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Autoria: Jaqueline Silinske, Márcia Zampieri Grohmann, Matheus Frohlich Marquetto, Luciana Flores Battistella

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Academic year: 2021

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Por que os jovens continuam a utilizar o Facebook? Busca de compreensão pela associação entre o Modelo de Aceitação de Tecnologia e a Teoria do Capital Social

Autoria: Jaqueline Silinske, Márcia Zampieri Grohmann, Matheus Frohlich Marquetto,

Luciana Flores Battistella Resumo:

O fenômeno das redes sociais virtuais cresce em escala mundial e sua compreensão é fundamental para sociedade e organizações. O objetivo deste estudo é compreender a intenção de continuar usando Facebook, por meio da união do Modelo de Aceitação de Tecnologia e da Teoria do Capital Social. Utilizou-se uma adaptação da escala de Jin (2013) em uma survey com 347 estudantes do ensino médio. O modelo mostrou-se adequado e como resultados identificou-se que o principal motivo intenção de continuar usando Facebook é diversão (R2=68,2%) e que continuidade de uso impacta na reciprocidade (R2=4,9%) e na confiança (R2=13,1%) dos jovens.

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1. INTRODUÇÃO

Observa-se uma tendência de crescimento das interações por meio das redes sociais no ambiente virtual. A quantidade e a diversidade de pessoas conectadas a mídias sociais está aumentando diariamente (RAUNIAR et al., 2014) e uma das principais justificativas para isso é, segundo Batista (p. 61, 2011), o fato de que as redes sociais “são representações estabelecidas na internet das relações e interações entre indivíduos de um grupo”.

Dentre as diversas redes sociais, o objeto de estudo desta pesquisa é o Facebook. O Facebook é uma rede social fundada em 2004 com a missão de proporcionar as pessoas o poder de compartilhar e tornar o mundo mais aberto e conectado (FACEBOOK NEWSROOM, 2014).

A escolha pela rede social deve-se ao fato de que o Facebook é a rede mais popular e com maior número de usuários na atualidade. Conforme informações do site Facebook Newsroom (2014) a rede social, em dezembro de 2013, possuía 757 milhões de usuários ativos por dia; 1.230 milhões de usuários ativos mensais.

No Brasil, no ano de 2013, o Facebook contava com 76 milhões de usuários, ocupando o terceiro lugar no ranking mundial (atrás dos Estados Unidos e Índia) e, em termos de número de acessos diários, ocupa a segunda colocação (atrás dos Estados Unidos), com 47 milhões de brasileiros que acessam a plataforma diariamente (GOMES, H., 2013). Por fim, o país possui a primeira colocação no ranking de países com maior crescimento em número de usuários.

O crescimento exponencial no número de usuários do Facebook chamou a atenção das empresas que viram nesse tipo de site uma oportunidade de negócios. “O atual fenômeno brasileiro Facebook é de relevância para a pesquisa nos domínios do marketing e das ciências sociais aplicadas” (FILHO et al., p. 5, 2012). Assim, compreender o fenômeno do Facebook e saber tirar proveito empresarial dele é um dos novos desafios das organizações.

O interesse também é observado na academia, com um número considerável de artigos internacionais, dos quais citam-se: Choi e Chung (2012), Ellison et al (2007), Huang e Hsu (2013), Jin (2013), Lin e Lu (2011), Lee e Paris (2013), Rauniar (2014) e Song et al (2009). Os estudos nacionais sobre o tema ainda são poucos, dentre os quais se destacam: Batista (2011), Filho (2012), Pinto (2012), Serra e Soto-Sanfiel (2014).

No levantamento das pesquisas já realizadas sobre o tema observa-se uma predominância de artigos pautados pelo Modelo de Aceitação de Tecnologia (Davis, 1989) e seus desdobramentos. Porém, as redes sociais são representações das interações sociais, devendo ser estudadas, também por este prisma. É exatamente esta a lacuna que o presente trabalho busca preencher, incorporando a Teoria do Capital Social, que preocupação com as relações e interações sociais, com as dimensões do Modelo de Aceitação de Tecnologia.

Frente ao exposto, o objetivo principal deste estudo é compreender a intenção de continuidade de uso do Facebook por meio da união do Modelo de Aceitação de Tecnologia e da Teoria do Capital Social. Foram definidos os seguintes objetivos secundários: validar a adaptação do modelo proposto por Jin (2013); identificar os fatores (utilidade, facilidade e diversão) que interferem na intenção de continuidade de uso do Facebook; compreender como a intenção da continuidade de uso do Facebook impacta nas dimensões da Construção do Capital Social (reciprocidade, comparação social e confiança); comparar o comportamento dos jovens brasileiros com o de usuários coreanos.

Para consecução dos objetivos, o presente estudo é baseado numa adaptação do modelo de Jin (2013) e busca compreender a intenção de continuidade de uso Facebook, integrando o Modelo de Aceitação de Tecnologia (mensurados pelas dimensões utilidade, facilidade, diversão e intenção de continuidade de uso) e a Teoria da Construção do Capital Social (mensurados pelas dimensões confiança, reciprocidade e participação social).

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico irá abarcar dois tópicos principais: o Modelo de Aceitação de Tecnologia e a Teoria do Capital Social, contextualizando os tópicos e suas relações com o contexto das redes sociais, especificamente o Facebook. Por fim, é apresentado o modelo teórico da pesquisa, unindo as teorias anteriores, as hipóteses do estudo e suas justificativas teóricas.

O estudo da intenção de uso geralmente esta associado ao comportamento do consumidor com o objetivo de entender como um consumidor compra determinado produto (HOMBURG; HOYER; KOSCHATE, 2005). A intenção pode ser compreendida como as expectativas que um consumidor possui em relação a um comportamento futuro de compra de um objeto, onde se decidem hábitos de compra ou planejamento de atividades (AAKER; KUMAR; DAY, 2001).

Neste sentido, existem teorias que tentam entender os fatores que influenciam as intenções dos consumidores. A Teoria da Ação Racional (TRA) elaborada pelos psicólogos Ajzem e Fishbein (1980) aborda que a intenção de compra pode ser influenciada por dois fatores principais, sendo que, o primeiro refere-se a atitude com relação a compra do produto e não ao seu produto em si e o segundo abrange as influências sociais em relação ao comportamento das pessoas (KARSACLIAN, 2004). De tal modo, a atitude e a norma subjetiva influenciam a intenção do consumidor, enquanto que a intenção comportamental geralmente está relacionada com o comportamento de compra (PINTO, 2007).

Pautando-se na Teoria de Ação Racional (TRA), Davis (1989) criou Modelo de Aceitação de Tecnologia para compreender como as crenças sobre um sistema computacional influenciam as atitudes, que tem como consequência a intenção e gera o comportamento favorável a utilização de um sistema (SHANG, CHEN e SHEN, 2005).

Conforme Song, Parry e Karakami (2009) o Modelo de Aceitação de Tecnologia por parte do usuário depende da utilidade percebida e da facilidade de uso. Diante disso, Davis (1989) definiu utilidade percebida como o grau que uma pessoa entende que o uso de um sistema particular poderia aumentar sua performance em um determinado trabalho, e a facilidade de uso percebida compreende o grau que uma pessoa acredita que a utilização de um sistema poderia diminuir o seu esforço.

O Modelo de Aceitação de Tecnologia pressupõe que a utilidade percebida e a facilidade de uso dos usuários são determinantes para a atitude dos usuários em relação a tecnologia, sendo que, a atitude é determinante para a intenção comportamental em relação a utilização e aceitação de um sistema (GHAZIZADEH, LEE e BOYLE, 2012). Corroborando com isso, Pires e Filho (p. 435, 2008) dizem que “o propósito essencial do modelo TAM é prover uma base para mapear o impacto de fatores externos sobre aqueles internos ao indivíduo, como as crenças, atitudes e intenções de comportamento”.

Motivados pelos avanços na internet e nas tecnologias virtuais, pesquisadores têm modificado o TAM para redes sociais, visto que as essas tem se tornado um campo de estudo interessante e pouco explorado na área de marketing (PINTO et al., 2012). Por exemplo, Moon e Kim (2001) propuseram que diversão percebida é conceitualizada como uma crença individual intrínseca que pode motivar comportamentos, por isso poderia ser incluída como um dos antecedentes de atitudes na utilização da internet.

Porém, além da perspectiva da aceitação de tecnologia, o uso de redes virtuais deve ser compreendido por outros prismas, dos quais se destaca as relações sociais. Para os autores Ellison, Steinfield e Lampe (2007) pesquisadores têm enfatizado os vínculos baseados na Internet para a formação de laços, que servem como fundamentação para a construção do capital social. Adicionando-se a isso, Jin (2013) comprovou a relação existente entre a intenção de continuar usando o Facebook e a formação do capital social mensurado pela confiança, participação social e reciprocidade.

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Dessa maneira, Coleman (1988) afirma que capital social é definido como uma função, que possui estrutura social e facilita ações entre os atores dentro de uma estrutura. Além disso, o mesmo autor ressalta que, o efeito do conceito de capital social na família e na comunidade auxiliam na formação do capital humano.

O Capital Social possui duas dimensões que se baseiam nos indivíduos como geradores de benefícios para a sociedade ao longo do tempo, sendo elas: a dimensão social e a dimensão capital (OECD, 2001). Na definição de Jin (2013) o capita social consiste nos recursos que são acessados por meio de interações sociais e enfatizando as relações sociais que distinguem o âmbito do capital social, do econômico e do humano.

Hirschman (1985) enfatizou o esforço das pessoas em agir coletivamente para alcançar objetivos não-monetários, tais como, busca pela verdade, beleza, justiça, liberdade, comunidade , amizade, amor e salvação, sendo que, esses aspectos não-monetários da ação coletiva representam um investimento para a identificação individual e do grupo. Nesse sentido, independente da motivação da co-operação social e confiança, o investimento na identidade individual ou grupal pode gerar a criação de redes sociais e melhorar a economia e os resultados sociais.

Dessa maneira, infere-se que as redes sociais tem valor e podem ser incorporadas em laços entre familiares, amigos e vizinhos, no trabalho, na igreja, em associações cívicas e na internet baseada em comunidades virtuais (HELLIWELL; PUTNAM, 2004). Mais especificamente, no contexto de sites de redes sociais, o desenvolvimento de vínculos de capital social pode ser encontrado quando os usuários criam relacionamentos com outros usuários, com a finalidade de compartilharem valores e objetivos futuros (LEE, 2013).

Recentemente, pesquisadores têm enfatizado a importância dos vínculos baseados na internet para a formação de laços, que servem como base para o capital social (ELLISON, STEINFIELD e LAMPE, 2007). Como exemplo, os usuários de sites de redes sociais possuem a tendência de expandir seus contatos nas redes sociais, convidando outras pessoas por meio do acesso aos contatos de outras pessoas, gerando o desenvolvimento do capital social (LEE, 2013).

Em suma, o capital social engloba um sentimento de mútua reciprocidade, participação e confiança que permite que pessoas trabalhem juntos com sucesso, diante disso, questões como confiança e reciprocidade desempenham papéis importantes que ajudam a compreender os efeitos do capital social em um individuo. Nesse sentido, Jin (2013) caracteriza que o capital social pode ser mensurado pela confiança, participação social e reciprocidade.

O presente estudo é baseado no estudo de Jin (2013) que abordou os fatores que afetam a intenção de continuidade de uso Facebook, integrando o Modelo de Aceitação de Tecnologia (utilidade, facilidade, diversão e intenção de continuidade de uso) com o Índice de Prontidão para a Tecnologia (otimismo, inovatividade, desconforto e insegurança), e seus impactos no Capital Social, mensurados pelas dimensões (confiança, reciprocidade e participação social). Destaca-se, contudo, que o modelo utilizado na pesquisa necessitou de alterações visto que as dimensões do Índice de Prontidão Tecnológica não apresentaram confiabilidades satisfatórias e foram retiradas do modelo.

Assim, na presente pesquisa é utilizada uma adaptação do modelo de Jin (2013), unindo-se o Modelo de Aceitação de Tecnologia e a Teoria do Capital Social. O modelo é formado por quatro dimensões do TAM (facilidade, diversão, utilidade e intenção de continuidade) e três dimensões da Teoria da Construção do Capital Social (confiança, reciprocidade e participação social).

Este estudo pauta-se em oito hipóteses que buscam comprovar que a dimensão facilidade de uso percebida impacta na utilidade percebida, diversão percebida e intenção de continuar utilizando, assim como essa impacta na reciprocidade, participação social e

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confiança. As hipóteses foram definidas levando em consideração a concepção de que as dimensões de aceitação de tecnologia impactam na construção do capital social, conforme apresentado na Figura 1.

Figura 1 – Hipóteses do Estudo Fonte: Adaptado de Jin (2013).

Em estudo realizado por Choi e Chung (2012) a facilidade de uso percebida prediz a utilidade em sites de redes sociais (β=0,191, p<0,005). A facilidade de uso percebida apresentou impacto direto sobre a utilidade percebida em relação a participação em eventos promovidos por usuários nas páginas do Facebook (β=0,81, p<0,01) (LEE e PARIS, 2013). Jin (2013) realizou pesquisa com estudantes que utilizam o Facebook na Coréia e comprovou que a facilidade de uso possui efeito positivo sobre a utilidade percebida (β=0,37, p<0,05). Também, em pesquisa online com estudantes em tempo integral em duas faculdades de negócios (pública e privada) nos EUA notou-se que a facilidade de uso percebida do Facebook é positivamente relacionada com a utilidade percebida do Facebook (RAUNIAR et al. 2014). Assim, tais estudos suportam a primeira hipótese de pesquisa: H1. A facilidade de uso percebida pelos usuários do Facebook tem um efeito significativamente positivo na utilidade percebida.

González et al., (2012) estudaram a rede social Twitter no Brasil e confirmaram a hipótese que a facilidade de uso percebida tem efeito positivo sobre a utilidade percebida nesse contexto. Além disso, Jin (2013) comprovou a relação existente entre a facilidade de uso percebida e a diversão percebida (β=0,25, p<0,05). Estas pesquisas corroboram com a hipótese 2: H2. A facilidade de uso percebida pelos usuários do Facebook tem um efeito significativamente positivo na diversão percebida.

Os autores Choi e Chung (2012) postularam que a facilidade de uso percebida prediz a intenção de usar sites de redes sociais (β=0,336, p<0,001). Huang e Hsu (2013) realizaram revisão teórica e postularam que a facilidade de uso percebida no registro do Facebook influencia a sua atitude, bem como, a atitude de registro no Facebook influencia a intenção comportamental. Adicionando-se a isso, em pesquisa realizada por Jin (2013) a facilidade de uso percebida tem efeito positivo significativo na intenção de continuar a usar o Facebook (β=0,45, p<0,05). Os resultados justificam a criação da hipótese três: H3. A facilidade de uso percebida pelos usuários tem um efeito significativamente positivo sobre a intenção de continuar a usar o Facebook.

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Em estudo dos autores Choi e Chung (2012) a utilidade percebida influencia significativamente a intenção de usar sites de redes sociais (β=0,336, p<0,001). No estudo de Jin (2013) comprovou-se que a utilidade percebida de estudantes tem efeito positivo sobre a intenção continuar usando o Facebook (β=0.66, p<0.05). Rauniar et al. (2014) realizaram pesquisa online com estudantes em tempo integral em duas faculdades de negócios (pública e privada) nos EUA e verificaram que utilidade percebida de mídias sociais (Facebook) é positivamente relacionada com a intenção de uso do Facebook. Estes resultados justificam a quarta hipótese: H4. A utilidade percebida pelos usuários tem um efeito significativamente positivo sobre a intenção de continuar a usar o Facebook.

A diversão percebida impactou diretamente sobre a atitude em relação a utilização do Facebook (β=0,78, p<0,01) (LEE e PARIS, 2013). Pinto et al., (2012) afirmaram que “uma vez que as redes sociais podem ser vistas como um sistema hedônico que oferece conteúdo e serviços de entretenimento, pode ser apontado como hipótese que as pessoas buscam as redes sociais para satisfazer seus propósitos de diversão”. Desse modo, no estudo realizado com estudantes que utilizam o Facebook, Jin (2013) comprovou que a diversão percebida tem efeito positivo significativo sobre intenção de continuar usando o Facebook (β=0.37, p < 0.05). Estas pesquisas corroboram com a quinta hipótese: H5. A diversão percebida pelos usuários tem um efeito significativamente positivo sobre a intenção de continuar a usar o Facebook.

O estudo de Ellison, Steinfield e Lampe (2007) confirmaram a relação existente entre o uso do Facebook e a construção, manutenção e ligação do capital social. Lin e Lu (2011) identificaram os fatores que motivam a intenção de continuar a usar as páginas de fãs do Facebook considerando a influência do ponto de vista do capital social, percebendo que a interação social, os valores compartilhados e a confiança desempenham papéis importantes na intenção dos usuários em utilizar as páginas de fãs do Facebook. O autor Jin (2013) estudou a intenção dos usuários do Facebook em continuar usando o Facebook influencia a formação do capital social mensurado pela confiança, participação social e reciprocidade. Essa relação apresentou relação significativa (β=0.83, p < 0,05).Nesse sentido, as últimas hipóteses da presente pesquisa foram baseadas na relação demonstrada acima: H6. A intenção dos usuários em continuar utilizando o Facebook influencia significativamente na reciprocidade; H7. A intenção dos usuários em continuar utilizando o Facebook influencia significativamente na participação social; H8. A intenção dos usuários em continuar utilizando o Facebook influencia significativamente na confiança.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Essa pesquisa é classificada como quantitativa e descritiva, baseando-se como modelo principal de mensuração o trabalho de Jin, publicado em 2013, na revista Information & Management. O contexto em que a pesquisa foi aplicada foi as redes sociais, especificamente o Facebook, pelo grande crescimento de utilização do Facebook entre os jovens no Brasil. Também, pelo fato de não existir nenhum trabalho que estude a aceitação de tecnologia no contexto do Facebook.

A pesquisa foi realizada com 347 estudantes de ensino médio de uma escola estadual da cidade de Santa Maria/RS. O questionário de coleta de dados foi composto por duas partes. A primeira parte compreendeu questões com aspectos demográficos dos estudantes do ensino médio questionados, tais como, gênero, renda mensal familiar, idade, escolaridade, além de perguntas relacionadas ao Facebook, tais como, se o jovem utiliza o Facebook, o tempo que utiliza e a frequência de uso. A segunda corresponde ao questionário proposto por Jin (2013) abrangendo 21 questões (Quadro 1) mensuradas por meio de escala do tipo Likert de cinco pontos com grau de concordância (1 = discordo totalmente; 5 = concordo totalmente).

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Dimensão Variáveis Facilidade de

uso percebida As ferramentas do Facebook são fáceis de utilizar O modo de usar o Facebook é claro É fácil de explicar como usar os serviços do Facebook

Utilidade percebida

Eu posso adquirir informações que eu preciso através dos diversos serviços do Facebook Posso utilizar as informações adquiridas através do Facebook com bons resultados Eu posso adquirir informações úteis e interessantes através do Facebook

Diversão

percebida Foi divertido usar o Facebook Senti um desejo voluntário de usar o Facebook Eu senti que usar o Facebook não foi convencional

Intenção de continuar usando

Tenho uma forte tendência a usar continuamente o Facebook como rede social Eu recomendaria o Facebook como uma rede social para os meus amigos Eu pretendo obter informações do Facebook como uma rede social

Confiança Acho que as pessoas que eu conheço através do Facebook possuem credibilidade Eu acho que as pessoas que eu conheço através do Facebook são confiáveis

Eu acho que as pessoas que eu conheço através do Facebook não são injustas ou egoístas

Reciprocidade Eu sinto uma forte solidariedade com as pessoas que eu conheço usando o Facebook

Sinto companheirismo com as pessoas que conheço usando o Facebook

Sinto um sentimento de camaradagem e reciprocidade com pessoas que conheço usando o Facebook

Participação

social Eu tenho uma forte tendência para participar de organizações sem fins lucrativos Eu tenho uma forte tendência para participar de organizações cívicas

Eu tenho uma forte tendência para participar de organizações sociais ou partidos políticos Quadro 1 – Dimensões e variáveis da pesquisa

Fonte: Jin (2013)

Os dados foram coletados e após tabulados no Microsoft Excel, para posteriormente serem analisados no software PASW 18 e AMOS. Inicialmente, foi realizada a caracterização da amostra por meio de distribuição de frequência. Após isso, realizou-se a Análise Fatorial Exploratória com o objetivo de purificar os dados, construir o modelo inicial de pesquisa e verificar a confiabilidade dos constructos. Em seguida, por meio da Modelagem de Equações Estruturais foi executada a Análise Fatorial Confirmatória para validar o modelo, utilizando os índices de ajuste do modelo, a unidimensionalidade, a validade convergente e a validade discriminante e as hipóteses foram testadas por meio da utilização de regressões múltiplas. 4. RESULTADOS

Dos 347 respondentes da pesquisa, 189 eram mulheres e 157 eram homens, correspondendo a 54,6% e 45,4%, respectivamente. A idade dos estudantes de ensino médio variou de 14 anos até 20 anos, apresentando média de 16,54 e desvio padrão de 1,01. Em relação a escolaridade dos alunos de ensino médio, 91 (26,7%) estavam cursando o 1º ano do ensino médio, 110 (32,3%) eram do 2º ano de ensino médio e 140 (41,1%) estavam no 3º ano do ensino médio. Sobre a renda familiar dos estudantes de ensino médio, 30,9% (n=103) tinham entre R$ 2.501,00 a R$ 5.000,00; 26,1% (n=87) disseram ter entre R$ 901,00 a R$ 1.500,00; 25,2% (n=84) possuíam entre R$ 1.501,00 a R$ 2.500,00; 7,2% (n=25) afirmaram ter R$ 5.001,00 a R$ 8.000,00; 6,6% (n=22) tinham menos de R$ 900,00; e 3,6% (n=12) possuíam acima de R$ 8.001,00.

Os estudantes foram questionados se utilizavam Facebook, sendo que, 339 disseram que sim e 8 responderam que não, na ordem de 97,7% e 2,3%, respectivamente. Além disso, o tempo que os estudantes utilizavam o Facebook variou de 2 meses a 60 meses, com média de 25,25 meses e desvio padrão de 11,19. Em relação a frequência que os estudantes utilizam o Facebook, notou-se que 65,5% (n=220) acessam o Facebook todos os dias da semana, 11,6% (n=39) acessam 5 vezes por semana, 6,0% (n=20) acessam 6 vezes por semana, e, em seguida,

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5,1% acessam 3 vezes por semana, 4,8% acessam 4 vezes por semana, 3,6% acessam 1 vez por semana, 3,3% acessam 2 vezes por semana e 0,3% não acessam nenhuma vez por semana. Após isso foi realizada a Análise Fatorial Exploratória (Tabela 1), utilizando o método de componentes principais, com fatores fixos previamente definidos no estudo de Jin (2013). Para exclusão as variáveis utilizou-se o critério de exclusão de cargas fatoriais e/ou comunalidades inferiores a 0,50.

O constructo Facilidade de Uso Percebida foi constituído de três variáveis, todas com cargas fatoriais e comunalidade superiores a 0,50. O constructo Utilidade Percebida não apresentou nenhuma cargas fatoriais e/ou comunalidades inferiores a 0,50 e foi constituído por três variáveis, que apresentaram cargas fatoriais que variaram de 0,655 a 0,712.

Inicialmente, o constructo Diversão Percebida era constituído por três variáveis, mas a variável PP3 “Eu senti que usar o Facebook não foi convencional” foi excluída por apresentar comunalidade inferior a 0,5. Dessa maneira, o referido constructo foi formado por duas variáveis, a PP1 “Foi divertido usar o Facebook” e PP2 “Senti um desejo voluntário de usar o Facebook”.

O constructo Intenção de Continuar Usando não apresentou comunalidades e cargas fatoriais inferiores a 0,50, desse modo, foi formado por três variáveis que apresentaram cargas fatoriais entre 0,613 e 0,706. Adicionando-se a isso, o constructo Confiança apresentou uma variável com comunalidade inferior a 0,50, equivalente a variável CO3 “Eu acho que as pessoas que eu conheço através do Facebook não são injustas ou egoístas”. Dessa maneira, o constructo confiança constituiu-se pelas variáveis CO1 e CO2, com comunalidades e cargas fatoriais superiores a 0,5.

Tabela 1: Análise Fatorial Exploratória

Variáveis Carga Com.

PEOU - Facilidade de Uso Percebida

PEOU1 As ferramentas do Facebook são fáceis de utilizar 0,698 0,835

PEOU2 O modo de usar o Facebook é claro 0,759 0,871

PEOU3 É fácil de explicar como usar os serviços do Facebook 0,615 0,784

PU – Utilidade Percebida

PU1 Eu posso adquirir informações que eu preciso através dos diversos serviços do Facebook 0,669 0,818 PU2 Posso utilizar as informações adquiridas através do Facebook com bons resultados 0,712 0,844 PU3 Eu posso adquirir informações úteis e interessantes através do Facebook 0,655 0,809

PP - Diversão Percebida

PP1 Foi divertido usar o Facebook 0,706 0,840

PP2 Senti um desejo voluntário de usar o Facebook 0,706 0,840

UTI – Intenção de Continuar Usando

UTI1 Tenho uma forte tendência a usar continuamente o Facebook como rede social 0,613 0,783 UTI2 Eu recomendaria o Facebook como uma rede social para os meus amigos 0,706 0,840 UTI3 Eu pretendo obter informações do Facebook como uma rede social 0,624 0,790

CO – Confiança

CO1 Acho que as pessoas que eu conheço através do Facebook possuem credibilidade 0,709 0,842 CO2 Eu acho que as pessoas que eu conheço através do Facebook são confiáveis 0,709 0,842

RE – Reciprocidade

RE1 Eu sinto uma forte solidariedade com as pessoas que eu conheço usando o Facebook 0,665 0,816 RE2 Sinto companheirismo com as pessoas que conheço usando o Facebook 0,785 0,886 RE3 Sinto um sentimento de camaradagem e reciprocidade com pessoas que conheço usando o Facebook 0,621 0,788

PS – Participação social

PS1 Eu tenho uma forte tendência para participar de organizações sem fins lucrativos 0,759 0,871 PS2 Eu tenho uma forte tendência para participar de organizações cívicas 0,759 0,871

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Em relação ao constructo reciprocidade, nenhuma variável apresentou comunalidades e cargas fatoriais inferiores a 0,5. As cargas fatoriais do constructo reciprocidade variaram de 0,621 a 0,785. O constructo participação social apresentou a comunalidade da variável PS2 inferior a 0,5, assim, o constructo participação social ficou constituído por duas variáveis, PS1 e PS2, com cargas fatoriais superiores a 0,5.

A Tabela 1 é constituída dos índices de ajusta da análise fatorial exploratória. O KMO avalia a adequação da amostra em relação ao grau de correlação parcial entre as variáveis, sendo que, quanto mais próximo de 1, mais adequada a utilização dessa técnica da análise fatorial (FÁVERO et al. 2009). Todos os constructos apresentaram KMO bons, variando de 0,500 para o constructo Diversão Percebida e Participação social até 0,693 para o constructo Utilidade Percebida.

A variância explicada demonstra quanto as variáveis explicam o constructo, Hair et al., (2005) afirmam que 60% de explicação é considerado o limite aceitável para a variância explicada. Todas as variâncias explicadas dos constructos estudados nessa pesquisa foram superiores ao limite aceitável de 60%, sendo que variou de 64,76% para o constructo Intenção de Continuar Usando até 70,91% para o constructo Confiança.

O Alpha de Cronbach demonstra a confiabilidade dos fatores, sendo que HAIR et al., (2005) indica valores superiores a 0,60. Todos os constructos apresentaram alpha de cronbach foram superiores a 0,60, variando de 0,579 para o constructo Diversão Percebida até 0,775 para o constructo Reciprocidade.

Tabela 2: Índices de ajuste

Fatores KMO VE Alpha

Facilidade de Uso Percebida 0,678 69,07% 0,774

Utilidade Percebida 0,693 67,84% 0,761

Diversão Percebida 0,500 70,64% 0,579

Intenção de Continuar Usando 0,671 64,76% 0,718

Confiança 0,500 70,91% 0,590

Reciprocidade 0,658 69,04% 0,775

Participação social 0,500 75,94% 0,682

KMO= Kaiser-Meyer-Olkin; VE= Variância Extraída; Alpha= Alpha de Cronbach.

De acordo com a Tabela 2, os valores de KMO foram bons, as variâncias explicadas foram superiores a 60%, e houve uma boa confiabilidade dos fatores, que apresentaram valores do alpha superiores a 0,60. Diante disso, os resultados apontam um bom resultado na análise fatorial exploratória.

Em seguida, realizou-se a Análise fatorial Confirmatória (método máxima verossimilhança) no software Amos com o objetivo de ajustar o modelo proposto. A partir disso, foi necessário retirar do modelo a relação PS1 – Participação social pelo fator de apresentar variância negativa. Pelo fato de o constructo Participação social estar sendo explicado apenas pela variável PS2 “eu tenho uma forte tendência para participar de organizações cívicas” resolveu-se retirar o referido constructo da presente pesquisa.

Na análise da inclusão de correlações, sugeridas nos outputs do software Amos, optou-se por incluir uma correlação entre os constructos Reciprocidade e Confiança, isso pode ter acontecido pelo fato de esses dois constructos pertencerem a teoria do Capital Social, que postula que o capital social consiste nas interações sociais, enfatizando as relações sociais que distinguem o capital social do capital econômico e humano (JIN, 2013).

Após essas modificações, os índices de ajuste do modelo foram: estatística qui-quadrado (χ²) com o valor de 204,263; graus de liberdade de 96; qui-qui-quadrado/graus de liberdade (χ²/gl) com valor de 2,128; índice de qualidade de ajuste (GFI) com valor de 0,934, índice ajustado de qualidade de ajuste (AGFI) com valor de 0,906, índice de medida de ajuste

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absoluto (RMSEA) com valor de 0,057, índice de ajuste normado (NFI) com valor de 0,888, índice de ajuste comparativo (CFI) com valor de 0,936 e índice de Tucker Lewis (TLI) com valor de 0,920. Todos os índices de ajuste do modelo foram considerados dentro do limite aceitável por Hair et al. (2009), exceto o valor de NFI.

Cabe ressaltar que esses índices foram aceitos em decorrência da compreensão de Hair et al. (2009), o qual postula que o pesquisador tem evidências satisfatórias por meio da utilização de três a quatro índices de ajuste do modelo. Desse modo, o pesquisador deve utilizar o valor do qui-quadrado e dos graus de liberdade e optar por um índice incremental (por exemplo, CFI) e um índice absoluto (por exemplo, RMSEA). Pode-se constatar, que os índices do modelo estrutural são adequados.

O modelo final abrangeu 16 variáveis que explicam 6 constructos, sendo eles: constructo Utilidade Percebida, com 3 variáveis (PU1, PU2 e PU3); o constructo Facilidade de Uso Percebida, com 3 variáveis (PEOU1, PEOU2 e PEOU3); o constructo Diversão Percebida, com 2 variáveis (PP1 e PP2); o constructo Intenção de Continuar a Usar, com 3 variáveis (UTI1, UTI2 e UTI3); o constructo Reciprocidade, com 3 variáveis (RE1, RE2 e RE3); e o constructo Confiança, com 2 variáveis (CO1 e CO2).

A Figura 2 mostra o diagrama de caminho (padronizado) com os resultados das equações estruturais para a amostra e os resultados da Análise Fatorial Confirmatória referente ao modelo final são demonstrados na Tabela 4.

Todas as cargas fatoriais padronizadas apresentaram valores acima de 0,60, exceto a relação entre diversão percebida e PP2 com 0,57, o qual é um valor próximo a 0,60 (Figura 2 e Tabela 3). Adicionando-se a isso, as relações são diretamente proporcionais, pois todas possuem valores positivos.

Figura 2 – Diagrama de caminho (padronizado) para o modelo final

Hair Jr. et al (2009) consideram que a unidimensionalidade significa que um conjunto de variáveis explica apenas um constructo. Para medir a unidimensionalidade do modelo

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proposto, utilizou-se o critério de resíduos padronizados (erros), os quais devem apresentar valores inferiores a 2,58 (p<0,05). A partir desse critério, percebe-se que a unidimensionalidade do modelo proposto foi comprovado, pois o maior resíduo padronizado foi de 0,158 (relação existente entre Confiança e CO2).

A validade de um modelo pode ser verificada de três maneiras: validade convergente, discriminante e nomológica. Neste trabalho serão verificadas as validades convergente e discriminante.

Os autores Hair Jr. et al (2009) afirmam que para existir validade convergente as cargas fatoriais padronizadas devem ser 0,5 ou mais. Todas as cargas fatoriais foram superiores a 0,5, sendo que, a relação entre Diversão Percebida e PP2 apresentou a menor carga fatorial padronizada, na ordem de 0,573. Também, deve-se considerar o t-valor superior a 2,33 (para um nível de confiança de 1%), diante disso, o menor t-valor encontrado foi de 8,537 para a relação entre Diversão Percebida e PP2. Então, a validade convergente foi comprovada. Tabela 3: Resultado da Modelagem de Equações Estruturais.

Relações Estimação Cargas Pdz Erros t-valor Sig.

PU1  Utilidade Percebida 1,000 0,724 - - -

PU2  Utilidade Percebida 0,940 0,759 0,086 10,877 ***

PU3  Utilidade Percebida 0,856 0,676 0,083 10,304 ***

PP1  Diversão Percebida 1,000 0,720 - - -

PP2  Diversão Percebida 0,939 0,573 0,110 8,537 ***

PEOU1  Facilidade de uso 1,000 0,754 - - -

PEOU2  Facilidade de uso 1,097 0,794 0,089 12,285 *** PEOU3  Facilidade de uso 0,915 0,651 0,085 10,763 ***

UTI1  Intenção continuidade uso 1,000 0,638 - - -

UTI2  Intenção continuidade uso 0,955 0,765 0,090 10,632 *** UTI3  Intenção continuidade uso 0,825 0,657 0,085 9,664 ***

CO1  Confiança 1,000 0,631 - - - CO2  Confiança 1,030 0,663 0,158 6,526 *** RE1  Reciprocidade 1,000 0,706 - - - RE2  Reciprocidade 1,334 0,866 0,117 11,446 *** RE3  Reciprocidade 0,972 0,644 0,093 10,465 *** ** significativo a 0,001.

Por fim, para verificar a validade discriminante foi realizado o cálculo da correlação de Pearson entre os constructos do modelo (Tabela 4). Hair Jr. et al. (2009) aponta que um dos critérios para a validade discriminante é as correlações significativas serem inferiores a 0,90. A maioria das correlações foram significativas, no entanto, não houve significância entre os constructos: Facilidade de Uso Percebida e Reciprocidade (correlação=0,061); Diversão Percebida e Reciprocidade (0,085); Utilidade Percebida e Confiança (0,070); e Utilidade Percebida e Reciprocidade (correlação=0,040). A maior correlação encontrada foi entre os fatores Intenção de Continuar Usando e Diversão Percebida, na ordem de 0,582.

Hair Jr. et al. (2009) também sugere a realização da comparação os percentuais de variância extraída com o quadrado da estimativa de correlação para verificar a validade discriminante, logo, as estimativas de variância extraída devem ser superiores a estimativa quadrática da relação. A partir disso, nota-se que o quadrado das correlações (parte superior da matriz de correlação) é superior a variância extraída nos fatores. A menor variância extraída foi encontrada no fator Intenção de Continuar Usando, na ordem de 64,76% (Tabela 2), e a maior correlação ao quadrado foi de 33,9% (entre Intenção de Continuar Usando e Diversão Percebida).

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Dessa maneira, a validade discriminante foi comprovada por meio da comparação entre variância extraída e o quadrado das correlações. Porém, nem todas as correlações foram significativas e, portanto, a validade discriminante não foi totalmente confirmada.

Tabela 4: Correlações entre os construtos.

Fatores PEOU PP PU UTI CO RE

PEOU 1,000 0,089 0,213 0,176 0,011 0,004 PP 0,298** 1,000 0,019 0,339 0,022 0,007 PU 0,462** 0,138** 1,000 0,077 0,005 0,002 UTI 0,420** 0,582** 0,278** 1,000 0,064 0,021 CO 0,106** 0,147** 0,070 0,252** 1,000 0,175 RE 0,061 0,085 0,040 0,145** 0,418** 1,000

** Correlação significativa ao nível de 0,01.

Legenda: PEOU – Facilidade de uso; PP – Diversão; PU – Utilidade; UTI – Intenção de Continuar Usando; CO – Confiança; RE – Reciprocidade; PS – Participação social

A última análise dos resultados refere-se ao teste das hipóteses por meio de regressões múltiplas (Tabela 5). As três primeiras hipóteses possuíam a Facilidade de Uso Percebida como fator antecedente e, os testes estatísticos comprovaram que a Facilidade de Uso Percebida é antecedente da Utilidade Percebida e da Diversão Percebida. A hipótese 1 foi a segunda relação mais forte encontrada, com β=0,601, comprovando que a Facilidade de Uso Percebida pelos usuários do Facebook tem um efeito forte na Utilidade Percebida. A hipótese 2 apresentou β=0,473, sendo que a Facilidade de Uso Percebida pelos usuários do Facebook tem um efeito significativamente positivo na Diversão Percebida. E a hipótese 3 não foi suportada (β=0,119, significância de 0,203), demonstrando que a Facilidade de Uso Percebida pelos usuários do Facebook não tem um efeito significativamente positivo sobre a Intenção de Continuar a Usar o Facebook.

Tabela 5: Análise das Hipóteses

Hip Relação Carga Pdz R2 Sig Conclusão

H1 Utilidade Percebida  Facilidade de uso 0,601 0,361 *** Confirmada H2 Diversão Percebida  Facilidade de uso 0,473 0,224 *** Confirmada H3 Continuidade de uso  Facilidade de uso 0,119 0,014 0,203 Rejeitada H4 Continuidade de uso  Utilidade 0,096 0,009 0,206 Rejeitada H5 Continuidade de uso  Diversão 0,826 0,682 *** Confirmada H6 Reciprocidade  Continuidade de uso 0,222 0,049 0,001 Confirmada H7 Participação social  Continuidade de uso Não testada

H8 Confiança  Continuidade de uso 0,362 0,131 *** Confirmada *** significativo a 0,001

A hipótese 4 referente a Utilidade Percebida como antecedente, sendo que não foi comprovada a relação existente entre Utilidade Percebida e a Intenção de Continuar a Usar o Facebook (β=0,096, significância de 0,206), portanto a hipótese 4 não foi aceita. Sobre a hipótese 5, a qual postula que a Diversão Percebida pelos usuários do Facebook tem efeito significativamente positivo sobre a Intenção de Continuar Usando o Facebook foi a hipótese com grau de relação mais forte dentre as demais hipóteses (β=0,826).

As hipóteses H6, H7 e H8 possuíam o constructo Intenção de Continuar a Usar o Facebook como antecedente. Em relação a hipótese H6, constatou-se que ela foi comprovada (β=0,222), logo, a Intenção dos usuários do Facebook em Continuar Utilizando o Facebook influencia significativamente na Reciprocidade. A hipótese H6 não foi testada pelo fato de o constructo Participação social ter sido retirado do estudo na Análise Fatorial Confirmatória. A

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última hipótese, a qual refere-se a Intenção em Continuar Utilizando o Facebook influencia significativamente na Confiança foi suportada, apresentando β=0,362.

Nota-se que, das oito hipóteses investigadas, cinco foram aceitas, mostrando que a Facilidade de Uso Percebida do Facebook influencia a Utilidade Percebida e a Diversão Percebida. A Diversão Percebida influencia positivamente a Intenção de Continuar a Usar o Facebook. Por fim, a Intenção de Continuar a Usar o Facebook impacta na Reciprocidade e na Confiança.

Tabela 6: Comparação dos resultados das hipóteses

Estudo de Jin (2013) Presente Estudo

Relação Conclusão Relação Conclusão

Utilidade  Facilidade C(β=0.37)* Utilidade  Facilidade C(β=0.60)* Diversão  Facilidade C(β=0.25)* Diversão  Facilidade C(β=0.47)*

Continuidade uso  Facilidade C(β=0.45)* Continuidade uso  Facilidade R

Continuidade uso   Utilidade C(β=0.66)* Continuidade uso  Utilidade R Continuidade uso   Diversão C(β=0.37)* Continuidade uso  Diversão C(β=0.82)* Teoria do Cap.

Soc.  Continuidade uso C(β=0.83)*

Reciprocidade  Continuidade uso  C(β=0.22)* Participação social  Continuidade uso  NT Confiança  Continuidade uso  C(β=0.36)* C= Confirmada; R=Rejeitada; NT=Não Testada.

*Nível de significância de p < 0,05

A Tabela 6 demonstra a comparação dos resultados das hipóteses do estudo de Jim (2013) e o presente estudo. Baseado no modelo teórico de Jin (2013) percebe-se que todas as hipóteses testadas foram confirmadas, deste modo, a facilidade de uso influência a utilidade percebida (β=0.37, p < 0.05), a diversão percebida (β=0.25, p < 0.05) e a intenção de continuar usando o Facebook (β=0.45, p < 0.05). Enquanto que no presente estudo realizado com estudantes de ensino médio a facilidade de uso foi preditora da utilidade percebida (β=0.60, p < 0.05) e da diversão percebida (β=0.47, p < 0.05).

A utilidade percebida (β=0.66, p < 0.05) e a diversão percebida (β=0.37, p < 0.05) influenciaram a intenção de continuar utilizando o Facebook no estudo de Jin (2013), enquanto que no presente estudo somente a diversão percebida (β=0.82, p < 0.05) impactou na intenção dos jovens em continuar utilizando o Facebook.

Por fim, a pesquisa de Jin (2013) testou a influência da intenção de continuar utilizando o Facebook sobre a Teoria do Capital Social, relação que foi confirmada (β=0.83, p < 0.05). A presente pesquisa testou a influência da intenção de continuar utilizando o Facebook sobre os três constructos que formam a Teoria do Capital Social, sendo eles, a reciprocidade, a participação social e a confiança. A intenção em continuar usando o Facebook impactou a reciprocidade (β=0.22, p < 0.05) e a confiança (β=0.36, p < 0.05).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a realização da pesquisa empírica ficou evidente a relação entre os Modelos de Aceitação de Tecnologia e a Teoria da Construção do Capital Social, ou seja, o objetivo principal do estudo foi atingido. Para maiores justificativas da afirmação anterior, cada um dos objetivos secundários do estudo é resgatado, respondido e suas principais implicações são ressaltadas.

O primeiro objetivo secundário foi o de validar o modelo de Jin (2013) que necessitou de adaptações pelo fato das dimensões do Índice de Prontidão Tecnológica (TRI) não possuírem confiabilidade. Assim, excluiu-se do modelo original as quatro dimensões do TRI e foi analisado o modelo global que incluiu o Modelo de Aceitação Tecnológico (TAM) e o Capital Social.

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Os resultados desse estudo demonstraram a validade do modelo proposto, que era composto pela união do Modelo de Aceitação de Tecnologia e da Teoria do Capital Social aplicada no contexto da rede social Facebook. Cabe ressaltar que, as análises efetuadas comprovaram que o modelo proposto apresenta confiabilidade por meio do cálculo de alpha de Cronbach, além disso, apresenta bons índices finais, unidimensionalidade, validade convergente e validade discriminante. Destaca-se, contudo, que para a validação do modelo foi necessária a exclusão da dimensão participação social.

No entanto, mesmo com o modelo validado no contexto brasileiro, é importante ressaltar que os constructos diversão percebida e confiança apresentaram confiabilidade baixa, na ordem de 0,579 e 0,590, respectivamente. Portanto, sugere-se a realização de novas pesquisas que aperfeiçoem a mensuração dos constructos Diversão Percebida e Confiança em relação ao Facebook.

O segundo objetivo do estudo foi o de identificar os fatores (utilidade, facilidade e diversão) que interferem na intenção de continuidade de uso do Facebook.. Os resutados apontaram que a facilidade de uso não impactou na intenção de continuar a usar o Facebook (β=0,119, significância de 0,203). A utilidade percebida não influencia positivamente a intenção de continuar a usar o Facebook, pois apresentou β=0,096, com significância de 0,206. Por fim, a diversão percebida tem forte impacto na intenção de continuidade de uso do Facebook, com um grau de explicação (R2) de 68,2%.

Os resultados encontrados demonstram que o único e grande fator antecedente, daqueles testados no modelo, da intenção de continuar a utilizar o Facebook é a diversão percebida pelos usuários.

O terceiro objetivo do estudo foi o de compreender como a intenção da continuidade de uso do Facebook impacta nas dimensões da Construção do Capital Social (reciprocidade, comparação social e confiança). Não foi possível calcular a relação com a dimensão comparação social, visto que a mesma foi excluída do modelo por falta de confiabilidade. As demais relações foram significativas. Assim, constatou-se que a intenção de continuar a usar o Facebook influencia positivamente a reciprocidade, num grau de relação de 4,9% (R2) e impacta positivamente na confiança, num grau de relação de 13,1% (R2). Em suma, os resultados apontaram que há relação entre a intenção da continuidade de uso do Facebook e as dimensões reciprocidade e confiança e que, portanto, há relações entre o Modelo de Aceitação de Tecnologia e a Teoria da Construção do Capital Social.

Em relação ao último objetivo do estudo, observou-se que o comportamento dos jovens brasileiros é diverso dos usuários coreanos. Ao contrário do que foi observado na pesquisa de Jin (2013), no presente estudo não se constatou a influência da facilidade e da utilidade na intenção de continuação de uso do Facebook. Porém, em relação ao grau das relações, todas as hipóteses comprovadas neste estudo obtiveram valores β superiores aos encontrados no estudo coreano.

Esta pesquisa possui contribuições gerenciais e acadêmicas. As contribuições gerenciais demonstram que, quanto mais se investir na diversão em redes sociais, maior será a intenção dos jovens continuarem a usar as redes sociais. Além disso, a intenção de continuar a usar redes sociais para os jovens está relacionada ao sentimento mútuo de confiança e reciprocidade que permite inserir os jovens em grupos de pessoas que vivam e trabalhem em conjunto com sucesso.

Em relação às contribuições acadêmicas, o trabalho apresentou e validou um modelo de busca de compreensão da intenção de continuidade de uso do Facebook pautando-se em uma perspectiva pouco explorada, ou seja, com a inclusão da Teoria do Capital Social. Além disto, os resultados encontrados servem de parâmetros de comparação para outros estudos sobre uso de tecnologias, uso de internet, redes sociais e comportamento de jovens.

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O estudo possui limitações relacionadas ao método de pesquisa escolhido e a forma de amostragem. Por tratar-se de um estudo quantitativo, os resultados são superficiais e carecem de estudos complementares (de natureza quantitativa e qualitativa) para uma melhor compreensão do fenômeno de utilização de redes sociais. E pelo fato do estudo ter sido realizado apenas com jovens de uma única cidade, seus resultados ficam limitados a este tipo de público. Dessa forma, sugere-se que o modelo validado seja reaplicado em outros contextos e com outros públicos para que os resultados possam ser comparados.

Apesar de suas limitações, considera-se que o presente estudo cumpriu seu papel de apresentar uma nova abordagem aos estudos que buscam compreender o fenômeno de utilização das redes sociais.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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