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ARTA
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ENSAL
DE
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ESTÃO
Carta de gestão
Otimismo sóbrio. Quem acompanha nossas cartas mensais sabe que temos mantido uma visão sóbria, mas otimista com o Brasil. Como assim? Não somos ingênuos e sabemos que o contexto político é importante em nossa realidade de mercado e afeta a sensi-bilidade dos agentes econômicos. Por outro lado, nos atemos aos fundamentos e não as manchetes de jornais para tomar decisões de investimentos. Na carta de janeiro apresentamos gráficos para mostrar a correlação positiva existente entre os preços das ações e a lucratividade das empresas—ou seja, se os lucros são crescentes as ações acompanham essa tendência e vice versa. Na carta de fevereiro reforçamos nossa visão de que a economia do Brasil possui uma dinâmica própria e favorável para o investimento em renda variável. E na última carta de março trouxemos um gráfico do Wall Street Journal a respeito dos ciclos econômicos de cada país, mostrando que o Brasil se encontra num início de uma recuperação que pode avançar pelos próximos anos.
Acertamos? O resultado do ano até aqui: vimos o Ibovespa acumular alta de 11,7%; a curva de juros de 10 anos cair dos 10,2% para 9,4%; e o dólar praticamente estável no ano com leve queda de 0,1%. Penso que acertamos na leitura do cenário.
Abaixo vamos resumir nossa visão acerca de diferentes temas os quais nos ajudam a explicar nosso otimismo sóbrio. Uma espécie de painel de indicadores que nos ajudam a “ler” o mercado atual.
B
OLSAENOSSOSCLUBES.
Dado nosso viés otimista para o ano, seguimos buscando encontrar setores e empresas que possam se beneficiar desse cenário de recuperação, mas sem deixar de lado o risco eleitoral que permeia o ano. Nos últimos 2 meses vimos uma retirada forte de re-cursos estrangeiros o que explica a fraca performance da bolsa. Em contrapartida, vimos o aumento do apetite de gestores nacio-nais por investimentos em renda variável - movimento esse que acreditamos que seguirá acontecendo mesmo com o recrudesci-mento do risco eleitoral, isso porque com taxas de juros historicamente baixas os fundos de pensão e fundos multimercados ten-dem a buscar retornos em outros mercados tais como o de renda variável o que ajuda criando uma força compradora adicional.
A
IV
ALEO clube AiVale tem um foco em dividendos e segue a Carteira XP de Dividendos. Sua performance ficou aquém do Ibovespa, apre-sentando uma queda de 0,43% ante a estabilidade do Ibovespa no mês. O Índice de Dividendos (IDIV) apresentou queda de 0,9%. Podemos dizer que 2 eventos extraordinários em 2 empresas da carteira, afetaram fortemente o desempenho consolidado do clu-be. Os comentários no conference call da Gol sugerindo um menor pagamento de dividendos pela Smiles (SMLS3) como forma de reter caixa e melhorar a estrutura de capital da controladora, pesaram fortemente nas ações da Smiles, que encerraram o mês com queda de mais de 17%. E na Ecorodovias (ECOR3) a notícia de que a empresa foi citada na operação Lava-Jato com pagamentos irregulares feitos por algumas de suas subsidiárias afetou fortemente suas ações que fecharam o mês com queda de ~13%. Na ponta positiva, destaque para as ações do IRB (IRBR3) com alta de mais de 12% após bom resultado do 4T17 e aprovação de divi-dendos adicionais; e para as açõs da Localiza (RENT3) com alta ~11% repercutindo o bom resultado do 4T17.
Para esse mês, seguindo a Carteira XP Dividendos, houve a saída de Smiles (SMLS3), muito influenciada pelo que foi abordado anteriormente. Uma vez que a Gol sugeriu um Payout menor para Smiles, a companhia deixa de ser interessante para a estratégia de dividendos. Houve também, saída de Ecorodovias (ECOR3), também influenciada pelo o que foi comentado no inicio.. Foi adicio-nado no lugar de Ecorodovias (ECOR3), a Telef-Brasil (VIVT4) com uma participação de 10% na carteira. Houve também aumento de 2% para B3 (B3SA3), Bradespar SA (BRAP4) e MET Gerdau (GOAU4).
B
LUESO clube Blues com foco em dividendos teve uma excelente performance no mês com alta de 4,67% ante a estabilidade do Ibovespa (+0,01%) e queda de 0,9% do Índice de Dividendos (IDIV).
Mudanças na carteira. Ao longo do mês realizamos algumas mudanças: retiramos as ações do Banco do Brasil (BBAS3), reduzimos exposição a Itaúunibanco (ITUB4) e a B3 (B3SA antiga BVMF3), além de reduzir a parcela de caixa para 1%. Com isso, abrimos espaço para maior diversificação com a entrada de 4 novos ativos, sendo 3 empresas consideradas por nós small caps - Unipar (UNIP6), Queiroz Galvão (QGEP3) e Grazziotin (CGRA4) - e uma mid cap a Bradespar (BRAP4). Enumerando rapidamente os moti-vos: vemos na Unipar uma empresa com excelente perspectivas de resultados em 2018; a Queiroz Galvão apresenta uma elevada posição de caixa que acreditamos que possa se transformar em fortes dividendos em 2018; a Grazziotin é uma empresa conserva-dora com atuação no varejo de baixa renda no interior do Rio Grande do Sul, apresentando resultados consistentes, elevado div i-dend yield e que aproveitamos as quedas no mês para montar posição; por fim a Bradespar é uma forma descontada de se apro-veitar da recuperação das commodities e dos elevados dividendos que a Vale (principal posição da holding) deverá pagar ao lon go do ano. As mudanças parecem ter dado resultado e a performance do clube foi muito boa. Em termos de atribuição, nossa decisão de elevar exposição em Sanepar (SAPR11) se mostrou acertada com suas ações acumulando alta de ~12% no mês, sendo a prin-cipal contribuição para o nosso resultado consolidado. As ações da Queiroz Galvão com alta de mais de 20% no mês também con-tribuíram bem. Na ponta oposta, as ações da São Martinho (SMTO3) foi a principal detratora de performance com queda de ~4%.
M
AZONI, F
OLKEG
ROOVEMazoni, Folk e Groove são os três clubes que seguem uma mesma estratégia long only de ações, as quais vemos como as melho-res opções de investimento para um perfil de clientes que gosta de ações, mas que buscam geração de patrimônio de longo prazo e que aceitam certa medida de risco.
Nossa seleção de ações se mostrou acertada e os clubes apresentaram performance superior ao seu benchmarking. - Mazoni apresentou alta de 1,73%, o Folk +1,51% e o Groove +1,56% ante a estabilidade do Ibovespa (+0,01%). Mais do que isso, conse-guimos buscar a diferença ante o Ibovespa e hoje os 3 clubes superam seu benchmarking no ano.
Alterações. Ao longo do mês zeramos nossa posição no Banco do Brasil (BBAS3) após ganhos de 37,83% em 3 meses. Adicional-mente reduzimos a posição de caixa aproveitando as quedas em alguns ativos para comprar a preços mais atraentes. Em contra-partida seguimos montando nossa posição em Sanepar (SAPR11) iniciada no mês passado, com o ativo alcançando 9% da carteira atual. Em linhas gerais fomos aumentando paulatinamente e de acordo com as oportunidades de mercado, nossas exposições a Lojas Americanas (LAME4), Petrobras (PETR4), Trisul (TRIS3) e Braskem (BRKM5), seguindo essa ordem de importância. Adicio-namos as ações da Kroton (KROT3) em função de uma expectativa positiva com seu resultado do 4T17, a qual não se confirmou— estamos revendo o caso. Mas em geral as ações do clube foram bem com destaque para SAPR11, LAME4 e TRIS3 com altas de 12,1%, 11,6% e 11% respectivamente. Na ponta contrária, as ações da Kroton (KROT3) e Vulcabras (VULC3) tiveram fraca perfor-mance com quedas de 12% e 7% respectivamente. Na página seguinte a composição completa dos nossos clubes.
Performance e Composição
A
I
V
ALE
CLUBES VALOR GESTORA:
Valor de Aplicação Inicial: R$ 10.000,00 Valor Mínimo de Movimentação: R$ 500,00 Saldo Mínimo de Permanência: R$ 2.000,00