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Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Fundação Estadual do Meio Ambiente

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Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM Rodovia Prefeito Américo Gianetti s/n

Edifício Minas – Cidade Administrativa Tancredo Neves – Belo Horizonte – MG / CEP: 30.630-900 Fone: (031) 3915-5000

SISTEMA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE

Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Fundação Estadual do Meio Ambiente

INVENTÁRIO DE ÁREAS IMPACTADAS PELA

MINERAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - 2011

Diretoria de Gestão e Qualidade Ambiental

Gerência de Qualidade do Solo e

Reabilitação de Áreas Degradadas

FEAM-GESAD-RT-3/2011

Dezembro

2011

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Governador do Estado de Minas Gerais Antônio Augusto Junho Anastasia

Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD

Adriano Magalhães Chaves Presidente da FEAM

José Cláudio Junqueira Ribeiro

Diretora de Gestão da Qualidade Ambiental – DGQA Zuleika Stela Chiacchio Torqueti

Gerência de Qualidade do Solo e Reabilitação de Áreas Degradadas – GESAD Patrícia Rocha Maciel Fernandes

AUTORES

Patrícia Rocha Maciel Fernandes – Coordenação Sueli Batista Ferreira

Sabrina Accioly Roberto Michel Rogério Villela EQUIPE TÉCNICA

Alessandra Mara Santos Alves Caroline Pereira Ponchio de Almeida Hiram Jacques Alves de Rezende

F981i Fundação Estadual do Meio Ambiente.

Inventário de áreas impactadas pelas minerações – 2011 / Fundação Estadual do Meio Ambiente. --- Belo Horizonte: Feam, 2011.

53 p. il.

1. Mineração. 2. Impacto ambiental. 3. Inventário - Minas Gerais. I. Título.

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Edifício Minas – Cidade Administrativa Tancredo Neves – Belo Horizonte – MG / CEP: 30.630-900 Fone: (031) 3915-5000 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 9 2. OBJETIVOS ... 14 2.1 Objetivo Geral ... 14 2.2 Objetivos Específicos ... 14 3. ENQUADRAMENTO LEGAL ... 15 ... 19 4. METODOLOGIA ... 20 5. RESULTADOS ... 24

5.1. Avaliação da efetividade do Módulo de Áreas Impactadas pela Mineração ... 24

5.2. Áreas Cadastradas no BDA ... 28

5.3. Áreas Abandonadas Cadastradas no BDA ... 37

... 38

6. PLANO DE AÇÃO PARA O SETOS DE ROCHAS ORNAMENTAIS ... 39

6.1 Plano de Ação para Sustentabilidade do Setor de Rochas Ornamentais - Quartzito - São Thomé das Letras/MG ... 39

6.2 Plano de Ação para Sustentabilidade do Setor de Rochas Ornamentais - Ardósia - Papagaios/MG ... 44

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 51

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Edifício Minas – Cidade Administrativa Tancredo Neves – Belo Horizonte – MG / CEP: 30.630-900 Fone: (031) 3915-5000 LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Atividades Realizadas em uma Mineração. (Fonte: Geologia de Engª-ABGE)

... 10

Figura 2 Relação entre áreas com atividade mineral com AAF e áreas cadastradas no BDA por tipologia mineral. ... 27

Figura 3 Distribuição das declarações por SUPRAM. ... 29

Figura 4 Distribuição das empresas nas tipologias minerárias ... 30

Figura 5 A serra de São Thomé e suas principais regiões produtoras ... 40

Figura 6 Vista aérea da área Carlos Cardoso, localizada dentro da zona urbana e responsável por grande impacto paisagístico na entrada de São Thomé. ... 43

Figura 7 Depósito de rejeito utilizado pelas serrarias (sem regularização ambiental). Fonte: FEAM, 2008 ... 48

Figura 8 Em vermelho, serrarias ocupam 15% da malha urbana de Papagaios. Fonte: FEAM, 2008. ... 48

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Edifício Minas – Cidade Administrativa Tancredo Neves – Belo Horizonte – MG / CEP: 30.630-900 Fone: (031) 3915-5000 LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Etapas de um empreendimento mineral. ... 11

Quadro 2 Tipo de Regularização solicitado devido ao grau de impacto, conforme a DN 74/2004. ... 15

Quadro 3 Potencial de impacto ambiental conforme a D 144/2009. ... 18

Quadro 4 Relação dos relatórios fornecidos pelo modulo de áreas impactadas pela mineração. ... 22

Quadro 5 Critérios de classificação de risco do impacto ambiental. ... 23

Quadro 6 Quantitativo de AAFs concedidas e número de cadastros realizados no BDA por atividade minerária. ... 25

Quadro 7 Quantidade de empreendimentos em cada categoria. ... 30

Quadro 8 Tipo de ocupação existente no entorno das atividades minerais. ... 32

Quadro 9 Substâncias geradas nos empreendimentos com potencial de contaminação ... 33

Quadro 10 Tipos de uso de água à jusante dos empreendimentos. ... 34

Quadro 11 Tipos de sistema de controle de carreamento de sedimentos. ... 35

Quadro 12 Tipo de grupo vegetacional existentes nos empreendimentos. ... 36

Quadro 13 Levantamento de passivos ambientais em áreas com atividade mineral. .. 37

Quadro 14 Empresas de extração de quartzito localizadas em São Thomé da Letras. 41 Quadro 15 Cumprimento das principais medidas estabelecidas no Plano de Ação. .... 42

Quadro 16 Situação da regularização ambiental dos empreendimentos minerários situados em Papagaios. ... 45

Quadro 17 Situação das empresas de beneficiamento de ardósia localizadas no município de Papagaios ... 46

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APRESENTAÇÃO

A atividade minerária tem grande importância para o Estado de Minas Gerais, contribuindo com uma parcela considerável do seu Produto Interno Bruto. As atividades de extração mineral no Estado são muito diversificadas, dentre as quais se destacam a explotação de bauxita, minério de ferro, fosfato, zinco, manganês, ouro, nióbio, rochas ornamentais, minerais para a construção civil, minerais radioativos, entre outros.

O Sistema Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SISEMA, responsável pela articulação das políticas ambientais para o desenvolvimento sustentável, definiu em suas ações prioritárias, a elaboração de uma política de gestão para as áreas impactadas decorrentes da atividade de mineração, visando garantir o desenvolvimento sustentável desta atividade.

O Programa "Resíduos Sólidos", um dos 57 Programas Estruturadores do Governo de Minas, é coordenado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM e tem como objetivo a promoção e o fomento da não geração, o reaproveitamento, a reciclagem e a disposição adequada dos resíduos com vistas à melhoria da saúde ambiental no Estado. Com foco na gestão ambiental da atividade minerária e na reabilitação ambiental destas áreas, o Projeto “Gestão de Áreas impactadas pela Mineração” constitui uma das ações do Programa Estruturador “Resíduos Sólidos”.

O Projeto “Gestão de Áreas Impactadas pela Mineração”, tem como finalidades básicas o levantamento das áreas impactadas pela atividade minerária no Estado de Minas Gerais e a proposição de diretrizes para a diminuição do passivo ambiental durante a execução das atividades e quando da paralisação ou desativação do empreendimento.

A reabilitação de áreas degradadas pela mineração é uma parte dos compromissos que deve ser assumida pelo empreendedor desde o inicio da exploração mineral. Esta reabilitação pode ser efetuada durante a lavra, quando da exaustão de algumas frentes e após a desativação da mina. Para que isso ocorra e a área reabilitada tenha um uso futuro apropriado de acordo com as necessidades da comunidade do entorno, é necessário um planejamento desde

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o inicio das atividades minerárias e que este seja revisto periodicamente ao longo da vida útil da mina.

O Projeto “Gestão de Áreas impactadas pela Mineração”, desenvolvido pela FEAM possui três subprojetos para o ano de 2011, conforme apresentado abaixo:

 Inventário de Áreas Impactadas pela Mineração, com base nas informações do Banco de Declarações Ambientais - BDA e estudos realizados pela FEAM;

 Fechamento de Mina – análise da aplicação da DN 127/2008 e do Termo de Referência do PAFEM a partir do acompanhamento de um processo de fechamento de mina formalizado em 2010;

 Uso de cavas de mineração para a disposição de resíduos da construção civil e de resíduos sólidos urbanos.

Este relatório visa apresentar os resultados do subprojeto “Inventário de Áreas Impactadas pela Mineração” a partir das declarações realizadas no Banco de Declarações Ambientais em cumprimento as Deliberações Normativas Nºs 144 e 145 de 2009 e dos Planos de Ação para Sustentabilidade do Setor de Rochas Ornamentais, que teve como foco a atividade extrativa de quartzitos foliados no município de São Thomé das Letras e de ardósias no município de Papagaios.

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1. INTRODUÇÃO

O estágio atual da atividade minerária exige instrumentos de controle que condizem com o desenvolvimento sustentável, utilizando-os em benefício do desenvolvimento regional e do envolvimento requerido por esta atividade com a sociedade na qual está inserida. A mineração é uma atividade positiva para os municípios, não apenas pelos impostos que recolhe, mas pelos empregos diretos e indiretos que gera.

Com base no Sumário Mineral 2010 (DNPM), Minas Gerais foi, no ano de 2009, o maior produtor do Brasil em minério de ferro (69,3%), fosfato (35%), grafita (±44%), lítio (100%), nióbio (83,6%), ouro (48,04%); e um dos principais produtores do país em água mineral (7,3%), cal agrícola (18,5%), diamante (7%), níquel (9,7%), quartzo, rochas ornamentais e de revestimento. Além de ter sido um dos maiores consumidores internos em agregados (rocha britada e areia) para construção civil, fluorita (grau ácido - 8,1%) e (grau metalúrgico - 51,9%), bentonita moída seca (argila) com 20,35%.

Estes números demonstram que o estado de Minas Gerais detém a liderança na produção mineral do país, caracterizada tanto pela diversificação das substâncias produzidas, como pelos métodos de lavra e de beneficiamento, que induzem à formação de pequenas, médias e grandes empresas do setor mineral, e, consequentemente, a explotação e o processamento desses bens minerais produzem uma combinação de potencial de riscos ambientais maior que as registradas em outros estados (TONIDANDEL, 2011).

Atribui-se culturalmente e pode-se observar nas minerações, que a poluição e degradação são fatores inerentes a atividade minerária, sendo imprescindível a preocupação com o controle na gestão ambiental, tanto durante a operação da mina quanto em seu processo de fechamento. Os empreendimentos do setor mineral possuem um ciclo de vida útil, e, após este período, muitas instalações são abandonadas sem nenhum processo de descomissionamento e de reabilitação de áreas degradadas.

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A figura 1 ilustra as áreas trabalhadas em um empreendimento minerário e reforçam a sua complexidade. Todos esses elementos são geralmente encontrados conjugados apenas para minerações de grande porte. As de pequeno porte, usualmente, têm intervenção como: mina a céu aberto, mina subterrânea e algumas unidades de tratamento de minérios – UTMs (usinas de beneficiamento ou unidade de concentração).

Figura 1 - Atividades Realizadas em uma Mineração. (Fonte: Geologia de Engª-ABGE)

Um empreendimento mineral passa por decisões contínuas de investimento e viabilidade dos fatores (equipamentos, localização da jazida, custos operacionais, regulamentações e outros) que determinam seu processo e são comandados pela oferta e demanda no preço do minério pela complexidade envolvida nessas fases: pesquisa, lavra e beneficiamento. Muitas vezes uma explotação que não se mostra favorável em determinado momento passa, no futuro, a ter um valor que torna a atividade viável devido ao lucro aferido e ao teor do minério demandado pelo mercado.

O quadro 1 representa uma visão geral sobre as fases de um empreendimento mineral, podendo ser conjugadas duas ou mais fases dependendo do empreendimento.

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Edifício Minas – Cidade Administrativa Tancredo Neves – Belo Horizonte – MG / CEP: 30.630-900 Fone: (031) 3915-5000 11 Quadro 1 Etapas de um empreendimento mineral.

Fases Objetivos

1. Prospecção

Fase preliminar da pesquisa, isto é, a busca de áreas com ocorrência de depósitos minerais. Investigar a mineralização em superfície e subsolo; caracterizar e avaliar economicamente o depósito mineral.

2. Exploração

Detalhamento da caracterização do depósito mineral (forma, extensão, profundidade, quantidade das substâncias úteis, teores, etc.) para subsidiar a elaboração dos projetos, avaliando a viabilidade econômica da jazida.

3. Desenvolvimento

Preparação para a lavra: abertura de acessos, remoção de capeamento, obras de infraestrutura, drenagem, estabelecer métodos de lavra e de beneficiamento, definir equipamentos e aprofundar no estudo da viabilidade econômica, etc.

4. Lavra ou Explotação

Operações necessárias à extração mineral: desmonte, preparação e tratamento do minério, transporte, beneficiamento do minério, disposição de estéril.

5. Fechamento de Mina

Encerramento das atividades com planejamento para uso futuro da área. Recuperação das áreas trabalhadas e degradadas.

Em relação aos impactos ambientais gerados pela atividade minerária, é importante salientar que sejam eles positivos ou negativos, eles são dependentes principalmente da conjuntura geopolítica regional, comercial e de mão-de-obra disponível. Os impactos positivos mais relevantes são a geração de empregos e tributos ao poder público, melhorando a qualidade de vida da região do entorno a partir do desenvolvimento econômico e social.

Os impactos negativos gerados pela instalação de empreendimentos minerários são diversos sendo os principais: decapeamento (retirada do solo); supressão da cobertura vegetal; redução da biodiversidade; contaminação do solos e águas superficiais e subterrâneas; poluição sonora e visual, entre outors. A principal preocupação com as áreas impactadas é com a reabilitação para uso futuro dessas áreas, considerando não somente os aspectos da qualidade ambiental, mas também os de segurança e de desenvolvimento socioeconômico do entorno.

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O entendimento da dimensão destes impactos para o meio ambiente e para a saúde humana surgiu em meados da década de 70, e, somente a partir da década de 80, foram implantados os instrumentos legais que regulam todo o processo de licenciamento e fiscalização de atividades minerárias.

Em virtude disso, tem-se um grande período no qual os mais diversos tipos de empreendimentos minerais não tinham a obrigação de respeitar normas de proteção ambiental e de reabilitar áreas degradadas por suas atividades, dando origem ao que hoje se denomina "passivo ambiental".

Até 1980, o setor minerário concentrava sua preocupação no aproveitamento dos recursos minerais e no seu fomento. Durante esse período, entendia-se que a mineração era divida em três fases: prospecção, pesquisa e lavra/desenvolvimento. Ainda hoje, apesar do aparato legal existente e dos avanços obtidos a partir da década de 80, alguns segmentos da atividade minerária requerem normas técnicas e legais, procedimentos e legislações específicas para regulamentar, principalmente, os planos de descomissionamento dos componentes de uma mina e a reabilitação de áreas degradadas pela atividade minerária.

A partir da década de 90, com o crescimento da exploração mineral no Estado de Minas Gerais, devido ao crescimento das exportações, aumentaram os problemas de impacto ambiental proveniente do setor mineral. Mas em 2001, a ruptura da barragem cava 1, da Mineração Rio Verde S.A., em Nova Lima, foi determinante para que se iniciasse um novo marco sobre as políticas ambientais relacionadas ao setor mineral.

Desta maneira, torna-se importante que o órgão ambiental conheça os impactos gerados por estas atividades e quais ações estão sendo adotadas pelos empreendimentos para minimizá-los, permitindo que o Estado tenha um conhecimento da dimensão destas áreas e possa estabelecer políticas para identificação e priorização.

Em 2009, foi instituído através da Resolução Semad 817/2009, o Grupo de Trabalho para a elaboração de propostas de procedimentos a serem implantados na identificação e classificação de áreas impactadas pela

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mineração em Minas Gerais sob coordenação da FEAM. Foram realizadas várias reuniões com a participação de diversas instituições interessadas, tais como a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - Sindicato das Indústrias Extrativas (Sindiextra), Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) / Escola de Engenharia, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Associação dos Municípios Mineradores (AMIG), Associação Mineira de Defesa ao Meio Ambiente (AMDA), Conselho Regional de Biologia (CRBio).

O Grupo de Trabalho decidiu que primeiramente deveria ser levantada as áreas impactadas geradas pelas minerações detentoras de AAF (classes 1 e 2) visto que o órgão ambiental possui informações menos detalhadas destas áreas em relação as minerações que passam pelo processo de licenciamento ambiental (classes 3, 4 e 5) e também deveria ser realizado o levantamento de áreas minerárias abandonadas.

O Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM aprovou em 18 de dezembro de 2009 a Deliberação Normativa Nº 144 que dispõe sobre a declaração de informações relativas à identificação e classificação de áreas mineradas detentoras de Autorização Ambiental de Funcionamento - AAF no Estado de Minas Gerais e a Deliberação Normativa Nº 145 que dispõe sobre a declaração de informações relativas à identificação e classificação de áreas mineradas abandonadas no Estado de Minas Gerais.

A análise destas declarações e das áreas levantadas pela FEAM em outros projetos permitirá o conhecimento do nível de degradação destas áreas com a quantificação dos passivos ambientais no Estado, sendo possível a definição de diretrizes para a recuperação dessas áreas para uso futuro.

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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

O objetivo do Inventário Estadual de Áreas Impactadas pela Mineração é a identificação destas áreas, subsidiando a estruturação e a implementação de uma política de gestão ambiental de áreas mineradas impactadas do Estado de Minas Gerais.

2.2 Objetivos Específicos

 Conhecer e caracterizar áreas mineradas impactadas do Estado de Minas Gerais que apresentem risco a população e ao meio ambiente;

 Definição de ações para gerenciamento de cada área identificada, acompanhando o impacto ambiental das minerações pela atualização dos cadastros;

 Definição de priorização das intervenções necessárias nas áreas cadastradas, buscando a proteção à saúde humana e ao meio ambiente;

 Definição de regiões prioritárias para intervenção devido ao relevante interesse público e conflitos de uso e expansão do território;

 Consolidar o módulo de áreas impactadas pela mineração existente no Banco de Declarações Ambientais;

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3. ENQUADRAMENTO LEGAL

As atividades minerárias passíveis de regularização ambiental no Estado de Minas Gerais são descritas na listagem A da Deliberação Normativa Nº 74 de 2004, sendo divididas em seis tipologias:

1. A-01 Lavra subterrânea 2. A-02 Lavra a céu aberto

3. A-03 Extração de Areia, Cascalho e Argila, para utilização na construção civil

4. A-04 Extração de água mineral ou potável de mesa

5. A-05 Unidades Operacionais em área de mineração, inclusive unidades de tratamento de minerais

6. A-06 Exploração e extração de gás natural ou de petróleo

Esta Deliberação enquadra as atividades em seis classes, conforme apresentado no Quadro 2. Estas classes são definidas com a conjugação do potencial poluidor ou degradador do meio ambiente com o porte da atividade.

Quadro 2 Tipo de Regularização solicitado devido ao grau de impacto, conforme a DN 74/2004.

Classe Grau de Impacto Tipo de Regularização

1 Não significativo Autorização Ambiental de Funcionamento 2 Não significativo Autorização Ambiental de Funcionamento 3 Baixo Licença Ambiental

4 Médio Licença Ambiental 5 Alto Licença Ambiental 6 Alto Licença Ambiental

O potencial poluidor ou degradador do meio ambiente classifica a atividade com potencial pequeno (P), médio (M) ou grande (G) em função das características intrínsecas da atividade, após terem sido observados os efeitos de poluição para o ar, solo e água. Para definição do porte são considerados os parâmetros: produção bruta em tonelada por ano; vazão captada em litros por ano; área útil em hectare; extensão em quilômetros; número de

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empregados e capacidade instalada em tonelada por ano. Esses parâmetros são estipulados conforme a tipologia da atividade dentro da mineração (lavra, beneficiamento e infraestrutura).

De acordo com a Deliberação Normativa 74/2004, artigo 2° - “Os empreendimentos e atividades listados no Anexo Único desta Deliberação Normativa, enquadrados nas classes 1 e 2, considerados de impacto ambiental não significativo, ficam dispensados do processo de licenciamento ambiental no nível estadual, mas sujeitos obrigatoriamente à Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF) pelo órgão ambiental estadual competente, mediante cadastro iniciado através de Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento preenchido pelo requerente, acompanhado de termo de responsabilidade, assinado pelo titular do empreendimento e de Anotação de Responsabilidade Técnica ou equivalente do profissional responsável”.

A Autorização Ambiental de Funcionamento não é concedida mediante condicionantes. Entretanto, o empreendedor é obrigado a cumprir todas as exigências que visam proteger o meio ambiente, como a disposição de maneira ambientalmente correta dos efluentes e resíduos e a comunicação ao órgão ambiental de qualquer evento que possa causar dano ambiental. Além disso, o empreendedor não deve executar, à revelia do órgão ambiental, ampliação ou modificação passível de nova AAF ou mesmo de licenciamento e caso ocorra o encerramento das atividades do empreendimento no decurso da vigência da AAF, executar as ações para liberação da área no que se refere ao aspecto ambiental e comunicar o fato ao órgão regularizador, que fará a fiscalização para arquivamento do processo.

Dessa maneira, para que a FEAM tivesse acesso a informações referentes às áreas impactadas pela mineração detentoras de AAF foi publicada a Deliberação Normativa Nº 144/2009. Esta Deliberação determina que os responsáveis por empreendimentos minerários localizados no Estado de Minas Gerais, detentores de AAF, ficam convocados a apresentar à FEAM, o Formulário de Cadastro das Áreas Impactadas pela Atividade Minerária, disponibilizado no Banco de Declarações Ambientais – BDA.

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O Formulário de Cadastro deverá ser realizado anualmente, entre 1º de janeiro e 31 de março do ano corrente e a qualquer momento, a FEAM poderá solicitar informações complementares ao cadastro, em decorrência de normas supervenientes, visando à adequação e ao aprimoramento das informações solicitadas, para preenchimento e envio em meio eletrônico.

Os empreendimentos minerários autorizados após a publicação da DN 144/2009 também deverão apresentar à Feam, no prazo máximo de até 90 (noventa) dias da concessão da respectiva AAF, o Formulário de Cadastro de Áreas Impactadas pela Atividade Minerária.

De acordo com o Art. 5º da DN Nº 144/2009, os critérios adotados para classificação do potencial de impacto ambiental pela atividade minerária de empreendimentos/atividades que funcionem mediante obtenção de Autorização Ambiental de Funcionamento - AAF são:

I. Caracterização da área do entorno (C1).

II. Percentual de reabilitação das áreas impactadas pelo empreendimento (C2).

III. Potencial para contaminação dos recursos naturais: solo e água (C3). IV. Grau de Interferência nos Recursos Hídricos (C4).

V. Presença de passivos ambientais (C5).

Para cada critério é atribuída uma pontuação, variando de 0 (zero) a 5 (cinco), sendo obtida através da correlação entre as notas dos parâmetros que caracterizam os principais aspectos relacionados aos impactos adversos nos meios físico, biótico e antrópico. A metodologia de cálculo para aferir os critérios de classificação está descrita no Anexo Único da DN 144/2009.

De acordo com o Art. 6º as áreas impactadas pela atividade minerária serão classificadas em 05 (cinco) categorias, conforme apresentado no Quadro 3.

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Edifício Minas – Cidade Administrativa Tancredo Neves – Belo Horizonte – MG / CEP: 30.630-900 Fone: (031) 3915-5000 18 Quadro 3 Potencial de impacto ambiental conforme a D 144/2009.

Categoria Potencial de impacto ambiental Somatório de pontos (s)

I Muito Baixo S < 5,0

II Baixo 5,0 ≤ S < 10,0

III Médio 10,0 ≤ S < 15,0

IV Alto 15,0 ≤ S < 20,0

V Muito Alto 20,0 ≤ S ≤ 25,0

Em paralelo à DN 144/2009, também foi publicada a DN 145/2009 referente à declaração de informações relativas à identificação e classificação de áreas mineradas e abandonadas.

O cadastramento das áreas abandonadas poderá ser realizado em qualquer período do ano, e deverá ser efetuado pelos técnicos do SISEMA ou responsável legal pela área. As Prefeituras Municipais, a Polícia Militar Ambiental e o Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM poderão contribuir com dados e informações para o cadastro das áreas abandonadas. Os critérios para classificação das áreas abandonadas é o mesmo adotado pela DN 144/2009.

Outra ação pioneira de Minas que visa à recuperação das áreas impactadas pela mineração foi a publicação da Deliberação Normativa Nº 127/2008 e do Termo de Referência do Plano Fechamento de Mina - PAFEM, que estabelece diretrizes e procedimentos para o encerramento das atividades das minas.

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METODOLOGIA E RESULTADOS DO

CADASTRO DE ÁREAS

IMPACTADAS PELA MINERAÇÃO

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4. METODOLOGIA

O Inventário de Áreas Impactadas pela Mineração é um dos instrumentos utilizados no gerenciamento destas áreas que visa identificar, sistematizar, classificar os danos ambientais causados pelas atividades minerárias definindo e priorizando as ações necessárias. Para o levantamento das informações sobre as áreas impactadas pela mineração detentoras de AAF, a FEAM optou por elaborar um cadastro (auto-declaração) a ser preenchido pelos empreendedores contendo todas as informações necessárias para a tomada de decisão por parte do órgão ambiental.

Para promover este cadastro foi publicada a Deliberação Normativa COPAM nº 144 de 18 de dezembro de 2009 que convocou pessoas físicas e jurídicas a efetuarem uma auto-declaração em ambiente Web através Banco de Declarações Ambientais - BDA em um módulo específico para a gestão de áreas impactadas pela mineração.

O módulo de gestão de áreas impactadas pela mineração foi desenvolvido pela PRODEMGE em parceria com os técnicos da FEAM e da equipe da Diretoria de Tecnologia da Informática do SISEMA, e seu desenvolvimento foi estruturado em quatro etapas: definição do escopo e regras de negócio; levantamento de requisitos; desenvolvimento do sistema e testes dos módulos disponibilizados.

De acordo com a DN 144/2009, o período para cadastramento era de 1º de março de 2010 a 30 de setembro de 2010, mas devido a problemas na operação do BDA este prazo foi prorrogado por dois períodos, tendo o último se encerrado em 14 de abril de 2011. Em relação às áreas abandonadas, o cadastro pode ser realizado em qualquer data.

Devido aos problemas operacionais apresentados pelo BDA, não foi possível apresentar em 2010 o Inventário de Áreas Impactadas pela Mineração, sendo apresentado apenas um relatório com os problemas identificados.

Para promover o correto preenchimento do cadastro, a FEAM realizou um trabalho de divulgação através da realização do evento “Identificação de

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Áreas Impactadas pela Atividade Minerária no Estado de Minas Gerais” em março de 2010, seguido por visitas a 05 (cinco) municípios mineradores no período de abril a agosto de 2010, conforme Relatório Técnico FEAM/DPED/DQGA/GEDAM No 01.

O formulário eletrônico disponível no Banco de Declarações Ambientais (BDA) possui informações referentes ao empreendimento, a localização da área (coordenadas, unidades de planejamento e gestão de recursos hídricos, entre outros), características do entorno da área minerada, o percentual de áreas reabilitadas, o grau de interferência nos recursos hídricos, o potencial de contaminação do solo e da água e a presença de passivos ambientais.

No que se refere às áreas abandonadas, o cadastro é feito pelas prefeituras municipais, pela Polícia de Meio Ambiente e Trânsito ou entidades conveniadas ao Sistema Estadual de Meio Ambiente - SISEMA como denúncia por meio do BDA.

As informações das declarações foram analisadas de maneira individual ou compiladas em relatórios gerados pelo Banco de Declarações Ambientais e foram analisadas pela equipe técnica da FEAM. O quadro 4 apresenta os relatórios que são emitidos pelo BDA e as informações fornecidas em cada um. As informações destes formulários são fixas não podendo ser alteradas. Apenas o Relatório Registro Geral é fornecido em formato Excel, os demais são emitidos em formato PDF.

O quadro 5 apresenta os parâmetros conforme a DN 144/2009 para os critérios de classificação e caracterização do potencial de impacto ambiental, justificando a importância desses parâmetros para o meio ambiente.

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Edifício Minas – Cidade Administrativa Tancredo Neves – Belo Horizonte – MG / CEP: 30.630-900 Fone: (031) 3915-5000 22 Quadro 4 Relação dos relatórios fornecidos pelo modulo de áreas impactadas pela mineração.

Relatórios É Quantificado pelo BDA

1. Registro Geral Todos os empreendimentos Cadastrados. 2. Empreendimentos que tentaram

cadastrar após o prazo de 90 dias

Total de Empreendimentos que fizeram tentativa de cadastro após o prazo regulamentar.

3. Empreendimentos que explotam uma determinada substância mineral

Mineral explotado pelos empreendimentos com ou sem beneficiamento incluindo a informação de nº. do processo do DNPM, município.

4. Empreendimentos enquadrados em uma determinada atividade da DN 74/2004.

Total de empreendimentos conforme a atividade minerária codificada na DN 74/2004, registra além do código da atividade, o tipo Lavra e município de localização.

5. Empreendimentos localizados no interior de uma Unidade de Conservação e no entorno (raio de 10km).

Tipo e nome da UC que existe próximo ao empreendimento e se há ou não cavidades naturais na região.

6. Empreendimentos que apresentam determinado tipo de ocupação no seu entorno

Tipo de ocupação no entorno do empreendimento e se foi instalado antes ou depois da atividade minerária. 7. Empreendimentos que apresentam

potencial para contaminação dos recursos naturais

Tipos de Estéril, rejeitos e efluentes líquidos gerados pelo empreendimento.

8. Empreendimentos que se localizam à montante do ponto de captação

Total de empreendimentos que estão próximos à captação de água em até 1.000m e sua respectiva UPGRH.

9. Empreendimentos que apresentam determinado uso conhecido à jusante.

Tipo de uso do recurso hídrico à jusante do empreendimento em até 1.000m.

10. Empreendimentos que apresentam potencial para geração de drenagem ácida

Substância mineral+tipo de lavra para avaliação do risco de drenagem ácida.

11. Empreendimentos que possuem sistema de controle de carreamento de sedimentos.

Empreendimentos com sistema de controle para drenagem e o tipo desse sistema.

12. Empreendimentos que apresentam determinado grupo vegetacional.

Listagem por grupos de vegetação nativa presentes no empreendimento e no seu entorno.

13. Empreendimentos com passivo ambiental.

Empreendimentos que possuem passivos ambientais, situação (com ou sem projeto de recuperação) e tipos de passivos: cavas abandonadas, pilhas contaminadas e/ou abandonadas, e outros.

14. Empreendimentos que apresentam potencial turístico e de lazer

Empreendimentos que segundo o empreendedor possui potencial turístico.

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Parâmetro de Referência Justificativa para Avaliação

P1 – Proximidade com áreas protegidas (conforme Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000)

Preservação de seus biomas. P2 – Proximidade (raio de 1km a partir do

perímetro do empreendimento) ou inserção em áreas com presença de cavidades naturais - canga, quartzito ou calcário.

Preservação desse ecossistema que é responsável por sistema de drenagem subterrânea e formas de relevo únicas, que podem resultar na escassez da água em superfície.

P3 – Ação Antrópica: Ocupação do solo (entorno - raio de 10km a partir do perímetro do empreendimento).

Interferência e interação da atividade com empreendimentos no entorno gerando e/ou intensificando impactos para os sistemas ambientais envolvidos: solo, água e ar.

P4 – Percentual de reabilitação das áreas impactadas pelo empreendimento. Calculado por: R = A1/A2

onde: A1= área reabilitada e A2= área do empreendimento – (área de lavra + área da barragem)

Identificação em extensão de área que foi alterada pela atividade minerária e retornou ao mais próximo de sua função original. Além de mostrar qual o restante de área a ser reabilitada após a desativação do empreendimento.

P5 - Potencial para geração de drenagem ácida.

Identificação de áreas com risco de interações químicas das substâncias envolvidas na disposição dos resíduos e rejeitos que geram drenagem ácida para mitigação e controle.

P6 - Resíduos gerados pelo empreendimento com potencial para

contaminação. Identificação de áreas com risco de contaminação pela disposição dos resíduos e rejeitos provenientes da atividade que necessitem de um controle para evitar dano ambiental.

P7 - Efluentes líquidos gerados pelo empreendimento (contendo substâncias químicas) com potencial para contaminação. P8 - Proximidade com mananciais de abastecimento público, para empreendimentos localizados à montante da captação (faixa de 1km a partir do perímetro do empreendimento).

Identificação de áreas que requeiram maior atenção quanto ao risco para mananciais de abastecimento em decorrência da atividade minerária.

P9 - Existência de sistema de controle de carreamento de sedimentos.

Identificação da responsabilidade com prevenção para diminuição da poluição e dos impactos sobre a vegetação.

P10 - Presença de passivo ambiental. Identificação de passivos ambientais e a fase de recuperação.

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5. RESULTADOS

5.1. Avaliação da efetividade do Módulo de Áreas Impactadas pela Mineração

Visando avaliar a efetividade do cadastro, ou seja, a relação do número de áreas com atividade mineral com AAF cadastradas no Sistema Integrado de Informação Ambiental – SIAM em relação ao número de áreas com atividade mineral com AAF que realizaram o cadastro no BDA.

Foi realizada uma consulta no SIAM considerando o período de janeiro de 2005 a julho de 2011 para verificar quantas AFF foram concedidas pelas SUPRAM’s. O número total de AFFs concedidas para empreendimentos minerários neste período foi de 2834. Este levantamento e a relação dos cadastros realizados no BDA no modulo de áreas impactadas pela mineração por atividade minerária são apresentados no Quadro 6.

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Edifício Minas – Cidade Administrativa Tancredo Neves – Belo Horizonte – MG / CEP: 30.630-900 Fone: (031) 3915-5000 25 Quadro 6 Quantitativo de AAFs concedidas e número de cadastros realizados no BDA por atividade minerária.

Código DN 74/2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

2005-2001 BDA

A-01 Lavra subterrânea

(LS)

A-01-01-5 LS sem tratamento ou com tratamento a seco

(pegmatitos e gemas) 3 7 7 8 4 9 4 42 9

A –01-03-1 LS sem tratamento ou com tratamento a

seco, exceto pegmatitos e gemas 5 2 9 3 2 3 1 25 10

A-02 Lavra a céu aberto

(LCA)

A–02-01-1 LCA sem tratamento ou com tratamento a

seco - minerais metálicos, exceto minério de ferro 12 25 19 44 33 31 13 177 36 A-02-03-8 LCA sem tratamento ou com tratamento a

seco – minério de Ferro 2 11 15 8 6 6 1 49 8

A-02-06-2 LCA com ou sem tratamento - rochas ornamentais e de revestimento (exceto granitos, mármores, ardósias, quartzitos)

47 71 39 19 6 5 3 190 3

A-02-06-3 LCA com ou sem tratamento - rochas

ornamentais e de revestimento (ardósias) 0 0 1 1 2 4 5 13 1 A-02-06-4 LCA com ou sem tratamento - rochas

ornamentais e de revestimento (Mármores e granitos) 0 0 28 25 27 65 39 184 31 A-02-06-5 Lavra a céu aberto com ou sem tratamento -

rochas ornamentais e de revestimento (Quartzito) 0 0 3 7 5 7 0 22 1 A-02-07-0 LCA sem tratamento ou com tratamento a

seco – minerais não metálicos, exceto em áreas cársticas ou rochas ornamentais e de revestimento

29 46 37 33 40 52 31 268 53

A-02-08-9 LCA com tratamento a úmido – minerais não metálicos, exceto em áreas cársticas ou rochas ornamentais e de revestimento

0 0 0 0 0 0 0 0 1

A-02-09-7 Extração de rocha para produção de britas

com ou sem tratamento 6 12 20 15 19 24 15 111 14 A-02-10-0 Lavra em aluvião, exceto areia e cascalho 11 29 19 18 16 18 6 117 28

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Edifício Minas – Cidade Administrativa Tancredo Neves – Belo Horizonte – MG / CEP: 30.630-900 Fone: (031) 3915-5000 26 CODIGO DN 74/2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total 2005-2001 BDA A-03 Extração de Areia, Cascalho e Argila, para utilização na construção civil

A-03-01-8 Extração de areia e cascalho para utilização

imediata na construção civil 36 89 149 170 238 255 162 1099 116 A-03-02-6 Extração de argila usada na fabricação de

cerâmica vermelha 12 18 75 39 73 73 55 345 45 A-04 Extração de água mineral ou potável de mesa

A-04-01-4 – Extração de água mineral ou potável de

mesa. 3 3 7 7 6 6 3 35 1 A-05 Unidades Operacionai s em área de mineração, inclusive unidades de tratamento de minerais

A-05-01-0 Unidade de tratamento de minerais – UTM 1 1 3 8 3 5 2 23 1

A-05-02-9 Obras de infra-estrutura (pátios de resíduos e

produtos e oficinas) 1 3 10 18 20 15 14 81 2

A-05-05-3 Estradas para transporte de minério / estéril

0 2 7 4 9 13 5 40 1 A-06 Exploração e extração de gás natural ou de petróleo

A-06-01-1 Prospecção de gás natural ou de petróleo (levantamento geofísico) - sísmica 2D, em área cárstica.

0 0 0 0 0 0 1 1 0

A-06-05-1 Locação e perfuração de poços exploratórios de gás natural ou de petróleo, inclusive em área cárstica.

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27 Figura 2 Relação entre áreas com atividade mineral com AAF e áreas cadastradas no

BDA por tipologia mineral.

Com base na Figura 2 e no Quadro 6 pode-se observar que apenas 13% dos empreendimentos com AFFs concedidas pelo órgão ambiental de Minas Gerais realizaram o cadastro de áreas impactadas pela mineração. Este valor é muito baixo para que o Estado possa realizar um gerenciamento efetivo das áreas degradadas pela mineração.

Vale ressaltar que devido a diversos problemas operacionais apresentados pelo Banco de Declarações Ambientais, como problemas de incompatibilidade dos sistemas e instabilidade do programa, vários empreendedores não conseguiram realizar o cadastro, comprometendo a finalidade do cadastro de se inventariar o maior número de áreas possíveis com informação de qualidade. Um levantamento realizado pela FEAM nos e-mails e correspondências recebidos no ano de 2010 e 2011 referentes a este tema demonstraram que 171 empreendedores que possuem AFF tentaram realizar o cadastro no módulo de áreas impactadas pela mineração sem êxito. Caso estes empreendedores tivessem realizado o cadastro, o percentual de 13% passaria para 19%.

Além dos empreendedores citados acima, 53 empreendedores que não possuem regularização no órgão ambiental, tentaram realizar o cadastro sem sucesso. Em relação a estes empreendimentos deverão ser realizadas ações

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em conjunto com as SUPRAMs para regularização da situação ambiental dos mesmos.

Este baixo percentual de cadastros demonstra a importância de se realizar um trabalho junto a PRODEMGE para adequação do módulo de áreas impactadas pela mineração, permitindo um acesso apropriado para os empreendimentos e uma melhor divulgação deste instrumento por parte do órgão ambiental.

Além disso, os empreendedores devem se conscientizar da importância da disponibilização destas informações para o órgão ambiental, visto que este cadastro é uma importante ferramenta para agilizar o processo de identificação de áreas impactadas pela atividade minerária.

5.2. Áreas Cadastradas no BDA

Para o Inventário de Áreas Impactadas pela Mineração 2011 foi considerado os formulários preenchidos até o dia 15 de outubro de 2011 no Banco de Declarações Ambientais. Para este período foram obtidos 718 formulários, sendo que apenas 361 formulários continham todas as informações necessárias para a classificação da área de acordo com a DN 144/2009. Destes, 352 pertenciam a pessoa jurídica e 9 a pessoa física.

Os 357 formulários restantes estão incompletos, em branco ou são testes realizados pela equipe da FEAM e PRODEMGE para avaliação do módulo. Futuras retificações e atualizações conjugadas com vistorias nessas áreas tornarão esses cadastros passíveis de classificação, garantindo assim, melhor percepção do cenário de áreas impactadas pela mineração no Estado.

Este Inventário irá apresentar uma análise quantitativa das informações existentes nos formulários com base nos relatórios gerados, conforme apresentado a seguir.

Relatório 1 - Relatório Geral.

Este relatório é o que apresenta o maior número de informações incluindo dados gerais do empreendedor como: CNPJ, DNPM, número da AAF, coordenadas; município, SUPRAM responsável pela regularização, substância

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mineral explorada, atividade da DN 74/2004, categoria do impacto ambiental, relação entre a área impactada e a reabilitada, entre outros.

O levantamento da distribuição das áreas impactadas por Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Supram, mostrou que a maior parte das áreas está localizada nas Supram’s Triângulo (36%); Central (18%) e Leste Mineiro (16%), conforme apresentado na Figura 3.

Figura 3 Distribuição das declarações por SUPRAM.

Em relação à classificação da atividade conforme a DN 74/2004 levantou que a principal atividade é a A-02 Lavra a céu aberto (50%) seguida da classificação A03 - Extração de Areia, Cascalho e Argila (45%), conforme apresentado na Figura 4. Vale ressaltar que a atividade A-06 Exploração e extração de gás natural ou de petróleo não apresentou nenhuma área com declaração, mesmo o Estado possuindo 13 empresas com AFFs listadas no SIAM.

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Legenda: A01- Lavra subterrânea; A02- Lavra a céu aberto; A03- Extração de Areia, Cascalho e Argila, para utilização na construção civil; A04- Extração de água mineral ou potável de mesa; A05- Unidades Operacionais em área de mineração, inclusive unidades de tratamento de minerais

Figura 4 Distribuição das empresas nas tipologias minerárias

.

A classificação das empresas em relação ao impacto ambiental da atividade foi realizada com base nos critérios da DN 144/2009 e a distribuição é apresentada no quadro 7. Nenhuma empresa foi classificada na Categoria V – Potencial de Impacto Ambiental Muito Alto.

Quadro 7 Quantidade de empreendimentos em cada categoria.

Categoria de Impacto Ambiental Empresas cadastradas no BDA

Categoria I - Potencial de Impacto Ambiental Muito Baixo

8 Categoria II - Potencial de Impacto Ambiental Baixo 313 Categoria III - Potencial de Impacto Ambiental Médio 38 Categoria IV - Potencial de Impacto Ambiental Alto 2 Categoria V - Potencial de Impacto Ambiental Muito Alto 0

As empresas que se enquadraram na Categoria IV - Potencial de Impacto Ambiental Alto estão localizadas na SUPRAM Central, sendo uma empresa de extração de areia (A-02-01-1) e a outra é de manganês (A-03-01-8). 5 empresas que se enquadram na Categoria I - Potencial de Impacto Ambiental Muito Baixo estão localizados na SUPRAM Leste Mineiro. As categorias II e III tiveram distribuição mais homogênea entre as SUPRAMs.

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31 Relatório 2 - Empreendimentos que tentaram cadastrar após o prazo de 90 dias.

Este relatório é para acompanhamento interno do órgão ambiental para verificar quantos empreendimentos que possuem novas AFFs tentaram se cadastrar após o prazo de 90 dias, conforme estabelecido na DN 144/2009. Em 2010, 211 empreendedores tentaram cadastrar seu empreendimento após o prazo regulamentar e em 2011, esse número foi reduzido para 47 empreendimentos.

Relatório 3 - Empreendimentos que explotam uma determinada substância mineral.

Este relatório apresenta informações sobre as substâncias exploradas pela atividade mineral. A informação é separada em empreendimentos com ou sem beneficiamento conforme apresentado a seguir.

Total de empreendimentos sem beneficiamento: 316 – sendo os principais:

Areia/ Cascalho/ Brita e Argila = 159 (destes, 88 explotam, exclusivamente, Areia e 38 Argila); Granito = 26; Ouro = 17; Areia de Fundição = 18; Diamante = 15 (destes, 7 para uso industrial); Calcário / Calcário Dolomítico = 14

Total de empreendimentos com beneficiamento: 45 – sendo os principais:

Minério de Ferro = 11; Areia/ Cascalho/ Brita e Argila = 8; Areia de Fundição = 7; Calcário / Calcário Dolomítico = 7; Granito = 5; Diamante = 3.

Relatório 4 - Empreendimentos enquadrados em uma determinada atividade minerária da DN 74/2004.

Esta informação foi obtida a partir do relatório Geral, conforme apresentado na Figura 4.

Alguns empreendimentos apresentam mais de uma atividade vinculada à mesma AAF, devido principalmente a atividades secundárias como estradas para transporte de minério (111 empresas) e obras de infra-estrutura(104 empresas).

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32 Relatório 5 - Empreendimentos localizados no interior de uma Unidade de Conservação e no entorno (raio de 10km).

Este relatório apresenta informações sobre a localização dos empreendimentos em relação a Unidades de Conservação. Esta informação era fornecida automaticamente pelo sistema com base no Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE do Estado de Minas Gerais, com base nas coordenadas da área, não podendo ser alterada pelo empreendedor. Foram totalizados 158 empreendimentos próximos à Unidade de Conservação, sendo: 44 próximos às UC de uso sustentável; 13 próximos às UC de proteção integral; 11 para outras UC e 90 sem informar o tipo de unidade.

Relatório 6 - Empreendimentos que apresentam determinado tipo de ocupação no seu entorno.

Este relatório apresenta informações sobre quais empreendimentos possuem determinado tipo de ocupação em seu entorno, explicitando se esta ocupação teve início antes ou depois da implantação da mineração. Foram registrados 479 tipos de ocupações, conforme apresentado no Quadro 8.

Quadro 8 Tipo de ocupação existente no entorno das atividades minerais. Tipo de ocupação Quantidade empresas

Agricultura 80

Área de Expansão Urbana 15

Área Urbana 2 Atividade Industrial 16 Condomínio 2 Escola Rural 3 Estrada Municipal 19 Outras 23

Outros empreendimentos minerários 40

Pecuária 131

Povoado 12

Rodovia Federal 6

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33 Relatório 7 - Empreendimentos que apresentam potencial para contaminação dos recursos naturais.

Este relatório apresenta informações sobre o potencial para contaminação dos recursos naturais com base nos rejeitos, estéril ou efluentes gerados pela atividade mineral. No cadastro existem 247 empreendimentos com o potencial de contaminação, conforme apresentado no Quadro 9.

Quadro 9 Substâncias geradas nos empreendimentos com potencial de contaminação

Presença da Substância Gerada no Processo Quantidade de empreendimentos

Rejeito

Classificados - resíduos classe I – Perigosos. 1 Classificados - resíduos classe II-A - não inertes 6 Classificado - resíduos classe II-B - inertes 72 Não Classificado - Substância Arsênio 16 Não Classificado - Substância Cádmio 2 Não Classificado - Substância Cobre 9 Não Classificado - Substância Nenhuma 141

TOTAL 247

Estéril

Classificado - resíduo classe II-A - não inertes 8 Classificado - resíduo classe II-B - inertes 85 Não Classificado - Substância Bário 14 Não Classificado - Substância Chumbo 2 Não Classificado - Substância Cromo 8 Não Classificado - Substância Não identificada 130

TOTAL 247 Efluente Líquido Alumínio 2 Arsênio 4 Cromo 1 Ferro 10 Lítio 1 Prata 1 Manganês 6 Não identificada 31

Nenhuma das listadas no BDA como contaminante 191

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34 Relatório 8 – Empreendimentos que se localizam à montante do ponto de captação

Dos cadastros realizados, apenas quatro empreendimentos informaram que se localizam à montante do ponto de captação, sendo que destes, dois estão a uma distância de até 100m do ponto de captação.

Relatório 9 - Empreendimentos que apresentam determinado uso de água conhecido à jusante.

Este relatório apresenta informações sobre quais empreendimentos possuem determinado uso para a água à jusante, para avaliar o risco que este empreendimento pode representar para o entorno. Existem 204 empreendimentos que responderam positivamente a este quesito, sendo que existem empresas que possuem mais de um tipo de uso à jusante, totalizando 318, conforme apresentado no Quadro 10.

Quadro 10 Tipos de uso de água à jusante dos empreendimentos. Uso de Água à Jusante Quantidade

Consumo Agroindustrial 9 Consumo Humano 47 Consumo Industrial 22 Dessedentação de Animais 174 Irrigação 39 Outros 27

Relatório 10 – Empreendimentos que apresentam potencial para geração de drenagem ácida.

Nenhum empreendimento apresentou informações quando a geração de drenagem ácida.

Relatório 11 – Empreendimentos que possuem sistema de controle de carreamento de sedimentos.

Este relatório apresenta informações sobre quais empreendimentos possuem algum tipo de sistema de controle de carreamento de sedimentos. Existem 130 empreendimentos com presença de um ou mais sistemas de

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controle para as escolhas enumeradas no BDA totalizando 248, conforme apresentado no Quadro 11.

Quadro 11 Tipos de sistema de controle de carreamento de sedimentos. Sistema de Controle Quantidade de empresas

Bacia de Decantação 77

Barragem 5

Canaletas para Direcionamento do Fluxo 91

Dique de contenção 35

Drenos Internos nas Estruturas 15

Mureta de Contenção 6

Sumps 13

Outros 6

Relatório 12 - Empreendimentos que apresentam determinado grupo vegetacional.

Este relatório apresenta informações sobre os principais grupos vegetacionais existentes no Estado de Minas Gerais que podem sofrer algum tipo de impacto ambiental decorrente das atividades dos empreendimentos minerários. Esta informação era fornecida automaticamente pelo sistema com base no Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE, com base nas coordenadas da área, sendo validada pelo empreendedor. Dessa maneira, caso o empreendedor não concordasse com a informação, poderia realizar sua exclusão.

Assim, apenas 38 empreendedores têm informações a respeito dos grupos vegetacionais em sua área de influência, sendo que dentre estes empreendimentos existem alguns que possuem mais de um tipo vegetacional, totalizando 74, conforme apresentado no Quadro 12.

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36 Quadro 12 Tipo de grupo vegetacional existentes nos empreendimentos.

Grupo Vegetacional Número de cadastros

Área de Campo 1

Bioma Mata Atlântica, Floresta Estacional Semidecidual e Submontana Estagio Inicial A Avançado De Regeneração.

1

Campo 10

Campo Limpo, Pastagens, Matas 1

Cerrado 15

Eucalipto 3

Floresta Estacional Decidual Montana 24

Mata Atlântica 1

Mata Ciliar 3

Mata Estacional e Eucalipto 1

Mata fechada, campo limpo, campo sujo 2

Pastagem 6

Vereda 2

Relatório 13 - Empreendimentos com passivo ambiental.

Este relatório apresenta informações sobre empreendimentos que declararam passivos ambientais decorrentes de suas atividades e qual é a situação ambiental do mesmo em relação às ações adotadas pelo empreendedor para sua recuperação. Existem 19 empreendimentos que apresentaram informações referentes a passivos ambientais, conforme apresentado no Quadro 13.

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37 Quadro 13 Levantamento de passivos ambientais em áreas com atividade mineral.

Passivo Ambiental Situação Número de empresas com declaração

Cavas Abandonadas

área abandonada 1 com projeto de recuperação 7 em recuperação (+ 50% recuperado) 1 Edificações

área abandonada 1 com projeto de recuperação 1

Paiol de Explosivos

área abandonada 1 com projeto de recuperação 1 em recuperação (+ 50% recuperado) 1 Pilhas Abandonadas

com projeto de recuperação 2 em recuperação (+ 50% recuperado) 3

Relatório 14 - Empreendimentos que apresentam potencial turístico e de lazer.

Em relação ao potencial turístico e de lazer como uma possibilidade de uso futuro para a área minerada, apenas 10 empreendimentos responderam afirmativamente a este quesito, não detalhando como seria este uso e de que maneira ele poderia ser implementado.

5.3. Áreas Abandonadas Cadastradas no BDA

Em relação aos formulários de áreas abandonadas, até o momento, apenas uma área foi cadastrada completamente e não continha todas as informações que possibilitasse sua classificação conforme a DN 145/2009.

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LEVANTAMENTO DE ÁREAS

MINERADAS IMPACTADAS - PLANO DE

AÇÃO PARA O SETOS DE ROCHAS

ORNAMENTAIS

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6. PLANO DE AÇÃO PARA O SETOS DE ROCHAS ORNAMENTAIS

Em complementação aos dados obtidos nas declarações realizadas no módulo de áreas impactadas pela mineração no BDA, este capítulo irá apresentar o levantamento das áreas impactadas pela mineração nos municípios de São Tomé das Letras e Papagaios.

A FEAM desenvolveu, entre 2008 e 2009, o Plano de Ação para Sustentabilidade do Setor de Rochas Ornamentais, que teve como foco a atividade extrativa de quartzitos foliados no município de São Thomé das Letras e de ardósias no município de Papagaios, situados respectivamente nas regiões Sul e Central do estado de Minas Gerais. Estes municípios são os maiores produtores brasileiros desses bens minerais.

Neste Plano, uma série de ações e medidas de controle ambiental foram propostas, onde se buscou estabelecer diretrizes e um plano de metas específico para cada município, visando assegurar o desenvolvimento da atividade minerária de forma sustentável.

6.1 Plano de Ação para Sustentabilidade do Setor de Rochas Ornamentais - Quartzito - São Thomé das Letras/MG

A explotação comercial do quartzito na região de São Thomé das Letras começou na década de 1940, e durante quase 50 anos foi realizada de forma aleatória e assistemática, resultando num quadro de elevados impactos ambientais, onde a maioria das mineradoras operava ilegalmente. Era prática comum a disposição desordenada do material estéril e dos rejeitos da lavra, simplesmente lançados nos talvegues e nas drenagens naturais, assoreando-os. Também fazia parte dessa realidade, comum a outros municípios mineradores brasileiros, a ineficiência dos processos de lavra, a não recuperação das áreas degradadas e a falta de preocupação com a disposição e eventual aproveitamento econômico dos resíduos.

Para o desenvolvimento do Plano de Ação foram selecionadas 32 empresas com processos ativos no DNPM e com prazos de licença de operação e AAF’s vigentes junto ao COPAM (Tabela 1). Em seguida foram realizadas reuniões com os empreendedores, visando conhecer a situação de

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suas atividades sob o ponto de vista legal e ambiental, com ênfase nos sistemas de controle adotados. Dessa forma foram elaboradas fichas individuais dos empreendimentos, reunindo os dados compilados e as medidas a serem cumpridas, que contemplaram o atendimento de pendências processuais e as ações de melhoria, pactuadas pelas empresas com a FEAM, discriminadas por ordem de prioridade e prazo de atendimento.

Figura 5 A serra de São Thomé e suas principais regiões produtoras

Os 32 empreendimentos foram novamente vistoriados em outubro de 2010 e em maio de 2011, no intuito de se levantar sua situação atual. Nestas vistorias constatou-se que as medidas estabelecidas pelo Plano de Ação estão sendo implementadas pela maioria dos empreendimentos.

Em março de 2011, foi realizada uma vistoria específica ao ribeirão Passa Quatro, um dos cursos d’água mais assoreados pela mineração no município. Esta vistoria gerou um relatório atualizado e uma minuta de Termo de Referência, para elaboração de um projeto de dique filtrante a ser ali instalado, visando à contenção dos rejeitos da mineração depositados no leito do ribeirão. Como este projeto irá causar uma intervenção no corpo d’água deverá ser realizada sua regularização junto ao IGAM.

Pretende-se ainda, com esta experiência, subsidiar medidas a serem implantadas nos demais cursos d’água assoreados no município.

Das empresas detentoras de AAF localizadas no município de São Thomé das Letras, apenas uma realizou o cadastro no Banco de Declarações

Referências

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