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DECRETO Nº 8.900-E DE 25-04-2008.

“Aprova o Regulamento de Serviços Prestados pela Companhia de Águas e Esgotos de Roraima - CAER”.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA, no uso das atribuições de seu cargo, tendo em vista o disposto no inciso XIII do art. 62 da Constituição Estadual,

R E S O L V E:

Art. 1º Aprovar o Regulamento de Serviços prestados pela Companhia de Águas e Esgotos de Roraima – CAER, nos termos do ANEXO.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Fica revogado o Decreto nº 4.784-E, de 23 de maio de 2002.

Palácio Senador Hélio Campos/RR, 25 de abril de 2008. JOSÉ DE ANCHIETA JUNIOR

Governador do Estado de Roraima

ANEXO ÚNICO DO DECRETO Nº 8.900-E DE 25 DE ABRIL DE 2008. TÍTULO I

DO OBJETIVO

Art. lº O presente regulamento dispõe sobre os serviços de abastecimento de água e coleta de esgotos sanitários prestados pela Companhia de Águas e Esgotos de Roraima – CAER, estabelecendo as normas para a classificação, execução, faturamento e cobrança de taxas e tarifas dos serviços, no âmbito do Estado de Roraima, bem como define as penalida- Estatuto Social, o planejamento, a execução das obras e instalações, a operação e manutenção dos serviços de abastecimento de água e coleta de esgotos sanitários, a medição dos consumos, o faturamento, a cobrança e arrecadação de valores e a aplicação de penalidades.

Art. 3º A administração, pela CAER, dos serviços públicos de água e de esgoto sanitário no território de sua competência, far-se-á mediante concessão ou Contrato de Programa com os Municípios.

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Art. 4º São obrigatórias, nos termos da legislação vigente, as ligações para todo prédio considerado habitável, situado em logradouro público dotado de rede pública de distribuição de água e coletores de esgotos sanitários.

Art. 5º A CAER poderá propor, na forma da legislação vigente, desapropriações, por utilidade pública e constituir servidões necessárias à prestação, melhoramento, ampliação ou conservação dos serviços públicos de água e de esgotos.

Art. 6º Caberá aos órgãos federais, estaduais e municipais, quando necessário e em cumprimento a legislação vigente e/ou por solicitação da CAER, a aplicação de penalidades ou execução de atos indispensáveis à boa administração dos serviços públicos por ela geridos.

TÍTULO III

DA TERMINOLOGIA

Art. 7º Neste regulamento foi adotada a terminologia consagrada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) como segue:

I – Abastecimento centralizado – abastecimento de edificações mediante reservatório comum;

II – Abastecimento descentralizado – abastecimento de edificações mediante reservatórios individuais;

III – Abastecimento predial – abastecimento de prédio ou de parte de prédio dotado de instalação autônoma;

IV – Aferição do hidrômetro – processo de verificação dos erros de indicações do hidrômetro em relação aos limites estabelecidos pela legislação e normas pertinentes;

V – Alimentador predial – tubulação compreendida entre hidrômetro ou o limitador de consumo e a válvula de flutuador do reservatório predial;

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VI – Aparelho de descarga – dispositivo que se destina à lavagem provocada ou automática de aparelhos sanitários;

VII – Aparelho sanitário – aparelho ligado à instalação predial e destinado ao uso de águas para fins higiênicos ou a receber dejetos e águas servidas;

VIII – Caixa de inspeção – dispositivo da rede pública de coleta de esgoto situado, sempre que possível, na calçada, que possibilita a inspeção e/ou desobstrução do ramal predial de esgoto;

IX – Caixa de gordura – vide Caixa Retentora;

X – Caixa ou coluna piezométrica – dispositivo destinado a assegurar uma pressão mínima de serviço no distribuidor;

XI – Caixa retentora – dispositivo projetado e instalado para separar e reter substâncias indesejáveis às redes de escoamento;

XII – Caixa sifonada – caixa dotada de fecho hídrico, destinada a receber efluentes de aparelhos sanitários, excluídos os vasos sanitários;

XIII – Caixa de areia – vide Caixa Retentora;

XIV – Caixa separadora de óleo – vide Caixa Retentora;

XV – Ciclo de Emissão: período compreendido entre a data da leitura do hidrômetro ou determinação do consumo estimado e a data de entrega da respectiva conta;

XVI – Ciclo de Faturamento: período compreendido entre a data da leitura do hidrômetro ou determinação do consumo estimado e a data do vencimento da respectiva conta;

XVII – Ciclo de Venda: período correspondente ao fornecimento de água a um imóvel, entre duas leituras de hidrômetro ou estimativas de consumo, consecutivas;

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XVIII – Conta/Fatura: documento fiscal emitido pela CAER para faturamento e recebimento pelos serviços de abastecimento de água, coleta de esgotos e outras cobranças relacionadas aos serviços prestados;

XIX – Coleta de esgoto – recolhimento do refugo líquido através de ligações a rede coletora, assegurando o posterior tratamento e seu lançamento no meio ambiente, obedecendo a legislação ambiental;

XX – Coletor predial – tubulação de esgoto na área interna do lote até a caixa de inspeção situada na calçada;

XXI – Coletor público – tubulação pertencente ao sistema público de esgotos sanitários;

XXII – Contrato de fornecimento – instrumento pelo qual a CAER e o Usuário ajustam as características técnicas e as condições comerciais do fornecimento de água;

XXIII – Contrato de coleta – instrumento pelo qual a CAER e o Usuário ajustam as características técnicas e as condições comerciais da coleta de esgoto;

XXIV – Contrato de adesão – instrumento contratual padronizado para fornecimento de água e/ou coleta de esgoto, cujas cláusulas estão des a que estarão sujeitos os infratores deste REGULAMENTO. vinculadas às normas e regulamentos, não podendo o conteúdo das

TÍTULO II

DAS ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS

Art. 2º Compete a CAER, dentre outras atribuições definidas em seu mesmas ser modificado pela CAER ou pelo Usuário;

XXV – Desconector – dispositivo provido de fecho hídrico destinado a vedar a passagem de gases; XXVI – Despejo industrial – resíduo líquido decorrente do uso da água para fins industriais e serviços diversos;

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XXVII – Economia – moradias, apartamentos, unidades comerciais, salas de escritório, indústrias, órgãos públicos e similares, existentes numa determinada edificação, que são atendidos pelos serviços de abastecimento de água e/ou esgotamento sanitário;

XXVIII – Elevatória – conjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos destinados à elevação de água ou esgoto;

XXIX – Esgoto sanitário – refugo líquido proveniente do uso da água para fins higiênicos;

XXX –Estrutura tarifária – estrutura definidora das categorias de Usuários e faixas de consumo, com suas respectivas valorações;

XXXI – Extravasor – tubulação destinada a escoar eventuais excessos de água ou de esgoto;

XXXII – Fecho hídrico – camada líquida que, em um desconector, veda a passagem de gases;

XXXIII – Fornecimento de água – entrega, através de ligações à rede de distribuição, de água potável, submetida a tratamento prévio;

XXXIV – Fossa séptica – unidade de sedimentação e digestão de fluxo horizontal e funcionamento contínuo, destinada ao tratamento primário dos esgotos sanitários;

XXXV – Grupamento de edificações – conjunto de duas ou mais edificações em um lote;

XXXVI – Hidrante – peça para tomada d’água, instalada na rede distribuidora, e destinada à ligação de mangueiras para combate a incêndio;

XXXVII – Hidrômetro – equipamento destinado a medir e indicar, continuamente, o volume de água que o atravessa;

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XXXVIII – Instalação predial de água – conjunto de tubulações, reservatórios, equipamentos, peças e dispositivos localizados a jusante do ponto de entrega de água e empregados para a distribuição de água na unidade usuária;

XXXIX – Instalação predial de esgoto – conjunto de tubulações, conexões, equipamentos e peças especiais localizadas a montante do ponto de coleta de esgoto;

XL – Lacre – dispositivo destinado a caracterizar a inviolabilidade do hidrômetro ou da interrupção do fornecimento;

XLI – Limitador de consumo – dispositivo instalado no ramal predial, para limitar o consumo de água; Planilha tarifária – é o calculo e o conjunto dos parâmetros levados em consideração para a determinação dos custos unitários dos serviços públicos de fornecimento de água ou coleta de esgoto;

XLII – Poço de visita – dispositivo destinado a permitir a inspeção, limpeza e desobstrução das tubulações de esgoto;

XLIII –Ponto de entrega de água – é o ponto de conexão do ramal predial de água com as instalações de utilização do Usuário (alimentador predial);

XLIV –Ponto de coleta de esgoto – é o ponto de conexão da caixa de inspeção da rede pública de esgoto com as instalações do Usuário (ramal coletor);

XLV – CAER – pessoa jurídica de direito privado a quem foi delegada a prestação de serviço público pelo titular do serviço, e que se encontra submetido à competência regulatória do poder concedente;

XLVI – Ramal predial de água – conjunto de tubulações e peças especiais, públicas e privativas da ligação, situadas entre a rede distribuidora de água e o ponto de entrega de água;

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XLVII – Ramal predial de esgoto – conjunto de tubulações e peças especiais, situadas entre a rede coletora de esgoto e a caixa de inspeção;

XLVIII – Rede distribuidora de água – conjunto de tubulações, peças e equipamentos que compõem o sistema público de abastecimento de água;

XLIX – Rede coletora de esgoto – conjunto de tubulações, peças e equipamentos que compõem o sistema público de coleta de esgotos;

L – Registro – peça destinada à interrupção do fluxo de água nas tubulações;

LI – Religação – procedimento efetuado pela CAER que objetiva restabelecer o fornecimento de água para a unidade usuária;

LII – Reservatório – elemento componente do sistema de abastecimento e destinado à acumulação de água;

LIII – Responsável solidário – toda pessoa física ou jurídica, comunhão de fato ou de direito, legalmente representada, desde que não seja o Usuário, que utilizar os serviços de fornecimento de água e/ou a coleta de esgoto ou ser proprietário do imóvel, constando no contrato de fornecimento ou adesão, como responsável solidário pelo pagamento dos serviços prestados e pelo cumprimento das demais obrigações legais, regulamentares e pertinentes;

LIV – Sistema Público de Abastecimento de Água – conjunto de tubulações, estações de tratamento, elevatórias, reservatórios, equipamentos e demais instalações destinadas ao fornecimento de água potável;

LV – Sistema Público de Esgotamento Sanitário – conjunto de tubulações, estações de tratamento, elevatórias, equipamentos e demais instalações destinadas a coletar, transportar e dispor adequadamente os esgotos;

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LVI – Sistema separador absoluto – sistema de esgotamento constituído por duas redes distintas, sendo uma destinada aos esgotos sanitários e outra recebendo águas pluviais, certas águas de superfícies e, eventualmente, águas de subsolo;

LVII – Sistema unitário – sistema de esgotamento constituído por uma rede única, destinada a coletar os esgotos sanitários, as águas pluviais

dos logradouros, dos telhados e pátios, as águas de lavagem de ruas e, em certos casos, as águas de drenagem do subsolo;

LVIII – Tarifa de água – preço correspondente a 1m³ (um metro cúbico) de água fornecida pela CAER;

LIX – Tarifa de esgoto – valor percentual estabelecido sobre a tarifa de água;

LX – Titular do Serviço – o Município competente para assegurar a prestação dos serviços públicos de água e esgotamento sanitário, procedendo esse com a execução, descentralização, concessão ou permissão dos mesmos, nos termos constitucionais e legais pertinentes;

LXI – Usuário – toda pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito, legalmente representada, que solicitar a CAER o fornecimento de água e/ou a coleta de esgoto e assumir a responsabilidade pelo pagamento dos serviços prestados e pelo cumprimento das demais obrigações legais, regulamentares e pertinentes;

LXII – Unidade usuária – economia ou conjunto de economias atendidas através de uma única ligação de água e/ou de esgoto.

TÍTULO IV

DAS CANALIZAÇÕES E INSTALAÇÕES

Art. 8º As instalações das unidades usuárias de água e de esgoto serão definidas conforme o Art. 36 deste regulamento.

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Parágrafo único. Os despejos a serem lançados na rede coletora de esgoto deverão atender aos requisitos das normas legais pertinentes, regulamentares ou pactuadas.

Art. 9º A CAER deverá, na fase de elaboração dos projetos, obter as licenças pertinentes dos mesmos e, para a execução das obras, obter todas as demais licenças que se fizerem necessárias, arcando inclusive com o pagamento dos custos correspondentes, bem como utilizar materiais cuja qualidade seja compatível com as normas editadas pelos órgãos técnicos especializados e, ainda, cumprir todas as especificações e normas técnicas brasileiras que assegurem integral solidez e segurança a obra, tanto na sua fase de construção quanto na de operação.

§ 1º A CAER ficará responsável pelo desenvolvimento e execução dos projetos básicos e executivos pertinentes à execução das obras, podendo contratar com terceiros.

§ 2º Não existindo norma nacional aplicável, a CAER poderá optar pela utilização de materiais padronizados por outra norma internacionalmente reconhecida, devendo antecipadamente justificar ao poder concedente as razões de tal opção.

Art. 10. A CAER, após a aprovação dos projetos e licenças pertinentes, deverá indicar, de forma justificada e com antecedência ao poder concedente, as áreas que deverão ser declaradas de utilidade pública e instituídas como servidões administrativas, para que o Titular do Serviço promova as respectivas declarações de utilidade pública.

Art. 11. A CAER, após a aprovação das licenças, sob sua responsabilidade, para a execução das obras e serviços, até a efetiva contratação dos mesmos, deverá concretizar as desapropriações e instituições de servidão, após sua declaração de utilidade pública pelo Titular do Serviço, seja mediante acordo ou por intermédio de ação judicial, arcando com o pagamento das indenizações correspondentes.

Art. 12. Sem prejuízo do poder de fiscalização, quando solicitado pelo poder concedente, a CAER deverá:

I – disponibilizar relatórios de auditoria independente em caso de empréstimos internacionais;

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II – contratar auditoria independente em caso de programas de grande impacto sócio-econômico, quando o financiador não exigir acompanhamento de consultoria.

Parágrafo único. No caso do Inciso II, o auditor técnico independente apresentará relatórios parciais e final que retratem:

I – parecer técnico do projeto executivo;

II – a fase em que se encontra a execução da obra;

III – a compatibilidade das obras com as metas e o cumprimento dos prazos estabelecidos no projeto e no termo de delegação;

IV – a solidez e segurança da obra;

V – a qualidade dos materiais e das especificações técnicas compatíveis com as normas existentes;

VI – os resultados previstos e alcançados e as ações dos demais órgãos envolvidos, quando for o caso.

Art. 13 – A CAER deverá minimizar transtornos aos Usuários e à população em geral na fase de implantação de projetos, devendo, imediatamente após o término das obras, criar condições para a pronta abertura parcial ou total do trânsito de veículos e pedestres nas áreas atingidas, de forma que os locais abertos ao trânsito estejam em perfeitas e adequadas condições de uso, respeitadas as posturas e normas de cada município.

Art. 14 – A CAER solicitará ao poder concedente autorização para implantação de redes públicas de abastecimento de água e esgotamento sanitário em logradouros, cujos greides não estejam definidos.

§ 1º Na omissão ou recusa do poder concedente em fornecer o greide, conforme determinado no caput deste artigo, a CAER não assumirá o ônus de possíveis remoções

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e/ou remanejamentos quando, na definição do greide, as tubulações e instalações tornarem-se tecnicamente inadequadas.

§ 2º O Usuário, no caso definido no caput e parágrafo primeiro deste artigo, não poderá ser responsabilizado de forma alguma por eventual necessidade de adoção de medidas técnicas que visem garantir o seu fornecimento de água e/ou coleta de esgotos sanitários, devendo a CAER se entender com o Poder Público Municipal e adotando, quando for o caso, o direito de regresso contra o Poder Público Municipal.

Art. 15. Nenhuma construção que possa interferir ou comprometer os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, situada na área de atuação da CAER, poderá ser executada sem que o projeto tenha sido aprovado pela mesma.

Art. 16. Não serão de responsabilidade da CAER as despesas referentes à remoção, recolocação ou modificação de tubulações e de instalações dos sistemas de água e de esgotamento sanitário, em decorrência das obras que forem executadas por Empresas Privadas, Órgãos ou Entidades da Administração Pública Direta e Indireta.

§ 1º No caso de obras executadas por particulares, as despesas de que trata este artigo serão custeadas pelos interessados e estarão sujeitas à anuência da CAER.

§ 2º Os danos causados às tubulações e instalações de abastecimento de água e esgotamento sanitário serão reparados pela CAER, assegurado o direito de regresso contra o causador do dano.

Art. 17. Nos serviços executados nas redes distribuidoras de água e nas redes coletoras de esgoto, que impliquem na demolição de pavimentos e/ ou passeios, caberá a CAER a responsabilidade pela recomposição dos mesmos, limitada exclusivamente aos locais onde houve intervenção de serviços, sendo mantido o mesmo tipo do pavimento e/ou passeio anterior.

Parágrafo único. A CAER estará isenta dos serviços de que trata este artigo, quando o instrumento de delegação contemplar esses reparos como obrigações da Administração Municipal.

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Art. 18. A operação e manutenção dos sistemas públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário são de responsabilidade da CAER, que deverá planejar e executar programas de manutenção preventiva e corretiva, cujos objetivos serão: implementar, substituir ou reabilitar as redes distribuidoras de água e coletoras de esgoto, elevatórias, estações de tratamento e demais componentes do sistema, necessários à eficiente prestação dos serviços.

Art. 19. A CAER executará todos os serviços de operação, manutenção, execução de obras e outras atividades, com zelo, diligência e economia, devendo sempre utilizar a melhor técnica aplicável a cada uma das tarefas desempenhadas e obedecendo rigorosamente as normas legais pertinentes, regulamentares e pactuadas.

Parágrafo único. Será de exclusiva responsabilidade da CAER o cumprimento das normas pertinentes e metodologias construtivas e de sinalização,

que evitem acidentes com pessoas, bens e meio ambiente, durante os serviços que venha a executar diretamente ou por prepostos.

Art. 20. De acordo com o Corpo de Bombeiros, e com critérios técnicos, a CAER dotará as redes distribuidoras de água, de hidrantes necessários,

às operações de extinção de incêndios.

§ 1º A CAER fornecerá ao Corpo de Bombeiros informações sobre o sistema de abastecimento d’água e o seu regime de operação.

§ 2º Os agentes habilitados do Corpo de Bombeiros poderão operar, em caso de incêndio, os registros e hidrantes da rede distribuidora d’água.

§ 3º O Corpo de Bombeiros se obriga a comunicar à CAER, mensalmente, as operações efetuadas nos termos do parágrafo anterior.

TÍTULO V

DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E DE ESGOTOS SANITÁRIOS

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CAPITULO I

DOS LOTEAMENTOS

Art. 21. Em loteamentos e outros empreendimentos similares, a CAER somente poderá assegurar o abastecimento de água e esgotamento sanitário se, antecipadamente, por solicitação do interessado, analisar sua viabilidade e/ou conformidade com a legislação do Plano Diretor Municipal.

§ 1º Depois de analisada a viabilidade, a CAER deverá fornecer as diretrizes para o sistema de abastecimento de água e/ou sistema de esgotamento sanitário do empreendimento.

§ 2º As áreas necessárias às instalações dos sistemas públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário, situadas fora dos limites dos logradouros públicos, voltadas ao atendimento do empreendimento, deverão ser cedidas a título gratuito em conformidade com o disposto no parágrafo quinto deste artigo.

§ 3º A execução de obras dos sistemas de abastecimento de água e/ou de esgotamento sanitário, bem como a cessão, a título gratuito, de bens a estes necessários, serão objeto de instrumento especial a ser firmado entre o interessado e a CAER.

§ 4º As tubulações assentadas pelos interessados nos logradouros de loteamento e outros empreendimentos similares, situadas à montante dos pontos de entrega e a jusante dos pontos de coleta, passarão a integrar as redes públicas distribuidoras e/ou coletoras, desde o momento em que estas forem ligadas.

§ 5º As áreas, instalações e equipamentos destinados aos sistemas públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, a que se refere este capítulo, serão cedidos e incorporados ao patrimônio da CAER, sem ônus, mediante instrumento competente, e serão operados e mantidos pela CAER.

Art. 22. As diretrizes para abastecimento d’água e esgoto sanitário serão fornecidas pela CAER, mediante solicitação do loteador, acompanhada de duas cópias do projeto de arruamento e loteamento no qual conste a localização dos logradouros mais próximos.

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Parágrafo Único. Para os projetos de esgotamento sanitário, o loteador incluirá planta com curva de nível do loteamento.

Art. 23. A CAER fornecerá a licença para a execução dos serviços, mediante solicitação do interessado, após aprovação do projeto pelos órgãos competentes e observadas as normas em vigência.

Art. 24. As obras dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário de loteamentos e outros empreendimentos similares serão custeadas pelos interessados e estarão sujeitas à fiscalização da CAER.

Parágrafo Único. No caso de empreendimentos, onde as respectivas áreas, instalações e equipamentos destinados aos sistemas públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário passarem a integrar o patrimônio da CAER e, consequentemente, a operação e manutenção tornarem-se de sua responsabilidade, poderá a CAER participar financeiramente do empreendimento, de conformidade com Instrução Normativa específica, editada exclusivamente para este fim.

Art. 25. As ligações das redes de loteamentos e outros empreendimentos similares às redes dos sistemas de água e esgoto somente serão executadas pela CAER, depois de totalmente concluídas e aceitas as obras relativas ao projeto aprovado, e, quando for o caso, efetivadas as cessões a título gratuito e pagas as despesas pelo interessado.

Parágrafo único, As obras da rede do loteamento poderão ser feitas por etapas, que, após, concluídas e aceitas pela CAER, poderão ser ligadas às redes distribuidoras e coletoras, observadas as posturas municipais vigentes e demais legislação pertinente.

CAPÍTULO II

DAS VILAS E RUAS PARTICULARES

Art. 26. As disposições do capítulo anterior aplicam-se às vilas e ruas particulares, observado o disposto nos artigos seguintes.

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Art. 27. Os prédios de vilas terão serviços individuais de ramais prediais derivados do distribuidor da vila e de coletores prediais, contribuindo para o coletor da vila, ambos ligados aos respectivos sistemas públicos da CAER.

§ 1º O distribuidor ou o coletor da vila será custeado pelo interessado e executado, direta ou indiretamente, pela CAER, de acordo com o projeto previamente aprovado, integrando-se às redes distribuidoras ou coletoras, conforme disposto no § 4º do art. 21.

§ 2º Os ramais prediais serão assentados de conformidade com o disposto no Capítulo IV, Seção I deste Título.

CAPITULO III

DOS GRUPAMENTOS DE EDIFICAÇÕES

Art. 28. Aplica-se aos grupamentos de edificações o disposto no Capítulo I deste Título, observado o art. 27 deste regulamento.

Art. 29. O sistema de abastecimento de água dos grupamentos de edificações será centralizado, mediante reservatório comum, ou descentralizado, mediante reservatórios individuais, observadas as modalidades definidas no Art. 30.

Art. 30. O abastecimento centralizado e a coleta de esgotos de grupamento de edificações obedecerão, a critério da CAER, às seguintes modalidades:

a) fornecimento e/ou coleta individual dos prédios do grupamento de edificações;

b) fornecimento, em conjunto, dos prédios do grupamento de edificações, cabendo aos proprietários a operação e manutenção do sistema de água a partir do hidrômetro ou do limitador de consumo, instalado antes do reservatório comum;

c) coleta, em conjunto, dos prédios do grupamento de edificações, cabendo aos proprietários a operação e manutenção do sistema de esgotos antes do ponto de coleta.

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Parágrafo Único. As instalações de água e de esgoto de que trata este artigo serão construídas às expensas do interessado e de acordo com o projeto e especificações previamente aprovados pela CAER e demais órgãos competentes.

CAPÍTULO IV DOS PRÉDIOS SEÇÃO I

DO RAMAL E DO COLETOR PREDIAL

Art. 31. É de responsabilidade da CAER, até o ponto de entrega de água e/ou de coleta de esgoto, elaborar os projetos, executar as obras necessárias, nos termos das normas legais, regulamentares e pactuadas, bem como operar e manter seus sistemas de água e esgotos.

§ 1º As obras de que trata o “caput” deste artigo poderão ser executadas pelo interessado, mediante a contratação de firma habilitada, desde que não interfiram nas instalações da CAER, em operação.

§ 2º No caso da obra ser executada pelo interessado, a CAER fornecerá a licença para a sua execução, após aprovação do projeto que será elaborado de acordo com as normas e padrões deste Regulamento.

§ 3º As instalações resultantes das obras de que trata o “caput” deste artigo comporão o acervo da rede pública, no que couber, destinando-se ao atendimento do interessado e de outros Usuários que sejam beneficiados com as referidas instalações.

Art. 32. Os ramais prediais serão assentados pela CAER, observado os dispostos nos artigos 9º, 21 e 36 deste Regulamento.

Art. 33. Os diâmetros dos ramais e dos coletores prediais serão fixados pela CAER em função das vazões prováveis e das condições técnicas dos serviços.

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Art. 34. A substituição do ramal predial será de responsabilidade da CAER, sendo realizada às expensas do Usuário a respectiva despesa, quando for por ele solicitada e tecnicamente aprovada pela CAER.

Art. 35. O fornecimento de água e/ou coleta de esgoto deverá ser feito por um único ramal predial para cada unidade usuária e para cada serviço, mesmo abrangendo economias de categorias de uso distintas.

§ 1º Quando, a critério da CAER, houver conveniência de ordem técnica, o fornecimento de água e a coleta de esgoto poderão, respectivamente, ser efetuados por mais de um ramal predial.

I – A conveniência de ordem técnica deverá considerar, obrigatoriamente, a individualização da instalação predial de água e esgoto; classificação da via onde está localizada a unidade usuária; tipo de pavimento; responsabilização técnica pelas intervenções construtivas na unidade usuária; custos; distanciamento da rede de distribuição de água e da rede coletora de esgotos sanitários; tipo de abastecimento de água; pressão da água; e tempo de execução dos serviços.

§ 2º Em imóveis com mais de uma categoria de economia, a instalação predial de água e/ou de esgoto de cada categoria poderá ser independente, bem como alimentada e/ou esgotada através de ramal predial privativo.

§ 3º O assentamento de coletores prediais, através de terreno de outra propriedade situada em cota inferior, somente poderá ser efetuado quando houver conveniência técnica e servidão de passagem legalmente estabelecida.

§ 4º A distância entre a ligação do coletor predial com o coletor público e a caixa ou peça de inspeção mais próxima, situada neste coletor predial, não deverá ser superior a 15 metros.

SEÇÃO II

DA INSTALAÇÃO PREDIAL

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Art. 36. As instalações das unidades usuárias de água e de esgoto serão definidas e projetadas conforme normas da CAER e da ABNT, sem prejuízo do que dispõem as posturas municipais vigentes.

Parágrafo único. Os despejos a serem lançados na rede coletora de esgoto deverão atender aos requisitos das normas legais, regulamentares ou pactuadas pertinentes.

Art. 37. Todas as instalações de água a jusante do ponto de entrega e as instalações de esgoto a montante do ponto de coleta serão efetuadas às expensas do Usuário, bem como sua conservação, podendo a CAER fiscalizá-las quando achar conveniente.

Art. 38. O fornecimento de água e/ou coleta de esgoto deverá ser feito por um único ramal predial para cada unidade usuária e para cada serviço, mesmo abrangendo economias de categorias de uso distintas.

§ 1º Quando, a critério da CAER, houver conveniência de ordem técnica, o fornecimento de água e a coleta de esgoto poderão, respectivamente, ser efetuados por mais de um ramal predial.

§ 2º Em imóveis com mais de uma categoria de economia, a instalação predial de água e/ou de esgoto de cada categoria poderá ser independente, bem como alimentada e/ou esgotada através de ramal predial privativo.

Art. 39. As economias com numeração própria ou as dependências isoladas (lojas, boxes, etc.) com frente para a via ou logradouro público, situadas em pavimento térreo da mesma edificação, serão caracterizadas como unidades usuárias, tendo cada uma seu próprio ramal predial.

Parágrafo Único. Havendo impossibilidade de adoção das soluções previstas neste artigo, a CAER poderá aceitar outras, desde que tecnicamente adequadas.

Art. 40. A CAER poderá exigir tratamento prévio de efluentes que, por suas características, não possam ser lançados “in natura” na rede coletora pública, de acordo com a legislação vigente.

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Parágrafo Único. A CAER poderá proceder ao tratamento do efluente com encargos imputáveis ao responsável, antes de seu lançamento na rede de esgoto, após aprovação do órgão ambiental competente.

Art. 41. As obras e instalações necessárias ao esgotamento dos prédios ou parte de prédios situados abaixo do nível da via pública e dos que não puderem ser esgotados pela rede da CAER, em virtude das limitações impostas pelas características da construção, serão de responsabilidade do interessado.

Art. 42. É vedado:

I – a interconexão do alimentador predial de água com tubulações alimentadas por água não procedente da rede pública;

II – a derivação de tubulações da instalação predial de água para suprir outro imóvel ou economia;

III – uso de dispositivos intercalados no alimentador predial que, de qualquer modo, prejudiquem o abastecimento público de água;

IV – despejo de águas pluviais nas instalações prediais ou no coletor predial de esgotos sanitários;

V – a derivação de tubulações da instalação de esgoto para coleta de outro imóvel ou economia.

SEÇÃO III

DOS RESERVATÓRIOS PREDIAIS

Art. 43. Todo Prédio deverá ser provido de reservatório elevado, dimensionado de acordo com normas técnicas específicas.

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Parágrafo Único. Todo prédio com mais de dois pavimentos deverá ser provido também de reservatório inferior com sistema elevatório

Art. 44. O projeto e a execução de reservatório das unidades usuárias deverão atender aos seguintes requisitos de ordem sanitária e técnica:

I – assegurar a estanqueidade;

II – utilizar materiais que não venham a prejudicar a potabilidade da água e saúde da população;

III – permitir inspeção e reparo, através de aberturas dotadas de bordas salientes e tampas herméticas.

IV – é vedada a passagem de tubulação de esgoto sanitário e pluvial pela cobertura ou interior de reservatórios;

V – não é permitida a ligação do extravasor de reservatório de água diretamente aos esgotos sanitários.

VI – localizar o reservatório em local de fácil acesso e protegido de insetos e animais, que de uma forma ou de outra possam ocasionar contaminação da água.

Art. 45. Se o reservatório subterrâneo tiver de ser construído em recinto ou áreas fechadas, nos quais existam tubulações ou dispositivos de esgoto sanitário, deverão ali ser instalados ralos e tubulações de águas pluviais capazes de escoar qualquer refluxo eventual de esgoto sanitário.

SEÇÃO IV

DOS POSTOS DE LAVAGEM

Art. 46. Dos postos de lavagem de veículos, somente os esgotos provenientes de sanitários e/ou lanchonetes poderão ser ligados a rede de esgotos.

(21)

Art. 47. Quando não existir rede de drenagem de águas pluviais, as águas provenientes da lavagem de veículos poderão ser ligadas ã rede coletora de esgotos, desde que isentas de águas pluviais e for tecnicamente justificável, a exclusivo critério da CAER.

SEÇÃO V

DOS PROJETOS

Art. 48. Os projetos das instalações deverão:

a) Ser apresentados, para aprovação, antes do início das obras;

b) Conter planta baixa e corte ou esquema vertical, e projetos hidrosanitários segundo instruções da CAER, sobrecópia do projeto de construção, aprovado pelo órgão municipal competente;

c) Conter as assinaturas do proprietário e do instalador-autor do projeto e responsável pela execução das obras.

d) Não conter qualquer sistema que provoque sucção no ramal predial.

Art. 49. A CAER exigirá apresentação do auto de vistoria do Corpo de Bombeiros, para a concessão de ligação de água nos casos seguintes:

a) Edifícios com mais de três pavimentos;

b) Prédios destinados a garagem coletiva;

c) Postos de serviço de veículos automotores;

d) Prédios destinados a reuniões públicas;

e) Prédios destinados ao armazenamento de materiais explosivos, combustíveis e inflamáveis em geral.

(22)

CAPÍTULO V

DOS HIDRÔMETROS E DOS LIMITADORES DE CONSUMO

Art. 50. A CAER controlará o consumo de água através do hidrômetro ou de limitador de consumo.

Art. 51. Toda instalação predial poderá ser provida de hidrômetro ou limitador de consumo, de um registro interno, que facilite ao Usuário o fechamento provisório da água, e de um registro externo, de manobra privativa da CAER.

Art. 52. Os hidrômetros, os limitadores de consumo e os registros de passagem serão preferencialmente instalados em caixas de proteção padronizadas, a critério da CAER.

Parágrafo Único. Somente a CAER poderá instalar, substituir ou remover o hidrômetro ou limitador de consumo, bem como fazer modificações em seus locais de instalação.

Art. 53. Será assegurado pelo Usuário, ao pessoal da CAER, o livre acesso ao hidrômetro ou ao limitador de consumo.

Art. 54. O Usuário é responsável pela conservação do hidrômetro, ficando o proprietário do imóvel respectivo solidário nessa responsabilidade perante a CAER e responderá, inclusive, por furto, perda ou danificação do aparelho.

Art. 55. O Usuário poderá obter aferições dos instrumentos de medição por parte da CAER, sem ônus para o Usuário, até uma verificação a cada três anos, ou, independente do intervalo de tempo para verificação anterior, quando o resultado constatar erro nos instrumentos de medição.

I – Sendo a aferição solicitada pelo Usuário ou pelo responsável solidário, quando este estiver utilizando os serviços de fornecimento de água, deverá a CAER apresentar relatório técnico, de forma compreensível e de fácil entendimento, ao solicitante da aferição.

(23)

Parágrafo Único. Serão considerados em funcionamento normal, os hidrômetros que atenderem a legislação metrológica pertinente.

CAPÍTULO VI

DOS DESPEJOS INDUSTRIAIS

Art. 56. Todo estabelecimento industrial ou de prestação de serviços, situado em logradouro dotado de coletor público, ficará obrigado a lançar os seus despejos para esse coletor em condições tais que não causem dano de qualquer espécie às obras e instalações do sistema de esgoto.

Art. 57. Lançamento dos despejos industriais, na rede coletora de esgotos, deverá satisfazer às seguintes exigências:

a) Temperatura inferior a 41º C;

b) O pH deverá estar compreendido entre 6,5 e 10,0;

c) Os sólidos de sedimentação imediata, como areia, argila etc. só serão admissíveis até o limite de quinhentos miligramas por litro (500mg/l);

d) Os sólidos sedimentáveis em dez minutos só serão admissíveis até o limite de 5.000 mg/l;

e) Para os sólidos sedimentáveis em duas horas, deverão ser levados em conta a natureza, o aspecto e o volume de sedimento; se for compacto, não se admitirão mais de duzentos e cinqüenta mil miligramas por litro (250.000 mg/l); se não for compacto, poderá ser admitido em qualquer quantidade;

f) Substâncias graxas, alcatrões, resinas etc. (substâncias solúveis a frio em setor etílico) não serão permitidas em quantidades superior a 150 mg/l;

g) Ultrapassar à DBO média do efluente bruto da referida estação.

(24)

Art. 58. Não serão admitidos, na rede coletora de esgotos, os despejos industriais que contenham:

a) Gases tóxicos ou substâncias capazes de produzi-los;

b) Substâncias inflamáveis ou que produzam gases inflamáveis;

c) Resíduos e corpos capazes de produzir obstruções (trapo, lã, estopa, pêlo, etc.);

d) Substâncias que, por seus produtos de decomposição ou combinação, possam produzir obstruções ou incrustações nas canalizações;

e) Resíduos provenientes da depuração dos despejos industriais;

f) Substâncias que, por sua natureza, interfiram no processo de depuração da estação de condicionamento ou de tratamento de esgoto.

Art. 59. Conforme a natureza e o volume dos despejos industriais, dispositivos apropriados de condicionamento deverão se adotados pelas indústrias, uma vez aprovados previamente pela CAER, antes do lançamento dos despejos na rede coletora de esgotos;

a) Os despejos cuja temperatura seja superior a 40º C deverão ser acondicionados em caixa que permita o seu resfriamento;

b) Os despejos ácidos deverão ser diluídos ou neutralizados, conforme concentração e volume, em caixas apropriadas;

c) Os despejos que contiverem sólidos pesados ou em suspensão ou os que provenham de estábulos, cocheiras e estrumeiras, deverão passar em caixa detectora especial;

d) Os despejos provenientes de postos de gasolina ou garagens, onde haja lubrificação e lavagem de veículos, deverão passar em caixas que permitam a deposição de areia e a separação do óleo.

(25)

Art. 60. Para os efeitos desta Resolução, os efluentes industriais são classificados em 3 (três) categorias, e, em conformidade com o órgão ambiental responsável:

I – Efluentes com características e concentração de poluentes e carga orgânica semelhantes ou inferiores aos esgotos domésticos (Categoria A);

II – Efluentes cujas características e concentração de poluentes ou carga orgânica seja maior que a dos esgotos domésticos e cuja presença não comprometa a eficiência do tratamento das ETEs (Categoria B);

III – Efluentes que contenham metais pesados, químicos tóxicos e/ou outros elementos ou substâncias contaminantes que possam afetar o tratamento das ETEs (Categoria C).

§ 1º O enquadramento dos efluentes de cada indústria em uma das categorias especificadas, realizado pela CAER estará sujeito à homologação da autoridade de meio ambiente competente.

§ 2º A CAER poderá receber em suas instalações as descargas de efluentes industriais das categorias A e B. A recepção destes efluentes estará limitada por semelhança de sua composição com a dos líquidos de esgotos domésticos. Para isto, a CAER deverá adotar medidas adequadas para preservar as instalações de coleta e tratamento.

§ 3º A CAER não poderá receber as descargas de efluentes industriais da Categoria C sem que seja realizado pré-tratamento pela indústria

§ 4º A CAER deverá estar articulada com a autoridade de meio ambiente, em especial quanto aos resultados de amostragens dos efluentes líquidos industriais, garantindo segurança de operação nas três categorias de efluentes mencionadas.

§ 5º A CAER, para receber as descargas de efluentes industriais deverá observar as condições previstas no EIA/RIMA apresentado e aprovado pelo órgão ambiental responsável.

(26)

Art. 61. Com relação a admissibilidade de despejos industriais, a CAER deverá observar as seguintes disposições:

I – Existência da capacidade hidráulica do sistema, verificada pela CAER;

II – A CAER deverá ajustar com o Usuário Industrial as condições técnicas de vazão e concentração das substâncias componentes de seus efluentes, atendendo às normas aplicáveis expedidas pela autoridade de meio ambiente, considerando que o gerador do despejo deverá ter a competente licença ambiental.

III – A classificação das águas, do corpo receptor, segundo padrões definidos pelos órgãos ambientais.

TÍTULO VI

DAS LIGAÇÕES DE ÁGUA E DE ESGOTO

Art. 62. As ligações de água e esgotos poderão ser provisórias ou definitivas.

Parágrafo Único – Consideram-se ligações provisórias as que se destinarem à construção (canteiro de obras), obras em logradouros públicos, feiras, circos, exposições, parque de diversões, eventos e outros estabelecimentos de caráter temporário.

CAPÍTULO I

DAS LIGAÇÕES PROVISÓRIAS SEÇÃO I

DAS LIGAÇÕES A TÍTULO TEMPORÁRIO

Art. 63. Considera-se ligações a título precário aquelas destinadas a uso temporário, tais como: obras em logradouros públicos, feiras, circos, exposições, etc.

Art. 64. No pedido de ligação o interessado declarará o prazo desejado da ligação, bem como o consumo provável de água, que será posteriormente cobrado pelo consumo apresentado no aparelho de medição instalado.

(27)

§ 1º As despesas com instalação e retirada de rede e ramais de caráter temporário, bem como as relativas aos serviços de ligação e desligamento, correrão por conta do Usuário, podendo a CAER exigir, a título de garantia, o pagamento antecipado desses serviços e do fornecimento de água e coleta de esgoto previsto em até 3 (três) ciclos completos de faturamento.

§ 2º Serão consideradas como despesas referidas no parágrafo anterior, os custos dos materiais aplicados e não reaproveitáveis e demais custos, tais como os de mão-de-obra para instalação, retirada da ligação e transporte.

Art. 65. O interessado deverá juntar ao pedido de fornecimento de água e/ou coleta de esgoto, a planta ou croqui cotado das instalações temporárias.

Parágrafo Único. Para a efetivação da ligação o interessado deverá:

I – preparar as instalações temporárias de acordo com a planta ou croquis mencionado no artigo anterior;

II – efetuar o pagamento dos orçamentos respectivos, conforme os parágrafos primeiro e segundo do Art. 64;

III – apresentar licença ou autorização da autoridade competente para funcionamento.

SEÇÃO II

DAS LIGAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO

Art. 66. Em ligações temporárias para construção, o ramal predial será dimensionado de modo a ser aproveitado para a ligação definitiva.

Parágrafo Único. Em casos especiais, a critério da CAER, poderá o ramal predial, de que trata o “caput” deste artigo, ser dimensionado, apenas, para o atendimento à construção.

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Art. 67. Nos casos de reforma ou ampliação de prédio já ligado às redes de água e esgoto, a CAER poderá, a seu critério, manter o mesmo ramal predial existente, desde que atenda adequadamente o imóvel resultante da reforma ou ampliação.

Parágrafo Único. O proprietário ou construtor deverá solicitar, antes de iniciada a obra, a regularização da ligação, observado o estabelecido nos artigos 48 e 49, com a apresentação do desenho da instalação provisória e a localização do ramal predial previsto para a ligação definitiva.

Art. 68. Serão exigidas instalações adequadas de água e de esgotos, destinados à construção, bem como o pagamento dos respectivos orçamentos elaborados pela CAER, para que possam ser efetuadas as ligações.

CAPÍTULO II

DAS LIGAÇÕES DEFINITIVAS

Art. 69. A CAER poderá condicionar a ligação, religação, alterações contratuais, aumento de vazão ou contratação de fornecimentos especiais solicitados por quem tenha débitos decorrentes da prestação do serviço, no mesmo ou em outro local de sua zona de concessão, à quitação dos devendo adotar as providências adequadas. referidos débitos.

Art. 70. As ligações definitivas serão solicitadas pelo interessado a CAER, com a apresentação quando necessário, da comprovação de que foram atendidas as exigências da legislação pertinente a condomínio em edificações e incorporações.

Parágrafo Único. Nos pedidos de ligação de água e/ou esgoto para estabelecimentos industriais ou de serviços, que tenham a água como

insumo, necessariamente terão declarados pelo solicitante o consumo de água e vazão de esgoto previstos.

Art. 71. Para que as solicitações de ligações definitivas possam ser atendidas, deverá o interessado preparar as instalações de acordo com os padrões estabelecidos pela CAER.

(29)

Art. 72. O ramal predial instalado para a construção poderá ser aproveitado para a ligação definitiva, desde que esteja adequadamente dimensionado e em bom estado de conservação.

Parágrafo Único. Antes de efetuada a ligação definitiva, deverá ser procedida, a cargo do Usuário, a desinfecção da instalação predial de água e a limpeza do reservatório.

Art. 73. Para atendimento dos pedidos de ligação de água ou de esgoto, os projetos das instalações deverão:

I – ser apresentados para aprovação antes do início das obras;

II – conter planta baixa e corte ou esquema vertical e cópia do projeto hidráulico-sanitário..

III – conter as assinaturas do proprietário, do autor do projeto e responsável pela execução da obra, com sua competente Anotação de Responsabilidade Técnica – ART de conformidade com a Lei nº 6.496/77.

Art. 74. Para as pequenas habitações, poderá a CAER, a seu critério, exigir apenas croquis, contendo indicações que permitam localizar o imóvel.

Art. 75. A CAER tomará a seu total e exclusivo encargo a aquisição dos materiais e a execução das ligações definitivas de água e/ou de esgoto, até uma distância total de 20 (vinte) metros em área urbana ou de 40 (quarenta) metros em área rural, medidos desde o ponto de tomada na rede de distribuição até o limite da propriedade a ser atendida.

§ 1º A CAER cobrará do usuário um valor fixado pela diretoria executiva, através de instrução normativa pela execução da ligação definitiva.

§ 2º Ficará a cargo do Usuário a execução do alimentador predial, incluindo o cavalete ou a caixa de hidrômetro.

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§ 3º Caso a distância seja maior, a CAER poderá cobrar do Usuário parte dos custos decorrentes da extensão adicional de ramal e/ou de obra na rede pública, compreendendo, inclusive, aquisição de material e extensão de rede, adotando critérios de cálculo preestabelecidos e regulamentado pelo poder concedente.

§ 4º As instalações resultantes das obras referidas no parágrafo anterior passarão a integrar a rede pública, no que couber, podendo a CAER fazer uso das mesmas para atendimento a outros Usuários, não cabendo ao Usuário responsável pelo pagamento o direito a qualquer ressarcimento.

§ 5º Nos casos de condomínios, a CAER fornecerá água em uma única ligação e coletará o esgoto, também, em uma única ligação, sendo que as redes internas serão instaladas exclusivamente por conta dos respectivos incorporadores e condôminos, sendo permitido a individualização da ligação mediante critérios estabelecidos em Instrução Normativa específica.

§ 6º A CAER instalará o ramal predial de água, de acordo com o disposto nas normas técnicas e em local que permita e facilite o acesso para a execução dos seus serviços comerciais e operacionais.

§ 7º A CAER instalará a caixa de inspeção de esgoto no logradouro, em local que facilite o acesso para os serviços de limpeza e desobstrução.

Art. 76. Cada unidade usuária dotada de ligação de água e/ou de esgoto será cadastrada na CAER, cabendo a cada ramal de água e/ou de esgoto uma só inscrição.

Art. 77. O fornecimento de água e/ou a coleta de esgoto caracteriza negócio jurídico de natureza contratual. A ligação da unidade usuária implica a responsabilidade, de quem solicitou o fornecimento e/ou coleta, pelo pagamento correspondente aos serviços prestados e pelo cumprimento das demais obrigações pertinentes.

§ 1º É obrigatória a celebração de contrato de fornecimento de água e/ou de coleta de esgotos entre a CAER e o Usuário responsável pela unidade usuária a ser atendida, nos seguintes casos:

(31)

I – para atendimento a vazões superiores a 200 m³ mensais de água ou de esgoto;

I – quando se tratar de fornecimento de água bruta;

II – quando os despejos industriais, por suas características, não possam ser lançados “in natura” na rede de esgotos;

III – quando, para o fornecimento de água ou coleta de esgoto, a CAER tenha que fazer investimentos específicos, devendo o contrato dispor sobre as condições, formas e prazos que assegurem o ressarcimento do investimento.

IV – Quando o Usuário tiver abastecimento próprio de água e utilizar a rede pública coletora de esgotos sanitários para escoamento dos dejetos

§ 2º O prazo de vigência do contrato de fornecimento de água ou coleta de esgoto deverá ser estabelecido considerando as necessidades e os requisitos das partes, observados os seguintes aspectos:

I – a critério da CAER, o primeiro contrato poderá ter vigência de até 4 (quatro) anos;

II – o contrato poderá ser prorrogado por período de 12 (meses), e assim sucessivamente, desde que o Usuário não expresse manifestação em contrário, com a antecedência mínima de 60(sessenta) dias em relação ao término da vigência;

III – mediante acordo, os prazos referidos nos incisos anteriores, poderão ser ajustados livremente entre as partes.

§ 3º Pelo pagamento responde também os responsáveis solidários, que será parte integrante do contrato de fornecimento.

CAPÍTULO III

DA INTERRUPÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA OU DA COLETA DE ESGOTOS

(32)

Art. 78. O fornecimento de água poderá ser interrompido, sem prejuízo de outras sanções, nos seguintes casos:

I – Situação de emergência que atinja a segurança e bens;

II – Necessidade de efetuar reparos, modificações ou melhorias de qualquer natureza nos sistemas;

III – Negativa do usuário em permitir a instalação de dispositivo de leitura de água consumida, após ter sido previamente notificado;

IV – Ocorrência da hipótese prevista no artigo 119 deste regulamento;

V – Falta de renovação do período para ligação provisória da obra e ocupação do prédio sem devida regularização perante a CAER;

VI – Manipulação indevida, por parte do usuário, do ramal predial ou do medidor;

VII – Utilização de artifícios ou qualquer outro meio fraudulento ou, ainda, prática de violência nos equipamentos de medição, que provoquem alterações nas condições de fornecimento ou de medição, bem como o descumprimento das normas que regem a prestação do serviço público de água;

VIII – Violação do lacre do hidrômetro;

IX – Religação indevida;

X – Revenda ou fornecimento de água a terceiros;

XI – Deficiência técnica e/ou de segurança das instalações da unidade usuária que ofereça risco iminente de danos a pessoas ou bens;

(33)

XII – Uso de dispositivos no alimentador predial que, de qualquer modo prejudiquem o abastecimento público de água;

XIII – Interdição judicial ou administrativa do imóvel;

XIV – Inadimplemento do usuário do serviço de abastecimento de água e/ou de esgotamento sanitário, no pagamento das faturas, após ter sido formalmente notificado;

XV – Solicitação do Usuário.

§ 1º A interrupção dos serviços de abastecimento de água e/ou esgotamento sanitário será efetuada, decorridos os seguintes prazos:

a) 30 dias após a notificação de débito, precedida de aviso ao usuário, previsto no inciso XIV deste artigo;

b) 30 dias após notificação prévia ao usuário, no caso previsto no inciso III deste artigo;

c) Nos demais casos a interrupção poderá ser efetuada, com prévio aviso, tão logo seja feita sua constatação.

§ 2º A notificação de débito previsto para o caso disposto no inciso XIV deste artigo, obrigatoriamente, terá o prazo de 30 dias.

§ 3º Cessados os motivos que determinaram a suspensão dos serviços, ou, se for o caso, satisfeitas as exigências estipuladas para a ligação, será restabelecido o abastecimento de água e/ou esgotamento sanitário, em até 24 horas.

§ 4º Constatada que a suspensão do fornecimento de água e/ou esgotamento sanitário foi indevida, a CAER ficará obrigada, de imediato, a restabelecer os serviços, sem ônus para o usuário.

Art. 79. Os estabelecimentos de saúde, instituições educacionais, de internação coletiva e usuários residenciais de baixa renda beneficiários de tarifa social, que por

(34)

inadimplência do pagamento das faturas, terão os serviços apenas restringidos, observados os prazos constantes no artigo 78 § 1º “b” e § 2º deste regulamento.

Art. 80. A suspensão do fornecimento de água ou coleta de esgotos, não isenta o usuário do pagamento da taxa mínima mensal, no período em que o fornecimento permanecer suspenso.

Parágrafo único. Haverá isenção do pagamento da tarifa mínima mensal, nos casos dispostos nos incisos I, II, VI, XIII e XV do artigo 79 deste regulamento.

Art. 81. A interrupção do fornecimento de água por solicitação do usuário implicará, no ato do pedido, o pagamento do volume fornecido até aquele dia, bem como da tarifa de desligamento estipulada, conforme tabela de preços de serviços.

Art. 82. Haverá supressão do ramal predial de água nos seguintes casos:

I – ligação clandestina;

II – demolição ou ruína do imóvel;

III – sinistro;

IV – quando for comprovada a fusão de duas ou mais economias, que venham a constituir-se em uma única economia;

V – em imóvel desocupado, e abandonado comprovadamente semcondições de habitabilidade.

VI – desapropriação do imóvel;

VII – em imóvel unifamiliar, não condominial, a pedido expresso do titular, mediante o pagamento de uma remuneração pelo serviço prestado de supressão do ramal predial, além de comprovação, por documento hábil do serviço de vigilância sanitária local, de

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que a ligação de água ao imóvel poderá ser interrompida apesar das disposições legais pertinentes (Lei Federal n°2312/54).

VIII – Na reincidência do caso previsto no Art. 78, inciso IX deste regulamento

§ 1º Nos casos dos incisos II, III, V e VII, as matrículas permanecerão como imóveis factíveis de ligação.

§ 2º Os pedidos de cancelamento de matrícula, previstos nos casos dos incisos II, III e V, serão aceitos mediante vistoria realizada pela CAER.

§ 3º O caso de supressão prevista no inciso IV será realizada precedida de aviso pela CAER.

§ 4ºCorrerão por conta do Usuário ou do proprietário do imóvel atingido com a supressão prevista nos incisos II, III, V e VII, as despesas com o restabelecimento dos serviços de fornecimento de água e/ou da coleta de esgotos.

§ 5º No caso do disposto no inciso VII, correrão também por conta do usuário as despesas com a interrupção do fornecimento de água e/ou coleta de esgotos.

Art. 83. Os ramais prediais de água e esgoto poderão ainda ser desligados das redes públicas, mediante aviso, nos seguintes casos:

I – Lançamento, na rede de esgotos, de despejos que, por suas características, exijam tratamento prévio;

II – Lançamento de águas pluviais na rede de esgotos sanitários.

§ 1º Na ocorrência das hipóteses dos incisos deste artigo, deverá a CAER

comunicar oficialmente aos órgãos ambientais competentes, solicitando a tomada de providências cabíveis.

(36)

§ 2º Em qualquer dos casos de desligamento de ramais que tenha possibilidade de ser restabelecida a ligação, a unidade usuária deverá permanecer no cadastro da CAER.

Art. 84. Correrão por conta do Usuário ou do proprietário do imóvel atingido com o desligamento da rede, as despesas com a interrupção e com o restabelecimento do fornecimento de água e/ou da coleta de esgotos.

TITULO VII

DA CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS E DA TARIFA CAPITULO I

DA ECONOMIA E DA CLASSIFICAÇÃO

Art. 85. Para efeito deste Regulamento, será considerada economia a unidade econômica a que atender aos seguintes critérios:

I – cada prédio com numeração própria;

II – cada casa, ainda que sem numeração, que conte com instalação hidrosanitária própria;

III – cada apartamento residencial;

IV – cada loja com numeração própria;

V – cada loja, ainda que sem numeração, com instalação hidrosanitária própria;

VI – cada loja e residência com a mesma numeração e instalação hidrosanitária em comum;

VII – cada grupo de duas lojas ou sobrelojas ou fração de duas com instalações em comum;

VIII – cada grupo de 2 (dois) quartos/cômodos ou fração de 2 (dois) em prédios residenciais, com instalação comum;

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IX – cada grupo de 2 (duas) salas ou fração de 2 (duas), em prédio comercial com instalações hidrosanitária em comum;

X – cada grupo de 4 (quatro) apartamentos de hotel ou de casa de saúde com instalações hidro-sanitária em comum;

XI – cada grupo de 2 (dois) apartamentos de hotel ou de casa de saúde com instalações hidro-sanitária próprias;

XII – as áreas de uso comum de prédios ou conjunto de edificações, as quais são de responsabilidade do condomínio, da administração ou do proprietário;

Parágrafo Único. Para efeito da determinação do número de economias, a unidade econômica não enquadrável em nenhum dos itens anteriores será classificada segundo os critérios adotados para aquela com atividade similar e que esteja listada nos incisos acima.

Art. 86. As economias atendidas com serviços de fornecimento de água e coleta de esgoto são classificadas nas seguintes categorias:

I – social – economia com fim residencial, caracterizada por instrução normativa da Diretoria Executiva da CAER, obedecida a legislação vigente.

II – residencial – quando utiliza água para fins domésticos em unidades de consumo de uso exclusivamente residencial.

III – comercial– quando utiliza água em estabelecimentos comerciais de bens e/ou serviços, inclusive, empresas de economia mista, empresa pública, estabelecimento industrial que não utilize água como insumo à indústria bem como obra de construção

V – pública – quando utiliza água em imóvel ocupado por órgãos da administração pública federal, estadual ou municipal, inclusive fundações públicas e autarquias.

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VI – especial – quando utiliza água em imóvel ocupado por sociedade ou associação civil sem fins lucrativos, organização religiosa, sindicato de classe, partido político, fundação privada, bem como outra economia que não se enquadre nas demais categorias.

VI – consumo próprio – quando os serviços de fornecimento de água e/ ou coleta de esgoto são utilizados pela própria CAER.

Parágrafo Único. Quando for exercida mais de uma atividade na mesma economia, utilizar-se-á o consumo predominante, para efeito de classificação.

Art. 87. A CAER classificará a economia de acordo com a atividade nela exercida, ressalvadas as exceções previstas neste capítulo.

Art. 88. A fim de permitir a correta classificação da economia, caberá ao interessado informar a CAER a natureza da atividade nela desenvolvida e a finalidade da utilização da água, bem como as alterações supervenientes que importarem em reclassificação, respondendo o Usuário, na forma da lei, por declarações falsas ou omissão de informação.

Parágrafo único. Nos casos em que a reclassificação da unidade usuária implicar em novo enquadramento tarifário, a CAER deverá emitir comunicação específica, informando as alterações decorrentes, no prazo de 10 (dez) dias após a constatação da classificação incorreta e antes da apresentação da primeira fatura corrigida.

CAPITULO II DA TARIFA

Art. 89. Os serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto serão remunerados sob a forma de tarifa, de acordo com as normas legais, regulamentares e pactuadas.

Art. 90. A estrutura tarifária representa a distribuição de tarifas por categoria e por faixa de consumo, com vistas à obtenção de uma tarifa média, de forma a compatibilizar os aspectos econômicos com os objetivos sociais.

(39)

Parágrafo Único. A fatura mínima por economia será equivalente ao valor fixado para o volume de dez metros cúbicos (10 m³) por mês para todas as categorias.

Art. 91. A remuneração do serviço de coleta de esgotos será feita na base de 80% (oitenta por cento) do valor faturado para o consumo de água e incidirá sobre os imóveis situados em logradouros públicos servidos por rede coletora de esgotos, estejam eles conectados ou não a esta rede, observada a legislação pertinente.

Art. 92. A tarifa de despejo industrial poderá levar em conta, além do valor do consumo de água, percentuais relativos à carga poluidora do efluente.

CAPÍTULO III

DAS CONTAS E DOS PAGAMENTOS

Art. 93. As tarifas relativas ao fornecimento de água, coleta de esgotos e a outros serviços realizados serão cobradas por meio de faturas, onde será fixado o prazo para pagamento.

Art. 94. As faturas emitidas pela CAER serão devidas pelo Usuário, ficando o proprietário do imóvel respectivo, solidário nessa dívida caso não apresente à CAER o contrato de locação devidamente registrado em cartório até 30 dias após a sua assinatura.

Art. 95. Das faturas emitidas, caberá reclamação pelo interessado.

§ 1º Constatada pelos técnicos da CAER que a alta do consumo é proveniente de vazamento oculto, a CAER poderá reduzir o volume faturado para até duas vezes a média dos últimos 6(seis) meses anteriores ao evento. A redução será permitida até dois faturamentos consecutivos por ocorrência.

§ 2º A reclamação dos valores consignados nas faturas até a data do vencimento, terá efeito suspensivo para evitar a interrupção do fornecimento.

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