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Estudo do posicionamento dos dentes anteriores maxilares - contributo para a montagem de dentes em prótese total.

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Academic year: 2021

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(1)

Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto

Ricardo Manuel da Silva Gonçalves Marques

[

ESTUDO DO

POSICIONAMENTO DOS

DENTES ANTERIORES –

CONTRIBUTO PARA A

MONTAGEM DE DENTES

EM PRÓTESE TOTAL

]

(2)

Agradecimentos

:

À minha orientadora, Professora Doutora Maria Helena Guimarães Figueiral da Silva e à minha co-orientadora, Mestre Patrícia Alexandra Barroso da Fonseca por todo o apoio e disponibilidade que sempre me demonstraram na execução deste projecto de investigação.

Aos meus pais por todo o apoio e compreensão.

À minha namorada por todo o tempo que lhe roubei e o apoio que sempre me deu. Aos intervenientes do projecto de investigação sem os quais ele não se poderia realizar.

Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto | Ricardo Manuel da Silva Gonçalves Marques

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Resumo

:

A selecção do tamanho dos dentes anteriores e dos dentes posteriores é considerada separadamente, sendo que se considera que a nível da dentição anterior os requisitos são eminentemente estéticos e os requisitos na dentição posterior são basicamente funcionais.

A escolha dos dentes anteriores é, definida essencialmente pelo tamanho da face. De acordo com o descrito na bibliografia, o tamanho dos dentes anteriores é determinado principalmente segundo dois sistemas: um individualizado e um standard. Em ambos os métodos começa-se por determinar a posição que canino maxilar irá ocupar definindo-se assim o tamanho anterior da arcada. A partir daqui os métodos divergem um pouco, ou se usam conjuntos standard consoante o espaço anteriormente determinado ou se determina o tamanho do incisivo central (preconiza-se que o tamanho do incisivo central maxilar é 1/16 da distância inter-zigomática).

Nas Unidades Curriculares de Prótese Removível da FMDUP determina-se a posição do canino tendo como referência a distância inter-alar do nariz.

Este estudo tem como objectivos:

- Determinar a posição do canino maxilar numa amostra de população dentada utilizando o método da distância inter-alar, verificar se existe alguma correlação entre a distância inter-canina e a inter-pupilar e determinar o rácio que esta última tem com a largura mésio-distal do incisivo central..

- Avaliar se os métodos descritos na literatura se podem aplicar de forma confiável na população portuguesa.

Este projecto de investigação determinou que existe uma correlação de 20,4% entre a distância inter-alar e a distância intercanina e que esta correlação apenas se encontra no sexo feminino não sendo encontrada no sexo masculino. Este estudo também não encontrou qualquer correlação (estatisticamente significativa) entre a distância interpupilar e a distância intercanina.

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Como conclusão pode-se afirmar que no meio clínico se pode utilizar o método da distância inter-alar como forma de determinação da distância inter-canina em pacientes do sexo feminino no entanto recomenda-se o uso de outros métodos pois como já foi referido este, apesar de ter correlação, esta é baixa.

A monografia será constituída por uma sustentação teórica com base em artigos científicos, retirados da U.S. National Library of Medicine database - Pubmed, e uma parte clínica de investigação, cuja finalidade será fornecer dados que possibilitem uma análise estatística para determinar a correlação do método utilizado com a realidade.

Palavras chave

:

Distância intercanina, escolha de dentes anteriores, distância alar, distância inter-pupilar

Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto | Ricardo Manuel da Silva Gonçalves Marques

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Abstract:

The selection of the size of the anterior and posterior teeth is considered separately, and it is considered that the requirements for the anterior dentition are eminently aesthetic while the requirements for the posterior dentition are basically functional. The selection of anterior teeth is defined primarily by the size of the face. According what is described in the literature, the size of the anterior teeth is determined principally determined by two systems: an individual and a standard. Both methods start by taking the position that the maxillary canine will occupy thus defining the size of the anterior arch. From here the methods differ somewhat, either standard sets can be used depending on the space previously determined or the size of the central incisor can be determined (it is advocated that the size of the maxillary central incisor is 1/16 of the inter-zygomatic distance).

Curriculum Units of Removable Prosthodontics in FMDUP determines the position of the canine with reference to the inter-alar distance of the nose.

This study aims are to:

- Determine the position of the maxillary canine in a dentate population, using the method of inter-alar distance, see if there is some correlation between the inter-canine distance and inter-pupil and determine the ratio that the latter has with the mesiodistal width of the central incisor.

- Assess whether the methods described in the literature can be applied reliably in the Portuguese population.

This research project has determined that there is a 20,4% correlation between the interalar distance and intercanine distance, this correlation is only found in females. This study also found no correlation between the interpupillary distance and intercanine distance. In conclusion we can say that in a clinical setting we can use the method of inter-alar distance as a way of determining the inter-canine distance in females however it is recommended the use of other methods because, as already mentioned, the correlation is low.

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The monograph will consist of a theoretical underpinning based on scientific papers, taken from the U.S. National Library of Medicine database - Pubmed, and a practical research, whose purpose is to provide data to enable statistical analysis to determine the correlation of the method used to reality.

Key words

:

Intercanine width, anterior teeth’s choice, inter-alar width, interpuppilary width.

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Lista de Tabelas e Gráficos:

Tabela I – Análise descritiva das variáveis consideradas --- pag. 12 Tabela II – Análise descritiva das variáveis consideradas num intervalo de confiança de 95% --- pag. 14 Tabela III – Análise descritiva das variáveis consideradas num intervalo de confiança de 95% em classes de idade --- pag. 17 Gráfico I – Regressão linear da totalidade da amostra --- pag. 21 Gráfico II – Regressão linear da amostra do sexo feminino --- pag. 22 Gráfico III – Regressão linear da amostra do sexo masculino --- pag. 23

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Índice:

Introdução --- pag. 8 Material e Métodos --- pag. 10 Apresentação de Resultados --- pag. 12 Discussão --- pag. 23 Conclusão --- pag. 26 Bibliografia --- pag. 27

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Introdução:

Sendo a população portuguesa proveniente de um país inserido no grupo dos países desenvolvidos, a esperança média de vida é elevada e a população envelhecida. No entanto, apesar de ser um país desenvolvido, Portugal não possui um programa de Medicina Dentária preventivo o que tem como consequência a perda dentária, seja esta por cárie dentária ou por problemas periodontais chegando por vezes a situação de perda dentária total. Assim sendo arranjar formas de corrigir estas situações é de suma importância. Os dentes perdidos são substituídos recorrendo a uma prótese. Uma prótese é um substituto artificial para partes do corpo ausente, ela pode ser total ou parcial.

O principal objectivo em prótese total é o restabelecimento das funções do sistema estomatognático: este objectivo é atingido montando dentes artificiais numa base protética que permita o máximo de funcionalidade e estética. Os dentes a serem montados vão ser escolhidos consoante os seus requisitos, enquanto que a escolha de dentes posteriores está mais relacionada com necessidades funcionais, a escolha dos dentes anteriores está primariamente ligada à satisfação estética do paciente. Esta escolha vai requerer um elevado conhecimento científico e capacidade artística por parte do Médico Dentista.1 Dentes de tamanho adequado são necessários para se obter um resultado que pareça natural. Neste projecto vamo-nos debruçar sobre a dentição anterior.

O melhor método, amplamente reconhecido, para se determinar o tamanho mésio-distal dos dentes anteriores é o uso de registos pré-extracção, sejam eles, moldes de diagnóstico, radiografias, dentes extraídos ou fotografias. Uma fotografia vai muitas vezes, fornecer informações precisas sobre a localização e largura mésio-distal dentária sem que seja necessário recorrer a métodos estimados.2-4 No entanto nem sempre é possível que esta situação óptima se verifique sendo então necessário recorrer aos métodos estimados. A literatura sugere-nos uma quantidade de formas que nos permitem determinar o tamanho mésio-distal da dentição anterior que necessitamos. Estas formas compreendem o uso de valores médios populacionais3 a distância inter-zigomática,1,2,6-8 a distância entre as comissuras labiais,1,2,6,8-10 a distância inter-pupilar,1,3,4,14 a distância inter-alar,1,3,4,6,8-10,14 e a distância intercantal.1,10

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O objectivo deste estudo é verificar a veracidade da aplicação da distância inter-alar e da distância inter-pupilar como método de determinação do tamanho mésiodistal da dentição anterior da população portuguesa.

A determinação do tamanho mésio-distal anterior recorrendo à distância inter-alar é um método amplamente divulgado e considerado válido por inúmeros autores no entanto existe alguma controvérsia, existindo autores que advoguem que esta por si só é insuficiente.2,7

Este método preconiza que a distância inter-alar seja aproximadamente igual à distância transversal entre as cúspides caninas maxilares. Assim sendo poder-se-ia traçar um par de rectas verticais que passassem no ponto mais externo da asa do nariz até à placa de registo inter-maxilar superior correspondendo esse local à localização da cúspide canina.1,2,4,5,7,10-14

O método que utiliza a distância inter-pupilar para determinar a dimensão mésio-distal dos dentes anteriores consiste em utilizar um rácio de 1:6,6 preconizado que representa o tamanho do incisivo central.1,7,8,10,13

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Material e Métodos

:

Sessenta sujeitos, trinta do sexo masculino e trinta do sexo feminino, recrutados pelo investigador num meio universitário, que cumpriram os seguintes critérios foram incluídos neste estudo:

- Todos eram portugueses;

- Todos tinham dentes permanentes sem historial de tratamento ortodôntico; - Todos os dentes eram morfologicamente normais;

- Nenhum dente superior foi sujeito a tratamento com prótese fixa;

- Todos os intervenientes eram maiores de 18 anos sendo que o crescimento facial já estava terminado.

Os indivíduos intervenientes no estudo são de idades várias que variam entre os 20 e os 34 anos. As medições foram realizadas pelo mesmo investigador em situações semelhantes em todos os casos. O indivíduo a estudar estava sentado numa cadeira a olhar em frente sendo medidas as distâncias inter-pupilar, inter-alar e inter-canina. A medição da distância inter-alar efectuou-se com o sujeito em posição de repouso tendo como ponto de medição as extremidades mais distais da asa do nariz.

Foram tiradas fotografias de controlo a cor utilizando uma câmara Nikon K 3000 apoiada num tripé Vivitar V-2200 (dimensões 10x53x10 mm e 998 gramas de peso) colocados a uma distância de 56 cm da face do sujeito de estudo de forma a evitar deformações. De acordo com a metodologia proposta por Pereira M.V em 2008. As fotografias apresentam o indivíduo a estudar em duas situações, numa situação de repouso e numa situação de sorriso forçado.

As medições de controlo nas fotografias foram efectuadas utilizando dois aplicativos, o Microsoft Office Picture Manager® e o JR Screen Ruler®.

No tratamento de dados e análise estatística utilizou-se o programa estatístico SPSS Statistics da IBM® utilizando análises descritivas para caracterizar a amostra e análises estatísticas utilizando o teste de correlação bi-variável intraclasses, o teste de

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correlação de Pearson, o teste de Kolmorov-Smirnov, gráficos de dispersão utilizando um marcador de regressão linear. O nível de significância considerado foi de p menor que 0,05.

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Apresentação de Resultados

:

Para se determinar o uso ou não de testes paramétricos para analisar as amostras estas foram submetidas ao teste de Kolmogorov-Smirnov onde se verificou que p é em todos os casos superior a 0,05 definindo as variáveis como tendo uma distribuição normal o que permite o seu estudo usando testes paramétricos e a sua descrição pela média e desvio padrão.

As descrições estatísticas descritivas (média, máximo, mínimo e desvio padrão) das variáveis medidas encontram-se discriminadas na tabela I. A distância inter-alar dos 60 indivíduos observados tem uma média de 35,45mm com o máximo valor registado de 44mm e o mínimo de 29mm. A distância inter-pupilar tem uma média de 61,12mm com o máximo valor registado de 44mm e o mínimo de 29mm. Por seu lado a distância inter-canina média é de 36,02mm e varia entre 29mm e 43mm. Por fim o incisivo central tem um valor de comprimento mésio-distal médio de 8,208mm e comprimentos máximos e mínimos de 7 e 9,5mm respectivamente.

No Tabela II apresenta-se a análise descritiva das variáveis obtidas quando relacionados com o sexo. Vão-se obter valores médios de 59,37mm limitados maximamente em 60,59mm e minimamente em 58,14mm de distância inter-pupilar (máximo absoluto de 65mm e mínimo absoluto de 53mm), valores médios de 33,77mm limitados maximamente em 34,75mm e minimamente em 32,79mm de distância inter-alar (máximo absoluto de 44mm e mínimo absoluto de 29mm), valores médios de 35,80mm limitados maximamente em 36,74mm e minimamente em Tabela I: média, desvio padrão e alcances da distância inter-alar, inter-pupilar,

inter-canina bem como a largura mesiodistal do incisivo central.

N Minimo Maximo Média Desvio Padrão

Distancia inter-alar 60 29 44 35,45 3,306

Distancia Inter-pupilar 60 53 68 61,12 3,518

Distância Inter-canina 60 29 43 36,02 2,759

Largura IC 60 7,0 9,5 8,208 ,5469

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34,86mm de distância inter-canina (máximo absoluto de 42mm e mínimo absoluto de 29mm), valores médios de 8,2mm limitados maximamente em 8,394mm e minimamente em 8,006mm de largura mésio-distal do incisivo central (máximo absoluto de 9,5mm e mínimo absoluto de 7,0mm) num intervalo de 95% de confiança da média na população feminina. Na população masculina utilizando também um intervalo de 95% de confiança da média obtemos valores médios de 62,87mm limitados maximamente em 63,93mm e minimamente em 61,80mm de distância inter-pupilar (máximo absoluto de 68mm e mínimo absoluto de 57mm), valores médios de 37,13mm limitados maximamente em 38,28mm e minimamente em 35,98mm de distância inter-alar (máximo absoluto de 44mm e mínimo absoluto de 29mm), valores médios de 36,23mm limitados maximamente em 37,35mm e minimamente em 35,11mm de distância inter-canina (máximo absoluto de 43mm e mínimo absoluto de 31mm), valores médios de 8,217mm limitados maximamente em 8,434mm e minimamente em 7,999mm de largura mésiodistal do incisivo central (máximo absoluto de 9,5mm e mínimo absoluto de 7,0mm).

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Tabela II: análise descritiva das variáveis com o sexo com um intervalo de confiança de 95%

Sexo Estatística Desvio Padrão

Distancia Inter-pupilar Feminino Média 59,37 ,598 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 58,14 Limite Máximo 60,59 Máximo 65 Mínimo 53 Masculino Média 62,87 ,520 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 61,80 Limite Máximo 63,93 Máximo 68 Mínimo 57

Distancia inter-alar Feminino Média 33,77 ,479

95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 32,79 Limite Máximo 34,75 Máximo 44 Mínimo 29 Masculino Média 37,13 ,563 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 35,98 Limite Máximo 38,28 Máximo 44 Mínimo 29 Distância Inter-canina Feminino Média 35,80 ,461 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 34,86 Limite Máximo 36,74 Máximo 42 Mínimo 29 Masculino Média 36,23 ,548 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 35,11 Limite Máximo 37,35 Máximo 43 Mínimo 31

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Largura do Incisivo Central Feminino Média 8,200 ,0947 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 8,006 Limite Máximo 8,394 Máximo 9,5 Mínimo 7,0 Masculino Média 8,217 ,1064 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 7,999 Limite Máximo 8,434 Máximo 9,5 Mínimo 7,0

Na Tabela III temos descriminados as variáveis analisadas quando descritas em classes de idade.

A distância inter-pupilar, tem de média 59,60mm limitada maximamente em 62,68mm e minimamente em 56,52mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 66mm e um mínimo absoluto de 54mm na classe de idades inferior a 22 anos. Tem de média 61,31mm limitada maximamente em 62,58mm e minimamente em 60,05mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 68mm e um mínimo absoluto de 53mm na classe de idades compreendida entre 23 e 25 anos inclusive. Tem de média 62,00mm limitada maximamente em 63,58mm e minimamente em 60,42mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 66mm e um mínimo absoluto de 59mm na classe de idades compreendida entre 26 e 28 anos inclusive. Tem de média 61,00mm limitada maximamente em 64,17mm e minimamente em 57,83mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 64mm e um mínimo absoluto de 54mm na classe de idades superior a 29 anos. A distância inter-alar, tem de média 35,10mm limitada maximamente em 37,59mm e minimamente em 32,61mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 41mm e um mínimo absoluto de 29mm na classe de idades inferior a 22 anos. Tem de média 34,94mm limitada maximamente em 36,02mm e minimamente em 33,87mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 41mm e um mínimo absoluto de 29mm na classe de idades compreendida entre 23 e 25 anos inclusive. Tem de média 37,60mm limitada maximamente em 39,97mm e minimamente em 35,23mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 44mm e um Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto | Ricardo Manuel da

Silva Gonçalves Marques

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mínimo absoluto de 34mm na classe de idades compreendida entre 26 e 28 anos inclusive. Tem de média 35,40mm limitada maximamente em 39,75mm e minimamente em 31,05mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 39mm e um mínimo absoluto de 30mm na classe de idades superior a 29 anos. A distância inter-canina tem de média 35,80mm limitada maximamente em 38,10mm e minimamente em 35,50mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 39mm e um mínimo absoluto de 34mm na classe de idades inferior a 22 anos. Tem de média 35,71mm limitada maximamente em 36,73mm e minimamente em 34,70mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 43mm e um mínimo absoluto de 29mm na classe de idades compreendida entre 23 e 25 anos inclusive. Tem de média 35,80mm limitada maximamente em 37,93mm e minimamente em 33,67mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 43mm e um mínimo absoluto de 29mm na classe de idades compreendida entre 26 e 28 anos inclusive. Tem de média 37,00mm limitada maximamente em 40,17mm e minimamente em 33,83mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 41mm e um mínimo absoluto de 35mm na classe de idades superior a 29 anos. A largura mésio-distal do incisivo central tem de média 8,400mm limitada maximamente em 8,682mm e minimamente em 8,118mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 9,0mm e um mínimo absoluto de 8,0mm na classe de idades inferior a 22 anos. Tem de média 8,143mm limitada maximamente em 8,682mm e minimamente em 7,949mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 9,5mm e um mínimo absoluto de 7,0mm na classe de idades compreendida entre 23 e 25 anos inclusive. Tem de média 8,2mm limitada maximamente em 8,683mm e minimamente em 7,717mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 9,0mm e um mínimo absoluto de 7,0mm na classe de idades compreendida entre 26 e 28 anos inclusive. Tem de média 8,3mm limitada maximamente em 8,855mm e minimamente em 7,745mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 9,0mm e um mínimo absoluto de 8,0mm na classe de idades superior a 29 anos.

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Tabela III: análise descritiva das variáveis com a idade dividida em classes com um intervalo de confiança de 95%

Idade Estatística Desvio Padrão

Distancia Inter-pupilar [<22] Média 59,60 1,360 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 56,52 Limite Máximo 62,68 Máximo 66 Mínimo 54 [23-25] Média 61,31 ,623 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 60,05 Limite Máximo 62,58 Máximo 68 Mínimo 53 [26-28] Média 62,00 ,699 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 60,42 Limite Máximo 63,58 Máximo 66 Mínimo 59

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[>29] Média 61,00 1,140 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 57,83 Limite Máximo 64,17 Máximo 64 Mínimo 54

Distância Inter-alar [<22] Média 35,10 1,100

95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 32,61 Limite Máximo 37,59 Máximo 41 Mínimo 29 [23-25] Média 34,94 ,528 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 33,87 Limite Máximo 36,02 Máximo 41 Mínimo 29 [26-28] Média 37,60 1,046 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 35,23 Limite Máximo 39,97 Máximo 44 Mínimo 34 [>29] Média 35,40 1,568 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 31,05 Limite Máximo 39,75 Máximo 39 Mínimo 30 Distancia Inter-canina [<22] Média 36,80 ,573 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 35,50 Limite Máximo 38,10 Máximo 39 Mínimo 34 [23-25] Média 35,71 ,501 95% Intervalo de Confiança da Média Limite Mínimo 34,70 Limite Máximo 36,73 Máximo 43 Mínimo 29 [26-28] Média 35,80 ,940

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Analisou-se descritivamente o rácio obtido entre a distância inter-pupilar caracterizado pela divisão da distância inter-pupilar pela largura mésio-distal do incisivo central chegando-se ao valor médio de 1:7,47.

A nível de análise descritiva só falta referir que nesta amostra, a maior parte dos indivíduos possui uma distância inter-pupilar que varia entre os 60 e 65 mm (63,3%), uma distância inter-alar que varia de 30 a 35 mm (48,3%) e uma distância inter-canina que varia entre 30 e 35 mm (46,7%).

Terminada a descrição analítica da amostra vamos proceder para a análise referencial.

Na tentativa de procura de relações entre as diferentes variáveis analisadas recorreu-se a um número elevado de testes.

Correlacionou-se os dados obtidos por medição directa com os obtidos por registo fotográfico obtendo-se um valor de correlação bivariável de 18,3% o que define esta correlação como estatisticamente não significante.

Utilizou-se a correlação de Pearson. Não encontramos correlação estatisticamente significante entre a distância inter-canina e a distância inter-pupilar (p=0,206). Quando se separa a amostra por sexo também não encontramos uma correlação estatisticamente significativa para as duas variáveis (para a correlação masculina p= 0,296 e para a feminina p=0,611). Correlacionando os valores obtidos das medições inter-alares com o das medições inter-caninas obtemos uma correlação estatisticamente significativa (p=0,06). Fazendo novamente a distinção por sexo obtemos uma correlação com significado estatístico no sexo feminino (p=0,012) mas não obtemos essa significância no sexo masculino (p=0,114).

O gráfico de dispersão I analisa a correlação entre a distância inter-alar com a distância inter-canina tendo como base a totalidade da amostra obtendo o resultado de correlação em termos percentuais, através do valor de regressão linear definido no gráfico por uma linha de oblíqua. Este valor vai ser de 12,1% que, apesar de positivo, não vai ter relevância estatística porque toma em consideração dois grupos, o Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto | Ricardo Manuel da

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feminino que apresenta relevância e o masculino que não apresenta relevância estatística.

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Gráfico de dispersão I: Regressão linear do total da amostra

O gráfico de dispersão II vai analisar, novamente, a correlação entre a distância inter-alar e distância inter-canina desta feita no grupo feminino. O valor de regressão linear obtido implica uma correlação de 20,4%.

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Gráfico de dispersão II: Regressão linear do grupo do sexo feminino.

O gráfico de dispersão III vai analisar, a correlação entre a distância inter-alar e distância inter-canina desta feita no grupo masculino. Sendo que sabemos à partida que este resultado não tem relevância estatística. O valor de regressão linear obtido implica uma correlação de 8,7%.

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Gráfico de dispersão III: Regressão linear do grupo do sexo masculino.

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Discussão:

A determinação da posição canina e por consequência o tamanho mésio-distal da dentição anterior é, como já foi referido, de suma importância na escolha dos dentes anteriores duma prótese total. É esta a escolha que vai ter o maior impacto na estética protética e vai ser esta a característica da prótese que os pacientes mais vão valorizar. Pode parecer um contra-senso mas na óptica do paciente na concepção da prótese primeiro vem a estética, em seguida a função e o conforto.6 Assim sendo esta determinação é um passo crucial na confecção da prótese com vista a restabelecer a forma e a função.

Boucher refere que a determinação da posição canina utilizando o método da asa do nariz é muito tentadora2 pelo que pude verificar com este estudo, o método da asa do nariz tem correlação com o que existe na natureza, utilizando um método de cálculo de regressão linear verificou-se que esta situação se verifica em 12,1% dos casos da amostra, aumentando este valor quando se refere ao sexo feminino 20,4% estes valores vão contra as descobertas quer de Latta et all7 quer de All Wazzan et all8 que referem não encontrar qualquer correlação entre a distância inter-canina e a distância inter-alar. Os resultados deste estudo possuem um grau de concordância com o estudo de Al-el-sheikh et all1 no qual é referido, tal como neste estudo, que existe correlação da distância inter-alar com a distância inter-canina mas que quando é efectuada uma separação da amostra consoante o sexo, o grupo correspondente ao sexo masculino não apresenta correlação apesar de ser o contrário no sexo feminino. Neste estudo não foi feito qualquer tipo de distinção entre grupos raciais uma vez que na totalidade da amostra só um participante era de raça negra, sendo a maioria da amostra de uma homogenia caucasiana. Por este motivo efectuou-se somente uma análise diferencial de sexo não sendo possível comparar grupos raciais como fez Latta et all7 e Varjão et all12.

Relativamente ao outro método estudado na determinação da distância inter-canina, recorrendo à distância inter-pupilar os resultados deste estudo foram consistentes com os de Latta et all7 e os de All Wazzan et all8 não sendo encontrada qualquer correlação estatisticamente significativa entre ambas as distâncias.

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Contrariamente aos resultados apresentados por Cesario e Latta15 neste estudo não foi encontrado um rácio de 1:6,6 entre a distância inter-pupilar e a distância mésio-distal do incisivo central, neste estudo obteve-se um rácio de 1:7,47 estando em parte de acordo com All Wazzan et all8 que não encontrou tal rácio embora os resultados do estudo de All Wazzan não sejam iguais aos obtidos no presente estudo.

A escolha da metodologia a usar na obtenção dos registos fotográficas foi aquela proposta por Pereira M. C. em 2008, na qual se preconiza o posicionamento da máquina fotográfica apoiada num tripé ficando a objectiva a uma distância de 56 cm da face do sujeito a fotografar.10 Este método usado no desenvolvimento deste estudo, revelou-se no entanto falho, não ocorrendo uma correlação estatisticamente significativa entre os valores obtidos por medição directa com os obtidos por medição dos dados fotográficos. Devido a este motivo o estudo efectuado baseou-se única e exclusivamente nos dados obtidos por medição directa por parte do investigador.

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Conclusão:

A literatura apresenta uma série de métodos que nos permitem situar o canino maxilar na arcada superior de um desdentado total e deste modo definir o comprimento anterior da sua arcada. Este estudo, tendo como amostra uma população jovem portuguesa, analisou dois desses métodos e chegou às seguintes conclusões:

- A relevância estatística das correlações obtidas das medições varia de uma forma vasta quando a amostra é divida por sexo.

- Existe uma correlação entre a distância inter-alar e a distância inter-canina, no entanto esta correlação ocorre somente no sexo feminino e num valor não muito alto (20,4%) o que nos permite definir este método por si só como insuficiente.

- Não existe correlação estatisticamente significante entre a distância inter-pupilar e a distância inter-canina.

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Bibliografia:

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Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto | Ricardo Manuel da Silva Gonçalves Marques

Referências

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