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Características climáticas, hidrológicas e sedimentológicas do manguezal do Rio Jaguaribe (Ceará — Brasil)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA

Características Climáticas, Hidrológicas

e Sedimentológicas do Manguezal do

Rio Jag uaribe (Ceará — Brasil).

Expedito Marques do Nascimento Neto

Monografia apresentada Ao Departamento de Engenharia de Pesca do Centro de Ciências Agrarias da Universidade Federal da Ceara, como parte das exigências para obtenção do título de Engenheiro de Pesca.

Fortaleza — Ceará 2000.1

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Prof. Alexandre Holanda Sampaio Orientador

COMISSÃO EYAMINADORA:

Prof. Alexandre Holanda Sampaio - PhD Presidente

Prof. José Jarbas Studart Gurgel — Esp. Membro

Prof. Mozart Marinho Júnior — MSc. Membro

VI,...) I

Prof. Luis Pessoa Aragão

Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca

Prof'. Maria Selma Ribeiro Viana

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

N194c Nascimento Neto, Expedito Marques do.

Características climáticas, hidrológicas e sedimentológicas do manguezal do Rio Jaguaribe (Ceará — Brasil) / Expedito Marques do Nascimento Neto. – 2000. 34 f. : il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 2000.

Orientação: Prof. Dr. Alexandre Holanda Sampaio .

1. Manguezal - Características climatológicas. 2. Maguezal - Características hidrológicas. 3. Manguezal - Carcterísitcas Sedimentológicas. 4. Engenharia de Pesca. I. Título.

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ACRAnFriMPN-MS

Deus, por esse grande momento.

Ao Prof. Pedro HP Alcântara Filho, pela sun dedicação e total apoio para

a realização deste trabalho.

Ao Prof. Alexandre Holanda Sampaio, por ter aceitado ser meu orientador para que esse trabalho pilriPSSR Ser apresentado.

Aos meus colegas Fvandm nomes Cruz, Rossi I PHs Muni7 Souza e André Prata Santiago pelo trabalho Pm conjunto.

An Departamento de Engenharia de PARCA e aos seus Professores pela aprendizado e nR conhecimentos que Adquiri durante (Is anos CPR Aqui estive.

F A todas as pessoas que de uma forma R de outra contribuíram para esse momento.

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ÍNDICE

1_ INTRO DU Q,ÃO 06

2_ CARACTERÍSTICA DA AREA ESTUDADA 10

3_ MATERIAL E MÉTODOS 11

Determinação dos Pontos de Coleta 11

3.2. Coleta das Amostras de Agua 11

3.3. Coleta das Amostras de Solo 11

:1.4. Determinação de Salinidade 12

3.5. Determinação de Temperatura 19

AnAlise, das Amostras de Solo 19

Determinação das Espécies Vegetais 13

RESULTADOS E DISCUSSÃO 13

4.1. Solo e Vegetação 13

4.2. Matéria Orgânica e Carbono 16

4.3. Temperatura e Salinidade 17

CONCLUSÃO Q

6_ REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19

7_ SUMARIO 21

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Marques, E. N N — Características Climáticas 6

CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS, HIDROLOGICAS E

SEDIMENTOLOGICAS DO MANGUEZAL DO RIO JAGUARIBE (CEARA — BRASIL).

EXPEDITO MARQUES DO NASCIMENTO NETO

t INTRODUÇÃO

Os manguezais são um tipo de ecossistema costeiro, típico das regiões tropicais e subtropicais, sujeito ao regime das marés. Nessas regiões ocorre um grande deposito de sedimentos lodosos e matéria orgânica, que são retidos graças a ação construtora do mangue.

A sua formação está diretamente relacionada com algumas condições ambientais favoráveis como:

•- So se desenvolvem em locais que apresentam temperaturas quentes e taxas de umidade elevadas;

a- Como ecossistema costeiro, os manguezais ocorrem em locais onde existe água salobra e a amplitude das marés altas geralmente determinam os limites do manguezal;

• A presença de solos aluviais onde predominam os lodos finos e ricos em matéria orgânica é importante para o melhor desenvolvimento da vegetação do mangue;

• A morfologia costeira também pode determinar a ocorrência dos manguezais.

Uma das mais distintas características das regiões de mangue é a sua diversidade. A mais consistente dessas características diz respeito a sua vegetação, facilmente reconhecida devido ao seu pequeno numero de espécies (TOMLINSON, 1994). A flora vegetal é constituído de espécies vegetais lenhosas típicas, estando submetidas a uma série de fatores

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Marques, E. N N — Características Climáticas 7

adversos, tais como altas taxas de salinidade, aeração deficiente e grande mobilidade dos solos lamacentos. Esses fatores desfavoráveis justificam o reduzido número de espécies vegetais que ocorrem exclusivamente nestes locais. Nos manguezais podemos encontrar espécies como a Rhizophora mangle (mangue vermelho ou mangue verdadeiro), que possui um complexo sistema de raizes aéreas que se desenvolvem a partir dos troncos e dos ramos laterais e penetram no solo, proporcionando á planta uma maior capacidade de sustentação. Essa espécie vegetal se desenvolve geralmente em solos lamacentos, de preferências nas proximidades das desembocaduras dos rios. Avicennia shaueriana e Avicennia germinans conhecidos como mangue siriúba ou mangue preto, possuem raizes especiais chamadas pneumatóforos, originadas do sistema radicular, que afloram do solo e são capazes de captar o ar atmosférico. Essa espécie se desenvolvem onde a lama é mais firme, estando adaptadas a altas salinidades do solo, por possuírem glândulas localizadas nas folhas capazes de eliminar diariamente o excesso de sal absorvido, 0 mangue branco, Laguncularia racemosa, possui raizes do tipo pneumatáforo, embora de menor tamanho e em menor número do que os do mangue siriúba. Por este motivo não tolera locais com poucas flutuações do nível da água, já que seus pneumatõforos são impedidos de realizar a aeração da planta quando submersos. 0 mangue branco é encontrado em solos mais arenosos. 0 mangue manso ou mangue de botão, Conocarpus erectus, geralmente desenvolve-se ao redor dos manguezais onde normalmente se observe solos mais secos e elevados.

A distribuição dos mangues no espaço físico (zonagão) é decorrente das exigências de cada espécie com relação a imersão, salinidade, tipos de solo, etc. De acordo com esses fatores, podemos encontrar modificações na ordem de ocorrência das espécies.

Em relação a fauna, ela é bastante diversificada, muitas espécies de aves (garça, socó) em sua rota de migração utilizam essas áreas como locais de repouso, além de contribuir para a manutenção do equilíbrio ecológico entre as populações animais. Os mamíferos (guaxinim, repose) que freqüentam os

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Marques, E. N. N. —Características Climáticas 8

manguezais não são característicos desses locais, com visitas ocasionais para se protegerem ou para se alimentarem. Os peixes são representados por espécies marinhas e de água doce (traira, muçum). Muitas espécies marinhas penetram nas águas salobras na fase jovem ou adulto para se alimentarem (serra, cioba), bem como outras passam toda a sua fase jovem (tainha, carapeba) no manguezal e retornam, posteriormente, para o mar. Os moluscos se destacam como componentes da fauna dos manguezais, muitos deles dependem desses locais para o desenvolvimento das larvas. 0 que mais caracteriza a fauna são os crustáceos decápodos, principalmente o carangueijo-ugá, o guaiamum, o aratu e etc (ALCÂNTARA-FILHO, 1978). Os primeiros estágios da vida ocorrem na água, em outras fases passam a viver no ambiente terrestre. 0 camarão marinho também está presente no manguezal, pois utiliza esses locais para o desenvolvimento de suas larvas e juvenis, que ali encontram alimento e abrigo até a época que retornam ao mar. Atem desses organismos, o manguezal abriga um fauna microscópica composta principalmente por bactérias, protozoários, nematódios, rotiferos e microcrustáceos.

Os manguezais estão presentes nas Américas, Africa, Asia e Oceania. No Brasil, ocorre deste o Estado do Amapá até Santa Catarina, sendo a Região Norte do Pais a área onde se concentra as maiores regiões de manguezais, com predominância de espécies vegetais de maior porte. No Estado do Ceará, abrange uma área de aproximadamente 23.000 hectares, estando localizada principalmente nas desembocaduras dos rios. As principais áreas de magues do Estado do Ceará estão situadas nas desembocaduras dos Rios Timonha e Ubatuba, no município de Chaval (10.184 ha), Rio Coreal no município de Camocim (4.620 ha), Rio Acara0 no município de Acaraú (3.625 ha), Rio Mundaú, no município de Mundaú (1.071 ha) e o manguezal do Rio Jaguaribe, no município de Aracati com 1.260 ha (MIRANDA & NOBREGA, 1_990).

Segundo HOYOS, 1979, do ponto de vista ecológico, o manguezal é considerado um dos ecossistemas naturais de maior diversidade em espécies

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illargues, E. N. N. — Características Climáticas 9

e um dos de maior produtividade orgânica que existe. ODUM, 1977, também ressalta a notável eficiência desse ecossistema estuarino, indicando como o homem deve ser cuidadoso em alterar e administrar os estuários, de modo que seu mecanismo de produção não seja destruido, O crescimento tecnológico-industrial que afeta as regiões costeiras vem evidenciando fortes ameaças ao instável equilíbrio ecológico dos manguezais (PANNIER & PANNIER, 1980), principalmente no aspecto da especulação imobiliária, onde áreas de mangue próximos às grandes cidades tem sido aterradas constantemente em função da expansão descontrolada de moradias.

Os manguezais tem um grande importância para o homem, em especial para as comunidades ribeirinhas. Muitos peixes, camarões, caranguejos e ostras que ocorrem nos manguezais são exploradas por estas comunidades. A matéria orgânica que é produzida é carreada para o mar, através dos estuários, enriquecendo suas águas, desse modo organismos aquáticos que vivem na costa podem se desenvolver melhor, aumentado a produtividade da pesca litorânea. A vegetação age como fixador da terra, evitando assim o assoreamento dos rios e protegendo as áreas litorâneas da erosão. 0 solo destas regiões conseguem reter muitos agentes poluentes. Além disso, a existência dos manguezais contribui para que não ocorra modificação das condições climáticas do litoral. Logo, o homem deve fazer uso racional deste tipo de ecossistema, para que possa ser feito a sua preservação.

Esse trabalho teve por objetivo identificar e descrever algumas características do manguezal do Rio Jaguaribe em toda a sua extensão, desde a boca do estuário até a região superior, apresentando dados de temperatura do ar e da água, salinidade da água superficial e intersticial, e do sedimento do manguezal, no que se refere a granulometria, textura, teores de carbono e de matéria orgânica na superfície e a uma profundidade de 50 cm, relacionando com a vegetação de mangue existente nas regiões consideradas.

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Marques, E. N. N — características climáticas 10

2. CARACTERÍSITICAS DA AREA ESTUDADA

De acordo com CHAPMAN, 1975, o Manguezal do Rio Jaguaribe é do tipo estuarino, que ocorre ao longo do curso do rio e áreas adjacentes.

0 Rio Jaguaribe nasce nas serranias que circundam o elevado Sertão dos lnhamus. Possui terrenos impermeáveis constituídos de rochas nuas, argilas e folhelhos com uma porção insignificante de rochas permeáveis sedimentares, areias e grés (argila arenosa) frouxos. Os seus afluentes principais são, pela margem esquerda os Rios Banabuiú e Palhano, e pela margem direita os Rios Caririús, Salgado e Figueiredo (POMPEU SOBRINHO, 1962; MACEDO, 1981).

A sua alimentação permanente é quase nula, possuindo o mesmo um regime exclusivamente pluvial, característico das regiões de clima quente, apresentando um regime de vazão variável. Sofre influência das precipitações, sendo suas descargas máximas no período chuvoso (janeiro a julho) e, a influência das marés impede que o mesmo sofra interrupção do seu curso inferior durante o período de seca (agosto a dezembro).

O manguezal possui uma zona estuarina bastante grande com uma área de mangue em torno de 1260 ha (MIRANDA & NOBREGA, 1990) e está localizada entre as coordenadas de 4°23'26"S e 37°43'45"W; 4°36'58"S e 37°43'45"W, apresentando várias ilhas e canais sinuosos "camboas". 0 canal principal atinge 900 m de largura, e o manguezal apresenta uma área total de aproximadamente de 11,8 Km2, que se estende até 18 Km da foz. A penetração das águas marinhas se faz sentir até 30 Km distante da desembocadura do rio (QUAYLE, 1973; AGUIAR, 1973).

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Marques, E. N. N. — Características Climáticas 11

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Determinação dos Pontos de Coleta

Durante os meses de agosto de 1995 a dezembro de 1996 foram realizadas 16 viagens ao manguezal do Rio Jaguaribe, nas quais foram coletadas 28 amostras de solo e 37 de água na superfície e a 50 cm de profundidade. Para essas coletas, foram selecionadas ao acaso, 4 regiões localizadas na margem direita do rio, sendo a 1a na Boca do Estuário, a 2a na Região Inferior, a 3a na Região Média e a 4a na Região Superior (Figura 01). Em cada uma das áreas selecionadas foram delimitadas 9 zonas de 100 m2, sendo 3 Próximo â Margem, 3 na Zona Mediana e 3 na Zona Distal, próxima és dunas.

3.2. Coleta das amostras de água

Amostras de água foram coletadas na superfície quando disponível e a 50 cm de profundidade, no mesmo local das amostra de sedimentos, com o auxilio de um tubo de PVC rígido com cerca de 10 cm de diâmetro e 60 cm de comprimento, sendo sua extremidade inferior fechada por tampa plástica com perfurações próximas a esta, para entrada de água (Figura 02). Uma vez instalado o coletor, esvaziava-se completamente a água do interior do tubo e em seguida coletava-se uma amostra de água que voltava a se acumular dentro do tubo. Essas amostras foram engarrafadas, etiquetadas e mantidas sob refrigeração para as análises posteriores.

3.3. Coleta das amostras de solo

As amostras de solo foram obtidas através da retirada de cerca de 1 Kg de sedimento na superfície e a 50 cm de profundidade com auxilio de um

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Marques, E. N N — Características climáticas 12

trado. Depois de ensacadas e etiquetadas as amostras foram transferidas ao laboratório e mantidas sob refrigeração até o momento de serem analisadas.

3.4. Determinação da salinidade

A determinação da salinidade das amostras coletadas foram realizadas manualmente com o auxilio de um refratômetro modelo S/Mill — ATAG 0 .

3.5. Determinação da temperatura

A temperatura da agua superficial e intersticial foi estimada com o auxilio de um termômetro com precisão de 1° C. 0 dados de temperatura do ar foram obtidos no banco de dados da FUCEME.

3.6. Análise das amostras de solo

Nas análises de solo coletadas nas diversas áreas consistiram de granulometria, textura, carbono e matéria orgânica, foram feitas no Departamento de Ciências do Solo do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará.

A análise granulométrica foi determinada através de peneiramento mecânico, sendo então determinadas as diversas proporções por tamanho do sedimento obtendo-se finalmente, a classificação textural do solo, utilizando-se o triângulo de determinação da classe textural.

Para a determinação do teor de carbono (C%) foi utilizada 0,5 g da amostra do solo, onde foi adicionada 10 ml de dicromato de potássio e levada para placas aquecedoras. Após abrir fervura, deixa-se por mais 5 minutos. Depois lava-se a amostra e adiciona-se 80 ml de água destilada com 2,5 ml de ácido fosfórico e 4 gotas de difenilamina. Titula-se com uma solução de sulfato ferroso, sendo esta solução prepara no mesmo dia na análise. 0 ponto

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Marques, E. N N. — Características Climáticas 13

de leitura é feito quando é observado a passagem da coloração de tom escura, quase preto, para verde escuro. De posse desta leitura, utiliza-se os cálculos para a determinação dos valores de matéria orgânica.

3.7. Identificação das espécies vegetais

A identificação das espécies de mangue foi feita de acordo com os recursos das descrições botânicas apresentadas por SCHAEFFER-NOVELLI & CINTRON, 1986.

4_ RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Solo e Vegetação

Na Região I as zonas Próxima â Margem mostraram em média, menor percentual de areia no solo superficial (86%) do que a 50 cm de profundida9de (96%), ocorrendo n contrário com sae e argila, quando assumiram valores de 14% na superfície A 4% na profundidade considerada.

Na zona Mediana a porcentagem de areia foi maior no solo superficial (47%) do que a 50 cm (19°./0). As porcentagens de silte e argila foram menores na superfície (27% e 31%) do que no fundo (34% e 47%). Na região distal a fração de areia na superfície contribuiu com 18% e a de silte com :50/0 A Argila

com 47%; a 50 cm de profundidade obteve-se 10% de areia, 36% de silte e 54% de argila (Tabela!, Figura 03).

Independente da profundidade dos locais de coletas, as Zonas mais Próxima h Margem do rid apresentaram Pm média, maior porcentagem de areia (91%), seguido de argila (6%) e silte (3%), caracterizando um solo franco-arenoso (Tabela I e II) e com predominância de vegetação da espécie LagunrillariP rPrernaa (mangue branco), com 57,45% (Tabela IV, Figura 15). A 7nnP Mediana apresentou maior porcentagem de argila (40%), seguido de

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Marques, E. N. N — Características Climáticas 14

silte (30%) e Amin (30%), caracterizando-se Hm solo franco Argiloso (Tabela P`

II), nnrri predominância riR vegetação da espécie L. rqrPrno.ca nom 99,86%

(Tabela IV, Figura 15). A 7nnA Distal apresentou em média maior porcentagem de argila (50%), seguido de silte (36%) e areia (14%), caracterizando-se um solo argiloso (Tabela I R II), também corn vegetação predominante de L. racemnsA (50,56%) (Tabela IV, Figura 15).

Na Região!! AS Zonas Próxima A Margem apresentaram em média,

maior porcentagem de areia no solo do fundo (58%), do que na superfície (49%), riAo ocorrendo o mesmo corn A participação CIR SRI? iA Argila que assumiram valores de :(')% e 28% na superfície e 29% e 90% na profundidade de 50 cm. Na Zona Mediana A porcentagem de areia foi hem maior na

superfície (49%) do que no fundo (9%), enquanto que A participação de silte e argila foram de 49% PI 49% na profundidade R 77% e 29% na superfície. Na 7nnq Distal A fração de areia contribuiu corn 54% na superfície R a de silte anrn 21% e argila nom 95%, na amostra coletada na profundidade de 50 cm, foi obtido 45% de areia, 21% de silte e 34% de argila (Tabela!, Figura 04).

Independente da profundidade dos locais de coletas, n sedimento apresentou, nas Zonas Proxima A Margem, em media, maior porcentagem HP

areia (50%), seguida de! silte (96%) e argila (94%), caracterizando um solo franco arenoso (Tabela II), nom vegetação predominantemente de Avirennia shauPrina (mangue siriúba), corn 48,52% (Tabela IV, Figura 16). Na Zona Mediana ocorreu maior porcentagem de argila (36%), seguido de silte (35%) e areia (99%), com características de solo franco argilo-siltoso (Tabela I e II), predominando vegetação de! / agimeniaria rAcPmnsa nom 58,85% (Tabela IV, Figura 16). As zonas mais distantes da margem (Distal), apresentaram maior porcentagem de areia (49%), seguido de argila (30%) e silte (91%), nom características HP urn solo franco argiln-arenoso (Tabela I e II), predorninanrin

vegetação de L. rAcArnnsa nom 77,80% (Tabela IV, Figura 16).

Na Região Ill as Zonas Próxima à Margem apresentaram maior porcentagem de areia no solo superficial (52%) do que n de profundidade (25%). Sae e argila contribuíram com uma maior porcentagem nas amostras

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Marques, E. N. N — Características Climáticas 15

coletadas a 50 dm de profundidade (40% P 5(3/0) do que na superfície (96% 22%). Na Zona Mediana praticamente não houve diferença antra as porcentagens do componentes grAnulometricos do sold superficial (areia 19%, silte 49% P as do solo a 50 cm de profundidade (areia 19%, silte 48% R argila 40%). Na Zona Distal a variação também foi muito pequena, na superfície nom A fração de areia contribuindo com 11°./0, silte corn 57% R Argila com :17%, P A 50 cm da profundidade foi obtido 9% de areia, 48% de silte P! 4:1% da Argila (Tabela!, Figura 05).

Independente da profundidade rins locais de coletas na Zonas Próxima à Margem, obteve-se a maior porcentagem HA areia (:18%), seguido de silte (33%) e Argila (79%), caracterizando-se urn solo franco argiloso (Tabela I e II), com predominância HP vegetação de Laguncularia rAcernd.ca

corn 96,76% (Tabela IV, Figura 17). A Zona Mediana obteve maior porcentagem de silte (48%), seguido de argila (40%) RI areia (19%), caracterizando urn sold argilo-siltoso (Tabela I e II), corn vegetação predominante da espécie L. ranpmdsa corn 80,73% (Tabela IV, Figura 17). A Zona Distal, apresenta maior porcentagem de silte (50%), seguido HP Argila

(40%) e areia (10%), caracterizando um solo argilo-siltosn (Tabela I R II), corn predominância da vegetação riP AvicPnnia .chalipriena com 79,87% (Tabela IV, Fiat rA 17).

Na Região IV as Zonas Próxima ã Margem Apresentaram am rnAdiP maior porcentagem da areia a 50 cm HP profundidade (71%) do qua na

superfície (48%), enquanto ql1P silte R argila tiveram uma maior porcentagem na superfície (30% e 22%) do que a 50 cm de profundidade (18% e 11%), conforme pode ser visto na Tabela! e Figura nR.

Independentemente da profundidade dos locais das coletas As Zonas Próxima à Margem, apresentaram maior percentual CIA At-RIP (60%), seguido da silte (94%) RI argila (16%), caracterizando um solo franco Arenoso (Tabela II), nom vegetação predominante de L. ranermsa com 88,86% (Tabela IV, Figura 18).

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Marques, E. — Características Climáticas 16

Fm estudos realizados no golfo de Guayaquil, no Equador, em ArRAg expostas an fluxo HP marés, 7APATA, 1980, observou que Pm SoInS de

lama, RhfrophnrA mangle e AvicPnniP gPrminans Apresentaram um ótimo desenvolvimento enquanto que L raoamnsa e ronorarpac Prectus crescimIento

um

4.9. Matéria Orgânica e Carbono

Os resultados mostraram basicamente que houve uma maior porcentagem marliA de mataria orgânica e carbono nn solo argiloso. Na Região I, a maior porcentagem de matéria orgânica (7,04%) ocorreu na Zona Distal, bem como a de carbon() (4,09%), conforme Tabela II e Figura 07. A Região II apresentou maior porcentagem média de matéria orgânica (1,76%) e carbono (1,09%) na Zona Mediana (Tabela II, Figura 08). Na Região III As porcentagens de matéria orgânica (9,6%) e de carbono (1,37%) foram maiores na Zona Distal (Tabela II, Figura 09). Na Região IV (-Is resultados observados apresentam uma porcentagem de mataria orgânica HP 1,43% e de carbono

0,70% nas Zonas Proxima a Margem (Tabela II, Figura 10). Com relação as demais Zonas, MArliAnP e Distal, não foi possível As coletas de sedimento pm virtude da desoaracteri7A0o da ArRA em estudo.

OR resultados obtidos indicam a existência de variações nos teores de matéria orgânica e carbon() de acordo com o tipo de sedimento super-Finial ou na profundidade de 50 cm. As Zonas Próximas à Margem apresentaram sempre valores baixos tanto para matéria orgânica como para carbono, devido A ocorrência (ins regimes de mares altas que por sua vez "lava" o solo dessas zonas, oarreando para a boca do estuário a matéria orgânica R carbono existentes no Inrql.

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Marques, E. N. N. — Características Climáticas 17

Temperatura A Salinidade

nnrri relação a temperatura rin ar, observou-se pequena variações entre As estações seca (26-29°C) P chuvoso (70-97°C). Na estação chuvosa (janeiro a julho) as temperatures apresentaram variações correspondentes a 20-27°C para n Ar, de 22-24,5°C para Agua interstiniel e de 23,5°C para Ague superficial. Na época da sera (agosto a dezembro) a variação de temperature do Ar foi de 26-29°C, da Agua superficial foi de 24-27,5°C A HA Agua intersticial foi HP 23-26,5°C (Tabela 1H, Figures 11 e 12).

Ambientes estuArinos são caracterizados por suas Aguas Apresentarem Ample variações de sAlinidAde, sendo em gem!, mais baixas do que a de 7nne costeira (-1H oceânica, porém em determinados locais pode ser mais elevada em função de baixas precipitações R alta evaporação (KINNFR, 1967). Além disso, estas variações de salinidade estão também associadas com as estações do ano, volume de descarga fluvial, drenagem terrestre, salinidade do mar adjacente e des amplitudes de mares.

A salinidade Apresentou valores distintos, dependendo da Região de coleta. Os valores riR salinidade HA ag1HA superficial e intersticial forem em média mais elevados na Região H, nom valores médios de 44 a 45D/00 respectivamente, do que aqueles observados nas outra Regiões (Tabela III, Figure 13) A Região IH apresentou as médias de salinidade mais baixas com

8%o na Agua superficial e 13%0 na Agua intersticial (Tabela III, Figura 14). Aguiar (1973) observou que a influência da penetração da ague do mar atinge ate 30 Km anime da foz do Rio Jaguaribe. OLIVEIRA (1976) encontrou variações de salinidade de 1,6 a =5,9%o em região próxima a boca do rio, send() os valores extremos foram obtidos em épocas de SPCA e chuvoso, respectivamente. MOTA .ALVES & SOARES-FILHO (1991) ohsPrvnrArn variações durante o período das chuvas de 0,8 A 7,3%0 A no período seco de 1,5 a 2,8%0 na ponte Juscelino Kubischek (Area IV). Posteriormente SOARES-FILHO (1996) encontrou valores de salinidade máximo de 38%0 e mínimo de 0,0%0, com média do 25,5%0 na Área I e II.

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Marques, E. N. N — Características climáticas 18

5. CONCLIJSÃO

r.nrn base nos estudos realizados, podemos concluir sobre A região estudada do manguP7al do Rio JaguaribP, n seguinte:

• (-) solo das Zonas Próximas da Margem do rio, independentemente da região e profundidade, apresentaram maior porcentagem de areia, enquanto que o solo das Zonas Distais apresentaram maim- percentual de argila; • (-) solo apresentou coloração escura, dnrn alto teor de matéria orgânica. A esta compreende os resíduos de vegetais R animais presentes nn Rolo em diversos estados de decomposição. Como o carbono é um constituinte obrigatório da matéria orgânica, solos com teores mais elevados de matéria orgânica acarretaram Pm maior porcentagem de carbono;

• Houve urna maior quantidade no percentual médio HA' matéria orgânica e carbono Prn solos argilosos;

• As temperaturas do ar, água superficial r; intersticial, não apresentaram grandes variações, mantendo-se numa faixa, razoavelmente Pita, de 73,5°C. - 79,0°C;

• A salinidade apresentou grande oscilação, variando HA 8cY00 - 46%0 dependendo da Região Ha coleta,

• As espécies vegetais ronnnarpi erertu (mangue manso) e Rhinlphrv-P mangle (mangle vermelho) não estiveram presentes nas Regiões Ill e IV. AviePrinia Rhai/Priana (mangue siriúba) e / agurrillaria raremdsa (mangue branco) foram presentes em todas as regiões estudadas.

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Marques, E. N N — Características Climáticas 19

REFERENICIAS BIBLIOGP,AFICAS

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(21)

Marques. E. N. N. — Características Climáticas 21

SUMARIO

O presente trabalho foi realizado nn mangt JAzal do Rio .lagi 1Prihe (Ceará - Brasil), no período de agosto de 199 A dezembro HP 1996 e tAVA por objetivo fornecer informações snhm as características climáticas (temperatura), hihrrOgicPs (temperatura, salinidade intersticial e superficial) e sPdimentothgica (g_rPnitinmetriP, textura, teores ciP carbono e mPtAriP orgânica, na superfície e A Lu-na profundidade rip 50 cm), rRIPninnAndn com p vÃotar;;Ao OP mangue presente nas regiões onde foram realizadas as coletas.

(22)

ZONAS

3

areia 1silte argila argila argila

Su erficie Fundo Geral

silte

areia areia silte

TABELA I - Classificação granulométrica CYO do solo do manguezal do Rio

Jaguaribe (Ceará - Brasil).

Características média do solo REGIÃO I Boca do estuário

Margem 86 4 10 96 2 2 91 3 6

Mediana 42 27 31 19 34 47 30 30 40

Distal 18 35 47 10 36 54 14 36 50

REGIÃO II Re ião inferior

Margem 42 30 28 58 22 20 50 26 24

Mediana 49 22 29 9 49 42 29 35 36

Distal 54 21 25 45 21 34 49 21 30

REGIÃO HI (Região média)

Margem 52 26 22 25 40 35 38 33 29

Mediana 12 49 39 12 48 40 12 48 40

Distal 11 52 37 9 48 43 10 50 40

REGIÃO IV (Região superior)

(23)

TABELA II - Características do solo do manguezal do Rio Jaguaribe (Ceará -

Brasil) .

ZONAS SUB

ÁREA

SEDIMENTOS DO MANGUE

SUPERFÍCIE FUNDO GERAL

textura Carb (%) M.0 (%) textura Carb (1)/0) M.0 (%) Textur a Carb (cY0) M.0 (%)

REGIÃO I (Boca do estuário)

Proximo a margem 1 3 F. Ar F. Ar 0,44 1,21 0,76 2,09 F. Ar Ar 0,10 0,46 0,17 0,79 F. Ar F. Ar 0,27 0,84 0,46 1,44 Mediana 5 6 F. Arg F. Arg 2,82 2,97 4,86 5,12 Arg Arg 3,91 3,54 6,74 6,10 F. Arg F. Arg 3,36 3,26 5,80 5,61

Distal 9 Arg 4,22 7,27 Arg 3,95 6,81 Arg 4,09 7,04

REGIÃO II (Região inferior)

Proximo a Margem 1 3 F. Ar Arg. Silt 0,46 0,84 0,79 1,45 F. Ar F. Ar 1,28 0,89 2,21 1,53 F. Ar F. Ar 0,87 1,06 1,50 1,49 Mediana 4 F. Ar 1,02 1,76 Arg. Silt 1,03 1,77 F. Arg. Silt. 1,02 1,76

Distal 7 F. Ar 0,68 1,17 F. Arg 0,53 0,91 F. Arg.

Ar.

0,60 1,04

REGIÃO HI (Região média)

Proximo a margem 1 F. Arg Ar. 0,84 1,45 F. Arg 1,69 2,92 F. Arg 1,26 2,18 Mediana 4 F. Arg. Ar 1,44 2,50 Arg. Silt 0,67 1,15 Arg. Silt 1,06 1,82 Distal 7 F. Arg. Silt 1,25 2,15 Arg. Silt 1,49 2,56 Arg. Silt 1,37 2,36

REGIÃO IV* (Região superior)

proximo 1 F. Ar 0,3 0,45 Ar 0,09 0,17 F. Ar 0,2 0,31

a 2 F. Ar 1,07 1,84 F. Ar 0,60 1,03 F. Ar 0,83 1,43 margem 3 Arg. 2,29 1,39 F. Ar 0,9 1,04 Arg. 1,03 1,21

Silt Silt

* Neçta rei n mangue se restringe a uma neauena faixa não sendo nossivel considerar as regiões

mediana e distal.

Ar_ = Arenoso; Arg. = Argiloso; Arg. Silt. = Argilo-siltoso; F. Ar. = Franco arenoso; F. Arg. = Franco argiloso; F. Arg. Ar. = Franco argilo-arenoso; F. Arg. Silt. Franco argilo-siltoso.

(24)

TABELA III - Dados referentes a temperatura (°C) e salinidade (%0) do

manguezal do Rio Jaguaribe(Ceará - Brasil).

AR AMOSTRAS

TEMPERATURA (°C) ÁGUA

SALINIDADE (%0)

superficial Intersticial superficial intersticial

REGIÃO I (Boca do estuário

1 (22/08/95) 2 (22/08/95) 33,0 26,0 3 (22/09/95) 29,0 27,5 25,0 38,0 26,0 4(22/09/95) 27,0 25,0 36,0 35,0 5 (26/09/95) 26,0 27,0 26,5 33,0 35,0 6(26/09/95) 25,5 38,0 41,0 7 (27/09/95) 27,0 26,5 25,0 36,0 35,0 Valores médios 27,3 26,7 25,4 37,0 35,3

REGIÃO H (Região inferior)

1 (24/10/95) 42,0 2(15/11/95) 24,0 46,0 3 (15/11/95) 24,5 46,0 4(15/11/95) 45,0 5 (21/11/95) 24,0 23,0 43,0 45,0 6 (21/11/95) 28,0 25,0 24,5 45,0 46,0 Valores médios 28,0 24,5 24,0 44,0 45,0

REGIÃO III (Região média)

1(17/01/96) 20,0 23,5 22,0 8,0 13,0

2(13/02/96) ---- ---- ---- 13,0

3 (21/03/96) 27,0 ---- 24,5 ---- 13,0

Valores médios 23,5 23,5 23,2 8,0 13,0

REGIÃO0 IV (Região superior)

1 (22/10/96) 2(18/12/96) 27,0 26,0 ---- 24,0 --- ---- 10,0 14,0 14,0 Valores médios 27,0 26,0 24,0 10,0 14,0

(25)

TABELA IV - Espécie de mangue encontradas no manguezal do Rio Jaguaribe (Ceará - Brasil). ESPECIES (1)/0) ZONAS Avicennia germenans Avicennia shaueriana Conocarpus erectus Lag-uncularia racemosa Rhizop hora mangle TOTAL REGIÃO I Boca do estuário

próximo i

margem 5,22 31,24 57,45 6,10 100,00

Mediana 3,17 92,66 4,24 100,00

Distal 14,54 50,56 34,85 100,00

REGIÃO II (Região inferio próximo A

margem

5,94 48,52 43,21 11,32 100,00

Mediana 21,18 21,07 56,85 0,96 100,00

Distal 22,40 77,60 100,00

REGIÃO ifi (Re2ião médi próximo i margem 3,24 96,76 100,00 Mediana 39,27 60,73 100,00 Distal 72,87 27,12 100,00 REGIÃO IV Re On su erior próximo i 11,14 88,86 100,00 margem

(26)

' it I E.5_ .1 Salinas Ilha dos , I Veados -,7llha do ' Caldereiro Oceano Atl'Sntico o ---,Fortaleza _4° S. 4. '‘, racati - ,-_ --- 5° "--__ CEARA / H i l 5:5 1 4 1. ,_..1 , PB . L,----. ) / PE N, ..:: ...,,,, PI O _ 20 ° _ 30 ° _40° .50° 10° 00 10° 'Arnéricat do Sul 50- f L Viçosa Ilha do Pinto Lal Campo de P Po BR 304 Uha as Pedras Ara cati 94 — 96 94 — 94 ICI 1 2 3 4 5,Okr, Escala 0.5: 100.000 cm 50 630 632 634 636 638 640 41° 400 39° 38° 370 90° 80 ° 60° 50° 40° ,O06,ariot'Atra • • T,5f75". .-.37,43-4,5 .555 / \ -- \ ant /Barr Pedra - Chda°460 _fi

1). ,-fina It-C a 94 G raalde - d s 95 —14 95 — 12 95 — 10 95 — OR 95 — 06 95 —04000'44 4°30' _ 02 95 — 00 94 98

FIGURA 01 - Mapa do manguezal do Rio Jaguaribe (Ceará -Brasil),

destacando a Região I (Boca do Estuário), Região ll (Inferior), Região III (Média) e Região IV (Superior), onde foram realizadas as coletas.

(27)

solo de fundo da zona distal 10% 36% O areia O elite argila 47% 34% 96%

solo de fundo da zona marginal solo de fundo da zona mediana

2% 2% 19%

solo de superfice da zona marginal solo de superfície da zona mediana solo de superfície da zona distal

10%

4% 18%

47%

86% 27%

(28)

54%

solo de superfície da zona marginal solo de superfície da zona mediana solo de superfície da zona distal

25%

21%

solo de fundo da zona marginal solo de fundo da zona mediana solo de fundo da zona distal

20% 9%

45% CI areia silte El argila

(29)

solo de superficie da zona marginal

22%

52% 26%

solo de superficie da zona mediana solo de superfície da zona distal

11%

52% 12%

solo de fundo da zona marginal solo de fundo da zona mediana solo de fundo da zona distal

12% 9%

43%

areia 111 silte O argila

(30)

solo de superfície da zona marginal solo de fundo da zona marginal

11%

O areia O elite O argila

(31)

4=11=zr 4 - 3,5- 3- 2,5- -o- 0,5 o margem m a tér ia o rg -an ic a( %) 6 5 5-v '5-V7 4

7:7

distal superfície ED 50 cm

mediana distal margem mediana

FIGURA 07 - Teores de carbono (%) e matéria orgAncia (%) na superfficie e na profundidade de 50 cm no solo das zonas referentes a Area I.

margem

FIGURA 08 - Teores de carbono (%) e matéria orgAncia (%) na superfficie e na profundidade de 50 cm no solo das zonas referentes a Area II. C) 1 1,4Z' 1,2-7 Y

.

15

0,8-7 .cs

0,6-7 • 0,4-7 0,2-7 0

r

.1-21 distal margerri medial-ha

(32)

m a tér ia o rg ân ica (%) 3 5 2 1,5 1 0,5 o

margem mediana distal

margem

FIGURA 09- Teores de carbono (%) e matéria orgância (%) na superfície e na profundidade de 50 cm no solo das zonas referentes a Area 1111.

1.2 1 0,8 o o c

e

co 0 0,6 0,4

FIGURA 10- Teores de carbono (%) e matéria orgAncia (%) na superfície e na profundidade de 50 cm no solo da zona referente a Area IV. distal

mediana

margem Margem

o superfície fj 50 cm

(33)

superficial intersticial AGUA AR 22 superficial intersticial ÁGUA AR te mp er atu rar C) 28 27 ./ 26 25

7

24

7

23 temp e ra tu rar C) 27,5 27 26,5 26 25,5 24,5 24 25

01

40111111110 27

All

26 :t 25 o. 2 23 22 41 2 Uperficial intemticW AGUA AR Superfioial intersticial AGUA AR 24 21 18 15 12 9 6 te mp era tur ar C) 3

FIGURA 11 - Valores médios de temperaturas(°C) do ar, da égua superficial e intersticial, referentes a Area I e Area II.

(34)

superficial intersticial 45 44,5 44 43,5 15 ,,,,1111111,,1111111im1111 sa lin ida de( %o ) 10 _ Superficial intersticisi AGUA ,11,',11i1111111111iiIII1111 15"."

e

10 ns E 5 co Superfibial intertidal AGUA 11111111111111111 o sa l in ida de( %0 ) sa l in i da de( %0 ) superficial intersticial AGUA AGUA

FIGURA 13 - Valores médios de salinidade (Too) da água superficial e intersticial, referentes a Area I e Area U.

(35)

o Avicennia germenans o Avicennia shaueriana Conocarpus erectus o Laguncularia racemosa o Rhizophora mangle

FIGURA 15 - Percentagem (/o) da vegetação do mangue presente nas zonas da Area I.

FIGURA 18 - Feroehtagem (To) chi vegetaçAo do rriaogüe Oreaehto na S zohaS da Area II.

4% 3%

93%

zona mediana

15%

zona distal

zona marginal zona mediana

10% 5%

78%

zona distal

6% 5%

(36)

3%

zona marginal zona mediana zona distal

FIGURA 17 - Percentagem (/o) da vegetação do mangue presente nas zonas da Area III.

11% 89% o Avicennia germenans o Avicennia shaueriana ~~Conocarpus erectus o Laguncularia racemosa o Rhizophora mangle

Referências

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