07132 CPATU 1983
F1:67132) .1
- 'rAfid:95195; BRASILEIRA DE PESOUISA AGROPECLIÁRIA
AD MINISItRIO DA AGRICULTURA
CENTRO DE PESQUISA ACROPECUÁRIA DO TRÓPICO ÚMIDO TRAVESSA DR, ENEAS PINHEIRO. S/N - BELM. PARA - BRASIL
N9 95 Maio 1983 4p
IS1 0101-5613
PESQUISA
EM
ANDAMENTO
USO DE ENXOFRE NO CONTROLE IDE CARRAPATO (BoophiZus micropius) EM BOVINOS
Norton Amador da Costa 1 o (5 E 1. c o o o w 0 0 o .- '0 0 o o. Lo o -D (5 2! «1 o,
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*4 o a 1- 4O carrapato comum, Boophiius raicropius (Canestri.ni , citado
nor Gonzales 1975), que parasita preferencialmente bovinos, 6 um
ectoparasita heinat6fago, cuja fêmea chega a ingerir at 3 ml de san gue em toda sua vida (Gonzales 1975) ou 0,5 a 2 mi por dia (Piecht. tnafln 1973).
liste parasita causa grandes prejufios aos animais, reduzin do o desenvolvimento, produção de leite, carne, al6ni de enfraouecer o anima.I deixando-o exposto a outras doenças. Tamh6m transmite a
tristeza parasitária bovina (Babesia e AnapZasrna), responsável pelo
alto índice de mortalidade rio rebanho, quando acometido por este mal (Gonzales 1975)
Segundo Corrêa (1973) e Conzales (1975), o carrapato 5 en contraclo em todo o Brasil e outros países da Am6rica do Sul e AmSri ca Central, bem como no M5xico, Austrália e tamhm na Ásia e África
do Sul. Sua infestação está relacionada com os seguintes fatores:
temperatura, umidade relativa do ar, manejo inadeouado das pasta-
gens e do rebanho, redução dos inimigos naturais e uso não adequado de produtos químicos.
As condições climáticas da Amazônia parecem ser adenuadas
n
iso de enxofreo controle de
1983 ÉL-c1132 , Pesquisador do CPATII-EMBPAPA, Cx. Postal 48,
PESQUISA EM ANDAMENTO
PAJ95 - CP.ATIJ mai./83 - p. para o desenvolvimento do carranato, pois nesta região a temperat
ra 5 de aproximadamentp 27 02 e a umidade relativa do ar situa-se
cima de 70%, índices estes citados por Gonzales (1975) corno os ideai para a proliferação deste parasita.
De acordo com Gonzales (1975), o carrapato (2. microplus
possui duas fases de vida. A fase de vida livre, que realiza no sc lo, e a fase parasitria, que realiza no Corno animal, conforme moi tra a figura abaixo.
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7POSTURALARVA INFESTANTE
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O ciclo de VILU do 8. mtcrop/us, segundo Gonzos 1975
Na fase de vida 'ivre, o parasita sofre interferancias cl nigticas, sendo que em temperatura menor que 5 ° C não ocorre ovopos
cão, assim como em umidade relativa do ar inferior a 7C não h ec são dos ovos (Flitchcoch, citado por Gonzales 1975). Por outro lado a fase parasitária indepcnc de fatores clirnticos (Conzales 1975)
Segundo Corr3a (173), o periodo parasitárin V de 21 a 2 dias e o período embriongrio 6 de 30 dias, em condiç6es ilormais d temperatura e umidade.
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preendido desde o aparecimento da larva infestante at6 o cst5gio
mais evoluído, tele.ógina, pede ser de ató 38 dias.
Neste trabalho, foram testados diferentes níveis de flor
de enxofre (p6) na mistura mineral, ministrada ao rebanho (Ilarianlen
te e vontade em saleiros cobertos. Os animais envolvidos no trata mento pertenciam ao rebanho de duas propriedades localizadas no Mu
nicípio de Castanhal. Eram 700 animais distributdos em diversas ca
tegorias, sendo 90% do rebanho azebuado e o restante mestiços holan das-zebu, com diferentes graus de sangue.
Nas duas propriedades citadas, a pastagem predominante era
o Quicujo da Amazônia (Brachiaria humidicola) e os animais que se
encontravam mais infestados com carranatos eram principalmente mes tiços ho]and&s-zebu, vacas paridas, alm de bezerros azebuados e re cóm-desmamados.
No môs de agosto de 1982, foram adicionadas 1.000 gramas de flor de enxofre na mistura mineral abaixo relacionada:
60 kg de farinha de osso autoclavada 40 kg de sal comum
200 g sulfato de cobre 30 g sulfato cio cobalto
Esta mistura foi colocada i disposição dos animais. Sete
dias após a utilização do enxofre, foi observada a queda e morte
dos carrapatos nos bovinos azebuados e pouco infestados. Entretan
to, os animais mestiços continuavam parasitados. Alguns dias dc
pois, foi aumentada a, quantidade do produto para 2.000 gramas, ou
seja, dois por cento de enxofre na mistura mineral e observado, uma semana após o fornecimento da mistura, oue todos os animais apresen tavam-se com o pelo limpo, luzidio e desparasitados.
Em vista disso, foi mantida para todo o rebanho a nercenta gem de dois por cento de flor de enxofre na mistura mineral, duran te 1 ano aproximadamente, bem como rodízio normal de pastagem e ro çageni de pastos quando necesshio.
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Cern estas medidas foi observado o completo desaparecirnentc dos carrapatos do rebanho, donde admite-se que a adição de dais pox cento de flor de enxofre na mistura mineral seja urna forma eficaz
de controlar o parasitismo do B. rnicroplus em bovinos, na Amazônia.
No entanto a pesquisa prossegue, de modo a permitir informaç6es mai conclusivas a respeito da eficgcia efetiva do uso de enxofre no cor trole de carrapatos.
REFER2NCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORRtA, O. Doenças parasit5rias dos animais domésticos. Porto Âlc gre, Sulina, 1973. 348p.
PLECHTMANN, C.H.W. Ácaros de importância mdico-veterinâria. Paulo, Nobel, 1973. 192p.
GONZALES, J.C. O controle de carrapatõ dos bovinos. Porto Alegre, Sulina, 197S. 104p.
EMBRAPA
A1973
O
n4
> 1983
CENTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO TRÓPICO ÚMIDO
O
EMBRAPACENTRO DE PESQUISA AGROPECUARIA DO TRÓPICO ÚMIDO
TRAVESSA OH. ENÉAS PINHrIRO. 5/te
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