umveasxoâoe
|=Eue|zA|.DE
sANTA
câmuwâ
cemno
sócro-Ecowômco
DEPARTAMENTO
oE^EcoNoM1A
cuaso
DE
GRADUAÇÃO
EM
cIENc1As
EcoNoM1cAs
71ÉZZQ1?4
£?VZZLLk2ZZ2ñ¢Zäí734
LL4
IÉZ¡b0L4:
um
estudo
de
caso no
aCentro
de
Tecnologia
Mineral
-
CET
EM
Florianópolis
1
zoøo
cENTRo
socio-EcoNo|v||co
DEPARTAMENTO
DE
c|ÊNciAs
EcoNóM|cAs
cuRso
DE
GRADUAÇÃO
EM
c|ENc|As
EcoNôM|cAs
A
TEORIA
EVOLUCIONIS
TA
DA
FIRMA:
um
estudo
de
caso
no
Centro
de
Tecnologia
Mineral-
CETEM
Monografia
submetida
ao Departamento
de
Ciências
Econômicas
para
obtenção'
do
titulode
Bacharel
em
Ciências
Econômicas.
Í
Por Shandi
PereiraCardoso
Orientador: Prof.
Edvaldo
Alves Santana,
Dr.Área de
Pesquisa:
Economia de Empresas
Palavras
Chaves:
1.Firma
2.
Teoria
evolucionária 3.CETEM
F
lorianópolís, julhode
2000.
o . 9 r llcENTRo
sÓc|o_-EcoNo|vuco
_DEPARTAMENTO
QE
c|ENciAs
EcoNo|v||c_:As
cuRso
DE
GRADUAÇAO
EM
c|ENc|As
EcoNo|v||cAs
A
Banca
Examinadora
resolveu atribuir.anota
à
aluna
Shandi
Pereira
Cardoso
na
disciplinaCNM
5420
-
Monografia, pelaapresentação
deste
trabalho. ;
Banca
Examinadora:
`Prof.
Edvald
lvesSantana,
Dr.~ (Orientador)
-_
' i
`*
Í
vilárrr
Po
ngeliseValladares
Mnteiro,
Dra.embro
(Co-orientadora) , (Lu OIT)dm
Pr
dc,Ms.
I
'embro
Ill fu Qn
esfamosonosafornando-,
que defermina
.quem
.somos
.e .o
qque
mas
a
maneira
com
q
ue
respondemos ao desafio.
as /enamenfe
conscientes
Somos
combafenfes,
idealísfas,m
p
0
que não
nos
obr/:qaa
fer
feoria
1sobre as
co/sas:
So'
nos
obriga
a sermos
conscíenfes.
lb
rdade ra
provar.
Problemas
para
vencer, Íe
pa
E
enquanfo acredifamos
iv
no nosso
sonho,
nada
e'qpor
acaso”.
Aos
meus
Pais' I/alfere
De/,Pelo
exemplo
de
força
e
coragem;
Aos
meus
irmãos'Rodrigo,
Rafa e
Felipe;
A
minha
sobrinha Amabylle;
e,Em
especial
ao
meu
noivo
Anfonio
Ricardo,
Por
fodo amor, força
e
compreensão
O
Essa
monografia é
frutoda
colaboração
diretae
indiretade
muitas
pessoas
importantesem
minha
vida, principalmenteaquelas
que
nos
momentos
difíceis
permaneceram ao
meu
lado.Por
issomerecem
um'
agradecimento
especial:
o
Ao
meu
orientador Prof. Dr.Edvaldo
Alves
Santana
pelaatenção
dispensada;
o
A
Prof.a,Q DraAngelise Valladares
Monteiro, co-orientadora,amiga,
e
incentivadora;
o
Aos
Professores
SilvioAntônio Ferraz
Cárioe
Renato
Campos
pela gentilezaem
fornecer materialpara
a
pesquisa;z
A
Ação
Júnior-
Empresa de
Consultoriados
Alunos}do
Centro
Sócio-Econômico,
peloaprendizado;
o
A3
Amiga
Danielle Hostin,que
me
ajudou a superar
as
dificuldades
da
línguainglesa,
para
que
eu
pudesse
dar continuidade
ao
trabalho;o
A
Amiga
Jeanine Batschauer,
sempre
com
palavrasde
incentivoe
segurando
.
as
barrasnas
horas
difíceis;'
o
Aos
amigos
Adriano
Amarante
e Luciana
Coutinho,companheiros
inseparáveis;
o
A
todo pessoal
do
CPGA
-
Coordenadoria
de Pós-graduação
em
Administração
(Prof. Colossi, Grazi, Marci,Angela,
Fé, Marcio, Silviae¡Graça)
e
NIEPGE
-
Núcleo
Interdisciplinarde Estudos
em
Planejamento
e
Gestão
Estratégica (Lú, Fred,
Rosana
e
Carla), pelaamizade,
carinhoe
apoio;o
Aos
colegas e
companheiros dessa
longa
caminhada,
cujo convíviotornou
mais
agradável e
estimulantea
realizaçãodesse
curso,em
especial:a
Galera
do
MellRose
(Kaminski, Japa, Claiton,Douglas,
Ercio, Fê,Dani
e
TiaAdércia),
a
Cléo, Evelise,Claudinha
e
Maria
Albertina pelo alto astrale
carinho,
a todo pessoal
do FPC,
a Galera
da Economia,
aqueles
que
foram
e
aos que.ainda
ficam, Itamar, Flavio,Ana
Maria,Dandan,
Pig, Josi, Jorge,Marilei, Nilson, Déia, Gregori, Lucas, Deise, Lise, Adroaldo, Álvaro, Juci,
Fausta, Helô, Karine,
Wolney,
Marcus, e
outros),e finalmente às
meninas
(Maninha,
Carla,Sharon,
Pri, Rubia, Priscila) «pelosmomentos
de
descontração.
LISTA
DE
FIGURAS
... _.LISTA
DE
SIGLAS
... ___* ... ._Resumo
... ... _. 1.INTRODUÇAO
... ._ _ 1.1Objetivos
... ._ 1.2Relevância
... _. 1.3Procedimentos Metodológicos
... __1.3.1
Definição
de
Termos
Relevantes
... ._1.4
Organização
do
Trabalho
... ._'E
2.
FUNDAMENTOS
TEÓRICOS
... _.2.1
Teoria Evolucionista
da
Firma
... ._6
2.1.1
As
Bases
da
Teoria
... ._2.1.2
Abordagens dos
Modelos
Evolucionistas
da
Firma
... ._2.1.3
Enfoques
Evolucionistas
... ._3.
O CASO
EM ESTUDO
... ._3.1
Estrutura
Industrialdo
Setor
Mineral
no
Brasil ... ._3.2
Desenvolvimento
Institucionaldo
CETEM
... ._3.3
Contribuições
do
CETEM
ao Desenvolvimento
Tecnológico
4.
CONCLUSOES
... __ 5.RE|=ERÊNc|As
B|BL|oGRÁ|=|cAs
... _. vii *= viii ixx
01
02
03
04
05
06
08
1115
19
24
32
32
41
50
56
58
4M
›._DE
FIGURAS
FIGURA
1:ORGANOGRAMA
INICIAL
DO
CETEM,
1983
.FIGURA
2:ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL
DO CETEM
0
Í
viii
DE
SIÊLAS
ABNT
-Associação
Brasileirade
Normas
Técnicas
BNDES
-Banco
Nacional
de Desenvolvimento
Econômico
e Social
CAEEB
-çCompanhia
Auxiliarde
Empresas
de Mineração
CEF
-Caixa
Econômica
Federal
CETEM
-VCentro
de
Tecnologia
Mineral
CNPq
-Conselho
Nacional
de
Desenv.
Cientificoe
Tecnológico
CPRM'
-Companhia
de Pesquisas
e
Recursos
Minerais
CSN
-Companhia
Siderúrgica
Nacional
'CTC
- /Conselho Técnico
e
CientificoCVRD
-Companhia
Vale
do
Rio
Doce
DNPM
-Departamento
Nacional
de Produção
Mineral
DTA
-Programa
de
Desenvolvimento'
de
Tecnologia Ambiental
DUP
- I Diretoriade Unidades de Pesquisa
FINEP
-Financiadora
de Estudos
e
Projetos
FTI '-
Fundação
de
Tecnologia
IndustrialGEIMI
-Grupo
Executivo
da
Indústriade Mineração
LCPM
-Laboratório Central
da Produção
Mineral
LPM
-Laboratório
da Produção
Mineral
MARE
- Ministérioda Administração
e
Reforma
do
Estado
MCT
- Ministérioda
Ciência
e Tecnologia
MME
- Ministériodas Minas
e Energia
T
PAEG
-Programa
de
Ação
Econômica do
Govemo
PAI
-Programação
Nacional
de
Ação
Imediata
PCI
-Programa
de
Cooperação
Internacional
PETROMISA
-Petrobrás
Mineração
ARHAE
-Programa
de
Capacitação
de
RH
em
Atividades
Estratégicas
SGMB
-Serviço
Geológico
e Mineralógico
do
BrasilsiDERBRÁs
-'siderúrgica
Brasiiaira s.A.D
UFRJ
-Universidade
Federal
do
Rio
de
Janeiro
USP
-Universidade
de
São
Paulo
RESUMO
Esta pesquisa
tevecomo
objetivo geral,a
verificação,sob
açóticada
Teoria
Evoiucionistada
Firma,da
evolução
do
Centro
de
Tecnologia
Mineral-
CETEM,
em um
período
estabelecido.Sendo
assim,procurou-se descrever
os
principais
conteúdos
da
Teoria Evoiucionista,mostrando
sua
importânciapara
o
estudo
da
organização.
A
caracterizaçãoda
estrutura industrialdo
setor mineralbrasileiro
e o
desenvolvimento
institucional e, tecnológicoda
organização
também
foram
verificados.O
método
adotado
foio
estudo
de
caso,com
perspectivas longitudinale
orientaçõesdo
método
histórico.A
pesquisa
foido
tipodescritivo-analítica,
sendo
que
os
dados
foram coletados por
meio de
entrevistanão-estruturadas
e
analisadas
de
forma documental.
A
análiseda
evolução
do
CETEM,
permitiu concluir que,não
obstante
da
infra-estrutura iniciale
sua
justificativa
econômica,
o Centro
foimarcado,
ao
longo
de
sua
existência,por
uma
sériede choques
externos,tendo
quese
utilizaresforços
adaptativospara
sobreviver. A
\.
1.
1N'rRoDUçÃo
Os
estudos sobre ocomportamento
das firmas e seu contexto ambientaltêm
recebido crescente atenção por parte de pesquisadores e especialistas
do
campo
da
economia, administração, .ciência política, sociologia, dentre outros. Esses trabalhos,
em
sua maioria,
buscam
formas altemativas e complementares para ampliaro
entendimentosobre a dinâmica das relações interfirmas e, mais especificamente tentam buscar respostas
atuais e eficazes para o sucesso das organizações.
A
abertura daeconomia
ocorridano
Brasil, principalmente a partir da década de 90,com
a globalização dosmercados
e respectivos processos subsequentes,tem
sugeridoformas diferenciadas de conceber e organizar o trabalho produtivo. Sobre o assunto,
autores
como
Giacomoni
(1994) e Peter (1989), por exemplo,têm
destacado aspectosrelacionados aos reflexos
da
globalização,em
especial relacionados aos impactos dasnovas tecnologias e às novas orientações de
govemo.
'Nesses termos,
em
todo o setor públicotêm
surgido propostas de reformado
aparelho estatal.
No
setor mineral não é diferente.São
projetadasmudanças
contundentesnos organismos gestores, reguladores e fiscalizadores,
que
estão a todo omomento
requerendo refonnulaçõesdo
Estado, principalmente através de flexibilidade eautonomia
administrativa. _
1
De
modo
a contextualizar tais aspectos é preciso reviverum
pouco
da históriada
mineração, elo de desbravação
do
território nacional, pois assim poderá se entendercomo
países de primeiro
mundo
transformam esta atividadeem
competitiva, colocando-a atémesmo
em
mercados
de ações. 'A
humanidade, desde os seus primórdios, cresceu e se desenvolveu baseadano
extrativismo mineral e vegetal,
que
são as 'duas fontes primárias de sobrevivência.Na
atualidade, o extrativismo aparece
com
muito mais eficiência e tecnologia.Na
décadade
60, segundo Bittencourt (1999), os minerais
eram
consideradoscomo
bens estratégicos,pois para alguns deles tinha-se a previsão de escassez, tendo
em
vistaque
se tratavamde
bens
com
reservas finitas.Para esse autor,
com
o
aparecimento da industrial-izaçãohouve
um
aumento da
demanda
por minério. Apesar de todos os países estarem sujeitos à escassez desses bens,não
existiauma
política uniforme para resolvero
problema.Por
exemplo,no
Brasil, nosanos 60, durante o período militar, o Estado atuou
como
controlador das atividadesprodutivas.
Dessa
forma,foram
estabelecidos controles unilaterais burocráticos,que
prevaleceram por muito tempo. Contudo, graças aos avanços tecnológicos e ao desenvolvimento de pesquisas,
foram
encontradas altemativas intermediárias para atenuarou
retardaro
processo de escassez.Em
conformidadecom
tais requerimentos, na década de70
surgiu a idéia deinstituir
um
centro totalmente voltado para a tecnologia mineral,que
mais tarde foiconcretizada
com
a fundaçãodo
Centro de TecnologiaMineral-
CETEM.
Tal fato ocorreupor intermédio de
um
convênio firmado entre oDepartamento
Nacionalda Produção
Mineral-
DNPM
e aCompanhia
de pesquisas e Recursos Minerais-
CPRM,
no
campo
deação
do
Ministério dasMinas
e Energia.Em
linhas gerais, observam-se várias adaptaçõesna
firmae
no
setor,em
sua maioria, oriundas demudanças econômicas
e tecnológicas,que
influenciaram o
comportamento
estratégico ao longo 'do tempo.Com
intuito de aprofundaro
assunto, a seguinte questão de pesquisa foi fonnulada:Como
se caracterizaa
evoluçãodo
Centro deT
ecnologiaMineral
- CETEM,
institutode
pesquisa
do
governo
federal,à
luzda
Teoria Evolucionistada Firma?
1
.1
Objetivos
_
O
objetivo geral desta pesquisa consisteem
verificar, sob a óticada
TeoriaEvolucionista
da
Firma, a evoluçãodo
Centro de Tecnologia Mineral-
CETEM,
no
período
compreendido
entre 1978 e 1998.0 Descrever os principais conteúdos da Teoria Evolucionista da Firma, mostrando a sua importância para o estudo de
uma
organização específica;0 Caracterizar a estrutura industrial
do
setor mineral brasileiro;0 Caracterizar o desenvolvimento institucional
do
CETEM;
0 Caracterizar o desenvolvimento tecnológico
do
CETEM;
e0 Estabelecer e analisar a evolução
do
Centro de Tecnologia Mineral-
CETEM,
sob a ótica da Teoria Evolucionista da Firma.1.2
Relevância
A
abordagem
evolucionista da firmatem
sido trabalhada por vários autores desde adécada de 70. Essa
abordagem tem origem
nos estudosdo
campo
do
conhecimento dasciências biológicas, que se
fundamentam
na teoria darwiniana (da evolução das espécies).Um
dos princípios básicos dessa concepção diz respeito ao fato de que elementosdo
ambiente,
ou
seja, da dinâmica de mercado, incluindoo
governo, interferem nas práticasdas firmas, influenciando o seu
desempenho
estratégico ao longodo
tempo.Nesse
quadro de referência, pressupõe-se que as variações observadas naeconomia
têm
como
foco a incansável busca das firmas por inovar os seus processos e produtos,com
vistas a obter vantagens perante a concorrência.
Sendo
assim, defende-seuma
certareciprocidade
na
relação entre as organizações e o seu ambiente operacional,ou
mesmo
macroambiente
econômico, político e social. Para Possas (1989, p.l58), “não por acaso, asdiferentes versões desse enfoque procuram, elaborar
modelos onde
tanto variáveisde
comportamento
quanto estruturaistêm
ação recíproca, gerando trajetórias não de equilíbrioO
setor mineral brasileiro representauma
das áreas estratégicasdo
governo federal.Segundo
Monteiro (1999), este setorcompreende
um
conjunto de empresas,em
processoconstante de adaptação, altamente influenciadas '
pelas particularidades desse
ramo
do
conhecimento tecnológico e pelas políticas públicas voltadas para
o
posicionamentono
mercado.
Sendo
assim,o
desenvolvimento de pesquisas, demodo
amelhor
entender ascaracterísticas
do
seu processo evolutivo,pode
contribuir para atomada
de decisãocom
novas orientações para a inovação tecnológica
no
País.7
_~`
_
_
A
dinâmica desses aspectos, se já requer desafios crescentes por partede
‹ _
especialistas e pesquisadores das áreas empresariais' privadas, tende a ganhar complexidade
no
âmbitodo
setor público. Diante das forças de mercado, constituídas pelasespecificidades dos fatores
macroeconômicos
em
geral, as organizações públicastendem
asofrer ingerências diversas
que
reforçam a necessidade de estudos longitudinaissistemáticos sobre
0 comportamento
das firmas.1
.3
Procedimentos Metodológicos
z
O
método
de pesquisa predominantemente utilizado neste trabalho é o estudo decaso.
O
estudo de caso consisteno
levantamento e análiseaprofimdada
deum
casoem
particular, buscando resgatar sua história e os vários condicionantes
do
seucomportamento
estratégico ao longodo tempo
(Babbie, 1998).Nesse
sentido, estapesquisa,
do
tipo descritivo-analítica,tem
uma
perspectiva longitudinalcom
o
apoio dasorientações
do
método
histórico.A
organização a ser estudada é o Centro de Tecnologia Mineral~
CETEM,
instituto de pesquisa
do
governo federal, atualmente vinculado ao Conselho Científico eTecnológico
-
CNPq.
De
modo
identificar os condicionantesda
evolução desse Centro,foram
semelhantemente enfocadoso
setor mineral e alguns dos principais aspectosCabe
destacãr que,embora
existam outras perspectivasno
âmbito da TeoriaEvolucionista, optou-se por adotar
como
quadro de referência os preceitos abordados porNelson
e Winter (1982),uma
vez que norteiamuma
parte das principais pesquisasrealizadas sobre o tema. Esse arcabouço teórico refere-se a fontes bibliográficas extraídas
de livros, de artigos de periódicos especializados,
além do
conhecimento adquirido aolongo
do
Curso de graduaçãoem
Economia.
V
Os
dados coletados são de dois tipos: secundários e primários.Os
dados
secundários
dizem
respeito aos diversosdocumentos
técnicos sobre a organizaçãoselecionada, o setor mineral e as ações governamentais, tais
como:
Relatórios Anuais,Memórias
de
Reunião, textos e informes diversos sobre afirma
e seu setor de atuação.A
coleta- dos dados primários foi feita através de entrevistas não estruturadas realizadascom
dirigentes, ex-dirigentes, pesquisadores e informantes chaves, que diretaou
indiretamente atuaram na organização,
no
governo e/ouno
setorde
tecnologia mineral.1.3.1
Definição
de
Termos
Relevantes
Teoria
da Firma
-
“Parteda
teon`amicroeconômica que
se dedica a explicar e prever asdecisões da
empresa ou
firma, principalmenteno que
se refere ao produto final, seu preço,grau de utilização de
insumos
emudanças
nessas variáveis” (Sandroni, 1994,p.347).Teoria Evolucionista
-
Análises voltadas paraabordagem
dos processos de geração edifusão de inovações, tendo
como
marco
teórico a interação dinâmica eendógena
entreestratégia (firma) e estrutura (mercado) ao longo
do
tempo
(Nelson e Winter, 1982).Estrutura Industrial
-
Conjunto de relações deordem
estrutural (direção, planejamento, operação e controle)que
mantém
uma
empresa
em
funcionamento, baseando-senum
sistema por
meio do
qual osdesempenhos
pessoais são operacionalizados e coordenadosApoio
Institucional-
Conjuntode
regras decomportamento
e interação entrefirmas
-queevoluem
deforma
espontânea, “pela formação de»uma
variedade de organizaçõesindustriais, relacionadas e que
decidem
assuntoscomo
padrões através de ações políticas”.(Nelson, 1995,p.77). -
Ciclos Tecnológicos e Processos
Dominantes
-
referem-se aqueles elementosdo
conhecimento que são necessários à utilização
mínima
eficiente da tecnologia eque
estãoincorporados às pessoas
ou
às rotinas de operação dafirma
enão
podem
ser adquiridasou
transferidas via
manuais ou
outras formas codificadas de transmissão de conhecimento(Canuto, 1992).
1.4.
Organização do
Trabalho
A
presente investigação foi organizadaem
seis partes principais: Introdução,Fundamentos
Teóricos, Apresentação e Análise dos Dados, Conclusões e ReferênciasBibliográficas. Nesta, estão listadas todas as obras citadas
no
corpodo
trabalho,conforme
as
normas
e orientaçõesda
Associação Brasileira deNormas
Técnicas-ABNT.
Na
Introdução discorre-se sobre otema
e sua problemática. Para tanto, procurou-sebrevemente
destacar o assuntoem
foco, a questão central de pesquisa, o objetivo geral e osobjetivos específicos, a relevância e pertinência da temática, assim
como
os procedimentos metodológicos utilizadosno
decorrer deste estudo.A
segunda parte corresponde a identificação dosFundamentos
Teóricos. Estesforam
divididosem
três itens principais: as bases da Teoria Evolucionista, as abordagenspredominantes dos
modelos
evolucionistasda
firma,em
consonânciacom
o, quadro de referência teórico selecionado, e os seus respectivos enfoques evolucionistas.A
terceira parte deste trabalho foi elaborada para diretamente atender aos objetivosespecíficos elencados.
Sendo
assim, apresentam-se e analisam-se os dados coletados,elementos teóricos abordados,
o
casoem
estudo estáexaminado
a partir de quatro outrositens, quais sejam: Estrutura Industrial
do
Setor Mineralno
Brasil,Desenvolvimento
Institucional
do
CETEM,
Desenvolvimento
Tecnológicodo
CETEM
e AnáliseEvolucionista
do
CETEM.
Por
último, estão expostas as conclusões obtidas a partirda
realização deste estudo. .
E
2.
FUNDAMENTOS
'rEÓR_rcos
~Os
grandes -filósofos e teólogos da IdadeMédia
abordaram
alguns aspectoseconômicos,
mas
foi naEra
Modema
que surgiu propriamente a históriado pensamento
econômico.
De
acordocom
Sandroni (1994), a TeoriaEconômica
éuma
“sistematizaçãoconceitual dos processos e
fenômenos econômicos
que
faz uso de categorias deum
método
de investigação.” (p.348). Essa Teoria, dentre outros fatores, procura descobrir asdeterminações
fimdamentais
dosfenômenos
econômicos, estabelecendo assim, deforma
universal,
um
trabalho sintetizado.É
no
decurso da teoriaque
aeconomia
liga-secom
as ciências afins, sendoque
seupapel não se limita apenas a esclarecer o que ocorre
no
planoda
produção, circulaçãoou
consumo.
A
TeoriaEconômica
étambém
a base para obtenção de respostas aos problemaseconômicos
quesurgem
amedida que
ocorre o desenvolvimento social.Assim como,
aTeoria
Econômica
Geral, a Teoriada
Economia
Industrial evoluicomo
tempo,com
atecnologia e 'com as ideologias,
que
são influenciadas pelas contingências.No
campo
deação da
economia
industrial é necessário que se considere primeiramente a distinção entrea
firma
e a indústria.Segundo
AnitaKon
(1994),o pensamento
neoclássicoda
firma
demonstraque
essaé
uma
“íinidade primária de ação, dentro da qual organizam-se os recursoscom
o
fim
de produção,em
busca damaximização
de seus resultados” (p.65).Na
abordagem
neoclássica, amaximização
de resultados corresponde àmaximização
de lucros.Porém,
aabordagem
mais recente daeconomia
industrial vai além,como
será visto posteriormente.Ainda
de acordocom
a autora, a indústria considerada por Marshall,um
dos precursoresdos estudos econômicos, é constituída” por
um
conjunto defirmas
que
“elaboram produtosidênticos
ou
semelhantes quanto a constituição fisicaou
ainda baseados namesma
matéria-prima, de
modo
que
podem
ser tratados analiticamenteem
conjunto” (p.65).Portanto, essas duas abordagens descritas
resumidamente
constituem as linhasiniciais que explicavam as formas pelas quais os eventos
econômicos
interagiamno
setorindustrial. Todavia, cada época corresponde a
um
conjunto de alterações específicas, pois aevolução cultural e tecnológica faz
com
queo pensamento
ideológico molde-se de acordoA
partir da década de 50surgem
esforços de revisão para a tradicional Teoriada
Firma, e o foco desses esforços foram os objetivos da
empresa
baseadosna
maximização
de lucros.
Os
novos
enfoques metodológicosfazem
com
que
amodema
Teoriada
Firma
saia
da
investigação teórica dos procedimentos das empresas, colocando-a frente aoscomportamentos
reais.De
modo
geral, esses enfoquesfazem
com
que
ameta da empresa
demaximização
de lucro, já
não
seja suficiente para explicar oscomportamentos
das firmas, principalmenteaqueles voltados para objetivos que
não
sejam os lucros, pois nesse enfoque amaximização
dosmesmos
pressupõe o pleno conhecimento dos futuros custos e receitas.Muitos
autores criticam essa idéia, vistoque
as firmascostumam
atuarem
um
ambiente turbulento e instável.
A
teoria tradicional supõeque
asfirmas
são dirigidas pelospróprios donos, o
que
nos dias atuais épouco
provável.Nas
economias
capitalistasavançadas, as propriedades das empresas estão divorciadas
do
seu controle e sãoadministradas por gerentes que
recebem
salários. Essespodem
ter outros objetivos taiscomo
amaximização
das vendasou
o crescimento das firmas.Além
da incerteza,um
outroproblema
demaximização
de lucros é a complexidadeorganizacional.
A
estruturacomplexa
dificulta amaximização
dos lucros devido adificuldade de comunicação.
Os
executores das decisões demaximização
de lucrosnem
sempre
agem
de acordocom
elas, e simsegundo
seus próprios objetivos.As
grandesfirmas
são organizadasem
fimções,
e cadauma
delas luta pela alocação de recursos,podendo
prejudicar essa maximização. Problemas organizacionaispodem
ser superadoscom
a reformulação da estrutura, porexemplo,
transformando a forma unitária para aforma
multidivisional.A
esse respeitoGuimarães
(1987, p.25)complementa que
“afirma
é definidacomo
um
locus deacumulação
de capital” e, dessa forma,vem
marcada
por duas característicasessenciais.
A
primeira éque
possuiuma
gerência centralonde
é definidaou
alterada suaestrutura administrativa, e
onde
são estabelecidas suas políticas gerais.A
segunda éque
existe
na
firma
um
pool, dos lucros de suas partes constituintes,que
são controladas pelagerência central e que, por sua vez,
tem
toda a responsabilidade de administração e decisãode investir.
Dessa
maneira, observa-seque
o
crescimento dafirma
e os seus respectivoscompetitivo, tanto o crescimento quanto os lucros
são
necessários para desenvolver afirma,
pois esses dois fatores são instrumentos chaves definidores de outros objetivos,quais sejam:
maximizar
as vendas, criarnovos
produtos e processos, alémde promover
asua expansão
no
mercado.Ainda
de acordocom
Guimarães
(1987), a estrutura típica dafirma
é amultidivisional.
Sendo
assim, cada divisão (ou quase-firma) passa arser coordenada poruma
gerência central, por exemplo, responsável pela produção, comercialização,promoções
de vendas, atividades de Pesquisa eDesenvolvimento
-
P&D
e planejamentodos investimentos para aumentar a produção.
Uma
quase-firma
cuida dos produtos deum
determinado mercado. Existirão tantasquase-firmas quanto for o
número
demercados
em
que
aempresa
atua.A
decisão básicaéo pagamento
dos dividendos.A
firma
também
pode
utilizar-sedo
endividamentocomo
meio
para investir. Isto dependerá de sua política intema, de sua aversão ao n`sco e dasexigências
do mercado
de capitais. Ela somente não investiráquando
a taxa de lucro fornegativa (salvo nos casos
em
que
afirma
quer garantir presençano
mercado).Conforme
George
e Joll (1981), existem outras formas de explicar o crescimentoda
firma. Estas
defendem
a idéia de que, nas atuais sociedades industriais avançadas,não
sãoapenas os proprietários que administram as empresas,
mas
sim profissionais contratados. Isto posto, asfirmas
secomportam
de maneira amaximizar
a utilidade dos gerentesque
tomam
decisões. Existem trêsmodelos
sob os quais a naturezada
utilidade gerencial varia:a
firma
deBaumol
quemaximiza
as vendas; a de Marrisque maximiza
o crescimento e ade Williamson que
maximiza
as despesas discricionáriasou
queminimiza
os custos detransação. ‹
Todos
esses conceitosreúnem
sua atenção sobre a firma, mais propriamente paraas grandes empresas,
que
geralmenteproduzem
em
várias firmas.O
destaqueno
comportamento
eno
desempenho
dafirma como
um
todo,conforme
esses autores,explica-se
“em
vista da elevada proporção de atividade industrial, hoje representadaem
todas as economias industiializadas por
um
número
relativamentepequeno
de empresas”(George e Joll, 1981, p.136). Contudo, é evidente
que
as grandesfirmas
funcionamem
mercados
específicos, deonde
se espera grande influência da estrutura dessesem
seude
“uma
indústriainfluenciam o comportamento
das firmas,bem como
preços, custos,lucros e atividades inovadoras resultantes
no
mercado.” (George e Joll, 1981, p. 136).Pode-se citar aqui
o
paradigmada
estrutura-conduta-desempenho. ParaKock
(1980), a estrutura de
mercado
éum
conjunto de elementos estratégicos relativamentepermanentes
do meio
ambiente das firmas,que
influenciam, e são influenciados, pelaconduta e
desempenho
da empresano
mercado
em
que
opera.Segundo
Scherer eRoss
(apud Bliska et al., 1996), o paradigma estrutura-conduta-desempenho
baseia-seno
propósito deque
a sociedade anseiaum
desempenho
favoráveldos produtores de bens e serviços.
Sendo
assim, os autores classificam oque
para eles é terum
bom
desempenho:
_a) não deve haver desperdício de recursos escassos, e as quantidades e a
qualidade dos produtos
devem
obedecer às demandas do consumidor; b) autilização de novas tecnologias deve aumentar a produtividade das empresas e a
quantidade de produtos, contribuindo para o crescimento real da renda per
capita; c) as operações de produção
devem
facilitar a completa utilização dosrecursos, especialmente a dos recursos humanos; d) a distribuição da renda deve
ser eqüitativa (p. 1254).
Dessa
forma, as classificações cobiçadas dedesempenho têm
grandezasmensuradas, pelo
menos
parcialmente, por alguns indicadores.Com
isso são identificadasvárias características que
influenciam
odesempenho
econômico, criandouma
teoriaque
interage
com
esses atributos e odesempenho
finalda
empresa.2.
1
Teoria Evolucionista
da
Firma
Na
biologia, a Teoria Evolucionista responde providencialmente à questão decomo
é o
comportamento
da vidaem
função das situações demudanças no
ambiente, eque
formas de vida adaptadas, são apresentados, alguns descendentes
que
irão prosperar e multiplicar, e aqueles demenor
força tenderão ao desaparecimento.Nessa
fase,algumas
novas variações, criadas por acasalamento
ou mutações
eque não
tinhamnenhuma
chanceno
antigo regime, terão melhores chances. Outrosque no
antigo regimeeram
prósperos,neste
podem
nao
ter qualquer chance.A
perspectiva evolucionistacomeçou
a ser desenvolvida,com
maior intensidade,na
década de 50.
Grande
parte desse estudos tratam das tendências territoriais,da forma
edo
crescimento das sociedades,
dando
maior importância as relaçõescom
o ambiente,reveladas nos processos de seleção natural das espécies.
A
analogia biológicado
enfoqueevolucionista é explicita.
De
acordocom
Possas (1989), a idéia central é de que, talcomo
aTeoria
Darwiniana
(da evolução das espécies),que
acontece através dasmodificações
genéticas submetidas à seleção
do
meio, as variações econômicas terão origemna
incansável busca das firmas, de inovar os processos e produtos, sendo que seriam
submetidas aos
mecanismos
de seleção inerentes à concorrência e ao mercado.Vários autores acreditam que
o
aparecimentoda
linguagem evolucionistana
economia
está interligadacom
oamplo
usodo
termo, assimcomo
este contrastacom
o usoespecífico na biologia.
O
conceito geral da Teoria Evolucionista envolve vários elementos.O
enfoque principal está na variávelou no
cenárioonde
estão inseridos,que
mudam com
opassar
do
tempo, eonde
a investigação teórica serve paracompreender
o processodinâmico que está por trás das
mudanças
observadas.Deza
(1995) descreve a Teoria Evolucionista ecomenta
a sua proximidadecom
aTeoria da
Evolução
Biológica, àmedida
em
que
ambas
as variações são armazenadas e aseleções não são deterministas.
É
claroque
essas apresentamalgumas
diferenças: a) paraesses autores não há conceito de equilíbrio; b) as variações são pequenas,
porém não
sãoaleatórias pois são parte de
um
resultado de busca; c) as empresasnão
podem
sereproduzir, somente aumentar
ou
diminuir seu tamanho.A
Teoria Evolucionista propõe que as variáveisou
sistemasem
questão, estãosujeitos a
um
certo nível de variações aleatórias, eque
também
possuem mecanismos que
sistematicamente
aprimoram
estas variações.Existem
muitos prognósticos da TeoriaEvolucionista
que apoiam
a especificaçãoda
seleção sistemática de forças. Pode-seprocesso de seleção. Todavia, existem ainda muitos casos de forças
que
continuamintroduzindo novas variáveis.
É
importante lembrarque
toda Teoria Evolucionista demudança
possui essascaracterísticas, que
também
são focalizadasna
biologia,porém
essa utiliza extensamenteoutros ,conceitos que não são utilizados para
o
estudo econômico.Por
exemplo,sexualidade e acasalamento são fatores da evolução de muitas espécies e de extrema
importância nos estudos biológicos,
mas
que dificilmente serão utilizadosna
economia.Assim
como
o
conceito de gerações,também
primordial nos estudosda
biologia,não
sãofacilmente aplicados
em
análises, tecnológicas defirmas
ou
de instituições quaisquer.Todavia,
conforme Nelson
(1995), algumas teorias consideramque
a inovação écriada
como
um
processo de aprimoramento sistematizado para adequação aonovo
contexto
do
mercado.Ou
seja, existeuma
adaptação para a inovação dos processos.Além
disso,
o
autor apresenta a idéia deque algumas
firmasaprendem
com
os processos erepassam este aprendizado para outras.
Algumas
das teoriaseconômicas
de evolução sãochamadas
de Lamarkianas (teorias essasque
.na área biológica nãopossuem
uma
boa
reputação), outras enfatizam a seleção de grupo. A
O
propósito geral para se definirum
processo evolucionista exclui certas definiçõesde
mudança,
como
porexemplo
aquelasque
são totalmente deterrninistas.Sendo
assim,segundo Nelson
(1995),nem mesmo
a Teoria Neoclássica que apresentaum
padrão decrescimento econômico, presumindo
um
equilíbrio geral, quepode
movimentar-se,pode
ser consideradacomo
um
processo evolucionista.A
definiçãodo
referido autor excluitambém
as teorias demudança, onde
toda açãose dá de
forma
aleatória,como
porexemplo
no
caso demodelos
econômicos,que
apresentam o crescimento
ou
declínio das indústriasou
firrnas individuais,como
eventuaisvariáveis, que possivelmente estão relacionadas
com
otamanho
das firmas, eque
dessamaneira
não
podem
ser analisadas e consideradascomo
modelos
evolucionistas demudança
econômica.Ao
se fazeruma
revisão dosmodelos
de crescimento da firma tem-se que, aoassumir
que
asfirmas
diferemem
algumas
características eque
seu crescimento apresenta-se sistematicamente maior
do
que aquelasque não
apresentam determinadasestrutura
na
qual apenas asfirmas
que apresentam essas detenninadas característicassobrevivem
no
mercado. Observa-se entãoque
omodelo
apresenta elementos sistemáticos e aleatórios etambém
que o
primeiro é aprimorado atravésdo
segundo.Existe ainda,
em
alguns casos, certo preconceitoem
relação a utilização demodelos
evolucionistas.
Na
biologia, o usodo
termo evolucionista, hojeem
dia, é fortementeassociado
com
a análise da população atual,ou
seja,como
algoem
desenvolvimento enão
em
evolução. Todavia, ao considerar-se queuma
firma busca estratégias de sobrevivênciaem uma
indústria competitiva, será verificada a existência deum
cenário possuidor devárias alternativas de mudanças.
Dessa
forma, asfirmas
aprendem
com
a experiência,com
o aprimoramento
ou
com
a adaptaçao ao meio.Observa-se
na
literatura corrente que a Teoria Evolucionista na biologia estárelacionada
com
dois tipos de populações.A
primeira éuma
população de genótipos,ou
seja, definida
com
heranças genéticas de seres vivos.A
segunda éuma
população defenótipos definida
em
um
cenário de variáveisonde
essasacontecem
para assimserem
alvo de interesse de análise,
não
esquecendoque
aqui são incluídas as influências deadaptação de cada ser vivo (Nelson, 1995).
As
características dos fenótipos, assim, sãopresumidas por serem influenciadas pelas características dos genótipos, todavia
não
sãounicamente determinadas por essas.
A
Teoria Evolucionistamodema
reconheceque
o desenvolvimento dos seres vivosvem
de suas origens para as características dos seus fenótipos,porém
a qualquermomento
podem
sofrer influênciado meio
ambiente ao qual está inserido. Elatambém
aceitaque
existe
uma
variedade de experiências relacionadascom
o aprendizado,que
moldam
o
comportamento do
fenótipo. Entretanto, se for evitada a teoria que reconhece a culturacomo
algoque pode
ser transmitido através das gerações e contrasta-lacom
a TeoriaEvolucionista biológica padrão
onde
apenas os genes, enão
algunscomportamentos ou
características adquiridos, são passados através das gerações.
A
referidanoção
de geração é base da Teoria Evolucionista biológica,onde
osfenótipos nascem, crescem,
reproduzem
emorrem.
Contudo, os genes apresentam-secarregados por seus descendentes que
seguem o
mesmo
ciclo de vida de gerações.No
geral, de acordo
com
Nelson
(1995), essa teoria é tidacom
a seleção operando diretamenteajustam. Existem muitas controvérsias,
mas
provavelmenteno
caso dos economistas aquestão mais importante seria
no
sentido decomo
a evoluçãopode
ser entendidacomo
um
processo ótimo de adaptação.
A
Nesse
caso, anoção
de otimização aparececomo
a idéia de sobrevivênciado
maisadaptado, implicando assim
em
um
contexto de competição, muitas vezes violentas, entreos
membros
deuma
populaçãoonde
apenas os mais adaptados sobrevivem.Nos
diasatuais, segundo
Nelson
(1995), alguns estudiosos formalizam essa idéiacomo
um
jogode
sobrevivência e assim
desenvolvem
um
conceito de estratégia evolucionista estável a qualseria
uma
maneira 'de equilibrar as competições.Os
estágios demudança
entre o ponto ótimo e o ponto de sobrevivênciaparecem
mais
diretosquando
a competição ocorre comdiferentes tipos de estratégias passivasque
estão lutando pelo
mesmo
nicho de seumeio
ambiente, eonde
somente háum
vencedor eeste é o mais eficiente. Todavia, nesse
meio
existem competições mais acirradas, poisexistem estratégias de ataque
onde
vários competidorespossuem
eficiência e ótimasdefinições, desta
forma
caracterizando o ato da sobrevivência.Fica claro, diante da literatura pesquisada,
que
a Teoria Evolucionista na biologianão
trabalhasomente
com
a seleção dos fenótipos (estratégias) existentes,mas
também
com
asmudanças
queaparecem
ao longodo
tempo
nas espécies ecom
o
nascimento denovas espécies.
2.1.1
As
Bases
da
Teoria
São
relacionadas aqui as principais basesdo comportamento
evolucionista: aciência, a tecnologia e as organizações industriais; entrelaçando-as ao processo de
mudanças
econômicas ao longodo
tempo
e tratando cadaumas
com
suas determinadasDe
acordocom
Campbell
(1974), o desenvolvimento de novas teon`as científicasnão
são reveladas até certo ponto, pois os estudiosos nãofazem
idéia das reações causadasa partir dos avanços
no
desenvolvimento dasmesmas.
Assim, as novas hipótesescientíficas são admitidas
como
mutações
daquiloque
virão a ser, sendo destaforma
incorporadas ao processo científico, muitas vezes substituindo antigas teorias, outras
corrigindo
ou
adaptando alguns procedimentos e ainda muitas vezesnão
obtendo sucesso.O
tratamentodado
à ciência, aindaconforme Campbell
(1974), refere-se a uniãodas teorias, utilizando-se de linguagem comunitária de _ conformidade real sobre
o
aprendizado coletivo-da evolução.
Sendo
assim, abre-se duas hipóteses: a primeira é aquelaonde
determinadas teoriaspassam
por rigorosas verificações, sendoque
aquelasque não
passam
por esse processopodem
não
ter veracidade; a segunda seriao
significado dereproduções
ou
imitações; poisem
muitos casos os resultados de verificaçõespossuem
certa ambigüidade. Todavia, o resultado negativona
verificação deuma
teoriapode
serreparado
ou
modificado
de forma perspicaz.Segundo Nelson
(1995), alguns autoreschamados
de °construcionistas sociais”reconhecem
essas hipóteses e as modificam. Para eles existem muito poucas teorias,uma
vez
que
geralmentetendem
a ser reproduzidasou
ainda verificadas sendo, sua conclusãoapresentada ex-ante.
Conforme
Kuhn
(1970), a maioria dos pesquisadores científicos possuiuma
aceitação quase que irrefletida
da
teoria predominante,mas
existeuma
discordância dosresultados, 'pois muitos dos questionamentos
ficam
sem
respostas. Geralmente acomunidade
científica propõemodificações
modestas na teoria prevalecente._
É bom
lembrar que, apesar de que muitos autores nãocomentem,
existeuma
competição entre as teorias científicas, sendo
que
nessejogo
prevalece aquela quetem
um
programa
de pesquisa mais efetivo. Todaviapodem
existir teorias científicas compatíveisas quais
podem
se unir,caminhando
juntasno
processo de evolução. “Conforme
comentários deNelson
(1995), existem várias propostas sobre aevolução da tecnologia sendo -que muitas delas são similares
em
diversos aspectos.As
diferentes altemativas para desenvolver estas propostas
acabam
criando incertezas, poisEssas incertezas
unem-se
com
outras propostasque
são resolvidas apenas atravésdo
processo de competição ex-post, isto seria o contraste das teorias evolucionistas. Seria aentrada
no
processo de adaptação ao qualo
autordefine
como
uma
solução particular maisapropriada para
um
problema
tecnológico.Contudo
é omercado
quem- tende a delimitar oque
ébom
ou
ruim para a solução de problemas (Nelson, 1995).Muitos
estudiosos destacam que a evolução da tecnologia segue-um
caminho que
pode
ser consideradocomo
progressoou
que atémesmo
existem alguns critérios objetivospara adaptação tecnológica.
Os
estudiosos» evolucionistasque
trabalhamcom
desenvolvimento tecnológico acreditam
que
existe o progresso tecnológico. Elespropõem
a existência de vários
caminhos
evolucionistas,que
seguem
direçõescompletamente
diferentes, sendo
que
uma
pode
bloquear a outra.Chandler (1990),
em
suas pesquisas, apresenta- certa inquietaçãono que
diz respeito às estruturascomplexas que
caracterizam asfirmas
de produtos varáveis e decomo
estassurgiram. Neste caso, a coevolução não- seria de genes e
memes como
observadona
biologia,
mas
sim de tecnologia e .organização industrial.Segundo
o autor foi o processode
desenvolvimento tecnológico ocorridono
séculopassado
que
abriu possibilidadespara que
.asfirmas
se .tomassem muito. produtivas elucrativas a
medida que
se organizavam para operarem
largas escalas de produção, e decerta forma amplas se fossem conectadas
com
o
alcance dos produtos. Assim, são .descritas várias organizações inovadoras que foram experimentadas, sendoque
o enfoque central foisobre aquelasque obtiveram sucesso. '
'
De
forma
parecidacom
a da tecnologia, o processo de adaptação aqui é entendidocomo
uma
nova forma
organizacionalque resolveum
problema
organizacional.Com
baseem
celtas possibilidades, a solução para alguns problemas permite que asfirmas
operem
acustos maisbaixos,
ou
em
maiores escalas,em
ambos
os casoscom
uma
lucratividademaior.
Chandler (1990),
do
mesmo modo
queCampbell
(1974), observa claramente a comunidade,só que
nesse caso acomunidade
gerencial.Da
mesma
forma
observaque
asempresas
competem
umas
com
as outras. Este autorargumenta que
firmas, dentro deum
mercado
concorrente, se sobressaem de outrasporque adotam
formas administrativasconcorrentes que
não buscam ou
demoram
a buscar maneiras de vencer a concorrência.Pode-se dizer
que
este senaum
processo de adaptaçãoonde
serão detenninadas aeficiência
econômica
que farácom
que
as organizações sobrevivamou não no
mercado.É
notórioque
essas características apresentadaspossuem
alguns aspectos similarese alguns divergentes.
As
características similaresaparecem
nos processos de geração denovos
ou
modificação de antigos elementos queaparecem
de forma oculta, sendoque
osdetalhes variam
conforme
a característica e sua evolução acontece ao acaso. Todaviaem
cada
uma
destas característicaso
processo de seleção explicaum
dado
número
de fatores,ou
seja, a intensidade de cada característicadepende da
capacidade de adaptaçãoque
cadauma
possui. »Tanto economistas neoclássicos
como
economistasque
seguem
a TeoniaEvolucionista inclinam-se para
uma
visão demercado
que definirá quais atores irão vendere o
que
irão lucrar.Nelson
e Winter sãoexemplos
de autores queabordam
a TeoriaEvolucionista da firma, e
que
são uns dos estudiosos mais citados na literaturaespecializada. Esses autores trabalham especificamente voltados para o
campo
econômico,apresentando
um
esboço teórico-analítico, procurando considerar as aptidões eprocedimentos das
firmas
queatuam
nos mercados.Dessa
forma, são elaborados eexaminados
vários modelos, quetêm
por objetivodescrever as capacidades das expectativas “para a análise de
uma
série de fenômenos,em
especial às
mudanças
econômicas, por exemplo, desde a troca de fornecedores, dematérias-primas e de produtos, de acordo
com
ademanda,
à introdução de inovaçõestecnológicas nos processos produtivos” (Monteiro, 1999, p.26).
Para
Nelson
e Winter (1982),no
caso da tecnologia e das organizações industriais,existem muitos aspectos persuasivos
em
alguns setores.Segundo
eles, osmercados
tem
alto poder de influênciaem
seus ajustesbem como
no
que não é ajustável, eo
lucrotoma-
se
uma
importantemedida
para sua adaptação.Porém
observa-seque
existem divergênciasexternas
na
economia.Um
exemplo
seria o processo concorrencial proveniente dasadaptações verificadas
em
vários setoresque operam
em
dados mercados,ou
como
cada2.
1.2
Abordagens
dos
Modelos
Evolucionistas
da
Firma
_De
acordocom
a literatura especializada pode-se observar que o princípioevolucionista é
complexo no que
diz respeito ao envolvimento de muitas variáveisdiferentes
que
são voltadas para a sua coevolução.Além
disso, a teoriapode
ser expressamatematicamente, sendo que
em
alguns casos as conexões lógicas desenvolvem-se pormeio
de teoremas eem
outros através de simulações.Concomitantemente
a TeoriaEvolucionista é apresentada por diversos autores
como
altemativas para outras teorias jáexistentes,
no
caso específico deste trabalho, aplicada a Teoria Neoclássica, que aqui éconsiderada
no
seu processo de funcionamento.Nelson
e Winter (1982)observam que
relacionadacom
a dinâmica econômica,o
tipo de análise contida na teoria
do
crescimento neoclássico, quasesempre
estavano
tipode crescimento
que
Marshall descrevia,onde
as teorias baseavam-se nos conceitos deequilíbrio mecânico. ` '
Dentro dessa teoria o crescimento
econômico
é vistocomo
um
equilíbrioque
move-se
para aeconomia
de mercado,onde
o avanço técnico éum
aumento
contínuoda
produtividade de insumos, e o capital social cresce relativamente
ao
trabalho. Estes doisfatos explicam
o aumento da
produtividade operária e de renda per capita, que são ospadrões de
medida
para o crescimento.Sendo
assim,do
modo em
que
a teoria éapresentada são explicado os
aumentos
reais de salárioque
caracterizam o crescimentoeconômico.
Conforme
Nelson
(1995), o avanço técnico é elemento dos mais importantes naTeoria Neoclássica, e nos últimos anos apareceram muitas propostas de modificação para
o
modelo
de crescimento neoclássico, destacandoque o
avanço técnico é consideradoem
grau endógeno. Todavia, esses
novos modelos
teriam processos defimcionamento
iguaisaos dos antigos
modelos
neoclássicos, e apresentam certo grau de incertezas.Ainda
em
caráter explicativo,
o
autor aponta que as analogiasdo
processo de funcionamentoenvolvem
um
equilíbrio flutuanteno
qual os atorescomportam-se
deforma
duvidosa.Por
Para esses autores, o
desafio
seria inventaruma
teoria de crescimentoonde o
avanço técnico e a
formação
de capitalcaminhassem
juntos parao
crescimento, assimcomo
na Teoria Neoclássica, eque
seriam capazes de 'explicar padrõesmacroeconômicos,
todavia baseados na Teoria Evolucionista de
mudança
técnica e nãopresumindo
um
equilíbrio contínuo.
Segundo Dosi
(1988, p.1126), “os processos concretos demudança
técnica referem-se
em
geral a solução de problemas locais, atendendo evidentemente arequisitos de custo e comerciabilidade”.
Pode-se dizer
que
a Teoria Evolucionistado
crescimentoeconômico
inspirou-seno
capitalismo, socialismo, e democracia de
Schumpeter
(1976),onde
este autor desenvolveua teoria
da
inovação tecnológica endógena, que resultava de investimentos realizadosem
firmas
para melhorar sua atuação e vigiar a de seus concorrentes.Com um
grande desenvolvimento analíticoNelson
e Winter (1982) tentam elaboraruma
versão rigorosa a teoria de Schumpeter, levando para essa algumas boas idéiasda
teoria de seleção de Simon.
A
idéia central desses autores baseia-se nos conceitosneoclássicos da racionalidade
maximizadora
de equilíbrio, e para isso propõe conceitosalternativos
como
a busca da satisfação e da seleção.Nesses
modelos
asfirmas
apresentam-secomo
atores principais e nãocomo
meros
seres individuais. Fica subtendido que as
firmas induzem
deforma
suficiente osindivíduos, atraindo-os e segurando-os de
modo
aformarem
suamão
de obra.Todavia
éinteressante lembrar
que
essamão
de obra é pennutável e suas ações são determinadaspelas
firmas onde
estão locadas (Nelson, 1995).Para al ns autores 7 as
firmas
são or aniza ões a`ustáveis e ossuidorasde
certograu de lucratividade. Todavia
podem também
ser consideradascomo
incubadoras eportadoras de tecnologia,
bem
como
de outros processosque detenninam
o quedevem
fazer e
como
proceder apara obter rentabilidade.Muitos
autores utilizamo
conceitode
rotina para detenninar esse procedimento. Esse termo é similarmente analítico ao dos
genes
na
teoria biológica ,ou
dosmemes
na
cultura sociobiológica.Segundo Nelson
e Winter (1982), as rotinas seriam formas de fazer as coisasque
constituem a