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Políticas e Programas do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

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Políticas e Programas do Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome

AVALIAÇÃO E GESTÃO DA INFORMAÇÃO

Dentre as atividades de apoio para o desenvolvimento das políticas sociais, o Governo Federal investe em ações de avaliação, gestão da informação, disseminação do conhecimento e capacitação. Essas ações têm por objetivo avaliar e monitorar as políticas e programas sociais e ampliar as competências dos profissionais que atuam na área de desenvolvimento social. No Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), essa função é exercida pela Secretaria de Gestão e Avaliação da Informação (SAGI). O trabalho que mantém interface direta mais visível com as prefeituras é o Programa Gestão Social com Qualidade, que promove qualificação e capacitação dos gestores sociais.

PROGRAMA GESTÃO SOCIAL COM QUALIDADE O que é

O Programa Gestão Social com Qualidade consiste em um conjunto de projetos de capacitação a distância e presencial para ampliar as competências dos profissionais que atuam na implantação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), na consolidação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e na ampliação e aperfeiçoamento do Programa Bolsa Família.

Atualmente, duas iniciativas do programa estão em andamento: a constituição de uma Rede Nacional de Capacitação Descentralizada, que desenvolve cursos dirigidos aos gerentes sociais vinculados às administrações estaduais e municipais, respeitando as peculiaridades de cada região; e a capacitação a distância para técnicos que trabalham na implementação do Sistema Único de Assistência Social e do Programa Bolsa Família. Ao longo de 2008, dois novos projetos serão implementados. O primeiro é voltado para a formação dos agentes de controle social da política de assistência social,

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com o objetivo de difundir conhecimentos e competências necessários à atuação para fiscalização e acompanhamento das políticas e participação qualificada nos conselhos. O segundo refere-se à capacitação de agentes públicos da área de assistência social para viabilizar as ações previstas pelo Programa ProJovem Adolescente. A estrutura dos cursos a serem implementados, bem como os critérios de participação são amplamente divulgados, no momento das inscrições, no endereço eletrônico do MDS e por meio de correspondências enviadas aos responsáveis pelos órgãos e profissionais a que se destina cada projeto.

Importância

A construção e o fortalecimento do sistema de proteção social e a efetivação dos resultados planejados para as políticas e programas só são possíveis com a formação permanente dos profissionais envolvidos, que são os principais responsáveis ela qualidade da prestação dos serviços oferecidos à sociedade. As ações de capacitação permitirão aos profissionais que atuam na área de assistência social e de programas de transferência de renda o acesso a um conjunto denso de conhecimentos e instrumentos, com a conseqüente ampliação da capacidade crítica e melhoria das condições técnicas para o exercício de suas funções. Como parte do Programa Gestão Social com Qualidade, o MDS implementou uma rede de capacitação descentralizada, composta por instituições de ensino selecionadas por meio de concorrência pública. Participam dessa rede universidades públicas e privadas, o que gerou uma mútua interação entre o governo e o meio acadêmico, com a respectiva troca de conhecimentos e capacidades. Assim sendo, amplia-se o número de coordenadores pedagógicos, professores, monitores e tutores com conhecimento dos programas sociais e das realidades locais. Objetivo

Ampliação das competências dos profissionais das áreas de assistência social e transferência de renda, a partir da incorporação de conceitos e análises sobre as políticas e programas de proteção social e da utilização de instrumentos de planejamento, gerenciamento e operacionalização de serviços e benefícios vinculados à proteção social não contributiva.

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Como participar

Dois projetos já estão em implementação e, portanto, as vagas já foram preenchidas: Projeto I – Capacitação Descentralizada para Gerentes Sociais. Em andamento desde março de 2008, constitui-se em um curso de 160 horas dividido em etapas – presenciais e a distância. É destinado a 1.600 gerentes sociais que atuam na proteção social não contributiva e abrange 629 municípios pertencentes a 26 estados e o Distrito Federal. Projeto II – Capacitação para Implementação do SUAS e do Programa Bolsa Família. Em andamento desde janeiro de 2008, é realizado totalmente a distância – via internet – e possui uma estrutura modular com quatro cursos, que são dirigidos especialmente para os técnicos que atuam em programas das áreas de assistência social e renda de cidadania.

No entanto, em 2008, está prevista a abertura de inscrições para outros dois projetos: Projeto III – Formação de Agentes para Controle Social da Assistência Social. É voltado para aproximadamente 16.000 participantes, integrantes dos conselhos nacionais, estaduais e municipais que tenham o nível médio ou formação equivalente concluída. Inscrições previstas para 2008.

Projeto IV – Capacitação de Gestores e Técnicos da Assistência Social para o ProJovem Adolescente. É voltado para a ampliação das competências de gestores municipais, estaduais e técnicos dos CRAS que atuam no âmbito da política de assistência social e nos serviços de proteção social básica e especial voltados para os jovens. Inscrições previstas para 2008.

PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA O que é

O Programa Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda com condicionalidades, que beneficia famílias com renda mensal de até R$ 120,00 (cento e vinte reais) por pessoa em todos os municípios do país.

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O objetivo é transferir renda para as famílias mais pobres do país, como medida para combater a fome e a pobreza e, ao mesmo tempo, promover o acesso dessas famílias aos serviços públicos de saúde, educação e assistência social e o desenvolvimento de capacidades dessas famílias.

O Bolsa Família está contribuindo para a redução da pobreza e das desigualdades sociais no país e também está incentivando as famílias a utilizarem os serviços públicos de saúde, educação e assistência social.

Objetivo

O Bolsa Família tem como objetivo a proteção ao grupo familiar, contribuindo para o seu desenvolvimento, além de assegurar o direito humano à alimentação e preservar vínculos e valores familiares. O Programa tem ainda como objetivo a superação da fome e da pobreza. Para isso busca articular três dimensões:

• promoção do alívio imediato da pobreza, por meio da transferência direta de renda à família;

• reforço ao exercício de direitos sociais básicos nas áreas de Saúde e Educação, por meio do cumprimento das condicionalidades, o que contribui para que as famílias consigam romper o ciclo da pobreza entre gerações;

• integração com outras ações de governo, os chamados programas complementares, que têm por objetivo o desenvolvimento de capacidades das famílias, de modo que os beneficiários do Bolsa Família consigam superar a situação de vulnerabilidade e pobreza. São exemplos de programas complementares: programas de geração de trabalho e renda, de alfabetização de adultos, de capacitação profissional, dentre outros.

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Quem pode participar

Podem participar do Bolsa Família as famílias com renda mensal por pessoa de até R$120,00 que estejam cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico)*1.

As famílias são selecionadas com base no critério de renda familiar per capita de acordo com a estimativa de famílias pobres de cada município e a disponibilidade orçamentária do Governo Federal.

As famílias que fazem parte do programa recebem um benefício mensal que varia de R$ 20,00 (vinte reais) a R$ 182,00 (cento e oitenta e dois reais), conforme a renda familiar por pessoa e o número de crianças, adolescentes e jovens na família.

BOLSA FAMÍLIA: ENTENDA COMO É CALCULADO O VALOR DO BENEFÍCIO São três tipos de benefícios:

Tipo do benefício Valor do benefício Perfil da família*

Benefício Básico R$ 62,00 Famílias com renda mensal

por pessoa de até

R$ 60,00 (sessenta reais) independentemente do número de crianças, adolescentes ou jovens

Benefício Variável R$ 20,00 Famílias com renda

mensal por pessoa de até R$ 120,00 (cento e vinte reais) com crianças ou adolescentes de até 15 anos**

1 *Importante: nem todo mundo que está no CadÚnico tem direito ao Bolsa Família. O Cadastro Único reúne informações de todas famílias com renda mensal de até meio salário mínimo, que é uma renda maior do que o perfil para o Bolsa Família, e serve como base de dados também para outros programas.

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Benefício Variável vinculado ao Adolescente

R$30,00 Famílias com renda

mensal por pessoa de até R$ 120,00 (cento e vinte reais) com adolescentes de 16 e 17 anos que estejam freqüentando a escola*** * os benefícios podem ser cumulativos conforme a renda e a composição da família ** a família pode receber até 3 benefícios variáveis, totalizando R$ 60,00 (sessenta reais)

*** a família pode receber até 2 BVJ, totalizando R$ 60,00 (sessenta reais) Condicionalidades

Ao entrarem no Bolsa Família, as famílias assumem compromissos nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social – as chamadas “condicionalidades” –, cujo objetivo é ampliar o acesso dos cidadãos aos seus direitos sociais básicos. O cumprimento desses compromissos é condição para que a família permaneça no Programa.

Em relação à Saúde:

• calendário de vacinação em dia para as crianças de até 7 anos;

• levar as gestantes a participarem do pré-natal; Em relação à Educação:

• freqüência mínima de 85% das crianças de 6 a 15 anos nas aulas a cada mês;

• freqüência escolar mensal mínima de 75% dos adolescentes de 16 e 17 anos; Em relação à Assistência Social:

• freqüência das crianças identificadas em risco de trabalho infantil nas atividades socioeducativas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti).

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É tarefa do MDS, juntamente com os ministérios da Saúde e da Educação, fazer o monitoramento das condicionalidades, ou seja, verificar, por meio de sistemas específicos, se as famílias estão utilizando os serviços de saúde e se as crianças, os adolescentes e os jovens estão freqüentando a escola.

O acompanhamento das condicionalidades tem como objetivos:

• monitorar o cumprimento dos compromissos pelas famílias beneficiárias, como determina a legislação que criou o Bolsa Família;

• responsabilizar o poder público pela garantia de acesso aos serviços e pela busca ativa das famílias mais excluídas e vulneráveis;

• identificar, nos casos de não-cumprimento, as famílias em situação de maior vulnerabilidade e orientar ações do poder público para o acompanhamento dessas famílias.

As famílias em situação de descumprimento das condicionalidades estão sujeitas a sanções gradativas, que vão desde a notificação da família, passando pela suspensão do benefício, podendo chegar ao cancelamento caso o descumprimento ocorra por vários períodos consecutivos. O objetivo das sanções gradativas é permitir que as famílias que não cumprem as condicionalidades sejam identificadas, acompanhadas e que os problemas que geraram o descumprimento possam ser resolvidos.

Gestão compartilhada

De acordo com a Constituição Federal, o enfrentamento da pobreza, da fome e da exclusão social, bem como a redução das desigualdades são responsabilidades das três esferas de governo. Assim, o Programa Bolsa Família propõe uma descentralização pactuada com estados, municípios e Distrito Federal para a implementação das atividades necessárias para a execução do Programa.

Para tanto, dois instrumentos operacionais são utilizados. O primeiro é o Termo de Adesão, firmado entre o Governo Federal e municípios e pelo Governo Federal e estados. Por meio deste termo, os governantes se comprometem a cumprir as responsabilidades previstas nos instrumentos normativos do PBF e do Cadastro Único.

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Ao mesmo tempo, os municípios precisam informar quem é o gestor do programa na esfera local, assim como comprovar a existência de instância de controle social.

O segundo instrumento de pactuação federativa é o termo de cooperação, por meio do qual ficam explicitados os mecanismos de integração dos programas de transferência de renda próprios dessas unidades com o PBF. Tal integração visa a ampliação dos valores pagos às famílias, por meio de um único cartão de transferência, evitando sobreposições de benefícios, otimizando a gestão e potencializando os resultados dos programas. Apoio à gestão descentralizada

Para apoiar os municípios nas ações de gestão do Programa Bolsa Família e do Cadastro Único, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) criou o Índice de Gestão Descentralizada (IGD), um indicador que mede a qualidade da gestão do Programa e garante o repasse mensal de recursos financeiros, de forma regular e automática, aos municípios que apresentam bom desempenho.

O IGD é calculado com base em 4 variáveis que representam, cada uma, 25% do seu valor total. São elas:

• qualidade e integridade das informações constantes no Cadastro Único;

• atualização da base de dados do Cadastro Único (as informações do Cadastro têm validade de dois anos);

• informações sobre o cumprimento das condicionalidades da área de Educação;

• informações sobre o cumprimento das condicionalidades da área de Saúde.

O repasse dos recursos do IGD aos municípios é feito mensalmente, do Fundo Nacional de Assistência Social para os respectivos fundos municipais.

O valor é o resultado da multiplicação do seu IGD pelo valor de referência de R$ 2,50 e da multiplicação desse primeiro produto pelo número de beneficiários do Programa Bolsa Família no município, desde que não ultrapasse a estimativa de famílias pobres

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(IBGE 2004). Quanto maior o valor do IGD, maior será o valor do recurso transferido para o município.

Atualmente, recebem recursos financeiros os municípios com IGD maior que 0,4. A partir de agosto de 2008, para receber os recursos, os municípios devem ter IGD maior que 0,55.

Os municípios podem utilizar o recurso do IGD para apoio à gestão do Bolsa Família e para o desenvolvimento de atividades com as famílias beneficiárias. Dentre elas:

• gestão de condicionalidades;

• gestão de benefícios;

• acompanhamento das famílias beneficiárias, especialmente das mais vulneráveis;

• cadastramento de novas famílias, atualização e revisão de dados;

• implementação de programas complementares nas áreas de alfabetização e educação de jovens e adultos,

• capacitação profissional, geração de trabalho e renda, desenvolvimento territorial, entre outras;

• fortalecimento do controle social do Programa Bolsa Família no município.

O município tem autonomia para definir quais as suas prioridades para utilização dos recursos do IGD. Essa decisão depende das necessidades de cada município, de suas prioridades e da legislação financeira e orçamentária local, que determina de que forma os recursos podem ser incorporados ao orçamento e ser utilizados.

Do mesmo modo, para apoiar os estados nas atividades de suporte e acompanhamento do Cadastro Único e Programa Bolsa Família nos municípios, o MDS criou o Índice de Gestão Descentralizada Estadual_(IGDE), composto pelos mesmos indicadores do IGD, agregados por estado. O valor a ser repassado por mês é o produto do IGDE pelo teto financeiro estabelecido em portaria. Além disso, os estados podem receber alguns acréscimos sobre o valor apurado, até o teto estabelecido, desde que algumas condições sejam cumpridas:

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- 5% se todos os municípios do Estado tiverem IGD igual ou superior 0,4; - 10% se todos os municípios do Estado tiverem IGD igual ou superior a 0,6; - 10% se todos os municípios do Estado operarem o Cadastro Único utilizando a

versão 6.05;

- 10% se o Estado informar pelo menos 90% da freqüência dos alunos matriculados na rede de ensino estadual;

- 10% se apresentarem à Senarc a proposta de ampliação da documentação civil. Controle Social

A legislação do Programa Bolsa Família prevê o controle e a participação social. A formalização da instância de controle social foi exigida como pré-requisito à adesão do município ao Programa. Essa instância poderia ser criada especificamente para o Bolsa Família ou o controle social do Programa poderia ser realizado por um Conselho ou Comitê já existente. O Conselho deve necessariamente ser intersetorial, com representantes das áreas da Saúde, da Educação e da Assistência Social, e paritário entre o governo municipal e a sociedade. Isso significa que pelo menos a metade dos participantes do Conselho deve ser indicada pela população do município, por meio das suas entidades representativas.

A Senarc publicou a IN nº 01 que normatiza a atuação das instâncias de controle social. Programas Complementares

O PBF busca articular ações, programas e políticas complementares para o desenvolvimento de capacidades das famílias beneficiárias do Programa. Os resultados de cada programa específico são condicionados e condicionam uns aos outros, fortalecendo a complementariedade das ações e levando ao aumento da efetividade dos programas e de seu impacto na vida das populações pobres. É com esse intuito que o Governo Federal trabalha hoje em busca da priorização do atendimento dos beneficiários do Bolsa Família por outros programas executados pelas três esferas de governo e pela sociedade civil.

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As ações prioritárias são aquelas voltadas para a ampliação da escolaridade, geração de trabalho e renda, qualificação profissional e acesso à infraestrutura básica.

SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Em 15 de setembro de 2006, foi sancionada a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN - Lei nº 11.3_6/06), que prevê a criação e a implantação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). Foi uma conquista histórica da sociedade brasileira e representou um marco divisório na trajetória da segurança alimentar e nutricional: pela primeira vez no Brasil, o direito à alimentação adequada é reconhecido como direito fundamental para a dignidade humana. O objetivo da LOSAN e do SISAN é articular políticas na área, de modo a criar condições de assegurar de forma sustentável o direito à alimentação em quantidade, qualidade e regularidade suficientes à sobrevivência.

Em julho de 2007, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA) e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) realizaram a 3ª. Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CNSAN), com a participação de mais de 2.100 representantes de diversos segmentos da sociedade civil organizada e de órgãos públicos das três esferas de governo, dos quais 1.350 como delegados eleitos.

Agora o desafio é a construção efetiva do SISAN, que já começa a se estruturar por meio de trabalho conjunto de governo e sociedade. Em abril de 2007 havia sido lançada a Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional, com a participação de mais de 230 deputados federais e senadores. O objetivo: liderar a tramitação para aprovação de Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que acrescenta o direito humano à

alimentação ao texto da Constituição Federal, elevando esse direito fundamental ao patamar constitucional.

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Para esta área, o MDS destina aos municípios brasileiros recursos financeiros e apoio técnico para implantação de programas e equipamentos públicos de segurança alimentar, de acordo com as características locais e com o tipo de demanda, investindo na produção, distribuição de alimentos e também em educação alimentar.

Em 2008, o Ministério já publicou oito editais para destinar recursos (quase R$ 100 milhões) para implantação e ampliação de Restaurantes Populares, Bancos de Alimentos e Cozinhas Comunitárias, e investimentos em Agricultura Urbana e Familiar, Aquisição, Comercialização e Distribuição de Alimentos e Educação Alimentar. Ainda em 2008, novos editais para investimentos em Segurança Alimentar e Nutricional serão realizados, alcançando, até o final do ano, montante próximo de R$ 600 milhões. É fundamental a parceria dos prefeitos, que devem estar atentos aos prazos dos editais para se integrarem nessa grande rede que estamos construindo no país. .

PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR - PAA

O que é

Em muitas cidades, o PAA é conhecido como “Compra Direta”. É o programa que prevê a compra de alimentos da agricultura familiar e os doa a entidades socioassistenciais que atendam pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. Parte dos alimentos também é destinada à recomposição dos estoques estratégicos do Governo Federal. O PAA prevê a dispensa de licitação para compra direta do pequeno agricultor, respeitando um limite anual por agricultor, atualmente fixado em R$ 3.500,00.

Importância

O PAA atua em duas frentes: ao comprar o alimento diretamente do pequeno agricultor, valoriza e estimula a atividade da agricultura familiar, fortalecendo esse segmento, e incentiva a organização desses trabalhadores em cooperativas e outras formas de arranjos produtivos. Na outra ponta, auxilia, de maneira vigorosa, o combate à fome e à

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desnutrição, promovendo distribuição de alimentos à população de baixa renda que tenha dificuldade de acesso a alimentos.

Objetivo

• Estimular a produção agropecuária proveniente dos agricultores familiares pelo apoio à comercialização por meio de aquisições de alimentos para doação às famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional atendidas por entidades socioassistenciais;

• promover a recomposição dos estoques estratégicos de segurança alimentar, visando ao desenvolvimento da economia local, a geração de emprego e renda e ao combate à pobreza e à fome.

Quem pode participar

• Beneficiários Produtores: Agricultores familiares, beneficiados pelo Programa Nacional de Agricultura Familiar - Pronaf, bem como aqüicultores, pescadores artesanais, silvicultores, extrativistas, indígenas, membros de comunidades remanescentes de quilombos e agricultores assentados e acampados. • Beneficiários Consumidores: Pessoas em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar e nutricional, atendidas por programas e entidades sociais da Rede de Proteção e Promoção Social.

Como participar

As prefeituras interessadas em participar do programa devem apresentar seus projetos nos prazos definidos em edital divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Ele é publicado no Diário Oficial da União e disponibilizado no portal do ministério: www.mds.gov.br.

A participação das prefeituras inclui desde o apoio institucional, como a criação de conselhos locais, a exemplo do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), até a organização dos produtores, identificação dos beneficiários finais, planejamento da compra e da distribuição, conservação e preparo de alimentos, educação alimentar e nutricional e outras. Sobre previsão de publicação do edital, fale,

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na Secretaria Nacional de Segurança Alimentar do MDS, com o pessoal do Departamento de Promoção de Sistemas Descentralizados. .

PROGRAMA DO LEITE - LEITE FOME ZERO O que é

O Programa do Leite, também conhecido como Leite Fome Zero, é uma das modalidades do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) e se direciona para os nove estados do Nordeste e para a região Norte de Minas Gerais. Ele é voltado para os segmentos populacionais vulneráveis, que têm direito a receber o leite gratuitamente, e também para os pequenos produtores familiares. O Programa compra o leite de produtores familiares, com produção de até 100 litros de leite por dia, a um preço fixo ao longo do ano de R$ 0,50. O leite é beneficiado em laticínios contratados e entregue às famílias carentes.

Importância

Além de garantir o direito fundamental do alimento às famílias pobres, o Leite Fome Zero gera trabalho e renda aos pequenos agricultores familiares, proporcionando o ingresso de mais recursos na comunidade e dinamizando a região onde o programa atua. Esses benefícios criam desenvolvimento e estimulam a organização dos agricultores em cooperativas, com melhores condições de comercialização e o horizonte de novos mercados.

Objetivo

Propiciar o consumo do leite às famílias que se encontram em estado de insegurança alimentar e nutricional e incentivar a produção familiar de leite.

Quem pode participar

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Pronaf) que produzam até 100 litros de leite por dia até o limite de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) por semestre por produtor. Desses produtores, a prioridade é para os que produzem até 30 litros por dia;

• consumidores: famílias com renda mensal até ½ salário mínimo por pessoa e que tenham como membro:

- crianças de 6 meses a 6 anos; - gestantes;

-lactantes; -Idosos;

- outros, desde que aprovados pelo Conselho de Segurança Alimentar Estadual.

Como participar

Os convênios para o Leite Fome Zero são feitos diretamente com os estados, que repassam os recursos aos municípios. Mas as prefeituras têm uma participação fundamental para estabelecer as parcerias locais junto aos beneficiários e produtores e para fortalecer o controle social do programa.

Os municípios participantes devem ser aprovados pelo Conselho de Segurança Alimentar (CONSEA) estadual, bem como a secretaria responsável pelo programa no estado. A participação da prefeitura inclui desde o apoio institucional, como a criação de conselhos locais - a exemplo do CONSEA -, até a organização dos produtores, identificação dos beneficiários finais, da distribuição, educação alimentar e nutricional e outras. .

As ações locais desse tipo devem ser informadas ao governo estadual, responsável pela execução do Programa Leite Fome Zero para a sua implementação na localidade.

PROGRAMA RESTAURANTES POPULARES O que é

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Os Restaurantes Populares são implantados nos municípios com mais de 100 mil habitantes por meio da cooperação entre o Governo Federal, o Distrito Federal e os governos locais e prestam importante serviço público para promoção do direito humano à alimentação adequada dos trabalhadores que fazem suas refeições fora do seu domicílio nos grandes centros urbanos do país. O Ministério do Desenvolvimento Social, por meio de processo de licitação regulamentado em edital público, escolhe projetos para financiar a implantação ou reforma das unidades nos municípios. O convênio também prevê cooperação técnica. Os municípios se responsabilizam pela administração e manutenção dos equipamentos.

O MDS apóia

• construção, ampliação, reforma e conclusão de instalações prediais; • aquisição de equipamentos, móveis e utensílios novos;

• suporte técnico para implantação;

• contratação de serviços técnicos para apoio e acompanhamento da qualidade dos serviços prestados.

Importância

Os Restaurantes Populares estão sempre localizados em áreas de grande movimentação da cidade.Com isso, muitas pessoas que antes enfrentavam dificuldades de alimentação, passam a ter oferta de refeição pronta saudável, balanceada e com um preço subsidiado. Objetivo

• Ampliar a oferta de refeições nutricionalmente adequadas, a preços acessíveis, à população de baixa renda; .

• Contribuir para a redução do número de pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional.

Quem pode participar

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100 mil habitantes e procuram atender, prioritariamente, a trabalhadores formais e informais de baixa renda, desempregados, estudantes, idosos e populações em risco social dos centros e periferias urbanas.

Como participar

As prefeituras devem atender aos critérios técnicos apresentados no Edital de Seleção e elaborar os projetos conforme o Manual de Implantação do Programa, ambos disponíveis no portal do MDS: www.mds.gov.br.

PROGRAMA BANCOS DE ALIMENTOS O que é

Os Bancos de Alimentos arrecadam alimentos provenientes de doações, por meio da articulação com a rede convencional de comercialização, armazenagem e processamento de alimentos. Os Bancos de Alimentos contribuem para o abastecimento alimentar de entidades que compõem a rede de promoção e proteção social municipal, além de combater o desperdício de alimentos nos sistemas agroalimentares urbanos e metropolitanos.

Importância

O combate ao desperdício é uma ação importante nas políticas de segurança alimentar e nutricional, além de promover melhor distribuição de alimentos e estabelecer parâmetros importantes de educação alimentar.

Objetivo

• Promover e incentivar a instalação de Bancos de Alimentos Municipais; • Estimular e promover a educação alimentar, valorizando o aproveitamento de alimentos e o reconhecimento de seu valor nutritivo.

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Entidades de assistência social e programas de alimentação e nutrição da rede municipal. O projeto dirige-se preferencialmente aos municípios com população acima de 100 mil habitantes que possuem uma ampla rede de abastecimento e de entidades de assistência social.

Como participar

O MDS apóia a realização de obras (construção, ampliação, reforma e conclusão de instalações prediais) e a aquisição de equipamentos, móveis e utensílios novos. Os projetos de implantação são escolhidos por meio de licitação pública. As prefeituras e governos estaduais interessados devem participar por meio da inscrição no Edital de Seleção em atendimento aos critérios técnicos apresentados e elaboração de projeto, conforme o Manual de Implantação do Programa, documentos disponíveis no portal do MDS: www.mds.gov.br.

PROGRAMA COZINHAS COMUNITÁRIAS O que é

São equipamentos públicos implantados pelo MDS em parceria com prefeituras para fornecer refeições saudáveis e com preço acessível às famílias pobres urbanas. As instalações apoiadas têm capacidade mínima de produção de 200 refeições diárias, com funcionamento de, no mínimo, cinco dias por semana.

O MDS estimula a multifuncionalidade das Cozinhas Comunitárias, como, por exemplo, a promoção da educação alimentar dos seus usuários e grupos sociais como crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes.

São direcionadas para municípios com população superior a 50 mil habitantes e, diferentemente dos Restaurantes Populares, que atende a um público diversificado, as Cozinhas Comunitárias são destinadas exclusivamente a famílias carentes, previamente cadastradas no programa. A distribuição de refeições deve ser, preferencialmente, gratuita, podendo ser comercializada a preço acessível.

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O MDS financia os projetos de implantação de Cozinhas Comunitárias, que são escolhidos por meio de licitação pública, e apóia a construção, ampliação, reforma e conclusão de instalações prediais, além da aquisição de equipamentos móveis e utensílios novos.

Importância

As Cozinhas Comunitárias são direcionadas a centros urbanos com populações menores, podendo ser utilizadas em grandes centros urbanos, para atender a uma demanda de apoio à alimentação de regiões periféricas da cidade que apresentem elevado índice de carência alimentar.

Objetivo

• Ampliar a oferta de refeições nutricionalmente adequadas à população de baixa renda; • Contribuir para a redução do número de pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional.

Quem pode participar

Trabalhadores formais e informais de baixa renda, desempregados, estudantes, idosos, mães com seus lhos e populações em risco social nas periferias urbanas.

Como participar

• Os municípios ou governos estaduais interessados devem encaminhar os projetos, nos termos e prazos fixados nos editais publicados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

• Os projetos podem ser propostos por governos estaduais ou municipais interessados na instalação do equipamento; .

• Estado e município devem atender aos critérios técnicos apresentados no Edital de Seleção, quando de sua publicação, e elaborar os projetos conforme o Manual de Implantação do Programa, ambos disponíveis no portal do MDS: www.mds.gov.br. PROGRAMA DE AGRICULTURA URBANA

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Estão entre as ações municipais de Agricultura Urbana as hortas, lavouras, viveiros, pomares, canteiros de ervas medicinais, criação de pequenos animais, unidades de processamento e beneficiamento agroalimentar realizados pela comunidade, além de feiras e mercados públicos populares.

Essas ações promovem a produção familiar de alimentos de forma comunitária, com uso de tecnologias de bases agroecológicas em espaços urbanos e periurbanos.

Importância

Os alimentos produzidos são destinados tanto para autoconsumo das famílias quanto para a comercialização com a finalidade de gerar renda. Seu duplo efeito são a melhoria na dieta alimentar da família e a renda complementar, com trabalho parcial de membros de toda a família.

Objetivo

• Consolidar no Brasil a cultura da agricultura urbana e periurbana, para melhorar o auto-abastecimento alimentar das famílias e comunidades engajadas;

• Ampliar a oferta urbana de hortaliças, promovendo a segurança alimentar e nutricional, com inclusão social produtiva e consciência agroecológica.

Quem pode participar

Famílias beneficiárias dos Programas Sociais do MDS, moradoras dos perímetros urbanos e periurbanos das cidades.

Como participar

As prefeituras devem apresentar propostas nos termos dos editais publicados pelo MDS no Diário Oficial da União e disponibilizados no portal do MDS: www.mds.gov.br

FEIRAS E MERCADOS POPULARES O que são

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São equipamentos urbanos construídos para comercializar produtos da agropecuária, agroindústria e artesanato dos agricultores familiares, assentados e acampados da reforma agrária. Eles ampliam os sistemas locais de abastecimento em face da crescente procura de produtos agropecuários saudáveis, ecológicos e que se referiram também à valorização das culturas e tradições familiares, padrões e costumes da população local. Induz à criação de marcas locais e atraem o turismo.

Importância

A consolidação comercial em feiras livres e mercados populares estimula a diversificação da produção e demandas de produtos agroecológicos. Isso também promove a inclusão eqüitativa das famílias expositoras e pode atuar como equipamento de controle e redução de preços de alimentos básicos.

Objetivo

Converter as feiras e os mercados públicos e populares em locais atrativos à população urbana e turística, como estratégia para dinamizar a comercialização de produtos da agricultura familiar rural, urbana e periurbana.

Quem pode participar

Agricultores familiares (rurais, urbanos e periurbanos), assentados e acampados da reforma agrária e suas organizações (associações comunitárias e cooperativas) e famílias beneficiárias do Bolsa Família.

Como participar

As prefeituras devem elaborar projetos técnicos e planos de trabalho, conforme formulários disponíveis no portal do Fome Zero: www.fomezero.gov.br. Para acessar os formulários, clicar na opção Publicações e, em seguida, na opção Cartilhas. Depois de preenchidos, os formulários devem ser encaminhados para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS. .

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CONSÓRCIO DE SEGURANÇA ALIMENTAR E DESENVOLVIMENTO LOCAL - CONSAD

O que é

Os CONSADs são associações civis organizadas em regiões de baixo índice de desenvolvimento com objetivo de financiar projetos da cadeia produtiva agroalimentar. A partir dessa ação, eles articulam a região, gerando trabalho e renda, formando um importante instrumento de desenvolvimento regional. Para criar um CONSAD, é formado, primeiro, um fórum de discussão permanente, constituído de representantes das instituições afetas ao tema da segurança alimentar existentes no território. A partir das discussões, o Plano de Desenvolvimento Territorial é elaborado, do qual é escolhida a vocação do território e são eleitas as prioridades para a atuação do CONSAD. De posse do plano de desenvolvimento territorial, o colegiado das instituições fomenta a discussão e articulação permanente das entidades participantes e apoiadoras do Consórcio com vista à execução e monitoramento das atividades pactuadas.

Importância

Os CONSADs podem viabilizar a articulação regional de modo a integrar ações com forte impacto nas economias locais e melhoria na qualidade de vida das pessoas, famílias e comunidades da região atendida. Além disso, esses consórcios estimulam a perspectiva de trabalho cooperado para garantia do direito à alimentação. Articulados com os Territórios de Cidadania, do Governo Federal, os CONSADs podem ampliar e reforçar seu papel de agente público de promoção de desenvolvimento de baixo para cima.

Objetivo

• Promover o financiamento de projetos da cadeia produtiva agroalimentar; • Potencializar ações e esforços da sociedade civil e dos três níveis de governo.

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Quem pode participar

Pessoas em situação de insegurança alimentar, moradoras dos territórios participantes do CONSAD.

Como participar

• Municípios pertencentes ao território de CONSAD - podem participar do fórum qualquer instituição (pública ou privada) que tenha sede em municípios do CONSAD e que possam contribuir com o processo de desenvolvimento local. Para tanto, devem buscar os representantes do CONSAD na prefeitura e candidatar a sua participação em uma reunião do fórum;

• Municípios que ainda não pertencem ao território de CONSAD - a ação de constituição do CONSAD é uma iniciativa do MDS. A seleção dos municípios que compõem o CONSAD é realizada a partir de estudo técnico baseado em um conjunto de indicadores que apontem uma identidade territorial. .

UNIDADES DE BENEFICIAMENTO E PROCESSAMENTO FAMILIAR AGROALIMENTAR

O que são

As Unidades de Beneficiamento e Processamento Familiar Agroalimentar são empreendimentos que agregam valor aos produtos agrícolas, pecuários, pesqueiros, aqüícolas, extrativistas, florestais e artesanais e incluem operações físicas, químicas ou biológicas, a exemplo de extração de óleos, caramelização e fermentação.

Essas unidades abrangem comunidades rurais, urbanas e periurbanas carentes, em especial, as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. A produção destina-se à melhoria da alimentação e nutrição familiar e ao abastecimento alimentar local com maior qualidade.

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A dinâmica dessas unidades promove ampla inclusão social, gera trabalho e amplia a renda familiar e local, ao estimular arranjos produtivos locais, promover associativismo e estimular aperfeiçoamento profissional.

Objetivo

Implantar rede de processamento, beneficiamento e agregação de valor à produção da agricultura familiar rural e urbana e dos assentados e acampados da reforma agrária localizados no entorno dos centros urbanos.

Quem pode participar

Produtores familiares rurais e urbanos e periurbanos, assentados e acampados da reforma agrária, desempregados e famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família. Como participar

As prefeituras devem elaborar projetos técnicos e planos de trabalho, conforme formulários disponíveis no portal do Fome Zero:www.fomezero.gov.br. Para acessar os formulários dentro do portal, clicar na opção “Publicações” e, em seguida, na opção “Cartilhas”. Depois de preenchidos, os formulários devem ser encaminhados para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL O que é

As ações de Educação Alimentar e Nutricional buscam promover a segurança alimentar e nutricional por meio de ações educativas que levem a práticas alimentares mais

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adequadas, permitindo às pessoas selecionar e consumir alimentos saudáveis e nutritivos, valorizando a diversidade dos produtos regionais e as vantagens de se aproveitar os alimentos integralmente, reduzindo o desperdício. Com isso, procurasse também resgatar tradições alimentares e sensibilizar a população para a necessidade de uma alimentação adequada desde a infância até a terceira idade.

Um dos projetos realizados é o Cozinha Brasil, em parceria com o Serviço Social da Indústria - SESI. São aulas itinerantes que rodam pelo País, por meio de unidades móveis ou semi-fixas, que são cozinhas didáticas instaladas em um veículo de grande porte ou adaptadas a uma sala de aula, onde a população aprende como aproveitar melhor os alimentos e compor uma boa alimentação. As receitas são de baixo custo e com alto valor nutricional.

Também são produzidos materiais educativos como cartilhas, folders e tabelas de composição de alimentos, que podem ser solicitados para enriquecer as ações de educação alimentar e nutricional desenvolvidos localmente.

Importância

Este programa tem uma função estratégica nas políticas de segurança alimentar e nutricional, na medida em que fornece às pessoas, famílias e comunidades atendidas pelos programas a melhor utilização e aproveitamento dos alimentos, explorando todo potencial nutritivo. Além disso, permite conhecer e valorizar alimentos regionais, o que contribui para reduzir o custo da alimentação.

Objetivo

• Promover a alimentação adequada e saudável como um prazer cotidiano;

• Estimular a autonomia das pessoas para se mobilizar e realizar escolhas saudáveis; • Valorizar e respeitar as especificidades culturais e regionais da alimentação de cada parte do país e de seus grupos étnicos; .

• Contribuir para a promoção da segurança alimentar e nutricional das famílias em todas as suas dimensões, combatendo não somente a fome e a desnutrição, como também a obesidade e outros problemas causados pela alimentação inadequada.

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Mulheres que exercem papel fundamental de provimento da alimentação em seus domicílios, além de crianças e jovens, pois os hábitos alimentares se estabelecem, fundamentalmente, na infância e na juventude.

Como participar

Anualmente, o MDS lança editais para apoiar iniciativas locais de educação alimentar e nutricional, em parceria com governos municipais e estaduais. Os critérios para seleção de projetos e os valores a serem concedidos variam a cada ano e devem ser atentamente observados. Em geral, podem ser enviados projetos de capacitação em segurança alimentar e nutricional, de promoção da alimentação saudável na comunidade por meio de cursos, palestras, oficinas culinárias, seminários, entre outros. Os projetos encaminhados são analisados tecnicamente, e aqueles aprovados destinam-se à formalização de convênios. .

DISTRIBUIÇÃO DE CESTAS A GRUPOS ESPECÍFICOS

O que é

A Ação de Distribuição de Alimentos é uma ação emergencial para assistir grupos específicos em situação de insegurança alimentar e nutricional, como os acampados que pleiteiam o Programa de Reforma Agrária, atingidos por barragem e famílias vítimas de calamidade pública, além dos povos e comunidades tradicionais, tais como indígenas, quilombolas e outros.

Importância

É um programa que permite ações rápidas e pontuais em situações específicas - temporárias ou permanentes - de falta de alimento ou dificuldade de acesso. Deve ser utilizado em momentos e situações especiais, sobretudo que exijam ações emergenciais. Objetivo

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Atender emergencialmente aos grupos populacionais tradicionais e específicos em situação de insegurança alimentar e nutricional.

Quem pode participar

A indicação dos beneficiários, comunidades e quantitativos de Cestas é definida pelos órgãos parceiros da Ação, que representam os segmentos atendidos:

• Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) são responsáveis pela indicação das comunidades indígenas;

• Ouvidoria Agrária e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) pela indicação dos acampados;

• Fundação Cultural Palmares (FCP) e Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) ela indicação das comunidades quilombolas;

• Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC-MIN) pela indicação dos municípios em situação de calamidade pública, e assim sucessivamente.

Importante: o MDS não seleciona nem distribui diretamente as Cestas de Alimentos. Como participar

Estabelecer contato com os parceiros descritos para indicação de inclusão de grupos de acordo com as suas especificidades.

PROGRAMA CISTERNAS

O que é

A cisterna é uma tecnologia popular para a captação e armazenamento de água da chuva e representa uma solução de acesso a recursos hídricos para a população rural do semi-árido brasileiro, que sofre com os efeitos das secas prolongadas, que chegam a durar oito meses do ano.

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Ela é sempre construída junto ao domicílio da família e armazena cerca de 16 mil litros de água, aproveitando-se do escoamento do telhado por meio de calhas instaladas no mesmo. As famílias colaboram na construção das cisternas, recebem capacitação sobre manejo da água e cuidados com a cisterna e são selecionadas e mobilizadas por meio de Comissão ou Conselho Municipal.

Importância

Não se faz uma política de segurança alimentar e nutricional sem acesso adequado à água, que é o alimento principal para o corpo. Ao permitirem o acesso à água no próprio domicílio, as cisternas retiram das famílias a tarefa de buscar água em lugares distantes, permitindo a elas aumentar o tempo dedicado à família, ao trabalho familiar e à educação dos lhos. Como as famílias passam a ter água potável, reduz também a incidência de doenças provocadas por água poluída ou contaminada.

Objetivo

Apoiar estados, municípios, órgãos federais e entidades da sociedade civil atuantes na região semi-árida na implementação de projetos que visem garantir o acesso à água potável, por meio da construção de cisternas, como componente fundamental da garantia da segurança alimentar, para as famílias de baixa renda do sertão nordestino.

Quem pode participar

Famílias de baixa renda que não disponham de fontes de água potável ou meio suficientemente adequado de armazená-la localizadas na zona rural dos municípios do semi-árido brasileiro.

Como participar

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Edital Público nº 13, visando selecionar propostas oriundas das prefeituras municipais, consideradas prioritárias, localizadas na região semi-árida. Para 2008, o MDS estuda a possibilidade de lançar novo edital, a ser divulgado no site do ministério: www.mds.gov.br.

Nos municípios atendidos pela Articulação no Semi-Árido (ASA), as prefeituras podem colaborar com as Comissões Municipais já formadas, fornecendo apoio logístico no cadastramento das famílias, no recebimento dos materiais de construção, no abastecimento inicial da cisterna, entre outros.

CISTERNA

Construção passo a passo

Tudo começa com a preparação do terreno. Para que a cisterna possa ser construída, é necessário fazer uma laje de fundo. As paredes da cisterna são levantadas e amarradas com arame galvanizado. A cisterna é erguida junto à casa, para coleta da água da chuva.

PROMOÇÃO DE INCLUSÃO PRODUTIVA

A promoção de inclusão produtiva é feita por meio de parcerias com diferentes instituições, sejam elas públicas, privadas, ou da sociedade civil, com vistas a viabilizar oportunidades de geração de trabalho e renda para a população social e economicamente excluída.

ARTICULAÇÃO INTERGOVERNAMENTAL PARA A INCLUSÃO PRODUTIVA

O que é

A articulação busca organizar a intervenção direta dos governos e apoiar projetos desenvolvidos por estados, Distrito Federal e municípios, que gerem oportunidades de inclusão produtiva para pessoas inscritas no Cadastro Único dos programas sociais do Governo Federal, preferencialmente aquelas beneficiárias do Programa Bolsa Família.

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Quem pode participar

Estados, municípios, Distrito Federal e consórcios municipais e/ou estaduais que apresentem projetos para gerar oportunidades de inclusão para pessoas inscritas no no Cadastro Único dos programas sociais do Governo Federal, preferencialmente aquelas beneficiárias do Programa Bolsa Família.

Importância

Viabiliza oportunidades locais de geração de trabalho e renda para uma parcela da população que se encontra excluída dos processos produtivos, ampliando as suas possibilidades de emancipação.

Objetivo

Incentivar, por meio de iniciativas do Governo Federal, o fomento e as ações específicas executadas pelos estados, municípios e pelo Distrito Federal, para o desenvolvimento de projetos que viabilizem a inserção socioeconômica do público beneficiário dos programas sociais do Governo Federal. Para isso, é imprescindível que os estados e o Distrito Federal integrem-se ao Compromisso Nacional pelo Desenvolvimento Social, estabelecido pelo Decreto nº. 6.393, de 12 de março de 2008.

ARTICULAÇÃO DE PARCERIAS PARA A INCLUSÃO PRODUTIVA O que é

A articulação de parcerias busca unir esforços de diferentes instituições, sejam elas públicas ou privadas, para gerar ou ampliar oportunidades de inclusão produtiva para famílias em situação de pobreza.

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Como parceiros: Instituições públicas ou privadas que tenham interesse em investir em ações sociais de forma articulada às políticas propostas pelo MDS.

Como beneficiários: Grupos formados por famílias beneficiárias dos programas sociais. Importância

A articulação de parcerias com a sociedade civil organizada, o segmento empresarial público e privado, e programas do Governo Federal que tenham interface com a inclusão social, permitem que as diversas ações desenvolvidas se alinhem e produzam melhores resultados para o fortalecimento das políticas de desenvolvimento social e de combate à fome.

Objetivo

Ampliar as oportunidades de inclusão produtiva por meio de capacitações e qualificações profissionais, de doações de equipamentos, computadores, ou de apoio a projetos de inclusão produtiva para beneficiários dos programas sociais.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

O que é

É um conjunto de ações voltadas para promover o desenvolvimento sustentável de povos e comunidades tradicionais.

Quem pode participar

Estados, municípios e organizações representativas de povos e comunidades tradicionais. Nesta política, são definidos como Povos e Comunidades Tradicionais: “grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.

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Importância

Retirar povos e comunidades tradicionais da invisibilidade, considerando suas especificidades, por meio de processos de reconhecimento e auto-afirmação. Também é importante pela oportunidade de apoiar a auto-sustentação socioprodutiva, com promoção de tecnologias sustentáveis e respeito aos seus sistemas de organização social.

Objetivo

Capacitação: Apoiar o fortalecimento institucional das suas organizações (elaboração e execução de projetos, gestão de recursos, prestação de contas, etc.).

Inclusão produtiva: Apoiar a auto-sustentação produtiva e comercialização de excedentes.

INCLUSÃO SOCIAL DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS O que é

Em 2006, o Governo Federal instituiu o programa de Coleta Seletiva Solidária, por meio do Decreto nº. 5.940, de 25 de outubro de 2006, que determina a todos os órgãos públicos que promovam a coleta seletiva de materiais recicláveis e que os destinem às organizações de catadores. É uma estratégia inovadora para promover a inclusão social e econômica dos catadores de materiais recicláveis.

Quem pode participar

População catadora de material reciclável. Importância

O material destinado pelos órgãos públicos às organizações de catadores constitui-se em importante lastro financeiro, além de promover a mudança de hábitos e atitudes dos

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servidores e da sociedade em relação à separação dos resíduos e ao trabalho dos catadores.

Objetivo

Fomentar a implementação da Coleta Seletiva Solidária nos órgãos públicos, fortalecendo as organizações de catadores e reconhecendo a importância socioeconômica e ambiental desse trabalho.

Referências

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