• Nenhum resultado encontrado

Aptidão física e o rendimento escolar: influência e interação em alunos do ensino secundário

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Aptidão física e o rendimento escolar: influência e interação em alunos do ensino secundário"

Copied!
70
0
0

Texto

(1)

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Relatório de Estágio

APTIDÃO FÍSICA E O RENDIMENTO ESCOLAR:

INFLUÊNCIA E INTERAÇÃO EM ALUNOS DO ENSINO

SECUNDÁRIO

Mestrando(a): Rui Filipe Pinto Monteiro

Supervisor(a): Professor Doutor Francisco Saavedra Orientador(a) cooperante: António Lírio

(2)

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

APTIDÃO FÍSICA E O RENDIMENTO ESCOLAR:

INFLUÊNCIA E INTERAÇÃO EM ALUNOS DO ENSINO

SECUNDÁRIO

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro VILA REAL, 2013

(3)

Este relatório de estágio foi apresentado à UTAD, no DEP – ECHS, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Ensino da Educação Física dos Ensinos Básico e Secundário, cumprindo o estipulado na alínea b) do artigo 6º do regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de Estudo em Ensino da UTAD, sob a orientação do Professor Doutor Francisco Saavedra.

(4)

iii

AGRADECIMENTOS

Concluída mais uma etapa no meu percurso académico, é tempo de recordar todos aqueles que contribuíram de alguma forma para o meu sucesso, para a minha formação académica, mas também para a minha formação como Homem. Assim, deixo o meu especial e sincero agradecimento:

Aos meus pais, Rosa e Emídio, por todos os valores que me transmitiram desde sempre. Por toda a força que me deram nos momentos mais difíceis, por todos os sacrifícios que fizeram para que nada me faltasse durante este percurso. Sem eles a minha existência não seria possível, um muito obrigado por tudo. Orgulho-me muito de vós!

À namorada Isabel, por todo o apoio prestado, pela compreensão, carinho e por sempre ter acreditado nas minhas capacidades como professor. Foi um longo e duro percurso, separados por alguns Kms, mas sempre com um apoio muito próximo. Ao Professor Doutor Francisco Saavedra, meu supervisor da UTAD, pela disponibilidade demonstrada ao longo deste ano de estágio, pelo apoio incondicional, pela transmissão de vivências e ensinamentos tão úteis neste ano de estágio.

Ao Dr. António Lírio, meu orientador da escola, pela disponibilidade que teve durante este ano de estágio, pelos ensinamentos que transmitiu e que permitiram tornar-me num melhor profissional, que me fizeram evoluir como professor.

Aos meus companheiros do núcleo de estágio, da escola secundária da Lixa, Flávia Lima e Nadine Coelho, pelo companheirismo, espírito de sacrifício, amizade e também por toda a partilha de conhecimentos. Foi um ano duro e longo, muitas horas juntos, mas valeu a pena!

Ao diretor do agrupamento de escolas da Lixa, Professor Armindo, pela forma como nos recebeu na escola e pela disponibilidade desde sempre demonstrada.

A todos os professores do grupo de educação física da escola, pela ajuda, colaboração na recolha de dados para a realização do meu estudo, bem como pelos conselhos dados para a lecionação das minhas aulas.

A todos os meus amigos, que me acompanharam neste percurso académico, em especial ao Armando Teixeira, Daniel Fernandes, Nuno Queirós, Joana Soares, Ana Vaskinha, Sara Vieira, Petra Barradas.

Ao Alexandre Rodrigues, grande amigo, que me acompanhou durante estes anos, companheiro de casa – Vila Real. Obrigado pelo apoio e não esquecerei todos os episódios caricatos vividos naquela casa.

(5)

iv

Por fim, e não menos importante, a toda a minha família, que sempre acreditou em mim, e que esteve presente quando foi necessário. Em especial, aos meus avós e padrinho.

A todos vocês, um especial e sincero agradecimento, por terem contribuído para a minha formação e me fazerem ultrapassar com sucesso os obstáculos deste longo e difícil percurso.

(6)

v

ÍNDICE GERAL

AGRADECIMENTOS ... iii

ÍNDICE GERAL ... v

ÍNDICE DE TABELAS ... vii

ÍNDICE DE FIGURAS ... viii

ÍNDICE DE ABREVIATURAS ... ix RESUMO ... x 1.INTRODUÇÃO ... 1 2.ENQUADRAMENTO ... 4 2.1 – GEOGRÁFICO ... 4 2.2 – INSTITUCIONAL ... 4

PARTE 1 – RELATÓRIO DE ESTÁGIO ... 6

I - ATIVIDADES DE ENSINO APRENDIZAGEM ... 7

1.1 - UNIDADES DIDÁTICAS ... 7

1.2 - PLANOS DE AULA ... 10

1.3 - PRÁTICA PEDAGÓGICA SUPERVISIONADA ... 10

II – ATIVIDADES DE RELAÇÃO ESCOLA-MEIO ... 14

2.1 - ESTUDO DE TURMA ... 14

2.2 - ATIVIDADES NA ESCOLA ... 24

2.2.1 - ATIVIDADES INTERNAS ... 24

2.2.2 - DESPORTO ESCOLAR ... 29

2.2.3 - REUNIÕES... 29

III - TAREFAS DE ESTÁGIO DE EXTENSÃO À COMUNIDADE ... 30

3.1 - AÇÃO DE FORMAÇÃO - CONGRESSO “ A ESCOLA, HOJE!” ... 30

3.1.1 - TEMA DESENVOLVIDO ... 30

3.1.2 - ESTRATÉGIAS DE APRESENTAÇÃO ... 30

3.1.3 - RELATÓRIO ... 31

PARTE 2 – ESTUDO DESENVOLVIDO ... 32

(7)

vi

4. BIBLIOGRAFIA ... 44

5. ANEXOS ... 47

Anexo 1: Exemplar de uma Unidade Didática ... 48

Anexo 2: Exemplar de um Plano de Aula - Práticas ... 52

Anexo 3: Exemplar de um Plano de Aula - Teóricas ... 54

(8)

vii

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Caraterização da Amostra ... 16

Tabela 2 - Idade dos Alunos ... 17

Tabela 3 - IMC dos alunos ... 17

Tabela 4 - Local de Residência ... 18

Tabela 5 - Instrução dos Pais ... 19

Tabela 6 - Gosto pela Educação Física ... 20

Tabela 7 - Divisão da , , , C , , ... 35

Tabela 8 - Procedimentos de avaliação e medida efetuados (dimensão, componente, teste). ... 35

Tabela 9 - Aptidão física da amostra [frequência absoluta (n), frequência relativa (%), ... 37 - R , R , A , (±s)].38 - C A N A , , , , , SA, RE, C R , A , esvio padrão (±s)]. ... 38 - R E , , ... 39

Tabela 13 - Correlações entre as variáveis: IMC, vaivém, abdominais, flexões, SA D , SA E RE C S ’ h , S â ... 40

Tabela 14 - Informação Geral da U.D ... 49

Tabela 15 - População alvo ... 49

Tabela 16 - Caraterização dos Recursos ... 49

Tabela 17 - Estruturação dos Conteúdos ... 50

Tabela 18 - Métodos de Controlo do Processo ... 50

Tabela 19 - Critérios de Avaliação Geral ... 50

(9)

viii

ÍNDICE DE FIGURAS

Fig. 1 - Gráfico e Tabela dos Encarregados de Educação ... 18

Fig. 2 - Gráfico e Tabela Situação Conjugal dos Enc. Educação ... 19

Fig. 3 - Gráfico e Tabela do Meio de Transporte Casa - Escola ... 19

Fig. 4 - Gráfico e Tabela das Disciplinas Preferidas ... 20

Fig. 5 - Gráfico e Tabela das Disciplinas com mais dificuldade ... 20

Fig. 6 - Gráfico e Tabela da Motivação para a Educação Física ... 21

Fig. 7 - Gráfico e Tabela das Modalidades Favoritas ... 21

Fig. 8 - Gráfico e Tabela das Modalidades com mais dificuldade ... 22

Fig. 9 - Gráfico e Tabela dos Tempos livres dos alunos ... 22

(10)

ix

ÍNDICE DE ABREVIATURAS

AF – Atividade Física

CLDE – Coordenação Local do Desporto Escolar DE – Desporto Escolar

DGE – Direção Geral de Educação

DREN – Direção Regional Educação do Norte IMC – Índice de Massa Corporal

MEC – Ministério da Educação e Ciência PA – Plano de Aula

PAA – Plano Anual de Atividades

PPS – Prática Pedagógica Supervisionada RE – Rendimento Escolar

UD – Unidade didática

(11)

x

RESUMO

O presente relatório é elaborado no âmbito do estágio de intervenção profissional da UTAD, com vista à obtenção do grau de Mestre em Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário.

O documento encontra-se dividido em 2 grandes capítulos: o primeiro diz respeito ao relatório de estágio propriamente dito, onde são apresentadas as atividades de ensino aprendizagem (unidades didáticas, planos de aula e práticas pedagógicas supervisionadas), as atividades de relação escola-meio (estudo de turma e atividades na escola – desporto escolar e reuniões) e ainda as tarefas de estágio de extensão à comunidade (ação de formação – “A , h j !” ; capítulo diz respeito ao estudo desenvolvido, “Aptidão Física e o Rendimento Escolar: á ”, inicialmente é exposta a fundamentação teórica sobre esta temática e posteriormente apresentados e discutidos os resultados obtidos.

Relativamente aos objetivos da elaboração deste documento, do ponto de vista geral pretende ser um resumo de toda a atividade desenvolvida ao longo do ano de estágio. Do ponto de vista mais específico, pretende-se que relate com maior pormenor as atividades e tarefas de estágio, desde a elaboração de unidades didáticas e respetivos planos de aula, inerentes às práticas pedagógicas supervisionadas, bem como das atividades de relação escola-meio, e ainda das atividades de extensão à comunidade.

(12)
(13)

Relatório de Estágio – Rui Monteiro | 2013

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário

2

1. INTRODUÇÃO

O processo de estágio de intervenção profissional é o momento de transição entre a universidade – formação académica, para a vida na escola do futuro professor. Neste processo, para além do estagiário, existe um docente supervisor da universidade que faz a supervisão do processo de estágio e orienta também nas tarefas que o estagiário tem que realizar para a universidade. Além disso, existe ainda o docente orientador cooperante, que presta um auxílio muito próximo ao estagiário, sendo ele que acompanha diariamente a vida deste na escola.

Desta forma, esta etapa visa ser uma fase da formação académica, onde se pretende que o estagiário possa vivenciar a realidade da escola, sendo o momento em que este deverá aplicar o conhecimento que adquiriu durante a passagem pela faculdade. Constata-se que n á “ ” estudadas até à exaustão durante a faculdade, pelo que, o estagiário terá a necessidade de se adaptar às situações e atuar de forma a ultrapassar os obstáculos que vão surgindo durante o percurso de estágio.

Nem sempre o estagiário é capaz de dar a melhor resposta a todas as situações, principalmente na fase inicial de estágio, pelo que o papel do docente orientador cooperante é fundamental para dar suporte e auxílio ao estagiário.

Neste documento, serão apresentadas e discutidas grande parte das tarefas desenvolvidas pelo estagiário ao longo do ano letivo, durante o estágio.

Desta forma, o documento encontra-se estruturado de uma forma lógica, sendo dividido em dois grandes capítulos, em que o primeiro diz respeito ao relatório de estágio propriamente dito e o segundo capítulo está relacionado com o estudo desenvolvido ao longo do ano e apresentado publicamente num congresso.

Relativamente ao primeiro capítulo, é feita uma divisão em 3 subcapítulos, sendo eles: (1) Atividades de Ensino Aprendizagem, onde são abordados assuntos relacionados com a elaboração e utilidade das unidades didáticas e também dos planos de aula, e por fim apresentar também a temática daquilo que chamamos de práticas pedagógicas supervisionadas. (2) Atividades de relação escola-meio, onde se irá abordar e clarificar as tarefas desenvolvidas pelo estagiário e que ultrapassam o contexto das aulas, nomeadamente o estudo de turma, as atividades do desporto escolar e ainda as diferentes reuniões em que, como professor estagiário, participei. (3) Tarefas de Estágio de Extensão à Comunidade, onde é apresentado o tema desenvolvido no estudo de cariz científico, bem como as estratégias de apresentação e ainda os resultados obtidos, isto é, um balanço da elaboração e apresentação deste mesmo estudo.

(14)

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário

3

No que diz respeito ao segundo capítulo, é nele que é apresentado o estudo , “A R E r: Influência e á ”

Deste modo, inicialmente são apresentados os pressupostos teóricos e que demonstram o estado do conhecimento acerca desta temática. Posteriormente, é apresentada a metodologia utilizada na realização deste estudo. Seguidamente, os resultados obtidos são apresentados e discutidos à luz da literatura consultada, e por fim, são apresentadas as conclusões retiradas com a elaboração deste estudo.

Posto isto, a elaboração deste documento, do ponto de vista geral, visa ser um resumo de toda a atividade desenvolvida ao longo do ano de estágio de intervenção profissional.

Do ponto de vista mais específico, pretende-se que este relate com maior pormenor as atividades e tarefas de estágio, desde a elaboração de unidades didáticas e respetivos planos de aula inerentes às práticas pedagógicas supervisionadas, bem como das atividades de relação escola-meio, e ainda das atividades de extensão à comunidade.

(15)

Relatório de Estágio – Rui Monteiro | 2013

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário

4

2. ENQUADRAMENTO

Nesta fase inicial, é feito um enquadramento, que permita fazer uma caraterização do contexto em que é realizado o estágio. Deste modo, primeiramente é apresentado um enquadramento do ponto de vista geográfico, onde é apresentada e caraterizada a região envolvente à cidade onde se encontra a instituição de ensino.

Seguidamente é apresentada uma breve caraterização do agrupamento a que pertence a instituição de ensino.

2.1 – GEOGRÁFICO

Do ponto de vista geográfico, este estágio foi realizado em Portugal continental, na região norte do país, no distrito do porto, concelho de Felgueiras, mais concretamente na cidade da Lixa. Esta cidade pertence ao município de Felgueiras, que atualmente é composto por 32 freguesias, com uma área de 116 km2, com uma população de aproximadamente de 60 000 habitantes.

Este município1, situado na região do Vale do Sousa tem como principais tradições o pão-de-ló, os bordados, o vinho verde, e o famoso calçado que, em termos de mercado, representa cerca de 50% da exportação a nível nacional.

2.2 – INSTITUCIONAL

O Agrupamento de Escolas da Lixa é constituído por 4 jardins-de-infância (158 alunos), 5 centros escolares – 1ºciclo (533 alunos), 1 escola básica – 2º e 3º ciclos (960 alunos) e 1 escola secundária – 3º ciclo e secundário (961 alunos).

Em termos de recursos humanos, o agrupamento é composto por 78 funcionários (assistentes operacionais, administrativos, etc.) e também por 236 docentes, distribuídos pelos diferentes ciclos de ensino e anos de escolaridade.

No que diz respeito à escola secundária da Lixa, especificamente no que se refere à oferta educativa do ensino secundário, os alunos têm à sua disponibilidade cursos cientifico-humanísticos, bem como cursos de carácter profissional. Na primeira via de ensino, existe o curso de ciências e tecncologias e ainda o curso de humanidades. Relativamente à segunda via de ensino, existem os seguintes cursos técnicos: gestão de equipamentos informáticos; comércio; eletrotecnia, animação sociocultural; auxiliar protésico; multimédia; apoio psicossocial; higiene e segurança no trabalho.

1

(16)

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário

5

No que concerne à organização hierárquica do agrupamento, este pertence à Direção Regional de Educação do Norte (DREN), que por sua vez está integrado na Direção Geral de Ensino (DGE), abarcada pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC).

(17)
(18)

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 7

Neste primeiro capítulo, são abordadas as principais atividades desenvolvidas durante o estágio de intervenção profissional. Assim, como referido anteriormente, será feita uma abordagem às atividades de ensino aprendizagem, às atividades de relação escola-meio, bem como às tarefas de estágio de extensão à comunidade.

Posto isto, segue-se o desenvolvimento de cada um dos parâmetros apresentados. I - ATIVIDADES DE ENSINO APRENDIZAGEM

As atividades de ensino aprendizagem são a principal tarefa do professor, e é através destas que os nossos alunos podem adquirir novas aprendizagens.

Ao abordar este tema, é frequente que o senso comum faça uma associação direta e imediata à aula propriamente dita. Contudo, o trabalho do professor começa muito antes da aula, isto é, há a necessidade de um trabalho prévio, “ ”, de planeamento, que posteriormente permitirá a aplicação das atividades de forma correta e que levem à aprendizagem dos alunos.

Assim, de seguida passo a explicar cada uma das tarefas a desenvolver pelo professor, durante o trabalho de bastidores, tais como: elaboração das unidades didáticas; produção dos planos de aula, que resultará nas práticas pedagógicas supervisionadas.

1.1 - UNIDADES DIDÁTICAS

As unidades didáticas (UD), de acordo com Aranha (2004), são compostas por um conjunto de informações de cada atividade física ou modalidade a lecionar, às quais podemos também de denominar de programa específico ou documento orientador. Assim, de acordo com o mesmo autor, este documento orientador deverá estar estruturado (anexo 1) de forma a incluir 6 grandes grupos, sendo eles: (1) População-alvo; (2) Recursos; (3) Objetivos; (4) Estruturação (sequencialização) de conteúdos; (5) Métodos de Controlo do Processo; (6) Estratégias de Abordagem da UD.

No que diz respeito ao primeiro ponto, é nesta fase que devemos mencionar informações tais como o grau de ensino da turma, o nº de alunos, o nº de alunos de cada género, as suas idades, bem como outras informações que possam ser importantes para a caraterização da turma em questão.

(19)

Relatório de Estágio – Rui Monteiro | 2013

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 8

Relativamente ao ponto dois, deve dividir-se os recursos em:

 Materiais: onde referimos as instalações (exemplo: 1/3 pavilhão), bem como os materiais móveis (exemplo: 10 bolas, 15 coletes e 20 sinalizadores).

 Temporais: é mencionado o tempo que temos disponível para a lecionação da UD (exemplo: 10 aulas – 6 de 90 minutos e 4 de 45 minutos)

 Humanos: onde se refere o nº de assistentes operacionais que estão disponíveis para a educação física, que podem influenciar o decorrer normal das aulas.

Quanto ao ponto três, deve fazer-se uma descrição dos objetivos, para cada um dos 3 domínios de avaliação da educação física, que são eles:

 Domínio Socio-Afetivo: são retirados do programa de educação física e estão relacionados com a atitude dos alunos perante os colegas e a modalidade. (exemplo: coopera com os colegas e respeita as decisões dos colegas e árbitros).

 Domínio Cognitivo: também eles retirados do programa de educação física e relacionado com o conhecimento dos alunos sobre a modalidade (exemplo: regras, sinalética árbitros, etc.).

 Domínio Psicomotor: também denominados de objetivos comportamentais terminais, são retirados do programa de educação física e dizem respeito ao que o aluno deve ser capaz de realizar/executar, no final da UD.

Passando agora para o ponto quatro, é nesta fase onde devemos estruturar os conteúdos que temos para abordar nas diferentes aulas, de forma aleatória. Deste modo, cada objetivo comportamental terminal corresponde a um conteúdo. Posteriormente, cada um deles irá corresponder a um objetivo específico para cada aula.

Quando falamos em sequencializar os conteúdos, devemos organizá-los por aula, por ordem de acontecimento, devendo obedecer a uma lógica.

No que diz respeito ao ponto cinco, devemos esclarecer de forma explícita, o modo como iremos proceder para realizar os diferentes momentos de avaliação, isto é, diagnóstica, formativa e sumativa.

Por fim, no que se reporta ao ponto seis, é nesta fase onde deverão ser mencionadas as estratégias de atuação do professor, de modo a que a aprendizagem dos alunos seja atingida, isto é, o modo organização da aula, dos exercícios, dos alunos, etc.

(20)

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 9

Convém ainda referir, que as estratégias não devem ser levadas à risca, isto é, nem todas as estratégias resultam sempre da mesma forma, há que saber adequar as estratégias à turma em questão. Assim, e de acordo com Aranha (2004), podemos afirmar que não existem estratégias corretas ou erradas, mas sim corretamente/incorretamente aplicadas.

Apresentada a estrutura das UD, é tempo agora de mencionar as UD elaboradas e lecionadas durante o ano de estágio.

Assim, para ambas as turmas, ao longo deste ano letivo elaborei 6 UD. Das quais 4 delas foram elaboradas e lecionadas por mim, enquanto as outras 2, foram apenas elaboradas* por mim, mas lecionadas pelo docente orientador, uma vez que foram no início do ano letivo, fase esta em que me encontrava a realizar as observações ao docente orientador.

Deste modo, as UD para a turma do 10º ano, dizem respeito às seguintes modalidades:

a) Aptidão Física* - 6 aulas2 b) Voleibol* - 8 aulas

c) Ginástica I – 8 aulas d) Badmínton – 7 aulas e) Danças Sociais I – 2 aulas

f) Atividade Física/Contextos e Saúde I (teórica) – 2,5 aulas

Relativamente à turma do 11º ano de escolaridade, foram abordadas as seguintes modalidades:

a) Aptidão Física* - 6 aulas b) Basquetebol* - 8 aulas c) Ginástica II – 8 aulas d) Patinagem – 7 aulas

e) Atividade Física/Contextos e Saúde II (teórica) – 2,5 aulas f) Danças Sociais II – 2 aulas

(21)

Relatório de Estágio – Rui Monteiro | 2013

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 10

1.2 - PLANOS DE AULA

O plano de aula (PA) é o documento que orienta a ação do professor para cada uma das aulas que leciona. Este deverá ser elaborado de forma cuidada, para que a aula se desenrole de forma positiva.

Assim, este deve apresentar a seguinte estrutura (anexo 2): a) Identificação da Escola

b) Identificação do professor

c) Informações da aula (data, hora, ano e turma, nº aula UD, nº total de aulas) d) Recursos (instalações, materiais)

e) Modalidade

f) Objetivo Específico da Aula g) Função didática

h) Conteúdos a abordar i) Objetivos operacionais

De acordo com Aranha (2004), na primeira parte do PA deverão constar as informações iniciais, seguidas do número de objetivos operacionais, referindo para cada um deles a ação, o contexto e os critérios de êxito.

Posto isto, na segunda parte, deverá constar a sequência da aula, onde para além dos objetivos operacionais, devem também ser mencionados os períodos de instrução, organização, transição. Um outro dado que deve constar nesta fase diz respeito ao tempo dedicado a cada uma destas tarefas.

Uma nota que é importante salientar, prende-se com a estrutura do PA para os módulos teóricos, que assume assim pequenas alterações na sua estrutura (anexo 3), pois a organização da aula, bem como dos seus objetivos são também diferentes. Assim, podemos a admitir que o PA é um documento fundamental para o sucesso da aula, pois nele a aula está planeada ao pormenor, contudo, existem imprevistos que podem suceder durante a aula, que nos podem a levar a tomar decisões que alterem a sequência normal do plano de aula.

1.3 - PRÁTICA PEDAGÓGICA SUPERVISIONADA

A prática pedagógica supervisionada (PPS), assume-se como principal atividade de estágio, visto ser através destas que o professor pode desenvolver as estratégias e aplicar tudo aquilo que planeou, para a lecionação das diferentes modalidades.

Anteriormente ao início da lecionação das PPS, o processo de estágio prevê que o estagiário faça observações às aulas do seu orientador. Neste sentido, a minha tarefa

(22)

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 11

iniciou-se por essa atividade, pelo que fiz observação de 20 aulas (45 minutos), que foram úteis no sentido de ver que tipo de estratégias e métodos de ensino eram utilizados pelo docente orientador. Desta atividade, retirei várias informações que, posteriormente me foram úteis para a planificação das minhas PPS.

Seguidamente, já em simultâneo com as minhas PPS, e de acordo com o previsto no processo de estágio, fiz também observações das PPS dos meus colegas de estágio, mais concretamente, foram realizadas 45 aulas (45 minutos) a cada estagiário.

No que se refere às observações das PPS aos colegas, estas foram bastante úteis, essencialmente para melhorar a prestação deles, mas também a minha, uma vez que, estando a observar, conseguia detetar os pontos positivos e negativos. Após cada observação, era feito um balanço em conjunto com todos os elementos do núcleo de estágio, com o intuito de cada estagiário entender aquilo que deveria manter em PPS futuras, e por outro lado os aspetos as melhorar.

Deste modo, posso admitir que as observações foram bastante úteis para uma melhor compreensão e consciencialização das prestações em cada PPS.

No que se reporta às minhas PPS, procurei utilizar formas de atuação, que cumprissem os requisitos da estrutura fundamental de uma aula, isto é, introdução, ativação geral, fase fundamental, retorno à calma e conclusão.

Face a isto, na parte introdutória, procurava fazer sempre uma breve ligação com a aula anterior, isto é, fazer uma recapitulação dos conteúdos abordados anteriormente, que serviriam de base para a aprendizagem dos novos conteúdos.

Posto isto, no que diz respeito à fase de ativação geral, procurei implementar, sempre que possível, atividades específicas da modalidade que estava a lecionar, bem como recorrer a atividades lúdicas, para que os alunos pudessem abstrair-se de alguns problemas que trouxessem para a aula, de forma a mantê-los mais motivados.

Relativamente à fase fundamental da aula, os objetivos operacionais apresentados, tinham sempre uma preocupação fundamental, que residia no facto de permitir aos alunos uma grande atividade, isto é, que os alunos pudessem experimentar cada uma das tarefas pelo maior tempo possível, com um tempo de espera reduzido, permitindo assim uma potenciação do tempo de aprendizagem.

Na parte final, concretamente na fase de retorno à calma, a preocupação centrava-se na necessidade de os alunos regressarem aos níveis basais do metabolismo, pelo que utilizava alguns exercícios de alongamentos, de forma a permitir um relaxamento, aos alunos.

No final da aula, por vezes em simultâneo com o retorno à calma, fazia uma breve revisão dos conteúdos abordados durante a aula, bem como uma apresentação dos

(23)

Relatório de Estágio – Rui Monteiro | 2013

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 12

conteúdos que iriam ser abordados na aula seguinte, de forma a deixar os alunos algo despertos para a aula seguinte.

a) Estratégias de Gestão do Tempo de Aula

De acordo com Aranha (2005), o professor deverá ter uma preocupação com a gestão do tempo da aula, de forma a permitir que o tempo potencial de aprendizagem seja o maior possível, e por outro lado que os tempos de instrução, transição, organização sejam os menores possíveis. Contudo, é de salvaguardar que, o tempo dedicado à instrução, apesar de se pretender que seja curto, é necessário e fundamental para que o aluno consiga compreender cada um dos exercícios com sucesso.

Nesse sentido, durante a lecionação das minhas aulas, tive sempre um conjunto de estratégias presentes, e que foram transversais a todas as modalidades, tais como:

 Manter os alunos de costas voltadas para fontes de distração;

 Manter grupos do início ao final da aula, diminuindo assim o tempo de organização;

 Incluir os alunos que não realizam aula, como agentes de ensino;  Utilizar auxiliares de ensino (esquemas; vídeos, etc.);

 Demonstrar os exercícios no local de realização, para que seja mais fácil o entendimento dos mesmos;

 Utilizar o questionamento no final da aula, sobre os conteúdos abordados;

 Apresentar no início de cada aula, as regras de segurança a seguir nas aulas de Educação Física;

 Deslocar-me de frente para os alunos, ao longo de todo o espaço envolvente e por fora do grupo, de forma a poder observar, controlar toda a turma e fornecer feedbacks.

Posto isto, tendo presente estas estratégias, a gestão do tempo de aula seria mais fácil, de modo a potenciar a aprendizagem dos alunos.

b) Evolução no Estágio

Durante o processo de estágio, pretende-se que haja uma evolução positiva, isto é, que haja da parte do professor estagiário uma aprendizagem, tornando-o mais eficiente na gestão do tempo de aula.

(24)

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 13

Numa fase inicial, algumas das estratégias mencionadas anteriormente não eram postas em prática. Apesar de ter consciência delas, em certas alturas não tinha a capacidade de as cumprir durante a lecionação da PPS. Isto verificava-se pois nessa altura, existia um grande número de tarefas que ainda não dominava, pelo que tais estratégias ficavam para segundo plano.

No entanto, no decorrer do estágio, à medida que as aulas passavam, tornava-me mais autónomo, pois algumas das tarefas eram já automáticas, pelo que começava a conseguir pensar sobre as estratégias e atuar com um maior cuidado, de acordo com as estratégias definidas.

Neste sentido, senti uma grande diferença desde o início do estágio, isto é, senti que a minha atuação ao longo das aulas era muito mais cuidada, conseguindo cumprir a maioria das estratégias, o que me tornava num professor mais eficaz, mais próximo do aluno, e que conseguia potenciar a aprendizagem dos alunos, com maior facilidade.

(25)

Relatório de Estágio – Rui Monteiro | 2013

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 14

II – ATIVIDADES DE RELAÇÃO ESCOLA-MEIO

As atividades de relação escola-meio dizem respeito a tarefas que ultrapassam as aulas propriamente ditas, a lecionação. A vida do professor na escola, e neste caso de á , “ ”

Assim, nesta fase, irei abordar algumas tarefas desenvolvidas ao longo deste ano letivo, que foram bastante importantes para o meu desempenho como professor, pois através delas consegui recolher um manancial de informação que me foi útil para a lecionação.

Posto isto, irei falar concretamente sobre o estudo de turma, desenvolvido e trabalhado no início do ano letivo, bem como de algumas atividades inerentes à vida na escola, tais como o desporto escolar e também as diversas reuniões em que estive presente.

2.1 - ESTUDO DE TURMA

O estudo de turma, de acordo com Aranha e Garrido (2012), visa o levantamento biográfico dos alunos e posteriormente caraterização da turma, permitindo assim um maior conhecimento dos alunos, que possibilite ao professor uma intervenção pedagógica mais direcionada, às características da turma.

Deste modo, procedeu-se à realização de um questionário socio biográfico, sendo aplicado nas duas turmas. Contudo, apenas numa das turmas os dados foram analisados estatisticamente, onde os resultados obtidos são apresentados seguidamente.

2.1.1 - INTRODUÇÃO

A realização do estudo de turma tinha como objetivo geral a caraterização dos alunos da turma. No que se refere aos objetivos específicos, pretendia-se caraterizar o ambiente sociofamiliar do aluno, perceber a sua vida escolar, no geral e em particular na educação física e ainda conhecer os estilos de vida e comportamentos do aluno. Fazendo este levantamento de dados, as caraterísticas dos alunos de uma turma especificamente, permite ao professor atuar do modo mais ajustado, tendo em conta o contexto da turma.

Nesta fase inicial, entende-se como pertinente esclarecer o conceito, ou seja, o que é realmente um estudo de turma, ou estudo de caso. Deste modo, de acordo com Ponte (2006), admite- “ É a investigação que se assume como particularista, isto é, que se debruça deliberadamente sobre uma situação específica

(26)

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 15

ú , … há , … , …”

Um dos pontos a desenvolver ao longo deste estudo, concretamente o que diz respeito aos dados sociofamiliares, remete-nos para a importância e influência que o ambiente familiar poderá exercer na educação do aluno. Deste modo, e de acordo R 3 , “A h , , ” De acordo com este autor, a família em conjunto com a escola, podem construir um cidadão mais ou menos capaz.

Por fim, sobre o último ponto a desenvolver neste estudo, relacionado com os estilos de vida e comportamentos dos alunos, torna-se importante verificar como os nossos alunos ocupam o seu tempo. Nesse sentido, e de acordo com Esculcas e Mota (2005), o ponto central no que se refere às práticas de lazer, é o sentimento positivo que o sujeito possui para com a atividade. Segundo o mesmo autor, verificou-se que “O ú ”, “ h ”, “V ” “E A ”, A , -se que a prática de desporto se encontra mais para o final, no que se refere às preferências da amostra.

No que diz respeito à prática de atividade física (AF), é do conhecimento geral que os nossos jo D N , “ A , principalmente nos meios urbanos, vêm reduzidas as oportunidades de desenvolver AF de forma espontânea. Os estilos de vida são cada vez mais sedentários, devido a problemas relacionados com o tráfego, a insegurança e a ausência de tempo, espaço e equipamentos lúdicos adequados às necessidades das crianças. Os seus quotidianos são demasiadamente preenchidos e regulamentados, as oportunidades e o espaço para as crianças brincarem são cada ”

De acordo por Sallis e Patrick (1994), a AF regular é vista como um comportamento que reduz as causas de mortalidade e promove resultados benéficos para a saúde, podendo também desta forma melhorar a qualidade de vida do indivíduo.

(27)

Relatório de Estágio – Rui Monteiro | 2013

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 16

2.1.2 - METODOLOGIA

A amostra deste estudo foi composta por 23 alunos da escola Secundária da Lixa, pertencentes ao 11º ano, turma E, do curso Técnico de Animação Sociocultural. Destes alunos, 20 (87%) são do sexo feminino e apenas 3 (13%) do sexo masculino. O valor máximo de idade é 18 anos e o valor mínimo é de 15 anos, com média de idades correspondente a 16,9, com um desvio padrão de ±0,89.

Tabela 1 - Caraterização da Amostra Frequência

Absoluta (n)

Frequência

Relativa (%) Mínimo Máximo Média Desvio Padrão Rapazes 3 13% 16 17 16,3 ±0,58

Raparigas 20 87% 15 18 16,2 ±0,93

Total 23 100% 15 18 16,9 ±0,89

Previamente, os objetivos e os procedimentos de estudo foram apresentados e discutidos com todos os participantes, seus encarregados de educação e diretor do agrupamento de escolas, tendo sido esclarecidos e obtido um consentimento formal para a realização e participação no estudo.

Para a recolha de dados, foram utilizados 3 instrumentos. O primeiro diz respeito a um questionário (anexo 4), elaborado pelo núcleo de Estágio. Este questionário dividia-se em 3 grandes grupos (I – Dados Sociofamiliares; II – Vida Escolar; III – Estilos de Vida e comportamento do aluno). As questões foram de resposta fechada ou curta.

Relativamente ao segundo instrumento, utilizou-se uma balança Tanita BF-522W (Europe Sindelfingen, Germany), para realizar a medição da massa corporal, com os indivíduos descalços, vestidos de t-shirt e calções, a leitura foi expressa em quilogramas (kg). Outro instrumento utilizado, diz respeito a um estadiómetro Seca 206 (Hamburg, Germany), para a medição da estatura, sendo realizada com os indivíduos descalços, posicionados segundo o plano de Frankfurt, sendo a leitura foi expressa em metros (m). Com os valores recolhidos, estimou-se o IMC3 dos alunos. Todos dados recolhidos, foram tratados numa folha de cálculo Excel do Microsoft Office 2010®, procedendo-se a uma análise estatística descritiva, com frequências absolutas (n), frequências relativas (%).

3

(28)

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 17

2.1.3 - APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS

Quanto à idade dos alunos, como podemos observar na tabela 2, esta varia entre os 15 e os 18 anos, no entanto existe uma prevalência de alunos com 16 anos (47,8%). Constata-se uma variedade de idades (15-18 anos) nesta turma, o que demonstra que existem alguns alunos que já reprovaram noutros anos, aos quais se deve dar especial atenção.

Tabela 2 - Idade dos Alunos Idade dos Alunos Frequência Absoluta

(n) Frequência Relativa (%) 15 Anos 5 21,7 16 Anos 11 47,8 17 Anos 5 21,7 18 Anos 2 8,7

No que se refere ao IMC dos alunos, constatou-se que a maioria da turma, 12 alunos (52,2%), apresenta-se com peso normal. Contudo, de referir que 4 alunos (17,4%) se encontram com peso a menos, e por outro lado, 4 alunos (17,4%), encontram-se com excesso de peso. Verificamos ainda, que já existem 3 alunos (13%) com obesidade grau 1.

Tabela 3 - IMC dos alunos Classificação IMC* (kg/m2) Frequência Absoluta (n) Frequência Relativa (%) Peso a menos <18,5 4 17,4 Peso normal 18,5 - 24,9 12 52,2 Excesso de peso 25,0 - 29,9 4 17,4 Obesidade de grau 1 30,0 - 34,9 3 13,0 Obesidade de grau 2 35,0 - 39,9 - - Obesidade de grau 3 > 40 - -

*Fonte: The Cooper Institute for Aerobic Research. (n.d.)

Os dados apresentados são algo preocupantes, primeiro porque existem 4 alunos (17,4%) com peso a menos, aos quais devem ser dados conselhos de alimentação e também de prática de atividade física, o que está de acordo com Sallis e Patrick (1994), quando nos diz que a AF regular é vista como um comportamento que reduz as causas de mortalidade e promove resultados benéficos para a saúde. Por outro lado, identifica-se 4 alunos (17,4%) com excesso de peso e 3 alunos (13%) já com obesidade grau 1, pelo que, a estes casos deve ser dada bastante atenção, tentando alertar os alunos para os problemas de saúde que podem surgir. Estes resultados, a meu ver, estão diretamente relacionados com a falta de prática de atividade física bem como maus hábitos de alimentação, o que uma vez mais está de acordo com lógica de

(29)

Relatório de Estágio – Rui Monteiro | 2013

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 18

ideias de Sallis e Patrick (1994), quando afirmam que o nível de AF influencia o grau de saúde do indivíduo.

Relativamente ao local de residência dos alunos, verificou-se que estes habitam essencialmente na cidade da Lixa, 9 alunos (39,1%) e Felgueiras, 10 alunos (43,5%). Estes resultados podem ser entendidos pelo tipo de ensino desta turma, curso profissional, cuja oferta não está disponível em todas as escolas, daí a necessidade dos alunos, por vezes, saírem da sua área de residência.

Tabela 4 - Local de Residência

Local Residência Frequência Absoluta (n) Frequência Relativa (%)

Lixa 9 39,1

Felgueiras 10 43,5

Amarante 2 8,7

Celorico de Basto 2 8,7

Quanto aos encarregados de educação, e como podemos observar na figura 1, maioritariamente os encarregados de educação dos alunos são as mães, 14 alunos (60,9%). Assim, os resultados obtidos indiciam que são as mães que têm maior disponibilidade para os filhos, em termos de facilidade de horários.

Fig. 1 - Gráfico e Tabela dos Encarregados de Educação

Os pais dos alunos são em maioria casados, concretamente 18 alunos (78,3%). Importa ainda referir que existem 2 alunos (8,7%), cujo um dos pais é falecido, num caso uma mãe falecida e no outro é o pai. Estes resultados mostram ser necessário ter especial atenção, bem como mostrar maior disponibilidade para o diálogo com os alunos cujos pais são divorciados ou um deles seja falecido.

Mãe Pai Avós Outros

n 14 3 1 5 % 60,9 13,0 4,3 21,7 0 20 40 60 80

(30)

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 19 A Pé Autocarro Automóvel n 2 19 2 % 8,7 82,6 8,7 0 20 40 60 80 100

Fig. 2 - Gráfico e Tabela Situação Conjugal dos Enc. Educação

Relativamente à instrução dos pais dos alunos, esta é essencialmente primária, mais concretamente 11 mães (50%) e 18 pais (81,8). Outro dado curioso foi verificar que existem 9 mães (40,9%) com o 9º ano.

A baixa escolaridade dos pais à partida deve-se à época dos pais, em que a possibilidade de estudar era reduzida. Neste ponto, é de referir, que poderá ser um dado preocupante, pois como refere Dessen & Polonia (2007), a baixa instrução dos pais poderá influenciar negativamente o desempenho do aluno.

Tabela 5 - Instrução dos Pais Instrução Frequência Absoluta

(n) Frequência Relativa (%) Pai 4º Ano 18 81,8 6º Ano 3 13,6 9º Ano 1 4,5 Total 22 100 Mãe 4º Ano 11 50 6º Ano 3 13,6 9º Ano 9 40,9 Total 22 100

No que se refere ao meio de transporte dos alunos, no percurso casa-escola, contatou-se que existem três formas diferentes, sendo o principal meio de transporte o autocarro, com 19 alunos (82,6%). Tal se deve provavelmente à falta de disponibilidade dos pais para levarem os filhos à escola devido ao trabalho, e também à distância para a escola, pois existem alunos que não habitam na cidade da Lixa.

Casados Divorciados Falecido

n 18 3 2 % 78,3 13,0 8,7 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

(31)

Relatório de Estágio – Rui Monteiro | 2013

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 20

Quando às disciplinas preferidas dos alunos, foram 5 disciplinas diferentes mencionadas, das quais se destaca a Educação Física, mencionada como preferida por 11 alunos (47,8%). Uma outra disciplina, também no topo das preferências dos alunos é a de Expressões, mencionada 8 vezes (34,8%).

Fig. 4 - Gráfico e Tabela das Disciplinas Preferidas

No que se refere às disciplinas com mais dificuldades, foram mencionadas 7 disciplinas diferentes. Destas, a mais mencionada foi Psicologia, 10 vezes (43,5%), seguida de Sociologia e Matemática, ambas mencionadas 4 vezes (17,4%), como podemos constatar na figura 5.

Fig. 5 - Gráfico e Tabela das Disciplinas com mais dificuldade

Como se observa na tabela 6, a Educação Física é claramente um gosto dos nossos alunos, quase a totalidade da amostra, 22 vezes (95,7%). Neste ponto é de referir que este é um dado bastante importante e que deve ser tido em conta, pois de acordo com Neto (2001), os jovens em meios urbanos vêm diminuídas as oportunidades de prática de atividade física. Assim, como professores e perante estes dados devemos proporcionar aos nossos alunos o maior número e maior variedade de prática, a fim de manter e aumentar o gosto pela Educação Física.

Tabela 6 - Gosto pela Educação Física Frequência Absoluta (n) Frequência Relativa (%) Sim 22 95,7 Não 1 4,3

Ed. Física Expressões AE Comunidade Português Anim Sociocultural

n 11 8 1 6 3

% 47,8 34,8 4,3 26,1 13,0

Matemática Português Línguas

(Fra/Ing) Psicologia Sociologia Ed. Física

A. Integração

n 4 1 3 10 4 1 2

(32)

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 21

Relativamente à motivação para as aulas de Educação Física, constatou-se que a maioria dos alunos encontra-se motivado, concretamente 14 alunos (60,9%)

No entanto, existem também 6 alunos (26,1%) que estão bastante motivados para as aulas de Educação Física.

Fig. 6 - Gráfico e Tabela da Motivação para a Educação Física

No que se refere às modalidades favoritas dos alunos, como se pode observar na figura 7, existem duas que se destacam em relação às outras, sendo elas o Badmínton, referido por 15 alunos (65,2%), e também a Dança, referida por 11 alunos (47,8%). A fechar o grupo das mais referidas, verificou-se que o Basquetebol é também das preferidas de 6 alunos (26,1%).

Fig. 7 - Gráfico e Tabela das Modalidades Favoritas

Nada Motivado Pouco Motivado Motivado Bastante

Motivado Muito Motivado

n 0 2 14 6 1

% 0 8,7 60,9 26,1 4,3

Andebol Futebol Basqueteb

ol Voleibol Ginástica Dança Atletismo Badminton

Ténis de Mesa

n 4 4 6 5 2 11 2 15 2

(33)

Relatório de Estágio – Rui Monteiro | 2013

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 22

Relativamente às modalidades em que os alunos têm mais dificuldades, há uma que se destaca no topo das dificuldades, sendo ela a Ginástica, mencionada por 13 alunos (56,5%). Contudo, o Atletismo e o Futebol são também das que causam mais dificuldades nos alunos, mencionadas por 10 alunos (43,5%) e 9 alunos (39,1%), respetivamente.

Fig. 8 - Gráfico e Tabela das Modalidades com mais dificuldade

Os tempos livres dos alunos são diversos, contudo, e como se pode observar na figura 9, “O ú ”, 9 ,3 , “ V V”, 8 78,3 “E A ”, indicado por 16 alunos (69,6%). Por outro lado, quanto aos tempos livres menos , “E ”, 4,3 , “C ”, 3 3 , “P D ”, 4 alunos (17,4%).

Estes resultados estão de acordo com os estudos realizados por Esculcas e Mota (2005), em que os tempos livres dos alunos são também ocupados com estas atividades. Além disto, os alunos praticam pouco, ou quase nenhum desporto, o que pode também ser uma razão para o elevado número de alunos com um nível de IMC fora da zona saudável. Estes resultados estão também em sintonia com os dos autores referidos no parágrafo anterior.

Fig. 9 - Gráfico e Tabela dos Tempos livres dos alunos

Andebol Futebol Basquetebol Voleibol Ginástica Dança Atletismo Badminton

n 4 9 6 5 13 5 10 0

% 17,4 39,1 26,1 21,7 56,5 21,7 43,5 0,0

Ler Ouvir

Música Cinema Ver TV Estudar Ajudar os Pais Jogar Comput ador Estar com os Amigos Passear Praticar Desport o Outras n 4 21 3 18 1 6 9 16 8 4 1 % 17,4 91,3 13,0 78,3 4,3 26,1 39,1 69,6 34,8 17,4 4,3 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

(34)

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 23

Relativamente à frequência com que toma banho no final das aulas de Educação Física, através da análise da figura 10, constata-se que a frequência deste acontecimento não é muita. Assim, apenas 7 alunos (30,4%) responderam que tomam h “S ”, 9 39, h “À ” P , h 8,7 “Q N ” banho.

Fig. 10 - Gráfico e Tabela da Frequência do Banho em Educação Física

2.1.4 - CONCLUSÕES E ESTRATÉGIAS

Após a realização deste estudo e analisados os resultados, conclui-se que estamos perante uma turma bastante homogénea relativamente ao sexo dos alunos, essencialmente do sexo feminino, contudo um pouco heterogénea em relação às idades.

Quanto ao ambiente familiar, é necessário estar alerta para alguns problemas que possam surgir, e estar disponível para o diálogo, uma vez que temos presentes 2 alunos com um dos pais falecidos e outros 2 alunos que têm pais divorciados.

Relativamente à vida escolar dos alunos, conclui-se ser necessário motivar os alunos para a prática da Educação Física, bem como alertar os alunos para os benefícios da prática.

Por fim, quanto ao estilo de vida e comportamentos do aluno, torna-se necessário alertar os alunos para a importância do banho no final das aulas de Educação Física, e para os problemas que podem surgir caso estes não o façam.

Em suma, o estudo de turma, foi bastante útil para o conhecimento mais pormenorizado do contexto da turma, pelo que, entende-se que irá ser bastante útil para o planeamento das aulas, pois permitirá contemplar algumas estratégias que salvaguardem alguns problemas que possam existir com determinados alunos.

Quase nunca Ás vezes Quase sempre Sempre

n 2 9 5 7 % 8,7 39,1 21,7 30,4 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

(35)

Relatório de Estágio – Rui Monteiro | 2013

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 24

Assim, o professor na sua atuação perante a turma, deve ter em conta as seguintes estratégias:

1. Ter especial atenção com alunos cujos pais estejam divorciados;

2. Demonstrar atenção redobrada para com os alunos cujo um dos pais já faleceu;

3. Ser conhecedor dos alunos cujo local de residência é mais distante da escola, sendo mais tolerante com os atrasos, quando a aula decorrer ao início da manhã;

4. Utilizar formas de ensino mais diversificadas, aumentando a motivação para as aulas de Educação Física;

5. Ter presente as modalidades cujos alunos apresentam maior dificuldade, ajustando os métodos de ensino ao contexto da turma;

6. Ter presente as modalidades cujos alunos gostam mais, podendo também utilizá-las como forma de motivação para as aulas;

7. Mobilizar os alunos para a prática de atividade física; 8. Alertar para os benefícios da atividade física para a saúde;

9. Consciencializar os alunos para a importância do banho após a prática desportiva;

10. Promover estilos de vida saudáveis.

2.2 - ATIVIDADES NA ESCOLA

As atividades de estágio não se centravam apenas na lecionação das aulas. Ao longo do ano letivo, foram imensas as atividades que em que estive presente, em conjunto com o meu núcleo de estágio.

Estas atividades, permitiram um maior enriquecimento do processo de estágio, pois através delas conseguimos ter um contacto mais profundo com a organização e funcionamento das diferentes atividades da escola.

Relativamente a estas atividades, podemos fazer uma divisão em diferentes grupos tais como: (1) Atividades Internas; (2) Desporto Escolar (3) Reuniões.

2.2.1 - ATIVIDADES INTERNAS

No que se refere às atividades internas, estas constam do plano anual de atividades (PAA) do grupo de educação física. Foram diversas as atividades realizadas, distribuídas pelos 3 períodos do ano letivo. No total, foram realizadas 7 atividades, especificamente o FitnessGram, o Corta-Mato, o Street-Basket, o Meeting de

(36)

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 25

Atletismo, o Torneio de voleibol, o Torneio de ténis e ainda Atividades de Exploração da Natureza.

De referir que o núcleo de estágio participou na organização de todas estas atividades, contudo, teve uma maior colaboração e participação no corta-mato, no meeting de atletismo e ainda no torneio de ténis. Tal se sucedeu, uma vez que a organização destas atividades ficou a cargo do núcleo de estágio, pelo que, por consequência, houve uma maior preparação e cuidado nestas atividades.

Deste modo, para cada uma das atividades o núcleo teve que fazer o planeamento da mesma, feito com todo o pormenor e rigor, passando posteriormente para a execução do planeado, e no final procedeu-se à realização de um balanço da mesma.

Posto isto, é tempo agora de fazer uma apresentação mais detalhada de cada uma destas atividades, cuja organização esteve a nosso cargo.

a) Corta-Mato

No âmbito do PAA, foi desenvolvido o Corta-Mato escolar sob a organização do núcleo de estágio e do docente orientador de estágio, contando também com a colaboração do restante grupo de Educação Física. Esta atividade foi dirigida a todos os alunos do Agrupamento de Escolas da Lixa, visando a criação de hábitos de vida saudável, com o intuito da melhoria das capacidades motoras e da qualidade de vida e, identificar os mais rápidos e mais resistentes para posteriormente representarem a escola no Corta-mato das Coordenações Locais do Desporto Escolar (CLDE) do Tâmega.

Como definido no PAA, a realização do Corta-mato escolar foi programada para o 1º período, no dia 9 de Novembro de 2012. No entanto, devido às más condições climatéricas, a atividade foi adiada, tendo sido concretizada apenas no 2º período, no dia 22 de Janeiro de 2013, entre as 8h30 e as 13:30h, nas instalações da escola secundária da Lixa.

O processo de planeamento iniciou-se com três semanas de antecedência, procedendo-se à realização de diferentes tarefas, de forma a garantir um bom funcionamento da atividade. Inicialmente procedeu-se à divulgação da atividade, sendo afixados cartazes na escola e cada professor de educação física informou as suas turmas. A inscrição dos alunos foi feita junto de cada professor de educação física, tendo finalizado o prazo de inscrições dois dias antes da realização da atividade. Posteriormente, procedeu-se à realização e entrega das declarações de consentimento informado aos encarregados de educação dos alunos inscritos, sendo indicado o âmbito da atividade, localização e horários da mesma.

Outra das tarefas efetuadas foi o reconhecimento do espaço da atividade e, posteriormente, foi definido o percurso da prova. Antes de determinar a distância a

(37)

Relatório de Estágio – Rui Monteiro | 2013

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 26

percorrer por cada escalão/género, foi consultado o regulamento específico de atletismo, do Desporto Escolar. A verificação dos recursos humanos e materiais necessários, a distribuição de tarefas no decorrer da atividade, a elaboração de credenciais para cada colaborador na atividade e fichas de registo das classificações, o pedido de lanches para todos os participantes e prémios para os três primeiros classificados de cada escalão/género, a presença de uma ambulância no local da prova, foram algumas das tarefas desenvolvidas pelo núcleo de estágio.

A atividade apresentou uma adesão bastante satisfatória, contando com a participação de 469 alunos, sendo 91 alunos do escalão infantil A, 128 alunos do escalão infantil B, 111 alunos do escalão iniciado, 82 alunos do escalão juvenil e 52 alunos do escalão júnior, contando todos os escalões com alunos de ambos os sexos.

No decorrer da atividade manteve-se uma boa sincronização entre os dinamizadores e colaborados. Foi uma manhã envolvida em movimento e alegria, sem qualquer necessidade de reajustamento, decorrendo assim como planeada. O Corta-Mato gerou satisfação nos participantes, incrementando o interesse pela prática desportiva, para agrado do núcleo de estágio, que tudo fez para o sucesso desta atividade. O balanço desta atividade foi bastante positivo, tendo revelado grande sucesso, não só pela sua boa organização, mas também pelo número de participantes que envolveu.

A realização deste evento deixou todo o núcleo de estágio satisfeito, uma vez que os objetivos foram cumpridos e a atividade decorreu da melhor forma, sem nenhum contratempo. No entanto, é de salientar que o sucesso desta atividade foi possível devido ao empenho e dedicação demonstrado pelo núcleo de estágio e o restante grupo de educação física que também colaborou na preparação e concretização da atividade.

A nível pessoal, poder estar envolvido na organização desta atividade foi bastante enriquecedor, na medida em que me proporcionou compreender a importância e dimensão deste tipo de atividades desportivas e todo o trabalho que está envolvido na sua organização, preparação e concretização.

b) Meeting de Atletismo

Como previsto no PAA, foi desenvolvido o Meeting de Atletismo sob a organização do núcleo de estágio e do docente orientador de estágio, contando também com a colaboração do restante grupo de Educação Física. Esta atividade foi dirigida a todos os alunos da escola secundária da Lixa, visando a criação hábitos de vida saudável, com o intuito da melhoria das capacidades motoras e da qualidade de vida e identificar os mais rápidos e mais ágeis, para posterior apuramento para o Mega Atleta.

(38)

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 27

Como definido no PAA, a realização da atividade foi programada para o 2º período, no dia 1 de Março de 2013, entre as 8h30 e as 13:30h, nas instalações da escola secundária da Lixa.

O processo de planeamento iniciou-se com três semanas de antecedência, procedendo-se à realização de diferentes tarefas, de forma a garantir um bom funcionamento da atividade. Inicialmente procedeu-se à divulgação da atividade, sendo afixados cartazes na escola e cada professor de educação física informou as suas turmas. A inscrição dos alunos foi feita junto de cada professor de educação física, tendo finalizado o prazo de inscrições dois dias antes da realização da atividade. Posteriormente, procedeu-se à realização e entrega das declarações de autorização aos encarregados de educação dos alunos inscritos, sendo indicado o âmbito da atividade, localização e horários da mesma.

Verificamos os recursos humanos e materiais necessários para o dia da prova, para posteriormente, distribuirmos as tarefas para o bom desenrolar da atividade. Elaboramos o quadro competitivo por escalão/género, bem como as fichas de registo das classificações e no dia da atividade o núcleo de estágio organizou todo o material destinado à realização da atividade, no polidesportivo da escola secundária da Lixa, para dar início às provas pelas 8:30h.

Decorreram duas provas, uma de salto em comprimento e outra de corrida de velocidade de 40 metros. Participaram nas duas provas, 89 alunos, dos quais 33 alunos do escalão iniciado, 12 raparigas e 21 rapazes, 45 alunos do escalão juvenil, 12 raparigas e 33 rapazes, e 11 Juniores, 3 raparigas e 8 rapazes.

De acordo com a distribuição de tarefas previamente estabelecida, colocamos 2 professores no salto em comprimento (um para efetuar as medidas e, outro na mesa para registar as marcas para organizar a classificação) e 3 professores na corrida de velocidade (um na partida, um na chegada a cronometrar as provas e um na mesa para registar as marcas para organizar a classificação).As duas provas decorreram simultaneamente, e foram organizadas do escalão mais baixo para o mais alto, participando primeiro o sexo feminino em todos os escalões.

Toda a atividade foi operacionalizada conforme o planeamento, sem necessidade de qualquer reajustamento, o que permitiu o bom desenrolar da atividade. Verificou-se uma atitude bastante empenhada de todos os participantes e dinamizadores, que proporcionou uma aderência da restante comunidade escolar ao espaço da atividade, que tornou a atividade mais interessante e motivadora.

Depois de terminada a atividade e verificados os primeiros classificados de cada escalão, entregamos as autorizações para o Mega Atleta, a realizar em Amarante, onde nos deslocamos no dia 6 de Março de 2013, para dar cumprimento à atividade.

(39)

Relatório de Estágio – Rui Monteiro | 2013

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 28

c) Torneio de Ténis

No âmbito do PAA, o torneio de Ténis realizou-se no dia 15 de Março de 2013, das 9:00h às 13:00h, sendo realizada nos campos de ténis, da escola secundária da Lixa. Esta atividade foi dirigida aos alunos do desporto escolar de ténis, com o objetivo de desenvolver o espírito desportivo, os hábitos de vida ativa e saudável, bem como promover o convívio e a prática desportiva.

A organização desta atividade ficou a cargo do núcleo de Estágio de educação física, em conjunto com o docente orientador.

No que se reporta ao planeamento da atividade, este foi feito com 1 semana de antecedência. A primeira tarefa a ser executada foi a divulgação da atividade junto dos alunos do desporto escolar de ténis, para que se pudessem inscrever junto da organização.

Ainda na fase inicial do planeamento, fez-se um levantamento das necessidades, nomeadamente ao nível de recursos materiais. Feito este levantamento, foi feito um pedido à direção da escola, com os materiais necessários e que estavam em falta. No que diz respeito aos recursos humanos, foi feita uma distribuição de tarefas, pelos elementos que compunham a organização da atividade, para que cada um deles soubesse claramente que tarefa teria que desempenhar.

Por fim, na véspera do dia da atividade, foi feito elaborado o quadro competitivo da atividade, para que no dia seguinte pudéssemos começar de imediato com a atividade. Assim, a atividade contou com 8 participantes, sendo 6 alunos do sexo masculino e 2 alunos do sexo feminino.

Os jogos realizaram-se a bom ritmo, com um grande empenho dos alunos e sempre com um bom ambiente, proporcionado não só pelos participantes, bem como pelos alunos que assistiram à atividade.

Em jeito de balanço final, relativamente ao número de participantes, este foi baixo, o que contrariou um pouco as nossas expetativas. Entendemos que tal se deveu, uma vez que, em simultâneo, decorreu também outra atividade, o torneio de Voleibol. Apesar disto, entendemos que os objetivos da atividade foram cumpridos, para grande satisfação do núcleo de estágio, bem como do docente orientador.

A nível pessoal, entendo que esta atividade foi enriquecedora, pois permitiu-me compreender melhor como desenvolver uma atividade de ténis, pois era uma modalidade menos conhecida por mim.

Como sugestão, para futuras organizações deste tipo de atividades, entendo que se devem evitar a realização de atividades em simultâneo, bem como alargar a

(40)

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 29

população alvo, a toda a escola, para que se possa aumentar o número de participantes, contribuindo assim para um maior sucesso e animação desta atividade.

2.2.2 - DESPORTO ESCOLAR

No desporto escolar (DE), a minha participação enquanto professor foi bastante enriquecedora, por dois motivos fundamentais, o primeiro pois permitiu-me conhecer melhor uma modalidade até então menos conhecida, o ténis.

Além da lecionação nos treinos da modalidade, as saídas que houve durante o ano letivo, com vista à participação em competições, foram também motivo de enriquecimento pessoal, pois através destas consegui compreender de que forma se deve proceder para a saída para um torneio, desde a inscrição dos atletas, à requisição de material e lanches, bem como dos transportes.

Além disso, estas atividades permitiram-me um contacto com outros professores, de outras escolas, onde foi possível a troca de ideias, tornando-me assim mais capaz. De referir ainda que nem todas as atividades do desporto escolar se centraram no ténis, o que foi também bastante positivo. Assim, ao longo do ano letivo tive a felicidade de poder acompanhar os alunos da escola que estavam apurados para as fases regionais do corta mato, que se realizou em Lousada, na qual os nossos alunos conseguiram bons resultados desportivos. Além disso, acompanhei também os alunos apurados para o Mega Atleta, que se realizou em Amarante, onde os nossos alunos obtiveram também bons resultados.

2.2.3 - REUNIÕES

As reuniões foram também uma atividade bastante vivenciada ao longo do ano letivo. Foram inúmeras as reuniões em que participei, de diferentes tipos, desde reuniões de conselho de turma, passando pelas reuniões do grupo de educação física e também de departamento e terminando nas reuniões de cursos profissionais.

Das diferentes reuniões, saliento os conselhos de turma como sendo as mais importantes, pois nelas debatiam-se os problemas da turma, individualizando cada um dos alunos. Permitia-nos conhecer melhor cada um dos nossos alunos, pois nem sempre o professor consegue fazê-lo através das suas aulas.

Em cada reunião, foram debatidos diferentes assuntos, uns de maior importância e outros nem tanto. Contudo, retiro a idéia de que as reuniões são necessárias, pois há determinados assuntos que devem ser debatidos com os professores da turma, do grupo ou de departamento, de modo a tornar o ensino dos nossos alunos com mais qualidade.

(41)

Relatório de Estágio – Rui Monteiro | 2013

2º Ciclo: Ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário 30

III - TAREFAS DE ESTÁGIO DE EXTENSÃO À COMUNIDADE

Como já vimos, as tarefas de estágio são muito mais para além daquelas realizadas no contexto escolar. Deste modo, e nesta fase em concreto, será abordada uma tarefa de extensão à comunidade, que diz respeito à ação de formação, subordinada ao “A , H j !”

Posto isto, seguidamente será apresentado o tema do estudo desenvolvido, as estratégias utilizadas para a apresentação, bem como um breve relatório desta atividade.

3.1 - AÇÃO DE FORMAÇÃO - CONGRESSO “ A ESCOLA, HOJE!”

O C “A , h j !”, giários de cada ano letivo. Nele são apresentados os estudos de cariz científico desenvolvidos pelos estagiários, na escola em que estão a realizar o estágio.

No referido congresso, são apresentados diversos temas, o que aumenta a importância, bem como a qualidade das preleções, pelo que é recebido pelos estagiários com grande motivação e interesse, pois é uma oportunidade de apresentarem uma parte do trabalho que desenvolvem ao longo do ano de estágio.

3.1.1 - TEMA DESENVOLVIDO

O tema do meu estudo diz res à “A R E : á ”

A razão que me fez desenvolver este tema prende-se com o facto de desde sempre ouvir, por grande parte das pessoas que me rodeavam, que os alunos que conseguem melhor desempenho na educação física, e que à partida têm melhor aptidão física, por norma, são aqueles que se interessam menos pelas outras disciplinas e que por consequência obtêm pior rendimento escolar.

Ora, como nunca concordei muito com essa associação, por ter as minhas interrogações em relação a esta afirmação, decidi por as mãos à obra e optei por investigar, para verificar se isto se confirmava ou não.

3.1.2 - ESTRATÉGIAS DE APRESENTAÇÃO

Finalizada a elaboração do estudo, e estando este já em formato de artigo, tornava-se necessário a preparação de uma apresentação para que fosse possível a apresentação pública deste mesmo trabalho.

Tendo em conta que o tempo disponível para a apresentação ser reduzido, optei por utilizar uma apresentação em Powerpoint, da Microsoft Office 2010®, pois a meu ver

Imagem

Tabela 1 - Caraterização da Amostra  Frequência
Tabela 2 - Idade dos Alunos  Idade dos Alunos  Frequência Absoluta
Tabela 4 - Local de Residência
Fig. 3 - Gráfico e Tabela do Meio de Transporte Casa - Escola
+7

Referências

Documentos relacionados

No primeiro livro, o público infantojuvenil é rapidamente cativado pela história de um jovem brux- inho que teve seus pais terrivelmente executados pelo personagem antagonista,

Starting out from my reflection on the words cor, preto, negro and branco (colour, black, negro, white), highlighting their basic meanings and some of their

A literatura sugere que a terapia cognitivo comportamental vem sendo utilizada com eficácia no tratamento de transtornos psicológicos diversos em crianças e adolescentes,

Mais uma vez, vemos uma inovação nos processos educacionais de Belo Horizonte: se as avaliações sistêmicas, como a Prova Brasil anteriormente apresentada, bem como as avaliações

Fonte: Elaborado pela autora com base no documento MEC, INEP: Programas e Políticas Federais que utilizam os dados do Censo Escolar Orientações de preenchimento. Não apenas como

A dissertação foi estruturada em torno de cinco capítulos. Na “introdução”, que corresponde ao primeiro capítulo, apresentamos o problema em análise e

De acordo com o senso comum, a melancolia é um estado negativo do sujeito, a apresentação de um mal que o isola, que o retira do convívio dos demais. Trata-se de

Independentemente da causa, os resultados da comparação de riqueza e de ocorrência entre os ambientes justificam a consideração das FS como um ambiente relevante para a conservação