum
conjuntode
técnicas -competência técnica -,
como
alguns investigadores defendem, e possui nobreza científica -competência científica - e estatuto epistemológico.
De
acordocom
GUIMARÃES
(1996) ohomem
ao observarum
fato,conduz, face à observação estabelecida, a
um
conceito. Deste conceito nasce o teorema e estesoriginam teorias, a
que
seseguem
os princípiosna
hierarquia epistemológica. Isto é, a ciênciatem
como
finalidade explicar (fatos, acontecimentos) e através desta dinâmica ofereceruma
determinada utilidade - informação.
Ou
seja, a ciência procura explicar,com
o objetivo deinfonnar. Esta informação é posteriormente utilizada por todos os potenciais interessados.
Então, é necessário verificar se a contabilidade respeita a metodologia.
O
primeiro passo consistena
observação e a contabilidadecumpre
este requisitosempre que
observa a situação econômica-financeira deuma
organização.Ao
analisar realidade econômico-financeiro se estabelece detenninadas relações, isto é, verifica-se aocorrência de
um
conjunto de conexões, sendo então possível estabelecer os conceitos.De
acordocom
a metodologia preconizada, o conceito constitui osegundo
passo.Um
dos conceitosmais
antigosem
contabilidade é o de patrimônio. Este conceitocontabilístico é de tal
forma
relevante que alguns investigadoresdefiniram
a contabilidadecomo
a ciênciado
patrimônio. AO
teorema constitui a terceira etapa.A
contabilidade possueum
conjunto deteoremas,
como,
por exemplo, o teoremada
elasticidade patrimonial. Optou-se por referirapenas este
dado
à épocaem
quevivemos
se caracterizar, entre muitos outros atributos, pelamudança,
oque
leva alguns autores adenominarem-na
como
a época da incerteza.O
mundo
dos negócios está passando poruma
revoluçãosem
precedentes:alterações tecnológicas, intemet, desregulamentação, concorrência global, para citannos
apenas alguns
fenômenos
representativos desta revolução.A
tecnologia e as comunicaçõestêm
possibilitadoque
as transaçõesocorram
instantaneamente.
Dada
esta necessidade imperiosa de tecnologia, os avanços nesta área sãoquase diários
provocando
a obsolescência da tecnologiaque
as organizações entretantoadquiriram.
Na
contabilidade utiliza-se segundoLOPES
(1968)um
conjunto de métodos, osmétodos
contabilísticos, baseadosno
conhecimentoda
ciência contabilística, utilizados para obter informações (resultados) técnico-financeira acerca deuma
organização.E
é partindo deste princípio de acordocom
LOPES
(1968)E
ALMEIDA
(1996) que seobtém
a identidade fundamental da contabilidade: Ativo=
Passivoi
Situação Líquidaou
segundo alguns autorescomo
CREPALDI
(1995) eFAVERO
et al. (1997): Ativo=
Passivo
i
Patrimônio Líquido.Não
édo
objetivo nestamonografia
discutir a polêmicaassunto
não
esta exaurido sequer -para os especialistasem
normatização de estrutura dedemonstrações contábeis.
H
A
contabilidade,como
qualquer outra ciência, utilizaum
conjunto de técnicas,baseadas
em
conhecimentos científicos, oque
lhe permite atingirsegundo
o procedimentoadequado
a finalidadeque
pretende.A
contabilidade,como
asdemais
ciências socorrem-se deum
conjunto de técnicas paramelhor
aferir a situação econômica-financeira das organizações.A
questão da contabilidadecomo
técnicaou
ciênciatem
levantado desdesempre
polêmica, estando, possivelmente, ainda longe o consenso. Contudo,
GUIMARÃES
(1996)diz que já
no
iníciodo
séculoXIX,
aAcademia
Francesa,com
basena
obra de R. P. Coffy, aceitou que a contabilidade cumpria todos os requisitos para ser consideradauma
ciência,na
medida
em
que
o seu objeto estábem
definido,fundamentado
o seumétodo
e estabelecido oseu fim.
No
entanto,num
ponto todos estão de acordo, é indiscutívelque
a contabilidadetem
um
papel sobremaneira relevante para a elaboração e análiseda
informação econômica-financeira das organizações
dada
a complexidade crescentedo
universo dos negócios.Perante o exposto concorda-se plenamente
com
FRANCO
eMARRA
(1989) aoafirmar que
a contabilidade éuma
ciência destinada a estudar e controlar o patrimônio dasentidades,
em
seus aspectos quantitativo e qualitativo e suas variaçõesem
determinadoperíodo.
Ela
tem
como
objeto de estudo, o patrimônio administrável, tendocomo
campo
deaplicação o das entidades econômico-administrativos,
fomecendo
assim, informaçõesnecessárias e úteis sobre todas as ocorrências nele aplicadas.
2.2 Técnicas
Contábeis
A
contabilidadetem
como
finalidade segundoFRANCO
eMARRA
(1997), assegurar o controledo
patrimônio administrado. E, para atingir sua finalidade, a contabilidade utiliza-se das seguintes técnicas:\/ Escrituração contábil- registro dos fatos
que ocorrem
no
patrimônio;\/
Demonstrações
contábeis-
demonstração expositiva dos fatos;Í
Auditoria-
confirmação
dos registros e demonstrações contábeis e\/ Análise de balaços
-
análise,comparação
e interpretação das demonstraçõesAtualmente pode-se até acrescentar outras técnicas usuais, principalmente
em
função
da
coexistênciada
informática e eletrônica,como:
a contabilidade preditiva, simulaçãode transações etc.
2.3
'
Controle
InternoOs
controles intemosinfluenciam
a natureza deum
exame
feito pelo auditor,sendo ele externo
ou
interno.Antes de elaborar o plano
ou programa que
guiará os trabalhos de auditoria, énecessário observar
como
se encontram os controlesda
empresa.A
profundidade dosexames
é, pois, guiada pela “avaliação” que se fazdo
controleintemo. '
Avaliar
como
seacham
os controles internos é condição essencial parauma
tarefa segura.2.3.1 Conceito
de
Controles Internosu
Por controles intemos entende-se segundo
FRANCO
eMARRA
(1989, p. 134)como
“todos os instrumentos destinados à vigilância, fiscalização e verificaçãoadministrativa, que
permitem
prever, observar, dirigirou
governar os acontecimentosque
severificam dentro da
empresa
e queproduzam
reflexosem
seu patrimônio.” VDe modo
simples, pode-seafirmar que
o controle internocompreende
um
conjunto denormas
e procedimentos coordenados entre si, visando à vigilância dos atos e fatosadministrativos, para que os
mesmos
sejam praticados de acordocom
as disposições legais eregulamentares vigentes e não se afastem dos objetivos planejados
u
Existem dois tipos de controle interno: o formal e o substantivo.
O
controle formaltem
como
objetivo constatar se os atos administrativosmantêm
consonância
com
a legislação que os embasou.O
controle substantivo objetiva a avaliaçãoem
termos quantitativos e qualitativos,da
eficiência, eficácia e economicidadecom
queforam
ou
estão sendo aplicados os recursospúblicos,
bem
como
assegurarque
eles se encontram protegidos contra o desperdício, perda2.3.2
Importância
da
Avaliaçãodo
Sistemade Controle
InternoO
tamanho
e a complexidade das organizaçõesmodemas
têm
impossibilitado a supervisão direta de todas as operações por parte dos dirigentes superiores e obrigou-os a delegar parte de suas funções de controle a outros profissionais que,com
a devidaindependência, coletam dados estratégicos, táticos e operacionais para lhes carrear as
informações necessárias sobre o
comportamento
operacionalda
entidade.Tal atividade, organicamente estruturada
em uma
unidade de. avaliação de controleinterno, constitui-se
em
desdobramentoda
administração superior e penetraem
toda aorganização para identificar possíveis falhas, desvios, erros, debilidades
ou
deficiências,como
instrumento eficaz ,com
objetivos de:I. infonnar e assegurar
permanentemente
a administração superior sobre todas asáreas relacionadas
com
o controle, seja contábil, administrativo, financeiro, operacional e juridico;II. preservar os interesses
da
organização contra ilegalidades, erros, desviosou
irregularidades
na
utilização de recursos;III. velar pela consecução das metas fixadas;
IV.
recomendar
os ajustes necessárioscom
vistas apromover
a eficiênciaoperacional.
A
completa organização e a eficáciado
controle interno é de inteiraresponsabilidade
da
administração.Se
bem
organizado,cumpre
mantê-lo sob continuavigilância, pois, as falhas de seu funcionamento
têm
reflexos infalíveisno
destinodo
empreendimento, podendo, juntamente
com
os seus resultados, comprometê-lo inteiramente.Ao
avaliar os controles intemos, o auditor teráem
mente
os objetivos deste,verificando até que ponto eles
permitem
atingi-los. Logo, a aplicação dos procedimentos deauditoria,
em
todas as áreas setomam
indispensáveis.São
inúmeros os processos potenciaisque
o auditor poderá implementar pararealizar a auditoria interna. Dentre eles destaca-se aqui o plano de auditoria e os papéis de
2.4
Plano de
AuditoriaO
plano de auditoriapode
ser consideradocomo
a linha de conduta a ser seguida,dentro dos princípios e preceitos
da
técnicaem
estudo.O
plano de auditoriaconforme
LOPES
DE
SÁ
(1998),deve
estarcomposto
de trêsfatores: 1) os processos gerais uniformes
que servem
de base à conduta profissional; 2) as características especiais elaboradas privativamente para cada casoem
exame;
3) asnormas
eprocedimentos de auditoria consagrados.
O
planejamentoadequado
segundoFRANCO
eMARRA
(1989), pressupõe aformulação
do programa
de auditoria. Esteprograma
consisteno
plano de trabalho paraexame
de
área específica,com
procedimentos adequadosque
alcançarão o resultado desejado.Devendo
contudo, seramplo
e flexível para permitir alterações durante oandamento
das verificações. .Assim, de acordo
com
os motivos expostos acima, o auditor deverá estudar ascondições
da empresa
e elaborarum
plano adequado, apoiando-seem
normas
de naturezasubjetiva, a critério
do
responsável técnico e por este supervisionadas.. Para dar ênfase a este aspecto,
LOPES
DE
SÁ
(1998),também
julga convenientea todo auditor a obediência a
uma
linha de conduta padronizada para alguns setores e decaráter de estudo sério e minucioso,variável para cada caso, quanto a outros pontos.
Também
pode-seafirmar
que o plano écomposto
de duas partes distintas: fixa, deacordo
com
os princípios de auditoria; variável, que constitui a parte de adaptação ao casoespecialmente estudado.
Assim
de acordocom
LOPES
DE
SÁ
(1998), o planodeve
serum
guia seguro, indicando. oque
deverá ser feito, possibilitando: a execução fiel de trabalhos debom
nível técnico-profissional, oacompanhamento do
progresso de tal execução e amanutenção
deuma
linha que não permita omissões.
Diante
da
observação supra mencionada, tem-se a necessidade da adequação dospapéis de trabalho executados pelo auditor ao 'programa de auditoria, servindo de base e
2.5 Papéis
de Trabalho
Os
papéis utilizados para fazer anotações, relatar situações, demonstrar cálculos, analisar contas e executar assim a tarefa de auditoria sãodenominados
papéis de trabalho.São
peças de auxílio e execução
no
desempenho
de tarefas. «A
ResoluçãoCFC
n°700/91 (l1.3.1), atualizada pelaCFC
n° 820/97,define
ospapéis de trabalho,
como
“(...) o conjunto dedocumentos
e apontamentoscom
informações eprovas coligadas pelo auditor, que constituem a evidência
do
trabalho executado e ofundamento
de sua opinião”. 'Os
papéis de trabalhotêm
por finalidade o registrodo
trabalho efetuado,fomecendo
informações importantes ao planejamento contábil, financeiro e fiscal.Não
existem padrões para os papéis de trabalho, poiscomo
sevem
de anotaçõespara a execução
da
auditoria,devem
ser escolhidos de acordocom
o critério pessoaldo
auditor. Assim, cada papel de trabalho deve ser elaborado tendo
em
vista oexame
da
contaou
área que se está examinando.
'
Existe
uma
grande variedade de rascunhoscom
os quais o auditor lidana
execução dos seus serviços profissionais, propiciando de acordocom
LOPES
DE
SÁ
(1998): omenor
custo, servindo
como
base pennanente de consulta, ampliando as chances deuma
análise retrospectivacom
melhor
ordem
edevendo
estar classificado deforma
a identificar-secom
oplano de auditoria.
A
Norma
número
009, de 1982, daIFAC,
e que regula o assunto, estabelece que:“Os
papéis de trabalhodevem
ser suficientemente completos e detalhados paraque
o auditor experiente possa ter completacompreensão do
trabalho realizado.”Segundo
FRANCO
eMARRA
(1992) os principais papéis de trabalho deuma
auditoria deverão incluir: demonstrações contábeis auditadas, balancete
do
razão, folha deajustes, folhas de análises
do
ativo, do passivo, das receitas e das despesas e das contasdo
patrimônio líquido.
Devendo
incluirtambém:
informações sobre asconfirmações
expedidas e as respostas obtidas; cópias dos estatutos daempresa
e as respostas obtidas;organograma da
empresa; programas de auditoria dos diversos setores e áreas etc.
FRANCO
eMARRA
(1992) citamtambém
que, entre os papéis de trabalho,devem
figurar: cópia,ou
extrato,do
contrato celebradocom
o cliente para execuçãoda
auditoria;memorando
especificando as datasem
que os trabalhos deverão estar encerrados eos relatórios entregues; tipos de relatórios a elaborar, pessoas a
quem
deveram
serencaminhadas
e outras informações correlatadas.2.6
Origem
eEvolução da
AuditoriaÉ
dificil precisarquando
começa
a históriada
auditoria, pois toda a pessoaque
possuía a função de verificar a legitimidade dos fatos econômico-financeiros, prestando
contas a
um
superior,pode
ser consideradacomo
auditor.Com
baseno
texto deCORREIA
(2001) tem-seque
os imperadoresromanos
nomeavam
altos funcionários queeram
encarregados de supervisionar as operaçõesfinanceiras de seus administradores provinciais e lhes prestar contas verbalmente.
Na
França,no
século III, os barões tinhamque
realizar leitura pública das contasde seus domínios,
na
presença de funcionários designados pela Coroa. “Na
Inglaterra, por atodo
Parlamento, o reiEduardo
Idava
direito aos baroes denomear
seus prepostos. Ele própriomandou
verificar as contasdo
testamento de sua falecidaesposa.
A
aprovação desses auditores é atestadaem
um
documento que
constituium
dosprimeiros relatórios de auditoria,
denominado
”probatur sobre as contas ".No
Brasil colonial, segundoCORREIA
(2001), tínhamos afigura
do juiz colonial,o olho
do
rei,que
era destacado pela coroa portuguesa para verificar o correto recolhimentodos tributos para o Tesouro, reprimindo e punindo fraudes.
O
quepodemos
notar,em
todos esses casos, é que a preocupação desses dirigentesera
com
a fraude. 'A
Inglaterra,como
dominadora
dosmares
e controladorado
comércio mundial, foiquem
mais
desenvolveu a auditoria, pois possuía grandescompanhias
de comércio e instituíaimpostos sobre o lucro dessas empresas.
Mas
0 grande salto da auditoria ocorreu após a criseeconômica
americana de1929.
No
início dos anos 30, é criado ofamoso Comitê
May,
um
grupo de trabalho instituídocom
a finalidade de estabelecer regras para as empresas que tivessem suas ações cotadasem
bolsa, tornando obrigatória a auditoria contábil Independente nos demonstrativos financeiros
dessas empresas. -
Esses auditores independentes
no
desenrolar de suas atividades, necessitavam teracesso a informações e
documentos
que levassem ao conhecimentomais
profundo e análisesempresa. Estava lançada a semente da auditoria interna, pois os
mesmos,
com
o decorrerdo
tempo, foram aprendendo e
dominando
as técnicas de auditoria e utilizando-asem
trabalhossolicitados pela própria administração
da
empresa.As
empresas notaram quepoderiam
reduzir seus gastoscom
auditoria externa, seutilizassem
melhor
esses funcionários, criandoum
serviço de conferência e revisão interna,continua e permanente, a
um
custo mais reduzido.Os
auditores extemos,também
ganharam
com
isso, poispuderam
se dedicar exclusivamente ao seu principal objetivo que 'era oexame
da situação econômico-financeira das empresas.
Após
a fundaçãodo
The
Institute of Intemal Auditors,em
New
York, a auditoria interna passou a ser vista de maneira diferente.De
um
corpo de funcionários de linha, quasesempre
subordinados a contabilidade,pouco
a pouco,passaram
a terum
enfoque de controleadministrativo, cujo objetivo era avaliar a eficácia e a efetividade
da
aplicação dos controles intemos.O
seucampo
de ação funcional, foi estendido paratodas as áreasda
empresa, e, paragarantir sua total independência, passou a ter subordinação direta à alta administração
da
- ~
OI`gaI'1lZaÇaO .
2.7 Definições e Conceito
de
Auditoria InternaA
função básicada
contabilidade é de produzir infonnações úteis aos seus usuáriospara a
tomada
de decisões.Pela necessidade de
confirmar
a veracidade dessas informações, é utilizadauma
técnica contábil
denominada
auditoria, que, pormeio
de procedimentosque
lhe são específicos, estuda e avalia as demonstrações contábeiscom
o objetivo de emitir parecer sobre estes relatórios e,também, quando
for o caso, de opinar sobre as operações da empresa.Daí
pode-se definir de acordocom
FRANCO
eMARRA
(1995, p. 22) a auditoriaCOITIOI
A
técnica contábil que através de procedimentos específicos que lhe são peculiares,aplicados no
exame
de registros e documentos , inspeções, e na obtenção de informações econfirmações, relacionados
com
o controle do patrimônio deuma
entidade-
objetiva obter elementos de convicção que permitam julgar se os registros contábeis foramefetuados de acordo
com
os princípios fundamentais e as normas de contabilidade e se asdemonstrações contábeis deles decorrentes refletem adequadamente a situação
econômico-financeira do patrimônio, os resultados do periodo administrativo examinadoe as demais situações nelas demonstradas.
A
açãoda
auditoria não se limita aoque
esta registrada nos livros,também
apura oque foi omitido nos registros valendo, portanto, de todos os
meios
de prova ao seu alcance,Assim
a auditoria éuma
ferramenta fundamental à administração, poisproporciona análises e
recomendações
com
o objetivo de corrigirou
ajustar as operaçõesda
empresa
com
vistas ao que foi planejado. ' 'No
ponto de vista dePAULA
(1999), a auditoria internapode
assim ser definidaCOIIIOI
a) atividade de avaliação e de assessoramento da administração, voltada para a eficiência
e eficácia dos controles e da qualidade
do
desempenho
das áreas,em
relação àsatribuições, objetivos e políticas definidas para elas;
b) órgão
da empresa
queem
parceriacom
osdemais
responsáveis pela administração,cuida
do melhor cumprimento
das políticas traçadas,da
legislação e dos normativosinternos. .
O
CFC
(1995) conceitua auditoria internacomo
o conjunto de procedimentostécnicos
que tem
por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações sobre aspectos ñsicos, contábeis, financeiros e operacionaisda
entidade.Pode-se, considerando as colocações supra mencionadas, definir auditoria interna
como
sendouma
atividade de avaliação independente, que,em
parceriacom
administradorese especialistas, avalia a eficiência e a eficácia dos controles de toda a entidade, fornecendo
subsídios para a
tomada
de decisão, visando ocumprimento da
missãoda
entidade.2.8
Missão
e objetivosda
auditoria internaA
açãoda
auditoria interna deve observar prioritariamente a necessidade daentidade frente à concorrência e outras
demandas
externas, subsidiando o gestorno
estabelecimento deuma
estratégia internaque
venha
amelhor
posicionar a entidadeextemamente.
A
identificação de erros e desvios éuma
conseqüência deuma
açãomais
ampla
enão
um
objetivoem
simesmo.
Segundo
aAUDIBRA
(1992, p. 20), “a missão básica da auditoria interna é: emitiropinião conclusiva
ou
considerações a respeito das operações examinadas; avaliar os fluxos,sistemas, plano de controle interno e
desempenho da
organizaçãoou
de qualquer de seussegmentos; auxiliar a alta administração e demais
membros
do
corpo gerencialda
organizaçãoA
ousadia de se questionar e avaliar ovplanejamento estratégico e tático e proporpossíveis correções
ou
ajustes é o que a alta administração esperaque
a auditoria interna, poistem
demonstrado possuirmeios
para fazê-lobem.
A
auditoria intema é necessária para a entidade para garantirque
os procedimentosintemos e as rotinas de trabalho sejam executados de
forma
a atender aos objetivosda
entidade e às diretrizes
da
alta administração.É
necessáriatambém,
porque atesta a integridade e fidedignidade dos dadoscontábeis e das informações gerenciais, que irão subsidiar as
tomadas
de decisão dosdirigentes; salvaguardar os valores
da
entidade.× Entre os expostos, pode-se citar: a análise de dados
com
isenção e independência;o assessoramento a administração
no desempenho
de suas funções e responsabilidades,fortalecendo _o controle intemo; colaboração
com
o fortalecimento dos controles intemos eajuda a agregar valor aos produtos.
Além
disso,pode
vir a assegurar à alta administraçãoque
as diretrizes administrativas e deordem
legal estão sendo cumpridas adequadamente.O
objetivo geral da auditoria intema é prestar ajuda à administração,possibilitando o
desempenho
adequado de suas obrigações.O
auditor interno deve, portanto,preocupar-se
com
qualquer fase das atividadesda empresa
que possa ser de utilidade à administração.Segundo
PAULA
(1999), os objetivosda
auditoria internapodem
ser:>
certificar se os objetivos operacionais e de negócios estão sendo atingidos e se osmeios
utilizados são os
mais
adequados e eficientes; ">
identificar possíveis desvios .no atingimento às diretrizes e políticas definidas pela administração,propondo medidas
para a melhoria e o aprimoramento dodesempenho
operacional da organização;
Portanto, quaisquer objetivos
devem
ser passíveis de realização,ou
sej a,devem
sercapazes de ser alcançados considerando os recursos disponíveis.
Os
objetivos específicos, levandoem
conta o âmbito, abrangência e missão básicada auditoria intema
devem
ser, obrigatoriamente, considerados pelos auditoresquando da
elaboração dos planos de trabalho e dos programas de auditoria.
No
capítulo seguinte, será apresentada as diretrizesdo
controle internodo
BADESC.
i-3.
A
INSTITUIÇÃO
BADESC
No
presente capítulo serão apresentadas primeiramente, a função doBADESC
no
contexto catarinense e sua estrutura organizacional.
A
seguir, se demonstrará osprocedimentos'necessários à análise e concessão de crédito,
bem
como
as áreas envolvidasdiretamente
com
este.O BADESC
éuma
instituição financeira, classificadacomo
agência defomento
etem
por missão proporcionar o suprimento oportuno eadequado
dos recursos necessários aofinanciamento, a
médio
e longo prazo, deprogramas
e projetos,promovendo
odesenvolvimento
econômico
e socialdo
Estado de Santa Catarina.Em
consonânciacom
asdiretrizes
emanadas
dosGovemos
Federal e Estadual, mediante a prestação de assistênciafinanceira e técnica, a instituição
pode
participar de todas as operações ativas e passivasem
relaçao aos financiamentos, exercendo atividades compreendidas
no
âmbito de atuação deAgências de
Fomento,
em
conformidadecom
a legislação aque
estiver sujeito.Para
que
se possa avaliar se a missão da instituição está sendo atendida, visandoassegurar a administração adequada dos recursos, é necessário
um
controle sistemático dasatividades desenvolvidas pela agência,
no
que concerne a análise e concessão de crédito.3.1 Estrutura Organizacional
A
estrutura organizacional iniciou-secom
as técnicas de departamentalizaçãoque
auxiliam
na
estruturação das unidadescomponentes
da organização.Em
seguida, oorganograma
que representa graficamente, o esforçoempregado na
escolhado melhor
agrupamento
de atividades.Segundo
ARAÚJO
(1983, p. 158),“O
organograma
éum
gráfico representativoda
estrutura fonnal da organizaçãoem
dado momento.”
Assim
sendo,tem
por objetivo representar a organização fonnal,configurada na
estrutura oriunda
do
regulamento daempresa demonstrando
os diversos órgãos, seusposicionamentos, vias hierárquicas existentes e as linhas de autoridade, subordinação e
Existem vários tipos de organogramas
que
podem
representar a estrutura deuma
empresa.
Devido
a sua diversidade, considera-se osmais
usados de acordocom
CHINELATO
(199s)z
>
>
>
>
>
Organograma
clássicoou
vertical-
é o tipo simplificadono
qual, deixabem
claros osníveis de hierarquia.
É
bastante usadoem
instituições tradicionais,onde
a visão hierárquica é fator preponderante;Organograma
radialou
circular-
este tipo é usadoem
organizações maismodernas
e flexíveis, nãohavendo
a intenção de ressaltar-semaior
importância desteou
aquele órgão.É
muito usadoem
empresas de consultoriaque
trabalhamcom
grupos, gruposartísticos, etc;
Organograma
horizontal-
sua finalidade é semelhante a vertical, diferenciando-sesomente na
posição de sua escala de poderque
é representada da direita para a esquerda;Organograma
funcional-
este tipo preocupa-secom
as linhas indicativas dosrelacionamentos funcionais entre os órgãos,
ou da
subordinação técnica, deixando delado as linhas de subordinação entre os órgãos;
Organograma
matricial-
é bastante usadoquando não temos
a identificação precisados órgãos,