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Trata-se de agravo de instrumento interposto em face do despacho mediante o qual foi denegado seguimento ao recurso de revista.

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A C Ó R D Ã O 5ª Turma

GDCJPS/ptc

I – AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.014/2014. EXECUÇÃO. PENHORA. BEM DE FAMÍLIA. CARACTERIZAÇÃO. IMPENHORABILIDADE.

Mostra-se prudente o provimento do agravo de instrumento para determinar o processamento do recurso de revista, ante a provável violação do artigo 5º, inciso XXII, da Constituição da República.

Agravo de instrumento provido.

II - RECURSO DE REVISTA. LEI N.º 13.015/2014. FASE DE EXECUÇÃO. ART. 896, § 2º, DA CLT. IMÓVEL. BEM DE FAMÍLIA. CARACTERIZAÇÃO. IMPENHORABILIDADE.

É firme o entendimento desta Corte Superior no sentido de consagrar o direito de impenhorabilidade do bem de família, mesmo diante da constatação do valor vultoso do imóvel individualmente considerado, não podendo ser objeto de

penhora em processo judicial.

Precedentes. Ofensa ao artigo 5º, XXII,

da Constituição da República

configurada.

Precedentes.

Recurso de revista conhecido e provido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n° TST-RR-161900-04.2005.5.01.0021, em que é Recorrente RALPH

FIGUEIREDO BOECHAT e Recorrido LEIDE ANDRADE DA SILVA, MAURICIO BOECHAT ZWIRMAN e BINGO DA PRAIA LTDA.

Trata-se de agravo de instrumento interposto em face do despacho mediante o qual foi denegado seguimento ao recurso de revista.

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Contraminuta apresentada às fls.872/880.

Sem remessa dos autos à Procuradoria Geral do Trabalho.

É o relatório.

V O T O

I – AGRAVO DE INSTRUMENTO 1. CONHECIMENTO

Presentes os pressupostos extrínsecos de

admissibilidade, conheço.

2. MÉRITO

Trata-se de agravo de instrumento interposto em face do despacho mediante o qual foi denegado seguimento ao recurso de revista, pelos seguintes fundamentos:

PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Tempestivo o recurso (decisão publicada em 23/11/2017 - fls. 475; recurso interposto em 04/12/2017 - fls. 476).

Regular a representação processual (fl. 366). O juízo está garantido (fl. 419 ).

PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO /

Liquidação/Cumprimento/Execução /

Constrição/Penhora/Avaliação/Indisponibilidade de Bens / Impenhorabilidade / Bem de Família.

Alegação(ões):

- violação do(s) artigo 1º, caput, inciso III; artigo 5º, caput; artigo 5º, inciso XXII; artigo 5º, inciso XXXVI; artigo 5º, inciso LV; artigo 6º; artigo 226; artigo 227, da Constituição Federal.

- violação d(a,o)(s) Lei nº 8009/1990, artigo 1º.

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Trata-se de recurso contra decisão proferida no julgamento de agravo de petição. Esta peculiaridade exige o enquadramento do recurso nos estritos limites traçados pelo artigo 896, § 2º, da CLT. No caso dos autos, não se verifica a referida adequação, isso porque inexiste ofensa direta e literal à Constituição da República, restando inviável o pretendido processamento.

CONCLUSÃO

NEGO seguimento ao recurso de revista.

No agravo de instrumento interposto sustenta-se a viabilidade do recurso de revista, ao argumento de que atendeu aos requisitos do artigo 896 da CLT.

Sustenta o agravante, em síntese, a impenhorabilidade do imóvel situado na Av. Afonso de Taunay, 118/201, Barra da Tijuca/RJ porque é bem único de família, destinado à moradia do executado. Afirma que a penhora viola o direito à propriedade, à moradia, à manutenção da família e a dignidade da pessoa humana. Aponta a violação dos artigos 1º, caput e inciso III; artigo 5º, caput e incisos XXII, XXXVI e LV, artigos 6º e 226, todos da Constituição da República e divergência jurisprudencial.

Inicialmente, destaque-se que, em se tratando a hipótese de recurso de revista interposto contra decisão proferida em agravo de petição, a admissibilidade do apelo limita-se à demonstração de ofensa direta e literal a preceito constitucional, nos termos do § 2º do art. 896 da CLT e da Súmula nº 266 do TST.

O Tribunal Regional do Trabalho deu provimento ao agravo de petição sob o fundamento de que não poderia prevalecer a proteção legal para o imóvel do agravante, de expressivo valor, em detrimento do crédito trabalhista de natureza alimentar, devendo ser mantida a penhora do imóvel em obediência aos ditames da Lei 8.009/90. É firme o entendimento desta Corte Superior no sentido de consagrar o direito de impenhorabilidade do bem de família, não se permitindo afastar a proteção legal em razão do valor do imóvel.

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Fixada essa premissa, verifica-se que o Tribunal Regional do Trabalho, ao manter a penhora do imóvel do embargante, incorreu em possível violação do artigo 5º, XXII, da Constituição da República.

Dou provimento ao agravo de instrumento para, convertendo-o em recurso de revista, determinar a reautuação dos autos e a publicação da certidão de julgamento para ciência e intimação das partes e dos interessados de que o julgamento da revista dar-se-á na primeira sessão ordinária subsequente à data da referida publicação, nos termos do artigo 256 e seguintes do Regimento Interno desta Corte.

II - RECURSO DE REVISTA 1. CONHECIMENTO

Satisfeitos os pressupostos comuns de

admissibilidade, examino os específicos do recurso de revista.

IMÓVEL. BEM DE FAMÍLIA. CARACTERIZAÇÃO. IMPENHORABILIDADE.

O Tribunal Regional do Trabalho consignou os seguintes fundamentos:

PENHORA DE IMÓVEL. LEI 8.009/90. BEM SUNTUOSO. POSSIBILIDADE.

Alega a agravante que o imóvel penhora foi avaliado em R$ 1.800.000,00, 112 vezes mais que o crédito exequendo, que monta a quantia de R$ 17.000,00, perdendo a natureza de impenhorabilidade..

O juiz de origem assim decidiu: "O art. 1", da Lei n° 8.009/90 garantiu em nosso ordenamento jurídico a impenhorabilidade do chamado bem de família, assim considerado tanto o imóvel próprio do casal, como da entidade familiar. Referida Lei foi elaborada com a finalidade de proteger a entidade familiar, impedindo que os bens necessários à sua manutenção, inclusive sobre o aspecto da sua integração enquanto estrutura familiar, fossem

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preservados. O fato de alguém ser devedor de outrem não é razão o suficiente para permitir que o Estado retire do seu patrimônio bens sem os quais não se pode permitir a manutenção da vida familiar, pois á família é assegurada a proteção especial do Estado, consoante mandamento constitucional insculpido no artigo 226 da Lei Maior. É a preocupação com a família que levou o legislador a proteger o único imóvel utilizado como residência, os equipamentos e bens que a guarnecem, à margem da execução forçada, gravando-os com a impenhorabilidade. A ação trabalhista foi ajuizada em face da empresa Bingo da Praia Ltda. Transitada em julgada a sentença e após diversas e infrutíferas tentativas em executar a pessoa jurídica, esta restou despersonalizada, prosseguindo nas pessoas físicas dos sócios. A declaração de imposto de renda do sócio embargante, fls. 374/379, é precisa em confirmar que o imóvel objeto de constrição é o único de sua propriedade.

Trata-se, ainda, de imóvel efetivamente utilizado para residência, como corroborado pela documentação de fls. 368/373. Dessa feita, não há dúvidas de que o imóvel constrito encontra-se protegido pela impenhorabilidade, por configurar bem de família, na forma do art. 1°, da Lei n° 8.009/90. Acolho.".

Conforme Termo de Penhora da fl. 419, o imóvel penhorado foi avaliado pelo Oficial de Justiça em R$ 1.800.000,00, ao passo que o crédito exequendo, em 16/02/2016, monta a R$ 16.212,09.

Não se desconhece que não está sujeito à execução o bem de família, assim considerado aquele destinado à moradia do devedor e de sua família, nos termos do artigo 1°, da Lei n. 8.009/90, verbis: "O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar é impenhorável por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei." A norma em questão visa, precipuamente, proteger o imóvel familiar e os bens que lá se encontram, resguardando a dignidade humana dos membros da família.

Registro que os documentos acostados aos autos demonstram que o imóvel penhorado serve de residência ao agravado, tal como se extrai das fls.368/373, não se tendo dúvida de que, efetivamente, o ex-sócio do empreendimento reside no imóvel penhorado.

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No entanto, trata-se de situação peculiar, em que o imóvel constrito possui valor de mercado 112 vezes mais elevado que o crédito exequendo.

O que se depreende dos autos é que o sócio da reclamada canalizou todos os seus recursos para um único bem, não deixando qualquer reserva para pagamento de dívidas advindas do trabalho prestado pelos empregados da sua empresa. E, em assim procedendo, acaba por frustrar toda e qualquer tentativa de execução em nome da impenhorabilidade de imóvel residencial. Ocorre que a intenção da Lei n. 8.009/90 é garantir a dignidade do devedor que não possua outros meios para quitar suas dívidas, não sendo, esta, todavia, a hipótese dos autos, em que o sócio da executada não reservou patrimônio para pagar quem trabalhou em seu benefício, canalizando todos seus recursos para um imóvel de alto valor que supera o necessário a uma moradia digna.

Considerando que o executado desviou todos seus recursos para um imóvel residencial caro, não se pode conceber que este não sirva para o pagamento de uma dívida apurada em processo trabalhista ajuizado em 2005Y Logo, diante da natureza alimentar do crédito trabalhista, não é razoável que se mantenha o agravado na posse de um imóvel tão mais elevado que a sua dívida trabalhista, apenas sob a alegação de que se trata de bem de família.

Destaco, por fim, que a referida lei de proteção ao bem de família não veda a alienação direta pelo proprietário do bem, eis que o produto da venda pode subsidiar a aquisição de outro bem igualmente protegido, e que melhor atenda ao direito fundamental de moradia do embargante ou de sua família, preservando-se as condições fáticas que atraem a proteção legal.

Assim, meu voto é pela reforma da decisão agravada, mantendo a penhora do imóvel descrito no Auto de Penhora e Avaliação de fls. 419, determinação sua regular execução.

Dou provimento.

Destaca-se, de início, que, em se tratando a hipótese de recurso de revista interposto contra decisão proferida em agravo de petição, a admissibilidade do apelo limita-se à demonstração de ofensa direta e literal a preceito constitucional, nos termos do § 2º do art. 896 da CLT e da Súmula nº 266 do TST.

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O recorrente sustenta que é impenhorável o imóvel residencial, porque é bem único de família, destinado à moradia do recorrente. Afirmam que a penhora viola o direito à propriedade, à moradia, à manutenção da família e a dignidade da pessoa humana. Alegam que há conflito entre os direitos assegurados constitucionalmente e à satisfação do crédito trabalhista. Aponta a violação dos artigos 1º, caput e inciso III; artigo 5º, caput e incisos XXII, XXXVI e LV, artigos 6º e 226, todos da Constituição da República e divergência jurisprudencial.

Com razão.

O Tribunal Regional, evidenciando a circunstância de ser o imóvel constrito de elevado valor, negou provimento ao agravo de petição interposto pelo executado, sob o fundamento de que não poderia prevalecer a proteção legal para o bem em detrimento do crédito trabalhista de natureza alimentar. Desse modo, manteve a penhora que recaiu sobre o imóvel utilizado como moradia do recorrente.

Não obstante, essa Corte Superior tem firme entendimento no sentido de consagrar o direito à impenhorabilidade do bem de família, não se permitindo afastar a proteção legal em razão do valor do imóvel. Precedentes:

I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.014/2014. EXECUÇÃO. PENHORA. BEM

DE FAMÍLIA. CARACTERIZAÇÃO. IMPENHORABILIDADE.

Mostra-se prudente o provimento do agravo de instrumento para determinar o processamento do recurso de revista, ante a provável violação do artigo 6º da Constituição da República . Agravo de instrumento provido. II - RECURSO DE REVISTA. LEI N.º 13.015/2014. FASE DE EXECUÇÃO. ART. 896, § 2º, DA CLT. IMÓVEL. BEM DE FAMÍLIA. CARACTERIZAÇÃO. IMPENHORABILIDADE. Essa Corte vem consolidando o entendimento no sentido de consagrar o direito de impenhorabilidade do bem de família, mesmo diante da constatação do valor vultoso do imóvel individualmente considerado, não podendo ser objeto de penhora em processo judicial. Precedentes. Ofensa ao artigo 6º da

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Constituição da República configurada. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido" (RR-956800-89.2007.5.09.0652, 5ª Turma, Relator Ministro Emmanoel Pereira, DEJT 17/05/2019)

"RECURSO DE REVISTA, NA FASE DE EXECUÇÃO, INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. EMBARGOS À EXECUÇÃO. AGRAVO DE PETIÇÃO. IMÓVEL DE VALOR ELEVADO. BEM DE FAMÍLIA. IMPENHORABILIDADE. DIREITO SOCIAL À MORADIA. A jurisprudência desta Corte Superior é firme no sentido de que a garantia de impenhorabilidade do bem de família não deve ser mitigada em virtude do elevado valor do imóvel, tendo em conta que o legislador não estabeleceu tal hipótese como exceção. Em tal contexto, o bem de família goza da proteção de impenhorabilidade prevista na Lei nº 8.009/90, assim como o art. 6º da Constituição da República assegura o direito social à moradia, prevalecendo sobre o interesse individual do credor

trabalhista. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido." ( RR - 1849400-47.2005.5.09.0012 , Relator Ministro: Walmir Oliveira da

Costa, Data de Julgamento: 21/06/2017, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 23/06/2017);

"AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.

EXECUÇÃO. BEM DE FAMÍLIA. IMPENHORABILIDADE.

PROVIMENTO. 1. A Corte de origem deu provimento ao agravo de petição do exequente para determinar a penhora sobre o único imóvel de propriedade dos executados, ressalvando a averbação na matrícula do imóvel de reserva no valor R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) do produto da arrematação, para os executados adquirirem outro imóvel destinado à moradia. 2. Na oportunidade, registrou que "neste caso específico, não pode prevalecer a proteção do bem de família suntuoso em detrimento do credito alimentar/trabalhista, pois o valor do imóvel é excessivo podendo os executados adquirir outro imóvel com o valor remanescente da hasta pública." (fl. 284). 3. Aparente violação do art. 6º da Constituição Federal, nos moldes do art. 896, § 2º, da CLT, a ensejar o provimento do agravo de instrumento, nos termos do artigo 3º da Resolução Administrativa nº 928/2003. Agravo de instrumento conhecido e provido. RECURSO DE

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REVISTA. EXECUÇÃO. BEM DE FAMÍLIA. IMPENHORABILIDADE. IMÓVEL DE ELEVADO VALOR. DIREITO À MORADIA. VIOLAÇÃO DO ART. 6º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL CARACTERIZADA. 1. Consta da decisão regional que "não pode prevalecer a proteção do bem de família suntuoso em detrimento do credito alimentar/trabalhista, pois o valor do imóvel é excessivo podendo os executados adquirir outro imóvel com o valor remanescente da hasta pública." (fl. 284). 2. Ocorre que a garantia de impenhorabilidade do único imóvel caracterizado como bem família não deve ser mitigada em virtude do elevado valor do bem, tendo em conta que o legislador não estabeleceu tais hipóteses como exceção, homenageando o direito social à moradia e a proteção à família. 3. Assim, independentemente do valor em que foi avaliado o imóvel, não se pode perder de vista que essa variável econômica não abala os valores constitucionais (o direito social à moradia e a proteção à família) efetivados pelo legislador ao editar a Lei nº 8.009, de 1990, que dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família. 4. Esta Corte Superior vem se orientando no sentido de que a impenhorabilidade do imóvel em razão da Lei n. 8.009/90 abrange o único imóvel do executado, ainda que seja de elevado valor, conforme assegurado pelo art. 6º da Constituição da República. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido." (RR - 1646800-81.2007.5.09.0007 , Relator Ministro: Hugo Carlos Scheuermann, Data de Julgamento: 04/10/2017, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 06/10/2017);

"I - AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO. IMPENHORABILIDADE. BEM DE FAMÍLIA. IMÓVEL SUNTUOSO. Verifica-se possível violação dos arts. 5º, XXII, e 6º da Constituição Federal no que concerne a impenhorabilidade do bem de família. Agravo de instrumento a que se dá provimento, nos termos da Resolução nº 1.418/2010. II - RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO. IMPENHORABILIDADE. BEM DE FAMÍLIA. IMÓVEL SUNTUOSO. 1 - Em que pese a restrição imposta pelo art. 896, § 2º da CLT e a questão do bem de família ser regida especificamente pela legislação infraconstitucional (Lei nº 8.009/90), esta Corte tem admitido a análise da matéria quando, no caso concreto, houver interpretação restritiva que sugira afronta ao princípio ao princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, do direito à

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moradia e de proteção à família. 2 - A Lei nº 8.009/90 tem conteúdo de essência humanitária, que garante a existência digna da família por meio de um patrimônio mínimo, principalmente se considerarmos o papel do Estado de preservar e promover o amparo e proteção da família (art. 226 da CF/88). 3 - As exceções para penhora do bem de família estão na própria Lei nº 8.009/90 (art. 3º) entre as quais não se inclui a hipótese de o imóvel ser de elevado valor, luxuoso ou suntuoso. 4 - Logo, não se pode fazer uma interpretação restritiva da lei que limite o conceito de bem de família aos imóveis de padrão médio, ou tampouco uma interpretação extensiva das exceções quanto à impenhorabilidade do imóvel, uma vez que estão previstas taxativamente na Lei nº 8.009/90. 5 - No caso dos autos, o Tribunal Regional manteve a penhora do imóvel do executado, sob o fundamento de que era suntuoso e de alto padrão, mesmo tendo reconhecido que era utilizado como moradia e se tratava do único imóvel do recorrente. 6 - Portanto, deve ser reformada a decisão do Regional, levando-se em consideração uma interpretação sistemática do ordenamento jurídico, especialmente o princípio da dignidade da pessoa humana, o direito à propriedade, concomitante com a proteção à família e à moradia, previstos nos arts. 1º, III, 5º, XXII e 6º, caput, da Constituição da República. Recurso de revista a que se conhece." (RR - 108000-89.2000.5.02.0042 , Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, Data de Julgamento: 27/06/2012, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 06/07/2012);

"RECURSO DE REVISTA. EMBARGOS DE TERCEIROS. EX-CÔNJUGE DO SÓCIO RETIRANTE. VALOR DO IMÓVEL X EXECUÇÃO TRABALHISTA. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE

FAMÍLIA. RELATIVIZAÇÃO INDEVIDA DO DIREITO DE

PROPRIEDADE. O princípio da efetividade jurisdicional não viabiliza mitigar o princípio constitucional que impede a penhora do bem de família , em respeito à garantia da moradia , que viabiliza a harmonia e o equilíbrio das relações sociais. Nesse sentido, não se recepciona a tese de que o pagamento da execução , pela penhora do bem de família , pode ser flexibilizada em casos em que o valor do imóvel é de importe superior ao valor objeto da condenação, eis que o princípio constitucional insculpido no art. 226 c/c art. 6º da Constituição Federal consagra proteção especial à

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família , com o fim de preservar, pelo direito à moradia , o princípio da dignidade da pessoa humana. Recurso de revista conhecido e provido." (Processo: RR - 1837-49.2012.5.15.0092 Data de Julgamento: 19/08/2015, Relator Desembargador Convocado: Paulo Américo Maia de Vasconcelos Filho, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 21/08/2015);

"PENHORA DE BEM DA FAMÍLIA DE VALOR ELEVADO. O art. 6º da Constituição Federal consagra a moradia do indivíduo como um direito social. Já o art. 1º da Lei nº 8.009/90 garante a impenhorabilidade do bem de família, protegendo o núcleo familiar e a sua residência. Essa regra comporta exceções previstas taxativamente no art. 3º do referido diploma legal. No caso dos autos, o e. TRT manteve a penhora sobre bem de família , considerando que o valor elevado do imóvel, quando comparado ao valor do débito trabalhista, justifica a constrição judicial. Tal modalidade de penhora não se enquadra em nenhuma das hipóteses do art. 3º da Lei nº 8.009/90, sendo que a manutenção da constrição judicial afeta o direito à moradia garantido constitucionalmente. Desse modo, há que se reconhecer a impenhorabilidade do bem de família. Recurso de revista conhecido por violação do art. 6º da CF e provido. CONCLUSÃO: Recurso de revista integralmente conhecido e provido. (Processo: RR - 102300-54.2009.5.15.0140 Data de Julgamento: 12/08/2015, Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 21/08/2015);

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. CONSTRIÇÃO JUDICIAL SOBRE IMÓVEL TIDO COMO BEM DE FAMÍLIA. MITIGAÇÃO DA IMPENHORABILIDADE ABSOLUTA. VIOLAÇÃO DOS ARTIGOS 5º, XII, E 6º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. POSSIBILIDADE. PROVIMENTO. Diante da possibilidade de afronta aos artigos 5º, XXII, e 6º da Constituição Federal, o provimento do agravo de instrumento para o exame do recurso de revista é medida que se impõe. Agravo de instrumento a que se dá provimento. RECURSO DE REVISTA.

EXECUÇÃO. CONSTRIÇÃO JUDICIAL SOBRE IMÓVEL TIDO COMO BEM DE FAMÍLIA. MITIGAÇÃO DA IMPENHORABILIDADE ABSOLUTA. VIOLAÇÃO DOS ARTIGOS

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5º, XII, E 6º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. CONFIGURAÇÃO. PROVIMENTO. O legislador pátrio, com o propósito de assegurar o direito

de moradia previsto no artigo 6º da Constituição Federal, estabeleceu regra de proteção ao imóvel residencial próprio do casal ou da entidade familiar, elevando-o a condição de bem de família não sujeito à penhora. Estabeleceu, também, de forma taxativa, as hipóteses nas quais a cláusula de impenhorabilidade poderia ser afastada (artigo 3º da Lei nº 8.009/1990), impossibilitando, assim, ao intérprete acrescentar qualquer outra situação não enumerada na lei. Desse modo, viola as garantias do direito de propriedade e de moradia previstos nos artigos 5º, XXII, e 6º da Constituição Federal decisão regional que, mesmo considerando imóvel residencial como bem de família, afasta a cláusula de impenhorabilidade incidente sobre o referido bem, em razão do seu elevado valor, circunstância a qual não se encontra inserida entre as hipóteses de mitigação da garantia do direito de moradia previstas na legislação. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento." (RR-9031300-73.1991.5.04.0010, Relator Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, Data de Julgamento: 17/10/2012, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 23/11/2012);

"I - AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA.

BEM DE FAMÍLIA. IMÓVEL DE ELEVADO VALOR. IMPENHORABILIDADE. PROVIDO. O Tribunal Regional, considerando o elevado valor do imóvel constrito, entendeu que não há como manter a impenhorabilidade do bem de família, uma vez que após a alienação remanescerá à parte agravante saldo suficiente para que seja adquirido um novo imóvel para a moradia da família. Não obstante, o art. 3º da Lei nº 8.009/90, ao relacionar as hipóteses excludentes da impenhorabilidade do bem de família, não faz qualquer alusão ao valor do imóvel que serve de moradia à família. Portanto, deve ser provido o agravo de instrumento para uma análise mais detida da matéria em sede de recurso de revista. Agravo de instrumento provido. II - RECURSO DE REVISTA. NEGATIVA DE

PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA. NÃO

CONHECIDO. O acórdão Regional apreciou, de forma fundamentada, toda a matéria posta em discussão, tendo explicitado as razões de decidir, em conformidade com o seu livre convencimento motivado. Ressalta-se que o

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órgão julgador não está obrigado a rebater, ponto a ponto, os argumentos trazidos pelas partes, bastando que os fundamentos sejam aduzidos de forma clara e suficiente a embasar a decisão, o que se verifica no caso dos autos. Assim, não se exige que o acórdão especifique todos os dispositivos legais invocados pelas partes, mas apenas que realize a análise fundamentada da tese debatida, consoante inteligência da OJ nº 118 da SBDI-1 do TST. Com isso, não se divisa a alegada negativa de prestação jurisdicional. BEM DE

FAMÍLIA. IMÓVEL DE ELEVADO VALOR. IMPENHORABILIDADE. CONHECIDO E PROVIDO. O art. 1º da Lei

nº 8.009/90, ao assegurar a impenhorabilidade do bem de família, põe em relevo os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da especial proteção à família, insculpidos nos arts. 1º, III, 6º e 226 da Constituição da República. Desse modo, somente se faz possível a penhora de imóvel que serve de moradia à família nas hipóteses exaustivamente elencadas no art. 3º da Lei nº 8.009/90, não sendo permitido ao intérprete ampliar as excludentes legais de impenhorabilidade do bem de família. Portanto, não se consubstanciando o valor do imóvel como critério apto a autorizar a penhora do bem de família, não há como persistir a constrição judicial sobre o imóvel da recorrente. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido." (RR-2193-05.2013.5.02.0049, Relator Desembargador Convocado: José Rêgo Júnior, Data de Julgamento: 28/10/2015, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 06/11/2015);

"AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI N° 13.015/14. EXECUÇÃO.

IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA. IMÓVEL SUNTUOSO. RELATIVIZAÇÃO INDEVIDA DO DIREITO DE PROPRIEDADE. PROVIMENTO. Deve ser provido o agravo de

instrumento dos executados, com o fim de melhor exame da violação do art. 6º da Constituição Federal, em face da determinação de penhora em bem de família. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI N° 13.015/14. EXECUÇÃO. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA. IMÓVEL SUNTUOSO. RELATIVIZAÇÃO INDEVIDA DO DIREITO DE PROPRIEDADE. O princípio da efetividade jurisdicional não viabiliza mitigar o princípio constitucional que impede a penhora do bem de

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família, em respeito à garantia da moradia, que viabiliza a harmonia e o equilíbrio das relações sociais. Nesse sentido, não se recepciona a tese de que o pagamento da execução, pela penhora do bem de família, pode ser flexibilizada em casos em que o valor do imóvel é de importe superior ao valor objeto da condenação, eis que o princípio constitucional insculpido no art. 226 c/c art. 6º da Constituição Federal consagra proteção especial à família, com o fim de preservar, pelo direito à moradia, o princípio da dignidade da pessoa humana. Recurso de revista conhecido e provido." (RR-559400-22.2007.5.09.0015, Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, Data de Julgamento: 30/03/2016, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 01/04/2016);

"RECURSO DE REVISTA. FASE DE EXECUÇÃO. BEM DE

FAMÍLIA. IMÓVEL DE ALTO VALOR. IMPENHORABILIDADE. I.

O Tribunal Regional determinou a penhora de imóvel, considerado como bem de família nos termos da Lei nº 8.009/90, em razão do seu alto valor. II. O direito à moradia é consagrado como fundamental (art. 6° da CF/88). A impenhorabilidade do bem de família está prevista no art. 1° da Lei n° 8.009/90. O presente caso não se enquadra em nenhuma das exceções previstas no art. 3° da referida norma, razão pela qual não é possível a manutenção da decisão regional. III. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. Ressalva do entendimento da Relatora." (RR-138300-91.1997.5.02.0251, Relatora Desembargadora Convocada: Cilene Ferreira Amaro Santos, Data de Julgamento: 02/12/2015, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 04/03/2016);

"PENHORA DE BEM DA FAMÍLIA DE VALOR ELEVADO. O art. 6º da Constituição Federal consagra a moradia do indivíduo como um direito social. Já o art. 1º da Lei nº 8.009/90 garante a impenhorabilidade do bem de família, protegendo o núcleo familiar e a sua residência. Essa regra comporta exceções previstas taxativamente no art. 3º do referido diploma legal. No caso dos autos, o e. TRT manteve a penhora sobre bem de família , considerando que o valor elevado do imóvel, quando comparado ao valor do débito trabalhista, justifica a constrição judicial. Tal modalidade de penhora não se enquadra em nenhuma das hipóteses do art. 3º da Lei nº 8.009/90,

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sendo que a manutenção da constrição judicial afeta o direito à moradia garantido constitucionalmente. Desse modo, há que se reconhecer a impenhorabilidade do bem de família. Recurso de revista conhecido por violação do art. 6º da CF e provido. CONCLUSÃO: Recurso de revista integralmente conhecido e provido. (RR-102300-54.2009.5.15.0140, Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, Data de Julgamento: 12/08/2015, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 21/08/2015);

"I - AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014. PROCESSO EM FASE DE EXECUÇÃO. IMÓVEL DE ELEVADO VALOR. BEM DE FAMÍLIA. CARACTERIZAÇÃO. IMPENHORABILIDADE. A potencial violação dos arts. 5º, XXII, e 6º da Constituição Federal autoriza o processamento do apelo. Agravo de instrumento conhecido e provido. II - RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014. (...) 2. IMÓVEL DE ELEVADO VALOR. BEM DE

FAMÍLIA. CARACTERIZAÇÃO. IMPENHORABILIDADE. Esta

Corte admite o exame da matéria em fase de execução, quando a interpretação ampliativa atribuída a norma infraconstitucional venha a violar o direito à moradia. Nos termos do art. 1º da Lei nº 8.009/1990, "o imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei". Na hipótese, a evidência da natureza de bem de família do imóvel gravado, ainda que suntuoso, impede a sua contrição para a garantia de dívida. Recurso de revista conhecido e provido. (RR-1103900-85.2006.5.09.0651 , Relator Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, Data de Julgamento: 16/09/2015, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 18/09/2015);

RECURSO DE REVISTA. FASE DE CUMPRIMENTO DA SENTENÇA. ÚNICO IMÓVEL DO EXECUTADO. BEM DE FAMÍLIA.

IMPENHORABILIDADE. ELEVADO VALOR DE MERCADO.

SUNTUOSIDADE. IRRELEVÂNCIA 1. Os princípios e regras

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constitucionais que consagram a proteção à família, à moradia e ao direito de propriedade não autorizam a mitigação da impenhorabilidade do bem de família em razão da suntuosidade e do elevado valor de mercado do imóvel. 2. Segundo a atual, notória e iterativa jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, a suntuosidade ou o elevado valor de mercado do imóvel não afasta a impenhorabilidade conferida pelos arts. 1° e 5° da Lei 8.009/1990 ao bem de família, sob pena de afronta aos arts. 5º, XXII e 6º, da Constituição Federal. Precedentes. 3. Recurso de revista dos Executados de que se conhece e a que se dá provimento." (RR - 1057000-11.2007.5.09.0004, Relator Desembargador Convocado: Altino Pedrozo dos Santos, Data de Julgamento: 21/03/2018, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 23/03/2018);

RECURSO DE REVISTA - EXECUÇÃO - BEM DE FAMÍLIA DE

ELEVADO VALOR - IMPENHORABILIDADE - MORADIA

PERMANENTE. De acordo com o art. 1º da Lei nº 8.009/90, o imóvel próprio da entidade familiar é impenhorável, salvo nas hipóteses previstas no art. 5º da citada lei, que não mitigam o comando legal em decorrência do elevado valor do bem. Assim, reconhecendo a Corte de origem tratar-se de bem de família, mas determinando a subsistência da penhora, resta violado o art. 6º da Magna Carta, que elege a moradia como um direito social. Precedente deste Colegiado. Recurso de revista conhecido e provido." (RR - 107800-82.2006.5.09.0008 , Relator Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, Data de Julgamento: 24/05/2017, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 26/05/2017);

Nesse contexto, o Tribunal Regional do Trabalho, no que mantém a penhora do imóvel de propriedade do recorrente, o qual detém as condições de enquadramento como bem de família, viola o artigo 5º, inciso XXII, da Constituição da República.

Conheço do recurso de revista por violação artigo 5º,

inciso XXII, da Constituição da República.

2. MÉRITO.

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IMÓVEL. BEM DE FAMÍLIA. CARACTERIZAÇÃO. IMPENHORABILIDADE.

Conhecido o recurso de revista por violação do artigo 5º, inciso XXII, da Constituição da República a consequência lógica é o seu provimento para desconstituir a penhora realizada sobre o imóvel do recorrente.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Quinta Turma do Tribunal

Superior do Trabalho, por unanimidade: I - dar provimento ao agravo de instrumento interposto pelo executado para, convertendo-o em recurso de revista, determinar a reautuação dos autos e a publicação da certidão de julgamento para ciência e intimação das partes e dos interessados de que o julgamento da revista dar-se-á na primeira Sessão ordinária subsequente ao prazo de cinco dias úteis contados da data publicação da certidão de julgamento, tudo nos termos dos artigos 122, 256 e 257 do Regimento Interno desta Corte, combinados com o art. 1º, IX, do Ato SEGJUD.GP nº 202/2019; II - conhecer do recurso de revista por violação

do artigo 5º, inciso XXII, da Constituição Federal e, no mérito, dar-lhe provimento para, reformada a decisão do Tribunal Regional do Trabalho,

desconstituir a penhora realizada sobre o imóvel do recorrente. Brasília, 28 de abril de 2021.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)

JOÃO PEDRO SILVESTRIN Desembargador Convocado Relator

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