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Ano XCI Nº 35.084 | SÃO LUÍS-MA | SEXTA-FEIRA, 18 DE AGOSTO DE 2017 | CAPITAL E INTERIOR R$ 2,00 @OImparcialMA @imparcialonline @oimparcial 98 99188.8267
Temer tem 60 cargos para
distribuir entre aliados
ACERTO DE CONTAS
De olho na reforma da Previdência, Michel Temer tenta agradar à base e já está orientando a defi nir as
coisas com justiça, mas a ordem é preservar, sobretudo os espaços do PSDB e do DEM.
POLÍTICA
BACABEIRA
Polícia faz
simulação
da morte de
meninos
REPRODUÇÃO/INTERNET DIVULGAÇÃOENTREVISTA
Jhonatan
Almada
Aluguel de
prédio gera
debate na
Assembleia
NOSSOS TELEFONES:
GERAL 3212.2000
•
COMERCIAL 3212-2030
•
CLASSIFICADOS 3212.2020
•
CAA - CENTRAL DE ATENDIMENTO AO ASSINANTE 3212.2012
•
REDAÇÃO 3212.2010
Anote
Domingo (20), às 19h, com o show
Rommelera Voz & Viola, noTeatro
da Cidade de São Luís, localizado
na Rua do Egito, Centro.
33º
máx
24º
min
TÁBUAS DE MARÉS
COTAÇÕES
PREVISÃO DO TEMPO
MARÉ BAIXA
09h58 ...0,6m
22h08 ...0,7m
MARÉ ALTA
03h21 ...5,6m
16h04 ...5,7m
DÓLAR
cotado emR$ 3,178
EURO
cotado emR$ 3,724
+1,02%
+0,33%
Sol com algumas nuvens. Não chove.
// LUTO NA TELEVISÃO //
Humorista Paulo Silvino
morre de câncer, aos 78 anos
Humorista que fazia parte do elenco do programa Zorra Total travou batalha
contra um câncer. Paulo Silvino estreou na TV Globo em 1966.
IMPAR
Agressões entre irmão de Lucas Porto e irmã de Mariana
Moto disputa Liga Nacional
de Handebol no Ceará
ESPORTESMaranhense
Júlia Nina
coloca o
Brasil no
pódio
Nadadora
maranhen-se do MAC/Nina conquista
cinco medalhas em
com-petições internacionais.
Carol Hertel também tem
bons resultados em Santa
Cruz de La Sierra.
ESPORTESSampaio quer
manter a pegada
para se classifi car
ESPORTES POLÍTICA
Ciro Gomes
reúne jovens e
lideranças hoje
em São Luís
Jovens de todo o país
parti-ciparão de encontro na capital
maranhense até domingo (20).
Pré-candidato à Presidência
da República, Ciro Gomes
es-tará presente em evento.
POLÍTICANo início da tarde desta quinta-feira, quando Lucas Porto saía do Hospital Nina Rodrigues, onde foi levado para submeter-se a
exame de sanidade mental, houve uma troca de agressões entre seu irmão Mateus Porto e Juliana Costa, irmã da vítima
VIDA
O novo reitor do Iema,
Jho-natan Almada, fala em
entrevis-ta exclusiva a O Imparcial sobre
o trabalho de fortalecimento da
rede de escolas do órgão e da
agenda de inaugurações.
GERALNa manhã de ontem, foi
realizada no Campo de Periz,
no município de Bacabeira,
a reconstituição do crime de
homicídio de que foram vítimas
dois meninos de 11 e 12 anos.
VIDA
Conheça
intercâmbio
por menos
de R$ 10 mil
Quem já sonhou em fazer
um intercâmbio sabe que
a experiência proporciona
momentos inesquecíveis e um
monte de outras coisas. Fique
sabendo dos detalhes sobre os
pacotes que estão disponíveis até
o dia 31 deste mês.
PÁGINA TRÊS
GERAL
www.oimparcial.com.brSão Luís, sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Metas da Rede Iema
Responsável: Mivan Gedeon E-mail: gedeon3.3@gmail.com
O reitor do Iema, Jhonatan Almada, fala sobre o trabalho de fortalecimento da rede de escolas do órgão e da agenda de inaugurações
A
criação do Instituto
de Educação, Ciência
e Tecnologia do
Mara-nhão (Iema), sua
expan-são pelo estado e o
funciona-mento do modelo pedagógico
adotado é tema da entrevista
do reitor do Iema Jhonatan
Al-mada concedida a O Imparcial.
Jhonatan também falou sobre
o que pretende trabalhar para
fortalecer a rede de escolas e
revela a agenda de
inaugura-ções de unidades plenas e
vo-cacionais até o início de 2018.
O IMPARCIAL - O Iema surge
em 2015. Conte um pouco a
história do Instituto.
Jhonatan Almada - O Iema
foi fundado em 2015 pelo
gover-nador Flávio Dino com o
objeti-vo de ser a instituição do
Gover-no do Estado responsável pela
política de educação
profissio-nal e tecnológica. Organizamos
o modelo pedagógico próprio
e criamos uma estrutura
orga-nizacional que é formada por
unidades plenas e vocacionais,
sendo que nas plenas temos o
ensino médio técnico de
tem-po integral, e nas vocacionais
os cursos de educação
profis-sional e tecnológica.
O Iema vocacional
ofer-ta desde cursos de Formação
Inicial e Continuada (FICs) até
cursos técnicos de nível médio.
Conseguimos institucionalizar
Entrevista//
JHONATAN ALMADA
O nosso modelo educacional foca
no desenvolvimento do projeto de
vida de cada um dos estudantes.
Então, o grande diferencial do Iema
passa pelo modelo educacional,
focado na educação integral e no
conjunto de metodologias que
compõem o seu currículo
o órgão. A partir de agora vamos
trabalhar por sua
consolida-ção. Hoje, o Iema está presente
em mais de 70 municípios do
Maranhão, seja com unidades
próprias ou com cursos de
for-mação inicial e continuada. É
uma instituição que tem alta
capilaridade a partir da sua
ca-pacidade de atuar em parcerias.
O que torna o Iema uma
es-cola diferente?
A principal diferença é que
no Iema trabalhamos a educação
integral. Os cursos funcionam
de forma a propiciar aos nossos
estudantes o
desenvolvimen-to das suas capacidades
inte-lectuais e físicas e
competên-cias e habilidades para o século
21. O nosso modelo
educacio-nal foca no desenvolvimento
do projeto de vida de cada um
dos estudantes. Então, o
gran-de diferencial do Iema passa
pelo modelo educacional,
fo-cado na educação integral e no
conjunto de metodologias que
compõem o seu currículo.
Como esses cursos que
aju-dam no projeto de vida são
escolhidos?
Os cursos do Iema são
es-colhidos a partir do estudo do
arranjo produtivo local.
Fize-mos isso em relação às setes
unidades implantada e também
em relação aos municípios que
atuamos, independentemente
de termos ou não um prédio.
O estudo do arranjo produtivo
serve para que possamos
iden-tificar que vocações ou que
po-tencialidades existem
naque-le local e que demandam um
trabalho de educação
profis-sional e tecnológica. A partir
desse estudo fazemos uma
se-leção prévia de cursos. Após
esse diálogo estabelecemos a
lista final que será submetida a
audiência pública e, após esta
audiência, definimos os cursos.
Como o reitor pretende agir
para transformar o Instituto
em uma escola modelo em
âm-bito nacional?
Um conjunto de ações nos
permite vislumbrar a
continui-dade desse trabalho tendo como
primeiro foco o ciclo de
expan-são com a inauguração de mais
dez unidades plenas do Iema
até o final de 2018. Propomos
um novo desafio: o Iema
Bilín-gue, cujo objetivo é que nossos
estudantes, ao final do
tercei-ro ano letivo, tenham domínio
funcional da língua inglesa. Esse
é o nosso foco inicial:
organi-zar o novo ciclo de expansão e
consolidar o que já realizamos
no âmbito do Iema.
E qual a agenda de
inaugura-ções do Iema?
Trabalhamos
juntamen-te com a Secretaria de
Infra-estrutura para inaugurar em
janeiro de 2018 mais dez
uni-dades plenas do Iema. Esse é
um trabalho de muita
exigên-cia, e, sobretudo, devo
desta-car a relevância de se cumprir
os prazos para que a gente
possa humanizar o quadro
de pessoal dessas unidades,
inscrever os alunos e
adqui-rir mobiliário e equipamentos.
Isso demanda que as empresas
responsáveis por estas
cons-truções entreguem tudo no
prazo estabelecido, isso é um
primeiro ponto relevante. Um
segundo ponto diz respeito às
unidades vocacionais.
Devere-mos inaugurar a Escola de Pesca
do Iema em São Luís, as
refor-mas das unidades de Pedreiras,
Barra do Corda, Carolina,
Impe-ratriz e Açailândia. Estamos em
processo de licitação para mais
duas unidades: uma em
Ama-rante e a outra em Santa Luzia do
Paruá. Sobre as dez novas
uni-dades plenas, estamos falando
de Santa Inês, Brejo, Cururupu,
Matões, por exemplo.
Que mensagem você deixa para
os pais de alunos do Iema?
Eu diria aos pais que eles
de-vem cuidar do ensino
funda-mental dos seus fi lhos, que seja
bem feito e acompanhado para
que esses jovens tenham boas
notas em língua portuguesa e
matemática, sobretudo. Com
es-sas boas notas terão mais
opor-tunidade para ocupar as vagas
que iremos abrir no Iema. Esse
é o grande desafi o. O Iema é de
fato uma instituição que
ofe-rece educação profi ssional de
qualidade e os fi lhos deles ao
ingressarem terão todo o
supor-te para construir seus projetos
de vida e chegar mais perto dos
seus sonhos. A educação nos dá
exemplos diários disso.
3
PAGINA TRES
www.oimparcial.com.br
São Luís, sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Nove destinos para intercâmbio
por menos de R$ 10 mil
Quem já sonhou em fazer um intercâmbio sabe que a experiência proporciona momentos inesquecíveis e um
monte de outras coisas. Fique sabendo dos detalhes sobre os pacotes que estão disponíveis até o dia 31 deste mês
M
orar em outro país. Aprimorar um idioma.
Conhecer uma nova cultura. Fazer amigos.
Viver uma experiência no exterior. Quem
já sonhou em fazer um intercâmbio sabe
que a experiência proporciona tudo isso e mais um
monte de outras coisas legais. A agência Global Study
selecionou nove opções para estudar fora gastando
menos de R$ 10 mil. Os pacotes, que não incluem
passagem, e alguns, estadia, estão disponíveis apenas
até 31 deste mês de agosto.
Austrália – Sydney
Terra dos cangurus. Exótica e bela, a nação encanta pela receptividade de seu
povo e inúmeros pontos turísticos . Ideal para os aventureiros de plantão e
para os amantes do mar. Pacote: 16 semanas de curso de inglês para estudar
durante o período da manhã ou da noite. Carga horária: 20 horas semanais na
Barton College. Valor: R$ 8.264,00.
Nova Zelândia – Queenstown
Com paisagens de tirar o fôlego, o país convida todos os fãs da saga Senhor
dos Anéis
a passar uma temporada por lá. Perfeito para quem ama surfe, esqui
e esportes radicais como bungee jump, skydive, paragliding, rafting, entre
muitos outros. Uma sugestão é praticar essas atividades em Queenstown, uma
cidade encantadora, localizada no sul do país e conhecida como a capital
mundial dos esportes radicais. Pacote: 14 semanas de curso de inglês, para
estudar no período da noite. Carga horária: 20 horas semanais na SLEC –
Southern Lakes English College. Valor: R$ 8.116,00.
Irlanda – Dublin
Também conhecida como Ilha Esmeralda, a terceira maior ilha da Europa tem
belas paisagens, tomadas por muito verde. Os apaixonados pelo mar também
vão adorar a Irlanda, já que o país possui mais de 5.600 km de costas intocadas,
prontas para serem descobertas. Pacote: 15 semanas de curso de inglês e oito
semanas de férias para viajar pelo país ou pela Europa. Carga horária: 15 horas
semanais na Infi nity. Valor: R$ 8.755,40.
Japão – Tokyo
Uma potência mundial que mistura o moderno e o tradicional. A cultura japonesa
encanta por sua rica ancestralidade e por sua hospitalidade sempre cortês. O
perfeito equilíbrio entre tradições milenares e tecnologia avançada. Pacote: 12
semanas de curso de japonês, para estudar no período da manhã. Carga horária:
20 aulas por semana na escola Kai. Valor R$ 8.495,00.
África do Sul – Cape Town
Desbravar a savana, fazer um safari e encontrar a rica fauna africana já são
motivos sufi cientes para escolher o país como destino. Mas se mesmo assim você
não se convenceu, a Cidade do Cabo também oferece cultura, história, esportes e
paisagens incríveis. Pacote: 4 semanas de curso de inglês, para estudar no período
da manhã. Carga horária: 15 aulas por semana na LAL. Valor R$ 4.838,00.
Responsável: Neres Pinto E-mail: nerespinto@oimparcial.com.br
4
POLITICA
São Luís, sexta-feira, 18 de agosto de 2017www.oimparcial.com.br
60 cargos serão
redistribuídos
entre aliados
BRASÍLIA -DF
Curtidas
De olho na reforma da Previdência, Temer tenta agradar a base e já está orientando a defi nir
as coisas com justiça, mas a ordem é preservar, sobretudo, os espaços do PSDB e do DEM
Responsável: Mivan Gedeon E-mail: gedeon3.3@gmail.com
Congresso recebe projeto da meta fi scal
MODIFICAÇÃO
Leonardo Cavalcanti (interino)
» leonardocavalcanti.df@dabr.com.br
Não estamos falando em traidor. O próprio
presidente Temer está orientando o ministro
(Antônio) Imbassahy (Secretaria de Governo),
responsável pelo setor, a defi nir as coisas com
justiça. Precisamos contar com a nossa base para
as reformas que vêm pela frente
Eliseu Padilha,
chefe da Casa Civil
Pé no acelerador //
Depois do arquivamento da denúncia
no Congresso contra Temer, o presidente da OAB, Cláudio
Lamachia, critica o atraso na apreciação dos pedidos de
impeachment. “A demora na avaliação provoca um
preju-ízo irreparável para o país, que precisa arcar com o custo
de medidas equivocadas. O mesmo governo que congela o
dinheiro da educação e da saúde é aquele que libera
emen-das parlamentares sem critério para assegurar votação de
seu interesse”, disse Lamachia à coluna.
De olho em Lula //
O prefeito de Salvador, ACM Neto —
que agora é visto toda semana em Brasília circulando com
magistrados e políticos nos três poderes —, é um
observa-dor atento dos movimentos do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. Se Lula for candidato em 2018, o petista Rui
Costa passaria, segundo contas de baianos, a ter chances
ao governo da Bahia, implicando diretamente na
estraté-gia da eventual campanha de ACM Neto.
Vai de táxi //
Depois da pressão dos servidores que não
aceitam o projeto de avaliação de desempenho, o senador
Lasier Martins (PSDB-RS) se prepara agora para encarar
turba ainda mais raivosa: os taxistas anti-Uber. Nas
audi-ências públicas para discutir o projeto que regulamenta o
transporte privado por aplicativos, tem sindicato do setor
tentando emplacar dois diretores na mesma sessão.
Xadrez //
Plenário vazio dá nisso: 25 bispos católicos em
visita ao Senado foram chamados à mesa para tirar fotos
com parlamentares remanescentes. Foi uma festa.
Desta vez, não foi Etchegoyen
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI),
Sérgio Etchegoyen, se transformou numa espécie de
prin-cipal agente do Palácio do Planalto nas relações com
poli-ciais e militares. Do combate à violência urbana à escolha
do novo diretor da PF, tudo é atribuído ao general. Mas não
é bem assim. O reajuste nos rendimentos do pessoal das
Forças Armadas — preservadas, ao contrário dos servidores
civis —, por exemplo, teve pouco ou nada a ver com
Etche-goyen. O acordo foi costurado pelos comandantes da
Ma-rinha, da Aeronáutica e do Exército, este último chefi ado
por Eduardo Villas Bôas.
» » »
Desde o projeto de reforma da Previdência — militares
tam-bém escaparam do texto —, os comandantes contam com um
grupo especializado para apresentar as cifras que eles
consi-deram menores, se comparadas às dos civis. A reivindicação
dos militares chegou ao presidente Michel Temer pelo
minis-tro da Defesa, Raul Jungmann. O Planalto, por sua vez, não
quer muita confusão com a caserna neste momento de baixa
popularidade e preferiu não arriscar — é muito melhor contar
com a boa vontade dos militares em eventuais manifestações.
Fala que eu te escuto
A Ouvidoria do Senado decidiu fazer uma pesquisa para
saber a opinião dos internautas sobre a reforma da
Previ-dência. Tudo muito bem, tudo muito bom. O detalhe é que
o ouvidor da Casa é Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos
principais calos do governo Temer desde o início da
tra-mitação do projeto. Vale acompanhar o resultado e a
di-vulgação dos números do levantamento.
“Baixo clero”
Renan Calheiros participou, na semana passada, de um
encontro de prefeitos peemedebistas em Alagoas.
Anima-dos, os políticos saudaram o parlamentar de forma
enfá-tica: “Senador Renan, é uma honra contar com a
presen-ça do senhor no nosso evento”. O cacique peemedebista,
que já mandou mais, inclusive em governos chefi ados por
outros partidos, respondeu: “Me convidem sempre. Agora
que sou do baixo clero, minha agenda está sempre livre”.
Dodge e Temer
Gente da cozinha do Planalto diz que é um erro da nova
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, acreditar
que caiu numa armadilha ao se encontrar com Temer à
noite. Para justifi car a inocência do presidente,
governis-tas afi rmam que aquela não teria sido a primeira vez que
Dodge se reuniu com o peemedebista fora da agenda:
ho-ras antes do anúncio da escolha de Dodge na PGR, em 28
de junho, ocorreu a mesma coisa. A procuradora-geral,
po-rém, está convencida de que foi usada na segunda reunião.
Os recuos do relator
Depois da “emenda Lula” — aquela que proibia a prisão
de candidatos até oito meses antes da eleição —, o relator
da reforma política, Vicente Cândido (PT-SP), saiu com a
proposta de um doador oculto de campanha com valores
de até 10 salários mínimos. Foi obrigado a recuar de novo.
O
governo tem cerca
de 60 cargos para
se-rem redistribuídos
aos integrantes da
base, mas quer avaliar caso
a caso para não perder votos
importantes na tramitação da
reforma da Previdência.
Mes-mo pressionado pelo
“Cen-trão”, sobretudo o PP, ávido
por mais cargos na máquina
pública federal, a ordem no
Planalto é preservar,
sobre-tudo, os espaços do PSDB e
do DEM.
“Não estamos falando em
traidor. O próprio
presiden-te Temer está orientando o
ministro (Antônio)
Imbas-sahy (Secretaria de
Gover-no), responsável pelo setor,
a definir as coisas com
justi-ça. Precisamos contar com a
nossa base para as reformas
que vêm pela frente”, afirmou
o chefe da Casa Civil, Eliseu
Padilha.
A conta está sendo feita
com lupa pelo governo.
To-dos sabem que o “Centrão” foi
bastante fiel ao Planalto
du-rante a votação da denúncia
contra Temer por corrupção
passiva. Por outro lado, existe
a certeza de que o PSDB e o
DEM têm uma maior
voca-ção para aprovar as reformas
que virão, especialmente a da
Previdência. “Os tucanos têm
o DNA das reformas. Se eles
não aprovarem essa matéria,
não terão nada para
apresen-tar ao eleitorado”, reforçou
um interlocutor do governo.
O Congresso Nacional
rece-beu ontem a mensagem
pre-sidencial com o projeto de lei
que altera as metas fiscais para
2017 e 2018. O projeto
modifi-ca a Lei Orçamentária de 2017
e a Lei de Diretrizes
Orçamen-tárias de 2018.
As novas metas fiscais
pas-saram de R$ 139 bilhões de
dé-ficit em 2017 e 129 bilhões de
déficit em 2018, para R$ 159
bi-lhões em cada ano. O anúncio
dos números e dos cortes que
o governo fará para conseguir
cumprir essa previsão foi feito
na última terça-feira (15) pela
equipe econômica.
O Congresso não tem prazo
para aprovar o projeto, mas é
esperado que isso ocorra até
o fim deste mês, quando está
prevista a chegada do projeto
da Lei Orçamentária Anual de
2018, já considerando a
modi-ficação da meta.
A mensagem presidencial
recebida nesta quinta-feira será
encaminhada para começar a
tramitação pela Comissão Mista
de Orçamento e, depois, será
votada no plenário do Congresso
Nacional em sessão conjunta
da Câmara e do Senado.
Correção da inflação
O presidente do Senado,
Eu-nício Oliveira, garantiu ontem
que o salário mínimo de 2018
terá, pelo menos, o aumento
de correção da inflação.
“Va-mos aplicar a Lei. O salário
mí-nimo é corrigido pela inflação
dos últimos 12 meses. O que
der a inflação vai ser a
corre-ção do salário mínimo. Não
vai ser maior, a menos que o
presidente determine que seja
maior, mas menor do que o que
está na Lei, nós não
aprovare-mos aqui no Congresso,
nin-guém tenha dúvida disso. Aqui
no Congresso nós não vamos
submeter redução do
salário-mínimo”, afirmou.
Com a revisão das projeções
orçamentárias, na última
ter-ça-feira (15), o valor de salário
mínimo previsto para o
próxi-mo ano foi reduzido em R$ 10
e ficou em R$ 969. Neste ano
de 2017, o salário mínimo em
vigor é de R$ 937.
.
Cuidados
Há quem critique esse
ex-cesso de zelo,
especialmen-te com os cargos do PMDB.
“Temer vai errar se fi car
re-fém do PMDB do jeito que
está. O PMDB não está
pre-ocupado com a
governabi-lidade ou com o futuro do
presidente. Cada
peemede-bista está interessado em
seu feudo regional. Eunício
no Ceará; Jader
(Barba-lho) no Pará; (José) Sarney
no Maranhão”, criticou um
deputado que já teve
inte-resses contrariados ao se
chocar com um cacique
re-gional do PMDB.
O Diário Oficial da União
de terça-feira trouxe a
exoneração de Marcelo
Allain do cargo de
secre-tário de Articulação da
Secretaria-Geral da
Presi-dência e colocou, em seu
lugar, Marco Aurélio
Sil-va. Também deixaram o
governo Silvio José Silva,
diretor do
Departamen-to de Defesa dos DireiDepartamen-tos
Humanos; Tamara da
Sil-va, chefe de gabinete da
Secretaria de Políticas de
Promoção da Igualdade
Racial da Presidência da
República; e Cristian José
Santos, diretor do
Depar-tamento de Livro, Leitura,
Literatura e Bibliotecas do
Ministério da Cultura
Histórico do deputado
Por isso, a ordem expressa dada a Imbassahy pelo presidente é
olhar o histórico do deputado: como votou em matérias
anterio-res fundamentais, em especial a reforma trabalhista, a PEC do
Teto dos Gastos e a denúncia contra Temer. “Não será uma
vo-tação apenas que vai defi nir o grau de fi delidade.
Especialmen-te sabendo que Especialmen-teremos duas reformas duras para aprovar daqui
para frente”, reforçou um político com livre trânsito no gabinete
presidencial. Por esta regra, também, já foi avisado a Imbassahy
que não haverá mudanças nos cargos do presidente do Senado,
Eunício Oliveira (PMDB-CE), no Banco do Nordeste. O ministro
tucano queria trocar o diretor de Controle e Risco, Nicola
Miccio-ne, apadrinhado por Eunício, por Delano Macedo Vasconcelos,
apoiado pelo deputado Raimundo Gomes (PSDB-CE), que se
au-sentou do plenário na votação da denúncia contra Temer,
ajudan-do o governo e contrarianajudan-do a orientação ajudan-do presidente nacional
da legenda, senador Tasso Jereissati (CE). Para tornar mais fácil
a substituição, os interessados alegaram que Nicola era indicado
pelo deputado Vitor Valim (PMDB-CE), que votou contra Temer na
sessão de 2 de agosto. Os peemedebistas esclareceram que ele já
perdera o carimbo da indicação de Valim após votar contra a
re-forma trabalhista.
5
POLITICA
São Luís, sexta-feira, 18 de agosto de 2017
3
PDT
reúne jovens
em São Luís
Jovens de todo o país participarão de encontro na capital maranhense até domingo
(20). Pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes estará presente em evento
Responsável: Paulo de Tarso Jr. E-mail: paulojr.jornalismo@gmail.com
BASTIDORES
bastidores@oimparcial.com.br
Raimundo Borges
É ilusão dizer que a situação dele
é melhor do que era antes do
escândalo JBS. É muito pior. O
problema é que o governo derreteu
Do procurador Carlos Fernando Lima, um dos coor-denadores da Lava-Jato, ao avaliar a situação com-plicada do presidente Michel Temer.
2
1
A ordem expressa de Flávio
Dino ao bloco que o apoia
na Assembleia Legislativa é
uma só: reação imediata, em
bloco e com dureza contra o
inimigo instalado no
Parla-mento, que tenta construir
escândalos em áreas mais
sen-síveis do governo, como a de
saúde. Agora, é municiar os
aliados e ensiná-los a disparar
com morteiro quando
rece-ber chumbo de espingarda.
Sobre o caso do
alu-guel da Clínica
Eldo-rado para instalar o
Hospital de Ortopedia
do Estado, que rendeu
notícia na Globo e nas
mídias dos Sarney, o
próprio Dino
assu-miu o comando do
contra-ataque,
usan-do as redes sociais,
que hoje têm
alcan-ce nada desprezível.
Deputados governistas e
oposicionistas debateram
lon-gamente, na sessão de ontem
(17), sobre contrato para reforma
do prédio no qual vai funcionar
o Hospital de Traumatologia e
Ortopedia do Maranhão (HTO).
O primeiro a tratar do assunto
foi um parlamentar aliado do
governo do estado, Levi
Pon-tes (PCdoB). Ele afirmou que o
mesmo prédio foi alugado no
Governo Roseana, por R$ 150
mil/mês, quase o dobro do
con-tratado pelo governador Flávio
Dino (PCdoB).
Bira do Pindaré (PSB) confi
r-mou a mesma informação dada
pelo colega Levi Pontes e
suge-riu que a Comissão de Saúde da
Assembleia faça uma visita ao
local para mostrar que a
clíni-ca realmente vai funcionar em
breve. Bira disse que os
recur-sos gastos na reforma serão
des-contados do valor do aluguel.
“Eles tentam misturar, criar
uma confusão na opinião, como
se houvesse alguma ilegalidade
você alugar e depois reformar
um imóvel. Eu nunca vi ninguém
fazer diferente: Você primeiro
aluga e depois você reforma,
de-pois você pode deduzir do valor
do aluguel os investimentos de
forma indenizatória. Isso está
previsto em lei, não adianta
querer misturar opinião com
filigranas de contratos, porque
a lei está acima dos contratos.
Para quem estudou Direito, isso é
elementar, absolutamente
ele-mentar”, assegurou.
O deputado Marcos
Cal-das (PSDB), outro integrante
da bancada do governo, falou
em seguida. “Eu quero dizer que
se o governo alugou um prédio
para colocar um centro de
saú-de, se ele não fizer as reformas
não vai ter como colocar ali o
centro de saúde e isso
aconte-ce não só com o governo, mas
também com as empresas no
Maranhão”, explicou.
O líder do governo, Rogério
Cafeteira (PSB) defendeu a
le-galidade do contrato. “Tenho
certeza que até os deputados
que questionaram sabem da
lisura do Secretário de Saúde.
Tenho certeza que não duvido
nem da lisura e muito menos
da competência jurídica. Aqui
eu digo e afirmo: o que foi
gas-to, não é que pode, será
des-contado no aluguel”, afirmou.
Outro lado
Deputado oposicionista,
Eduardo Braide (PMN)
ques-tionou o contrato. Ele leu
tre-chos do documento, no qual
não estaria previsto desconto
com a reforma. “Ou seja, o
go-verno do estado está usando o
dinheiro público para
benefi-ciar um particular”, garantiu.
Outro da bancada de
opo-sição, o deputado Edilázio
Jú-nior (PV) discursou em
segui-da e garantiu que o contrato é
oriundo da gestão do
ex-gonador Jackson Lago. “Na
ver-dade, o ex-secretário
Ricar-do Murad apenas aditivou. E
quando a gente fala de R$ 150
mil, não estamos falando de
aluguel. Nós estamos falando
de uma prestação de serviços,
bem diferente dos R$ 90 mil de
um aluguel fechado”, explicou.
A deputada Andrea Murad
(PMDB) aumentou as críticas
ao governo. “O secretário
Ri-cardo Murad, quando foi para
a Secretaria de Saúde, ele
re-almente não podia
simples-PAULO DE TARSO JR.
P
ela primeira vez, São
Luís receberá o
Con-gresso Nacional da
Ju-ventude Socialista Jerry
Abrantes (Conjus). O evento
ocorrerá de hoje (18) a
domin-go (20) na Casa do Maranhão
e contará com a participação
de jovens do Partido
Demo-crático Trabalhista (PDT) de
todo o país. Esta é a 16ª
edi-ção do encontro.
Hoje à noite, às 20h, o
pre-sidente do PDT, Carlos Lupi, o
vice-presidente e
pré-candida-to à Presidência da República,
Ciro Gomes, e o presidente do
PDT no Maranhão, deputado
federal Weverton Rocha,
par-ticiparão do painel “Do
Parti-do que temos para o PartiParti-do
que queremos”.
Segundo Carlos Lupi,
pre-sidente do partido, o PDT está
se preparando para que 2018
seja um ano de consagração
nas urnas, elegendo Ciro
Go-mes Presidente da República,
com as ideias do grupo,
pro-jeto de nação, defesa do
en-sino de qualidade em tempo
integral e defesa
intransigen-te do trabalhador brasileiro
Pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes estará presente durante evento em São Luís
– principal responsável pela
construção do país. Para ele, o
papel da Juventude Socialista
do PDT, dentro deste contexto,
será de extrema importância.
A expectativa da organização
é reunir 500 pessoas, dentre
os quais, 240 delegados.
“Os jovens pedetistas de
todo o Brasil terão espaço para
debater o país que desejam e
os caminhos para alcançá-lo,
superando a crise e
reafirman-do valor reafirman-do ativismo político
para a solução dos problemas
coletivos”, afirmou o
deputa-do Weverton Rocha.
Senado
Para o parlamentar
ma-ranhense, que segue
percor-rendo o estado em busca de
apoio para o seu sonho de ser
senador em 2018, o
congres-so será uma possibilidade de
mostrar sua força política para
angariar votos para o ano que
vem. Apesar de não ter
decla-rado publicamente, o Conjus
sendo realizado em São Luís
será uma oportunidade de
We-verton receber publicamente
o apoio nacional da legenda.
Se tiver uma boa
aceita-ção na capital, o deputado
poderá seguir pleiteando o
apoio do governador Flávio
Dino (PCdoB) em 2018.
Atu-almente, o nome do deputado
é tido quase como certo pelo
grupo político do governador,
que tem prestigiado todos os
eventos organizados por
li-deranças ligadas a Weverton.
SAÚDE
Alema debate sobre aluguel de prédio
DEFESA
Em nota, a Secretaria de
Estado da Saúde (SES)
informou que “foi uma opção
mais rápida e barata alugar
uma estrutura já existente
para instalar o Hospital de
Traumatologia e Ortopedia
(HTO) do Maranhão”. Ainda de
acordo com a SES, o aluguel
vai reduzir em ao menos dois
anos a espera dos pacientes
da capital por tratamento.
O HTO estará apto a fazer
400 cirurgias por mês, o que
signifi ca que, adiantando
a obra em dois anos, será
possível fazer 9.600 cirurgias
ortopédicas a mais em São
Luís”. Por fi m, a nota explica
que “o valor da reforma
será descontado do aluguel,
conforme expressa previsão do
artigo 35 da Lei 8.245/91”.
mente acabar com o serviço
que era prestado. Então, ele
continuou serviços prestados,
diferente de aluguéis imorais
e escandalosos”, criticou.
DIVULGAÇÃO/PDT
O senador João Alberto (PMDB) pediu ao governo
fede-ral investimentos urgentes para aumentar o número de
postos de hemodiálise no estado. Ele diz que há apenas
15 unidades para atender 2.240 pacientes com doenças
renais crônicas. Mas ele prefere não envolver o
gover-no Flávio Digover-no gover-no pleito, embora o poupe de crítica.
A hora do vamos ver
A missão de Flávio Dino para se reeleger governador
pa-rece ser muito mais complexa do que foi em 2010, quando
perdeu para Roseana Sarney, e 2014, quando ganhou de
goleada Lobão Filho, representando as famílias Sarney,
Lo-bão, Murad e todo o grupo moldado e sedimentado nos 50
anos de mando. A proposta de “mudança”, levada a efeito
na campanha, como a transformação de prática de gestão e
modelo de inovação, tem que ser tratada já, para mostrar à
população que de fato valeu a pena derrubar o Grupo Sarney.
Os Sarney e seu legado político oligárquico sofreram
um tremendo baque; pareciam estar arquejando. Mas
ape-nas parecia. Em dois anos e meio fora do governo,
Rosea-na sumiu de ceRosea-na, cuidou da saúde, enquanto o pai
tran-sitou desenvolto pelo impeachment, depois pelo Palácio
do Planalto, aconselhou o colega de PMDB Michel Temer,
ao mesmo tempo em que vez por outra fustiga o inimigo
Flávio Dino. Tudo, à distância, pelos artigos em seu jornal.
Como estratégia, Roseana Sarney prefere não se
im-por como candidata a novo mandato no Palácio dos
Le-ões. Mas se insinua e aceita pressão do grupo e do PMDB.
Saiu notícia até que ela seria ministra das Cidades de
Te-mer, mas talvez achou que o momento é impróprio para
qualquer um que tenha juízo assumir vaga na Esplanada.
O irmão, Sarney Filho, trabalha para disputar o Senado,
mas numa perspectiva em que Roseana concorra ao
go-verno, para consolidar a chapa majoritária puro-sangue.
E Flávio Dino chega aos dois anos e meio desenvolvendo
uma agenda de governo que sobressai à crise que já triturou
vários estados ricos, focado em programas sociais. São
rea-lizações que se perdem de vista diante da gigantesca
maze-la social que ele tenta encarar, numa perspectiva vista de
es-guelho chamada classe média. É o segmento de pequenos e
médios empresários, além da massa robusta de funcionários
públicos, mais atentos ao contracheque do que à miséria de
quem mora em casa de palha, bebe água de carro-pipa e
fre-quente escola de taipa. Esse é um dos enfrentamentos de
Flá-vio Dino, que os Sarney achavam ser “cultura maranhense”.
Fim do nhenhenhém
O deputado José Reinaldo resolveu acabar com o
nhe-nhenhém que rondava o suposto distanciamento dele do
go-vernador Flávio Dino, aliado desde o primeiro momento em
que o juiz federal abandonou a toga, virou político,
deputa-do federal e governadeputa-dor. Os deputa-dois se encontraram em Palácio.
Alinhavado para 2018
Dino convidou Reinaldo para uma conversa mais
obje-tiva no Palácio dos Leões sobre as eleições de 2018. O
en-contro aconteceu quando o deputado “arruma a mala” para
debandar do PSB e se fi liar ao DEM. Mas, para isso, precisa
endireitar o caminho de 2018 com Flávio Dino liderando a
chapa e ele concorrendo ao Senado.
Fala mansa
José Reinaldo classifi cou de “proveitosa” a visita ao Palácio
dos Leões, onde não pisava já há um bom tempo. Muito pouco,
aliás, para momentos tão tumultuados como os atuais. Mas ele
o resumiu em simplórias “trocas de ideias sobre a conjuntura
nacional – sua candidatura ao Senado – e sobre o Maranhão”.
E agora, José?
A mesma Clínica Eldorado que virou notícia nacional
pelo aluguel do governo Dino por R$ 90 mil mensais custou
R$ 150 mil por mês no governo Roseana, cujo contrato foi
fi rmado em 22 de março de 2010, pelo secretário de Saúde,
Ricardo Murad, e Deni Carvalho de Araújo, sócia da Clínica.
Isto é incrível
O juiz Evandro Reimão dos Reis, da 10ª Vara Federal Cível
de Salvador, deferiu a liminar para cancelar a entrega do
tí-tulo de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) na Universidade Federal do Recôncavo
Baiano (UFRB), que ele criou. E autorizou a PF a intervir,
caso haja desobediência à ordem. O recurso foi
apresenta-do pelo vereaapresenta-dor Alexandre Aleluia, apresenta-do DEM. Ora, pílulas!
NUNA NETO
Nesta data, O
Imparcial trouxe
como manchete:
São Luís registra
aumento de
30% em
suicídios neste ano.
Em pouco mais
de sete meses de
2016, número de
casos de suicídio na
capital maranhense
já se aproxima do
total registrado em
2015. Depressão é
a principal causa,
aponta especialista.
www.oimparcial.com.br Ano XC Nº 34.720 QUINTA-FEIRA, 18 DE AGOSTO DE 2016 CAPITAL E INTERIOR R$ 2.00NOSSOS TELEFONES: GERAL: 3212-2000 COMERCIAL: 3212-2030 CLASSIFICADOS: 3212-2020 CAA - CENTRAL DE ATENDIMENTO AO ASSINANTE: 3212-2012 REDAÇÃO: 3212-2010
VIDA
OLIMPIADASOLIMPIADASOLIMPIADASOLIMPIADASOLIMPÍADAS
Lula quer tirar grampos das mãos de Sérgio Moro
São Luís registra aumento de
30% em suicídios neste ano
ELEIÇÕES2016ELEIÇÕES2016ELEIÇÕES2016ELEIÇÕES2016
Candidatos fazem reuniões em busca de aliados
Propaganda política no rádio e na tv mudou. Veja como será?
CERTIFICAÇÃO AUDIOVISUAL - Foram contemplados quatorze projetos voltados para área de cinema com relevância artística-cultural, valorização do Maranhão e plano de comercialização, o que para produtores cinematográfi cos representa um marco para o cinema maranhense. Investimento na categoria deve chegar até R$ 3 milhões fruto de uma parceria do Governo do Maranhão com a Ancine. VIDA
OBRAS NO INTERIOR
Governador inicia pavimentação
da MA-012 correu ao STF para que conversas Defesa do ex-presidente re-telefônicas dele não sejam julga-das em Curitiba POLÍTICA PAGINA TRÊS
Arremesso de martelo faz participação histórica
Vale ouro na areia hoje
Em pouco mais de sete meses de 2016, número de casos de suicídio na capital maranhense já se aproxima do total registrado em 2015. Depressão é a principal causa, aponta especialista
VIDA Peça narra a história de amor e da amizade com humor Ruas e avenidas do Coroadinho recebem nova urbanização
Moradores de três bairros te-rão uma melhora na qualidade de vida por conta das obras no Polo Coroadinho. VIDA
Viva lança aplicativo para
agendar atendimento
VIDA IMPAR
Rogério Cafeteira (PSB) fechou apoio para Edivaldo Holanda Júnior (PDT) contrariando o seu partido. Eliziane Gama (PPS) acertou com o secretário de Flávio Dino, Neto Evangelista (PSDB).
POLÍTICA REVANCHE DA COPA Futebol encara Alemanha pelo ouro
18 de agosto de 2016
6
OP
IN
IÃO
São Luís, sexta-feira, 18 de agosto de 2017
www.oimparcial.com.br
Um país no vermelho
CARRO INTELIGENTE
Jornalismo: 3212-2010/3212-2049 Anuncie: 3212-2086/ 3212-2030 Classifi cados: 3212-2087 Seja um vendedor: 3212-2091 Geral: aqui-ma@oimparcial.com.brEnd.: Rua Assis Chateaubriand S/N- Renascença II - São Luís-MA - CEP: 65075-670
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Retrato
da
história
Até 2020 ele será realidade. O carro
in-teligente, ou carro autônomo, ou
carro-robô, ou carro sem motorista, ou
simples-mente o carro do futuro, é um carro que
funciona sem a intervenção de um
con-dutor humano. Este será substituído por
um sistema de controle computacional
inteligente que integra os recursos
tec-nológicos do veículo.
Será possível especificar o destino,
pe-dir ao carro de estacionar, ler o jornal,
mudar de canal, etc. Mas, a principal
van-tagem é de nós proporcionar mais
segu-rança e mais conforto levando à redução
do número dos acidentes que pode
che-gar a zero, e de permitir ao motorista de
aproveitar o percurso para ler, fazer
tele-fonemas, trabalhar, navegar na internet,
assistir um filme, cochilar, etc. Estima-se
hoje que o ser humano é responsável por
90% dos acidentes de transito no mundo.
Os fabricantes automotivos afirmam
que os veículos autônomos superam os
motoristas humanos. Isto é possível
gças às inovações e à multiplicação de
ra-dares e câmeras como os utilizados pelo
sistema de detecção 360 graus que é
ca-paz de distinguir objetos e pedestres e de
advertir o motorista em caso de risco de
colisão ou frear por conta própria.
O carro autônomo é mais seguro
por-que dispõe de sensores e câmeras com
re-cursos que superam a percepção humana
onde o campo de visão é muito reduzido
dentro do carro, principalmente a noite.
O carro inteligente utiliza também
da-dos cartográficos muito precisos e suas
análises lhe permitem de antecipar
cru-zamentos, etc.
A previsão é que o veiculo autônomo
será comercializado em torno de 2020,
porém para uso nas autoestradas, onde
a direção é menos complexa do que nos
centros urbanos. Nas cidades, o carro
auto-mático deverá ser usado por volta de 2030.
Muitos estudos e pesquisas estão
sen-do realizadas pelas construtoras. A
Mer-cedes, Nissan, Tesla, Audi, Bosh, e até a
Google, já anunciarem ou apresentarem
seus protótipos de automóvel
inteligen-te. O modelo S500 da Mercedes já
reali-zou com sucesso uma viagem autônoma
de 100 km nas estradas da Alemanha
en-tre Mannheim e Pforzheim (repetindo o
mesmo trajeto que, 125 anos atrás, Bertha
Benz fazia na primeira viagem de carro
da história da humanidade)
enfrentan-do condições reais de tráfico incluinenfrentan-do
semáforos, rotatórias, pedestres,
ciclis-tas, VLTs, etc.
A pergunta agora é: quem compraria
um carro para não dirigi-lo. Na
realida-de, embora os carros autônomos sejam
uma certeza da mobilidade do futuro e
de segurança ativa, a decisão de entrar no
modo automático é do próprio
motoris-ta. Por exemplo, em trechos
engarrafa-dos, ou em longas retas cansativas, etc.
Podemos também imaginar um sistema
que ativa o modo autônomo
automati-Após dias de expectativas, a equipeeconô-mica bateu o martelo e elevou o teto do deficit primário, deste ano, de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. O mesmo valor está previsto para 2018. O Executivo atribuiu o resultado negativo à frustração de arrecadação. O mi-nistro da Fazenda, Henrique Meirelles, cul-pou a queda da inflação pela diminuição do fluxo de recursos para a União, embora te-nha reconhecido que a redução do custo de vida preservou o poder de compra dos tra-balhadores.
Desde 2014, as contas do país estão no vermelho.Equilibrar os gastos e a receita é desafio que se impõe ao governo federal e também ao Legislativo e ao Judiciário. Sem isso, é cada vez mais difícil, ou quase impos-sível, ao Estado induzir o desenvolvimento via investimentos essenciais à expansão da economia.
O maior peso do arrocho recairá sobre o Executivo. Na mira de Meirelles estão os servidores públicos, exceto os militares. Pelo menos 60 mil vagas na administração fede-ral serão eliminadas. A contribuição previ-denciária dos servidores passará de 11% para até 14%. O salário-base para quem ingressar
no serviço público ficará entre R$ 2,8 mil e R$ 5 mil. Os fundos de investimento fecha-dos serão tributafecha-dos anualmente. O governo limitará os incentivos às exportações. Não haverá mais desoneração da folha de paga-mento das empresas, que voltarãoa recolher contribuição à Previdência.
Mas todas as providências são insuficien-tes para tirar o país do atoleiro. Há muito mais gastos a serem cortados, a começar pelas mordomias nos três poderes, como cartões corporativos, carros oficiais, jatinhos, auxí-lio-moradia e cargos de confiança, destina-dos a abrigar apaniguadestina-dos destina-dos integrantes da base de apoio parlamentar, entre outras que pesam em desfavor do país.
A burocracia também colabora para o co-lapso. Hoje, a dívida ativa soma R$ 1,65 trilhão (inclusive o rombo da Previdência), sendo que as empresas representam uma fatia de 97% dessa conta. O pagamento é postergado pelo excesso de recursos administrativos à dispo-sição dos devedores. Assim, entra e sai ano, a União não consegue receber o que lhe é devido
Na Praça dos Três Poderes, Judiciário e Le-gislativo estão de costas para a crise enfren-tada pelo Brasil. A gastança corre solta, seja
pelo pagamento de salários e benefícios que extrapolam o limite constitucional, seja pela inércia em cortar gastos que minam qualquer esforço para o equilíbrio fiscal. Magistrados chegam a receber, entre salários, auxílios e indenizações, mais de R$ 500 mil. Em mé-dia, a remuneração passa de R$ 100 mil no âmbito da Justiça, devido aos penduricalhos somados ao salário.
No Congresso, os 513 deputados conso-mem, em média, R$ 86 milhões ao mês, se-gundo levantamento da ONG Contas Abertas. Cada senador representa uma despesa anu-al de R$ 33 milhões, de acordo com o estudo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
Mantidas tantas regalias, cargos e salá-rios inadmissíveis para um país que tem um salário mínimo de pouco mais de R$ 900, a classe trabalhadora continuará sendo víti-ma dos péssimos serviços de saúde, educa-ção, segurança e outros. Sem investimentos adequados, a tendência é de aumento expo-nencial da fome e da miséria. Há o risco de o Brasil, antes de ser considerado um país de-senvolvido, retroceder diante da incapacida-de do Estado incapacida-de alavancar o seu crescimento.
A Praia da Ponta d’Areia já foi a mais frequentada da cidade por
causa de sua proximidade com o Centro (há apenas 4 km de
distân-cia da região). Com aproximadamente 2,5 km de extensão integra o
Parque Estadual da Lagoa da Jansen. Localizada no bairro que leva
o mesmo nome, é rodeada por hotéis, bares e clubes de reggae. A
Praia da Ponta d’Areia é a que mais sofre com ação da maré, em São
Luís. A força do mar provoca a erosão, chegando a derrubar bares,
calçadas e avenidas. A capital maranhense tem os maiores registros
de variação de maré do mundo, chegando até 8 metros em
determi-nadas épocas do ano, com predominância entre agosto e setembro,
quando os ventos são bem mais fortes. (Foto: Monumento da sereia
na praia da Ponta d’Areia_1988)
O sindicalismo pode ser definido como ação
cole-tiva para proteger e melhorar o próprio nível de vida
por parte de indivíduos que vendem a sua força de
tra-balho (Allen, 1968:1). Mas é difícil ir além desta
defini-ção abstrata e indeterminada, porque o sindicalismo
é um fenômeno complexo e contraditório. Ele nasce,
de fato, como reação à situação dos trabalhadores na
indústria capitalista, mas constitui, também, uma
for-ça transformadora de toda uma sociedade.
O parágrafo pertence ao Dicionário de Política, de
Bobbio, Matteucci e Pasquino (EdunB, Brasília).
Sin-tetiza o significado da palavra sindicalismo, exceto em
relação ao Brasil, onde surgiu como resposta das classes
trabalhadoras ao capitalismo selvagem das primeiras
décadas do século passado, até ser submetido ao
con-trole do governo durante o período conhecido como
era Vargas (1930-1945). A intromissão do Estado na
organização dos trabalhadores inicia-se em1931, até
tornar-se absoluta com a aprovação da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), em 1º de maio de 1943. A
partir daí, o movimento sindical perde forças, para se
sujeitar ao rígido controle do Ministério do Trabalho.
Vinculadas ao governo pela Constituição de 1937 e
pela CLT, as organizações sindicais reagiram de forma
distinta. Boa parte se apelegou e aceitou com agrado o
regime de completa submissão, mas outra parcela,
con-trolada por partidos políticos de esquerda, lutou para
conservar certo grau de dignidade e independência.
Durante mais de 40 anos poucos foram os movimentos
grevistas e todos, duramente, reprimidos pela polícia.
Porém, nos períodos mais repressivos, como no
go-verno do general Dutra (1946-1950) e nos anos de
regi-me militar (1964-1985), a sociedade civil reconheceu o
relevante papel desempenhado pelo sindicalismo
au-têntico na defesa dos salários e de melhores condições
de vida para as classes trabalhadoras. - O
movimen-to operário não é apenas uma reação a uma situação
dada, uma das peças indispensáveis do equilíbrio
so-cial, é também um fator original novo que constitui,
para o conjunto da sociedade, um fator de mudança
-, escreveu Michel Crozier (1922-2013) no Tratado de
Sociologia do Trabalho (Editora Cultrix, 1973).
“Atualmente, nos países ocidentais, a função
es-sencial dos sindicatos é a negociação coletiva, isto é,
a discussão dos salários, das condições de trabalhos
e, eventualmente, de todo e qualquer problema que
se relacione com tais assuntos”, prosseguiu o
sociólo-go francês, na opinião de quem - o sindicato sempre
supõe uma revolução contra a ordem estabelecida - a
greve não é uma doença (...) na medida em que
forne-ce aos assalariados a garantia mais segura de sua
posi-ção econômica -. Não podemos subestimar a presença
das organizações sindicais na história. “A força sempre
foi fator crucial nas relações entre capital e trabalho”,
escreveu o historiador Edward Hallet Carr. Sem
con-tar com a presença atuante de organizações sindicais
livres, os trabalhadores estariam à mercê dos apetites
da economia capitalista.
O fim da contribuição obrigatória, provocado pela
reforma trabalhista, produzirá efeitos em toda estrutura,
mas não lhe provocará o desaparecimento. O primeiro
consistirá na redução do número de sindicatos. Os
ar-tificiais, ou de carimbo, desaparecerão por falta de
só-cios, de legitimidade e de dinheiro. Sobrevirão aqueles
que forem aptos a arregimentar trabalhadores e trazer
os empregadores à mesa de negociações. O segundo
é a aquisição de liberdade da qual estiveram privados
durante o Estado Novo, o governo Dutra e o regime
mi-litar. Trata-se, todavia, de liberdade incompleta, uma
vez que no art. 8º da Constituição, não obstante afirme
ser livre a associação sindical ou profissional como já
o fizeram as constituições de 1946 e de 1967 (Emenda
nº 1/69), sobrevivem as raízes corporativo-fascista da
Carta Constitucional de 1937.
A perda de receita exigirá medidas de
reestrutura-ção das entidades. As mais afetadas serão as
federa-ções e confederafedera-ções, dependentes da contribuição
obrigatória. Estou convencido de que um novo
mun-do se descortina diante mun-dos trabalhamun-dores. Ao Estamun-do
de direito democrático, fundado nos valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa, é essencial a presença de
entidades sindicais que negociem e, se necessário,
re-corram ao direito de greve, previsto na Constituição.
O futuro do
sindicalismo
brasileiro
ALMIR PAZZIANOTTO PINTO
ADVOGADO. FOI MINISTRO DO TRABALHO E PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
SOFIANE
LABIDI
PROFESSOR DA UFMA
camente em situações onde o motorista
feche os olhos por mais de um segundo,
etc. No seu primeiro modelo comercial,
a Tesla estima que o grau de automação
deve atingir o 90%.
No entanto, há dois obstáculos que
ainda precisam ser superados: quem será
o responsável em caso de um acidente?
O motorista ou o fabricante? Isto exige
uma mudança na regulamentação e uma
adaptação das leis vigentes. Em princípio,
o motorista continua sendo o principal
responsável. A outra questão, mais
im-portante ainda, é a reação do
consumi-dor que só vai aceitar de comprar e usar
esta tecnologia a partir momento em que
ele tenha plena confiança nela. O mundo
jurídico precisa se aliar ao mundo
tec-nológico para já definir o marco legal da
robótica. As inovações tecnológicas vão
avançar de uma forma devastadora nos
próximos anos rumo à singularidade e
infelizmente não vejo nenhum trabalho
para adequar nossa jurisdição ao mundo
de um futuro iminente.
É nosso mundo que está em plena
mu-tação. Os avanços tecnológicos estão
im-pactando nossa sociedade com uma
ve-locidade sem precedente. A grande lição
é que, precisamos estar muito atentos às
mudanças, focar nossas estratégias de
de-senvolvimento na inovação, investir
maci-çamente no conhecimento, na implantação
de centros de excelência, e na formação
de recursos humanos de alto nível.
Nossa responsabilidade é muito
gran-de perante a sociedagran-de e as gerações
fu-turas. Estamos desperdiçando nossa
úl-tima chance!
Responsável: Zezé Arruda
VIDA
www.oimparcial.com.brSão Luís, sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Fatores
Segundo especialistas de
trânsito, a maior parte dos
acidentes com quebra de
poste pode ser ocasionado
por perda de controle
do veículo, efeitos de
bebidas alcoólicas e falta
de atenção, como, por
exemplo, fi car com celular
na mão enquanto dirige. A
Companhia Energética do
Maranhão faz campanhas
regularmente para alertar
os condutores.
O motorista deve tomar
cuidado ao dirigir em
pistas molhadas e fi car
com os olhos atentos na
estrada, deixando sempre
o celular no silencioso,
assim evitando multas
por infração gravíssima e
acidentes.
Além da embriaguez,
parte dos acidentes
envolve distrações visuais:
quando o condutor desvia
o olhar da via para ler
mensagem ou atender
ligação, cognitivas: como
quando se está falando ao
telefone e deixa de prestar
atenção no trânsito, físicas:
quando o motorista tira
uma das mãos do volante
para executar tarefas
como digitar números
ou mensagens auditivas:
a atenção do motorista
volta-se para os sons
do telefone, provocando
perda de percepção
auditiva de uma sirene ou
buzina.
Qualquer pessoa
pode ligar para
a Central de
Atendimento 116
(ligação gratuita)
e informar o
acidente. Mas
quando o acidente
causa interrupção
de energia, o
nosso Centro de
Operações envia
uma equipe
ao local e essa
equipe isola a
área e informa a
necessidade de
acionar a estrutura
com caminhões da
manutenção”.
Eduardo Abreu,
Executivo de Manutenção
da Cemar Regional Norte
Dica
Caso você esteja próximo do local de um acidente com quebra de poste, a dica é isolar,
não se aproximar e nem deixar que os outros se aproximem, por medida de segurança. E
ligar imediatamente para a Central de Atendimento 116, informando o local com ponto de
referência.
Cerca de 2 milhões são gastos por ano nas reposições de postes de energia elétrica. No ano passado foram repostos, somente na Grande Ilha, 350 postes
PATRICIA CUNHA
É
quase que diário. Um
acidente
automobilís-tico e um poste
danifi-cado ou quebrado. Eles
parecem fortes, com estrutura
de cimento, mas, diante de uma
colisão, são facilmente
atingi-dos e precisam ser trocaatingi-dos,
ou consertados. Segundo a
Ce-mar (Companhia Energética do
Maranhão), a média de
reposi-ção é de 35 por mês em todo o
estado, mas de acordo com os
dados de 2017 até o dia 14 de
agosto, o mês de abril bateu o
recorde com 64
abalroamen-tos e reposição, uma media de
2 por dia.
A principal consequência
disso é a interrupção de
for-necimento de energia para a
população. Segundo
Eduar-do Abreu, executivo de
ma-nutenção da Cemar Regional
Norte, o índice de acidentes é
alto, embora haja um
investi-mento nas defensas (estruturas
que protegem a base dos
pos-tes) em algumas avenidas com
histórico maior de acidentes.
“Inclusive na Ilha, depois
que desativaram os sensores
de velocidade,
experimenta-mos um aumento no número
de acidentes. Além disso, é o
risco de vida que o condutor
corre ou mesmo um transeunte
quando um poste desses vem
ao chão, pois podem ter
con-tato com os cabos energizados.
Até que a gente chegue ao local
para isolar a área e fazer o
re-paro, o risco é grande”, aponta
o executivo.
Segundo a Cemar, os
prejuí-zos causados chegam em torno
de 2 milhões por ano. Em 2016,
foram 1.860 postes repostos no
Maranhão; na Grande Ilha,
fo-ram 350.
A partir da hora do acidente,
em média, a companhia leva
de 3 a 5 horas para fazer a
re-posição, dependendo de
fa-tores como horário e da área
da cidade em que aconteceu o
abalroamento (acidente com
quebra de poste). A preferência
nesse tipo de serviço, segundo
a Cemar, é de fazer com equipe
de linha viva (rede energizada)
2.359
1.860
1.174
535
350
208
acidentes com colisão
contra postes no Maranhão
acidentes com colisão
contra postes no Maranhão
acidentes com colisão
contra postes no Maranhão
acidentes com colisão
contra postes em São Luís
acidentes com colisão
contra postes em São Luís
acidentes com colisão
contra postes em São Luís
2015
2016
2017*
Responsável: Patricia Cunha
E-mail: patriciacunha@oimparcial.com.br
onde não se desliga o sistema,
porém, se apresentar algum
ris-co à população, é feito ris-com a
rede desligada em prol da
se-gurança dos clientes.
“Qualquer pessoa pode ligar
para a Central de Atendimento
116 (ligação gratuita) e
infor-mar o acidente. Mas quando
o acidente causa interrupção
de energia, o nosso Centro de
Operações envia uma equipe
ao local e essa equipe isola a
área e informa a necessidade
de acionar a estrutura com
ca-minhões da manutenção”,
in-forma Eduardo.
Ainda ontem foi feita uma
reposição de um poste de fibra
na Avenida Litorânea,
causa-da por um incêndio (de causa
ainda desconhecida) na base
da estrutura que derreteu o
poste de fibra. Nesse caso não
houve interrupção de energia.
Na maioria das vezes, a
po-pulação acaba nem sabendo
que houve o acidente e por isso
acontece a interrupção.
“Quan-do é possível, já que nosso
sis-tema é todo interligado, a gente
faz uma transferência de carga
e faz a troca de poste. Porém,
um ou outro morador da
re-dondeza do local do acidente
pode ter a energia interrompida.
As avenidas com maior
ocor-rência de acidente desse tipo
são Anjo da Guarda (área da
Vale, no sentido Itaqui) e São
Luís Rei de França . Na Avenida
dos Portugueses, por conta da
grande quantidade de postes e
pelo tráfego intenso de
cami-nhões, os acidentes envolvem
de uma só vez de 3 a 4 postes,
segundo a Cemar.
Um poste custa de R$ 5 a
10 mil, dependendo do tipo e
da estrutura que estiver nele.
A Cemar vinha arcando com
as cobranças dos custos,
ago-ra uma empresa terceirizada
foi contratada para fazer a
co-brança dos custos ao causador
do acidente.
Com esse dinheiro, segundo
a Cemar, poderia ser
aumen-tada a quantidade de equipes
para realizar a poda de árvores
e realizar melhorias no
siste-ma elétrico, revitalizando áreas
com redes mais antigas.
*ATE 14 DE AGOSTOMaior parte dos acidentes com quebra de poste pode ser ocasionada por perda de controle do veículo, efeitos de bebidas alcoólicas e falta de atenção
FOT
OS:
ARQUIVO/HONÓRIO MOREIRA/OIMP/D.APRESS