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Presença de hematúria macro ou microscópica secundaria a sangramento vesical de causa infecciosa ou não-infecciosa.

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Academic year: 2021

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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE CISTITE HEMORRÁGICA EM TRANSPLANTE

DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS

1. DEFINIÇÃO:

Presença de hematúria macro ou microscópica secundaria a sangramento vesical de causa

infecciosa ou não-infecciosa.

Estadiamento de cistite hemorrágica:

0- Sem sintoma de irritação vesical ou hemorragia.

1- Hematúria macroscópica e/ou disúria e/ou maior frequência miccional

2- Hematúria macroscópica

3- Hematúria macroscópica com pequenos coágulos

4- Hematúria macroscópica com necessidade de retirada de coágulos e/ou obstrução

urinaria.

(2)

Diretoria Espécie Especialidade

2. OBJETIVO

Diagnóstico, prevenção e tratamento da cistite hemorrágica nos pacientes que recebem

transplante de Células progenitores hematopoiéticas.

Indicação e contra-Indicação

A avaliação de cistite será realizada em todo paciente com disúria e/ou hematúria persistente

durante ≥ 5 dias desde o inicio do condicionamento, em ausência de outras situações clínicas

como: menstruação, sangramento ginecológico de outra causa, coagulação intravascular

disseminada (CIVD) ou sepse.

Causas mais frequentes de cistite hemorrágica:

 Medicamentosas: Ciclofosfamida, ifosfamida, bussulfano, penicilinas, anfotericina,

danazol, tiotepa, temozolomida, bleomicina, alopurinol;

 Infecciosas: BK vírus, adenovírus (tipo 11 e 35), CMV, herpes simples, micobacterias,

Salmonela typhi, outras bactérias e fungos;

 Radioterapia pregressa.

3. Responsáveis

Médico Hematologista, médico residente de hematologia/

TMO

, enfermeiras da unidade de

transplante de progenitores hematopoiéticos e médico urologista.

(3)

4. Requisitos mínimos para o procedimento

Não se aplica.

5. Material

Não se aplica.

6. Orientação Pré e Pós Procedimento

Não se aplica.

7. Descrição do Procedimento

Avaliar o momento de inicio do quadro de hematúria para correlacionar com a causa mais

provável da cistite hemorrágica.

PRECOCE: frequentemente 2ª a toxicidade direta da quimioterapia de condicionamento

[ciclofosfamida, ifosfamida, irradiação corporal total, bussulfano e etoposide] .

TARDIA: geralmente por infecções virais: poliomavirus humano (BK ou JC), adenovirus tipo11

e citomegalovirus. Também devem ser considerados os casos onde a ciclosfosfamida foi

(4)

Diretoria Espécie Especialidade

incluída na mobilização das células progenitoras hematopoiéticas e principalmente se não foi

utilizado mesna como profilático.

Avaliação inicial:

 Exame físico completo

 Exames laboratoriais mínimos:

- Hemograma,TP/TTPA, Creatinina/uréia, Na/K/Mg

- Urina I + urocultura para bactérias e micobactéria e pesquisa de fungos, pesquisa em urina

por PCR para BK vírus (polioma vírus), CMV e adenovírus

- Antigenemia ou PCR para CMV

- Ultra-som de rins e vias urinárias

Prevenção da cistite hemorrágica

-

Hiperhidratação durante o tratamento de condicionamento. O mais habitual é fazer um

aporte de soro de 3 litros/m

2

/dia.

-

Mesna, a dose equivalente a 100% da dose de ciclofosfamida. A dose e a forma de

administração (preferentemente fracionada) deverá estar no protocolo de

condicionamento. De forma geral, se administra 50% da dose ½ h antes da

ciclofosfamida, 50% em 30 minutos 4 e 8 horas de finalizar a ciclofosfamida.

Tratamento da CISTITE HEMORRÁGICA

-

Considerar a avaliação de Urologista.

(5)

-

Hidratação forçada

-

Suporte plaquetário intensivo, com o objetivo de manter a contagem de plaquetas

superior a 50x10

9

/l, e se possível próximo a 100x10

9

/l.

-

Em caso de presença de coágulos e/ou dor intensa se recomenda irrigação vesical com

SF 0,9% (opção preferente: sonda de 3 vias colocada por urologista e irrigação

permanente com SF 500 mL/4h ou lavados de 50 mL repetidos a través de sonda

normal) ou albumina 1% (em caso de insuficiência renal , evitar por aumentar risco de

encefalopatia).

-

Não se recomenda de forma rotineira utilizar agentes procoagulantes como o ácido

tranexâmico ou ácido aminocaproico porque podem favorecer a formação de coágulos

intravesicais.

-

Analgesia: Antiespasmódico (escopolamina ou hiosciamina), morfina,

fenazopiridina 100mg/8hs, outros (dipirona ou paracetamol)

Hematúrias sem melhora após 7 dias ou inicialmente graves 2ª á QT

- Considerar uso de hidrocortisona 100mg/litro de SF0,9% na irrigação vesical

contínua

- Considerar uso de formalina 5% (eventualmente, formalina 10%)

- Considerar câmara hiperbárica

- Considerar uso de prostaglandina

(6)

Diretoria Espécie Especialidade

Cidofovir 5mg/kg D1 e D8 e posteriormente 15/15 dias ou 1mg/kg 3x/semana (menor

toxicidade). Associar Probenecide.

-

Diminuição da imunossupressão sempre que possível

Em casos extremos podem ser necessárias medidas como: administração de fator VII ativado

recombinante, embolização seletiva de artérias vesicais, cistotomia suprapúbica para limpeza e

lavados, sondar ambos ureteres para repouso vesical e inclusive cistectomia.

8. Pontos Críticos / Riscos

Não se aplica.

9. Padrão de Prática

Não se aplica.

10. Periodicidade de Treinamento

Cada 2 anos.

11. Registro

12. INDICADORES DE QUALIDADE

(7)

13. Anexos

(8)

Diretoria Espécie Especialidade  Manual de trasplante hematopoyético. Complicaciones precoces del TPH. En: E Carreras, S

Brunet, JJ Ortega, M Rovira, J Sierra, A Urbano-Ispizua, 4ª edición. Barcelona, Antares 2004: 409-422.

 Hematopoietic Cell Transplantation. Straser SI, McDonald GB. Gastrointestinal and hepatic complications. En: Blume KG, Forman SJ, Appelbaum FR. Thomas’ Third Edition. Blackwell Publishing Ltd, 2004. Malden, MA, USA.769-810.

 Emerging viral infections after hematopoietic cell transplantation. Boeckh M, Erard V, Zerr D, Englund J. Pediatr Transplant 2005;9:48-54.

 Incidence, clinical outcome, and management of virus-induced hemorrhagic cystitis in children and adoloscents after allogeneic hematopoietic cell transplantation. Gorczynska E, Turkiewicz D, Rybka K et al. Biol Blood Marrow Transplant 2005;11:797-804.

 Recombinant activated factor VII in treatment of bleeding complications following hematopoietic stem cell transplantation. Pihusch M, Bacigalupo A, Szer J et al. J Thromb Haemost

2005;3:1935-1944.

 Hemorrhagic cistitis alter bone marrow transplantation. Risk factors and complications. Vencer SF, Haake RJ, Weisdorf DJ. Transplantation 1993;56:875-879

 Polyomavirus BK infection in blood and marrow transplant recipients. Dropulic LK, Jones RJ. Bone Marrow Transplant. 2008 Jan;41(1):11-8

 Hyperbaric oxygen therapy in BKV-associated hemorrhagic cystitis refractory to intravenous and intravesical cidofovir: Case report and review of literature. Focosi D, Maggi F, Pistolesi D, Benedetti E, Papineschi F, Galimberti S, Ceccherini-Nelli L, Petrini M. Leuk Res. 2008 Jul 23. [Epub ahead of print]

 Hemorrhagic cystitis after hematopoietic stem cell trans-plantation: much progress and many remaining issues. Waller EK. Chin Med (Engl). 2007 Oct 5;120(19):1671

15. Documentos relacionados

Não se aplica

(9)

Eduardo Cerello Chapchap (19/09/2014 03:17:18 PM) - CISTITE

Referências

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