Universidade Federal
de
Santa
Catarina
Curso
de
Graduação
em
Ciências
Econômicas
Análise
Econômica da
Atividade
Leiteira
do
Oeste Catarinense:
Estudo de
Caso
(safras
99/00
e
00/01).
Monografia
submetida ao Departamento de CiênciasEconômicas
para a obtenção de cargahorária na disciplina
CNM
5420 ~ Monografia.
Por:
Anamari
Magagnin
Matheus
Orientador: Prof. Dr.Laércio
Barbosa
PereiraÁrea
de
Pesquisa:Teoria
Microeconômica
Palavras
Chave:
-Custos de produção
- Atividade leiteiraRentabilidade Produtividade
Universidade Federal
de
Santa
Catarina
Curso
de
Graduação
de
Ciências
Econômicas
A
Banca
Examinadora
resolveu atribuir a nota9,0
à alunaAnamari
Magagnin
Matheus
na
disciplinaCNM
5420
-
Monografia,
pela apresentação deste trabalho.Banca
Examinadora.
\;
Prof. Dr.Laércio
rlbãläãreira
Presidente
~
4!
'S ,É
fã
'“<t
Prof.
D
¶
- ro Franciso
attei,W
Sérgi dile
Econmita
e I écnicoAgrícola
“Como
enfrentarà
crisena
agricultura?Lamentando
osproblemas
insolúveisou
resolvendo
osproblemas
solucionáveisDEDICO:
À
memória
de
meus
avós
Maternos
ePatemos
À
memória
de
meu
PaiJosé
Gonçalves
Matheus
À
minha
mãe
eirmão
Italina
Magagnin
Matheus
Carlos
Henrique
M
Matheus
AGRADECIMENTOS
“Agradecer é reconhecer
que
em
algum
momento
se
precisou
de alguém.
Pois o
homem
jamais
poderá
lograr
para
sio
dom
de
ser auto-suficiente”.
(autor desconhecido)
Aos
meus
pais e irmão,que
me
incentivaram eapoiaram
na
vida ena
trajetóriaacadêmica.
A
minha
tiaNair
eprima
Maria
Teresa, pelo carinho ecompreensão.
Aos
amigos,
que
direta e indiretamentecolaboraram
para a realizaçãode
mais
uma
etapade
minha
vida,em
especialTânia
Fretta,Márcia
A.da
Silva,Glauce
Bichetdos
Santos,Gisele Vieira, Roseli Bett Ribeiro, Kelly
Passos
da
Silveira ea
Olga
M"
Kalil.Aos
professores e colegasdo Curso
de
Economia,
em
especialao
Prof. Dr. LaércioBarbosa
Pereira pelasua
orientação,colaboração
eapoio
na
realização deste trabalho.Aos
profissionaisda
Epagri,em
especialao
Economista
e Téc. Agr. Sérgio Stedile_ oEng°
Agr°. Dr. Élio Holz,Eng°
Agr°.Pedro Paulo
Suski eo
Téc.Agr.
Renato
Broeto que
forneceram
osdados
econhecimento, permitindo
a realização deste trabalho.SUMÁRIO
CAPÍTULO
I l.l -INTRODUCAO.
_ 1.2 -OBJETIVOS
1.2.1 - Geral _ l_2.2 - Específico. _ 1.3 -METODOLOGIA
_ _ l_4 -ESTRUTURA
DO
TRABALHO.
CAPITULO
II 2.1 _GESTÃO DE CUSTOS
2.2 -CUSTO DE
PRODUÇÃO
2.2.1 - Custo total _ 2.2.2 - Custo médio _ _ _2.2.3 - Custo no curto e longo prazo _ _
2.2.4 - Considerações quanto aos custos de produção _
2.3 - ANALISE
CUSTO
-VOLUME
-LUCRO
2.3.I ~ Ponto de equilíbrio _ _
2.3.2 - Margem de contribuição. _
2.3.3 - Resultados no ponto de equilibrio 2.4 _
GESTÃO DE CUSTOS NA
PECUÁRIA _CAPÍTULO
III3.1 -
PANORAMA
MUNDIAL
DA
PRODUÇÃO
LEITEIRA3.1.1 - Produtividade mundial _ _ _
3.2 -
PANORAMA
BRASILEIRO
DA
PRODUÇÃO
LEITEIRA _ _3.2.1 - Caracteristicas estruturais da produção brasileira _ _ _
3.2.2 - Fatores sistêmicos que afetam a competitividade da atividade brasileira _
3.2.3 - Produção e produtividade brasileira _ _ _ _
3.2.3.1 - Crescimento da produção e da produtividade brasileira
3.3 -
PANORAMA
CATARINENSE
DA
PRODUÇÃO
BRASILEIRA
_3.3.1 - Fatores sistêmicos que afetam a competitividade da atividade leiteira
catarinense. _ _ _ _ _ _
3.3.1.1 - Características estruturais da atividade leiteira catarinense _
3.3.2 - Preços médios recebidos pelos produtores de leite no estado de Santa Catarina
3.3.3 - Aspectos produtivos segundo as micro e mesorregiões geográficas. .
3.3.4 - Produção leiteira no oeste catarinense _ _ _ _
3.3.4.1 - Histórico da região. _ _ _ _
CAPÍTULO
Iv
4.1 _RESULTADOS
EDISCUSSÃO
_CONCLUSÃO
_ _REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
_ 08 l0 10 ll l2 I3 l4 l5 l5 ló I7 I9 l9 20 20 2l 22 24 25 26 26 27 29 30 3I 32 33 34 35 37 40 51 52ANEXOI
oEsrÃo DE
cUsTos
NA
PECUÁRIA
1 - coNcE1Tos BÁsicos
NA
PECUÁRIA. .1.1 -
CENTROS DE
CUSTOS. _1.1.1 - Centro de Custos Produtivo _ _
1.2 - Centro de Custos Intermediários _ _ _
- Custos de Oportunidade (utilização da terra) . _
- Custos de oportunidade (do capital investido na atividade)
DAS DE RESULTADOS ECONÔMICOS
_ .- Renda Bruta e Renda Líquida _ .
1.2.2 - Renda do Empresário, do Capital e da Terra..
1.2.3 - Economia de Escala _ _ _ _
1.2.4 - Outros Índices _ _ . . _
1.3 - FATORES
DE
PRODUÇÃO
(que afetam os resultados econômicos) _1.3.1 - Recurso Natural (terra) _ _ _ _
1.3.2 - Unidades Produtivas quanto ao Tamanho _ _
1.3.3 - Medida do Volume de Negócios Agrícolas _
1.4 -
RENDIMENTO DAS CULTURAS
E CRIAÇÕES .1.4.1 _ Para medir os rendimentos _ .
1.4.2 - Análise dos rendimentos _ _
.~š:-.~.-' !°l'flt".- -Uàw ¡_! 1.2-
ANEXOI]
TABELAS
1. Produção de Leite de Vaca (alguns países selecionados) - 1996-2001
2. Mundial- Vacas Ordenhadas (1.000 cab.) - 1996-2001 _ _ _
3. Mundial - Produtividade das Vacas Ordenhadas (I / vaca/ ano)- 1996-2001.
4. Leite - Produção Brasileira (segundo os estados e regiões) - 1985 e 1995-96 _
5. Número de produtores, produção (mil litros) e rebanho leiteiro em Santa Catarina,
segundo os estratos de área - 1985 e 1995/96. _ _ _ _
6. Preços médios recebidos pelos produtores de leite no estado de Santa Catarina ~ 1996 a 2001_
7. Evolução da produção de leite, segundo as Mesorregiões de Santa Catarina,
entre 1985 e 1995/96, comparada ao pais. _ _ . _
ANEXOIII
CLASSIFICAÇÃO
DAS
PROPRIEDADES RURAIS1 - Classificação das propriedades rurais em estratos de produção leiteira
1.1 ~ Estrato de Pequenas Propriedades Leiteiras (até 40 mil/l/ano) _ _
1.2 - Estrato de Médias Propriedades Leiteiras (de 40 mil/l/ano a 60 mil/l/ano) _
1.3 - Estrato de Grandes Propriedades Leiteiras (acima de 60 mil/l/ano) _
55 57 57 57 59 59 59 60 60 61 62 62 63 63 64 64 65 65 66 66 67 67 68 68 68 69 70 82 92
CAPÍTULO
11.1 _
INTRODUÇÃO
Durante os últimos trinta anos, o setor agropecuário brasileiro
vem
passando porimportantes
mudanças
de âmbito interno e extemo.As
mudanças extemas
estão associadas aoaumento
de competitividade e de concorrência nosmercados
internacionais,que
geram
modificações
de caráter intemoaumentando
o interesseem
melhorar a eficiência técnica,administrativa e produtiva
do
setor.Com
o desenvolvimentoda
agroindústria e a evoluçãodo mercado consumidor
intemo, decorrente da abertura comercial e a desregulamentação
do
setor, criou-se à necessidadede melhorar o controle das atividades agropecuárias nas propriedades rurais.
Nas
condiçõesem
que a atividade agropecuária se encontra, é indispensávelque
oprodutor rural disponha de infonnações
que
auxilieem
suas decisões, transfonnando aspropriedades rurais
em
empresas capazes deacompanhar
a evoluçãodo
setor.Para administrar
uma
propriedade rural, deve-se levarem
consideração todos osrecursos
que
compõe
o ambiente empresarialdo
setor. Para isso é necessária a utilização demétodos
e técnicas,que
permitam
o produtor avaliar e analisar os resultados possíveis, reduzindo assim os riscos e as incertezasna
tomada
de decisão.No
processo administrativo, engloba-se às funções de planejamento, execução econtrole de tarefas e ações. Dentre as tarefas pe ações de
uma
propriedade rural, o controle doscustos de produção se destaca, pois
fimdamentahnente
transformacomponentes do
processoprodutivo
em
seus correspondentes valores monetários.al. (1978, p. O8), “para o agricultor, a determinação dos custos, serve para auxiliar
na
escolha das culturas, criações e nas praticas a serem utilizadas. Para o governo e entidades de classe,fomecem
subsídios à formulação de políticas agrícolas,que
podem
determinar afixação
depreços mínimos, orientar quanto à capacidade de produção, detenninar a necessidade de crédito,
e outros”.
Ao
examinar os controles de custos, deve-se ter presente que o setor agropecuáriotem
características diferenciadas dos demais setores,como
por exemplo, a terracomo
fator deprodução, dependência climática, caráter biológico da produção,
um
grandenúmero
de pequenas unidades produtivas,que combinado
com
a precisãona
determinação dos custos de produção, pode-se elaborar estratégias e definir osrumos da
unidade produtivaem
ambiente futuro,com
todas as suas variações, limitações e conseqüências.
A
determinação dos custos de produção nas propriedades rurais depequeno
emédio
porte é identificadacomo
simples, poisno
Brasilnão
são obrigados, por lei, a efetuarem aescrita contábil oñcial, apenas a declaração
do
Imposto deRenda
do
produtor mral. Nestesentido, as apurações dos custos de produção,
podem
ser adaptados à realidade individual daspropriedades mrais, proporcionando ao produtor custos e resultados mensais da atividade
subsidiando a
tomada
de decisão.Os
custos de produção deuma
atividadeeconômica
são detemlinados pelascondições físicas da produção, dos preços dos
insumos
e a decisãodo
uso dosmesmos
peloprodutor.
A
determinação dos custos de produção é indispensável para a análise e diagnósticoeconômico-financeiro das unidades produtivas.
No
trabalho, pretende-se descrever opanorama da
atividade leiteira, especialmentena região oeste
do
estado de Santa Catarina,bem
como
avaliar as relações produtivas dos custosde produção,
do
lucro, apurando a rentabilidade das propriedades ruraisda
região e os entraves1.2 -
OBJETIVOS
1.2.1 -
Geral
Analisar
economicamente
as propriedades rurais localizadasno
oestedo
estado deSanta Catarina,
que
possuem
como
atividade principal a pecuária leiteira.1.2.2 -
Específico
- Construção de
um
quadro teórico / analítico, caracterizando os principaismodelos na
gestãode custos de produção nas atividades
do
setor leiteiro;- Descrição
do
panorama do
setor leiteiro e ocomportamento
desteno
estado de Santa Catarina,- Analisar as relações produtivas de custos de produção, de lucro, determinando a rentabilidade,
visando identifica-las
no
atual contexto da atividade leiteirano
estado de Santa Catarina.- Conclusivamente discutir,
com
base nos dados analisados, a pennanência dos produtoresno
mercado, os entraves encontrados pelo setor e a
fonna
pela qual os produtoresvêm
1.3 -
METODOLOGIA
O
procedimento metodológico seguido para a realização deste trabalho, será deinvestigação
empregando
ométodo
analítico e dedutivo.O
primeiromomento
se constituino
levantamento bibliográfico,com
finalidade dedar suporte teórico à pesquisa.
Estas informações foram levantadas através de bibliografias especializadas,
referências técnicas e revistas, que
permitam
o conhecimento dosmodelos
de gestão de custosutilizados
no
trabalho,bem como
a descriçãodo
setor.A
amostra se constituiu de 16 propriedades rurais familiares, de até 70 ha, tendocomo
principal atividade o leite,no
período de 1999/2000 e 2000/2001.Estes produtores foram divididos
em
três estratos de tamanho, sendo06
(seis)unidades
que produzem
até40
mil/l/ano, 05 (cinco) unidadescom
produção entre40
a60
mil/l/ano e O5 (cinco) unidades
com
produçãoacima
de60
mil/l/ano, doravantedenominados
pequeno,
médio
e grande produtor.Os
dados usados nos cálculos foram obtidos junto à Epagri- Empresa
de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina,que
uma
vez organizados e analisados,permitirão tecer diagnósticos
econômicos do
setor,dando
suporte ao produtor para as melhorias1.4 -
ESTRUTURA
DO
TRABALHO
No
primeiro capítulo serão abordados os problemas de pesquisa, a descrição dosobjetivos e
da
metodologiadefinindo
a estrutura e aforma
de estudo utilizadono
desenvolvimento
do
trabalho.O
segundo
capítulo será construídoum
quadro teórico analítico, caracterizando os principaismodelos
para a gestão de custos de produçãona
atividade leiteira.No
terceiro capítulo será descrito sucintamente,um
panorama
histórico daatividade leiteira, relatando fatores positivos e entraves ao desenvolvimento
do
setor.No
quarto e último capitulo, serãocomparadas
e avaliadas as relações de custo deprodução, de lucro e de rentabilidade das propriedades rurais,
bem
como
os entraves e a formaCAPÍTULO
11O
sistema de informações contábeis dentro deuma
organização possui duasfinalidades: a contabilidade financeira
que fomece
informações para os usuárioscomo
investidores, agências
govemamentais
e bancos e a contabilidade gerencialou
gestão de custosque produz informações para 0 produtor, especificamente fornecendo informações que serão úteis
ao planejamento, controle e
tomada
de decisão.É
fundamental para os proprietários engajadosnas tarefas de melhorias, de qualidade total, de
aumento
da produtividade e da rentabilidade,conhecer os custos de produção e serviços, a longo e
em
curto prazo.Neste capítulo, abordar-se-ão os principais
modelos
utilizadosna
apuração doscustos de produção das propriedades rurais pesquisadas.
2.
GESTÃO
DE
CUSTO
Os
proprietários de terra, queexploram
os recursos disponíveisem
suaspropriedades,
devem
visar a função socialda
terra, a função ecológica e demeio
ambiente, demaneira
que
possam
atingir índices de produção ótimos. Para isso, os proprietáriosdevem
se estruturar e determinar quais atividades a serem exploradas e implantarum
sistema de controle decustos,
tomando-se
competitivos.Conforme
Santos eMarion
(1996), o objetivo centraldo
sistema de custos éauxiliar
na
organização eno
controle da unidade produtiva, revelando ao administrador asatividades
mais
lucrativas e as operações de maior emenor
custo; oferecer bases consistentes eagrícola,
ou
seja, o administrador irá decidir oque
plantar,quando
plantar ecomo
plantar; orientar os órgãos públicos e privados na fixação demedidas
como
garantia de preços mínimos,incentivo e produção de determinado produto
em
escala desejada, limites de crédito, etc.O
administrador ao ingressarno
sistema de informações gerenciais, ultrapassandoos registros e as finalidades contábeis, pemiite localizar a existência dos gastos
que
estejamreduzindo a lucratividade da atividade.
2.1.
CUSTO
DE
PRODUÇÃO
Os
custos de produção estão associados à tecnologia utilizadas aos preços dosfatores de produção.
A
tecnologia de produção deuma
propriedade mostracomo
os fatores deprodução
podem
ser transformadosem
produtos, assim determinando o custo de produção detoda propriedade,
que
independeda
diversidade de produtos produzidos.Os
custos poderão ser analisados de varias formas,confonne
suas variações,determinações e de acordo
com
suas medições.Conforme
Pindyck e Rubinfeld (1994), os custos de oportunidade', estãofreqüentemente ocultos e serão deixados de lado, caso a
empresa
nãoempregue
seus recursosnuma
utilização demaior
valor.Os
fundos perdidos estão geralmente visíveis,mas
deveriam sersempre
ignoradosnas
tomadas
de decisões econômicas.Um
fundo perdidoz éuma
despesa que já ocorreu e não poderá ser recuperada.Outros custos
econômicos
relevantes para os economistas, são os custosexplícitos,
que
abrange remuneração de mão-de-obra, salários e custos de matérias e de locaçãode propriedade, são importantes por envolverem
pagamentos
feitos pelas propriedades a outraspropriedades e pessoas
com
as quaisfazem
negócios. Esses custosenvolvem
também
os custosde oportunidade.
1 . , . .
- Por exemplo, considerando que a empresa possua um predio, que se encontra desocupado e que poderia estar sendo alugadoa
uma outra companhia. Este aluguel não realizado corresponde ao custo de oportunidade de utilização do espaço. devendo ser inserido como parte do custo econômico das atividades da empresa.
2 - _ . _ . _ , . . .
Por exemplo, a empresa adquire um equipamento, com funçao definida e que nao podera ser utilizado para uso alternativo,
Os
economistas estão preocupadoscom
os custosque
poderão ocorrerno
futuro ecom
os critérios que serão utilizados pelaempresa
para reduzir seus custos e melhorar sualucratividade.(Pindyck e Rubinfeld, 1994)
As
váriasmedidas
de custo de produçãoque
serão utilizadosno
trabalhopodem
ser distinguidos
da
seguinte maneira:2.1.1.
CUSTO
TOTAL
(CT)O
custo total de produçãotem
dois componentes: aqueles que variamcom
aquantidade produzida (custos variáveis) e aqueles que não são afetados por esta (custos ñxos).
O
custo
fixo
ocorrerá independentementedo
nível de produçãoque
seja obtido pela empresa,dependendo
das circunstâncias, os custospodem
incluir dispêndiocom
amanutenção
dapropriedade.
2.1.2.
CUSTO
MÉDIO
(CMD)
O
customédio
é o custo por unidade de produto, existindo três tipos, são:Custo Fixo
Médio
(CFM)
é o custofixo
dividido pelo nível deprodução.Em
virtude de o
CF
ser constante, oCFM
apresenta declínio àmedida que
o nível da produçãoaumenta.
CFM=
CF
Q
Custo Variável
Médio (CVM)
é 0 custo variável dividido pelo nível da produção.CVM
=
CV
Q
Custo Total
Médio (CTM)
é o custo total dividido pelo nível de produção. Basicamente oCTM
nos infonna o custo unitárioda
produção.Se
compararmos
oCTM
eo preço
do
produto, pode-se determinar se a produção é lucrativa.CTM
=
CT
2.1.3.
CUSTO
NO
CURTO
ELONGO
PRAZO
O
custoem
curto prazo refere-se ao período detempo no
qualum
ou
mais fatoresde produção não
podem
ser modificados3.O
longo prazo corresponde ao período detempo
necessário paratomar
variáveistodos os insumos.
Segundo
Pindyck e Rubinfeld, (1994),no
longo prazo, a capacidade de variar aquantidade de capital, permite que as propriedades
reduzam
seus custos.No
longo prazo a propriedadetem
possibilidades de variar todos os seusinsumos
eassim determinar a
combinação
ideal dos fatores para minimizar os custos e ainda oadministrador
pode
escolher acombinação
de instunosque
seja capaz de minimizar o custo deprodução de
um
determinado produto.O
determinantedo
forrnatoda
curva de customédio (CM),
é o rendimento deescala.
Caso
o processo produtivoda
propriedade apresente rendimentos constantes de escalapara todos os níveis de produção,
uma
duplicação deinsumos
ocasionariauma
duplicaçãodo
nível de produção, e os preços desses
insumos
pennaneceria inalterados àmedida
que o nível de produçãoaumenta
e oCM
da
produção, que deverá ser omesmo
para todos os níveis deprodução.
Se
o processo produtivo da propriedade apresenta rendimentos crescentes deescala,
uma
duplicação deinsmnos
ocasionariamais do que
uma
duplicaçãodo
nivel deprodução.
Assim
oCM
da produção apresentariauma
reduçãocom
a elevaçãodo
nível deprodução, pois a duplicação dos custos estaria associada a
um
aumento
de produção superior a sua duplicação.Seguindo a idéia anterior, se ocorressem rendimentos decrescentes de escala. o
CM
da
produção apresentariauma
elevaçãocom
oaumento
da produção.Quando
sãomodificadas
as proporções entre os insumos, o conceito de rendimento de escalanão mais
seaplica.
Ao
contráriodizemos que
a propriedade apresentaeconomia de
escala4quando
aempresa
duplica sua produção
com
menos
do
que o dobro dos custoss. Este tenno abrange os rendimentos3 - Por exemplo, 0 capital da empresa geralmente demanda tempo para ser modificado - a compra de máquinas e equipamentos. o planejamento e construção de uma fábrica.
4 -
crescentes de escala
como
um
caso especial, sendomais
amplo, permitindoque
ascombinações
deinsumos
sejam alteradas àmedida que
aempresa
varia seus níveis de produção.Neste contexto, à curva de
CM
apresentaeconomia
de escala para níveis de produção relativamente baixos edeseconomia
de escala para níveis elevados de produção.Os
CMLP
podem
apresentar declínio ao longodo
tempo, pelo fato de ostrabalhadores e administradores irem absorvendo novas infonnações tecnológicas,
ganho
deprática.
À
medida que
esseganho
de prática aumenta, a produção e oCM
apresentam redução por três razões.-
Os
funcionáriosdemoram
mais para poder realizaruma
determinada tarefa nas primeirasvezes,
após adquirirem
mais
prática, sua velocidade aumenta;-
Os
administradoresaprendem
a programar o processo produtivocom
maior
eficácia;
-
Os
engenheirosque
inicialmente semantêm
cautelososcom
o desenvolvimento de seusprodutos,
acabam
adquirindo experiências suficientes possibilitando reduções de custos.No
curto prazo existindouma
variávelfixa
(capital), a propriedade deveráminimizar seus custos pela escolha da quantidade de mão-de-obra, entretanto a inflexibilidade
surge
quando
a propriedade resolve aumentar seu nível de produção.Para
que
ocorraum
aumento
de produção a propriedade deverá aumentar tanto ocapital quanto a mão-de-obra, gerando
um
custo mais alto. Portanto conclui-se que o custo deprodução é mais elevado
quando
o capital for mantido fixo, porque a propriedade toma-seincapaz de substituir a mão-de-obra pelo capital que seria relativamente
mais
barato, ao expandirsua produção.
2.1.4.
CONSIDERAÇÕES
QUANTO AOS
CUSTOS
DE PRODUÇÃO
Os
custospodem
ser classificadosem
diretos e indiretosou fixos
e variáveis aomesmo
tempo.Os
custos diretos são quasesempre
variáveis,mas
os indiretos são tanto fixoscomo
variáveis,embora
ocorra a predominância dos custos fixos.Segundo
Martins (1987) as diferenças entre os custos e as despesas constituem-sena identificação,
ou
seja, o custo se identificacom
o produtoque
está sendo produzido e asdespesas se identificam
com
o período, o exercício, o ano.Os
principais custos quecompõe
o produto são conhecidoscomo
custos diretos (primários): os materiais (matéria-prima) e amão-
menor
importânciacomo:
arrendamento, depreciação das máquinas, seguros, energia elétrica, etc.Todos
os custos sãoacumulados
à unidade de produto echamado
de custodo
produto (CP). Estes secompõem
de material direto (matéria-prima, semi-acabados, parte paramontagem
(produzidas e adquiridas)),mão-de-obra
direta (salários e encargos), custos indiretosde
produção(CIP)
(materiais indiretos, mão-de-obra direta, depreciação, energia elétrica, aluguel,manutenção, seguros, etc).
No
momento
da venda
deste produto, o custo passa a serdenominado
como
custode produto vendido (CPV).
Caso não
seja vendidoñca
em
estoque,como
ativoda
empresa. Para calcular o custodo
produto vendidopodemos
usar a seguinte fórmula:CPV
= EIPA
+
CPFP
-EFPA
Ondet.EIPA-Estoque
Inicial de Produtos AcabadosCPFP
- Custo dos Produtos F abricados no PeriodoEFPA
-
Estoque Final de ProdutosAcabados
As
despesas sendo usualmentede
natureza não produtiva são distribuídas noperíodo e não sendo acumuladas ao produto, assim existem as despesas de vendas fixas (salários
da administração das vendas, salários dos vendedores, etc) e despesas de vendas variáveis
(comissão
do
vendedor, despesas de entrega, etc). Entretanto, o custo identifica-secom
o produto produzidoou
serviço prestado e as despesascom
omês
ou
anoem
que elas ocorram.Outras diferenças ligadas aos custos e as despesas encontram-se as perdas e as
deduções.
A
perda é identificada por não ter nenhtun valor compensante,ou
seja,quando
oproduto
ou
produção forem destruídas porum
incidente, eque
deixar de trazer qualquer beneficio para a empresa, este produtoou
produção será baixadodo
ativocomo
perda.As
deduçõesaparecem
como
ajustes,ou
seja,não
gera receita.Um
exemplo
básico, são os adicionais recolhidos para o governo a título de imposto, a
empresa
serve deintennediário entre o
consumidor
e ogovemo.
Quando vendemos
um
produto,geramos
receitabruta e
quando
repassamos a parcelado
imposto ao governo (dedução)geramos
a receita líquida.Outras subtrações são tratadas
como
ajustes: devoluções, descontos comerciais, etc.Vale mencionar
que o ativotem
a característica de trazer benefícios futuros para aempresa,
tem
o potencial de gerar receita e conseqüentemente, lucro.Assim
quando
ocorreum
gasto que trará benefícios futuros para
empresa
denominamos
de gasto de investimento,ou
ativo.Caso
ocorraum
gasto e este não trouxernenhum
benefício seráchamado
de despesa,mesmo
queprovocou
uma
receita,mas
não irá gerar mais benefício para a empresa, assimchamaremos
dedespesas, já
que provocou
um
último beneficio (diretaou
indiretamente), caso não ocorraum
último beneficio, será
denominado
de perda.2.2.
ANÁLISE
CUSTO
-
VOLUME
-
LUCRO
De
acordocom
Martins (1987), para detenninarmos o custoda
produção e ovolume
damesma
para amaximização do
lucro, é necessário estudar o ponto de equilíbriomonetário e de volume, a
margem
de contribuição e seus resultados.2.2.1.
PONTO
DE
EQUILÍBRIO
É
ovolume
mínimo
de produção / vendas, suficiente para cobrir os custos totais(fixo
e variáveis) e contribuir para a formaçãodo
lucro.Nesse
ponto aempresa não
realiza lucronem
prejuízo (ponto de lucro zero).Y = a + bX onde:.
X>a
Y= Custo Total
Y= P = Preço de venda unitário PX = a + bX P = Preço de Venda Unitário
X = Volume de atividade a = Custo Fixo Total
b = Custo Variável Total
.
Ponto de Equilíbrio
em
Volume -
Define
a quantidade de unidades produzidas a serem vendidas para se obter lucro zero.Px=a+i›x
a=Px-bx
a=׋P-b)
X = a ou seiaz. Pt. Eq. Vol = CF CF = Custo Fixo
(P - b) P.V.un - C.V.un P.V.un = Preço de Venda Unitário
C.V.un = Custo Variável Unitário
Ponto de Equilíbrio Monetário
-
O
resultadopode
ser expressoem
unidades monetáriasou
como
uma
porcentagem da receita de vendas. PX =a+bXa=PX-bx
a=P×(1-b/P)
PX = a ou seiaz. Pt. Eq. Mon. = CF ou CF CF = Custo Fixo
(1 -b/P) 1 - CVun °/‹z MC Cvun = Custo Variável Unitário
Pvun Pvun = Preço de Venda Unitário
2.2.2.
MARGEM
DE
coNTR1BU1ÇÃo
Segundo
Martins (1987), esta técnica permite distinguir a real alocação dos custos variáveis nas diversas atividadesda
empresa. Para determiná-la é necessário diminuir a receitabruta, os custos e as despesas variáveis,
embora
esta últimanão deva
serempregada
ao produtopara
fms
de avaliação.MCtota1 = Preço de Venda - CustoseDespesas Variáveis
izzzfizz
MC
=Mc
=%Mc
Vendas
O
percentual significa o quantodo
preço é destinado para cobrir o custo fixo.Esse conceito é aplicado às empresas que desejam apurar seus resultados ao nível de produto, utilizando o
método
de apuração de resultado direto.2.2.3.
RESULTADOS
NO
PONTO
DE
EQUILÍBRIO
Percentual
da Capacidade de
Produção
Pt. Eg. Volume =
%
da capacidade de produçãoProdução Total
O
ponto de equilíbrio se dáno
percentualda
capacidade de produção.Neste ponto não
há
lucronem
prejuízo, apenas cobre 0 voltune total de custoscom
ovolume
devendas.
Produtividade
Pt. Eq. Volume = Produtividade
T amanha da emp. (área ocupada pela produção)
Qualquer
venda acima
desse ponto, proporciona lucro, enquantoque
o inverso, prejuízo.Rentabilidade
Rentabilidade = Lucro
Capital de Investimento
A
rentabilidade é obtida atravésdo
capital aplicadocomo
investimento.É
amedida
deganho
financeiro sobre o investimento, expressa
em
termos percentuais.Lucratividade
Lucratividade = Lucro
Receita Total
Como
ocorrecom
as funções de produção, a função de custopode
ser de dificilmedição, visto
que
os dados de produção geralmentecorrespondem
aum
agregado de diferentes tipos de produtos,que
poderão limitar a exatidão dos estudos estatísticos sobre os custosno
setorrural.
2.3.
GESTÃO
DE
CUSTOS NA
PECUÁRIA
O
conceito de administração e gestão deuma
propriedade rural está relacionada ànecessidade de controlar
um
número
cada vez maior de atividadesque
possam
ser desenvolvidasdentro de
uma
propriedadedo
setor agropecuário.Este conceito abrange
um
grande leque de assuntos, entretanto oque
diz respeito àatividade leiteira
como
princípios básicos, fatores de produção,métodos
de avaliação deCAPÍTULO
111O
Brasil despontana
linha de frenteem
diversas atividades agroindustriais.A
agroindústria de sucos cítricos, a fruticultura im`gada
do
Nordeste, a olericultura, a avicultura, asuinocultura e a cultura de espécies arbóreas para a produção de papel e celulose são
exemplos
dos
novos
segmentos das agroindústrias. Já a agricultura de subsistênciacomeça
a se recolherem
áreasonde
as restrições de recursos (áreas aonde o relevo é acidentado)tomam
a agriculturade
pequena
escala amelhor
opção econômica.Em
meio
a essas histórias de sucesso, o setor lácteo aparece registrando aprodutividade
média do
rebanhoem
patamares que faz jus ao lugar de honraque
o Paisocupa
entre os produtores
do
terceiromundo.
Neste capítulo, será relatado o
panorama da
pecuária leiteira atual,com
destaque aregião oeste
do
estado de Santa Catarina.3.1.
PANORAMA MUNDIAL DA
PRODUÇÃO
LEI
TEIRA
O
leite é produzidoem
todas as regiõesdo
mundo,
possuindo característicasquantitativa e a exploração concentra-se
na União
Européia e nos EstadosUnidos da
América.Segundo
Marcondes, esses dois produtoresrespondem
por49%
do
total daprodução, alcançando nos últimos quatro anos
um
pequeno
crescimento na produção dosEUA
eum
decréscimona
produçãoda
UE.
Dentre os demais paisesque
possuem
participaçãoimportante
no
mercado
intemacional, destacam-se o crescimento daNova
Zelândia e daA
produção mundial de leite situa-se atualmenteem
tornode 480
milhõesde
toneladas métricas e apresentando crescimento.
Gráfico 1 - Produção Mundial dc Lcitc dc
Vaca
(1 .000 t. métricas) - 1996-200111o.ooo » í1oo.ooo 90.000 “ “ " 80.000 70.000 .«. 60.000 `" 50.000 40.000 r 30.000 * 20.000 “ r 10.000 05.*
Í
94%
6
Q
V
e
\\ø
ø
e
°
ê
\§¿` ø\°9 \§§8` °\b¿" (We O ‹2~gy
‹z ~>° 8* rs 'V 'V `o eQ
oš' I1996 I1997 I1998 I1999 I2000' E2001”1
Fonte: Dados obtidos na tabela 1, anexo II
(*) Dados preliminares, (**) Projeção (l_000 l rrreuicas)
Os
maiores participantesdo
comércio internacional são osEUA
e os paísesmembros
da
UE
(Gráfico 1),uma
vez que são os maiores produtores mundiais e constituem-setambém
como
os maiores importadoresdo
mundo
de leite e derivados.Segundo
aUSDA,
grande partedo
comercio mundial ocorre naforma
intra- indústria.A
Austrália e aNova
Zelândia participamcomo
grandes exportadores e apresentandopouca
participação nas importações mundiais.A
Índia caracteriza-secomo
grande produtora eauto-suficiente
em
relação ao leite e derivados, não tendo participação relevanteno
comérciointernacional.
O
Brasiltem pouca
expressãocomo
exportador de produtos deste setor e as3.1.1. PRODUTÍVÍI)/lDF.`
MUNDÍA
Í.O
comportamento da
produtividadedo
rebanho leiteiro não está associadoao
tamanho
deste,como
pode
ser constatado através dos gráficos a seguir.Gráficü 2 - Mundial
-
Vacas Ordcnhadas (1.000 cab.) - 1996-2001i .z -:›. _- ;¿_.:;-;-¿- _'~‹1z.«:~z'-z~.f_¿.<-.ff ^_.;f.-_'›~.;1'‹â.;z.- .1-`-'_
¡:;›z:5¿z¿.' IÉIL, - 1. .- ›1z.--:z>,:i.f;z;-'I `
, « N 0 _, Í .
40
M
\' ' * "-'~z'-zfili-§-if-'›1'›5-T-`-`.`~í1'fiS'=5~?$f=^ëfz'1'›f5f'*'›'-ÊÊIf-. -~'-t-ti'-" ztfíi-'ͬ":-: :`:=-`- * ^ ‹ " .\:'w‹l'/¢‹.'.-M:-`\.'› :\-'?¡;:.-`.>-;t í.:=;_íf--..-':. ¬'~;z:_;.'."i~:>¢z:':;:'~f:zff:;.:“=~f:í:~r'z~~-í- “ z * ^':s'=,.¿‹-z-;::_~':". 0 * .- 35009 , ,_ z _. __ _ g ~ ¬ --. ztr ~. '::':'› fr"~ . 1 .ZH _ Ç ¿ _ - _ . ‹. - .-~-..-.- ‹ -1,:-_..ƒ-*yfr-:×. 1 ._ . Qt ., . z‹‹›«‹»~»›› zz ›- - ¬ ‹›-. = ._-:- Í âršs ¬-Í~-7; ~ §'‹Ã¡r=~Í,#31f='=Ê=:í-.-£«5.Êf1I~›°Í1..=~1' . .3m
_- L _ Í:§:‹:__;t§: I ` “"~`¬ ¬' " -ii-I-I-äcšg '¬.\""Í;¡;¡- ` ,¿' '52-"`if»-I\:$:¡:Í1`.¡-*ii-*\L`:.¡¿;-0 "››“í=' v . ¬_¡¿,,_._-_ z..¬, .¬ ¬. - ..›_..-...›... _:--W - . , › ' - ".;.¡^fv-r-t" yr- H - '. 1 5 1%-'<za>2~.;:'-:fiz 15' V " " """::=:=:::::2:›š›š::::_<âr ' W" '~ Ifiê-›.51.!ië«&=z=z=z=z~¢;*;--',f:22ë'=3¿::ë:›:‹fz-:st-ai» ›,‹ ' ` ¬` .;^ ';'z_; " . :-:-:-:-> '^ :;;';f.. _.- -.-¬.¬›-¬.›-- .‹ '¡¬__¿¡ . V -- ~ -¬_; ;, «_ W010-fi6Í‹¶W 5"' ..;.. i :z_1 ;:;f Q. s, 111.' 7:. Í _' :“_‹_._0___ .fz `:_: _. . ` Ífi « ,mt We.-- ..a.-_._.... ..Q
mmmmammxwâm °°‹›. Í.: .ÍÍÍÍ-7:" I 25 Wwwrrøsmnt oâbo ';.¡",§j`¿" °ÍÉ I' i WI . §i5*5";'ij ,. ° fé 'f 'fit mvípnzfiz f , _ _ .V `. Õ' J `-Ô
` ` L H;-: ' z¿ W: 9 ` i Í Ó; ' jar4%
1* ÍÍ Lá' =?`. ,¡.;, .l _ ‹ I 1;' wmrúwammói -_-. _ › - ~-›› ¬ ~ . . .i . - ._ ._ . ~ - - V “ - ~ ¢,_ . 20.000 5 T. _- . _ ¿z¡z,_,,¡ ¿;z_._.__._¿._ë,<_¿a¿___,z,_;_... .. ..¡;\.,, ` *à ;¿.lÍ-fÍ'.`:Ê- ¿ '*¡**" 'ÍÂÃÃÂ5ÂÊ¡'Ê..§z..ÇÉ55ÊÉ-ãz.ÇÍL...Í-Êš§ÍÊ3.Í .:=,f}1*.;`,.`L--^`.zL›z;..›, Â. . A se Í - - -:- ; -. :'-:':-;-;-:-:-:*: --:«z.¡:-.-c;;.:-.¬' .‹i-wi-:-: ›:-:- ~ ¬ > - vY 1 . . , ww-iadäfiöi _ 0000 É ¿ Q.: .M <'zY
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«Ê
p Brasil Q° QP vg*va
'n199o I19s1 11998
mass
lzooo E2001"|
0*
Fonte: Dados obtidos na tabela 2, anexoll
( *) Dados preliminares. (**) Projeção (1.000 cabeças)
Gráfico
3 -
Mundial - Produtividade das Vacas Ordenhadas (l / vaca / ano) - 1996-20018.000
7.000 ¡199s I1997 I199s I1999 Izooo*
6.000 0" ' ' 5.000 4.000 _ » 3.000 - 2.000 - 1.000 ~ ¿ UE EUA
Índia Rússia Brasil NZelândia Polônia Ucrânia Austrália Argentina Outros
l
I É DGÍSGS l
Fonte: Dados obtidos na tabela 3, anexo ll
(*) Dados preliminares. (**) Projeção (1 /vaca / ano)
O EUA
possuium
rebanho leiteiropequeno
em
relação à alta produtividadecrescente, resultado da qualidade
do
plantel, da forma demanejo
e das políticas agrícolasA
Austrália demonstraum
rebanho pequeno, representado porum
terçodo
plantel e possuindo ametade da
produtividade dosEUA.
O
manejo
e a qualidadedo
rebanho seequiparam a dos melhores produtores mundiais, tendo
como
aliado o clima propício às pastagensdurante o ano todo.
As
políticas de incentivosdo
govemo
subsidiaem
parte a produção leiteria.O
Brasil apareceem
sexto lugar entre os maiores produtores mundiais,com
um
rebanho relativamente grande
em
relação aos demais países, ecom
uma
produtividade muitoaquém
em
relação aotamanho do
rebanho.Os
entraves encontrados pelos produtoresdevem-se
ao longo período de estagnação
da
atividade imposta pelas políticasdo govemo, no
controle dainflação, e na falta de assistência especializada
no manejo do
rebanho.3.2.
PANORAMA
BRASILEIRO
DA
PRODUÇÃO
LEI
T
EIRA
A
produção leiteirano
Brasil,na
última década,vem
passando porum
intensoprocesso de transformações, impulsionadas por fatores
extemos
e intemos àeconomia
brasileira.Segundo Brandão
(2001), o principal fatorextemo
é a competitividadeque tem
origemem
três eventos: a reforma tarifária de 1990, a formaçãodo
Mercosul e os resultados da rodadado
Uruguaido
GATT.
Estasmudanças
forçaram o setor a estruturar seus custos de produçãoconforme
os dos países que já se encontravamem
níveis tecnológicos mais avançados,que
por sua vez reduziram consideravelmente os instrumentosdo
govemo
de proteção aoprodutor
da
competição extema.O
principal fator intemo, entretanto foi a liberação de preços e a estabilizaçãomacroeconômica,
gerando por parte dos produtores de cooperativas e indústrias,uma
preocupação
em
adaptar-se anova
realidade.Uma
característica importanteda
produção leiteirano
Brasil é a grandediversidade existente
no
setor e está associada àdimensão
territorial e a fatores regionais,como
o3.2.1.
CARACTERÍSTICAS
ESTRUTURAIS
DA
PRODUÇÃO
BRASILEIRA
De
acordocom
oCenso
Agropecuário de 95-96, existem 1.810.041 produtores deleite
no
Brasil.A
produção ocorreem
estabelecimentosque
se diferenciam pela atividadeprincipal, pela área, pelo
tamanho do
rebanho e por características físicas e econômicas.A
produção ocorre
em
estabelecimentos quepossuem
atividades econômicas distintas,ou
seja,66,5%
da
produção leiteira originou-seem
estabelecimentos cuja atividade principal é a pecuária,21,3%
em
estabelecimentosque possuem
atividades mistas (pecuária e lavoura) e11,7%
em
estabelecimentos
onde
as atividades principais são lavouras permanentesou
temporáriasou
ambas.
É
possível constatar que os produtores rurais especializadosem
outras atividadescontribuem
com
uma
parcela significativada
produção leiteirado
pais, entretanto a produçãoproveniente
do
rebanho especializado constitui-seem 75%
da
produção total.A
produção de leiteno
Brasil está concentradaem
estabelecimentoscom
áreasuperior a 10 hectares e inferior a
500
hectares.Nesse
grupo de área total, originam-se80%
daprodução nacional, sendo que os estabelecimentos
com
área inferior a20
hectares sãoresponsáveis por
20%
da
produção nacional de leite.3.2.2.
FATORES
SISTÊMICOS
QUE AFETAMA
COMPETITIVIDADE
DA
ATIVIDADE
LEITEIRA
NO
BRASIL
Entre os principais fatores sistêmicos
que
afetam a competitividade da atividadeleiteira
no
Brasil, destacam-seno
ambiente interno: a desregulamentação domercado
de lácteos,a estabilização econômica, as políticas tributárias, de crédito e a regulamentação sanitária
do
leite;
no
âmbito externo o processo de abertura comercial, a implementaçãodo
Mercosul e os efeitos de valorização cambial.Estes fatores sistêmicos foram retratados por Santos (2001), a partir dos ambientes
institucionais, tecnológicos e organizacionais.
No
ambiente institucional, a intervençãodo
Estado nos preçosdo
leite por longotempo, associado às políticas de abastecimento intemo via importações, se
tomaram
responsáveisA
partirdo
final dos anos 80, mediante a desregulamentaçãodo
mercado
delácteos e à abertura comercial e o Mercosul, ajudaram
no
plano de estabilização econômica,com
uma
forte valorização cambial, contribuindo nasmodificações
de produção, distribuição.comercialização e
consumo
de lácteos.No
ambiente tecnológico, o lançamento denovos
produtosno mercado
(leite longavida) e o
aumento do
poder decompra do
consumidor, devido à estabilização, intensifica oconsmno
de leite e seus derivados,aumentando
a produção intema, requerendoum
maior nívelde especialização
na
atividade eum
aumento
expressivono
volume
de importados, realizadospela iniciativa privada, principalmente
do
Mercosul.Devido
ao baixo padrão de qualidade damatéria-prima e da pressão da indústria processadora pela melhoria
na
qualidadedo
leite cru, ogovemo
brasileiro passa a implementar alteraçõesna
legislação sanitária e a instituiçãodo
Programa
Nacional de Melhoriasda
Qualidadedo
Leite, implicandoem
mudanças na
tecnologiade produção, coleta e transporte
do
leite, exigindonovos
investimentos pelo produtor.Entretanto,
na
ausência demecanismos
institucionais de fomento à produção, verifica-seum
contínuo processo de exclusão de produtores, contribuindo para o
aumento do êxodo
rural.3.2.3.
PRODUÇÃO
E
PRODUTIVIDADE
BRASILEIRA
O
comportamento da
produção brasileira de leite (gráfico 4) mostraque
otamanho
do
rebanho éuma
variável importante para diagnosticar a produtividade, entretanto a produçãoespecializada e o uso correto
da
alimentaçãocomplementar
diminuem
as diferenças, fazendocom
que algumas regiões
do
país se destaquem,como
a região sudeste (Minas Gerais- São
Paulo),Gráfico 4 - Produção Total Brasileira de Leite por Região (l995- 96)
PRoDuçÃo
(mir mms) 1995-96 ': 1z'‹r->.-_<z=z1.- -z'.1;¬›;.¡¶;-_ _ _ -4:2, - -_ ¿z_ zz.>¿.-.l ':Ç‹.f-1.;1z::_›§.-z§~z_¿.j.5› _, ×r»e~:-s-- ,- - _ › › =zz:':~:1të›â: ' " ››`:f:-0-ɬ-*T1Í^^I'Il~§-~zízÊZ -šš-fÍ›Iií:'=›Êifííl-ÍÍ_-fiz-2-_-Ç 8_000_000nvAcA
oRoENHAoA(‹zn)199s9s 6.000.000 ¿:-:-z,s:¡:- -›--‹--~›'-:1~'-~<z=_'-< -\“:1‹--1~›1~'›--:~_~.-¡:f-â<-‹ ›_jv'_=_;׿›-~_.-<_5:-›f'‹,~%›-=~›;r:›>;'~~' .,-.¢.;.,.“. ui» 'la' -.--ÊÊÉY. ‹-.-_: À*-°ãš-~.-se ' _ - ›:-fz ~az>.=z- ,:»:z:1â~3:¿:`-z " -=- ~ - › - -z z - ~i :' 1%: É-í-ízz2_:z:_-,._fã?š1`*.f5= ?I:I:I:':I:-.- _:;;';-:=. 4 000
mo
=»':~í~ z;::z?fi=z=:_*,_- __‹;; ' ' ' H ._--.«-É-,:-:,í-sz;-,:<'-2»-5`zz ' ' '..j' -:-: .-:fÍ';?'z›:¿' - 3.000.000 2.000.000 zzç- z -*?:'äf:IE°""'×ë.zäl.-E¿=5Ê~z§$'$?§§$Ê&¶'¿§ë~$E1i1šÊl_Y.L'Â$š.IÇ*"' =:I:=;.1~'-“Í 3' 5.000.000 "'ç°_'__ "'”""` ^ :"¿* ' ,2-_ _ _ _ - ---_-¢- “Ls--;-Ê-. ..¬:›:: _-;---:.~:~:¡__' ¿z›; _-9 _¿T.'_ _ f J.: :-=:=_:_:-1- ar fiä- >--~›-. .‹-¬ _ _..--- __ z.- ..- _ -;›.-¬ -wz-_-'-->-z›:_~:‹'--\ ' ~'-*-'- _›-.~, -«-:- c;-'zw-' 2"?-\ N '¬^\I'l|'\ ¡ ¬. Ê ':§.=*ílftf:-'.-=_"fI "~7'Í-1--~`_if-?zÊ€:--*ÍíF?'-ʧE5=5ã'=-5=5=E=.zí__ Íegz-;;_f-j;;.‹¿.,_ -'-2.-gzfe.-;;à:;¬j '_-'_==z=:?--z-555:'I:I55555=z=z=5555552z
5+'
fiz;-¿-_ É. s..~-fràzàê.ë_›;-az-íf:f;,!__;_' 5' ‹. 12. ' -1-=ššEzIzIzI'IzIzIzIz_ :*"'¢“='=¿¿*“=“==5` - -V .› š.<¡.:_ ; _¿_i¿__._ -. - ' ':- Í' *Ê-0.' ---››~‹. :-. , _ . . ` g tc 0 ,¿¢_,.__ _- " ::':-1-1
\1':- .-. ' às.-. YZ' _- 1 . :'- _ -- ;' 1-___ §'z:-:ax-.~:›:~: .-.:~.-.-.-. - 1.000.000 O äfiv' ';.::::... _ ./ ;:Á:.:§, Â. *xe-:~. .-.ømfm-c-:›-» › -›-~‹- É - :`**`-\ '‹-+«‹‹¬›=' : . ¡___. _.: '--1'-'-'-'-Pfzf' ›.i-br-E ' E. . i r <1 1_ QYIE \\ * '- -0Nome
NoRDEsrE suoesrs sut cEi×rrRooEsTEFonte: Dados obtidos na tabela 4, anexo II
O
tamanho do
rebanho não determina a produção da atividade, assim pode-searriscar
um
diagnósticosem
maiores estudos a respeitoda
produção dos estadosda
região sul,centro-oeste e sudeste,
que tem
seu diferencialna
origem,no manejo
e na alimentaçãodo
rebanho e
respondem
por aproximadamente70%
da produção nacional.Gráfico 5
-
Comparação Regional da Produção Leiteira (1985 a 1995-96) 8.000.000I PRODUÇÃO
(mil IÍÍÍUS) 1985 'I'{š'_=§ L'.'_:'_j_;.j_§_;;_íz§;§:'.;.;_*i`§^í1:: :'_ - - :s:_:=ú“§***ë`> zzl E.'.°_'Ê9°“9Â9_ .fz-é=:z~z. _ f ' _ - 7.000.0003 6000000 J- :¿._;¡ 1,-_ :-1.-1.:2.'.:§-,:,=.-;_;¡:gzk¿".'¿¿:¡:;:¡:§¿;v'-tfi§;:;,:2;-.§;_.- ._;_._~,.; `-:'.2'z_f25š-,1‹'/'¿2, Lê:-:~; .: .._'....-;.-'.z _.-:,:'_§.::¬-.-,:.~>.aa'.-f:-:c-'_. ›=<-: .. - ~ z-_ _» -. :ze-¢_zz›=~z.=-z. w-zz _...-se -» _ -- - __»--M,----¿¡-¡:-:¡ _- _ _¿_¡,_-_-_ ¡_ - _-_-, .›-'/-*ft-_~ ` .\ ' . _; _- -- - :- _ _.
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Nome
Noaoesns suoesre sur cemnooesre 9Fonte: Dados obtidos na tabela 4. anexo Il
Através de
um
levantamento, oICEPA
comparou
os dois últimos censosagropecuários (gráfico 5),
onde
detectouque
a produção,acompanhada de
outras variáveiscomo
perfil
do
rebanho, a produtividade e o consumo,mesmo
apresentando redução naprodução
eesperando
que
os dadosnão
esteja forada
realidade, apurou-seque o
potencialda produção
3.2.3. 1.
CRESCLAENTO
DA
PRODUÇÃO
E
DA
PRODUIYVYDADE
BRASILEIRA
O
gráfico abaixo demonstrao
crescimentoou
decrescirnentoda produção
eda
produtividade leiteira dos estados e regiões
do
país.O
primeiro quadrante mostra os estadosem
que
a produção e a produtividade estão crescendo;no
terceiro quadrante os estadoscom
produção
e produtividade decrescente e nos outros dois quadrantes refere-se aos casos
em
que
tanto aprodutividade quanto à produção estão crescendo
ou
decrescendo.Gráfico 6 - Média de Crescimento da Produção e da Produtividade Leiteira Brasileira 9 - ÀI.¡ DF 6` A VDADE
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3,, R;me
9 12 15SEA
3-
PRODUT Pi PRoouçÃo Í ›ó F onte: Brandão (2 UU 1)Os
estadosque
se encontramno
primeiro quadrante são os seguintes: DistritoFederal,
Amapá,
Paraná, Alagoas, Goiás, Pará, Rondônia, Santa Catarina, RioGrande do
Sul,Maranhão
eMinas
Gerais. Nestes estados encontram-se as regiõesda
pecuária leiteira maisdinâmica
do
país,com
produtividade e produçãoem
crescimento.Em
alguns casos as elevadastaxas de crescimento são
pouco
significativas, pois os valores tantoda produção
quantoda
produtividade são muito pequenos,
como
éo
casodo
Amapá
que além destes aspectos apresentagrandes oscilações
no
crescimento de sua produção.Os
estadosdo
quarto quadrante apresentamuma
situaçãode
crescimento positivoalguns produtores estão deixando a atividade. Encontra-se nesta situação os estados
do
Ceará,Rio
Gra.nde
do
Norte e Tocantinsonde
o crescimento mais vigoroso da produtividadepode
estarindicando
que
o setor está se preparando para voltar a crescer sob condições de maior eficiência.A
Paraíba refleteuma
situaçãomenos
dinâmica, pois apresenta taxas de redução elevadas e aprodutividade cresce pouco.
Os
estadosdo
segundo quadrantedemonstram
crescimento de forma maisextensiva, induzido pela expansão
do
rebanho. Encontra-se nesta situação os estadosde
Mato
Grosso, Acre,
Amazonas,
Espirito Santo,Mato
Grosso do
Sul, Rio de Janeiro eSão
Paulo.Os
estadosdo
Piauí, Pernambuco, Bahia e Sergipe encontram-seno
terceiroquadrante, na qual, tanto a.
produção
quanto à produtividadevem
diminuindo, cliamando atençãoa Bahia por ser
o
7° maior produtor nacional (censo 95-96).Observar as redução
ou aumento
do tamanho
deste setornão
indicanecessariamente algo positivo
ou
negativo,mas
analisar os fatoresque induzem
osmovimentos
de contração e expansão
numa
determinada região,pode
contribuir para indicar o aparecimentode atividades propícias à região e aumentar a renda regional.
3.3.
PANORAÀ/IA
CATARINENSE
DA
PRODUÇÃO
LEITEIRA
O
estadode
Santa Catarina caracteriza-secomo
bacia leiteira tradicional, aprodutividade
do
rebanhoprovém do
plantel que basicamente se constitui de origem européia ede suas cruzas (mestiços),
bem como
a alimentação; a produção é baseadaem
pequenaspropriedades familiares
que
combinam
a pecuária leiteiracom
outras atividades agrícolas.Os
aspectoscomo
condições naturais favoráveis; concentraçãoda produção
eexclusão de produtores de outras cadeias produtivas, grande expansão
do número
de empresascompradoras; a proximidade geográfica
com
paísesque
integramo
Mercosul,que
embora
gereuma
maior concorrência possibilita a adoção deum
sistema de produção eficiente eprolissionalizante, constituindo-se
como
base para o desenvolvimentoda
atividade leiteira,3.3.1.
FA TORES
SISYÊIMICOS
QUE AFETAMA
COIVIPETHYVIDADE
DA
A
T
Í I‹-'YDADELEI
T
EIRA
(Í/1 ÍÍARÍNENSE
A
atividade leiteiratem
mostrado índices elevados na formaçãoda
renda agrícolados
pequenos
produtores de origem vegetal.De
acordocom
Santos (2001), os estabelecimentos ruraiscom
área até50 ha
(gráfico 7) representam mais de
90%
do número
total de produtores de leite e cerca de83%
daprodução.
A
taxa de crescimentodo número
de produtoresno
período analisado foi negativa,aproximadamente mais de
20
mil produtores de leite sairamdo
processo de produção.Gráfico
7 -Número
de produtores, produção (mil litros) e rebanho leiteiroem
Santa Catarina,segundo os estratos de área: 1985 e 1995/96
300.000 - Área (ha) IMenosde10 250.000- fl1O a19,99 2°°'°°° ` Izo z 49,99 150.000 ¬ '50 8 99.99 I100 a 199.99 100.000- I200a 499.99 50.000‹ I500a999,99 0- ' Bmalsde1000 1985 | 95/96 Q 1985 l 95/96 1985 95/96 Is/ declaração
PRODUTORES PRODUÇÃO (mil litros) VAGAS OR DENHADAS
Fonte: Dados obtidos na tabela 5, anexo II
Observa-se que essa queda atinge os estratos de áreas até 50 ha e que
de alguma
forma
houve aumento do número de
vacas ordenhadas,podendo
ser verificadoum
aumento no
grau de especializaçao na atividadeou
um
aumento do
número
de produtores, reflexo da saida de3.3.1.1.
CARACIERÍSYYCAS
ESTRUTURAJS
DA
AÍYVIÍDADE
LEITEIRÂ
CATARINENSE
As
caracteristicas estruturaisda
atividade leiteira catarinenseconferem
pontospositivos na. produção e na sustentabilidade
do
sistema, queconforme
Santos (2001), pode-sedestacar a solidez dos estabelecimentos constituídos pelas famílias dos produtores,
onde
asatividades exploradas atingem diferentes cadeias agroindústrias,
com
niveis de integraçãodiferenciados.
Outro
item importante é a concentração depequenos
agricultoresem
comunidades
proximas,
em
particular os produtores de leite organizadosem
bacias leiteiras, facilitando oacesso e a trafegabilidade.
O
fatorque
constituem entrave à expansão da atividade leiteira e a granelizaçãodo
leite nos estabelecimentos, é a capacidade para adquirir tanques de expansão, devido
ao
alto custodo
equipamento,comprometendo
a viabilização da refrigeração nos domicílios rurais.Têm-se
feito trabalhosno
sentido de superar aspectos culturais e comportamentaisdos produtores e principalmente a aversão à produção coletiva, procurando integra-los através das
associações e organizações
de
produtores, visando melhorar a qualificação dosmesmos
obtendouma
maiorhomogeneidade
na qualidadedo
leite, superando o baixo nivel de especializaçãodestes (Santos, 2001).
Outro fator limitante e tipico da pequena propriedade diversificada e a
manutenção
de
outras categorias de animais, sejam parao
abateou
trabalho,que concorrem
com
aalimentação principal
do campo,
bem como
as culturas anuais, as áreas de reserva legal e depreservação permanente,
que
impedem
a expansãodo
rebanho. Deve-se observarque
a limitaçãoda expansão
do
rebanho,quando
estes são criados extensivamente, reduz ovolume
de leiteproduzido, já
o
rebanho semiconfinados permite expandir a produção,mas
requer suplementaçãocom
ração e concentrados minerais,aumentando
o custo de produção.O
volume
de leiteproduzido
no
Estado é obtido a partir de vacascom
funções mistas (leite e came).Nos
rebanhosmais especializados
predominam
as raças leiteiras Holandesa e Jerseyó e suas cruzas,que
originam animais mestiços caracterizados por apresentarem baixo