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Caracterização dos determinantes que levam á procura de cuidados de saúde durante a gravidez

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Academic year: 2021

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MONOGRAFIA DE INVESTIGAÇÃO

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA DENTÁRIA

Caracterização dos determinantes que levam à procura de cuidados de

saúde durante a gravidez

Marta Fernandes Ramos

Orientada por Professora Doutora Maria de Lurdes Ferreira Lobo Pereira

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MONOGRAFIA DE INVESTIGAÇÃO

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA DENTÁRIA

Área científica: Medicina Dentária, Preventiva e Saúde Oral Comunitária

Caracterização dos determinantes que levam à procura de cuidados de

saúde durante a gravidez

Marta Fernandes Ramos

Mestrado Integrado em Medicina Dentária

Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto

Nº Estudante: 201602940

E-mail: up201602940@fmd.up.pt

Orientador: Professora Doutora Maria de Lurdes Ferreira Lobo Pereira

Professora Auxiliar da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP) E-mail: mpereira@fmd.up.pt

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Agradecimentos

À minha orientadora, Professora Doutora Maria de Lurdes Ferreira Lobo Pereira, agradeço todo o apoio e dedicação dispensada neste projeto. Muito obrigada por toda a orientação, motivação e paciência, por me ouvir sempre e me dar força para continuar.

Aos meus pais, Teresa e Carlos, pela grande inspiração que são. Por me apoiarem incondicionalmente em todas as minhas decisões ao longo do meu percurso, obrigada por estarem sempre presentes em todos os momentos e por acreditarem sempre em mim. Esta vitória também é vossa.

Às minhas irmãs, Sara e Carla, que acompanharam de perto esta longa jornada, pelo carinho e assertividade nos momentos mais difíceis e pelo apoio e incentivo constantes.

Ao João, agradeço todo o amor, o companheirismo, apoio e paciência durante todo este percurso.

À minha binómia e amiga, Lara Cruz, obrigada pela ajuda e assistência nestes últimos anos. Pelas aventuras em Erasmus e por todos os momentos vividos na box 40/49. À minha binómia da Clínica de Outono/Primavera e amiga Sara Rodrigues, agradeço pela amizade, pela disponibilidade e por todas as aventuras vividas na Box 51. Juntas superamos vários obstáculos!

À Cíntia Vilar agradeço a amizade, todos os momentos partilhados ao longo desta etapa.

Aos meus amigos, Ana, Erica, Nuno, Gabriela, Beatriz e Filipa, sou-lhes muito grata por me terem dado força ao longo do meu percurso e pela sua amizade constante ao longo de todos estes anos.

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Índice

Agradecimentos ... i Resumo ...iv Abstract ...vi Introdução ... 1 Materiais e Métodos ... 3 Análise Estatística ... 4 Aspetos Éticos ... 4 Resultados ... 5 Discussão ... 10 Bibliografia ... 16 Anexos ... I Anexo 1- Declaração de Autoria do trabalho ... II Anexo 2 -Parecer do Orientador para entrega definitiva do trabalho ... III Anexo 3- Parecer da comissão de Ética da Faculdade de Medicina da Universidade do

Porto….. ... IV Anexo 4 -Parecer da Comissão de Ética da Faculdade de Medicina Dentária para reutilização de dados. ... VIII Anexo 5 -Parecer da Comissão de Proteção de Dados da Universidade do Porto ... IX Anexo 6- Declaração de cumprimento das Diretivas emanadas pelo Serviço de Proteção de Dados da Universidade do Porto ... XII Anexo 7- Parecer da Comissão Científica da FMDUP ... XIII

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Índice de tabelas

Tabela I - Caracterização dos fatores sociodemográficos das participantes ... 5

Tabela II - Caracterização dos comportamentos maternos relacionados com a saúde oral ... 6

Tabela III - Caraterização da associação entre os fatores sociodemográficos e a existência de problemas orais ... 7

Tabela IV-Caraterização da associação entre os fatores sociodemográficos e a visita ao médico dentista durante a gravidez. ... 9

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Resumo

Introdução: São vários os fatores que influenciam a procura de cuidados de saúde oral

durante a gravidez assim como a presença de problemas orais neste período.

Objetivo: O objetivo deste estudo é caracterizar os fatores sociodemográficos que

podem influenciar a presença de problemas orais na gravidez bem como na procura de cuidados de saúde oral durante este período.

Materiais e Métodos: Avaliaram-se os dados sociodemográficos e comportamentos

maternos relacionados com a saúde oral durante a gravidez. Estes dados foram extraídos do estudo de coorte pertencente ao Projeto Geração XXI, Nascer e Crescer no Milénio, realizado em 2005-2006. Utilizou-se regressão logística para avaliar quais os fatores sociodemográficos que implicavam na visita ao médico dentista e uma outra para avaliar quais os fatores sociodemográficos que implicavam na prevalência de problemas orais durante a gravidez.

Resultados: A maioria das mulheres, 85,6%, não consultou o médico dentista durante

a gravidez e 28,8% reportou dor dentária ou dor ao mastigar. Dessas apenas 26,4% visitaram o médico dentista nesse período. Relativamente à presença de problemas orais durante a gravidez verificou-se que grávidas não ativas profissionalmente apresentam uma maior probabilidade de terem problemas orais (OR= 1,38; IC= 1,186-1,593). Relativamente à idade e escolaridade, verificou-se que à medida que o nível destas variáveis aumenta menor é a probabilidade das grávidas terem problemas orais neste período. A escolaridade elevada (OR=1,59; IC=1,287-1,969) e rendimento mensal elevado (OR=1,49; IC=1,211-1,832) da gestante afetam positivamente a visita ao médico dentista durante a gravidez. Quanto mais baixa é a posição socioeconómica da mãe aos 12 anos menor a probabilidade de visitar o médico dentista durante a gravidez.

Conclusão: É fundamental incutir precocemente a importância dos cuidados de saúde

oral no decorrer do trajeto de vida, contudo na gravidez este aspeto reveste-se de particular importância. Esta fase é um período sensível no qual existem várias alterações, nomeadamente na cavidade oral, e como tal deve ser englobada na saúde materna geral, uma vez que das alterações na saúde oral da grávida podem advir

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consequências para o feto. É importante criar condições para reduzir as desigualdades na procura de cuidados de saúde oral durante a gravidez e a criação de equipas multidisciplinares que incluam os profissionais de saúde oral pode contribuir para esta redução.

Palavras-Chave: Cuidados de saúde oral; Gravidez; Fatores sociodemográficos; Posição

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Abstract

Introduction: There are several factors that influence the oral health care seeking

during pregnancy as well as the presence of oral problems during this period.

Objective: The main goal of this study is to characterize the sociodemographic factors

that can influence the presence of oral problems during pregnancy as well as the pursuit for oral health care during this period.

Materials and Methods: Sociodemographic data and maternal behaviors related to

oral health during pregnancy were evaluated. These data were extracted from the cohort study belonging to the project “Geração XXI, Nascer e Crescer no Milénio”, carried out in 2005-2006. Logistic regression was used to assess which sociodemographic factors implied the visit to the dentist and another to assess which sociodemographic factors implied the prevalence of oral problems during pregnancy.

Results: Most women, 85.6%, did not consult their dentist during pregnancy, and

28.8% reported dental pain or pain when chewing. Of these, only 26.4% visited the dentist during this period. Regarding the presence of oral problems during pregnancy, it was found that pregnant women who are not professionally active are more likely to have oral problems (OR = 1.38; CI = 1.186-1.593). Regarding age and education, it was found that as the level of these variables increases, the probability of having oral problems in this period decreases. The high education level (OR = 1.59; CI = 1.287-1.969) and high monthly income (OR = 1.49; CI = 1.211-1.832) of the pregnant woman positively affect the visit to the dentist during pregnancy. The lower the mother's socioeconomic status at age 12, the less likely she is to visit the dentist during pregnancy.

Conclusion: It is essential to early instill the importance of oral health care throughout

the life path, however in pregnancy this aspect is of particular importance. This phase is a sensitive period in which there are several changes, namely in the oral cavity, and as such it must be included in the general maternal health, since changes in the oral health of the pregnant woman can have consequences for the fetus. It is important to create conditions to reduce inequalities in the demand for oral health care during

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pregnancy, and this reduction could be achieved through the development of multidisciplinary teams that include oral health professionals.

Keywords: Oral health care; Pregnancy; Sociodemographic factors; Socioeconomic

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Introdução

A gravidez é um período único na vida da mulher, pois envolve mudanças fisiológicas complexas que têm impacto em quase todos os sistemas do organismo, incluindo a cavidade oral (1-4). São muitas as alterações que ocorrem na cavidade oral, muitas delas consequência da resposta inflamatória exacerbada que é promovida pela alteração dos níveis hormonais, muito característica deste período, que conduzem ao aumento do risco e agravamento de problemas orais inflamatórios, nomeadamente gengivite e doença periodontal, sendo que este último pode ter implicações negativas no desenvolvimento da gravidez como por exemplo parto pré-termo e baixo peso á nascença (2, 4-11). Adicionalmente, a grávida pode estar mais suscetível a outros problemas orais como a cárie e a erosão dentária, e assim sendo os cuidados dentários nomeadamente os de prevenção primária revestem-se de particular importância neste período (12-14). De acordo com a literatura, há, por vezes, muita relutância por parte da gestante em procurar cuidados médico dentários neste período, mesmo tendo sido referenciada por um profissional de saúde para recorrer a estes, sendo que o medo que os procedimentos tenham impacto negativo no feto é referida como um dos principais motivos que explica esta atitude (4, 5, 10, 15).

A dor dentária é um sintoma que pode ocorrer no desenrolar da gravidez e pode estar relacionada com necessidades de tratamentos não realizados e que já estavam presentes antes da mulher engravidar ou que podem surgir no desenrolar de um processo inflamatório agudo no período da gravidez(13, 16). Mesmo assim, muitas grávidas por acreditarem que os procedimentos podem influenciar negativamente o feto ou até mesmo acharem que é normal terem dor dentária durante a gravidez não consultam o médico dentista (4, 5, 10, 15).

Fatores como a falta de tempo, o custo dos tratamentos , as atitudes do médico dentista para com a paciente grávida, são também algumas barreiras que podem condicionar as mulheres a evitar a procura de cuidados de saúde oral durante a gravidez (15).

Para além destes fatores relacionados com crenças e atitudes também os fatores sociodemográficos como a idade, raça/etnia, grau de escolaridade, estado civil,

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rendimento familiar e ter ou não um seguro de saúde parecem influenciar a procura de cuidados de saúde oral durante a gravidez (5, 7, 10, 15).

Existe evidência que a posição socioeconómica na adolescência pode definir as decisões no futuro relacionadas com a saúde (17). A adolescência é um período sensível e durante o qual os indivíduos estão mais vulneráveis aos fatores socioeconómicos e que pode determinar os comportamentos e atitudes de saúde a longo prazo (17, 18). No entanto, a influência da posição socioeconómica durante adolescência numa futura procura de cuidados de saúde oral durante a gravidez não tem sido explorada.

Assim, o objetivo deste estudo foi caracterizar os fatores que podem influenciar a presença de problema orais na gravidez bem como na procura de cuidados de saúde oral durante este período, considerando características sociodemográficos atuais e passadas.

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Materiais e Métodos

Este estudo utiliza dados secundários do projeto “Geração XXI- Nascer e Crescer no Início do Milénio”, cuja metodologia já foi descrita previamente.(19) O estudo de coorte Geração XXI inclui 8495 mães recrutadas durante 2005-2006 em cinco maternidades de nível III da área metropolitana do Porto. Durante o recrutamento foi colhida informação, através de um protocolo estruturado para a aplicação dos questionários, relativa a condições demográficas e sociais, estilos de vida, história médica e cuidados pré-natal, tendo sido recolhida por entrevistadores treinados durante as primeiras 24 a 72 horas após o parto. Todas as participantes foram informadas sobre as vantagens e possíveis inconvenientes decorrentes do estudo, tendo sido assinado um consentimento informado por escrito para a aplicação dos questionários (18, 20).

Neste estudo foram consideradas as características sociodemográficas da grávida como a idade, nível de escolaridade, situação perante o trabalho, situação marital, rendimento familiar e posição social aos 12 anos.

A idade maternal foi categorizada em três categorias (<25 ,25-35, >35 anos). A educação materna correspondeu ao número de anos escolares completos, categorizados em ≤ 9, 10-12 anos, >12 anos. A situação maternal perante o trabalho foi avaliada como uma variável dicotómica, convertida em não ativa perante trabalho que incluiu as mulheres desempregadas, reformadas e dona de casa e ativas perante o trabalho, nesta categoria foram consideradas as participantes a trabalhar em regime de part-time ou tempo inteiro, as estudantes e as trabalhadoras estudantes. A situação marital foi definida como casada ou a coabitar e não casada nem a coabitar. O rendimento familiar foi medido como uma medida ordinal, e foi categorizada em ≤1000, 1001-1500 ou >1500 euros/mês. Em relação á posição socioeconómica da grávida aos 12 anos, foram identificadas 3 classes que representam baixa, média e alta posição socioeconómica (18).

Na seleção dos comportamentos maternos relacionados com a saúde oral durante a gravidez foram incluídos a frequência da ida ao médico dentista e os problemas orais durante este período.

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A frequência da ida ao médico dentista durante a gravidez foi avaliada como uma variável dicotómica, categorizada em ter visitado o médico dentista (quando responderam dentista, estomatologista, medicina dentária) e não foi ao médico dentista (quando responderam outra especialidade que não as referidas anteriormente).

Em relação aos problemas orais, foram categorizados em presença ou ausência de problemas orais durante a gravidez. Sendo que o ter tido problemas orais foi considerado quando a participante referiu ter tido dor dentária durante a gravidez ou dificuldade em mastigar).

Análise Estatística

Na análise descritiva, foram aplicadas estatísticas de sumário. As variáveis categóricas foram descritas através de frequências absolutas e relativas (%).

Desenvolveram-se modelos de regressão logística binária, pelo método de incorporação simultâneo das variáveis independentes (Enter), para discriminar o impacto sobre as variáveis dependentes consideradas (ter tido cuidados de saúde oral durante a gravidez e o ter tido problemas orais durante a gravidez) em função dos fatores determinantes em estudo.

Obtiveram-se Odds-Ratios (OR) com respetivo intervalo de confiança a 95% (IC 95%). O ajuste do modelo foi avaliado com base no teste de Hosmer-Lemeshow. A proporção da variabilidade explicada pelo modelo foi avaliada pelo método Nagelkerk

R Square. Associações estatisticamente significativas foram inferidas para um nível de

significância inferior a 0,05.

Aspetos Éticos

O projeto “Geração XXI- Nascer e Crescer no Início do Milénio” foi aprovado pela Comissão de Ética do Hospital São João/ Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e cumpre a Declaração de Helsínquia para a investigação médica e a atual legislação nacional e foi também aprovado pela Comissão Nacional de Proteção de Dados. A reutilização destes dados foi aprovada pela Comissão de Ética da Faculdade de Medicina Dentária e cumpre os requisitos estabelecidos pela Comissão de Proteção de dados da Universidade do Porto.

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Resultados

A descrição das características sociodemográficas da amostra está presente na Tabela I.A maioria das grávidas, 93,7%, era casada ou coabitava, tinham idades entre 25-35 anos (66,4%), e 49,2% tinham um nível de escolaridade menor ou igual a 9 anos. Setenta e quatro porcento das grávidas encontrava-se ativa perante o trabalho e 40,7% tinham um rendimento mensal menor ou igual a 1000 euros.

Tabela I - Caracterização dos fatores sociodemográficos das participantes

A maioria das mulheres, 85,6%, não consultou o médico dentista durante a gravidez, e 28,8% reportou ter tido pelo menos um dos problemas de orais, dor dentária ou dificuldade em mastigar. Cerca de 25% reportou ter tido dor dentária e 4,2% dificuldade em mastigar. Das que reportaram problemas orais, apenas 26,4% visitou o médico dentista (Tabela II).

%(n) Idade da Mãe (n=8636) <25 anos 21,5 (1860) 25-35 anos 66,4 (5737) >35 anos 12,0(1039) Nível de Escolaridade (n=8591) ≤ 9 anos 49,2(4228) 10-12 anos 26,8(2300) >12 anos 24,0(2063) Situação Marital (n=8620) Casada/ Coabita 93,7(8078)

Não casada/Não coabita 6,3(542)

Rendimento (n=7437) ≤1000€ 40,7(3024) 1001-1500€ 28,3(2105) >1500€ 31,0(2308) Condição de trabalho (n=8544) Ativa 74,0(6325) Não ativa 26,0(2219)

Posição socioeconómica da mãe aos 12 anos (n=8174)

Alta 24,0(1958)

Média 50,9(4161)

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Tabela II - Caracterização dos comportamentos maternos relacionados com a saúde oral

A Tabela III apresenta os resultados relativos à associação entre os fatores sociodemográficos das participantes e a presença de problemas orais durante a gravidez.

Verificou-se então que ter problemas orais estava associada à condição de trabalho da mãe. Assim sendo, grávidas não ativas perante o trabalho tinham uma probabilidade 1,38 vezes maior de ter problemas orais durante a gravidez quando comparadas com as grávidas ativas perante o trabalho (OR= 1,38; IC= 1,186-1,593).

Foi também verificado que á medida que a idade da mãe aumenta e á medida que o nível de escolaridade aumenta, há uma tendência para a diminuição dos problemas orais durante a gravidez. No caso da idade da mãe verificou-se que as mulheres com idade entre os 25-35 anos têm uma menor probabilidade de ter problemas orais durante a gravidez quando comparadas com as mulheres com menos de 25 anos (OR= 0,63; IC=0,535-0,734). Relativamente ao nível de escolaridade verificou-se que á medida que o nível de escolaridade aumenta, diminui a probabilidade da mulher ter problemas orais durante a gravidez, sendo então que as grávidas com nível de escolaridade superior a 12 anos apresentam uma probabilidade 0,69 vezes menor de apresentar estes problemas durante a gravidez quando comparadas com as que tinham escolaridade inferior a 9 anos (OR=0,69; IC=0,560-0,854). %(n) Dor dentária (n=6563) Sim 24,6(1615) Não 75,4(4948) Dificuldade em mastigar (n=6561) Sim 4,2(278) Não 95,8(6283)

Visitou o Médico Dentista (n=8166)

Sim 14,4(1177)

Não 85,6(6989)

Na presença de problemas orais visitou o Médico Dentista? (n=1664)

Sim 26,4 (439)

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A posição socioeconómica da grávida aos 12 anos bem como o rendimento familiar não influenciaram a presença de problemas orais durante a gravidez.

Tabela III - Caraterização da associação entre os fatores sociodemográficos e a existência de problemas orais OR ajustado (IC95%) Idade da Mãe <25 anos Referência 25-35 anos 0,63 (0,535- 0,734) >35 anos 0,47 (0,366-0,600) * Nível de Escolaridade ≤ 9 anos Referência 10-12 anos 0,79 (0,674-0,926) >12 anos 0,69 (0,560-0,854) ** Situação Marital

Não casada/Não coabita 0,90(0,676-1,189)

Rendimento Mensal ≤1000€ Referência 1001-1500€ 0,95 (0,807-1,111) >1500€ 0,91 (0,754-1,104) Condição de trabalho Não ativa 1,38 (1,186-1,593) *

Posição social da mãe aos 12 anos

Alta Referência

Média 1,13 (0,954-1,340)

Baixa 1,05(0,855-1,295)

Valores OR (Odds Ratio) a partir de um modelo ajustado que incluiu a idade da mãe, nível de escolaridade, situação marital, Rendimento mensal da mãe, condição de trabalho e posição social da mãe aos 12 anos. IC – Intervalo de confiança;

Os valores a negrito representam valores estatisticamente significativos

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A Tabela IV apresenta os resultados relativos à associação das características sociodemográficas da amostra com o facto de a grávida ter visitado o médico dentista durante a gravidez.

Foi então verificado que o nível de escolaridade e o rendimento mensal são fatores que influenciam a procura de cuidados de saúde oral durante a gravidez. As grávidas com um nível de escolaridade superior a 12 anos apresentam uma probabilidade 1,59 maior de ter consultado o médico dentista quando comparadas com as que tinham um nível de escolaridade inferior a 9 anos (OR=1,59; IC =1,287-1,969).

As mães que têm rendimento mensal superior a 1500 euros apresentam uma probabilidade 1,49 vezes maior de visitar o médico dentista durante a gravidez quando comparadas com as que tinham um rendimento mensal inferior ou igual a 1000 euros (OR=1,49; IC=1,211-1,832).

Relativamente à posição socioeconómica aos 12 anos, verificou-se que as grávidas que aos 12 anos tinham uma posição socioeconómica baixa apresentam uma menor tendência para visitar o dentista durante a gravidez quando comparadas com as que apresentavam uma posição socioeconómica aos 12 anos alta (OR=0,67; IC= 0,530-0,833).

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9 Tabela IV-Caraterização da associação entre os fatores sociodemográficos e a visita ao médico

dentista durante a gravidez.

OR ajustado (IC95%) Idade da Mãe <25 anos Referência 25-35 anos 1,22 (0,989-1,494) >35 anos 1,06 (0,796-1,404) Nível de Escolaridade ≤ 9 anos Referência 10-12 anos 1,11 (0,919-1,329) >12 anos 1,59(1,287-1,969) * Situação Marital

Não casada/Não coabita 1,23 (0,880-1,722)

Rendimento Mensal ≤1000€ Referência 1001-1500€ 1,27 (1,049-1,535) >1500€ 1,49 (1,211-1,832) * Condição de trabalho Não ativa 1,05 (0,872-1,252)

Posição social da mãe aos 12 anos

Alta Referência

Média 0,84 (0,711-0,991)

Baixa 0,67 (0,530-0,833) *

Valores OR (Odds Ratio) a partir de um modelo ajustado que incluiu a idade da mãe, nível de escolaridade, situação marital, Rendimento mensal da mãe, condição de trabalho e posição social da mãe aos 12 anos. IC – Intervalo de confiança;

Os valores a negrito representam valores estatisticamente significativos *: p<0,0005

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Discussão

A saúde oral durante a gravidez pode ser influenciada pelas alterações hormonais que ocorrem e que podem levar à exacerbação de condições orais pré-existentes, como é o caso da doença periodontal, ou até mesmo levar ao aparecimento de novas condições orais, como é o caso da gengivite e o granuloma piogénico (2, 5, 12, 15).Tem sido referido na literatura que os fatores sociodemográficos influenciam a procura de cuidados de saúde oral durante a gravidez (5, 7, 15). Assim sendo, são fundamentais os cuidados de saúde oral tendo em conta todas estas alterações a que a mulher fica exposta (21-23).

Cerca de 14,4% das mulheres que participaram no nosso estudo revelou ter visitado o médico dentista durante a gravidez. Este dado levanta algumas preocupações no que diz respeito aos comportamentos de procura de cuidados de saúde oral durante a gravidez e está de acordo com numerosos estudos que reportam uma baixa frequência de utilização de cuidados neste período, sendo no entanto de referir que os dados encontrados são baixos quando comparados com outros autores (5, 14). Num estudo realizado na Grécia, foi verificado que apenas 27,3% das grávidas visitou o médico dentista durante a gravidez(1). Num outro estudo efetuado em Maryland, EUA, verificou-se que 48,21% das grávidas visitou o médico dentista neste período, e num outro realizado na Austrália verificou-se que as grávidas mesmo após terem recebido informação sobre a importância da visita ao médico dentista, apenas 30% o realizou durante este período(24, 25).

Tem sido referido que o conhecimento e a consciencialização da grávida no que diz respeito à saúde oral, são fatores determinantes na procura de cuidados de saúde oral, sendo que uma maior compreensão dos benefícios para a grávida e para o feto deste tipo de cuidados leva a uma maior probabilidade de procura de cuidados deste tipo (22, 26, 27). A educação para a saúde das grávidas, através da consciencialização dos benefícios da utilização de cuidados de saúde, revela-se um fator importante a ser considerado numa perspetiva de tentar aumentar os cuidados de saúde oral neste período.

Os profissionais de saúde que acompanham a grávida neste período são fundamentais na consciencialização para a utilização de cuidados de saúde oral neste

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período. Sendo as grávidas neste período acompanhadas mais regularmente pelos médicos obstetras do que propriamente pelo médico dentista, cria-se a necessidade de estes educarem e aconselharem as mulheres sobre a importância da saúde oral neste período, e assim haver um trabalho multidisciplinar entre as várias áreas da saúde (2, 14). Ao serem integradas mensagens de saúde oral como parte dos cuidados de rotina providenciados pelos profissionais de saúde que providenciam acompanhamento pré-natal, poderá ser, a longo prazo aumentada a importância e porventura a utilização de cuidados dentários pelas mulheres grávidas (24).

No nosso estudo a maioria das mulheres referiu não ter tido problemas orais durante a gravidez, tendo apenas 24,6% referido dor dentária e 4,2% dor a mastigar. Estes valores são mais baixos quando comparado com outro estudo realizado no Brasil, que refere que mais de 50% das mulheres revelou dor dentária na gravidez, sendo que esta não estava presente antes de engravidar (13). Das que referiram problemas orais no nosso estudo apenas 26,4% consultaram o médico dentista. Este valor está de acordo com o estudo realizado em grávidas que frequentavam o programa de saúde oral pré-natal da Faculdade Federal de Pelotas, Brasil, em que se verifica uma baixa procura de cuidados de saúde oral na presença de um problema oral (13). Por outro lado, são várias as pesquisas que demonstram que mulheres que tiveram problemas orais durante a gravidez, eram mais propensas a consultar o médico dentista neste período (21, 22).

Os cuidados de saúde oral durante a gravidez são seguros, no entanto, o medo que os tratamentos tenham impacto negativo no feto levam a uma relutância por parte da gestante em procurar cuidados deste tipo, mesmo tendo dor dentária associada (4, 5, 15).Tem sido referido que mesmo existindo experiência de dor dentária muitas das gestantes não procuram tratamentos, sendo várias as razões para não o fazerem nomeadamente falta de dinheiro para pagar os tratamentos, falta de tempo, crença de que é normal terem este tipo de dor durante a gravidez e relutância por parte dos médicos dentistas em realizar os tratamentos uma vez que os considera pouco seguros para a gestante (16). É fundamental a formação dos médicos dentistas no que diz respeito aos cuidados de saúde durante a gravidez de modo a poderem aconselhar e educar as mulheres antes destas engravidarem de modo a que os

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resultados durante a gravidez no que diz respeito à procura de cuidados de saúde oral preventivos neste período sejam tidos em conta como uma prioridade.

Têm sido referidos na literatura vários fatores sociodemográficos que influenciam a procura de cuidados de saúde oral neste período (5, 28). De entre os fatores sociodemográficos estudados, os que influenciaram mais a procura de cuidados dentários durante a gravidez foram o nível de escolaridade e o rendimento mensal. Estes achados estão de acordo com o observado na literatura sendo que está descrito que o rendimento e o nível educacional e a presença de um seguro de saúde são fatores relacionados com a visita ao médico dentista durante a gravidez (10, 13, 22). Verificamos então que mulheres com baixo rendimento tinham uma maior probabilidade de não visitar o médico dentista, sendo que este achado é corroborado por dados da literatura na qual se verificou a mesma situação (22, 24, 29, 30).

O nível educacional influenciou de forma significativa a probabilidade de as grávidas visitarem o médico dentista, sendo que grávidas com um nível de escolaridade maior tinham uma maior probabilidade de visitar o médico dentista neste período, tal como o encontrado em muitos outros estudos (22, 31-33). No entanto, este dado não é consensual sendo que um estudo realizado na Grécia verificou que as grávidas com elevado nível educacional visitavam menos o médico dentista durante a gravidez , possivelmente por terem trabalhos mais exigentes que as tornaria mais ocupadas e portanto com menos disponibilidade de tempo para a procura de cuidados (1). Existem ainda vários estudos que consideram que o nível educacional não é um fator que influencie a procura de cuidados de saúde oral durante a gravidez (24, 29, 30).

No que diz respeito à idade e estado marital da grávida, não verificamos uma associação estatisticamente significativa entre estes fatores e a procura de cuidados de saúde oral durante a gravidez. No entanto, está descrita uma relação positiva destes fatores com a visita ao médico dentista, sendo que num dos estudos realizado verificou-se que mulheres mais velhas visitavam menos o médico dentista durante a gravidez do que as mais novas (29). Por outro lado, verificou-se num outro que as grávidas que não receberam cuidados médico-dentários eram jovens (30). Relativamente ao estado marital está descrito que mulheres casadas tendem a visitar mais o médico dentista do que as não casadas (10, 24). Na nossa amostra esta

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associação não se verificou, podendo dever-se ao facto de a quase totalidade das grávidas, 93,7%, serem casadas e, portanto, não termos tido a capacidade de encontrar diferenças.

A procura de cuidados de saúde oral durante a gravidez pode ser influenciada pelos custos associados aos tratamentos. No entanto está descrito que mesmo na presença de cuidados de saúde gratuitos não há um aumento da procura de cuidados de saúde oral neste período (22, 23).

Quanto à disponibilidade de cuidados de saúde dentária gratuitos durante a gravidez, desde 2008, que em Portugal foi implementada esta política através do alargamento da abrangência da utilização do cheque-dentista às grávidas (34). Apesar do nosso estudo utilizar dados referentes a 2005-2006, ou seja, no período antes de se implementar esta medida, podendo ser esta uma limitação do nosso estudo, os valores referentes à visita do médico dentista mantêm-se bastante atuais. Tal verifica-se num estudo realizado em Portugal em 2019 que aferiu o acesso de cuidados de saúde oral através da utilização do cheque dentista por parte desta população e concluiu que 46,4% das grávidas não visitou o médico dentista, mesmo tendo acesso a esta medida. A autora considerou que este valor poderá estar associado ao desconhecimento desta medida por parte das grávidas ou dos profissionais de saúde que as acompanham no sistema privado ou o facto de este só poder ser utilizado com médicos dentistas que contratualizem com este programa e consequentemente as mulheres não se sentirem confortáveis em mudar de médico dentista (35).

Considerando a posição socioeconómica da grávida aos 12 anos, observamos que quanto mais baixa é esta posição menor a possibilidade de a grávida visitar o médico dentista. A posição socioeconómica na infância pode ser responsável por moldar as crenças e influenciar diretamente a posição socioeconómica no adulto (36). Na literatura está descrito que a exposição a ambientes críticos durante o desenrolar da vida pode contribuir para o aumento de problemas dentários (37). As crenças relacionadas com a saúde oral demonstraram ser cruciais na utilização de cuidados de saúde oral e são influenciados substancialmente pelos cuidados relacionados com saúde oral dos pais (36). Estes achados podem refletir uma influência transgeracional de condições socioeconómicas menos favoráveis na procura de cuidados de saúde oral durante a gravidez.

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Verificamos que as mulheres mais velhas e com maior escolaridade têm uma tendência a ter menos problemas orais durante a gravidez. De acordo com a literatura, verifica-se que as mulheres no geral com níveis educacionais mais elevados procuram cuidados de saúde preventivos com mais frequência e como tal têm menos problemas dentários do que as que têm uma educação mais baixa (13). Consequentemente níveis socioeconómicos baixos podem ter um papel importante na elevada prevalência de dor dentária durante a gravidez (13).

Relativamente às mulheres mais velhas terem uma menor experiência de problemas orais pode dever-se ao facto de terem uma experiência de vida maior, serem mais preocupadas, e como tal, procurarem ter mais informação sobre aspetos relacionados com a gravidez e saúde oral e visitarem mais o médico dentista de modo preventivo. Assim sendo, é fundamental a procura de cuidados de saúde oral durante este período. Existe evidencia que demonstra que procedimentos preventivos de rotina e procedimentos restaurativos são seguros e podem prevenir a progressão de doenças da cavidade oral, caso existam (2).

No que diz respeito às mães não ativas perante o trabalho, estas tinham maior probabilidade de ter problemas orais durante a gravidez. Estar não ativa perante o trabalho poderá estar associado a um baixo rendimento o que poderá conduzir a um menor acesso a cuidados de saúde oral e como consequência, menos informação sobre possíveis complicações associadas entre a gravidez e a saúde oral e a segurança dos cuidados neste período, tornando-se mais suscetíveis a problemas orais.

Os hábitos relacionados com a saúde oral determinam-se precocemente e refletem-se ao longo da vida. Como tal, é fundamental incutir desde cedo a importância dos cuidados de saúde oral nas crianças e jovens de modo a serem criados hábitos saudáveis que sejam mantidos a longo prazo.

O acesso aos cuidados de saúde oral é importante no decorrer da vida, contudo na gravidez reveste-se de particular importância. Esta fase é um período sensível no qual existem várias alterações, nomeadamente na cavidade oral, e como tal deve ser englobada na saúde materna geral, uma vez que das alterações na saúde oral da grávida podem advir consequências para o feto.

Paralelamente, deve ser privilegiada a criação de equipas multidisciplinares, que incluam o médico dentista, o obstetra, entre outros profissionais de saúde das

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diferentes áreas médicas, para acompanhamento da grávida, de modo a ser transmitida toda a informação relevante sobre a importância dos cuidados de saúde oral neste período.

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I

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II Anexo 1- Declaração de Autoria do trabalho

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III Anexo 2 -Parecer do Orientador para entrega definitiva do trabalho

(31)

IV Anexo 3- Parecer da comissão de Ética da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

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(35)

VIII Anexo 4 -Parecer da Comissão de Ética da Faculdade de Medicina Dentária para reutilização de dados.

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IX Anexo 5 -Parecer da Comissão de Proteção de Dados da Universidade do Porto

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(39)

XII Anexo 6- Declaração de cumprimento das Diretivas emanadas pelo Serviço de

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XIII Anexo 7- Parecer da Comissão Científica da FMDUP

Referências

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