Programa de Pós-Gradução em Engenharia Elétri a
Restaurador Dinâmi o de Tensão Utilizando
Transformadores om Enrolamentos Abertos e
Inversores om Barramentos Isolados
Gregory Arthur de Almeida Carlos
Dissertação deMestrado submetidaà Coordenação dos
Cur-sos de Pós-Graduação da Universidade Federal de Campina
Grande-Campus I, omo partedos requisitos ne essários paraa
obtençãodotítulo demestre em iên iasnodomínio em
Engen-hariaElétri a.
Área de Conhe imento: Pro essamento de Energia
Orientadores:
Dr. Ing. Cursino Brandão Ja obina
Dr. S . Euzeli Cipriano dos Santos Júnior
CampinaGrande, Paraíba, Brasil
Relatórioapresentadoà Coordenação doCursodePós-Gradução
em Engenharia Elétri a da Universidade Federal de Campina
Grande em umprimento às exigên ias para a efetivação do
Trabalho de Dissertação referente à realização do Programa de
Mestrado em Engenharia Elétri a
Gregory Arthur de Almeida Carlos
Aluno
Dr. Ing. Cursino Brandão Ja obina
Orientador
Dr. S . Euzeli Cipriano dos Santos Júnior
Orientador
Agradeço aDeus por estar sempre omigo.
Aos Meus pais, Marlu e de Almeida Carlos e José Carlos Filho pelo suporte, apoio e
onselhos da vida.
Aosmeus irmãos, Guibergue e Gustavo peloapoio e ompreensão.
Aos professores Cursino Brandão Ja obina e Euzeli Cipriano dos Santos pelos
ensina-mentos e motivações que me foram dados durante a realização deste trabalho. Agradeço
aos professores que ompõem o departamento de Engenharia Elétri a da UFCG, em
espe- ial aos professores Edison Roberto Cabral, Alexandre Cunha Oliveira, Edgard Roosevelt
Braga Filho, Antnio Epaminondas do Nas imento, Maurí io Beltrão de Rossiter Corrêa
pelos ensinamentos e onselhos passados em salas de aula.
Aos ompanheiros do LEIAM: Abinadabe, Álvaro, Antnio Isaa , Antnio de Paula,
Ayslan, Alysson, Bruno, Canindé, Edgard, Fabrí io, João Helder, Montiê, Lu as, Lu iano,
Nady, Nustenil,Roberto, Tâmisa,Vagner,Viní ius, Vi torSantiago, Vi torMelo, e atodos
aqueles que ontribuíram diretaou indiretamente om este trabalho.
AgradeçoaoInstitutoFederaldeAlagoaspela ompreensãoeapoiodadoparanalização
deste trabalho.
Existem vários tipos de distúrbios que podem ausar o mau fun ionamento de um sistema
elétri o, oque ara teriza-o omo uma fonte de alimentação de baixa qualidade de energia.
Entre tais problemas, desta am-se os afundamentos de tensão ( sags) e elevações de tensão
( swells). Umdispositivo apazdemitigartaisproblemaséorestauradordinâmi ode tensão
(DVR). Tal dispositivo pode ompensar distorções harmni as, saltos de ângulo de fase e
eventuais desequ ilíbrios darede de maneira quea arga não seja afetada.
Este trabalhoapresenta umaestrutura DVR obtidavia onexão série de dois inversores
trifási os. TalarranjovisaalimentarostransformadoresdeinjeçãodoDVR omseus
enrola-mentosabertos. Estatopologiadeinversoré omumenteusadaema ionamentodemáquinas
om terminaisaenrolamentos abertos, onhe ida naliteratura omo OEW(doinglês
Open-End Winding). Neste trabalho, a topologia em estudo engloba alguns aspe tos omo: (i)
Modeloe onguraçãodoDVR,(ii)Estratégiade haveamentoHíbridaPWM,(iii)prin ípios
bási os de operação e(iv) estudos omparativo om relação aestrutura onven ional.
As prin ipaisvantagens da estrutura proposta em omparação om a onven ionalsão:
(i)distorção harmni areduzida (operandonamesmafrequên ia de haveamento), (ii)
per-das reduzidas no onversor (operando om o mesmo nível de distorção harmni a), (iii)
menores esforços ( stress) nas haves de potên ia e (iv) apa idade de tolerân ia a falhas.
O sistema doDVR proposto adequa-se para apli açõesem sistemas de média e alta tensão
vistoqueomesmoé apazdegerartensões ommaiornúmerodeníveis, ara terizando-aem
umaestruturamultinível. Osestudosfeitossão validadosatravésderesultadosde simulação
e experimentais.
Palavras- have: QualidadedeEnergia,Afundamentosde tensão,DVR,OEW,Perdas,
There are several types of troubles that an ause the systems to malfun tion, meaning in
a poor quality of the power supply. Among them, voltage sags and swells are noteworthy.
A devi e apableof mitigatingsu h troublesis the Dynami VoltageRestorer (DVR). Su h
devi e an ompensate harmoni s distortion, phase jump, and any unbalan e in the grid
voltageso that the load is not ae ted
ThisworkpresentsaDVRobtainedthroughaseries onne tionoftwothree-phase
invert-ers. Su h onne tion is obtained due to open-end windingarrangementof the transformer.
Thistopologyinverterisused ommonlyfor ma hine driveswithopen-endwindings, known
inliterature as OEW. The topologypresented in ludessu h aspe ts as: (i) DVR
ongura-tionandmodel(ii)HybridPWMstrategy,(iii)basi operateprin iplesand(iv) omparative
studies tothe onventional onguration.
The main advantages of the proposed topology ompared to the onventional one are:
(i) redu ed harmoni distortion (operating at the same swit hing frequen y), (ii) redu ed
onverter losses (operating with the same harmoni distortion), (iii)redu ed voltage rating
of the power swit hes and (iv) faulttolerant apability. The proposed DVR system is
suit-able for medium/high voltage appli ations sin e it an generate voltages with more levels
numbers, makingitamultilevelstru ture. Thestudiesarevalidatedby experimentalresults
and simulated results.
Agrade imentos . . . iii Resumo . . . iv Abstra t . . . v Índi e . . . vi Índi e de Tabelas . . . ix Índi e de Figuras . . . x Glossário . . . xiv 1 Introdução Geral . . . 1 1.1 Motivação . . . 1
1.2 Qualidade de Energia Elétri a (QEE) . . . 2
1.2.1 Denição . . . 2
1.2.2 Problemas . . . 3
1.2.3 Aspe tos Normativos . . . 6
1.2.4 Curvade sensibilidadeITI (CBEMA) . . . 9
1.2.5 SoluçõesBaseadas em Eletrni a de Potên ia . . . 10
1.3 Objetivos dotrabalho . . . 11
1.4 Con lusão . . . 12
2 O Restaurador Dinâmi o de Tensão (DVR) . . . 13
2.1 Considerações quantoaos afundamentos de tensão . . . 13
2.2.1 Introdução. . . 16
2.2.2 Primeiros estudose testes fun ionais . . . 17
2.2.3 Controle doDVR . . . 19
2.2.4 Topologiasdo sistema . . . 21
2.2.5 Congurações dos inversores . . . 23
2.2.6 ModulaçãoPWM . . . 24
2.3 Breve des rição daestratégia PWM para estrutura onven ional . . . 25
2.4 Breve des rição daestratégia PWM para estrutura om seis braços . . . 27
2.5 Con lusão e onsiderações . . . 28
3 Restaurador Dinâmi o de Tensão (DVR) Proposto . . . 29
3.1 Modelo do DVR Proposto . . . 29
3.1.1 Introdução. . . 29
3.1.2 Modelo dos inversores trifási os . . . 30
3.1.3 Modelo eespe i ações dos transformadores de injeção . . . 31
3.1.4 Modelo doFiltro de altafrequên ia . . . 32
3.1.5 Modelo Geral . . . 33
3.2 Controle doDVR . . . 35
3.2.1 Estratégia de ontrole de tensão por PWM . . . 35
3.2.2 Controladores de tensão na arga . . . 42
3.2.3 Sin ronismo om a rede (PLL). . . 43
3.3 Con lusão e onsiderações . . . 46
4 Análises e Resultados . . . 47
4.1 Resultados de simulação . . . 47
4.1.1 Afundamentode tensões dotipo trifási obalan eado . . . 48
4.1.2 Afundamentode tensões dotipo trifási odesbalan eado . . . 57
4.1.3 Afundamentode tensões dotipo bifási o . . . 61
4.1.4 Afundamentode tensão do tipomonofási o. . . 65
4.1.5 Elevação de tensões . . . 68
4.2 Resultados Experimentais . . . 70
4.4.1 Estudo omparativo om oDVR onven ionale seis braços . . . 84
4.5 Análise dadisponibilidade de tensão nos barramentos . . . 89
4.6 Análise omparativade usto do onversor . . . 94
4.7 Estudo daoperação om barramentos CC distintos . . . 95
4.8 Con lusão . . . 99
5 Con lusão Geral e Trabalhos Futuros . . . 101
5.1 Introdução. . . 101
5.2 Síntese do trabalhode dissertação . . . 101
5.3 Con lusão Geral . . . 104
5.4 Trabalhos Futuros . . . 106
Referên ias. . . 107
A Plataforma de ensaios experimentais . . . 114
I Anexo - Artigos Publi ados . . . 117
I.1 DVR with Open-EndWinding Transformer, IECON2011, Melbourne . . . . 117
I.2 Hybrid PWM Strategy Applied to a Dynami Voltage Restorer with Open-End Winding Transformer, PCIM (South Ameri a)2012, São Paulo . . . 117
1.1 Prin ipaisproblemas e seus efeitos . . . 6
1.2 Cara terísti as típi as dos problemas em QEE segundo IEEE 1159 [1℄ . . . . 7
1.3 Cara terísti as das variaçõesde tensão segundo EN 50160,[2℄ . . . 8
1.4 Classi açãodas variações de tensão de urta duração segundo a ANEEL,[3℄ 8 1.5 Comparativoentre as soluções desta adas para variaçõesde tensão. . . 11
3.1 Parâmetros dos transformadores de injeção . . . 32
4.1 Prin ipaisparâmetros de simulação utilizados. . . 47
4.2 Prin ipaisparâmetros dosistema simuladoem baixatensão. . . 48
4.3 Prin ipaisparâmetros damontagemexperimental. . . 70
4.4 Custo dos prin ipais omponentes para inversores em um DVR. . . 94
4.5 Análise da WTHD das tensões geradas naestrutura OEW om barramentos distintos
v
ca
= 66, 7%
ev
cb
= 33, 3%
eutilizando-se 1portadora. . . 964.6 Análise da WTHD das tensões geradas naestrutura OEW om barramentos distintos
v
ca
= 66, 7%
ev
cb
= 33, 3%
eutilizando-se 2portadoras. . . 971.1 Prin ipaisdistúrbios (fonte: [4℄). . . 5
1.2 Problemas de QEE em lientes industriais. . . 5
1.3 Curva ITI (CBEMA).. . . 9
2.1 Representação vetorial de sags balan eados: . . . 14
2.2 Representação vetorial de sags desbalan eados: . . . 15
2.3 Representação vetorial de sags monofási os: . . . 16
2.4 Histogramados artigos publi ados sobre DVRs. . . 17
2.5 Três métodos de estratégias de ontrole propostos em [5℄. . . 21
2.6 Topologia de Sistema do DVR sem armazenamento de energia: (a) Sistema 1,(b) Sistema 2. . . 22
2.7 Topologia de Sistema do DVR om armazenamento de energia: (a) Sistema 3,(b) Sistema 4. . . 23
2.8 Algumas estruturas de DVR existentes: (a) Conven ional, (b) Transformer-less,( ) Multinível(ponte H),(d) Inversor om seis braços. . . 24
2.9 Modelo bási o daestrutura de DVR onven ional. . . 26
2.10 Modelo bási o daestrutura de DVR om seis braços (6B). . . 28
3.1 Modelo simpli ado doDVR proposto para um sistema genéri o . . . 30
3.2 Cir uitoequivalentemonofási odo transformador de injeção . . . 32
3.3 Modelo Geral . . . 34
3.4 Diagramade blo os para a estratégia de haveamento PWM proposta. . . . 38
3.5 HPWM proposto paratopologiaOEW em uma fase: Modulante eportadora (superior), sinais de gatilho( entro) etensão de pólo(inferior). . . 40
3.6 Tensões no inversor em uma fase: Tensões de pólo individuais (superior), Tensão de modo omum ( entro) e tensão de fase (inferior).. . . 41
3.7 Diagramade blo odo ontrole em malhaaberta . . . 42
3.8 Diagramade blo os doPLL monofási outilizado. . . 43
3.9 Teste do PLLmonofási o utilizado. . . 44
3.10 Variáveismanipuladas noPLL. . . 45
4.1 Tensões nosistema: (a) Rede de alimentação,(b) DVR (se undáriodo trans-formador),( ) Carga. . . 49
4.2 TensõesinjetadaspeloDVR:(a), ( ),(e) Primáriodotransformador,(b), (d), (f) Se undário dotransformador. . . 50
4.3 Ampliação das tensõesinjetadas pelo se undário dotransformador (
v
s123
). . 524.4 Tensões nafase
a
: (a) de referên iadoPWM e(b) noDVR om 1portadora e( ) 2portadoras. . . 534.5 Tensões nafase
b
: (a) de referên iadoPWM e (b) noDVR om 1portadora e( ) 2portadoras. . . 534.6 Tensões nafase
c
: (a) de referên iadoPWM e (b) noDVR om 1portadora e( ) 2portadoras. . . 534.7 Tensão homopolarde referên ia(
v
µ0
) doPWM. . . 544.8 Tensões de pólopara fase
a
. . . 554.9 Tensões de pólopara fase
b
. . . 554.10 Tensões de pólopara fase
c
. . . 554.11 Tensão de modo omum. . . 56
4.12 Tensão entre fases: (a)
v
p12
, (b)v
p23
e ( )v
p31
. . . 564.13 Tensões no sistema: (a) Grid, (b) DVR (se undário do transformador), ( ) Carga. . . 57
4.14 TensõesinjetadaspeloDVR:(a), ( ),(e) Primáriodotransformador,(b), (d), (f) Se undário dotransformador. . . 58
4.15 Tensões injetadas sem ltro. . . 59
4.16 Tensões injetadas om ltro. . . 59
4.17 Tensões Auxiliaresde referên ia. . . 60
4.18 Tensões injetadas om ltro. . . 60
4.20 Tensão
v
nm
em um aso de afundamentobifási o. . . 614.21 TensõesinjetadaspeloDVR:(a), ( ),(e) Primáriodotransformador,(b), (d), (f) Se undário dotransformador. . . 63
4.22 Tensões de pólo: (a), ( ), (e) Inversor A, (b), (d), (f)Inversor B. . . 64
4.23 Tensão de modo omum
v
0a0b
para o aso de afundamento bifási o. . . 654.24 Tensões no sistema: (a) Grid, (b) DVR (se undário do transformador), ( ) Carga. . . 65
4.25 Tensão
v
nm
em um aso de afundamentomonofási o. . . 664.26 TensõesinjetadaspeloDVR:(a), ( ),(e) Primáriodotransformador,(b), (d), (f) Se undário dotransformador. . . 66
4.27 (a) Tensões de referên iae (b) tensõesde pólo.. . . 67
4.28 Tensões haveadas no inversor: (a) pólono inversor A,(b) pólono inversorB. 67
4.29 Tensões nosistemaparaum aso trifási o: (a) Grid, (b) DVR (se undáriodo transformador),( ) Carga. . . 68
4.30 Tensões nosistema para um aso bifási o: (a) Grid, (b) DVR (se undáriodo transformador),( ) Carga. . . 68
4.31 Tensões nosistemapara um aso monofási o: (a) Grid, (b)DVR (se undário dotransformador),( ) Carga. . . 69
4.32 Tensão
v
nm
em três asos de elevação de tensão: (a) trifási a,(b) bifási a,( ) monofási a. . . 694.33 Diagramaesquemáti o da montagemexperimental. . . 71
4.34 Tensões no sistemapara uma fase: (a) Grid, (b) DVR e ( ) Carga. . . 73
4.35 Tensões nolado primáriodotransformadorde injeção doDVR: (a)estrutura onven ional e(b) estrutura proposta. . . 74
4.36 Tensões noDVRem umafase: (a) primáriodotransformador,(b) se undário dotransformadore( ) ampliação datensãonoprimáriodotransformadorde injeção . . . 75
4.37 Tensões noDVR proposto para umafase: tensãode póloefetiva(parte supe-rior),tensão de póloindividualnoinversorA (parte entral) etensãode pólo individualno inversor B (parteinferior). . . 75
4.39 Tensões doDVRduranteotransitório de operação: (a) visãogeral,(b) zoom
noiní iodaoperação e ( ) zoomno nal daoperação.. . . 77
4.40 WTHD datensão gerada peloDVR -
v
p1
.. . . 794.41 WTHD das tensõesgeradas em função do índi ede modulação
m
. . . 794.42 WTHD das tensõesde faseno DVR em função de
µ
0
. . . 804.43 WTHD das tensões de fase no DVR omo função de
µ
1
: (a) Visão geral (b) ampliação daregião em torno deµ
1
= 0, 5
. . . 814.44 WTHD das tensões de fase no DVR em função de
µ
2
: (a) Visão geral (b) ampliação daregião em torno deµ
2
= 0, 5
. . . 814.45 WTHD das tensões de fase no DVR em função de
µ
3
: (a) Visão geral (b) ampliação daregião em torno deµ
3
= 0, 5
. . . 824.46 WTHD das tensões de fase no DVR, om uma portadora, omo função da variávelauxiliarlo al: (a)
µ
1
, (b)µ
2
e( )µ
3
. . . 834.47 Perdas totais nos inversores. . . 86
4.48 Perdas em ada have nos inversores. . . 88
4.49 Afundamento trifási o balan eado: (a) demanda de tensão do barramento, (b) omportamentodas tensõesde linha. . . 90
4.50 Afundamentotrifási odesbalan eado: (a)demandade tensãodobarramento, (b) omportamentodas tensõesde linha. . . 91
4.51 Afundamentobifási obalan eado: (a) demandadetensãodobarramento,(b) omportamento das tensões de linha. . . 92
4.52 Afundamento monofási o: (a) demanda de tensão do barramento, (b) om-portamentodas tensões de linha. . . 93
4.53 tensão gerada em uma fase pelo DVR no enrolamento primário do transfor-madorde injeção: (a) uma portadora, (b) duas portadoras. . . 98
A.1 Plataformade ensaioexperimental. . . 116
QEE Qualidade de Energia Elétri a
CLP Controlador Lógi o Programável
CP doinglêsCustom Power
SDCD SistemasDigitaisde Controle Distribuído
CNC Comando Numéri oComputadorizado
RMS doinglês Root Mean Square
RLC Cir uitoResistivo IndutivoCapa itivo
EMI doinglês Ele tromagneti Interferen e
CUPS doinglês Custom Power Systems
APF doinglês A tive Power Filters
DSTATCOM doinglês Distribution Stati Syn hronous Compensator
DVR doinglês Dynami Voltage Restorer
UPS doinglês Uninterruptible Power Supplies
SSTS doinglês Solid-State Transfer Swit hes
SMES doinglês Super Condu ting Magneti Energy Storage Systems
OEW doinglês Open-End Winding
PWM doinglês Pulse Width Modulation
CA CorrenteAlternada
CBEMA doinglês Computer and Business Equipment Manufa turers Asso iation
ITI doinglês Information Te hnology Industry Coun il
ANEEL Agên ia Na ionalde EnergiaElétri a
IEEE doinglês Institute of Ele tri al and Ele troni s Engineers
EN doinglês European Norm
IGBT doinglês Insulated Gate BipolarTransistor
WTHD doinglês Weighted Total Harmoni Distortion
LV doinglês Low Voltage
MV doinglês Medium Voltage
1
Introdução Geral
Este do umento relataestudos sobredispositivo paraapli açõesdotipoCP (do inglês
Cus-tom Power), bem omo té ni as de ontrole elementares e ara terísti as de seus
elemen-tos. Otipode dispositivotratadoespe i amenteneste trabalhoédenominado restaurador
dinâmi odetensão,ouDVR(doinglêsDynami Voltage Restorer). Neste apítulo,
abordar-se-ão tópi osrela ionadosao ontexto, motivação, introduçãoaos on eitos sobre qualidade
de energia elétri a,normatizações, objetivosdo trabalho, e aorganização geral domesmo.
1.1 Motivação
Qualidade de Energia Elétri a (QEE) é um tema de unho nan eiramente global em
pro- essamento de energia. De fato, alguns estudos já apontaram que, anualmente, bilhões de
dólares são perdidos no setor omer ial e industrial ameri ano, [6℄ e [7℄. No Brasil a situ-ação não é diferente [8℄. Esta perda é onsequên ia dos eventuais problemas asso iados ao mau fun ionamento de diversos equipamentos, argas e até mesmo do próprio sistema de
potên ia, osquais ara terizamquãobaixa poderá ser aQEE em um determinado sistema.
Estes problemas, omumente denominados de distúrbios, são as razões para se bus ar
otimizar os sistemas de potên ia omo um todo. De fato, a proteção ontra distúrbios
tornou-se essen ial devido ao fortale imento do laço de sistemas omputadorizados
(eletro-eletrni os) omsetoresindustriais, omer iaiseresiden iais,fazendo omqueorompimento
É interessante observar que as argas atuais estão mais sensíveis aos distúrbios se
om-paradas àquelas de dé adas passadas. Com isso, justi a-se o ompromisso existente da
on essionária forne er seu produto, energia elétri a, om a melhor qualidade possível ao
onsumidor, e este, estar iente dos prejuízos que podem ser ausados no seu pro esso por
eventuais distúrbios elétri os. Estas argas sensíveisde orrem dos avançoste nológi os
vin- ulados aodesenvolvimento de equipamentos derivados da eletrni a digital e eletrni a de
potên ia.
As prin ipais argas sensíveis no enário industrial são: Equipamentos eletrni os
mi- ropro essados, Controladores Lógi o Programáveis (CLPs), Sistemas Digitais de Controle
Distribuído (SDCD), Comando Numéri o Computadorizado (CNC) e A ionamentos à
ve-lo idadevariável. No enárioresiden ialpodem ser itadasmáquinasprogramáveisde lavar,
omputadores, sistemas de refrigeração, dentre outros.
1.2 Qualidade de Energia Elétri a (QEE)
1.2.1 Denição
A denição para QEE, neste trabalho, é a mesma presente no di ionário de normas do
IEEE: O on eito de alimentação e aterramento de equipamentos eletrni os de tal forma
queaoperaçãodeste equipamentosejaadequadae ompatível omo sistemalo al eos outros
equipamentos. ,[9℄.
Apesar dos diferentes on eitos en ontrados na literatura [9℄ e [10℄, todos onvergem para um mesmo ponto englobando as formas de onda de tensão e orrente em um sistema
de orrente alternada (CA), a presença de harmni os nos sinais de tensão tanto na rede
quanto na orrente da arga, a presença de spikes e afundamentos de tensão momentâneos
1.2.2 Problemas
Os problemas em QEE vem sendo tratados na literaturapor dé adas [4℄, [11℄ e [12℄. Estes problemas são ara terizados basi amente por qualquer divergên ia do perl da forma de
onda físi a no sistema elétri o, semelhante a uma senóide, de uma formade onda senoidal.
Dentre os vários distúrbios existentes, desta am-se os seguintes fenmenos ou grandezas
mensuráveis[13℄:
1. Spike: Trata-se de um evento rápido (ordem de nanosegundos) quando omparado
ao período na rede elétri a (16 ms). O spike é uma abrupta elevação de tensão que
pode atingirváriasvezesovalordepi o darede, seguidoporqueda igualmenterápida.
Um dos agentes ausadores do spike é o haveamento de argas indutivas (motores,
solenóides, ontatores,bobinas,et ). Enm,oprin ipalmotivodosurgimentodospike
é devido aforça ontra-eletromotriz(f. .e.m).
2. Sag ou Dip: Consiste em uma redução no valor RMS da tensão entre 0,1 e 0,9 pu,
tendo uma duração de meio i lo de operação (8,33 ms) a menosde um minuto. Este
tipo de afundamento de tensão pode ser instantâneo, momentâneo e temporário. A
prin ipal ausa dos afundamentos de tensão é a partida de grandes motores elétri os,
porém a onexão de grandes argas também podem gerar esse tipo de distúrbio. Vale
salientar também que a variação de tensão pode vir diretamente da on essionária
de energia elétri a. De um modo geral, o efeito do Sag é sentido prin ipalmente nos
equipamentos eletro-eletrni os, prin ipalmenteos de te nologia dainformação.
3. Subtensão: Ao ontrário doSag, a subtensão tem um períodomaiorde duração. Não
setrata de 30 i los de tensão abaixo danominal, mas de minutos (mais de 60 i los)
a até mesmohoras. Geralmente, a subtensão o orre nos horários de pi o, ou seja,das
18 às 21 horas (fora do horário de verão) e das 19 às 22 horas (durante o horário de
verão).
4. Swell: É uma rápida elevação no valorRMS da tensão entre 1,1 e 1,8 p.u, om uma
duração de 8,33 ms a menos de um minuto. Trata-se de um evento de urta duração
impedân ia em um ramal. A ausên ia dessa arga desestabiliza a rede por um breve
instante gerando um swell. Outra ausa pode ser devido aodesligamentode ban o de
apa itores.
5. Sobretensão: Este, difere do anterior no que diz respeito ao tempo de duração do
evento. Enquanto o swell dura apenas alguns i los de senóide (ordem de ms), a
sobretensão pode durarminutos ou até mesmo horas.
6. Transitório: Consiste em uma variação momentânea indesejável da tensão de
alimen-tação ou da orrente da arga. Transitórios são geralmente lassi ados em duas
ategorias: impulsivo e os ilatório. A prin ipal ausa de transitórios impulsivos são
des argas ara terizadasporrelâmpagos. No asodetransitóriosos ilatórios,estessão
ausados por dispositivosde eletrni a de potên ia bem omo ir uitossnubber RLC.
7. Desbalan eamento de tensão: Trata-se de uma relação da omponente de sequên ia
negativa ou nula om relação à omponente de sequên ia positiva. Em sistemas de
potên ia, tensões de sequên ia negativa ouzero, geralmenteresultam do
desbalan ea-mentode argas ausando a ir ulação deuma orrentedesequên ianegativaounula.
8. Distorção Harmni a: Este efeito surge om o in remento de argas não-lineares, ou
seja, ir uitos haveadosnasinstalações, omoreatoreseletrni os,fontesde
omputa-dores,inversores de frequên ia,entre outros. Osharmni ospresentes nesse fenmeno
são medidoseminteirosmúltiplosdafrequên iafundamentaldafontede alimentação.
Osefeitosmais omuns ausadosdevidoapresençadedistorçãoharmni asão: i)
aque- imento ex es sivo dos abos, ii) Disparo de dispositivosde proteção, iii) Ressonân ia,
iv) EMI, v) Quedado fatorde potên iae vi) Ex esso de orrentede neutro
9. Not hing: O Not hing se enquadra em um aso espe ial dentre os transitórios e a
a distorção harmni a. Sua ara terísti a é de uma perturbação periódi a de tensão
provo adapelofun ionamentonormaldedispositivosdeeletrni adepotên ia,quando
a orrente é omutada de uma fase para outra. Um exemplo é o uso de onversores
trifási os queproduzem ontinuamenteuma orrenteCC.
equipa-11. Outage: Trata-se de uma interrupção aqual tem duração de mais de um minuto.
Algunsdosprin ipaisdistúrbios onsideradosnestetrabalhoestãoilustradosnaFig.1.1, om destaque para afundamento de tensão ( Sag) sendo o prin ipal problema em QEE tratado
neste trabalho.
Figura 1.1: Prin ipaisdistúrbios (fonte: [4℄).
Tomando-se todos os tipos de distúrbios em QEE, os afundamentos de tensão ( Sags),
transitórioseinterrupçõesmomentâneas onstituem92%dosproblemasdeQEEen ontrados
Alguns efeitos ausados por problemas em QEE
NaTabela1.1 tem-sealgunsefeitosdos prin ipaisproblemas omentadosanteriormente om destaque para ossags.
Tabela1.1: Prin ipais problemas eseus efeitos
Distúrbio Efeito
Transitórios Travamento, erro de medida em equipamentos
odonto-médi o-hospitalares, queima de enrolamentos em transformadores, falha de
softwares,queimadepla aseletrni as,travamento,perdadememória
em ontrole de pro esso, parada de máquinas, dentre outros.
Sag Resetindesejado,paradademáquinas, ustosdereparoedeparadade
produção em indústrias ausando forte impa tonan eiro no usuário
nal
Harmni os Calor ex essivo efalta de estabilidade de tensão em transformadores,
"zumbido"audível, dentre outros
Fli ker Radiaçãovisual
Spike Queima de pla as eletrni as, parada de máquinas,queima de fontes
dealimentação,travamento,errode medidaemequipamentos
odonto-médi o-hospitalares
Sobretensão Queima de pla as eletrni as, queima dos enrolamentos em
transfor-madores, saturação, parada de máquinas, dentre outros
1.2.3 Aspe tos Normativos
Comumente, nodesenvolvimentode projetossebus aseguirumpadrão,oqualatingevários
setores em QEE. O resultado são referên ias para se quanti ar a qualidade de energia
elétri a em um enário de disputa ompreendido pelas on essionárias, as quais am om
o dever de riar níveis mínimos a eitáveis de qualidade de energia [11℄. Os padrões variam de a ordo om a região. Três tiposde normassão desta adas nestaseção.
IEEE 1159 (1995)
Trata-se de uma práti a ameri ana de re omendações pelo IEEE que dene, ara teriza
e interpreta os fenmenos eletromagnéti os que ausam problemas à qualidade de energia
Tabela 1.2: Cara terísti as típi as dos problemas em QEE segundo IEEE 1159 [1℄ Categorias Conteúdo espe tral Duração Magnitude de tensão 1.0 Transitórios 1.1 Impulsivo 1.1.1Nanosegundo 5 ns < 50ns 1.1.2Mi rosegundo 1
µ
s 50 ns 1.1.3Milesegundo 0,1 ms > 1ms 1.2 Os ilatório 1.2.1Baixa frequên ia < 5 kHz < 0,3 - 50ms 0 - 4pu 1.2.2Média frequên ia 5 - 500 kHz < 20µ
s 0 - 8pu 1.2.3Alta frequên ia 0,5 -5 MHz < 5µ
s 0 - 4pu 2.0 Variações de urta duração2.1 Instantânea 2.1.1Sag 0,5 -30 i los 0,1 -0,9 pu 2.1.2Swell 0,5 -30 i los 1,1 -1,8 pu 2.2 Momentânea 2.2.1Interrupção 0,5 -3s <0,1 pu 2.2.2Sag 30 i los -3s 0,1 -0,9 pu 2.2.3Swell 30 i los -3s 1,1 -1,4 pu 2.3 Temporária 2.3.1Interrupção 3s - 1min <0,1 pu 2.3.2Sag 3s - 1min 0,1 -0,9 pu 2.3.3Swell 3s - 1min 1,1 -1,2 pu
3.0 Variações de longa duração
3.1 Falta > 1min 0,0 pu
3.2 Subtensão > 1min 0,8 -0,9 pu
3.3 Sobretensão > 1min 1,1 -1,2 pu
4.0 Desbalan eamento de tensão regime perm. 0,5 -2%
5.0 Distorção naforma de onda
5.1 Oset regime perm. 0 - 0,1%
5.2 Harmni os 0-100
o
harm. regime perm. 0 - 20%
5.3 Interharmni os 0 - 6kHz regime perm. 0 - 2%
5.4 Not hing regime perm.
5.5 Ruído banda larga regime perm. 0 - 1%
6.0 Flutuaçõesde tensão 25 Hz intermitente 0,1 -7%
7.0 Variaçãona frequên ia <10 s 0
As durações das ategorias desta adas estão orrela ionadas om o tempo de atuação
da proteção e adivisão das durações re omendadas pororganismos té ni os interna ionais,
EN 50160
Esta norma des reve as ara terísti as de tensão no sistema de distribuição europeu. Ela
lassi aafundamentos de tensãoe eventuais interrupções. A maioriados eventos des ritos
são rela ionados a transitórios de sobretensão, sobretensão temporária, sags e interrupções
de longa e urta duração, onformemostra a Tabela1.3.
Tabela1.3: Cara terísti as das variaçõesde tensãosegundo EN 50160,[2℄
Tipo Magnitude de tensão Duração
Interrupção de urta duração < 0,01 pu 0,5 i los-3min
Interrupção de longa duração < 0,01 pu > 3 min
Sag 0,1 -0,9 pu 0,5 i los-1min
Transitóriode sobretensão > 1,1 pu
-Sobretensãotemporária > 1,1 pu
-ANEEL: Pro edimentos de Distribuição - Módulo 8
ÉumanormabrasileirasobreosPro edimentosdeDistribuição(Prodist)paraaqualidadede
energiaapli adasàs on essionárias de energiaelétri abrasileiras. Nesta norma
en ontram-se ara terísti as, terminologiaeparâmetrosdoseventos asso iadosavariaçãode tensãoem
urtaduraçãotais omoswells,sagseinterrupções. Namesma,en ontra-seoestabele imento
de metodologiapara apuração dos indi adores de ontinuidade.
Tabela 1.4: Classi ação das variações de tensão de urta duração segundo a
ANEEL, [3℄
Classi ação Duração Magnitude de tensão
1.0 Momentânea 1.1 Interrupção < 3s <0,1 pu 1.2 Sag 1 i lo - 3s 0,1 - 0,9 pu 1.3 Swell 1 i lo - 3s >1,1 pu 2.0 Temporária 2.1 Interrupção 3s - 1min <0,1pu 2.2 Sag 3s - 1min 0,1 - 0,9 pu 2.3 Swell 3s - 1min >1,1 pu
1.2.4 Curva de sensibilidade ITI (CBEMA)
A CBEMA(do inglês Computerand BusinessEquipment Manufa turers Asso iation),uma
asso iaçãodefabri antesde equipamentos, eoITI (doinglêsInformationTe hnology
Indus-try Coun il), um grupo voltado para osinteresses daindústria de informáti a, propuseram
uma urva de sensibilidade onhe ida omo urva ITI/CBEMA, ver Fig. 1.3, nointuito de avaliaraqualidadedatensãoemum sistemadepotên ia omrelaçãoaos eventos asso iados
às variações de tensão em urta e longaduração.
Esta urva des reve a tolerân ia típi a de diferentes tipos de omputadores sujeitos a
variações de tensão. Assim, esta urva vem se tornando referên ia para projeto de
equipa-mentos mais sensíveis a serem apli ados nos sistemas de potên ia [11℄. Observa-se que os equipamentos sensíveis itados anteriormente dizem respeito a equipamentos de te nologia
de informação e omputadores. Logo, esta urva não se apli a a todos os tipos de argas
sensíveis. A apli ação desta urva é mais apropriada para equipamentos que operam om
tensão nominalem torno de 120 Volts efrequên ia nominalem 60Hz.
1.2.5 Soluções Baseadas em Eletrni a de Potên ia
Conforme é omentado em [6℄,existem dois possíveis grupos de soluções para osproblemas em QEE. O primeiro visa garantir que os equipamentos usados nos pro essos (industriais,
omer iaisouresiden iais)sejammenossensíveisaosdistúrbios. Osegundo onsistena
insta-lação de dispositivos ustomizados para eliminar ou ompensar os distúrbios. A Eletrni a
de Potên iaestá inseridafortemente nosegundo grupo.
Dentre osváriosdispositivosparaCUPS (doinglêsCustom PowerSystem)desta am-se:
•
FiltrosAtivosde Potên ia: Presente naliteratura omo APF (do inglês A tive Power Filters), estes dispositivos são apazes de ompensar distúrbios omo harmni os deorrente etensão;
•
Sistemas de armazenamento de energia: Citados na literatura omo BESS (do inglês Battery Energy Storage System), são apropriados para sistemas de energia renovávelbem omo nos ir uitos auxiliares e deslo amentos de arga omumente en ontrados
em linhas de distribuição;
•
Compensador estáti ode distribuição: Comumente onhe ido omo DSTATCOM (do inglês Distribution Stati Syn hronous Compensator), é uma solução adequada paravariação de tensão. Esta solução é ara terizada por um tipo de ompensação em
paralelo;
•
Restaurador Dinâmi o de Tensão: Normalmente referen iado omo DVR (do inglês Dynami Voltage Restorer), é indi ado para ompensar afundamentos de tensão. Adisposição deste dispositivose ara terizaporuma ompensação série. Maiores
expli- ações serão apresentadas om relação aeste dispositivo;
•
Fonte de tensão ininterrupta: Conhe ido na literatura omo UPS (do inglês Uninter-ruptible Power Supplies)é apaz de solu ionar amaiorpartedos distúrbios existentesem QEE. Sua estrutura é omposta por um onversor ba k-to-ba k . Devido a isso
apresentauma altarelação usto/benefí io;
uma faltautilizandooutra unidade alimentadorade uma linha de distribuição;
•
Sistemasde armazenamentodeenergia ommaterialmagnéti osuper ondutor: Geral-mente itados omo SMES(do inglêsSuper ondu tingMagneti Energy Storage)éumsistema de te nologia avançada om altíssima apa idade de armazenamentode
ener-gia, apazde ompensar interrupções de tensãoporémapresenta um elevado usto no
mer ado atual;
Três dispositivos (UPS, DVR e SSTS) foram desta ados pelo fato de orrigir o mesmo
tipo de distúrbio, os afundamentos de tensão (ou Sags). Uma omparação entre estes três
tiposde dispositivosfoifeitaem[15℄emedianteesta omparação on lui-sequeSTSSpossui melhor relação usto/benefí io aso exista um alimentador se undário. Caso ontrário, o
DVR é onsiderado a melhor solução em relação ao usto/benefí io. Na Tabela1.5, tem-se as prin ipais ara terísti asde ada dispositivo.
Tabela 1.5: Comparativoentre as soluções desta adas para variaçõesde tensão
Dispositivo Distúrbi o Armazenamento
de Energia
Custo Perdas
UPS Interrupções,swells
e sags
Sim Alto Elevadas
DVR Sags e Swells Sim Médio Baixas
SSTS Interrupções,swells
e sags
Não Baixo Baixas
1.3 Objetivos do trabalho
EstetrabalhopropõeumaestruturadeDVR onsistindodeumatopologiadeinversorde
ten-são onhe ida omodotipoOpen-End-Winding (OEW)usada omumenteparaalimentação
de máquinaselétri astrifási aseapli açõesvoltadasparaestruturas multinível. Comotipo
de inversor OEW, o DVR proposto apresenta ara terísti as de utilização de barramentos
isolados om umnívelde tensãoinferiorse omparado om aestrutura onven ional. Muito
embora não seja alvo deste trabalho, o DVR proposto pode possuir também ara terísti a
As prin ipais ontribuiçõesbus adas neste trabalhosão:
•
Desenvolvimento de uma estratégia de modulação PWM Híbrida adaptada para a onguraçãode inversor tipoOEW;•
Estudo omparativodasperdas naestrutura de onversorOEWutilizado om a estru-tura onven ional ede seis braços;•
Cara terísti asobservadas omrelaçãoaosdemaiselementos doDVRtais omo trans-formadoresde injeção,e ltros de altafrequên ia do PWM;•
Implementação de um protótipopara validação dos resultados de simulação.1.4 Con lusão
Este apítulo introduziu alguns on eitos onsiderados importantes para o enquadramento
fun ional dotrabalhode dissertaçãoapresentado. Dentre os problemas existentes em QEE,
aqueles em que os DVRs podem mitigar são: i) elevações de tensão ( swells), ii)
afunda-mentos de tensão ( sags), iii) distorção naforma de onda e iv) desbalan eamento de tensão
na rede. No entanto, neste trabalho, apenas os afundamentos de tensão (balan eados e
2
O Restaurador Dinâmi o de Tensão
(DVR)
Este apítuloapresenta on eitos bási os sobre o Restaurador Dinâmi ode Tensão (DVR).
Aqui,en ontra-seumabreve revisãosobreostrabalhosjá realizadosnaliteraturabem omo
ara terísti aselementaressobreostiposdeafundamentosdetensão,modelagemeestrutura
de DVR usadas para estudos omparativos om a estrutura proposta OEW.
2.1 Considerações quanto aos afundamentos de tensão
Os afundamentos de tensão são tidos omo o tipo de problema mais dispendioso em QEE
e, também, de maior relevân ia [16℄, [17℄ e [18℄. As ara terísti as quanto à intensidade e duração deste evento já foram apresentadas nas Tabelas 1.2, 1.3 e 1.5. No entanto, existe outro parâmetro presente nos afundamentos de tensão omumente onhe ido omo salto de
fase, oqual já foi abordadoem [5℄.
Gra amente, o sag já foi apresentado naFig. 1.1. Porém, para estudos de té ni as de dete çãoeestratégias de ontroledeve-se bus arsuarepresentaçãovetorial. Assim, deni-se
fasorialmenteo sag omo:
V
sag
=
Vpre
sag
−
Vpos
Basi amente, no que diz respeito aos tipos de afundamentos de tensão ( sags), pode-se
subdividi-los em três grupos:
1. Balan eados: Nestegrupoen ontram-seosafundamentosdetensãotrifási osebifási os
equilibrados om ousem salto de fase, onformeilustra a Fig. 2.1.
(a)Trifási osemsaltodefase (b)Bifási osemsaltodefase
( ) Trifási o omsalto (d)Bifási o omsalto
2. Desbalan eados: Estegrupoenglobaosafundamentosdetensãomonofási os,trifási os
ebifási osdesequ ilibrados omousem saltode fase, onformepode-se observaralguns
exemplos naFig. 2.1.
(a)Trifási osemsaltodefase (b)Bifási osemsaltodefase
( ) Trifási o omsalto (d)Bifási o omsalto
3. Monofási os: Alguns exemplosestão dispostos naFig. 2.3.
(a)Sem saltodefase (b)Comsaltodefase
Figura 2.3: Representação vetorial de sags monofási os:
O DVR deve ser apaz de mitigar todos os exemplos de sags apresentados. No
en-tanto, algumas limitações podem ser levadas em onsideração om relação a profundidade
doafundamento, ouseja, aintensidade do vetor V
sag
des ritonaEquação 2.1.2.2 Revisão Bibliográ a
Nesta seção serão apresentados alguns trabalhados tratando-se do restaurador de dinâmi o
de tensão (DVR) bem omo estratégia de modulaçãoPWM em estruturas OEW.
2.2.1 Introdução
O DVR surgiu omoproposta para solu ionar um dos prin ipais problemas en ontrados no
enáriode qualidadede energiaem CUPS(do inglêsCustom Power System): afundamentos
de tensãoou omumente onhe idos omo sags. De fato,asquedas detensõespodem ausar
urta duração, em alguns asos, pode justi ar a ne essidade de se inserir equipamentos
baseados em eletrni a de potên ia para ompensar a baixaqualidadede energia[19℄. A orreção de afundamentos de tensão torna-se desejável em apli ações que possuem
potên ia desde entenas de watts até entenas de megawatts [20℄. O DVR é tido omo um dos dispositivos mais onhe idos para tratareste tipode problema.
Dentre osoutros dispositivos itados no apítulo anterior,o DVR pode ser onsiderado
omoumdispositivore ente,vistoqueseusestudosnãopassamdeduasdé adasnaliteratura
ientí a, onforme ilustra a Fig. 2.4. Este resultado engloba artigos de onferên ias e revistas listados noban o de dados doIEEE [21℄.
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
0
10
20
30
40
50
60
70
Ano
Artigos publicados
Figura2.4: Histogramados artigospubli ados sobre DVRs.
No iní io, a on epção de um DVR seguiam rami açõespróprias onforme ada autor
estabele ia. Porém, hoje em dia já existe uma denição sólida deste dispositivo. Assimum
DVR onsiste, basi amente, de umdispositivobaseado em onversoresestáti osde potên ia
apaz de proteger argas ríti asde quaisquerdistúrbios lo alizadosnolado de alimentação
de um sistemaelétri o, om ex eção de interrupções de longa duração [22℄.
2.2.2 Primeiros estudos e testes fun ionais
Os primeiros DVR foraminstalados, nos Estados Unidos, para uma fábri a de tapetes e na
Austrália para uma indústria de lati ínios, no nal da dé ada de 90, respe tivamente, [23℄ e[24℄. Em1997,umagrande ompanhiaeuropéiadestinadaaproduçãodepapel,ne essitava ompensaros ustos de paradade produção devido aos afundamentos de tensão. Ela optou
tamanho e usto. O DVR projetado para este lienteera de 4 MVA e tinha apa idade de
injetar 50% de tensão om duração em torno de 300ms [25℄.
O enquadramento fun ional do DVR em sistemas de distribuição foi testado por
Abi-Samra et al.[26℄ eStump et al. [27℄.
Abi-Samraetal.[26℄apresentamresultadospráti osdeumDVRde2MVA,desenvolvido pela Westinghouse, através da apli açãode faltas, separadamente, em diferentes pontos de
um sistema distribuição elétri o. Os mesmos onstataram que o DVR é apaz de suprir
e absorver tanto reativos quanto ativos no sistema. Uma vez que na maioria dos asos
pequenos distúrbios podem ser restaurados tro ando-se apenas energiareativa. Jáno outro
enário,distúrbios om magnitudesmaiores, oDVR deve suprir energiaativa para a arga.
Stump et al. [27℄ justi am a ne essidade do uso do DVR no enário de qualidade de energia elétri a. Onde, a partir da norma IEEE 1100-1992, foram abordados aspe tos
té ni osimportantesparatratarosefeitosrela ionadosaosafundamentosdetensãopresentes
em uma rede de distribuição de média e alta tensão. Ainda em [27℄, são apresentados um DVR e um ompensador estáti o de distribuição (DSTATC OM), desenvolvidos pela
Westinghouse omosoluçõespara ompensação em série(DVR)ouparalelo(DSTATC OM),
reduzindo, assim, a vulnerabilidade do sistema. Woodley et al. [23℄ realizaram um estudo detalhado do primeiro DVR instalado para uma fábri a de tapetes na Carolina do Norte,
em 1996, desenvolvido pela Westinghouse. Neste estudo observa-se um sistema de proteção
bypass do DVR que utiliza um SCR omo interruptor om objetivo de urto ir uitar o
se undário do transformador para garantir total isolamento do DVR quando submetido
a elevados níveis de orrentes da arga a jusante. Além disso, os autores observaram o
omportamento do DVR perante diferentes níveis de afundamentos de tensão, atingindo
assim asos extremos emédios orrespondendo a afundamentos de 13%, 33% e88%.
No iní io do sé ulo XXI, área de estudos de ompensação série em sistemas de
dis-tribuição era relativamente nova. Naquela épo a, Peng et al. propuseram o uso de ltros
ativos série em onjunto om ltros ativos paralelos [28℄. A partir desta proposta de fusão dos ltros ativos, Fujita e Akagi [29℄ propuseram um dispositivo que ondi ionava a quali-dadede energiade formauni ada,este dispositivo ara onhe ido omoUPQC (do inglês
tensão, orrentes de sequên ia negativa, e harmni os. Estes dispositivos também são
on-he idos omo ltros ativos universais [30℄, [31℄. Muito embora estas e outras alternativas tenham sido relatadas, soluções usando DVR para ompensação série, persistem omo as
mais atrativas quando seleva em onsideração o usto omparado às demais.
Mesmo aindasendoum equipamentode uso omer ialraro naépo a(devido aoelevado
usto), os testes realizados om DVRs possibilitaramlevantar ara terísti asdo sistema de
proteção do equipamento e armazenamento de energia dos mesmos em um enário práti o
[23℄, [32℄,[33℄.
Defato,osfabri antes de ondi ionadoresde energia(tais omoABB)têm entradosua
produçãode DVR emequipamentos de potên iassuperiores a2MVA,parâmetro quenão se
adequaaosnúmerosbrasileiros,ondeas argassensíveispossuempotên iasbemmenores[34℄. Conforme [35℄, para uma potên ia inferior a 500kVA, faixa onde se en aixariam a maior partedas argasindustriaissensíveisadistúrbiosde urtaduração noBrasil,osdispositivos
semi ondutores e demais omponentes teriam usto baixo su iente para se tornar viável a
apli açãodoDVR na indústriana ional.
2.2.3 Controle do DVR
A partir das publi ações pioneiras, sobre DVRs, observou-se a ne essidade do estudo de
estratégias de ontrole na estrutura dos mesmos. Estes estudos foram bem explorados em
[22℄, [5℄,[36℄,[37℄,[38℄,[39℄,[40℄,[41℄.
Nos artigos de Gosh e Ledwi h [22℄, Gosh e Joshi [40℄ e Kanjiya, Singh e Jayaprakash [41℄ são propostas estratégias de ontrole envolvendo a teoria de omponentes simétri as instantâneasem onjunto omrelaçõesdatransformadadeFourierparaobtençãodosfasores
rela ionados às omponentes simétri as.
Em [22℄, durante eventuais análises do DVR em um sistema de distribuição, os autores estipularam a ondição em que no regime esta ionário o DVR não deve forne er qualquer
energia ativa. Isto impli a que a diferença dos ângulos entre os fasores tensão no DVR e a
orrentenalinhadeveserde90 o
. Assimtrês asosforamlevadosem onsideração: (i) aso1:
natensão daredeestar em fase oma tensãona arga. Considerando queambas astensões
(rede e arga) estejam om a mesma amplitude, (ii) aso 2: a arga é puramente resistiva:
este aso ara teriza queas magnitudesdas tensõesna argae rede nun a serão iguais aso
oDVR deixe de ompensar om energiaativa,e(iii) aso 3: aso genéri o em quesão feitas
análises fasoriais de diferentes pontos possíveis de operação do DVR e veri am-se pontos
parti ularesem queoDVR pode injetar omínimode tensãopossível, sendoestes pontos os
mais desejáveis.
Notrabalhode GosheJoshi[40℄,foipropostoum algoritmoparageraçãodas tensõesde referên ia para regulação doDVR perante ondições de desbalan eamento eharmni as na
tensão da rede. Ainda neste, foi usada uma té ni apara extração dasequên ia positiva no
intuitode forçaoDVRauma ompensação em regimepermanentebalan eadaporum i lo
e meio de operação do sistema. A vantagem deste esquema é que o mesmo não demanda
energiaativa doDVR.
Aproposta deKanjiya,SingheJayaprakash[41℄foradeextrairassequên iaspositivase negativasdosistemadealimentaçãoe ompara-las omastensõesne essáriasna argaporém
em seu algoritmo é estabele ido que as tensões geradas pelo DVR devem ser forçadamente
em quadratura om a orrente na rede, om isso não é ne essária o gasto de energia ativa
dobarramentodoDVR.Emseusresultados osautoresvalidamaestratégiade ontrole om
simulaçõeseexperimentais onsiderandotantoafundamentos de tensão,harmni osnarede
e elevaçõesde tensão. Porém, a análise de desempenho perante saltos de fase é desprezada
neste trabalho.
Nielsen, Blaabjerg eMohan [5℄ propuseramtrês métodos de ontrole para ompensação tanto da amplitude omo o deslo amento de fase. Porém apenas dois (dos três) métodos
são testados. Basi amente, ostrêsmétodos ara terizam-sepeloDVRgeraruma tensãoque
garantaa ompensação omafaseigualàqueladoestadoanterioraoafundamentode tensão
(método1: pre-sag ompensation),oDVRgeraumatensãoem fase omatensãomedidano
sistema após o afundamento (método 2: in-phase ompensation), o DVR gera uma tensão
defasadaem 90 o
om relaçãoà orrenteda arga(método3: energyoptimal ompensation).
Oprimeirométodomantém atensão na argaquase inta ta,o segundo métodoiráimporo
seus ontemporâneos. A Fig. 2.5 ilustra ades rição dos fasores onforme ada método.
Figura2.5: Três métodos de estratégias de ontrole propostos em [5℄.
Os métodos de ontrole para DVRs podem ser realizados tanto do tipo ante ipativo
( Feedforward) quanto do tipo realimetados ( Feedba k), [36℄. Por razões de simpli idade, é normalen ontrar apenas resultados de testes de simulação e experimentaisfeitos em malha
aberta [37℄. De fatoestes métodos mais simples são omunsnos trabalhos em que ofo oou a ontribuiçãotem maiorpeso em outro aspe to. Todavia, Nielsen et al. já implementaram
sistemas om estratégia de ontrole em malha fe hada [37℄,[38℄,[39℄.
2.2.4 Topologias do sistema
Diferentes tiposde topologiasdosistema paraDVRs podem ser obtidas vistoqueo sistema
de armazenamento de energia pode ser obtido apartir de diferentes maneiras.
Nos trabalhos publi ados porNielsen e Blaabjerg [37℄ e [38℄, foram omparados quatro tipos de topologias possíveis om relação ao sistema omo um todo. Eles lassi aram os
sistemas omo:
•
Sem armazenamentode energia:Sistema 1: A energia do DVR provém de um reti ador one tado ao lado da
unidade alimentadora, onformeilustra Fig. 2.6(a).
(a)
(b)
Figura 2.6: Topologia de Sistema do DVR sem armazenamento de energia: (a)
Sistema 1,(b) Sistema2.
•
Com armazenamentode energia:Sistema 3: A energia do DVR está armazenada no barramento CC, onforme
ilustra Fig. 2.7(a). Observa-se que neste aso a tensão do barramento CC é variável e limitada.
Sistema 4: Sistema 4: A energia do DVR provém de uma unidade arbitrária
de armazenamento om um ontrole do barramento CC, que pode ser mantido
onstante, onforme ilustra Fig. 2.7(b). Esta topologia também está relatada em [43℄.
Na omparação entre as quatro topologias, os autores levaram em onsideração alguns
fatores omo usto, omplexidadedosistema, omplexidadedo ontrole,dentreoutros. Com
isso, elesavaliaramqueosistema2foraomelhorseguidodosistema4,sistema3eosistema
(a)
(b)
Figura 2.7: Topologia de Sistema do DVR om armazenamento de energia: (a)
Sistema 3,(b) Sistema4.
2.2.5 Congurações dos inversores
Algumas topologias de inversores já foram desenvolvidas para implementação em DVRs.
Dentre as ongurações existentes, desta am-se: (i) inversor em ponte ompleta om três
braços ( onven ional), (ii) sem transformador de injeção ( transformerless) [44℄, (iii) multi-nível, (iv) inversor om seis braços [45℄, (v) topologiade onversor do tipo matriz[46℄, (vi) topologia de onversor omo fonte Z [47℄ e (vii) topologia de om nove haves [48℄. Porém nãofoien ontradonenhumtrabalho ontemplandoumestudo omparativodestastopologias
de inversores apli adas à DVR, onforme ilustra a Fig. 2.8. Neste trabalho, as estruturas onven ionais e a seis braços (6B) serão levadas em onsideração pelo fato de serem mais
(a) (b)
( ) (d)
Figura 2.8: Algumas estruturas de DVR existentes: (a) Conven ional, (b) T
rans-formerless , ( ) Multinível(ponte H), (d) Inversor om seis braços.
2.2.6 Modulação PWM
A estratégia de haveamento por PWM tem sido vastamente utilizada nos onversores
eletrni os de potên iasdevidoa possibilidadede trabalhar om tensõese frequên ias
difer-entes das utilizadas narede de alimentação.
Os dois métodos de haveamento PWM mais utilizadas na literatura são: (i) PWM
vetorial (SVPWM) e (ii) PWM senoidal (SPWM) onhe ido também omo PWM lássi o
binando a teoria do PWM vetorial e a fa ilidade de implementação do PWM lássi o. A
este métodofora denominadoPWM híbrido.
Até ni adePWMhíbridofoipropostaporBlasko[49℄em1996. Ondedasváriasanálises omosparâmetrosfeitas,desta am-se: (i)desenvolvimentodeumaexpressãootimizadapara
ofatorde distribuiçãoderodalivre(
µ
) omlinearidadeestendidaaté1,154,(ii)reduçãonasperdas de haveamento, e possibilidade de redução do ripple na orrente de arga perante
es olha domelhorvalorde
µ
.Uma abordagem simples introduzindo formas de onda não-senoidais fora feita por
Ja- obinaet al.[50℄. Alémdisso, onsta-sea introduçãode umatensãoauxiliar orrespondente a uma omponente de sequên ia zero na denição das tensões de pólo do memo onversor
de três braços( onven ional) tratadoem [49℄, sendovalidadasvia implementaçãodigital. Uma revisão bem detalhada fora feita por Edison et al. [51℄, neste trabalhos foram revisadas as té ni as de PWM senoidal (SVPWM) e baseadas em portadoras (CPWM)
existentesnaliteraturaatéomomento. Alémdisso,apresentaram-setrês possibilidadespara
al ularalarguradospulsosPWMapósadiçãodosinalhomopolar. Osmesmospropuseram
um algoritmogenéri o e adaptado para o ontrole de onversores de três nível tipo NPC e
fonte Z, om resultados validadosexperimentalmente.
Neste trabalho é fo ado a estratégia de haveamento por PWM Híbrido em fa e as
suas vantagens de implementação, aproveitamento do barramento, e redução do esforço
omputa ional om relação aoPWM vetorial.
2.3 Breve des rição da estratég ia PWM para estrutura
onven ional
Os inversores trifási os utilizados são dotipo VSI, e seu modelo onven ionalrepresentado
por havesdotipoIGBTestádesta adonaFig.2.9. Osestadosdas havessão ara terizados por variáveisbinárias. Maiores detalhes referente aomodelo serão apresentados no apítulo
Figura2.9: Modelo bási o daestrutura de DVR onven ional.
Pela LKT, tem-seque as tensões noprimáriodo DVR onven ionalserão dadas por:
v
p1
= v
10
+ v
00n
(2.2)v
p2
= v
20
+ v
00n
(2.3)v
p3
= v
30
+ v
00n
(2.4)Onde
v
00n
orresponde àdiferençade tensãodointermediáriodobarramentoCC"0
"eoponto omum"
0n
"dos transformadoresde injeção(ligadosem estrela). Observa-sequeparaum aso equilibrado:
v
00n
= −
1
3
P[v
k0
]
, omk = {1, 2, 3}
.A des rição das tensões de pólo de referên ia é feita de forma análoga a feita em [50℄ e [51℄. Sejam
v
∗
p1
,v
∗
p2
ev
∗
p3
as tensões trifási as que sedeseja imporaos terminaisprimáriosdos transformadores de injeção no momento em que o afundamentode tensão é dete tado.
de uma omponente de sequên ia zero às tensões de pólo de referên ia
v
∗
10
,v
∗
20
ev
∗
30
:v
∗
10
= v
∗
p1
+ v
x0
∗
(2.5)v
∗
20
= v
∗
p2
+ v
x0
∗
(2.6)v
∗
30
= v
∗
p3
+ v
x0
∗
(2.7)Observa-se queatensão
v
∗
x0
representauma omponentehomopolareédenida peranteos valores de máximoe mínimodas tensões de referên ia
v
∗
pk
, omk = {1, 2, 3}
respeitando os limitesde tensãono barramentoV
dc
2
.2.4 Breve des rição da estratég ia PWM para estrutura
om seis braços
Omodelonestaestruturaésemelhanteaodaestruturaanterior,diferindoapenasatopologia
doinversor omopode-seobservarnaFig.2.10. Estatopologiatratadeuminversoremponte ompleta om seis braços. Assim, pode-se veri ar que a mesma pode operar de forma
independente, ou seja, omo três monofási osisolados. Assim, a estratégia PWW adotada
onsiste na omparação diretamente das tensões de referên ia de pólo om as tensões de
referên iaa serem injetadas peloDVR.
Assim, uma solução trivial para a estratégia de haveamento, a qual será usada nos
estudos omparativosé regidapelas seguintes equações:
v
∗
1a0
=
v
∗
p1
2
(2.8)v
∗
1b0
= −
v
∗
p1
2
(2.9)v
∗
2a0
=
v
∗
p2
2
(2.10)v
∗
2b0
= −
v
∗
p2
2
(2.11)v
∗
3a0
=
v
∗
p3
2
(2.12)v
∗
3b0
= −
v
∗
p3
2
(2.13)Figura2.10: Modelo bási o da estrutura de DVR om seis braços (6B).
2.5 Con lusão e onsiderações
Neste apítulo foram levantados os prin ipais estudos rela ionados ao tema deste trabalho
atravésdeumarevisãobibliográ a. Osestudostratamdediferentesaspe tospartindodesde
surgimento até topologias e estratégias de ontrole bem omo algoritmos de haveamento
PWM. Uma breve des rição do PWM usado nas estruturas onven ional e de 6 braços foi
feita visto que estas estruturas serão usadas para estudos omparativos. Observa-se que
no PWM des rito para a estrutura de seis braços não se pode introduzir a omponente de
sequên ia zero (homopolar) na denição de suas tensões de pólo de referên ia
v
∗
1a0
,v
∗
1b0
,v
∗
2a0
,v
∗
2b0
,v
∗
3a0
,v
∗
3b0
. Além disso tem-se que o padrão das tensões de pólo do onversor nestaestrutura propor ionarámaioresníveisdeTHD. Este omentárioserá on retizadono3
Restaurador Dinâmi o de Tensão (DVR)
Proposto
Neste apítulo será apresentada a estrutura do DVR Proposto. A estrutura proposta
tam-bém poderá ser identi ada omo OEW dentre os omentários feitos em sequên ia. Aqui,
en ontram-se aspe tos onsiderados importantes referentes àmodelagem dos prin ipais
ele-mentos presentes nesta estrutura.
3.1 Modelo do DVR Proposto
3.1.1 Introdução
Um modelo simpli ado para o DVR (Restaurador Dinâmi o de Tensão) proposto neste
trabalhoestáapresentadonaFig. 3.1. Estemodelo onsiste,basi amente,noarranjodedois inversoresemsérie, one tadosdiretamenteaostransformadorestrifási osdeinjeção. Assim,
oselementos bási osdoDVRsão: i)Doisinversores VSIde três braços,ii)Transformadores
trifási osdeinjeçãoeiii)duasunidadesdearmazenamentodeenergia(barramento apa itivo
CC).Observequeummodelomaisrobustopodeserobtidoadi ionando-seltrospassivosdo
tipoLCouC(dependendodafaixadeoperaçãonominaldoDVR)eumsistemadeproteção
bypass omposto por haves para isolar ompletamente o DVR durante a operação normal
Figura3.1: Modelo simpli adodo DVR proposto para um sistemagenéri o
3.1.2 Modelo dos inversores trifási os
O inversor trifási o utilizado é do tipo VSI, e seu modelo onven ional representado por
haves dotipo IGBT está desta ado naFig. 3.1.
As haves são tratadas omo ideais a nível de simulação. Onde, eventuais perdas serão
onsideradas omaadiçãodeumblo oanalisadordeperdas,propostopor[52℄,nodiagrama esquemáti o dosistema. Cada haveé representada porum IGBT (unidire ionalem tensão
e orrente) om um diodo one tado em antiparalelo. As haves são representadas peloseu
estadobinário(0
→
haveabertaou1→
havefe hada)epara ada haveexiste outra haveomplementar,isto é:
q
k
= 1 − q
k
(3.1)em que k=1,2,3.
Cadabarramento apa itivoérepresentadoporduasbateriasemsériedeformasimétri a,
referen iadas omo
±v
∗
ca
/2
para o inversor A e±v
∗
cb
/2
para o inversor B. Estas tensões são omumente obtidas pela reti ação e ltragemde um sistema trifási o de alimentação.Equações elétri as
O estado de ondução das haves e a tensão no barramento CC denem as tensões de pólo
dos inversores:
v1
a
0
a
= (2q
1
a
− 1)
v
ca
2
(3.2)v2
a
0
a
= (2q
2
a
− 1)
v
ca
2
(3.3)v3
a
0
a
= (2q
3
a
− 1)
v
ca
2
(3.4)v1
b
0
b
= (2q
1
b
− 1)
v
cb
2
(3.5)v2
b
0
b
= (2q
2
b
− 1)
v
cb
2
(3.6)v3
b
0
b
= (2q
3
b
− 1)
v
cb
2
(3.7)onde:
v
ca
ev
cb
são as tensões dobarramentoCC nos inversoresA e B, respe tivamente.Pela LKT, tem-seque as tensões noprimáriodos transformadoresserão dadas por:
v
p1
= v1
a
0
a
− v1
b
0
b
+ v0
a
0
b
(3.8)v
p2
= v2
a
0
a
− v2
b
0
b
+ v0
a
0
b
(3.9)v
p3
= v3
a
0
a
− v3
b
0
b
+ v0
a
0
b
(3.10) em que:v0
a
0
b
= −
1
3
P[vk
a
0
a
− vk
b
0b]
, omk = {1, 2, 3}
.Assim, uma estratégia de PWM pode ser desenvolvida para maximizar o número de
níveis e onsequentementereduzir o THD das variáveisproduzidas pelos inversores.
3.1.3 Modelo e espe i ações dos transformadores de injeção
Osparâmetrosdos transformadoresde injeçãoforamobtidosatravésde testesexperimentais
referen iados em [53℄, usandouma ponte LCRde medição
4263
B daAgilent. Osprin ipais parâmetros obtidos e utilizados em alguns resultados de simulação en ontram-se na Tabela3.1.
Na Fig. 3.2 tem-se o modelo do transformador de injeção. Neste modelo,
R
p
eR
s
representam as resistên ias dos enrolamentos primário e se undário, respe tivamente.L
p
Tabela 3.1: Parâmetros dos transformadoresde injeção
Des rição Abreviação Valor
Resistên ia dos
enrolamen-tos
R
p
= R
s
490mΩ
Indutân ia de dispersão
L
p
= L
s
2.60mH
Indutân iade magnetizaçãoL
m
900mH
Relação de transformaçãoN
p
: N
s
1 : 1
L
m
representa aindutân ia de magnetizaçãodo transformador. As perdas no nú leo foram desprezadas . Todos os valores estão referidos aoprimáriodo transformador.Figura 3.2: Cir uitoequivalentemonofási o dotransformador de injeção
3.1.4 Modelo do Filtro de alta frequên ia
AtensãoinjetadapeloDVRpossui omponentesnafrequên iafundamental(60Hz)edealta
frequên ia provindas da té ni a de haveamento PWM. Do ponto de vista da arga, não é
desejável que a tensão na mesma possua omponentes em alta frequên ia. Logo, ltros de
altafrequên ia podem ser adi ionados aosistema doDVR.
O projeto do ltro está bem des rito em [54℄. O uso de ltros em DVR não segue um padrãodevido aofato dos DVRs poderemser instalados em sistemasde diferentes níveisde
tensão. Assimomodelogenéri odeltropodeseguirumaredetotipoLCL, onformeilustra
Fig. 3.3, em que dependen do dos níveis de potên ia do sistema a rede pode ser reduzida a um ltro tipo L ouLC.
indutân ias dafontee da arga, eadaptada para a onguraçãoproposta, será dada por:
f
res
=
1
2π
s
L
pf
+ L
sf
+ L
g
+ L
l
L
pf
(L
sf
+ L
g
+ L
l
)C
f
(3.11) em que:L
pf
=L
a
pf
+L
b
pf
eL
sf
=L
a
sf
+L
b
sf
Usualmente,tem-se asosemque(
L
g
+L
l
+L
sf
)≫ L
p
f
,entãoafrequên iaderessonân- iapode ser simpli adapara:
f
res
=
1
2πpL
pf
C
f
(3.12)
Alguns problemas devido à inserçãodoltro LCL nas apli ações om DVR são:
•
Uma arganãolinear pode ex itarafrequên iade ressonân iadoltro epropor ionar uma tensão de arga distor ida;•
Ris o de que os harmni osde tensão narede ex item uma ressonân ia noltro.Utilização dos ltros em baixa tensão
Neste aso, o DVR haveia diretamente nos transformadoresde injeção, e os apa itores de
ltro (
C
f
) podem ar one tados nos enrolamentos se undários dos transformadores, osindutores de ltro no se undário são desprezados (
L
sf
= 0
). A indutân ia de dispersão dostransformadores são levadas em onsideração nas indutân ias de ltro no primário (
L
pf
=
L
p
).Utilização dos ltros em alta tensão
Neste aso o modelo do ltro LCL ompleto é onsiderado e a indutân ia de dispersão nos
transformadores de injeção são usadas omo termo de ompensação para determinação da
indutân ia de ltro equivalente.
3.1.5 Modelo Geral
levado em onsideração paradiferentes enários: apli açãoem altatensãoouparaapli ação
embaixatensão,ressaltandoqueas onsideraçõesdes ritas anteriormentepodemsimpli ar
este modelo. Emdestaque, naFig. 3.3,tem-se basi amente: (i)omodelodos ltros de alta frequên ia ara terizadospelosindutores(
L
a
sf
eL
b
sf
)e apa itoresdeltro(C
f
),(ii)omodelodos inversorestipofontedetensãoe(iii)impedân iasdaredede alimentação( grid)e arga.