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Como apoiar a liderança criativa feminina na indústria da propaganda JUNHO DE 2015

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Como apoiar

a liderança

criativa feminina

na indústria da

propaganda

J U N H O D E 2 0 1 5

(2)

Do nosso

coração para

o seu.

B U E N O S A I R E S S Ã O P A U L O N E W Y O R K L O S A N G E L E S B O U L D E R C H I C A G O A M S T E R D A M S H A N G H A I T O K Y O S Y D N E Y L O N D R E S

Todos os dias podemos olhar para o mundo e conhecer como

agências de diferentes lugares estão desafiando as regras

em busca de novos caminhos para o futuro. No entanto, e se

líderes que estão despertando mudanças positivas de uma

forma corajosa pudessem se conectar para compartilhar

pontos de vista e co-criar um novo amanhã?

É exatamente esse pensamento que faz o Papel&Caneta

ganhar forma, vida e amigos. Amigos que não são apenas

líderes talentosos e premiados, mas acima de tudo parceiros

em uma jornada movida por generosidade, coragem e união

na qual todos precisam conectar mente e coração para juntos

imaginar e inventar um futuro melhor e cada vez mais criativo

para as pessoas e o mundo.

Portanto, a partir de agora, nós compartilharemos com você o

nosso primeiro report colaborativo cuja missão é iluminar um

tema super importante que para muitas agências e empresas

ainda é um desafio. Talvez difícil de ser resolvido, mas não

impossível. Porque nós acreditamos que se existe de verdade

a vontade de transformar para melhor, qualquer coisa é, e

sempre será, possível. Não importa onde estejamos.

(3)

A indústria da propaganda está em constante mudança. E isso se torna bem claro se olharmos

para as últimas décadas e percebermos o quanto as agências tem transformado seus próprios ambientes. Enquanto algumas optaram por se tornar mais integradas ao incorporar o universo digital, outras encontraram na postura estratégica o seu principal aliado. Soma-se a isso o fato de que, hoje, tamanho não é mais documento. Afinal, uma agência com apenas 15 pessoas em sua equipe pode ser tão incrivelmente criativa quanto uma outra com 300.

Sem dúvidas o mundo vem mudando. E com tantas transformações sociais e culturais, o jeito de fazer comunicação evolui, e as agências encontram novas formas de pensar e trabalhar. Porém a dúvida que surge neste momento é:

Segundo o ‘3% Movement’ – iniciativa lançada em 2012 e conduzida de uma forma muito corajosa por Kat Gordon – em 2004 apenas 3% dos Diretores Criativos das agências americanas eram mulheres. E por mais que esse dado reflita um cenário local e tenha alcançado 11% no ano passado (2014 Communications Arts Advertising Annual), não é difícil olhar ao nosso redor e perceber que, aonde quer que estejamos, ele também pode ser uma verdade.

“Women are not being paid enough, we are not being promoted enough and mostly we are treated appallingly. It’s not good enough. There are not enough women in middle management positions and there are not enough women in senior positions in advertising. We should not be patting ourselves on the back.”

Kate Robertson, ex-presidente global da Havas Worldwide.

Será que durante todo esse tempo a maioria dos líderes tem olhado mais para fora do que para dentro? Ou melhor, será que eles estão buscando ser tão eficientes para seus clientes tanto quanto serem transformadores em suas equipes?

marketingmagazine.co.uk

No entanto, apesar de sabermos que essa questão ainda é um desafio de

muitos mercados e agências – seja ela global ou local - através desse report

a nossa intenção não é ficar preso ao passado, mas sim olhar o presente para

imaginar o futuro. Por isso, agora, vamos iluminar casos que de uma maneira

especial estão abrindo portas para o novo e, mais do que isso, nos deixando

ainda mais otimistas sobre o amanhã.

A liderança feminina ainda não é maioria no universo corporativo pelo mundo

afora. E quando o assunto é agência de propaganda, ela também não é –

especialmente se voltarmos o nosso olhar para a área de criação. E se existe

alguém que ainda pensa que isso é uma questão relacionada à performance ou

falta de talento, podemos afirmar de que sobre isso ele está completamente

enganado. Inclusive, dados não faltam para comprovar e reafirmar o quanto as

mulheres são transformadoras, criativas e inspiradoras.

Eles representam atitudes

corajosas que estão

fortalecendo a liderança

feminina criativa em

diferentes lugares do mundo,

cada um com seu próprio

poder de transformação.

Talvez ainda seja cedo para afirmar se todos os casos guardam a resposta para a solução. Mas isso também não importa. O que vale aqui nesse momento é a coragem para apostar, seguir a intuição, acreditar no novo e ir em frente. Até porque, se

esses exemplos estão transformando outros lugares, por que não conhecermos um pouco mais sobre eles?

SAIBA MAIS

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12 casos

que tem

ajudado a

impulsionar

a liderança

criativa

feminina na

indústria da

propaganda.

Um programa iniciado no Havas Creative Group por

Patti Cliffort (Chief Talent

Officer) que apresenta eventos e treinamentos, no qual suas principais características é ouvir mulheres que trilharam caminhos diferentes para entender como elas alcançaram uma posição de sucesso.

Women@Havas

1

Programa lançado ano passado pela agência Razorfish de Sydney para dar forças à presença feminina na indústria digital e de tecnologia por meio de estágios, treinamentos, eventos e projetos em parceira com outras instituições, como Miami Ad School, General Assembly e a Universidade de Sydney.

Women in Technology

2

Organização internacional de voluntariado presente em 22 cidades cuja missão é ajudar mulheres da indústria criativa e digital a potencializarem suas carreiras por meio de encontros, workshops e eventos onde profissionais talentosos

compartilham aprendizados e inspiram pessoas a transformarem realidades. Além disso, SheSays tem uma plataforma especial chamada ‘Shout’ que conecta mais de 3.000 mulheres para que elas possam trabalhar em projetos reais voltados para o público feminino.

SheSays

3

Saiba mais

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Programa desenvolvido por mulheres da Edelman que se uniram para que a participação da liderança feminina sênior na empresa chegasse a 50% até 2016. Até o momento, a iniciativa conta com 850 participantes – incluindo alguns homens - e acontece através de conferências realizadas a cada trimestre, além de outros encontros. Como resultado, hoje as mulheres já constituem 41% de liderança sênior – uma conquista admirável se comparado a 33% no início do programa.

GWEN

4

Criado pela THE AWNY

FOUNDATION – braço

filantrópico da Advertising Women of New York – o Changing The Game Awards é uma premiação anual que tem como objetivo reconhecer e valorizar

mulheres corajosas que estão inovando e reinventando as regras para transformar agências, marcas e clientes.

Changing The

Game Awards

5

Como uma forma de comemorar o Dia da Mulher homenageando sua equipe feminina, a DDB

New Zealand criou ano passado o The Empower

Scholarship – uma iniciativa que doou cinco bolsas de estudo para cinco mulheres da agência. O prêmio proporcionava-lhes não apenas o contato com um mentor sênior, como também sessões de coaching e um curso de formação externa que fosse relevante para o seu desenvolvimento.

The Empower Scholarship

6

Exercício desenvolvido pela Sapient Nitro no qual a missão é capacitar seus profissionais para que se comprometam com simples ações diárias, pois segundo a agência todos tem o poder de promover mais diversidade no dia-a-dia. E aqui surgem atividades que possam desenvolver ativamente as habilidades de liderança feminina em todos os estágios da carreira, desde convidar mulheres com nível júnior para encontros de liderança até promover treinamentos para apresentações.

The 11-minute

Commitment Challenge

7

8

A POSSIBLE é uma agência digital que tem Microsoft, AT&T e Coca-Cola como alguns de seus clientes. No entanto, depois de uma análise interna, Martha Hiefield (presidente) descobriu que 15% de sua liderança criativa era composta de mulheres – embora 40% do total de funcionários fosse do sexo feminino. Diante disso, ela decidiu ir em busca de novos caminhos. Ela mudou a estrutura salarial, planos de promoção e aplicou políticas internas mais amigáveis, como: horas de trabalho mais flexíveis e maior período para licença maternidade. E apesar de ela ainda não ter um resultado em números, a retenção já mostra sinais de melhoria.

POSSIBLE Seattle

The Gender

Avenger Tally App

9

A Gender Avenger – comunidade dedicada a assegurar que mulheres sempre façam parte do diálogo público – lançou este ano um aplicativo chamado GA Tally. Através dele qualquer pessoa pode criar gráficos sinalizando a baixa representatividade de mulheres em eventos. Para isso basta apenas digitar a hashtag da conferência junto com o número de homens e mulheres para que a ferramenta já crie um gráfico que possa ser compartilhado.

0 7 0 8

Saiba mais

Saiba mais Saiba mais

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Ogilvy & Mather

North America

Em 2014, a Ogilvy & Mather North America foi a única agência escolhida para fazer parte da lista de ‘100 Best Companies For Working Mothers’ criada pela revista americana Working Mother. A agência oferece às mães uma série de políticas para conciliar vida e trabalho, desde atendimento de emergência infantil, salas de amamentação no local de trabalho, e uma política de trabalho flexível - que permite os pais escolherem horários flexíveis para início/fim do expediente de trabalho ou a possibilidade de trabalhar em casa um dia por semana.

10

Better by Half

Em março a DDB U.S. lançou o projeto ‘Better by Half’ que busca discutir, identificar e remover os obstáculos que impedem mulheres de crescer profissionalmente dentro da agência. Atualmente, apenas 10% dos líderes criativos na DDB são mulheres, por isso, a partir de agora o objetivo é alcançar 50% nos próximos cinco anos. E, embora este seja um projeto interno, qualquer pessoa pode participar das discussões e compartilhar ideias usando a hashtag #BetterByHalf .

11

Em 2014, o Festival de Cannes criou o “See it Be It”, que busca promover as mulheres na carreira criativa e incentivar as agências a seguirem pelo mesmo caminho. Durante três dias, 12 mulheres de diferentes agências ao redor do mundo se encontram para fazer parte desse programa educacional e de inspiração. A programação inclui desde o acesso guiado às salas de júri, encontro com oradores VIPs, sessões exclusivas com líderes da indústria criativa, até a criação de um documentário como forma de transmitir seus aprendizados para mais e mais mulheres.

See It Be It

12

Não há dúvidas de que todos esses casos abrem portas para novos caminhos e confirmam que a mudança já está acontecendo

em diferentes lugares. Tudo para que mais e mais mulheres possam ter uma carreira de sucesso na indústria da propaganda,

equilibrando vida pessoal e profissional, se tornando líderes, sendo cada vez mais reconhecidas e ouvidas.

Porém, o que mais precisa ou pode ser feito

para que homens e mulheres possam juntos

impulsionar mudanças positivas? Existe

algo que ainda precisa acontecer dentro

das agências para que essa realidade se

transforme de uma forma ainda mais intensa,

principalmente no departamento de criação?

TO K YO

S H A N G H A I

SY D N E Y

S Ã O PA U LO

C H I C A G O

A M ST E R D A M

A M I G O S

Saiba mais

(7)

RALPH VAN DIJK

Fundador da EARDRUM Sydney, Austrália

Existem práticas que estamos vendo crescer em outros segmentos que poderiam ser adotadas pelas agências como a criação de comitês de diversidade, a adoção de políticas simples, como a de sempre recrutar um mesmo número de entrevistados por gênero para cada vaga, assegurar igualdade salarial, ter condições de trabalho interessantes para mães e pais (creches, apoio, incentivo, horários flexíveis), ter na liderança da agência sempre um homem e uma mulher dividindo o comando, enfim, coisas nesta direção.

Fora das agências em si, a criação de espaços de discussão do assunto - como fóruns de discussão em redes sociais - trocas de melhores práticas, criação de coletivos engajados nesta causa colaboram para uma mudança de cenário.

Acredito ainda que melhorar a qualidade da representação feminina na publicidade também fortalece o papel feminino nas agências e favorece mudanças. Penso que homens e mulheres nas agências devem refletir sobre a representação feminina e a exploração midiática da imagem da mulher na publicidade e o impacto social disto.

Talvez no âmbito coletivo, através das entidades máximas de publicidade em cada país, se deva promover estudos sérios que quantifiquem e clusterizem o tipo de presença feminina na publicidade (uma espécie de ‘teste de Bedchel’) capaz de identificar com mais precisão as recorrências de hipersexualização, objetificação e banalização da presença feminina.

THE BRIEF A-GENDER

Uma ideia pragmática seria entrar em contato com

organizações que representam os anunciantes em

seus países e solicitar que peçam às agências que

adicionem um campo de ‘gênero’ nos briefs criativos.

Pois isso dá ao cliente a opção de escolher conceitos

gerados, especificamente, por um time feminino. Ou

exclusivamente ou como parte da resposta da agência.

Os conceitos ainda são julgados pelos seus méritos, não por

favoritismo. A mensagem reforçaria a importância de obter tanto

uma perspectiva masculina ou feminina no brief criativo.

Se um pedido assim partir de um cliente, é mais provável que

a agência aja. Entendo que isso pode ser muito simplista, mas

geralmente essas são as melhores ideias.

PAULA RIZZO

Fundadora do E*IDEIAS São Paulo, Brasil

Acho que garantir representatividade é

muito importante. No Brasil, assim como em

muitos países, o problema não está apenas

na liderança criativa, mas sim na presença de

mulheres como um todo nos departamentos

criativos. Temos nas criações das agências

brasileiras em algo em torno de 10% de

mulheres apenas. Ao mesmo tempo, 65% das

mulheres brasileiras declara não se sentir

representada pela publicidade.

Eu apoio 100% em relação à liderança feminina, mas o

problema não é só colocar mulheres nesses cargos, mas

sim ter a indústria apoiando o talento das mulheres e

dando a elas oportunidades igualitárias para crescerem

quando mostrarem determinação. Não deveria ser

tão difícil, já que as empresas vem fazendo isso com

os homens há décadas, porém, por alguma razão,

parece ser ridiculamente difícil para muitas empresas

começarem essas mudanças. Eu imagino o por quê.

Cof cof. Eu também acho que existe um problema fortíssimo sobre como as empresas tratam as mulheres quando elas querem/têm filhos.

A desculpa de ser uma “indústria que exige tempo” zomba de como é difícil ser uma mãe e, se as empresas aprendessem a lidar com esse fato, as mulheres encontrariam formas de trabalhar a sua maneira.

ROB CAMPBELL

Head de Planejamento na W+K Shanghai, China

(8)

Claro que, infelizmente, este é o caso de várias indústrias, seja financeira, automotiva, de bens de consumo ou qualquer outra com um foco especial no mundo dos negócios. No entanto, na indústria criativa, eu sinto que deveria - e poderia - haver uma consciência maior sobre esse assunto. Eu até acredito que nós podemos potencialmente conduzir uma mudança positiva. Afinal, se existe uma indústria que deveria servir de exemplo, e que poderia mudar esse discurso, essa indústria é a indústria criativa como um todo. Mudar esse cenário nos próximos 10 anos deve ser meta em todo o mundo. Criatividade feminina deve - e isso é muito lógico - ser reconhecida e valorizada.

Para mim, o caso da Possible de Seattle é o melhor exemplo, pois eles foram além de simplesmente aumentar a quantidade de mulheres, criar um pódio ou adicionar mais palavras ao discurso. Eles fizeram mudanças claras nas estruturas de pagamento, planos de promoções e políticas internas: passos fundamentais. Sem dúvidas esse movimento deve ser destinado a mudanças e impactos reais no futuro.

Um exemplo inspirador de movimento solidário é o HeForShe, apoiado pela ONU, que mobiliza os homens a apoiarem a outra metade: mulheres no poder.

TIM CLAASSEN

Apoiar a liderança criativa feminina é um tópico

interessante que me faz refletir sobre nossa própria

agência. Nós temos grandes mulheres trabalhando

na Lemz em posições criativas, estratégicas e como

executivas de contas. Mas eu tenho que admitir:

hoje, não existem diretoras criativas.

MORIHIRO

HARANO

Fundador da Mori Inc Tokyo, Japão

Eu acho que todos nós devemos perceber que

estamos numa “corrida” para vencer e não em um

“problema” a ser resolvido.

Na verdade, não existe nenhuma indústria perfeita com

relação à liderança feminina até agora neste planeta. Isso

significa que o mundo da propaganda tem uma oportunidade

histórica de se tornar um grande pioneiro, que será amado

e respeitado por todas as pessoas. Portanto, não podemos

perder essa glória.

Ao mesmo tempo, nós deveríamos saber que esse cenário

pode ser um grande risco. Porque um criativo deve ser

sempre um líder que gera ideias para inspirar novos

caminhos. Você não pode ser um seguidor para os outros nas

outras indústrias (em outras palavras, seus clientes).

Seja um pioneiro, não um seguidor.

E sim, nós estamos em uma corrida.

INA BEHRENDT

Diretora Criativa na Razorfish Sydney, Austrália

Nós precisamos quebrar o código de gênero - Eu

quero uma mudança cultural! Não, eu não sou uma

feminista hardcore - eu acho que devemos contratar

sempre os melhores talentos - não importa se é

homem ou mulher, mas eu acho que…

Primeiro - Nós precisamos recrutar mais mulheres para

a indústria e Segundo - precisamos apoiar muito mais

as mulheres que já estão trabalhando nas área digital -

educando stakeholders e formadores de opinião sobre esses

grandes (e escondidos) talentos (especialmente no universo

da tecnologia), mudando esse desequilíbrio de como as

pessoas ‘reconhecem’ as mulheres na indústria digital -

como Jimmy Carter mencionou no TEDWomen de 2015: ‘Uma

mulher recebe, aproximadamente, menos 23% do que um

homem pelo mesmo trabalho. Esse número não mudou em

15 anos’.

Sócio e Estrategista na Lemz Amsterdam, Holanda

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Eu acho que nós temos que olhar por dois ângulos:

A. EDUCAÇÃO e B. EMPREGO

Em termos de educação, nós deveríamos mostrar para estudantes como é um emprego em tecnologia. Por isso, agências, abram suas portas e mostrem para elas, mas também apoiem professores e ofereçam recursos e acesso. Colaborem com escolas e universidades - ajudem a tornar computação e engenharia uma grande matéria para todos.

Em termos de emprego, eu acredito que programas com mentores e mais cargos em tecnologia voltados para jovens mulheres seriam fundamentais. Também é importante dar as mulheres na indústria mais confiança e oportunidades, particularmente quando se trata de como evoluir nas suas carreiras.

VAMOS COLABORAR MAIS, NOS JUNTAR MAIS e IMPULSIONAR grupos,

eventos de tecnologia, feiras de carreiras, maratonas, etc.

Eventos assim são uma fonte de pessoas inspiradoras, inteligentes e

talentosas que criam um grande impacto. É por isso que é tão importante hoje em dia - onde ainda há uma falta de diversidade de gênero em startups, na ciência, tecnologia e engenharia - entender isto como uma responsabilidade social e corporativa para encorajar mais jovens mulheres a aprenderem sobre a variedade das oportunidades de carreira para entrar na indústria da tecnologia, se tornar cientistas, engenheiras ou empresárias, e mudar a maneira como pensamos e interagimos.

Nós precisamos atingir o nervo, demonstrar nossa paixão - Computação é a alfabetização da nossa vida moderna e digital que comanda o mundo. Minha recomendação: vamos fazer mais para mostrar às jovens as oportunidades que existem nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, e apoiá-las.

JEAN BATTHANY

Diretora Geral de Criação na DDB Chicago, EUA

Quando se fala de equilíbrio de gênero

em posições de liderança criativa,

as agências ainda tem muito o que fazer.

Mais Manbassadors

Matemática simples. Se somente 11% dos diretores criativos são mulheres, então a grande maioria dos líderes criativos são homens. Por isso, por mais que eu apoie e acredite no poder da mulher, eventos e organizações que consiste - em sua maioria - de mulheres falando para outras mulheres, apenas isso não é o suficiente. Nós precisamos da ajuda dos 89% “manbassadors”, homens no topo das agências que entendem e acreditam no que as pesquisas mostram: que quanto maior o equilíbrio de gênero em posições de liderança, melhor a performance. Portanto, o equilíbrio de gênero não é só a coisa certa a se fazer, mas também a coisa inteligente a se fazer.

Acostume-se ao desconforto.

Aqui vai uma ideia radical: Dê uma olhada na porcentagem de mulheres na posição de líderes criativos na sua agência. Vocês atingiram a cota dos 11%? Parabéns, agora dê ao seu time a meta de aumentá-la em 10% este ano. Não está nem perto? Aumente em 20%.

É da natureza humana querer estar e trabalhar com pessoas similares. Então não é tão chocante que muitos homens brancos que estão no topo queiram contratar e promover mais homens brancos. Esses profissionais precisam se acostumar ao desconforto. Recrutadores de talentos devem ir além do ‘esperado’ homem e branco e diversificar os candidatos. Confie em mim, eles/nós estamos aqui. Aqueles que fazem as contratações precisam olhar para o trabalho do candidato antes do seu gênero ou etnia. Se o nível de talento é o mesmo, dê uma olhada na proporção da sua agência. Já não tem caras brancos o suficiente? E criativos, façam um favor, deixem o box ‘gênero’ dos seus sites no modo neutro. Eu não estou dizendo que você tem que agir como um dos caras, mas deixe o seu talento ser visto primeiro.

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Treinamento

Não deixe que as mulheres da sua agência façam péssimas apresentações. Esse é um ótimo conselho da 3% Conference do ano passado. Muito do nosso valor como líderes criativas vem de como nós apresentamos e vendemos um ótimo trabalho. Geralmente isso não vem naturalmente e pode levar anos de prática e sim, treinamento. Invista nas pessoas que mostram compromisso. Por isso, ensine-as como dominar fisicamente a sala, como contar histórias e como ouvir. Ensine-as a não só ter uma opinião, mas também a ter poder de persuasão.

Dane-se a política interna

(mais um super conselho da 3% Conference)

Uma notícia: mulheres tem bebês. Não todas, claro, mas muitas. E hoje em dia, lá pelos 30, quando a maioria dos criativos dá novos passos. É possível ser uma mãe e uma líder criativa. Eu sou uma e conheço várias. Nós precisamos de mais flexibilidade para não perder metade da nossa mão-de-obra: maiores licenças maternais, maiores licenças paternais, tempo flexível, home-office, opções de creches mais em conta. Quer manter uma mulher quando ela tiver um bebê? Planeje o seu retorno antes dela partir. Deixe que ela saiba que existem opções além das oito semanas que é o padrão. Faça com que os pais tirem suas licenças paternais e aproveite doando mais um pouco. Mostre a sua agência que é preciso de dois pais para fazer e criar uma criança.

E nós podemos parar de fingir que precisamos trabalhar por 24h, 7 dias por semana para fazer um bom trabalho. Isto não é verdade. Nossa indústria precisa melhorar em definir limites.

Fale

Fale o que você pensa. Se você enxergar, denuncie o sexismo. O seu time na agência é predominantemente masculino? Fale. Você foi convidada para ser a única

representante feminina na sala? Não deixe que sua observação passe despercebida. Só mulheres conseguem montar um projeto ‘feminino’ tal qual uma ‘prisão rosa’? Não, obrigada. Um dos meus exemplos favoritos sobre essas velhas crenças: Parabéns, você tem um painel só com homens: http://allmalepanels.tumblr.com

Estágios. Mentores. Patrocínios.

Na DDB Chicago nós usamos o programa LaunchPad tanto para estágios quanto para sessões com mentores. Jovens criativos consegue entrar para a área de negócios, há muita experiência e treinamento. Futuros líderes criativos agem como seus mentores e, portanto, aprendem na prática como serem líderes criativos.

Encontrar ou ser destinado a um mentor pode ser difícil e parecer extremamente forçado. Sendo você homem ou mulher, tome iniciativa e encontre três mulheres para serem mentoras agora. Você não precisa ser um sênior com cargo de gerência, sempre há alguém abaixo que precisa de uma ajuda para crescer.

Se você é um líder criativo, você está na posição perfeita para ser um patrocinador. Você tem o poder e a influência de promover mulheres

talentosas tanto internamente quanto externamente. Para o próximo grande trabalho, júri de um prêmio ou painel da indústria. Não há nada como o incentivo de um líder criativo bem-sucedido para instaurar confiança no que parece ser uma coisa não muito certa. “Boca-a-boca é o meio mais poderoso de todos.” - Bill Bernbach

Better By Half

A DDB revisou os números e reconheceu que nós podemos definitivamente fazer mais. A nossa iniciativa Better By Half começou para trazer homens e mulheres juntos em todos os níveis e para discutir e encontrar oportunidades para melhorar o equilíbrio de gênero em nossa indústria, na nossa agência. Em última análise, à procura de maneiras de promover e reter mulheres mais talentosas. Já que o equilíbrio de gênero beneficia a todos, homens e mulheres precisam ser sempre parte da conversa.

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Lista especial criada pelo movimento 3% com 50

coisas que você, sua empresa ou cliente podem

colocar em prática a partir de agora.

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PDF PARA DOWNLOAD

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Referências

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