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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO PEDAGOGICO DEBORA GOMES FABIANA FERREIRA LUCIENE RIBEIRO MARIA MIGUEL RELATÓRIO DO PROJETO DE ENSINO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO PEDAGOGICO DEBORA GOMES FABIANA FERREIRA LUCIENE RIBEIRO MARIA MIGUEL

RELATÓRIO DO PROJETO DE ENSINO

VITÓRIA 2007

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DEBORA GOMES FABIANA FERREIRA

LUCIENE RIBEIRO MARIA MIGUEL

RELATÓRIO DO PROJETO DE ENSINO

Trabalho realizado para a Disciplina de Prática de Ensino da Arte no Ensino Médio , entregue a professora Gerda Margit Schutz Foerste do Centro Pedagógico, como requisito parcial de obtenção de nota.

VITÓRIA 2OO7

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RELATÓRIO

Os alunos do 1º ano são 33 ao total, porém ficam 15 alunos em uma turma com a professora Veronica e os outros ficam com a professora Luciana, sendo que 4 desse total de alunos fazem parte e coral e ensaiam nesta aula.

Ficamos com a turma da professora Veronica, onde em um primeiro momento, acompanhamos a aula da professora como observação, nos inteiramos do assunto ao qual ela estava trabalhando, participamos de dinamica de grupo, ao qual a professora utilizou para introduzir o assunto da idade média. Definimos nosso tema montamos o projeto inicial.

Tivemos alguns problemas como a dificuldade em aendar o laboratório de fotografia da UFES. Registramos todas as dificuldades até aqui encontradas em relatorio entregue à Gabriella.

Redefinimos o projeto, tivemos que alterar alguns tópicos. Apresentamos o tema à turma, expomos a história da origem da fotografia, com explicações de pesquisadores da origem do processo fotografico e culminamos com o tema interferencia na fotografia – palimpsestos. Os alunos se interessaram, participaram da exposição do conteúdo histórico e da técnica do palimpsesto. Posteriormente foi explicado como é realizada a técnica do palimpsesto, os alunos visualizaram trabalhos do professor ValdelinoGonçalves Filho “Didico”. Conheceram o livro publicado por ele sobre o tema e iniciaram seus trabalhos pessoais. Cada aluno realizou seu trabalho com bastante interesse. Um dos alunos foi além, descobrindo novas possibilidades dentro da técnica que foi explicada. Os materiais

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utilizados pelos alunos para realizar suas obras foram fornecidos pelo nosso grupo. Compramos o cloro, o nanquim, o cotonete, o algodão e as gases. Ganhamos –conseguimos com um amigo de Fabiana que trabalha em uma loja de revelação- o papel fotografico queimado, e levamos as pontas secas que dispunhamos como: goivas, estiletes,,compasso, pregos dentre outros.

As aulas para realização da tecnica pelos alunos foi super produtiva e vamos culminar juntamente com os demais grupos de estágio em uma exposição coletiva, a pedido da professora Veronica, dia 12/12/2007, quarta-feira às 19:00h no CEFETES. Iremos 2ª feira dia 10/12/2007 montar toda a exposição à partir das 14:00h. segue em anexo o projeto com todos os itens exigidos na ementa da professora.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO PEDAGOGICO DEBORA GOMES FABIANA FERREIRA LUCIENE RIBEIRO MARIA MIGUEL PROJETO DE ENSINO VITÓRIA 2007

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DEBORA GOMES FABIANA FERREIRA

LUCIENE RIBEIRO MARIA MIGUEL

PROJETO DE ENSINO

Trabalho realizado para a Disciplina de Prática de Ensino da Arte no Ensino Médio , entregue a professora Gerda Margit Schutz Foerste do Centro Pedagógico, como requisito parcial de obtenção de nota.

VITÓRIA 2OO7

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Projeto

Devido a vários fatores que já foram mencionados em relatório entregue à Gabriela – monitora da disciplina – tivemos que alterar alguns pontos dentro do projeto : “ Registros em Fotografia”.

PROJETO

REGISTROS EM FOTOGRAFIA

O trabalho será realizado pelo grupo composto por Débora Gomes, Fabiana Ferreira, Luciene Ribeiro e Maria Miguel, durante 4 aulas, com alunos do primeiro ano do ensino médio, em uma turma com 33 alunos matriculados que são divididos em 2 turmas – ficaremos então os alunos que competem à professora Verônica, sendo uma turma heterogênea com predominância masculina no Centro de Educação Federal Tecnológica do Espírito Santo, que se localiza à Avenida Vitória no bairro de Jucutuquara, onde se identifica uma população de classe média. Nosso trabalho consistira em explorar a historia da fotografia, sua evolução através do tempo, seus inventores, o registro e a intervenção nos registros através de palimpsestos.

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JUSTIFICATIVA

A iniciativa de realizar este trabalho parte de interesses pessoais de alguns membros do grupo, que dedicam esse assunto ao trabalho final, ou já possuem trabalhos neste ramo ou por puro interesse no assunto. Também muito contribuiu para tal, o fato da professora Verônica estar trabalhando com os alunos a passagem do tempo histórico em arte, conceituando a debatendo pré-história, primeiros registros e idade média

INTRODUÇÃO

Esta pesquisa consiste em explorar no ensino da arte a história da fotografia, sua evolução através do tempo e construções fotográficas em palimpsestos que permitem a alunos do primeiro ano do ensino médio do Centro de Educação Federal Tecnológica do Espírito Santo pensar através do processo outras formas de intervenção no registro fotográfico.

No decorrer deste trabalho enfatizaremos questões sobre história da fotografia, registro fotográfico, intervenções através de palimpsestos e a realização de palimpsestos em papel fotográfico queimado.

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OBJETIVO GERAL

• Explorar no ensino da arte a historia da fotografia e a interferência no registro fotográfico através de palimpsestos.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

• Identificar a história da fotografia e sua importância na história da arte; • Permitir aos alunos reconhecer a fotografia como instrumento de

registro e como meio de expressão pessoal

• Produzir trabalhos artísticos de interferência na fotografia

DESENVOLVIMENTO

• Exposição da história da fotografia

• Reflexão sobre a origem do processo fotográfico

• Leitura de texto sobre realização de trabalhos de palimpsestos • Intervenção no papel fotográfico por meio de técnica de palimpsesto

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PLANILHA DE CUSTOS:

material quantidade custo em R$

Cd regravavel 1 unidade R$2,50 Dvd regravavel 1 unidade R$3,50 ferramentas -- -- cloro 1 litro R$2,00 cotonete 1 caixa R$0,99 algodão 1 caixa R$1,20 nanquim 1 potinho R$2,50 gases --- --- Total de gastos R$12,69

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AVALIAÇÃO / RETORNO:

‰ Acredito que durante toda a realização deste projeto e após ele os alunos se interessaram mais por atividades artísticas e seus conteúdos históricos. A participação e o interesse dos alunos e do grupo foi muito bom, a relação com as profesoras do CEFETES também foi a melhor possivel, nos convidando até mesmo para estar participando da montagem da exposição coletiva. Me levando a construir uma prática de sala de aula um pouco melhor do que a que eu tinha até então.

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A ORIGEM DO PROCESSO FOTOGRAFICO

1 - A fotografia não tem um único inventor, ela é uma síntese de várias observações e inventos em momentos distintos. A primeira descoberta importante para a fotografia foi a Câmara Escura. O conhecimento do seu princípio ótico é atribuído, por alguns historiadores, ao chinês Mo Tzu no século V a.C., outros indicam o filósofo grego Aristóteles.

Aristóteles observou a imagem do sol, em uma eclipse parcial. Observou também que quanto menor fosse o orifício, mais nítida era a imagem.

Em 1521, Cesare Cesariano, discípulo de Leonardo da Vinci, descreve a Câmara Escura em uma anotação e em 1545, surge a primeira ilustração da Câmara Escura, na obra de Reiner Gemma Frisius, físico e matemático holandês.

No século XIV já se aconselhava o uso da câmara escura como auxílio ao desenho e à pintura. Quando um objeto era posto diante do orifício, do lado de fora do compartimento, a sua imagem era projetada invertida sobre a parede branca.

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O jesuita Athanasius Kircher, erudito professor de Roma, descreveu e ilustrou uma Câmara Escura em 1646, que possibilitava ao artista desenhar em vários locais, transportada como uma liteira.

Grande Câmara Escura em forma de liteira, construida em Roma 1646 por Athanasius Kircher 2 - Alguns, na tentativa de melhorar a qualidade da imagem, diminuíam o tamanho do orifício, mas a imagem escurecia proporcionalmente, tornando-se quase impossível ao artista identificá-la. Este problema foi resolvido em 1550 pelo físico milanês Girolano Cardano, que sugeriu o uso da lente biconvexa junto ao orifício, permitindo desse modo aumentá-lo, para se obter uma imagem clara sem perder sua nitidez Desse modo o uso da câmera escura se difundiu entre os artistas e intelectuais da época.

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Q u a n t o m e n o r o o r i f í c i o m a i s n í t i d a a i m a g e m m a s m u i t o e s c u r a

A i m a g e m p r o d u z i d a a t r a v é s d e u m a l e n t e é b a s t a n t e n í t i d a d e v i d o à r e f r a ç ã o . O s r a i o s d e l u z d i v e r g e n t e s r e f l e t i d o s p o r u m p o n t o d o s u j e i t o s ã o r e f r a t a d o s p e l a l e n t e e p a s s a m a c o n v e r g i r a u m ú n i c o p o n t o .

Em 1573, o astrônomo e matemático florentino Egnatio Danti, em La perspecttiva

di Euclide, sugere outro aperfeiçoamento: a utilização de um espelho concavo

para reinverter a imagem. Em 1580, Friedrich Risner descreve uma câmara escura portátil mas a publicação só foi feita após a sua morte, na obra Optics de 1606.

Em 1676, Johann Christoph Sturm, professor de matemática de Altdorf, em sua obra Collegium Experimentale sive curiosum, descreve e ilustra uma câmara escura que utilizava interiormente um espelho a 45 graus, que refletia a luz vinda da lente para um pergaminho azeitado colocado horizontalmente e uma carapuça de pano preto exterior funcionando como um parasol para melhorar a qualidade da visualização da imagem.

Nesta altura já tínhamos condições de formar uma imagem satisfatoriamente controlável na câmera escura, mas gravar essa imagem diretamente sobre o papel

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sem intermédio do desenhista foi a nova meta, só alcançada com o desenvolvimento da química.

3 - Em 1727, o professor de anatomia Johann Heirich Schulze, da universidade alemã de Altdorf, notou que um vidro que continha ácido nítrico, prata e gesso se escurecia quando exposto à luz proveniente da janela. Por eliminação, ele demonstrou que os cristais de prata halógena ao receberem luz, e não o calor como se supunha, se transformavam em prata metálica negra.

J o h a n n H e i n r i c h S c h u l z e 1 7 4 0

Em 1790, o físico Charles realizou impressões de silhuetas em folhas impregnadas de cloreto de prata.

Thomas Wedgwood, obteve essas imagens mediante a ação da luz

sobre o couro branco impregnado de nitrato de prata. Mas Wedgwood não conseguiu "fixar" as imagens.

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T h o m a s W e d g w o o d 1 7 7 1 - 1 8 0 5

Em 1777, o químico Karl Wilhelm Scheele descobre que o amoníaco atua satisfatoriamente como fixador.

Em 1793, Joseph Nicéphore Niépce tentou obter através da câmera escura uma imagem permanente sobre o material litográfico de imprensa. Recobriu um papel com cloreto de prata e expôs durante várias horas na câmera escura, obtendo uma fraca imagem parcialmente fixadas com ácido nítrico. Como essas imagens eram em negativo e Niépce pelo contrário, queria imagens positivas que pudessem ser utilizadas como placa de impressão, determinou-se a realizar novas tentativas.

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Após alguns anos, Niépce recobriu uma placa de estanho com betume branco da Judéia que tinha a propriedade de se endurecer quando atingido pela luz. Nas partes não afetadas, o betume era retirado com uma solução de essência de alfazema. Em 1826, expondo uma dessas placas durante aproximadamente 8 horas na sua câmera escura fabricada pelo ótico parisiense Chevalier, conseguiu uma imagem do quintal de sua casa. Esse processo foi batizado por Niépce como Heliografia, gravura com a luz solar.

P r i m e i r a f o t o g r a f i a d e N i é p c e e m 1 8 2 6 , t i r a d a d a j a n e l a d o s ó t ã o d e s u a c a s a d e c a m p o e m L e G r a s e m C h a l o n s - s u r - S a ô n e , n a F r a n ç a .

Em 1929 substitui as placas de metal revestidas de prata por estanho, e escurece as sombras com vapor de iodo. Este processo foi detalhado no contrato de sociedade com Daguerre, que com estas informações pode descobrir em 1831 a sensibilidade da prata iodizada à luz. Niépce morreu em 1833 deixando sua obra nas mãos de Daguerre.

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4 - Dois anos após a morte de Niépce, Daguerre descobriu que uma imagem quase invisível, latente, podia-se revelar com o vapor de mercúrio, reduzindo-se, assim, de horas para minutos o tempo de exposição.

L . J . M . D a g u e r r e 1 8 4 6

Conta a história que uma noite Daguerre guardou uma placa sub-exposta dentro de um armário, onde havia um termômetro de mercúrio que havia se quebrado.

O e s t ú d i o d o f o t ó g r a f o 1 8 3 7

Ao amanhecer, abrindo o armário, Daguerre constatou que a placa havia adquirido uma imagem de densidade bastante satisfatória, tornara-se visível. Em todas as áreas atingidas pela luz, o mercúrio criara um amálgama de grande brilho, formando as áreas claras da imagem. Após a revelação, agora controlada, Daguerre submetia a placa com a imagem a um banho fixador, para dissolver os halogenetos de prata não revelados, formando as áreas escuras da imagem. Inicialmente foi usado o sal de cozinha, o cloreto de sódio, como elemento fixador, sendo substituído posteriormente por tiossulfato de sódio (hypo) que garantia maior durabilidade à imagem. Este processo foi batizado com o nome de Daguerreotipia. Em 7 de janeiro de 1839 Daguerre divulgou o seu processo e em

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19 de agosto do mesmo ano, na Academia de Ciencias de Paris, tornou o processo acessível ao público.

Equipamento completo para a Daguerreotipia Como sabemos, foi nessa efervescência cultural que foi gerado o Impressionismo.

Apesar do êxito da Daguerreotipia, que se popularizou por mais de 20 anos, sua fragilidade, a dificuldade de ser vista a cena devido a reflexão do fundo polido do cobre e a impossibilidade de se fazer várias cópias partindo-se do mesmo original, motivou novas tentativas com a utilização da fotografia sobre o papel.

I n s t a l a ç ã o d e u m e s t ú d i o f o t o g r á f i c o – 1 8 6 5

5 - O francês de Nice, Antoine Hercules Romuald Florence, chegou ao Brasil em

1824, e durante quase 50 anos viveu na Vila de São Carlos. Atual Campinas, diante da necessidade de uma oficina impressora, inventou seu próprio meio de impressão, a Polygraphie, como chamou. Seguindo a meta de um sistema de reprodução, pesquisou a possibilidade de se reproduzir pela luz do sol e descobriu um processo fotográfico que chamou de Photographie, em 1832, como descreveu em seus diários da época anos antes da Daguerre.

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Hércules Florense 1875

V i l a d e S . C a r l o s , C a m p i n a s . R ó t u l o s d e f a r m á c i a , c ó p i a f o t o g r á f i c a p o r c o n t a t o s o b a ç ã o d a l u z s o l a r , c e r c a d e 1 8 3 3

Na Inglaterra, descendente de nobre família, Willian Henry Fox-Talbot, pesquisava uma fórmula de impressionar quimicamente o papel. O papel era mergulhado em nitrato e cloreto de prata e depois de seco, fazia seu contato com os objetos, obtendo-se uma silhueta escura. Finalmente o papel era fixado sem perfeição com amoníaco ou com uma solução concentrada de sal. Às vezes, também era usado o iodeto de potássio.

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W. H. Fox Talbot em daguerreótipo de 1844 As imagens de Talbot eram bastante pobres, devido ao seu reduzido tamanho de 2,50 cm2, se comparadas com a heliografia de Niépce, com cerca de 25X55 cm, obtida nove anos antes. Sua lentidão, seu tamanho e sua incapacidade de registrar detalhes não causava interesse ao público, quando comparados aos daguerreótipos.

Câmara Escura portátil, tipo usada por Talbot e Daguerre

Em 1836, o material sensível foi substituído por iodeto de prata, sendo submetido, após a exposição, a uma revelação com ácido gálico. Mas para as cópias continuou a usar o papel de cloreto de prata. O processo ficou conhecido como Talbotipia e foi patenteado na Inglaterra em 1841. ."The pencil of Nature", o primeiro livro do

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mundo ilustrado com fotografia, foi publicado por Talbot em 1844.

C a p a d o l i v r o " P e n c i l o f N a t u r e " 1 8 4 4 , o p r i m e i r o i l u s t r a d o f o t o g r a f i c a m e n t e

Como o negativo da talbotipia era constituído de um papel de boa qualidade como base de sensibilização, na passagem para o positivo se perdiam muitos detalhes devido a fibrosidade do papel. Muitos fotógrafos pensavam em melhorar a qualidade da cópia utilizando como base o vidro.

O Primeiro Negativo por volta de 1835, janela da casa de Talbot em Lacock Abbey

6 - Abel Niépce da Saint-Victor, primo de Nicéphore Niépce (1805-1870), descobriu em 1847 que a clara de ovo, ou a albumina, era uma solução adequada, no caso do iodeto de prata. Uma placa de vidro era coberta com clara de ovo, sensibilizada com iodeto de potássio, submetida a uma solução ácida de nitrato de prata, revelada com ácido gálico e finalmente fixadas com tiossulfato de sódio.O método da albumina, proporcionava uma grande precisão de detalhes, mas requeriam uma exposição de 15 minutos aproximadamente.

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F r e d e r i c k S c o t t A r c h e r , i n v e n t o r d o p r o c e s s o c o l ó d i o ú m i d o 1 8 5 1

Frederick Scott Archer, escultor londrino, sugeriu uma mistura de algodão de pólvora com alcool e éter, chamada colódio, como meio de unir os sais de prata nas placas de vidro.O processo se consistia em:

• Espalhar cuidadosamente o colódio com iodeto de potássio sobre o vidro, escorrendo o excesso, até formar uma superfície uniforme.

• No quarto escuro, com somente uma fraca luz alaranjada, a placa era submetida a um banho de nitrato de prata.

• A placa era exposta na câmera escura ainda úmida, porque a sensibilidade diminuia rapidamente à medida que o colódio secava. O tempo médio de exposição à luz do sol era de 30 segundos.

• Antes que o éter, que se evapora rapidamente secasse, tornando-se impermeável, revelava-se com ácido pirogálico ou com sulfato ferroso. • A fixagem era feita com tiossulfato de sódio ou com cianeto de potássio

(venenoso), para finalmente lavar bem o negativo.

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Ascher não teve interesse em patentear o seu processo, morreu na miséria e quase desconhecido; os fotógrafos ingleses podiam praticar livremente, pela primeira vez, a fotografia.

A variante Ambrotipia, elaborada por Ascher com a colaboração de Peter Wickens Fry, consistia em um positivo direto, obtido com a chapa de colódio. Branqueava-se um negativo sub-exposto de colódio, escurecia-Branqueava-se o dorso com um tecido preto ou um verniz escuro, dando assim a impressão de um positivo. Quando um negativo é colocado sobre um fundo escuro com o lado da emulsão para cima, surge uma imagem positiva graças à grande reflexão de luz da prata metálica. Dessa maneira o negativo não podia mais ser copiado, mas representava uma economia de tempo e dinheiro, pois se eliminava a etapa de obtenção da cópia.

Ambrotipo sem o fundo escuro na metade da imagem, para mostrar o efeito positivo / negativo em 1858

Outra variação do processo colódio, o chamado Ferrótipo ou Tintipo, produzia uma fotografia acabada em menos tempo que o Ambrotipo. Há divergências entre os autores. Este processo era constituído por um negativo de chapa úmida de colódio com um fundo escuro para a formação do positivo; mas ao invés de usar verniz ou pano escuro, era utilizada uma filha de metal esmaltada de preto ou marrom escuro, como suporte do colódio. O baixo custo era devido aos materiais empregados e sua rapidez decorria das novas soluções de processamento químico.

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O ferrótipo desfrutou de grande popularidade entre os fotógrafos nos Estados Unidos a partir de 1860. O inconveniente de todos os processos por colódio era a utilização obrigatória de placas úmidas.

Em setembro de 1871, Richard Leach Maddox, publicou suas experiências com uma emulsão de gelatina e brometo de prata como substituto para o colódio. O resultado era uma placa seca de gelatina que estabelecia a era moderna do material fotográfico fabricado comercialmente, liberando o fotógrafo da necessidade de preparar as suas placas. Rapidamente várias firmas passaram a fabricar placas de gelatina seca em quantidades industriais.

Richard Leach Maddox, 1816 - 1902

Em 1873, o professor de fotoquímica em Berlin Hermann Wilhelm Voguel, descobriu que podia aumentar a sensibilidade, a uma gama maior das radiações actínicas, quando banhava a emulsão com certos corantes de anilina. Estas emulsões, chamadas ortocromáticas, passaram a ser, além do azul, sensíveis à

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cor verde. Em 1906 já era comercializada as emulsões pancromáticas, sensíveis ao também à luz laranja e vermelha.

Fabricantes britânicos como Wratten & Wainwrigth e The Liverpool Dry Plate Co., em 1880, monopolizaram a fabricação de placas secas.

7 - As placas secas de gelatina, apesar de serem muito mais cômodas que o colódio, tinham o inconveniente de serem pesadas, frágeis e se perdia muito tempo para substituir a placa na câmera.

John Carbutt, um fotógrafo inglês convenceu em 1888 a um fabricante de celulóide a produzir folhas suficientemente finas para receber uma emulsão de gelatina. No ano seguinte a Eastman Co. começou a produzir uma película emulsionada em rolo, feita com nitrato de celulose muito mais fina e transparente e, em 1902 já era responsável por 85% da produção mundial.

G e o r g e E a s t m a n ( 1 8 5 4 - 1 9 3 2 )

à e s q u e r d a e a b o r d o d e u m n a v i o e m 1 8 9 0 .

Eastman, em 1888, já produzia uma câmera, a Kodak n.1, quando introduziu a base maleável de nitrato de celulose em rolo. Colocava-se o rolo na máquina, a cada foto ia se enrolando em outro carretel e findo o filme mandava-se para a fábrica em Rochester.

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O processo fotográfico atual, pouco varia do processo do início do século. O filme é comprado em rolos emulsionados com base de celulose, as fotos são batidas, reveladas e positivadas. Por isso se atribui ao século XIX a invenção e aperfeiçoamento da fotografia como usamos hoje; ao século XX é atribuído a evolução das aplicações e controles da fotografia no aparecimento da fotografia em cores, cinema, televisão, holografia e todos os usos científicos hoje utilizados.

Referências

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