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LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL

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Academic year: 2021

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E X A M E D E O R D E M E X A M E D E O R D E M EX AME DE ORDEM

LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL

LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL

Fundação Biblioteca Nacional ISBN 85-7638-374-8

(2)

1.ª Edição

(3)

© 2007 – IESDE Brasil S.A.

É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

T233 Taverna, Vanderlei.

Legislação e Ética Profissional/Vanderlei Taverna – Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2005.

164 p.

ISBN: 85-7638-374-8

1. Ética profissional. 2. Legislação. I. Título.

CDD 347.965

IESDE Brasil S.A.

Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1482. CEP: 80730-200 – Batel – Curitiba – PR

0800 708 88 88 – www.iesde.com.br

(4)

SUMÁRIO

SUMÁRIO

Estatuto da Advocacia

7

Estatuto da Ordem dos

Advogados do Brasil (OAB)

7

Da atividade de advocacia

9

Dos direitos do advogado

13

Da inscrição

14

Da sociedade de advogados

15

O advogado empregado

16

Dos honorários advocatícios

Continuação da Lei 8.906/94

– Estatuto da Advocacia

19

Estatuto da Ordem dos

Advogados do Brasil (OAB)

19

Das incompatibilidades e

impedimentos

21

Da ética do advogado

22

Das infrações e sanções

disciplinares

25

A OAB

Código de Ética e Disciplina

da OAB – I

33

Código de Ética e Disciplina

da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

(5)

SUMÁRIO

33

Das regras deontológicas

fundamentais

35

Das relações com o cliente

37

Do sigilo profissional

Código de Ética e Disciplina

da OAB – II

41

Código de Ética e Disciplina

da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

41

Da publicidade

44

Dos honorários profissionais

46

Do dever de urbanidade

Regulamento Geral

do Estatuto da Advocacia

e da OAB

49

Regulamento Geral do Estatuto

da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

49

Necessidade do visto de

advogado

50

Exercício ilegal da profissão

50

A advocacia pública. Quem

exerce?

51

Do desagravo público

52

O compromisso a ser prestado

(6)

SUMÁRIO

53

Das sociedades de advogados

54

Receita

54

O Conselho Federal da OAB

Estatuto da Advocacia e da

OAB

59

Lei 8.906, de 4 de julho de 1994

Regulamento Geral

do Estatuto da Advocacia

e da OAB

Código de Ética e Disciplina

da OAB

Provimento 94/2000

Provimento 109/2005

Referências

(7)

Código de Ética

e Disciplina da OAB – I

Código de Ética e Disciplina

da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

Após o advento da Lei 8.906/94, foi promulgado, em razão de disposição desta, o Código de Ética e Disciplina da OAB.

Contudo, preliminarmente, temos que conceituar ética profissional. Eduardo C. B.

Bittar(2002), na obra Curso de Ética Jurídica, dispõe, em nota de rodapé, que ética

profis-sional é o “conjunto de regras morais de conduta que o indivíduo deve observar em sua atividade, no sentido de valorizar a profissão e bem servir aos que dela dependem.”

No Código de Ética e Disciplina do advogado, ou seja, em seu regramento ético, estão dispostas uma série de normas, as quais o profissional deve seguir e respeitar e que preenchem uma necessidade, para efeitos de controle corporativo, pois o profissio nal não pode ficar à mercê de sua livre consciência.

Para José Renato Nalini(1997),

os advogados têm facilitada a regulação de sua conduta ética, pois contida, em sua essência, no Código de Ética e Disciplina da OAB. Esse instrumento normativo é a síntese dos de-veres destes profissionais, considerados pelo constituinte como essenciais à administração da justiça.

Esse é o nosso objeto de estudo, sempre observando que a “ética não pode ser imposta, pois depende da adesão consciente de quem quer pautar sua vida dentro dos princípios estabelecidos para um modo de viver.” Todavia, em face do disposto no artigo 34 do Estatuto da Advocacia e da OAB, o Código de Ética e Disciplina pode ser imposto ao advogado, já que se trata de imposição legal.

Das regras deontológicas fundamentais

A normativa, ora objeto de estudo, iniciase com as regras deontológicas fundamen -tais que impõem a conduta compatível do advogado com seus preceitos éticos, bem como com os demais princípios da moral individual, social e profissional.

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Em síntese, podemos conceituar a deontologia como o estudo dos princípios, fundamentos e sistemas de moral, ou seja, é a ciência dos deveres no âmbito de cada classe profissional.

Relembrando, a palavra advogado vem do latim advocatus (ad = para junto +

vocatus = chamado), ou seja, aquele que é chamado por alguém que lhe pede ajuda.

“Ad-vogado, assim, é aquele ao qual se pede, em primeiro plano, a forma essencial de ajuda,

que é a solidariedade.”(BERTONCINI, 2003).

O Código de Ética e Disciplina da OAB preceitua os deveres do advogado nos incisos I a VIII do parágrafo único do artigo 2.º, que são:

Art. 2.º [...]

Parágrafo único. São deveres do advogado:

I - preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de essencialidade e indispensabilidade;

II - atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, digni-dade e boa-fé;

III - velar por sua reputação pessoal e profissional;

IV - empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e profissional; V - contribuir para o aprimoramento das instituições do Direito e das leis;

VI - estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instau-ração de litígios;

VII - aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial; VIII - abster-se de:

a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;

b) patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia, em que também atue;

c) vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso;

d) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana;

e) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste.

Nesse aspecto, o advogado deve ter plena consciência de que o Direito é um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas, e que a lei é um instru-mento para garantir a igualdade de todos.

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A justiça, no entanto, é uma virtude especial. Essa assertiva deve ser entendida como hipótese metodológica, uma vez que não se pretende investigar a natureza da

jus-tiça. Tércio Sampaio Ferraz Jr.(2003)cita Aristóteles ao tratar desse tema: “Nós

obser-vamos que todos os homens entendem chamar justiça essa espécie de disposição que torna os homens aptos a executar as ações justas e que as faz agir justamente e querer as coisas justas.” A busca das soluções justas, portanto, deve ser seguida pelo profissional do Direito em seu cotidiano.

Como conseqüência das regras deontológicas fundamentais, temos que o exer-cício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização. As-sim, veda-se ao advogado a utilização de meios escusos para a captação da clientela, tais como oferta de descontos em honorários advocatícios, realização de promoções, oferta de serviços mediante contratos de adesão, utilização de expressões tais como “atendimento sem compromisso” etc.

Outro dever trata da impossibilidade de o advogado expor os fatos em juízo, falseando deliberadamente a verdade ou estribando-se na má-fé.

Das relações com o cliente

Como observamos acima, o advogado está, primeiramente, a serviço da Justiça, con-tudo, direta e secundariamente, está a serviço de quem o constitui, ou seja, de seu cliente. Dessa maneira, o Código de Ética e Disciplina da OAB, no capítulo II, trata das relações do advogado com seu cliente.

O dever de informação é o primeiro dever neste aspecto (art. 8.º), já que o advogado deve informar o cliente, de forma clara e inequívoca, quanto a eventuais riscos de sua pretensão, e das conseqüências que poderão advir da demanda, tais como pagamento de custas processuais e honorários advocatícios de sucumbência. Muitas vezes nem é preciso interpor ações judiciais, sendo que o advogado pode resolver a causa de seu cliente de forma extrajudicial, por meio de entendimento direto entre as partes, já que a “justiça é imprevisível, pois tarefa humana. A fraqueza – ou beleza – do direito está na multiplicidade

de interpretações possíveis sobre o mesmo tema.”(NALINI, 1997, p. 188)

A conclusão desse raciocínio é que o advogado jamais pode garantir ao cliente que vencerá a ação e terá o seu direito reconhecido, mesmo que parcialmente.

Outra regra constante neste capítulo, mais precisamente no artigo 9.º, obriga o advogado à devolução de bens, valores e documentos recebidos no exercício do mandato, e à pormenorizada prestação de contas, após a conclusão da causa, com ou sem extinção do mandato.

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Todavia, há a possibilidade de renúncia, na forma do disposto no artigo 13 do Código de Ética e Disciplina da OAB. Quando isso acontece, o advogado não precisa apresentar o motivo ao cliente, já que a “renúncia implica omissão do motivo”; porém, continua responsável pela lide pelo prazo de dez dias, contados da ciência da renúncia pelo cliente.

Outra situação relevante no cotidiano da advocacia é aquela em que o cliente procura um advogado sem ter findado a relação profissional com o advogado anterior. Nesses casos, valendo-se da regra contida no artigo 11 do Código de Ética e Disciplina da OAB, aquele não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste. Existe a exceção a essa regra: o advogado somente deve aceitar a procuração se houver motivo justo, ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis.

Se for o cliente que desejar revogar o mandato judicial, não há desobrigação deste do pagamento das verbas honorárias já contratadas, assim como não é retirado do advogado o direito de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência, calculada sempre proporcionalmente (em percentual), de acordo com o serviço efetivamente prestado.

Sempre que houver conflito de interesses entre clientes, e se estes não chegarem a um acordo, deverá o advogado optar por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardando o sigilo profissional. Toda vez que o advogado receber informações reser-vadas ou privilegiadas, deve resguardar o segredo, uma vez que a relação entre cliente e advogado é personalíssima.

É de fundamental importância a existência dessas normas éticas, uma vez que a pu-blicidade delas garante igualdade de tratamento a todos os profissionais, já que o “advogado deve ser um agente de transformação no meio social e um elo de ligação [SIC]entre o cliente

e o Poder Judiciário.”(BIZZATTO, 2000).

Entretanto, o advogado deve abster-se de patrocinar causas contrárias à ética, à moral ou à validade de ato jurídico para o qual tenha colaborado, orientado ou conhe-cido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu impedimento ético quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer. As primeiras modalidades são absolutamente genéricas, ou seja, todo advogado deve recusar-se a patrocinar causas antiéticas e imorais, situações que deverão ser obser-vadas pelo critério de discricionariedade do profissional. A última modalidade é bastante literal, constituindo-se numa regra absoluta.

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Há, ainda, no Código de Ética e Disciplina da OAB, as regras referentes ao

subs-tabelecimento, que possuem duas espécies: a primeira, o substabelecimento sem reservas

de poderes, é a modalidade em que o advogado abandona o patrocínio da causa, a qual passa a ser totalmente do advogado substabelecido, e a segunda, o substabelecimento com reserva de poderes, na qual os poderes recebidos do cliente são repassados a um ou mais colegas, porém, o substabelecente conserva tais poderes para si. Em ambas as hipóteses, não é possível o substabelecimento do mandato sem a ciência e concordância do cliente.

Do sigilo profissional

O advogado detém os segredos de seu cliente, já que este não guarda, em regra, nenhuma reserva para com aquele. A confiança é inerente à profissão. O cliente cons-titui como seu advogado apenas o profissional que lhe merece confiança.

Mais uma vez, o ilustre José Renato Nalini(1997, p. 191) nos ensina que:

Prevalece o caráter essencialmente individual de qualquer das atuações no campo do direi-to, onde o profissional é escolhido a mercê dos atributos personalíssimos e não intercam-biáveis. [...] Será o detentor de seus segredos, terá acesso a informações íntimas, terá em suas mãos a chave da resolução dos problemas que o atormentam.

Por isso, reprova-se a conduta do profissional que comenta com terceiros e em locais impróprios aquilo que tomou conhecimento em razão de seu exercício profissional.

Todos os aspectos referentes ao sigilo profissional devem ser levados em conta, já que essa é característica marcante da atividade na advocacia e está acima dos interes-ses pessoais,

como decorrência de uma lei natural, imprescindível à liberdade de consciência e ao direito de defesa e de relevante benefício à sociedade ou ao interesse público. É um princípio essencial e de ordem pública, colocado, portanto, acima dos confidentes e do advogado. (BARONI, 2001).

Pode o advogado ferir a regra do sigilo em circunstâncias especiais, nos casos apontados no artigo 25 do Código de Ética e Disciplina da OAB, a saber: quando houver grave ameaça ao direito à vida, à honra, ou quando o advogado se vir afrontado pelo próprio cliente e, em defesa própria, tenha que revelar segredo, porém, sempre adstrito ao interesse da causa.

Isso se dá porque o sigilo profissional decorre da ordem pública. A confiança depositada pelo cliente em seu advogado não deve ser quebrada sob qualquer circuns-tância, salvo nas situações acima.

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Contudo, alguns doutrinadores, especialmente penalistas de renome, como Nélson Hungria e Magalhães Noronha, defendem que há deveres jurídicos que superam o dever do sigilo, especialmente nos casos de estado de necessidade. Esses autores defendem que, havendo justa causa, a quebra de sigilo se justifica, especialmente quando for o único meio de conjurar o mal. Importante se faz lembrar que esse raciocínio não é abraçado pelo Código de Ética e Disciplina da OAB.

Outra recomendação ética é no sentido de o advogado recusar-se a depor como testemunha em processo judicial, ainda que solicitado por seu cliente. Tal determinação é extensiva aos casos em que o advogado atuou ou deva atuar, ou a fato relacionado com pessoa de quem seja ou tenha sido advogado.

Tal dever ocorre porque as confidências feitas pelo cliente ao advogado podem ser utilizadas apenas nos limites da necessidade da defesa, desde que autorizada por aquele. Mesmo as comunicações entre advogado e cliente, por qualquer meio (fax, carta, e-mail), não podem ser utilizadas como prova, nem mostradas a terceiros, sob qualquer pretexto. O parágrafo único do artigo 27 do Código de Ética e Disciplina da OAB trata esse tipo de comunicação como “comunicações epistolares”.

Surge, então, uma polêmica com relação a esse assunto. Como compatibili-zar a autonomia e o livre exercício da profissão com a impossibilidade de quebra do sigilo profissional?

O membro do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-SP, e um dos autores do Código de Ética e Disciplina da OAB, Robison Baroni (2001), tratando do tema, explica, filosoficamente que:

A liberdade do advogado vincula-se aos deveres consagrados nos Estatutos da classe e ao que dispõe o Código de Ética. Liberdade que só é alcançada onde a justiça possa limitá-la, com fundamento em interesses mútuos, numa constante troca de vidas. Nenhuma auto-nomia é absoluta, pois existem leis para serem obedecidas e preceitos que, embora não contidos nessas leis, transpuseram o extenso túnel do tempo, atravessando séculos de con-vivência humana.

A conclusão é de que essa temática, ou seja, o estudo do sigilo profissional, é um dos mais difíceis dentro do campo da ética profissional.

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Dicas de Estudo

Nesta aula, as dicas de estudo são as seguintes: a advocacia não é compatível com aspectos de mercantilização (Código de Ética e Disciplina da OAB, art. 5.º), a necessidade de cumprimento do dever de informação ao cliente (Código de Ética e Disciplina da OAB, art. 8.º), possibilidades de renúncia do mandato (Código de Ética e Disciplina da OAB, art. 13); abstenção por parte do advogado do patrocínio de causas contrárias à ética, à moral ou à validade de ato jurídico para o qual tenha colaborado, orientado ou conhecido em consulta (Código de Ética e Disciplina da OAB, art. 20) e as exceções ao sigilo profissional (Código de Ética e Disciplina da OAB, art. 25).

Referências

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